Autora: TatahJacksonMania
Sinopse: "Nunca pensei que, um dia, pudesse me apaixonar.
As tradições de meu país são claras: as mulheres há de se casarem com quem seus pais escolherem.
Sempre fui totalmente contra a esse tipo coisa; não concordava de maneira alguma com o destino que as pessoas escolhem para o rumo da vida alheia.
Desde criança, sonhava com um amor de conto de fadas, daqueles que o príncipe vem até sua amada em cima de um cavalo branco.
Pobre de mim, meus sonhos foram-me arrancados aos cinco anos de idade, quando vi Maya, minha irmã mais velha, se casar contra a sua vontade.
Sou a filha mais nova do Sheik Abdullah Bin Hamed Al Khalifa, e hoje, com os meus dezoito anos me vejo obrigada a me casar com um cara metido, que não faço a mínima questão de saber o nome.
Apesar de ser totalmente adversa a tudo isso, já estava me conformando com o rumo, premeditado pela sociedade, que a minha vida estava levando.
Estava me conformando, até Michael Jackson entrar em minha vida.
E arrebatar, completamente, o meu coração."
--- Informações ---
-- Estamos no ano de 2005.
-- Michael só tem Paris e Prince.
-- Prince tem 8 anos e Paris tem 7.
Capítulo 1
- Kahinna, minha filha, você tem que entender, que isso tudo faz parte de nossa cultura! – disse meu pai.
Tentando,
pela milionésima vez, por em minha cabeça que eu deveria aceitar o
pedido de casamento que... Que um cara metido a besta, me fez.
-
Eu sei que tudo isso faz parte da nossa maldi... – ele me lançou um
olhar furioso, então, moderei meu discurso. – Que tudo isso faz parte de
nossa cultura, e que um dia eu vou ter que me casar com um homem que eu
ao menos conheço, mais a questão, papai, é que eu só tenho dezoito
anos, sou muito nova para me casar!
- Todas as suas irmãs casaram-se nessa mesma faixa etária.
- Porque foram burras e não usam a boca para nada, ao contrário de mim. – retruquei, revirando os olhos.
-
Olhe aqui, Kahinna, não fale desse jeito de nós. Não temos nada haver
com esse assunto! – intrometeu-se Jade. – E meu casamento vai muito bem,
obrigada.
- Está vendo, Kahinna, sua irmã não conhecia Bahuan, quando se casou, e hoje tem três filhos e é imensamente feliz.
- Eu não quero me casar! – disse mais uma vez.
- Kahinna, por que é tão teimosa? – perguntou-me
- A verdade, papai, é que o senhor mimou muito Kahinna, e hoje ela faz o que quer. – disse Maya, destilando seu veneno.
- Não se meta, Maya! – disse papai.
Maya, por fim, calou sua boca de cobra, e meu pai continuou:
- Kahinna, você não tem que escolher...
- O que? – perguntei exaltando-me.
Meu pai levantou-se de sua cadeira, e antes de sair da sala disse:
- É isso mesmo que ouviu, pedirei que avisem, nesse exato momento, a Raj Meetha, que você aceitou o seu pedido.
- Mas...
- E não se fala mais nesse assunto! – disse, por fim, saindo da sala.
- Mais isso é um absurdo, Lalit! Meu pai não pode fazer isso comigo! – eu disse, entre lágrimas.
Estava com minha melhor amiga, Lalit, em meu quarto, em meio a um acesso de choro e raiva.
- Sei como se sente, Kahinna...
- Não, ninguém sabe! – eu disse, a olhando. – Você não está passando por isso!
- Não estou agora, mais sei que daqui a algum tempo, ou melhor, sei que em pouco tempo, estarei passando por isso.
- Mais você aceita isso, Lalit, eu não! Eu nunca aceitei!
- Mas, amiga, depois de todos esses anos... Você deveria está preparada para passar por isso.
Limpei minhas lágrimas e respirei fundo.
- Eu não nasci pra isso! Não nasci para me casar forçadamente, nem para
vestir todas essas roupas... Acho que eu não deveria ter nascido nesse
lugar!
