domingo, 2 de fevereiro de 2014

Fanfic - "Uma História de Amor no Gueto " (+18)

(Escritora: Tay Jackson) 

Marcely Connor: A vida é feita de escolhas, algum sentido em si mesmo para fazer tudo valer a pena. 
Eu era apenas uma jovem tentando descobrir quem sou, onde vou parar, 
mas ao longo do caminho achei as respostas para as minhas perguntas, 
mas nunca acharia uma única que sempre me atormentou. 
Será que o crime compensa? 
Ou é apenas uma tentativa desesperadora de suprir os nossos medos? 
Bom eu tenho minhas conclusões... 
Michael sabia, mas creio que soube tarde demais.




Capítulo 1

Me chamo Marcely Connor uma típica moradora dos subúrbios de Nova York, sigo meu caminho tentando me achar, quem sou, onde vou parar.

A vida nem sempre é fácil pra ninguém, só que para mim era quase impossível viver nas condições que eu vivia, não só por ser pobre menina branca do gueto, mas por enfrentar a droga que se diz família.

Criada em um pequeno cubículo, moro com minha mãe bêbada e meu padrasto que sempre que podia dava um jeito de tentar abusar de mim. Algumas vezes ele conseguia, mas outras não. A verdade era que eu já estava de saco cheio daquela vida eu queria ir embora, ir para algum lugar onde eu fazia as regras sem precisar da ajuda de ninguém. Mas como eu iria encontrar isso nas ruas? A vida nas ruas era ainda mais difícil que a minha, mas eu não importava, eu só queria sair desse inferno de ver minha mãe gritando pedindo por bebida e meu padrasto drogado me cobiçando.

Sempre fui uma garota de personalidade forte, roupas surradas, rascada pelo estilo que eu sustentava e maquiagem sempre forte, eu era assim.

(...)

Era inverno de 1984 eu tinha apenas 17 anos. Estava chegando do colégio andando pelas ruas melancólicas e vazias do gueto onde as únicas pessoas que transitavam era os marginais e traficantes do lugar, eu já estava acostumada, isso pra mim já era rotina. 

Adentrei a pequena porta do cubículo que eu vivia caminhando sem dar importância quem estava na sala indo direto para o meu quarto.

-Oi pra você também? _Ironizou o velho nojento do Bryan mais conhecido como meu padrasto. 

Revirei meus olhos e apenas levantei a mão em sinal de oi ainda caminhando.
Entrei no quarto fechei a porta e coloquei minha mochila surrada por qualquer canto, me joguei na cama e liguei o som.

-Marcely, Marcely? É você querida? _Gritou minha mãe e pelo tom de voz embargado e desconexo ela já estava bêbada.

-Sim mamãe o que quer? _Gritei para que ela me ouvisse.

-Venha até aqui. _Revirei meus olhos e fui até ela, sem vontade cheguei ao seu quarto e a encontrei com uma garrafa de pinga escanchado em seu antebraço.

-O que é?

-Me dê minha pinga, anda? Preciso dela. _Seu desespero por aquele líquido era perturbador.

-Não seria esse no seu braço? _Apontei para a garrafa.

-Ah sim, está aqui. _O vicio era tanto que a deixou sem noção das coisas dava pena coitada.

-Era só isso mamãe? _Eu já preparava pra voltar ao quarto.

-Ah não. Bryan quer companhia essa noite, espero que o agrade. _Meus olhos se arregalaram, ela estava mesmo entregando sua própria filha aquele nojento.

-Mãe você ficou louca? Eu nunca vou me submeter a isso nunca mais. _Minha voz saiu furiosa, era sempre assim, minha própria mãe me entregava de mãos beijadas o tempo todo, ela não dava conta de segurar o maridinho e sempre contava com a minha “ajuda”.

-Mas minha filha.

-Minha filha é uma ova, eu vou embora dessa casa e nunca mais vocês vão me ver. _Sai batendo a porta e entrei no meu quarto.

-Ei, ei, ei. É você que paga não é? _Ironizou mais uma vez Bryan por eu ter batido a porta com força.

-Não enche seu verme. _O Ouvi gargalhar.

Voltei a ouvir músicas já estava anoitecendo não tive a menor vontade de jantar, não queria da de cara com a cena deplorável que eu enfrentava todos os dias, minha mãe bêbada na mesa e Bryan me cobiçando.

-Não vai jantar princesinha? _Falou ele na pequena brecha da porta entre aberta do meu quarto. O olhei com desdém.

-Não. _O encarei firme.

-Ok então morra de fome. _Não respondi.

Em fim peguei no sono, mas em meio ao penumbre entre o sono e ao despertar senti uma mão correrem por minhas pernas e depois pelos meus seios, achei que fosse sonho em mediato, mas aquelas caricias ficaram constantes e quando abri o olho veio a surpresa.

-Bryan?? _Gritei me afastando dele.

-Hoje eu quero princesinha. _Sorriu daquele jeito sujo e pervertido ao qual eu sentia asco.

-Me deixa em paz.

-Você vai ser minha outra vez Marcely. _Veio pra cima de mim e eu tentava me soltar dele gritando e me debatendo, mas ele era mais forte que eu, mas ágil, levou as mãos em minhas roupas tentando arranca-las, olhei em volta procurando algo pra me defender e então encontrei uma jarra onde se coloca água, lembrei que sempre tinha uma no quarto pra não ter que ir na cozinha pra saciar minha sede.

Com dificuldade peguei a jarra e a quebrei na cabeça do desgraçado, consegui me soltar.

-Sua vadia! _Esbravejou meio tonto.

-Encoste o dedo em mim mais uma vez que te mato seu desgraçado! _Enquanto ele se recuperava peguei algumas peças de roupas coloquei tudo dentro da bolsa e sair correndo, eu iria embora daquele inferno de uma vez por todas.

Bati a porta e sai sem rumo pelas ruas escuras do gueto indo pegar o primeiro trem pra Deus sabe onde.

Capítulo 2

Sentei nos bancos sujos da estação de trem esperando qualquer um passar, pensando na vida e dando graças a Deus que sai daquele inferno. Finalmente o trem chegou e eu embarquei, sentei em qualquer lugar e quando ele andou fechei meus olhos pelo alivio.

Continuei pensando na vida o que eu faria para sobreviver, onde eu iria morar? Isso vinha sempre em minha mente, mas não me assustava muito pelo contrario isso me fortalecia de algum jeito.

Quando chegou na próxima estação um cara moreno alto de cabelos cacheados entrou, ele estava um pouco nervoso olhando para todo lugar, estava de óculos escuros e uma aparência um tanto mal humorado.
Fique atenta prestando atenção nele, eu sabia que ele aprontaria algo, mas fiquei na minha.
E então quando eu menos esperei veio a confirmação.

-Isso é um assalto coloca suas mãos para o alto, anda, anda! _Apontando uma arma para todos ele ordenava furioso. Os burburinhos de medo ecoavam por todo o vagão e eu me encole ali, a final ele portava uma arma.

-Me entreguem seus pertences anda? _Todos o entregavam tudo que tinham em mãos, apavorados sobre ameaça de tiro. Comecei a me assustar por mais que ele estivesse um pouco distante de mim.

Foi quando seus óculos caíram ao chão e eu vi seu olhar, ele parecia até mais assustado que as vítimas, suando constantemente em pleno frio que estava fazendo, seu nervosismo descomunal. Ele não faria mal a ninguém não poderia, ele não era assim apesar de sempre botar a banca.

Eu o olhava o tempo todo reparando em cada gesticulação dele, em cada ato e todos me sugeriam que ele era a maior vítima disso tudo, vítima da sociedade e desse mundo desordenado em que vivíamos. Aquele cara me intrigou, me deixou curiosa em saber mais sobre ele. Parece loucura, por que eu queria saber sobre um bandido assaltando um trem? Pois é, mas a vida nem sempre é sustentada por racionalidades.

Na próxima estação as portas do trem se abriram e ele se dirigiu a saída, como eu previ não machucou ninguém. Enquanto todos respiravam aliviados por tudo ter acabado bem eu me levantei e fui atrás dele. 

Estão me achando a pessoa mais louca do mundo, mas eu não ligo.
Comecei a segui-lo sorrateiramente sem que ele me notasse, ele continuava nervoso segurando em um saco as coisas que tirou das vítimas. Saímos da subestação do trem e caminhamos por ruas e guetos ainda piores de onde que eu morava. Marginais por todo lado era horrível de se ver.

-Ei, ei, espera! _Não consegui mais ficar a escondida tive que chama-lo. Ele olhou pra trás com cenho estreito parecia não acreditar.

-Quem é você? _Perguntou próximo a mim me encarando assustadoramente, eu estava quase desistindo e me achando uma doida por está conversando com um cara com uma arma na cintura.

-A pergunta é, quem é você? E Por que assaltou aquele trem? _Vi sua afeição mudar e seu olhar acusar um certo arrependimento, e aquele olhar de assustado que vi lá dentro do trem que eu o julguei ser um cara vitimado aparecia para mim mais uma vez.

-Não é da sua conta, quem você pensa que é? _Tentou se esconder em sua capa de valentão, mas não me convenceu. Ele caminhou e eu continuei o seguindo.

-Por que está andando atrás de mim? Vai embora anda? _Parou me encarando.

-Não! Eu vou com você. _Ele riu sarcástico e depois me encarou como se eu fosse a garota mais doida do mundo, é eu confesso que estava dando de uma mesmo.

-Você só pode ser maluca.

-Talvez, mas eu não tenho pra onde ir, e eu conheço você, vi o que você fez no trem. Você me da abrigo e eu não conto nada. _Foi ai que ele se enfureceu e apontou a arma na minha cabeça.

-Olha aqui garota doida, eu sugiro que você vá embora sem olhar para trás se não quiser morrer! _Continuei firme.

-Você não vai atirar, não mesmo. Não faria mal a ninguém posso ver em seus olhos. _Ele desviou seu olhar de mim e eles me confirmavam que eu tinha razão.

Ele continuou andando e eu continuei o seguindo. Foi quando chegamos em um cubículo no meu das vielas do gueto, ele abriu a porta e eu tive uma visão de algo deplorável. Assim que entravamos tinha apenas a cozinha misturada com uma cama no mesmo cômodo e um banheiro ao lado.

-Grr é aqui que você mora? _Era medonho além da sujeira, uma pilha de pratos sujos na pia.

-Se quer um lugar melhor procure outro lugar. Apesar de eu querer você longe daqui.

-Eu já disse não vou, quero ficar aqui. _Entrei colocando minha mochila por qualquer canto.

-Você é louca menina. _Constatou incrédulo acendendo um cigarro. 

Ele sentou em uma cadeira e eu em outra um de frente para outro, estava um silêncio entre a gente desconfortante e eu não me aguentei.

-Meu nome é Marcely, sai de casa porque um padrasto louco tentou abusar de mim, entrei no trem e conheci você. Agora me fala sobre você?

-Olha garota se quer mesmo ficar aqui terá que ficar com a boca fechada. _Falou impaciente levantei a mão em defesa.

-Desculpa, ao menos fale seu nome, não quer que eu te chame de assaltante não é? _Ri da minha própria piada e ele me lançou um olhar mortífero. _Desculpa foi mal.

-Meu nome é Michael, está satisfeita? _Falou se levantando indo ao banheiro, sem se importar o que eu falaria.

-Prazer Michael. _Falei pro nada.

Eu sabia que eu estava em um território perigoso, mas eu estava disposta a correr riscos, eu adorava correr riscos e esse seria o mais excitante que eu correria.
Capítulo 3

Ouvi o barulho do chuveiro sendo ligado provavelmente ele estava tomando banho, dei de ombros e fiquei olhando tudo ao meu redor, aquela casa e algum vestígio sobre a vida dele, mas não encontrei nada, apenas solidão, coisa que eu também enfrentava, éramos uma dupla perfeita.

Em fim saiu do banho ele usava uma calça de moletom sem camisa cabelos molhados arfei. Ele era lindo sem duvidas sua barriguinha definida dava o ar de homem forte completamente atraente.

-Bom onde eu vou dormir? Só tem uma cama aqui então..._Falei olhando para os lados.

-Não me interessa onde vai dormir, eu vou dormir na MINHA cama. _Se deitou sem se importar.

-E eu vou dormir nesse chão imundo? _Alterei a voz não acreditando.

-É pegar ou largar.

-Hunf! Você não é nem um pouco cavalheiro não é? Sou uma mulher. _Nem respondeu.

Peguei algumas roupas minha e fiz de travesseiro porque nem isso o Sr Valentão e Machão não me cedeu. Deitei no chão sujo e frio e logo adormeci.

(...)