- Não diga isso, Kahinna. Você é uma princesa, filha do Sheik Abdullah,
um homem muito bom e adorado por todos. Não deveria dizer uma coisa
dessas! Qualquer uma daria tudo para está em seu lugar, por um segundo
sequer.
- Mais eu queria tanto ser livre! Não digo isso por meu pai, eu o amo
muito... Digo isso pelo lugar em que vivemos, e tudo o que precisamos
suportar!
Disse me controlando para não gritar; principalmente porque Lalit nada tinha haver com minha birra por nossa cultura.
- Entenda, Lalit. Eu nunca sonhei em me apaixonar, nem nada disso...
Mais sou mulher, tenho meus desejos e vontades, eu sempre sonhei com uma
vida em que eu me casaria com um homem que, no mínimo, eu gostasse. E
agora me vejo obrigada a me casar com Raj Meetha! Eu não suporto aquele
prepotente. – disse entre dentes, mas para mim mesma do que para Lalit.
Ouvi o suspiro cansado de Lalit.
- Eu sinto muito por você, amiga... Sinto muito, mesmo. – murmurou, afagando minhas costas.
- Eu também sinto muito por mim mesma. – disse, terminando nossa conversa ali.
Sou Kahinna Bin Hamed Al Khalifa, sexta, e última, filha do Sheik Abdullah Bin Hamed Al Khalifa.
Minha mãe morreu quando eu tinha apenas seis anos de idade, vitima de uma praga que existia em nosso país, na época.
Desde sempre eu fui muito mimada por meu pai, e por meu irmão mais velho, Joshua.
Porém, além de sempre ganhar aquilo que eu queria, na hora em que eu queria, eu sempre fui muito rebelde.
Digo, sabe quando você acha que uma coisa está errada, e não há ninguém que mude sua opinião? Bem, eu sou assim.
E agora, eu via o meu castelo de sonhos desmoronar como se fosse construído por areia.
E eu, de mãos atadas, não poderia fazer nada para impedir que ele fosse, de fato, destruído.
Capítulo 2
Havia se passado duas semanas desde que meu pai me intimara a me casar.
Raj Meetha era um homem bonito, elegante, rico.
Metido, chato, arrogante!
Mil vezes arrogante!
Se achava o cara, e eu tinha quase certeza que ele só queria se casar comigo para tirar proveito do dinheiro do meu pai.
Quando ele veio me conhecer, eu senti nojo assim que o vi.
Ele começou a me cortejar, beijava as minhas mãos toda hora, dizia que estava imensamente feliz por está me desposando.
Chato, chato e chato!
Eu contava os minutos para que ele fosse embora, e assim que ele o fez, eu subi para tomar um banho.
Eu não iria me casar com aquele patife, ou não me chamava Kahinna!
Havia terminado de me banhar quando Indira, minha empregada – e, consecutivamente, uma mãe para mim – bateu na porta de meu quarto.
- Menina? – me chamou, abrindo a porta assim que eu pedi.
A olhei e abri um sorriso, então ela continuou.
- Seu pai lhe chama em seu escritório. – disse.
Revirei os olhos e continuei penteando meus cabelos ruivos.
- Com certeza deve ser para saber se eu gostei de Raj.
- E gostou? – perguntou com um sorriso travesso nos lábios.
Indira entrou em meu quarto e fechou a porta atrás de si.
Cruzou os braços e ficou esperando por minha resposta.
- Ah, Indira, você me conhece como ninguém... Sabe que não quero me casar, principalmente com aquele cara grotesco! – eu disse, suspirando e a olhando.
Ela chegou perto de mim, tomou a escova de minhas mãos e começou a pentear meus cabelos.
Fechei os olhos sorrindo; seus carinhos maternos eram especiais e me reconfortavam de alguma forma.
- Oh minha pequena, sei que você não deseja se casar agora, como também sei que não gostou de Sr. Meetha, mas... Você sabia que isso iria acontecer um dia.
Deveria está preparada para isso.
- Eu sei. Mas não estou preparada para isso, Indira! Eu nem ao menos sei como tratar meu marido.
- Toda mulher sabe meu bem... – disse com sua voz doce.
- Mais eu não sei! E tem outra, Indira, com Raj eu não me caso! Não me caso! – eu disse, batendo meus pés no chão.
Indira sorriu.
Pôs a escova em cima de minha cômoda, e antes de sair disse:
- Bem, já que a senhorita não quer se casar, você tem de ir até o seu pai e conversar com ele. Conversar, Kahinna, não fazer birra, muito menos bater os pés. Você já não é mais uma criança, e sabe bem disso. Então, trate de agir como uma adulta. Aí sim, seu pai irá lhe entender.
Indira sorriu novamente para mim, e saiu de meu quarto, me deixando sozinha novamente.
Indira estava certa!
Se eu não queria me casar eu deveria mostrar ao meu pai que os meus motivos são, ao menos, relevantes.
Por mais que eu seja dada a um ataque de birra e pirraça, eu já tenho dezoito anos e está na hora de provar ao meu pai que eu não mais a menininha dele.
Então, aproveitando que ele já queria ter uma conversa comigo, fui até o seu escritório disposta a falar tudo o que eu sentia, sem aborrecê-lo.
Assim que bati na porta, a voz grave de meu pai soou aos meus ouvidos pedindo para que eu entrasse.
O avistei sentando em sua cadeira, atrás da mesa de madeira importada, que havia ali; me sentei em uma das cadeiras que havia a frente de sua mesa e, antes que eu pudesse falar algo, meu pai começou:
- Então, minha filha, gostou de seu noivo?
- Não. – respondi sua pergunta, casualmente.
Ele franziu o cenho e um segundo depois, revirou os olhos, demonstrando tédio.
- Ora, Kahinna, Raj foi um cavalheiro com você! Lhe cortejou de todas as maneiras que uma mulher sonha em ser cortejada. É impossível que não tenha gostado dele.
Nesse momento, se eu seguisse o que estava sentindo, certamente começaria a dizer que Raj, na verdade, era um arrogante, prepotente e interesseiro.
Mais aquele caminho era incerto, e eu sabia disso, então, resolvi ser sensata e demonstrar tudo o que eu sentia, de uma maneira mais adulta.
- Não, papai. Raj Meetha não é um cavalheiro. Eu não gostei dele, e se me casar com ele, com certeza, serei uma péssima esposa, e, apesar de não me afeiçoar muito com ele, creio que ele não mereça uma esposa ruim e sim, uma esposa que lhe obedeça e seja capaz o suficiente de lhe tratar bem.
- Kahinna, por Deus! Não seja tão difícil, minha filha...
- Papai, eu sei que o senhor quer se livrar de mim. Porém, tem outras maneiras de fazê-lo, sem que eu me case com alguém.
- Ora, Kahinna, é claro que não quero me livrar de você! Sou seu pai, e lhe amo muito, jamais pense uma coisa dessas. – disse meu pai, altamente aborrecido.
- Ok, papai, me desculpe... – suspirei.
- Eu só quero lhe arrumar um bom partido, e Raj Meetha é o homem perfeito.
- Mais eu não quero me casar agora, papai.
Meu pai suspirou.
Por um momento, eu pensei que tinha o vencido pelo cansaço, porém, ele me surpreendeu ao dizer:
- Ok, Kahinna, fazemos o seguinte: deixe Raj continuar a cortejá-la, tentando lhe mostrar que é uma boa pessoa, se em dois meses você não gostar dele, o noivado estará acabado. Tudo bem assim?
E o que eu faço com os dois meses perdidos da minha vida? Irá me devolvê-lo, papai? – foi o que pensei em responder.
Mais por fim, já que essa era a melhor opção que eu tinha em mãos, decidi aceita-lá.
- Tudo bem, eu aceito.
- Ótimo! Agora, deixe-me contar uma novidade. Iremos receber hóspedes. – disse meu pai, contente, com um sorriso de orelha a orelha.
- Hóspedes? – perguntei, confusa.
- Sim, sabe quem está em nosso país?
- Hum... Não. Não tenho lido jornal ultimamente.
- Michael Jackson, minha filha! Ele está em nosso país.
Oh sim... Michael Jackson... E pelo entusiasmo de meu pai, ele poderia ficar em nosso país para sempre.
- Oh... E ele será nosso hóspede?