Acordei no dia seguinte e não havia nem sinal dele em nenhum lugar dali. Dei de ombros. Me levantei e procurei algo pra comer e pela minha surpresa não havia nada.

-Hunf! Eu já devia saber. _Dei de ombros e olhei em volta chocada com tamanha bagunça.

-O jeito é arrumar não é? Não irei conviver assim, não mesmo.

Comecei a colocar a mão na massa, peguei as roupas espalhadas ao chão, arrumei a cama dele, colocando tudo no lugar. Depois lavei aquela pilha de louças sujas e em poucos minutos o pequeno cômodo estava um brinco finalmente.

Me sentei lendo uma revista que achei a espera do marrento.
Ouvi a porta se abrindo e ele entrou, estava com uma sacola em mãos passou seus olhos pela casa.

-O que você fez com minha casa? _Estava visivelmente furioso pela minha surpresa, achei que gostaria, mas pela reação dele acho que foi o oposto.

-Eu arrumei acho que da pra notar. _Fui irônica.

-Olha aqui garota já chega! Além de ter que aguenta-la vou ter que suportar você mexendo nas minhas coisas também? Você já passou dos limites quero que vá embora. _Me levantei o encarando.

-Eu não vou a lugar nenhum e eu me recuso a conviver no meio da sujeira, se você é um porco sujo problema é seu, mas eu não sou assim, acho melhor aceitar.

-Garota mimada patricinha dos infernos. Não surpreende o motivo pelo qual te expulsaram de casa, é uma chata mimada.

-Essa sou eu. _Ficamos em silencio por um instante.

-O que é isso em suas mãos? _Quebrei o silencio.

-Comprei algumas coisas. _Fui até a sacola pra ver o que tinha e era comida sorri.

-Ai eu estava mesmo com fome, nessa casa não tinha nada... Foi pra isso que assaltou o trem? _Brinquei, mas como sempre ele não gostou.

-Já disse não é da sua conta.

-Ok, desculpa.

Sentei na cama dele encostada na parede comendo um pão sem graça que ele comprou e ele estava sentado na cadeira também comendo. Estávamos em silencio, sempre que eu abria a boca ele me esperava com 4 pedras na mão, então fiquei na minha só o observando o tempo todo.

Capítulo 4

Fiz como prometi a ele, fiquei na minha quietinha sem fazer perguntas e sem falar qualquer coisa, mas ele estava bastante nervoso e parecia ansioso com algo me deixando aflita e mais curiosa do que já sou. Ele andava para um lado, outro, olhava para mim com raiva, olhava no relógio estava nervoso.

-O que você tem? _Ele me olhou furioso.

-Está brincando se acha mesmo que vou te dar satisfação da minha vida. _O Comportamento dele era estranho e então caiu minha fixa.

-Ai meu Deus você usa drogas! Claro é isso. _Ele bufou revirando os olhos. –É isso não é? _Michael pulou pra cima de mim com fúria. 

-Garota eu já disse sua intrometida dos infernos, nem você e nem ninguém se mete na minha vida. Fica longe do meu caminho senão não respondo por mim. _Confesso que essa hora tive medo pela primeira vez, seu semblante mudou totalmente e seu olhar de antes desapareceu.

Ele abriu a porta com rapidez e bateu fiquei ali parada chocada com que vi, era isso ele só podia usar drogas, estava transtornado de um jeito perturbador. Resolvi segui-lo.

Sai correndo nas ruas desertas me escondendo em cada canto que encontrava quando ele olhava desconfiado para trás. Ele colocou o capôs do casaco de frio em sua cabeça e as mãos no bolso da calça jeans.

Continuei o seguindo até da em um lugar ainda pior, cheio de marginais muito mal encarados, havia fogueira pra todo lado os bandidos se aqueciam pelo frio que fazia fumando seus baseados. Foi quando Michael se aproximou de um cara alto negão mal encarado, deduzi ser o traficante.

-E ai conseguiu? _Michael perguntou pra ele. Eu estava escondida atrás de um carro.

-Ainda não, eu já disse que isso leva tempo Mike, é necessário cuidado, cautela. _Michael passou a mão na cabeça impaciente.

-Eu já disse que não tenho mais tempo, preciso disso pra ontem. Você sabe.

-Paciência Mike, paciência. Você vai ver logo, logo estará em suas mãos. _Eles falavam de um assunto que eu realmente não entendia nada.

-Ok, mas por favor assim que conseguir me avisa. _Estava um pouco mais conformado.

-Sabe que sim.

Eles se despediram-se e foi embora no caminho não fiz questão de esconder que fui atrás dele.

-Então é isso? É um bandido viciado? _Entrei em sua frente.

-Mas o que... Mas o que é isso garota, de onde você surgiu? _Olhou para os lados.

-Eu segui você, agora me conta? _Ele pegou pelo meu braço fortemente e me encostou em um muro ali perto gemi pelo baque.

-Você se acha esperta e destemida, mas não sabe do que eu sou capaz, você não me conhece. Para de me seguir, é só o que sabe fazer? Quero você fora da minha casa, e se se meter na minha vida de novo eu mato você. 

-Me solta! _Me soltei dele. –Já disse que não vou embora não tenho pra onde ir, só quero ajudar você.

-Ajudar? _Ele riu caminhando de volta.

-Eu sei o que é viver assim largado, sem uma família digna perdido no mundo, eu também sou assim. _Falava caminhando ao lado dele. –Mas juntos poderíamos ter uma nova vida, sei lá você... Você não é mal Michael eu sei que não.

-E como você sabe disso? _Arqueou a sobrancelha me olhando e parando de caminhar.

-Eu sei, eu sinto. Eu sei que tem algo de grave que aconteceu pra ser assim, mas não é seu jeito comum.

-Garota você é maluca, eu assaltei um trem, porto uma arma em casa e ainda acha que não sou mal?

-Acho, se fosse você machucaria alguém do trem, me machucaria quando eu fosse atrás de você e nunca, nunca me deixaria entrar na sua casa. _Ele desviou o olhar.

-Deixa eu te ajudar?

-E como você pretende me ajudar? _Voltamos a caminhar de novo.

-Primeiro arrumaremos um emprego. _Ele gargalhou.

-É ingênua demais se acha mesmo que vou trabalhar.

-Bom não precisa, mas não quero que roube mais.

-Não vou acatar as ordens de uma garotinha como você.

-Eu não sou uma garotinha tenho 17 anos. _Ele riu.

-Ah é sim... Garota isso aqui é gueto realidade da vida, não é histórias românticas que você ler em livros.

-E quem disse que estou falando de Histórias românticas? Pode ser sua realidade também é só você querer. _Riu.

-Isso definitivamente não é pra mim esquece.

Entre conversar e ele sempre debochando de mim e se mostrando um valentão entramos em casa. Bom ainda não descobri o que ele fazia naquele lugar, seria mais fácil chover canivete do que ele me contar sobre a vida dele. Mas se ele pensa que vou desistir ele se engana.

Capítulo 5

Quando estava um pouco mais calmo as coisas Michael foi tomar um banho eu estava em um tédio só sem nada pra fazer até liguei a tv pra assistir um pouco, mas nada me agradava ali.

De repente me deu uma inquietação, o barulho do chuveiro estava despertando em mim uma curiosidade sem tamanho de espia-lo em meio ao banho. Sei que isso não se faz, mas a vontade de ver era inquietante eu estava sem nada pra fazer “ cabeça vazia oficina do diabo” não é o que falam?

Me levantei rumo a porta do banheiro, fiquei ali tentando espia-lo quando o vi de costas do outro lado do box de plástico transparente que dava pra ver perfeitamente a bundinha avantajada dele. Isso sem duvidas me deixou excitada.

Caminhei até o boxe o abrindo, Michael se assustou em me ver ali se virando para mim. Pude contemplar aquele pênis lindo, enorme, não resisti.

-Menina... _Ele tentou falar algo, mas eu o impedi.

-Shiiiii.

Tirei a blusa que eu usava revelando meus seios pra ele, Michael arfou e eu senti seu corpo reagir no exato momento dei um sorrisinho. Depois tirei minha bermuda com minha calcinha junto. Ele me olhava curioso, já dava pra perceber o tesão que sentia pelo volume que cresceu ainda mais seu pênis. 

Me aproximei dele sempre olhando em seus olhos, acarinhei seu rosto e sem que eu piscasse ele me pegou de uma vez só me beijando desesperadamente me molhei toda com a água do chuveiro, o sentindo tão próximo a mim naquele lugar.

Michael me encostou na parede violentamente pegou uma de minhas pernas e levantou na altura de sua cintura, me encarou um pouco e como uma serpente abocanhou meu pescoço. O senti me penetrar de uma vez só, forte, gemi pelo susto e pelo tesão o sentido tão duro em mim. As estocadas foram intensas logo ele estava por completo me preenchendo.

Sua mão passava pelos meus seios pequenos enquanto a outra ele puxava minha perna com força pra ajudar no ato. Gemíamos, gritávamos,. As estocadas ficavam deliciosas, me contrair envolta dele, isso fez com que ele se movimentasse freneticamente, mas uma estocada, mais uma e mais um foi quando senti seu gozo me molhando inteira por dentro e logo gozei também.
Michael foi saindo de mim e me olhando.

-Por que fez isso? _Perguntou enquanto eu saia do boxe pegando minhas roupas.

-Senti vontade só isso.

-Ah então quando você sente vontade de transar com os homens você transa e tudo bem?

-Quem sabe? _Dei uma piscadinha pra ele dando uma ultima olhada naquele pênis lindo e sai.

Quando ele se vestiu estava um clima um pouco estranho entre a gente, mas eu não me importei e logo acabei com aquilo.

-Acho que vou fazer algo pra comer. _Fui indo para o fogão.

Comecei a preparar algumas massas para comemos e logo estava pronto. Comemos em silêncio, e depois ele acendeu um cigarro que o cheiro me irritava, tossi.

-Por que não fuma lá fora? Está poluindo o lugar.

-Cara como você é chata garota.

-É eu sei agora vai lá pra fora! _Quando disse isso ai que ele soltou a fumaça mais forte. Hunf que cara marrento.

Já estava a noite e ele resolveu sair de uma hora pra outra, acho que ele tinha um comichão que não deixava ele quieto no lugar, ele sempre estava inquieto e querendo sair.

-Pra onde vai?

-Já disse que não vou dar satisfação da minha vida.

-Mas eu quero saber. _Fui firme.

-Só por que deu pra mim acha que vou te dar satisfação? Está louca se acha mesmo isso. Você é uma delicia, mas não vou permitir sua intromissão _Foi ríspido.

-Grosso! 

-Sou mesmo, agora vou indo. _Vi ele pegar a arma, deduzir que ia assaltar de novo.

-Não você não vai assaltar.

-Ah vou sim.

-Michael não vai! _Me aproximei dele segurando em seu braço ele puxou de uma vez. Foi quando eu pulei em suas costas tentando impedi-lo.

-Não vai, não vai. _Ele tentava se soltar de mim.

-Me solta garota o que pensa que está fazendo? _Me jogou na cama e eu corri atrás dele.

-Não vai Michael, eu não vou deixar. Você vai acabar preso é isso que quer?

-Que se dane! _Gritou.

Fui atrás dele mais uma vez o estapeando, foi quando ele virou de uma vez e me deu um tapa na cara, virei meu rosto pela dor, mas não me abalei, voltei a estapeia-lo.

-Sua vadia maldita, me solta.

-Seu bandido de merda! _Xingávamos e batíamos um no outro. Michael me dava cada tapa na cara que isso fez meu rosto se avermelhar, mas eu não estava nem ai, dava murros e mais murros nele.

-Você não vai, seu bandido de quinta. _Peguei sua arma da cintura e joguei por qualquer canto.

-Desgraçada! _Ele pegou nos meus cabelos o puxando, segurou meu queixo fortemente, nossos olhares se encontraram.

Quando de repente ele me lascou um beijo na boca com vontade inclinando meu corpo se debruçando sobre mim, nossas línguas duelavam e choupávamos com gosto. Me jogou na cama e o senti tirar minha roupa de qualquer jeito e eu fazia o mesmo com ele, até ficarmos nus. O tesão dominava-nos de um jeito louco, agoniante.

Ele me penetrou de uma vez só como da ultima vez, seu corpo fazia pressão no meu pelo ato. Abri bem as pernas para ele entrar livremente. Eu apertava, mordia seus ombros tomada pelo tesão, aquele homem era maravilhoso e me deixava louca. Michael abocanhou meus seios de um jeito que me deixou entorpecida, suas caricias fortes porém excitantes me levavam a beira do calabouço. Ele puxava forte minhas pernas de encontro ao seu pênis sempre rapidamente, então eu senti meu orgasmo, ele estocava mais e também teve o dele.