- Sim, como ele está na cidade, resolvi convidá-lo para uma temporada em nossa casa. Sabe, depois de tudo o que ele sofreu... Ele precisa de calma e tranqüilidade para voltar a sua rotina. Então, no sábado, ele e seus dois filhos viram para nossa casa, e faremos uma festa de boas vindas.
- Festa? Uau! – foi a única coisa que passou em minha cabeça, naquele momento.
- E você, como a bela bailarina de dança do ventre, que és, vai abrir a festa com a sua melhor coreografia.
- O que? – perguntei de supetão, me surpreendendo com o que meu pai acabara de dizer.
- Sim, minha querida, e trate de arrasar! Michael Jackson é um dos melhores dançarinos de todos os tempos, estará na frente de um crítico único e deveras importante. – ele disse se levantando – Boa noite, minha filha.
Meu pai deu um beijo em minha testa e saiu de seu escritório, me deixando chocada com a notícia que acabara de me dar.
Capítulo 3
Meu pai sempre fora um homem muito generoso.
Desde pequena, eu o vejo ajudar pessoas, instituições de caridade, orfanatos, amigos que estavam passando por momentos delicados.
E sempre me espelhei nele, costumava a dizer que, quando eu crescesse, iria trabalhar em prol das crianças mais necessitadas.
E ainda vou realizar esse meu sonho.
Meu pai sempre foi um exemplo pra mim, seu jeito educado e gentil, generoso e amigo, sempre me deixou encantada.
Por isso, quando ele disse que convidou Michael Jackson para passar uma temporada conosco, em nossa casa, eu não me espantei.
Eu me espantei com o fato de eu ter que dançar na festa de boas vindas ao Jackson.
Bem, eu gosto de Michael Jackson, ele é um ótimo cantor e dançarino, mais eu não sei nada sobre ele.
Só sei que ele é o Rei do Pop, e que ele acabara de ser inocentado de um julgamento, ao qual ele fora acusado de abuso sexual infantil; coisa que eu nunca acreditei que ele fora capaz de fazer. Sabia que ele era inocente e fiquei muito feliz quando ele conseguiu provar isso perante todos que lhe julgaram.
Sobre sua música, eu só sei que aquele clipe, Thriller, que me dá medo até hoje, é o álbum mais vendidos de todos os tempos, e tem também aquela música que ele diz que o filho não é dele.
E pra falar que eu não sei cantar nenhuma música dele, eu sei cantar We Are The World, que é uma música que me tocou desde quando eu a ouvi pela primeira vez.
E claro, sei que ele também é dono daquele passo de dança, que anda para trás.
E só.
Essa é a única coisa que sei sobre o astro, e meu pai ainda me obrigada a dançar pra ele.
E se o cara não gostar de dança do ventre?
Pior, e se ele disser que eu danço mal? Bem, se ele fizer isso, meu pai vai ter que me perdoar, mais vou ter que descer do meu salto de educação, e mostrar a ele que comigo, não se brinca.
E então, o dia da festa, chegou.
***
Assim que foi absolvido da acusação de abuso sexual infantil, Michael decidiu que não ficaria mais em Neverland.
Aquele lugar, que antes era o seu lar, agora só era um mausoléu que servia para lhe lembrar de toda a tristeza que se instalara em seu coração, nos últimos meses.
Consecutivamente, também não queria mais ficar em Los Angeles, precisava viajar, ficar fora de área por um tempo.
Precisava que a paz purificasse o seu coração, e se instalasse de vem em sua vida, novamente.
Então, decidiu que iria para bem longe dos EUA.
Atravessou o oceano e chegou em Bahrein, país que fica a leste da Arábia Saudita.
Queria tranqüilidade para ele e seus filhos, pelo menos agora.
Então, uma semana depois de está hospedado em um hotel, um amigo de longa data, Sheik Abdullah, lhe fez uma visita.
E convidou a ele, mais seus filhos, para passarem uma temporada em sua mansão.
Primeiramente, Michael não aceitou. Falou que era desnecessário, pois ficaria pouco tempo no país, e não queria incomodá-lo, mas, depois de Abdullah insistir e dizer que não aceitava um “não” como resposta, Michael aceitou o pedido.
Abdullah o esperava no sábado a noite em sua casa, e, como era de costume, o receberia com uma festa de boas vindas.
Assim que Michael entrou na mansão de Abdullah ele pôde constatar que, quando seu amigo lhe disse que iria fazer uma festa, ele não estava de brincadeira.
Havia pessoas para todos os lados, amigos, familiares, o Rei do Bahrein Hamad ibn Isa Al Khalifah, entre outros.
Michael sorriu, assim que Abdullhah veio ao seu encontro.
- Olá, meu amigo! Que bom que chegou. Venha, vamos nos sentar, temos uma apresentação especial para você hoje, e, espero imensamente que goste.
- Apresentação especial? – Michael perguntou, sem entender.
- Sim, minha filha irá dançar especialmente para sua festa de boas vindas.
- Oh sim... Mas, qual delas, Abdullah? – Michael perguntou
Abdullah riu com o seu comentário, acompanhado por Michael.
- Kahinna, a minha filha mais nova. As outras já estão casadas, Michael, seus respectivos maridos não iriam deixá-las dançar para você.
- Oh, com certeza! – Michael riu, acompanhando Abdullah.
Sentaram-se em uma mesa de frente para o palco, Michael pôs Paris e Prince ao seu lado, e então, show começou.
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Tudo ficou escuro, e, assim que as cortinas de veludo azul marinho foram se afastando, devagar, apareceu uma mulher linda, trajada de vermelho da cabeça aos pés.
Michael, assim que a viu, não conseguiu mais parar de olhá-la, bem, parecia que o universo havia parado, e só existia Kahinna, dançando e olhando para ele, e sua respiração compassada e seu coração que pulsava freneticamente em seu peito.
O jeito como ela balançava sua cintura, brincava, e rebolava, a confiança que ela tinha, e a sedução que continha em seu olhar, só pôde atiçar Michael.
Além de seu coração pulsar rapidamente, ele sentia a boca seca e seu pênis estava tão ereto que, com toda a certeza, se a luz não estivesse apagada no lugar onde ele estava, todos poderiam ver o quanto estava excitado.
Mais ele não ligava, não ligava para nada, por que a única coisa que queria fazer naquele momento era pegar aquela mulher trajada de vermelho sangue, e possuí-la até que fosse manhã feita.
Porém, ele sabia que o sentia não era um simples desejo, jamais nenhuma mulher mexera com ele dessa forma, tão rápida e de uma maneira tão letal, que ele sentia o amor circulando em cada veia de seu corpo.
Ele a amava, e agora entendia a necessidade que sentia de ir para aquele país.
E ela seria dele, ou ele não se chamava Michael Jackson.
O som dos aplausos foi o que tirou Michael de seu transe.
Ele sorriu e bateu palma com toda sua força e só não se levantou, porque sua ereção era evidente demais para qualquer um que prestasse atenção.
E sempre prestavam atenção nele.
Michael respirou fundo e, em menos de meio segundo, Abdullah estava ao seu lado:
- E então, Michael, o que achou de minha filha?
Michael sorriu.
- Ela é perfeita no que faz. Além de ser linda. Parabéns, Abdullah. – Michael disse, segurando-se para não falar alguma coisa que denunciasse o que estava sentindo de verdade.
Abdullah sorriu, e apontando mais a frente dele, disse:
- Aquele ali, que está sentando naquela mesa branca, é Raj Meetha, ele é noivo de Kahinna.
Michael engoliu em seco aquela informação.
- Sério?
- Sim, mais Kahinna é durona, não quer se casar com ele.
Michael não pôde conter o sorriso que se formara em seus lábios.
- Ele tem dois meses para conquistá-la, senão, não haverá casamento. O que acha, Michael, será que ele consegue conquistar Kahinna?
- Bem... Eu... Eu não sei, Abdullah, sinceramente não sei. – foi o que ele disse.
Mais na verdade, o que passava em sua mente era algo bem diferente:
"Eu acho, que eu tenho dois meses para conquistar o coração dessa garota. E fazê-la minha, para sempre."
Capítulo 4
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo.