-Você não vai assaltar ninguém. _Falei ofegante.

-Ah vou sim.

-Você é teimoso cara.

-E você é gostosa.... Mas não é por que decidiu dar pra mim que eu vou te obedecer menina. Agora me da mais, me da porque eu quero mais.

Sem esperar minha resposta ele me invadiu de novo e voltamos a transar alucinadamente como das ultimas vezes acho que acabamos nos viciando nisso e era uma delicia eu confesso.



Capítulo 6



Depois que transamos ele ainda não havia tirado essa ideia de assaltar novamente, talvez isso só serviu pra adiar, mas de jeito nenhum mudaria o pensamento dele.

-Onde você vai? _Falei quando ele se levantou da cama se vestindo depressa.

-Você sabe muito bem.

-Deixa de ser cabeça dura Michael não vai. Você pode ser preso.

-Ora, ora está preocupada comigo é baby? Sinto muito, mas eu vou sim. _Ele nunca ligava pra o que eu falava, e por que ligaria? Mas se ele fosse eu saberia muito bem o que fazer.

Depois de horas Michael chegou com um saco de coisas roubadas, eu não entendia o porque ele queria tantas coisas. Talvez pra revender e comprar comida, ou ele era mesmo um viciado e eu ainda não descobri, mas eu iria coloca-lo na parede de uma vez por todas.

Ele deixou o saco por qualquer lugar e entrou no banheiro. Rapidamente me levantei da cama e corri pra olhar a sacola, havia joias, relógios, pulseiras, tudo de alto valor, também havia dinheiro. Peguei tudo coloquei na pia da cozinha, acendi o isqueiro e coloquei fogo em tudo. O negocio começou com as chamas alta eu sabia se Michael me visse ele ficaria furioso, mas eu não estava nem ai.

-Mas o que você está fazendo sua louca? _Ele saiu do banheiro enrolado na toalha percebendo o que eu estava fazendo.

-Eu disse pra você parar com isso! _Só vi a hora que ele pegou meus cabelos e puxou até que eu saísse de perto das coisas, e começou a apagar o fogo.

-Sua desgraçada, louca, eu vou matar você. _Ele pegou a arma e apontou pra minha cabeça.

-Anda, vai me mata? Não é o que quer? Então me mata. _O desafiei Michael me olhava com fúria com a arma apontada para mim, por um instante eu achei que ele ia mesmo atirar. Ficamos um instante olhando um para o outro naquela tensão e ele desviou o olhar como da outra vez. E então abaixou a arma.

-Eu sabia. _Sorri.

-Eu quero você fora da minha casa! _Ele gritou me pegando pelo meu braço com força. – Não quero você aqui, você é uma pedra no meu sapato garota. Vá pro quinto dos infernos sua vadia desgraçada, e me deixa em paz. _Eu tentava me soltar dele, mas ele era mais forte claro.

Foi ai que ele me jogou na rua e trancou a porta.

-Michael abra essa porta, anda... Eu não tenho pra onde ir por favor. _Tive uma ideia infalível em faze-lo abrir a porta.

-“Um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam, incomodam muito mais” _Comecei a cantar super alto rente a porta de sua casa. É eu estava disposta a irrita-lo. – Três elefantes incomodam muita gente quatro elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais” _Ouvi a porta se abrir.

-Cala essa boca garota infernal, ou eu acabo com você. Vai embora daqui, vai embora!

-"Cinco elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais” _Sem ligar eu continuei. –Não vou parar até você deixar eu entrar.

-Por mim você morreria ai fora vadia.

-Bom então acho que vou continuar cantando.... "Seis elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomo...

-Tá, tá entra. Mas pelo amor de Deus pare de cantar essa música irritante, sua voz ainda por cima não ajuda em nada. _Sorri e entrei.

(...)

-Precisamos de regras aqui. _Ele falou quando sentamos na cama. –Pode ficar, mas terá que sair fora do meu caminho, sem se meter na minha vida, eu não me meto na sua, e pronto.

-Parece justo. _Balancei a cabeça.

-Vou continuar com a minha vida, assaltando quem eu achar que devo. E se você ousar a me impedir ou queimar minhas coisas é rua, se eu não fizer pior.

-Tudo bem, mas por favor não machuque ninguém e cuidado pra não ser preso. _Ele riu pra mim.

-Eu não machuco ninguém garota, sabe disso. Não foi por esse motivo que se infiltrou aqui? E pra cadeia eu não vou mesmo, eles nunca me pegam.

-Já foi preso alguma vez?

-Muitas vezes. _Ele riu. –Mas eu sempre fujo e eles nunca me acham.

-E por quais crimes exatamente?

-Furto, assalto, sequestro relâmpago, porte ilegal de armas, essas coisas. _Deu de ombros.

-Sem drogas? _Cheguei ao ponto que queria chegar.

-Eu não uso drogas se é isso que quer saber, nunca usei. _Ele se levantou pegando um cigarro.

-Então por que foi naquela boca de fumo? _Ele riu.

-É assunto meu, mas não foi por drogas.

-Cara eu não entendo, não é drogas então é por que? A maioria dos bandidos roubam por drogas você faz isso simplesmente por que gosta? _Ele abaixou a cabeça.

-Tenho os meus motivos, e não... Não vou contar pra você. _Levantei a mão em defesa.

Bom ele me deixou ficar e o que eu tinha que fazer agora é tentar não ser tão curiosa pra irrita-lo, senão já era, eu teria mesmo que ir embora. Eu mudaria minha tática, invés de insisti para que me contasse resolvi faze-lo confiar em mim, para assim se abrir de vez. Eu seria cautelosa e paciente.



Capítulo 7



Eu estava tentando me controlar ao máximo que podia, sem perguntas, sem intromissão e sem nada o que irritasse e estava dando certo. Ele me deixava ficar afinal eu era sua fonte de sexo. Enquanto eu preparava nossa comida ele sempre estava lá me dando alguns sorrisinhos o que me deixava contente de algum jeito.

Os dias foram passando e seguiam tranquilos, eu e Michael transávamos constantemente e isso me deixava pensar sobre os meus sentimentos. Eu não sabia ao certo o que era, mas a atração que eu senti pelo Michael durante esse tempo não era apenas de sexo, estava virando outra coisa... Estávamos tão envolvidos sexualmente que ele até deixou que eu dormisse com ele na cama.

-Pode vim. _Disse indicando sua cama.

-Sério? _Falei rindo.

-Sério, e anda logo antes que eu me arrependa. _Me levantei rápido do chão e subi em sua cama deitando ao seu lado.

(...)

Eu estava na cozinha preparando algo e ele me envolveu pela cintura beijando meu pescoço me puxando para ele.

-Michael vou preparar o jantar. _Falei me desvencilhando parecíamos dois casais apaixonados.

-Depois agora não, vem? _Acabei cedendo é claro.

Nos beijando excitantemente ele foi me levando pra cama se sentou na mesma então montei em seu colo enquanto ele a acarinhava meu corpo.

Tirou minha blusa em um átimo de segundo e começou a me devorar como sempre, devorou meus seios, pescoço, boca. Tirei a camisa dele beijando seu peito forte e moreno, arranhando a pele dele enquanto gemia. Tirei meu shorts e ele a bermuda. Michael se deitou na cama e eu comecei a beija sua barriguinha definida e descendo cada fez mais o fazendo gemer.

Riamos um para outro em cada ação, meu olhar era sempre de malicia. Fui descendo os beijos, descendo até chegar em seu pênis, dei beijinhos de leves rindo para ele jogando meu cabelo para um lado e outro. Dei beijinhos nos testículos ele gemia, mordia os lábios.

Peguei seu pênis o manuseando até ficar apontado de frente pra mim, dei beijinhos na glande e depois abocanhei, chupando lento, depois mais rápido, mais rápido. Michael se contorcia, gemia, depois colocou a mão em minha cabeça empurrando de encontro ao pênis isso fez com que eu praticamente engolisse todo.

-Isso gostosa, engole tudo, isso, mais rápido... Ahh delicia. _E eu ia cada vez mais rápido.

-Eu vou gozar, ahhh. _Então seu liquido preencheu minha boca.

Caminhei até ele e beijei sua boca com vontade foi ai que ele girou ficando em cima de mim, abri minhas pernas para recebe-lo e o senti entrando em mim.

-Ahh. _Gemi.

Ele começou a se movimentar forte do jeito que ele sempre fazia, colocando bastante pressão. Trocamos de posição e estávamos sentados na cama agora eu com as pernas abertas em seu colo quicando em cima de si e ao mesmo tempo rebolando.

Beijei Michael na boca, depois seus ombros, olhei em seus olhos de um jeito terno, complacente. É eu estava mesmo me apaixonando por ele. Meu Deus!

Mais um pouco se movimentando e então explodimos de prazer. Fui me encostando na cabeceira da cama o trazendo pra entre minhas pernas. O abracei por trás beijando sua nuca.

-Por que ainda está aqui Marcely? _Foi a primeira vez que chamou meu nome me surpreendi.

-Não tenho pra onde ir você sabe.

-Que tal sua casa?

-Pra lá eu não volto.

-Seus pais devem está preocupados com você. _Dei um riso sem graça.

-Duvido muito.

-Por que fugiu? _Ele queria saber.

-Minha mãe é uma bêbada e meu padrasto abusava de mim sempre que podia, eu não aguentava mais aquilo por isso fugi.

-Que desgraçado. _Vi indignação em seu tom de voz.

-Pois é... E você Michael, por que é um assaltante? Sei que eu prometi que não iria mais perguntar, mas é que...

-Estou a procura de alguém. _Começou a falar.

-Como assim? _Me afastei um pouco para olhar em seus olhos.

-Ok vou contar pra você desde o início. _Essa era hora de saber sobre a vida misteriosa de Michael Jackson.

-Meus pais morreram quando eu tinha 6 anos, me lembro como se fosse hoje... Meu pai era viciado em Craque, mas ele sempre foi um homem digno apesar de tudo, uma coisa que ele sempre falava pra mim era: “ Meu filho, nunca faz o que eu fiz da minha vida, quero que você seja um homem honrado e digno que sempre tem a justiça ao seu lado. Não estrague sua vida quero sentir orgulho de você” – Essas palavras vem em minha mente o tempo todo.

-Nossa, que forte! Mas então por que Michael ?

-Você já vai saber.... Minha mãe preparava o jantar naquela noite estávamos felizes apesar do meu pai querer cheirar craque, mas ele nunca fez isso na minha frente e nunca em nossa casa. Eu estava brincando com um carrinho quando ouvi a porta de entrada sendo arrombada. Meu pai olhou assustando tentando entender o que era quando tomou 3 tiros no peito.

-Hãm! _Me choquei colocando a mão na boca. –Ai meu Deus!

-Minha mãe chorava tentando me proteger enquanto eles gritavam “ É assim que acontece com quem não paga o que deve” –Eram traficantes que meu pai devia... Minha mãe gritava pelo amor de Deus e então eles deram um tiro nela também que caiu por cima de mim.

-Meu Deus Michael! _Lágrimas brotavam de nossos olhos.

-Eu sei quem é o cara Marcely, eu o conheço. Eu vou trás dele vingar a morte dos meus pais.

-Michael, mas isso... Isso é loucura.

-É por isso que assalto tentando juntar o máximo de dinheiro pra comprar armamentos pesados e ir atrás dele. Não é fácil, Jamel anda com um exército ao seu redor. Preciso pagar homens, comprar armas e tudo mais. Aquele cara que você viu está me ajudando a conseguir esses armamentos.

-Michael isso é perigoso demais. Você tem noção de que você pode morrer? _Ele se levantou.

-Eu sei, pensa que não sei disso? Mas eu vou vingar a morte do meu pai, eu vou matar esse desgraçado custe o que custar. _Começou a forçar para não chorar.

-Michael isso faz tanto tempo, por que não esquece isso, tenta viver sua vida de um modo digno.

-Eu quero dar orgulho ao meu pai.

-Michael você daria orgulho a ele saindo dessa, vivendo dignamente e não buscando vingança. Isso só vai te destruir pelo amor de Deus.

-Você não entende. _Alterou a voz. –Eu vou matar o cara que matou minha família. Que destruiu tudo que eu tinha.

-Eu vou com você. _Falei de súbito. Parece loucura o que acabei de falar, mas eu não deixaria Michael na mão eu estava apaixonada por ele e não queria que nada acontecesse a ele, então eu faria qualquer coisa pra tentar tirar essa ideia de sua cabeça.

-O que? Você pirou? Eu nunca deixaria que entrasse nisso. _Estreitou o cenho.

-Se você vai eu vou também, estamos no mesmo barco, e eu irei com você.

-Eu não vou permitir.

-Sabe que quando eu quero uma coisa eu sou mais teimosa que você, então acho que não tem escolha. _Ele me encarou por um instante.

-Faria isso por... Mim? _Abaixei a cabeça.

-Si.. Sim. _ O olhei firme.

É eu estava disposta a tudo pra ele naquele momento, mas o medo me machucava, o medo de algo acontecer com ele, Michael não iria desistir dessa vingança e eu temia por sua vida. Essas pessoas poderiam massacra-lo ou a policia o pegar. Meu Deus no que foi que me meti? Me apaixonar assim por um bandido vingador.

Depois de um tempo sai pra fora pensando em tudo que ele me falou, e o medo ainda se fazia dentro de mim a todo momento.






Capítulo 8



Eu ainda estava ali sentada pensando quando Michael se aproximou de mim e se sentou ao meu lado, segurou em minhas mãos, olhei para seu rosto ele me deu um sorrisinho de leve e eu retribuir.

-O que faz aqui fora? _Perguntou.

-Estou pensando só isso. _Falei um pouco desanimada.

-Olha não precisa fazer isso se não quiser, você não tem obrigação nenhuma. 

-Eu sei, mas eu quero. _Respirei fundo. -Eu vou com você.

-Por que está fazendo isso Marcely? Quer dizer por que se meter em algo tão perigoso assim do nada? _Eu sabia o motivo pelo qual eu faria algo assim tão arriscado pra Michael, eu o amava e estava certa disse, eu não queria que nada acontecesse com ele, sei que eu não poderia fazer nada, mas ao menos tentar tirar isso de sua cabeça eu faria.

-Eu sai de casa vivo aqui com você, de algum jeito você é minha família agora e eu estou com você. _É claro que eu menti. 

-Estou gostando de você aqui comigo sabia? _Ele riu e me deu um beijo no rosto e depois entrou pra dentro. Fiquei rindo igual uma boba entusiasmada.
Continuei pensativa e distante por algum tempo.

(...)

-Deixa que eu vou. _Me ofereci para ir até a padaria comprar algo para o nosso lanche.

-Tem certeza?

-Claro sem problemas.

-Ok enquanto você vai eu vou arrumando a mesa.

-Tudo bem. _Sorri pra ele e fui até a padaria.

O caminho foi tranquilo comprei tudo que precisava, paguei o caixa e voltei. Mas algo me incomodou na volta, senti que alguém me observava a todo instante, olhei para os lados e não via ninguém, dei de ombros.

Continuei andando e a sensação ficava ainda mais intensa, voltei a olhar pra trás e os lados e não vi ninguém.

-Será que estou ficando louca? _Me perguntei.

Em fim cheguei em casa, Michael tinha preparado a mesa e terminei de preparar as coisas que havia comprado e rindo e conversando animosidades lanchamos.

Eu ainda estava preocupada em quem poderia está me seguindo, mas não quis comentar nada ao Michael poderia ser que era apenas estresse e eu imaginei alguém me vigiando.



Capítulo 9



Naquela noite de Sexta-feira Michael saiu pra conversar com o tal amigo dele o Louis o que estava arrumando as armas. Meu coração se apertava quando eu lembrava o quanto essa tal traficante era perigoso e Michael estava decidido que o mataria para vingar os pais.

A porta bateu insistentemente, poderia ser o Michael ele as vezes esquecia as chaves.

-Esqueceu de novo. _Dei um risinho e fui abrir.

Quando a porta se abriu a surpresa veio, minhas pernas se estremeceram e meus olhos se arregalaram.

-Bryan? O que faz aqui? Como me achou aqui? _Ele era o desgraçado do meu padrasto.

-Andei seguindo você... Te encontrei a dois dias andando com um marginal não acreditei, ai resolvi ficar de tocaia e ontem vi você entrando aqui nesse cubículo. _Olhou com nojo para casa.

Claro só poderia ser ele aquela sensação de alguém me seguindo que não era apenas sensação, mas que merda.

-Ok você me achou agora vai embora. _Ordenei.

-Haha Gracinha não é bem assim não, você vai voltar comigo. _Ri sarcástica.

-Tá brincando não é? Eu NUNCA vou voltar com você.

-Não sente falta da mamãezinha? Eu sabia que era uma filha desnaturada. _Abaixei a cabeça .

-Como ela está?

-Do mesmo jeito, bêbada como sempre. _Senti uma pontada no meu coração a final era minha mãe. –Sinto sua falta baby. _Se aproximou de mim mexendo no meu cabelo.

-Não toca em mim. _Tirei sua mão batendo com força.

-Olha ela continua bravinha como sempre. Isso me excita. _Seu olhar era asqueroso. –Vem gatinha eu quero você.

-Fica longe de mim, senão vou gritar.

-Sim você vai gritar, mas de tesão. _Bryan veio com tudo pra cima de mim me jogando na cama de Michael e passando as mãos sobre meu corpo.

-Seu desgraçado me solta. _Eu tentava me livrar, mas eu não conseguia mesmo se tentasse. –Me solta.

Eu me debatia foi quando vi que Bryan saia de cima de mim sendo puxado.

-O que você está fazendo? _Era Michael o tirando e logo socando sua cara.

-Ai Michael graças a Deus.

-Quem e esse cara Marcely? _Michael se pôs na minha frente quando me levantei Bryan o encarava logo mais a frente.

-É o Bryan meu padrasto.

-Ah então é esse filha da puta que abusava de você não é? _Michael tinha fúria nos olhos.

-É.

-Mas quem você pensa que é pra falar comigo desse jeito moleque? Essa vadia ai é minha.

-Sua uma ova, fica longe dela seu pedófilo desgraçado. Sabe como vermes como você é tratado na cadeia?

-Você não me mete medo... Vamos Marcely vamos pra casa? _Bryan tentou vim para o meu lado e Michael sacou a arma apontando pra ele.

-Fica bem ai onde você está.

-Ei, ei garotão vamos com calma ai. _Levantou os braços rendido.

-Michael calma. _Pedi.

-Ah já vi que Marcely já tem quem come-la, essa vadiazinha é mesmo gostosa bom proveito. _Michael ficava cada vez mais furioso dava pra ver as veias de seu pescoço pulsarem. 

-Pede desculpas pra ela, anda?

-Não vou pedi nada... Essa vagabunda não merece nem o pão que come. Mas é isso, isso ai é uma delicia! _Bryan irritava Michael a todo momento dava pra ver o quanto ele estava nervoso.

-Desgraçado.

-Eu não tenho medo de você moleque, vou pegar o que é meu de direito. _Bryan andou alguns passos em minha direção e Michael apertou o gatilho, deu três tiros em Bryan que o fez cair ensanguentado ao chão.

-Ahhh. _Gritei apavorada. _Michael você ficou maluco?

Michael passou a mão na cabeça andou de um lado para o outro, ficou nervoso parecia que não era aquilo que ele queria fazer e foi tomado por uma força maior.

-Eu não aguentei Marcely, ele.. ele queria...

-Michael você matou o Bryan. _Falei quando constatei que ele estava morto.

-Anda vamos embora daqui. Pega suas coisa e vamos.

-Pra onde vamos Michael? Você matou um cara eles vão vim atrás de nós, ai meu Deus.

-Vamos da o fora Marcely eles não vão nos pegar. Anda pega suas coisas. – Michael começou a junta suas coisas o mais rápido que pôde e eu fiz o mesmo. Quando estava tudo pronto ele segurou em minhas mãos para sairmos, dei uma ultima olhada em Bryan e fugimos dali.

Eu não conseguia acreditar por que Michael fez aquilo, talvez pra me defender, claro esse era o motivo, mas ele poderia soca-lo mandar ir embora, mas por que matar? Ele ficou transtornado em ver Bryan em cima de mim, deu pra ver em seus olhos.



Capítulo 10



Eu e Michael saímos sem rumo pra Deus sabe onde, vagamos juntos quase a noite toda até acharmos em um hotel humilde para passamos a noite. Entramos deixei minhas coisas por qualquer canto, me sentei colocando a mão na minha cabeça.

-Eu não acredito que Bryan está morto.

-Do que você está reclamando? Ele queria abusar de você, acha mesmo que eu ia deixar sem fazer nada?

-Tinha várias outras formas de evitar isso Michael pelo amor de Deus. _Gritei.

-Agora você vai me odiar por isso? _Falou bravo.

-Não! _Falei de imediato. –Não se preocupe, só estou um pouco sem saber o que fazer. _Me levantei andando de um lado pra o outro.

-Eu também não sei o que fazer Marcely nunca matei ninguém em toda minha vida, isso era para o Jamel e não pra esse cara. _Me aproximei dele e lhe dei um abraço forte.

-Vai dar tudo certo ok? Vamos passar por cima disso.

Eu sabia que era algo absurdo de se fazer, mas Bryan merecia ele era um porco desgraçado e de algum jeito me livrei dele, só não sabia agora como minha mãe está, apesar de tudo Bryan era sua única companhia e agora só Deus sabe.

(..)

Tomei um banho quente para relaxar o meu corpo, mas o que eu fiz foi chorar e chorar, era uma pressão imensa para mim, primeiro eu descobri que estava apaixonada por Michael, depois descobri que ele quer matar um cara altamente perigoso que custaria sua vida se ele se metesse e outra pela morte de Bryan que querendo ou não eu carrego nas minhas costas. Qual é eu era apenas uma jovem de 17 anos tendo que passar por tudo isso, era uma pressão imensa.

Sai de lá um pouco mais calma, Michael já estava deitado, me deitei ao seu lado.

-Não me odeia por isso tá? _Seu olhar era triste.

-Eu não odeio você Michael. _Como eu poderia se eu o amava tanto? Ele sorriu pra mim.

Então deu na tv um noticiaria de última hora, foi o corpo de Bryan que acharam na casa de Michael, e que os policiais estavam atrás dos culpados. Meu coração gelou.

-Eles não vão pegar a gente ok? _Ele segurou minha mão.

-Ok. _Uma lágrima rolou de meus olhos.

-Vem aqui vem? _Michael me envolveu pelos braços, ele estava assim agora tão mais carinhoso, tão mais compreensivo.

Nos beijamos de repente primeiro suave depois cada vez mais forte, intenso. Michael se pôs sobre mim, tirei a blusa que ele usava passando a mão em seu corpo. Quando estávamos já nus Michael me penetrou suave, eu o sentia entrar aos poucos, fazendo meu corpo inteiro contrair sentindo aquele homem delicioso dentro de mim.

Cruzei minhas pernas envolta do seu bumbum o ajudando a se movimentar, nossos gemidos ecoavam pelo quarto de hotel e quando dei por mim estávamos fazendo amor. É... era amor. Michael estava carinhoso bem diferente das outras vezes, seu jeito delicado de me beijar o pescoço, beijar minha boca, eu me entregava cada vez mais a ele e ele a mim.

Meu coração acelerava pelo amor que eu sentia naquele momento, Deus como eu estava louca por ele! Mais alguns movimentos e chegamos ao prazer, olhei em seus olhos e eles brilhavam para mim enquanto senti o torpor do momento, seu coração também estava acelerado.

Ele se deitou, não trocamos a menor palavra quando deitei em seu peito, não havia nada a se falar, o nossos olhares diziam tudo, nossos carinhos também.

Senti uma agonia imensa o medo de acontecer algo com ele me veio desesperadoramente agora, mas do que das outras vezes, eu tinha medo de perde-lo pra sempre.

-Michael por favor esquece essa vingança? _Eu disse de imediato, ele olhou para mim.

-Ficou louca Marcely? Eu vou trás de Jamel, vou fazer justiça pelos meus pais.

-Michael será que você não ver que eles podem te matar? _Alterei a voz. –Pode ser perigoso, pode ser perigoso. _Minha voz se embargou, eu lutava contra a emoção e o choro.

-Você não sabe o que é viver a vida inteira carregando o peso de perder os pais, de viver a vida sozinho sem ninguém por causa de um bando de filhos da puta que simplesmente matou um pai de família e uma mãe de família. _Ele gritava.

-Michael essas coisas acontecem todos os dias com tantas pessoas diariamente.

-É por isso que vou trás de Jamel, vou mostrar pra esse desgraçado que isso não se faz com ninguém.

-Não é assim que se da lição Michael, não é assim que vivemos, pelo amor de Deus a vida não é assim. _Eu já chorava.

-Marcely você é livre, não precisa ir atrás de mim, não precisa fazer isso comigo. Você é nova tem a vida inteira pela frente seu caminho é livre. Vai cuidar da sua mãe vai ser feliz.

-Não. _Falei um “não” quase sem força pelo meu choro. –Eu vou com você.

-Por que? _A voz dele também se embargou. –Por que está fazendo isso, você não tem necessidade de passar por isso.

-Por que eu te amo. _Deixei meu choro vim com tudo. –Eu não quero perder você Michael, eu não quero. Por favor não faz isso. _Ele ficou em choque, passou as mãos sobre a cabeça e voltou a me olhar.

Quando eu achava que ele simplesmente iria rir da minha cara por ser tão ingênua ao ponto de me apaixonar por ele, Michael veio até mim mais que de presa e me beijou desesperadamente. É esse beijo me confirmava que ele também sentia o mesmo. Sua língua passavam na minha com uma necessidade absurda, e com selinhos paramos para nos olhar.

-Eu também te amo. _Falou de um jeito como que se naquele momento ele se deu conta disso. – Nenhuma mulher faria por mim o que você está fazendo, nenhuma Marcely. Eu adoro você e também tenho medo que algo de ruim aconteça com você... Prometa pra mim que se algo acontecer comigo, você vai embora, vai fugir daqui, vai se livrar, vai ser feliz... Vai atrás dos seus sonhos. _Comecei a chorar de novo.

-Pelo amor de Deus Michael não vai acontecer nada com você, não fala assim.

-Prometa agora Marcely! _Segurando na minha cabeça ele balançou com força e eu chorava já estava vermelha de tanto chorar.

-Pro.. Prometo. _Ele me beijou.

-Eu te amo, por isso matei aquele desgraçado eu não suportei a ideia de vê-lo fazer mal a você, eu não poderia permitir. _Sorri sem vontade.

-Pensa bem no que te falei, por favor? _Supliquei.

-Eu não vou mudar de ideia, não vou.

-Por mim?

-Nem por você nem por ninguém. _Ele estava decidido mesmo, e nem o amor que ele tinha por mim iria mudar isso.

Nos abraçamos com força, eu sentia uma angustia ainda maior quando estava assim abraçada a ele, como um vazio que eu não sabia explicar. 
 






(Vídeo faz parte do conto por favor ouçam a música e leiam a tradução.)
Hold You In My Arms (Tradução)
Quando você veio para mim com seus sonhos ruins e seus medos
Era fácil de ver que você havia chorado
Parece que em qualquer lugar que você vá, catástrofes surgem
Mas quem na realidade lucra com a morte
Eu poderia te manter entre meus braços
Eu poderia te manter pra sempre
Eu poderia te manter entre meus braços
Eu poderia te manter entre meus braços pra sempre

Quando você beijou minha boca que estava cheia de questões
É a minha mente preocupada que você silencia
Coloque suas mãos no meu rosto
Feche meus olhos e diga
O amor é a comida do pobre homem
Não profetize
Eu poderia te manter entre meus braços
Eu poderia te manter pra sempre
E eu poderia te manter entre meus braços
Eu poderia te manter pra sempre

Então agora sabemos como funciona
Esse punho afasta o punhal
Armas de guerra
Sintomas de maldade
Não deixe seus olhos se recusarem a ver
Não deixe seus ouvidos se recusarem a ouvir
Ou você nunca afastará essa noção de loucura
Eu poderia te manter entre meus braços
Eu poderia te manter pra sempre
E eu poderia te manter entre meus braços
Eu poderia te manter pra sempre.



Capítulo 11



O dia amanheceu e eu fui acordando lentamente, os primeiros raios de sol que queimavam minha pele me fez lembrar do dia de ontem. Olhei ao lado e Michael estava dormindo ainda.

Me levantei vestindo minhas roupas foi quando ele acordou.

-Dormiu bem? _Perguntou. Eu somente balancei a cabeça negativamente.
Michael se levantou ainda nu e veio me beijar.

-Vai dar tudo certo ok? Você vai ver. _Meus olhos eram fixos ao nada e eu balancei a cabeça positivamente agora.

(...)

A porta do hotel bateu e Michael foi atender.

-E ai cara? _Era Louis seu amigo.

-E ai? _Ele entrou me encarando.

-Então essa é a Marcely?

-Sim é ela.

-Muito prazer. _Estendeu as mãos para mim.

-Prazer. _Dei um sorrisinho.

-E então Louis conseguiu as armas?

-Ainda não, não temos dinheiro o suficiente para comprar armas e conseguir pessoas. _Michael ficou nervoso passando a mão pela cabeça e depois chutando as coisas.

-Droga! E agora?

-Só há um jeito Michael, precisamos pegar pesado agora se for isso mesmo que você quer.

-E o que você sugere?

-Assalto a um banco. _Meus olhos se arregalaram, Michael balançou a cabeça.

-Não, não, vocês piraram? Assaltar um banco isso é loucura. _Falei quase histérica.

-Michael se é o que você quer teremos que fazer. _Louis nem ligou para minha histeria... Michael me levou para um canto e segurou meu rosto me fazendo olha-lo.

-Marcely olha, você não precisa fazer isso eu já disse. _Meus olhos brotavam lágrimas.

-Eu já disse que vou com você Michael, mas assaltar um banco é loucura. –Eu estava sem forças para argumentar.

-É o único jeito precisamos do dinheiro. _Mesmo sem querer acabei aceitando, claro naquele momento eu estava disposta a tudo por ele, até abrir mão da sanidade mental.

É isso que o amor faz com a gente, somos capazes de fazer a pior loucura, pular de um prédio em chamas, escalar o mais alto dos montes, morrer ou até mesmo matar...

-Qual é sua ideia para o plano Louis? _Michael perguntou.

Logo estávamos discutindo como entrar no banco e como explodir os cofres completamente blindados.

Era uma loucura, mas eu me submeti a cada loucura ao lado de Michael.



Capítulo 12



Já estava tudo pronto Louis conseguiu as bombas que explodiriam os caixas eletrônicos, meu coração estava batendo acelerado eu não sabia o que nos esperava naquele momento.

Vestimos uma calça e blusa de frio preta com um pedaço de meia calça cobrindo nosso rosto, é eu estava virando uma bandida como o Michael, mas eu nem ligava, o medo maior que eu tinha era por ele apenas.

-Marcely quero que fique vigiando se não aparece ninguém e se aparecer teremos que correr o mais rápido que pudermos ok? _Michael me dava as instruções finais, era agora ou nunca.

-Ok. _Fiquei de vigia na porta enquanto ele e Louis armavam a bomba.

Não demorou muito para que ela explodisse e enquanto eles comemoravam pelas milhões de notas se espalharem pelo chão o alarme de segurança soou.

-Droga! Essa Porra tem alarme! _Gritou Michael frustrado.

-Anda coloca tudo na sacola e vamos da o fora daqui! _Louis aconselhou.

-Michael eles estão vindo. _Gritei apavorada, pois eu já poderia ouvir o alarme gritante da policia.

-Anda, anda, anda! _Eles colocavam tudo de presa.

Quando terminaram Michael segurou em minhas mãos e começamos a correr desesperadamente dar o fora logo dali. A policia parou o carro na frente do caixa eletrônico enquanto paramos perto de um carro estacionado, Michael tinha em mãos um pé de cabra usado para arrombar portas, e logo abriu o carro, eu, Michael e Louis entramos.

-Droga eles nos acharam! _Disse Michael vendo o carro de policia vindo em nossa direção pelo retrovisor.

-Pisa Michael. _Falou Louis pra ele acelerar.

Michael acelerou de tal forma que quase meti a cara no banco eu sentava atrás, e então começou a perseguição a policia acelerava atrás de nós e Michael pisava fundo.

Entramos em uma rua e logo a policia estava na nossa cola eu estava nervosa e Louis sempre gritava para Michael acelerar mais e mais. Entramos em outra rua Michael vendo que a policia ainda continuava atrás de nós acelerou mais um pouco e quando percebeu a policia um pouco longe entrou na rua da direita sendo que a havia um cruzamento uma rua que seguia e outra que ia para direta, foi essa que entramos. O carro de policia pensando que seguimos seguiu a diante nos permitindo fugir.

-Uhuuu, é isso ai! Comeu poeira otários! _Louis comemorava, Michael ria batendo na mão de Louis como comemoração e eu respirava aliviada.

Era uma adrenalina surreal ao qual eu nunca pensei passar em toda minha vida, eu já me via como uma criminosa ao lado de Michael, ao lado do meu amor.

(...)

Chegamos ao hotel e Michael espalhou na cama aquele tanto de dinheiro, os dois amigos comemoravam e riam eu só dava alguns risinhos, estava um pouco atônita sem muito saber o que fazer.

-Agora podemos comprar os armamentos. _Disse Michael vitorioso.

-Isso ai.
Pouco depois Louis foi embora deixando eu e Michael a sós.

-Ei? Que carinha é essa? _Disse Michael agachado para ficar em mim altura, pois eu sentava em uma cadeira e passou a mão no meu rosto.

-Não é nada, ok? Vai passar. _Falei sorrindo.

-Você foi ótima hoje, vigiou direitinho. _Deu um beijo em minha bochecha.

-E você foi ótimo acelerando daquele jeito. _Ele gargalhou.

-Aqueles otários devem está até agora rodeando para ver se nos pega. _Se gabava por ter feito os policiais de palhaços.

-Pois é deve mesmo. _Michael gargalhava que se jogava na cama de tanto rir com as mãos sobre a barriga.

-Conseguiram muito dinheiro! _Olhei para os lados vendo aquele tanto de dinheiro espalhados.

-Nós conseguimos. _Ele me encarou nos olhos profundamente, e depois fazendo gracinha tirou a nota de trás dos meus cabelos como uma “mágica”.

Depois puxou meu braço me levando pra ele, agarrou em minha cintura e me beijou avidamente , depois me jogou na cama com aquele bando de dólares ali.
Fui brincando e tirando tudo tateando enquanto ele pesava sobre mim. Seus lábios passaram por todo meu pescoço e suas mãos por minhas pernas.

Tiramos nossas roupas e em menos de minutos estava possuindo um a outro, seus movimentos eram precisos, nossos gemidos eram ouvidos. Mudamos de posição agora eu estava sobre ele me esfregando em seu membro, Michael pressionava suas mãos em minha bunda para que eu me relasse ainda mais nele.

-Ah isso, continua.. Como você é gostosa garota ahhhh. _Michael cada vez mais ia fundo dentro de mim me apertando cada vez mais.

-Isso Michael me come! _Gritava tomada pelo tesão.

Comecei a quica e rebolar ao mesmo tempo o sentindo mais grosso e entrando e saindo com maestria.

Michael começou a estocar com força agora, uma vez forte e então parou, de novo mais forte e depois parou, e mais forte foi que gemendo alto senti meu orgasmo me invadir Michael também sentiu ambos ao mesmo tempo.

Cai sobre ele, Michael me envolveu em seus braços enquanto eu recuperava meu ar.

-Você é linda sabia? Linda, cheirosa e gostosa, como eu amo transar com você, amo, amo demais. _Michael falava deslumbrado extasiado, beijei em sua boca avidamente, nossas línguas experimentava o doce saber daquele beijo, meu coração acelerava sentindo seus toques o calor do momento.

-Eu te amo. _Falei pra ele.

-Eu também, viu? Eu também. _Falava convicto me olhando profundamente. –Desculpa por está de metendo nisso, em tudo isso.

-Não peça desculpas, não é sua culpa, estou aqui porque quero.

-Mas me sinto responsável.

-Não sinta, é responsabilidade minha desde o inicio, quando eu segui você depois do trem e fui para sua casa.

-Foi o melhor dia que já me aconteceu... Você foi a melhor coisa que já me aconteceu. _Nos beijamos ainda mais forte com o amor que sentíamos, com paixão, eu amava o Michael, eu ama está assim em seus braços.
Dormimos em fim.



Capítulo 13



Fomos a uma festa que havia na boate da cidade, era arriscado irmos, pois a policia estava atrás de nós, mas Michael queria muito ir e quer saber? Eu também queria, queria espairecer um pouco a cabeça e esquecer de tudo que houve nesses últimos dias e nada melhor pra isso do que beber e beber.

Todos dançavam como uns loucos chapados de tanto beber eu e Michael não éramos diferente e nem Louis caímos na gandaia mesmo.

Michael e eu dançamos relando um no outro eu ria passando a mão nos meus cabelos rebolando até o chão, ele mordia os lábios fazia biquinho e me puxando pela cintura pra beija-lo. O gosto da vodka em sua boca era delicioso.

Caminhamos juntos gargalhando até um lugar reservado para casais, um espaço aconchegante com sofás e cortinas lilases.

Michael se sentou e indicou seu colo para que eu sentasse ali, sentei... Ele segurou em meu pescoço e tomou meus lábios em um beijo excitante repleto de desejos, quando terminamos de nos beijar ele olhou tão ternamente em meus olhos, eu sei que estava bêbada, mas aqueles olhos brilhando para mim nunca sairia da minha mente. Nos beijamos mais uma vez intensamente, Michael passava suas mãos pelo meu corpo de um jeito que só ele sabia, eu já estava começando a me excitar.

Estávamos envolvidos nos nossos beijos quando Louis gritou ordenando que fossemos embora.

-Mas já Louis, está tão bom aqui. _Reclamou Michael manhoso.

-Sim vamos, daqui a pouco os homi aparece ai e estamos no sal.

-Louis chato. _Falei rindo e ele me lançou um olhar furioso.

(...)

Em fim chegamos os três no hotel riamos igual uns gambás bêbados, me joguei na cama ainda rindo enquanto Michael pegava mais bebida na geladeira.

-Nunca me diverti tanto em toda minha vida. _Falou ele voltando e bebendo no gargalo da garrafa.

-Nem eu. _Falei.

-É só que essa mordomia toda já está quase chegando ao fim. _Disse Louis. _Temos logo que irmos atrás de Jamel. –Meu coração gelou.

-Pra que tão rápido assim? Ainda temos algum tempo não? _Eu tentava faze-los ir com calma.

-Não há mais tempo é agora ou nunca. _Disse Louis me encarado furioso.

-Se está tão interessado assim então porque não vai sozinho? _Eu senti raiva de Louis por ele ser o que mais influencia Michael a isso, por isso fui assim tão grossa.

-E por que você não vai cuidar da sua vida vadia desgraçada? _Ele alterou a voz para mim apontando o dedo na minha cara levei um susto com isso, eu sabia que Louis não era muito feliz com meu envolvimento com tudo acho que bêbado e pelo que eu falei contribuiu pela reação dele.

-Ei, não fala com ela desse jeito. _Michael apontou o dedo na cara dele furiosamente.

-Essa garota é que mais atrapalha Michael, se não fosse ela já teríamos feito essa trabalho a tempos. Mas não você adora come-la por isso não a manda pra rua.

-Cala essa porra dessa sua boca Louis. _Gritou. –Se falar dela assim mais uma vez eu arranco sua cara ouviu bem? _Louis ficou quietinho na hora.

-Eu vou embora vocês dois se merecem. _Saiu batendo a porta.

Desde que aconteceu aquilo com Bryan eu já sabia que Michael nunca mais deixaria que alguém me tratasse assim, e eu amava isso. Tão protetor fazia dele ainda mais macho, o meu macho.


Capítulo 14

-Não liga pra o que ele diz ok? _Falou Michael acarinhando meu rosto.

-Eu não ligo, nunca liguei. _Ele sorriu me dando um beijo carinhoso em meus lábios.

Como sempre que começávamos a nos beijar foi ficando intenso, agarrei Michael em meus braços para o senti enquanto dávamos o beijo mais delicioso do mundo, era sempre assim, Michael me arrebatava quando me beijava desse jeito.

Comecei a tirar suas roupas beijar seu peito desesperadamente, Michael me jogou na cama indo para cima de mim, meus dedos se aliavam em seus cachos o trazendo para mim, senti seus lábios fazerem o caminho do meu ventre até meu pescoço.

Meu amor por ele crescia mais e mais em seus braços parecia que meu paraíso era ali, era ele.
Michael me trouxe para que eu me sentasse em seu colo suas mãos passavam em meus seios.

-Eu te amo. _Sussurrava em meio aos nossos beijos e caricias constantes, eu ia ao céu com aquela voz me desejando, seu olhar desejoso.

-Eu também, também.

Me ajeita em seu membro e o senti ir fundo de uma fez.

-Ohh Michael. _Eu a apertava enquanto contemplava sua face tomada por tesão.

Michael voltou a me deitar na cama e colocando pressão se movimentava freneticamente, eu gemia alto, gritava, o sentindo me preencher dessa forma, seu suor escorrendo por todo seu corpo, seu jeito homem primitivo de fazer amor, eu não estava mais aguentado.

-Mais amor, mais. _E então ele foi mais forte, com mais força, cheguei ao meu ápice o levando junto comigo.

-Ahhh, ahhh. _Graníamos alto ainda sentindo orgasmo fazer efeito.

(...)

-Você sabe que quando fazer o que tiver que fazer com Jamel você vai pra cadeia não é? _Conversávamos ainda nus na cama, Michael estava deitado de lado usando seu braço como apoio me encarando.

-Vamos fugir. _Disse um pouco entristecido. –Eu não roubei o caixa eletrônico somente pelas armas e sim para passaportes e identidade falsa, no dia seguinte que acabar com esse desgraçado vamos embora. Eu não vou pra cadeia nunca, e se for eu fujo.

-Sabe que eu também posso ir não é? 

-Eu não vou deixar, ouviu? _Segurou meu rosto, falava manso. –Não vou ok? _Balancei a cabeça positivamente enquanto ele me dava um beijo estralado na testa.

Deitou sobre a cama me deitando em seu peito, fiquei olhando o teto por alguns minutos minha cabeça estava a mil, e o medo me invadia constantemente.

Capítulo 15

Os dias iam passando e Michael ficava mais ansioso de colocar logo o plano em prática, ainda não havia conseguido tirar essa ideia maluca da cabeça dele, talvez eu nunca conseguiria, invés disso eu fazia exatamente tudo que ele pedia a mim. Eu estava ficando submissa a ele, cheguei ao ponto de não conseguir mais dizer um simples “Não” e contraria-lo. O que esse homem fazia pra ter controle assim sobre mim eu não sabia, mas só sei que era forte e muito forte.

(...)

Fomos juntos eu, Michael e Louis para a loja de armas, Michael iria comprar algumas para o tal arsenal que ele preparava a Jamel. Comprava de todos os tipos e tamanhos eu só observava e pensava que nunca iria consegui usar aquilo, mas esse pensamento de dissipou quando Michael disse a mim que iria me trainar para saber atirar e me defender, apesar de ele nunca me deixar confrontar Jamel.

Fomos em uma reserva descampada ao qual Michael montou um boneco para que eu tirasse.

-É pesada Michael! _Reclamei assim quando senti o peso da arma.

-É assim mesmo, mas logo você se acostuma.... Agora mira no boneco e atira certeiro bem na cara, mas cuidado porque quando você disparar, a arma vai dar um tranco pra trás você tem que segurar firme. _Eu começava a me apavorar.

-Ok. _Mirei bem e então dei o primeiro tiro, mas acertei tão longe.. Passou longe do tal boneco, pelo tal tranco que ele disse. –Michael não vou conseguir isso nunca.

-Calma Marcely você vai conseguir sim ok? Só precisa de treino e eu sou um ótimo treinador. _Sorri de leve.

-Ok.

-Agora tenta de novo. _Respirei fundo e mirei. –Mantem seus joelhos flexionados e segura bem essa arma, foca bem no seu alvo e nunca, nunca se intimida. Agora vai atira.

Fiz exatamente o que ele me disse mirei e atirei, acertou bem na cara do boneco.

-Isso, aê! _Comemorou Michael e eu também. –Se esse tiro for o mesmo que acertar nos capangas de 
Jamel vai ser muito lucrativo.

Michael falava em matar pessoas como algo bom, pra ele era, Jamel sempre foi visto como um inimigo para Michael e ele queria eliminar esse inimigo de uma vez por todas.

Mais alguns treinos eu já estava bem melhor na pontaria e no tiro deixando Michael orgulhoso e eu morrendo de aflição.

(...)

-Esse é um dos lugares que eu mais amo na vida. _Disse Michael quando ele me levou ao pico da cidade, era uma vista maravilhosa.


-Uau Michael é mesmo incrível! _Eu estava deslumbrada.

-É aqui que venho pensar quando preciso, fiz isso todos os dias da minha vida. É um lugar especial, nunca trouxe ninguém aqui. _Olhei profundo em seus olhos.

-Então por que me trouxe? _Eu estava curiosa.

-Eu disse que é um lugar especial pra mim, então eu só poderia trazer alguém tão especial quanto. _Sorri extasiada. –Você é especial pra mim Marcely, de repente eu me sinto tão melhor ao seu lado, como se os problemas da vida desaparecessem. _Abaixei minha cabeça.

-Mas não a sua raiva pelo Jamel e sua vingança suicida não é? _Me entristeci.

-Isso não é culpa sua, não quero que se sinta assim.

-Acontece que me sinto impotente Michael, eu sei que tenho que fazer algo, mas eu não sei como. _Ele tocou em meu queixo o fazendo encara-lo.

-Você faz mais do que deve Marcely, de algum jeito me tornei um homem melhor ao seu lado, mas o que eu preciso fazer eu vou ter que fazer independente de qualquer coisa.

-Ou de mim não é?

-Eu te amo é isso que importa e vou fazer de tudo para que nada aconteça com você.

-E você Michael? Também vai fazer de tudo para que nada aconteça a você?

-Eu não sei, mas sei as consequências disso tudo, podem ser maus e boas talvez, mas estou preparado pra tudo. _Abaixei minha cabeça mais uma vez.

-Quero dar uma coisa pra você. _Falou rente ao meu ouvido e depois tirou algo do bolso da calça.

-O que é? _Perguntei curiosa.

-Isso. _Então eu pude ver o lindo cordão.


-Michael isso é...

-Quero que fique com ele... É uma pomba representa paz, representa o que você significa pra mim, minha paz. _Não tive como não se emocionar.

-Ai meu Deus Michael. _O abracei forte e depois ele colocou em meu pescoço.

-Isso é roubado? _Perguntei arqueando a sobrancelha.

-O que você acha? É claro que é, onde eu compraria uma coisa tão cara assim? _Respondeu divertido e eu ri balançando a cabeça. –Isso pra você lembrar de mim, mas sugiro que não use em publico, pode ser que a dona o reconheça. _Gargalhamos.

Levei a mão ao pingente e apertei forte contra o peito.

-Obrigada. _Riu de leve e depois me beijou.


(Ouçam a música enquanto ler o final do capítulo e leiam a tradução)
Fique (part. Mikky Ekko)
Foi uma febre o tempo todo
Um suor frio, uma pessoa impulsiva que acredita
Joguei minhas mãos para o alto, eu disse 'mostre-me algo'
Ele disse, 'se você se atreve, chegue mais perto'

Por aí, por aí, por aí nós vamos
Oh, diga-me agora, diga-me agora, diga-me agora, você sabe

Não tenho muita certeza de como me sentir sobre isso
Algo no seu jeito de se mexer
Faz com que eu acredite não ser possível viver sem você
Isso me leva do começo ao fim
Quero que você fique

Não é uma vida e tanto a que você está vivendo
Não é apenas algo que você toma, é algo dado
Por aí, por aí, por aí nós vamos
Oh, diga-me agora, diga-me agora, diga-me agora, você sabe

Não tenho muita certeza de como me sentir sobre isso
Algo no seu jeito de se mexer
Faz com que eu acredite não ser possível viver sem você
Isso me leva do começo ao fim
Quero que você fique

Oh, o motivo pelo qual aguento firme
Oh, porque preciso fazer este buraco desaparecer
É engraçado, você é quem está em ruínas mas eu era a única que precisava ser salva
Porque quando você nunca vê as luzes é difícil saber quem de nós está desabando

Não tenho muita certeza de como me sentir sobre isso
Algo no seu jeito de se mexer
Faz com que eu acredite não ser possível viver sem você
Isso me leva do começo ao fim
Quero que você fique, fique
Quero que você fique, ohhh

(..)

Era incrível como Michael me fazia sentir quando estávamos juntos, o carinho dele por mim me deixava segura e ao mesmo tempo eu sentia medo, medo do que possa acontecer, medo de perde-lo pra sempre.

Eu o amava e o queria para mim pra sempre, mas o sempre era tão distante naquele momento, tão impossível. Era assim como eu sentia, e eu digo era horrível pensar assim.

Continuávamos conversando naquele lugar incrível, riamos de bobagens e brincávamos um correndo atrás do outro. Aquele sorriso dele me iluminava, acredito que nunca vou esquecer de um sorriso tão perfeito assim.
Capítulo 16




Michael era minha alegria a cada dia que passava, eu me sentia completamente feliz ao seu lado, sentindo seu amor, seu carinho e tudo que ele estava disposto a me oferecer, e olha que não era pouca coisa.

Em meio a esses dias descobri que minha mãe foi levada a um centro de reabilitação depois que Bryan morreu. De certa forma fiquei mais tranquila em saber que ela estava se recuperando e em um lugar seguro. Mas por outro lado minha vontade era de revê-la, está ao lado dela, só que agora não seria possível, não mesmo.

-A gente podia vê-la de longe, sei lá. Escalar os muros do lugar e tentar uma aproximação. _Conversávamos sobre minha mãe eu e Michael no meio do nada deitados completando o céu no capo de uma carro, quando Michael sugeriu.



-Você só pode ser louco né? Se fizermos isso seremos presos. _Ele riu.

-Estou brincando. Mas você precisa vê-la Marcely. _Me entristeci.

-Eu sei.

-Oh minha linda não fique assim. _Michael me encarou passando seus dedos no meu rosto carinhosamente. –Prometo que quando isso acabar nós vamos até ela. -Sorri de leve.

-Obrigada. _Ele riu e me deu um selinho.

Michael era carinhoso quando queria, amoroso quando queria e principalmente muito, mais muito compreensivo quando queria. Era esse lado dele que eu sempre quis que ele aflorasse mais, talvez era o lado que mais predominava nele, senão fosse essa vingança absurda que ele queria.

Ele não iria mudar isso não até acabar de vez com Jamel.

-Você está linda hoje. _Me olhava com ternura.

-Só hoje? _Brinquei e ele riu.

-Não! _Gargalhadas. –Sempre. _Me olhou profundamente.

Nossos lábios se encontraram em um beijo apaixonado, doce. As mãos de Michael segurava meu rosto enquanto as minhas emaranhavam em seus cachos , Michael me trouxe pra mais perto de seu corpo me pondo por cima de si. Eu completamente envolvida em seus braços me sentia a mulher mais protegida do mundo. 

De vagar Michael se ajoelhou no capo do carro me fazendo fazer o mesmo, tirou minha blusa com cuidado e depois beijou meu ventre, segurei em seus cabelos e me permiti fechar os olhos sentindo os lábios úmidos e quentes tocarem a minha pele, eu já me sentia tomada por expectativas.

Minhas roupas de baixo foram arrancadas, ele sorriu para mim pela minha cara de satisfação e logo senti seus lábios chuparem minha intimidade, gemi pela sensação.
Sua língua brincava com precisão em meu clitóris me fazendo contorcer, ele segurava em minha cintura para ajudar os movimentos de encontro a sua língua, era delicioso. Eu apertava seus cabelos, gemia.

-Tá gostoso, tá? _Falava ele quase gemendo, eu só balançava a cabeça mordendo os lábios.
Continuou me chupando e eu continuava gritando sentindo devorar minha intimidade.

-Ah Michael, mais, mais. –Eu implorava e ele aprofundava ainda mais sua língua, em poucos minutos estava eu sentindo os espasmos do orgasmo e Michael engolir meu gozo.

-Você é uma delicia Marcely, delicia demais. _Sorri.

Voltei a beijar sua boca ferozmente tirando sua camisa, enquanto ele me ajudava, desabotoei sua calça e depois ele tirou, sua ereção já alçava.

Ele desceu do carro puxando minhas pernas para a beira, depois abriu bem tendo uma visão nítida da minha intimidade. Michael me penetrou de uma vez arrancando gemidos altos de ambos, os movimentos dele foram frenéticos, ele saia e entrava rapidamente, meu corpo inteiro se contraia.
Apertei seu pênis em minha vagina e Michael urrou de prazer, ele se movimentou mais, mais e logo estávamos nós gozando um para o outro.

Cai deitada pra trás na carro com as pernas ainda aberta e as mãos dele as segurando.
Senti os lábios dele me beijaram as pernas suavemente, fui me levantando e envolvi meus braços em sua cabeça a encostando em meu ventre beijei seus cachos carinhosamente.

Capítulo 17

Era de manhã do dia 23 de Agosto de 1984 o dia que os pais de Michael morreram e o dia que ele também escolheu para acertar as contas com Jamel.

Michael acordou cedo tomou seu café aéreo bem pensativo, parecia que não estava nesse mundo sua mente totalmente distante.

Ele não queria muito papo simplesmente tomou um banho, vestiu uma roupa social e foi até o cemitério, pedi que fosse com ele, mas disse em um tom embargado que queria ficar sozinho.

Já se faziam anos do acorrido ele simplesmente deveria esquecer e seguir a diante, uma pessoa comum faria isso, mas ele não. Isso ainda era doído para ele.

(...)

Quando ele voltou já era quase na hora de sair para irmos atrás de Jamel, Michael e Louis armaram uma tocaia para os capas de Jamel, eles com o exército que Michael pagou para ajudar.
Eu estava nervosa, meu coração palpitava sentia que algo não daria certo, eu estava amedrontada.

Havia uma festa regada a som alto, bebidas e drogas, muitas drogas. Os traficantes de Jamel fumavam enquanto seguravam uma metralhadora enorme em mãos, víamos tudo de longe embrenhados em um matagal que dava visão perfeita de tudo que acontecia ali dentro.

Michael dava instruções para os outros como iriam atacar.

-Você vai para aquele lado de cima. _Apontava pra um. – E você para o canto de lá. _Apontava para outro. –Você e Louis venham comigo. _Falou para mim e eu assenti.

Eu, Michael e Louis saímos do matagal indo de encontro a porta principal iriamos da uma de convidados para distrai-los e finalmente entrarmos. 

-Hey! _Michael com um sorriso estampado chamou a atenção de dois bandidos que estavam de guarda na porta. –Que festão heim? Estou bem animado. 

Como bons guardas tentando proteger seu rei entraram dois em nossa frente impedindo nossa passagem.

-Ei, quem são vocês? _Perguntou logo mostrando a arma.

-Somos amigos do Jamel. _Michael se inclinou agora no ouvido de um e disse: -Não esquenta cara, está na boa.

Foi quando um de nossos homens veio por trás e os seguraram com uma faca no pescoço.

-Agora vai ficar melhor ainda. _Sério agora, Michael, Louis e eu arrancamos as armas deles e entramos.

Louis e os outros lançaram tiros com uns três ou quatro que estavam por ali que caíram ao chão, continuamos andando. Todos nós abrimos fogo enquanto outros de nós amarravam o resto do pessoal, enquanto os outros estavam bem longe curtindo a festa completamente drogados e não perceberam nada.

Havia uma porta a frente onde provavelmente Jamel estaria talvez sozinho e desarmado, pois Michael havia descoberto que Jamel não usava armas em festas outro motivo para entrarmos naquela ocasião.

Michael estava furioso com sangue nos olhos era assim que ele ficava apenas de tocar o nome de Jamel imagina estando finalmente cara a cara com ele.
Michael abriu a porta entrando de uma fez, uns seis homens atrás de nós totalmente armados.

-Jamel seu filha da puta. _Assustado Jamel olhou em direção ao Michael como previsto estava lá desarmado.

-Mais o que é isso? Quem são vocês e onde estão todos? _Perguntou confuso.

-Não parece tão valentão agora não é? Agora conhece a sensação de ser pego de surpresa desse jeito. _Louis foi até ele e lhe apontou a arma, mais outros dois também faziam o mesmo Jamel estava sem saída.

-O que está acontecendo aqui? _Disse ele rendido.

-Não se lembra não é? Mas por que deveria se lembrar? Tem tanto sangue em suas mãos que fica difícil se dar conta de todos, mas nunca disseram “aqui se faz aqui se paga?” _Michael estava coberto por ódio e eu extremamente nervosa.

-Mas quem são vocês, como entraram aqui? _Jamel continuava confuso.

-Cala a boca seu desgraçado. _Michael se aproximou de Jamel lhe a pontando a arma bem no meio da testa, fechei meus olhos por um instante já pronta para ouvir os disparos. _ Você matou meus pais, você matou minha família. _Jamel começou a rir e Michael ficou confuso.

-Se eu matei algum motivo teve, foi bem merecido. _Jamel Se mostrou não arrependido de nada deixando Michael furioso. –Acho que já estou sabendo de quem se trata. _colocou a mão no queixo se lembrando. - Sabe rapaz você não é o primeiro a vim atrás de mim por vingança, acontece que ninguém cumpriu o que desejava.

-Cala essa porra de Boca. _As provocações de Jamel deixava Michael imprevisível eu não sabia ao certo quanto ele iria agir. –Meu pai era inocente, um pai de família e minha mãe, ahh minha mãe era uma santa.

-Seu pai era um viciado nojento e sua mãe uma vadia. _Só foi Jamel se referia a mãe de Michael nesses termos pra ele se enfurecer ainda mais, Michael voou no pescoço de Jamel o fazendo desabar no chão e apertou seu pescoço o quanto pôde.

-Lave essa boca suja antes de falar qualquer coisa da minha mãe. _Os olhos de Michael estavam cobertos por lágrimas.

-Sua mãe era uma vadia, dava para todos por pedras de craque . _Falava com dificuldade, pois Michael apertava seu pescoço.

-Você não sabe nada, você não conhece a minha família.

-Você que não conhece a sua família, era uma criança.. Eu amava sua mãe. _Todos nós arregalamos os olhos nos sentindo surpresos pelas declarações. –Ela era minha, seu pai a roubou de mim.

-MENTIRA!

-É verdade, seu pai acabou com minha vida. E sua mãe? Ela ia pra minha cama comigo enquanto o marido estava com os pulmões cheio de fumaça de craque. Não me surpreenderia se você fosse meu filho.

-Desgraçado eu vou acabar com sua vida. 

-Anda Michael mata esse verme de uma vez por todas, anda. _Clamou Louis.

-Se você quiser matar seu próprio pai Michael. _Eu já chorava e Michael estava confuso.

Será mesmo que Jamel na verdade era o pai de Michael? Isso eu não sabia e nem ninguém ali naquele lugar, mas uma coisa era certa Michael ficou na duvida.

Foi a hora que Michael soltou Jamel o deixando ficar de pé, mas com todos com as armas apontados pra ele.

-Eu sabia filhinho. _Foi quando Michael acertou um murro em sua cara, escorrendo sangue do rosto de Jamel.

-Você não é meu pai, e nunca vai ser. Aquele que você matou sim... Eu sinceramente não sei o que houve no passado, não sei se acredito em você ou em tudo que eu vivi, mas aquele que você matou ele sim foi um homem digno e você destruiu.

-Digno? _Começou a rir compulsivamente. – Era um viciado, um zé ninguém.

-Mas ele me ensinou o que é certo e o errado, é claro que optei pelo errado, mas é graças a ele que vou deixa-lo ir embora agora ileso. _Meu coração palpitou e um alivio saiu em meu folego.

-Não, não, não Michael! Qual é cara? Depois de todo trabalho que tivemos? _Louis reclamou.

-Eu não posso fazer isso. _falou sôfrego. –Eu não sou assim. _Sorri me sentindo orgulhosa dele.

-Você é um covarde isso sim! _Gritou Louis.

-Pense o que quiser. Já chega quero viver minha vida... Anda vamos embora não vale a pena.

Jamel ficou lá enquanto Michael se dirigia a saída junto comigo e Louis reclamando.
Foi quando Jamel sacou a arma pelas costas de Michael.

-Ninguém sai daqui. _Paramos. –Estou vendo que o otário acreditou no que eu disse. _Ele ria.
Eu sabia que Michael não havia acreditado ele desistiu apenas por bom senso, mas Jamel achou que sim.

-Mas agora quem vai mata-lo sou eu. –Foi quando Louis sacou a arma mais uma vez para ele e atirou sem cerimônia umas 5 vezes. Jamel caiu morto ao chão. _Tapei meus ouvidos pelo barulho.

Então saímos de lá na mesma hora... Mas quando chegamos à saída avistamos carros e carros da policia indo em direção a tocaia de Jamel, provavelmente eles estavam atrás dele, mas conosco ali quem acabaria preso éramos nós.

Capítulo 18


Estávamos sem saída Michael indicou o mesmo matagal que se embreamos antes, era o único jeito.

Os camburões da policia estacionaram em frente a casa velha. Foi quando de repente, eu não sei como e nem quando foi tudo tão de repente... Eles conseguiram pegar Louis, talvez ele tenha se escondido mal, mas de algum jeito eles o viram.

-Olha aqui esse delinquente tentando fugir. _Falou um policial.

Louis levantou as mãos e foi levado para o camburão.

-Mas que MERDA! _Esbravejou Michael para mim. –Eu tenho que fazer alguma coisa, não posso deixar Louis. _Era só o que faltava, Michael querendo dar uma de herói logo agora.

-Mas o que? Você ficou louco Michael, se for até lá vai ser preso também é o que quer?

-Não posso deixa-lo Marcely preciso fazer alguma coisa. _Michael era assim quando colocava algo na cabeça não tinha quem fazia mudar de ideia.

-Michael não por favor fica aqui, daremos outro jeito.

Ele não me escutou, na verdade ele nunca me escutava mesmo, era teimoso e cabeça dura, eram um de seus defeitos, mas isso já era suicídio.

Michael foi a francesa até o camburão aproveitando que os policiais entraram, mas é obvio tinham alguns por ali.

Ele se chegou por trás do carro e bem de vagar abriu a porta do lado que Louis estava. Eu estava aflita queria logo que eles saíssem dali de uma vez por todas e em fim voltar são e salvos, mas o desespero aumentou quando um dos policiais olharam para sua retaguarda e pegaram Michael e Louis na boca na botija.

-Ai meu Deus! _Saiu quase um sussurro.

-Olha o que temos aqui, mais um magilzinho. _Michael o olhava sério, seus lábios tremiam de fúria, a veia de seu pescoço saltava.

-Não temos mais saída Michael. _Balbuciou Louis essas palavras no ouvido de Michael.

Só que ele permanecia inerte, olhar odioso fixo, Michael estava desesperado dava pra ver. Ele queria fazer algo que o permitisse sai dali, estava buscando um jeito em seu interior.

Foi quando o vi tirar sua arma lentamente da cintura.

-Não! _Gritei para mim mesmo.
Michael estava ficando louco? Apontar arma para aqueles policiais? Foi exatamente o que ele fez.

Em um grito longo e bem alto Michael começou a atirar por todo lado, coloquei a mão a cabeça eu não sabia exatamente o que esperar de agora em diante, meu coração acelerava a agonia era incessante. Deus o que aconteceria agora? Essa pergunta não me deixava em paz em milésimos de segundos. Foi quando sugiram mais alguns tantos de policiais e metralharam em direção ao Michael.

-NÃO! _Agora meu grito de horror e desespero poderiam ser ouvidos eu não sei ao certo quantos tiros, mas foram muitos, Michael foi se debatendo com forme as balas o atingiam em determinado lugar caindo ao chão com os olhos estatelados, a arma caia ao seu lado.

Os policias deram o fora dali levando Louis e o resto dos traficantes da festa, não prestaram socorro e nem nada. Pra que não é mesmo? Era só um bandido que morre todos os dias por causa da ação da policia e eles são vistos como heróis todas as vezes.

Uma chuva começou a cair e quando não havia mais ninguém me cheguei até Michael.

-Socorro, socorro! Alguém me ajude socorro! _Eu gritava ali no meio do nada, com as mãos a cabeça, suplicando para alguém ajudar o meu amor.

-Marcely! _Ouvi em um fio de voz ele me chamar.

-Michael alguém vai aparece, alguém vai chegar eu prometo.

-Não, não Marcely escuta... Não quero que esteja aqui quando alguém chegar, por favor vai embora, fuja.

-Não, eu não vou deixa-lo... A ambulância a qualquer momento chega Michael, você vai ficar bem você vai ver. _Por mais que eu tentava demostrar esperança era óbvio que não tinha mais nenhuma, era uma surpresa ele está ainda vivo.

-Não vou aguentar tanto tempo, doe demais, levar um tiro doe muito quem dirá milhares. Não consigo respirar direito, não vou sobreviver.

-NÃO, não fala assim, não fala assim por favor Michael. _Meu choro já era desesperado. –Você vai ficar bem, por favor você vai ficar bem meu amor.

-Marcely escuta. Você foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, você me fez um homem melhor, foi por sua causa que não acabei com Jamel, foi ouvindo os seus conselhos.... Você tinha razão. _Sussurrou sem ar e depois tossiu. - Tinha razão meus pais nunca se sentiriam orgulhosos de mim se eu fizesse isso. 

-Não fala muito, fica quietinho por favor.

-Eu preciso falar... Prometa pra mim que vai embora daqui que vai viver sua vida, longe disso tudo, vai atrás da sua mãe e cuidar dela, vai ter uma vida linda e feliz. Promete?

-Não Michael, não! _Choros intensos. – Não se despesa, por favor? Ainda não.

-Desculpa por eu ter te envolvido nisso tudo, desculpa meu amor me desculpa. _Ele também chorava.

-Eu te amo Michael.

-Eu também te amo, vou te amar pra sempre, além da vida.

-A gente vai ficar juntos amor, precisamos ficar juntos, quem vai me ajudar a cuidar do nosso filho? _Foi um choque pra ele seus olhos se arregalaram e em seu lábios formaram sorriso. 

Coloquei suas mãos em meu ventre, as mãos cobertas por sangue.
Já havia algumas semanas que descobri minha gravidez, mas eu estava esperando o momento certo para lhe contar, depois que tudo isso acabasse.

-Cuida bem dele tá? Não o deixa ser quem eu fui, não diga a ele quem eu fui.

-Ele vai ter orgulho de você meu amor.

-Não, não vai. Por favor Marcely cuida do nosso filho, diga a ele que seu pai amou muito a sua mãe. Que você foi melhor coisa da vida pra mim.

-Michael...

-Eu... _A respiração do Michael era falha. –Eu.. Te... Amo.

-Michael? Michael? _ Foi quando vi seus olhos se estatelarem mais uma vez a sua respiração cessar de vez, seu corpo amolecer e era o fim. O grande amor da minha vida estava morto.
 
(Leiam o final da capítulo ouvindo a música)

-NÃO! _Gritei longamente o mais alto que eu pude. _Michael, não, por favor não me deixe. _O beijei sem parar tentando fazer voltar, mas nada adiantou. _Não me deixa por favor. _Gritei, meu choro era alto e doído.

Uma sensação de impotência dominava meu ser, eu não conseguia entender por que meu amor não era suficiente para traze-lo de volta, por que essas coisas acontecem? Por que a morte vem afinal? Só para matar aos poucos quem consegue se livrar, matar de agonia de saudade de amargura. Deus o que eu faria agora?

Quando a ambulância chegou eu fiz exatamente como Michael me disse fugi. Eu não poderia ficar ali e ir presa seria como se tudo que houve foi em vão, eu tinha que seguir minha vida como Michael me disse eu precisava cuida do meu filho do filho que eu esperava dele.

(...)

Alguns dias depois

Fui até o cemitério, Michael foi sepultado ao lado dos pais, levei uma pequena florzinha amarela em mãos, vestida inteiramente de preto.

Não falei nada diante a sua lápide, apenas meu coração gritava o quanto eu o amava e lhe prometia que faria tudo que ele pediu.

Beijei minha mão e depositei em seu tumulo, uma tentativa de beija-lo. E então sai, dei uma parada para olhar mais uma vez ali e depois continuei a andar.

Eu sabia que daquela hora em diante eu precisaria seguir sem ele, eu precisava ser forte, e era isso que eu faria, por ele e por nosso filho.
 
Capítulo 19



Os dias pareciam cada vez mais difíceis para mim, eu chorava a todo momento, era como se uma parte de mim tivesse sido arrancada, mas na verdade foi isso mesmo, Michael era uma parte mim, a melhor parte de mim.

Ficar sem ele eu me sentia perdida, sem rumo e sem chão. Como eu faria pra criar um filho sozinha? Essa pergunta povoava minha mente constantemente.
 
 
(Leiam até o final escutando a música)

E a imagem de Michael em minha mente vinha a todo momento, aquele belo sorriso se abrindo para mim, meus olhos se fechavam para contemplar mais um pouco e me fazer pensar o quanto era maravilhoso para mim tê-lo ao meu lado. Momentos que passamos juntos era presente em minha memoria, as brincadeiras, o jeito valentão de ser, mas ao mesmo tempo doce, nossas noites de amor. Deus como eu sinto a falta dele! Sinto o tempo todo, e isso doe a cada dia mais.

Quando tocava no colar em meu pescoço que ele me deu, meu sorriso se abria, era uma lembrança dele, uma parte dele para mim.

Michael era pra mim a minha força, meu caminho, minha fuga, meu amor, minha vida, eu nunca esquecerei jamais.

(...)

Alguns dias depois

Depois de tanto procurar finalmente achei o lugar em que minha mãe estava internada era hora de está ao lado dela de cuidar dela, era o momento certo.

Respirei fundo subindo os degraus incessantes da clinica de reabilitação, me identifiquei na recepção e com a ajuda de uma enfermeira encontrei minha mãe. Ela estava de costas para mim olhando pela janela, lágrimas começaram a derramar de meus olhos era uma emoção grande vê-la depois de tanto tempo, quanta coisa errada fiz, quão desnaturada eu fui.

Me cheguei a ela e toquei em seu ombro, ela me olhou nos olhos segurando meu rosto.

-Minha filha! _Seu sorriso se abriu.

-Mãe! _Desabei a chorar antes de lhe dar um abraço forte cheio de saudades.

A beijei constantemente sentindo o amor de mãe de novo.

-Me perdoa minha filha, me perdoa por tudo que fiz? _Segurou meu rosto olhando para mim seus olhos marejavam.

-Claro que sim mãe, claro que sim... A senhora que precisa me perdoar.

-Não filha, não. Eu amo você, amo demais. _Chorando ainda a abracei mais uma vez com muita força.

-Também te amo mãezinha!

Minha mãe já estava curada do álcool, mais alguns meses na clinica ela foi liberada. Nos mudamos para outra cidade menos perigosa de Nova York com o dinheiro que tinha do roubo a caixa eletrônico.

Nunca ninguém conseguiu me encontrar, eu vivia minha vida em paz tranquila, livre.

Fui até a cadeia visitar Louis, eu precisava falar com ele sobre o Michael.

-Ele amava você, isso você pode ter certeza. _Sentados de frente um para o outro ele me dizia fazendo a emoção tomar conta de mim.

-Eu também o amava demais.

-Você foi a melhor coisa na vida dele. Nunca o vi tão feliz e tão satisfeito durante anos, e se não fosse por você ele jamais teria recuado com o Jamel... Você o mudou.

-Mas não pude fazer nada. _Me entristeci.

-E se isso não importar? Pessoas morrem o tempo todo, mas Michael teve a chance de viver por dentro, de descobrir realmente o sentido da vida. Ele já estava morto muito antes Marcely, mas você o trouxe a vida. Você fez muito mais do que pôde.

-Sinto a falta dele. _Chorei.

-Eu também sinto, não vamos esquece-lo jamais está bem? _Balancei a cabeça positivamente.

-Agora vai lá, cuida desse bebê e vai ser feliz.

-E você? _Perguntei

-Ah eu já estou condenado, vou passar longos anos aqui e se eu não morrer até acabar minha pena, vou viver minha vida dignamente.

-Boa sorte pra você então. _Ele sorriu assentindo.

-Seja feliz Marcerly.

-Obrigada Louis.

Nos despedimos e eu fui embora em fim.

(...)

Poucos meses Depois Benjamim nasceu, o meu filho e de Michael era perfeito, lindo como o pai e alegrava meus dias. Benjamin era tudo pra mim, uma extensão de Michael na minha vida, uma parte boa dele.

Falo de Michael a Benjamim todos os dias, dizendo o quanto o pai dele era especial e bondoso, de certa forma ele era sim, só estava seguindo o caminho errado.

Nos momentos que penso que eu deveria ter sido mais rude com ele e ter feito algo pra que nada disso acontecesse vem a lembrança de que tudo na vida acontece por um motivo, sei que a morte de Michael ainda doe, mas eu aprendi muito com ela. O crime não compensa, por mais que você se livre lá na frente colherá os frutos que plantou, a final todos colhemos nosso frutos, ele colheu o dele.

Amo você Michael, pra sempre vou te amar. Nunca me esquecerei de você a final você vive em Benjamim nosso menino lindo. Te amamos.




~~> FIM <~~
 
 

6 comentários:

  1. LINDA , mesmo... com esse final apanhei-me aki a chorar feita idiota ...mas esta mesmo perfeita...adorei ....continuem a postar fics destas e eu serei umas das que irei continuar a ler este blogue e estas fics...

    ResponderExcluir
  2. Oie Flor, Bem-vinda e obg pelo cometário e por ler e estar conectada ao blog :)

    ResponderExcluir
  3. AMEI e chorei pra kct com o final kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  4. Gente que lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, desta vez fui eu a ler, parabens Tay, pena ser triste no final,

    ResponderExcluir
  5. Resolvi fazer uma Tour pelo blog (dessa Tour o Michael gostaria rsrs) e achei essa fic .. só posso dizer o quanto chorei com esse fim .. não é mentira , to chorando até agora kk mas enfim , parabéns pelo talento ..

    ResponderExcluir
  6. Lindaaaaaaa amei meu Deus li parecendo que eu estava dentro da historia que forte! Saudades de michael

    ResponderExcluir

Por favor , deixe o seu comentário aqui...