Eu já era dançarina profissional há quatro anos. Fiz aula desde os meus sete anos de idade, e nunca, em momento algum, me senti tão nervosa como estava hoje.
Era estranho, porque, eu já havia dançado para pessoas bem mais importantes do que Michael Jackson, mas, assim que pus meus olhos neles, eu senti meu coração disparar e minha garganta ficar seca.
Aquele homem, - trajando preto da cabeça aos pés e tendo como realce seus olhos negros e sua jaqueta dourada – era muito mais sexy do que qualquer foto, um dia, pudesse demonstrar.
Sem contar que, ao seu lado, havia duas crianças lindas e fofas.
Porém, mesmo que eu me instalasse de uma auto-confiança que não existia, a cada minuto que passava, mas nervosa eu me sentia.
- Kahinna... – chamou-me Jade – Está na hora!
Ela sorria, enquanto eu estava com uma cara nada agradável.
- Por que está com essa cara?
- É a única que Deus me deu!
- Hey, abaixe as armas, irmã, vim em missão de paz. – disse rindo, por fim, me fazendo rir também. – Mas, diga, por qual motivo está assim?
Com um suspiro, comecei a falar.
- Ah, não sei... Estou nervosa...
- Hum... Só porque irá dançar para Michael Jackson?
- Ora, Jade, você sabe muito bem que já dancei para pessoas bem mais importantes do que ele!
- É, mas nenhuma delas eram Michael Jackson. Ou lindo como Michael Jackson... – falou ela dando um sorrisinho safado.
- Jade, comporte-se! Você é uma mulher casada!
- Eu sim, mas, você não...
- O que? O quer dizer com isso, sua maluca? – perguntei.
- Ora, Michael Jackson é um pedaço de mau caminho, Kahinna, se eu fosse solteira, não iria me segurar. Mais você é solteira, quem sabe não aconteça algo entre vocês.
- Eu não sou solteira, estou noiva, ok? E não seja louca, Jade, é claro que não acontecerá nada entre eu e o Jackson!
- E por que não?
- Porque eu não quero! – disse convicta.
Deus! Jade só poderia está com a cabeça no mundo da lua!
- Tudo bem, Kahinna. Se for acontecer algo entre você e o cantor, eu não sei, só sei que você tem que ir agora para o palco. Antes que papai venha aqui.
- Ok... Deseje-me sorte! – pedi, sorrindo.
- E desde quando você precisa? – ela riu alto. – Porém, mesmo assim, sorte irmãzinha.
Sorri e fui em direção ao palco.
Assim que a música soou em meus ouvidos, e a cortina de veludo azul fora afastada, eu o vi.
Parecia que só havia ele a minha frente.
Com seus olhos negros e suas feições rígidas; porém lindas.
Meu coração bateu mais forte, e eu comecei a dançar.
Apesar de está super nervosa, com aquele par de olhos nanquim me observando, eu consegui ficar um pouco extrovertida, mexendo com o pessoal que gritava por meu nome.
Mais, Michael Jackson, era diferente.
Ele me olhava como se pudesse ver a minha alma, e aquilo me deixava ainda mais nervosa; ele era estranho, lindo sim, mas muito, muito estranho.
A música chegou ao fim, e então eu consegui sorrir ainda mais, porque o Jackson bateu palmas também e sorriu para mim.
E eu, que antes prometera a mim mesma que não ligaria para opinião dele, era todos sorrisos porque ele parecia ter gostado do que tinha visto.
- Kahinna, até que enfim lhe achei! Aonde estava? – perguntou meu pai.
- Estava atrás do palco conversando com Lalit... Aconteceu alguma coisa?
- Claro que aconteceu! – disse, e começou a me arrastar, enquanto andava.
- O que houve, papai?
- Combinamos que, assim que você terminasse de dançar, iria falar com Michael. Estou lhe esperando a quase meia hora, e você não apareceu!
- Oh, me desculpe, papai, me esqueci completamente...
Mentira, eu não fui porque ainda estava nervosa com a presença do Jackson.
- Tudo bem, Kahinna. Agora, vamos até ele.
Meu pai conseguiu me arrastar até o astro, e assim que eu cheguei perto dele, e inalei seu perfume, minhas pernas ficaram bambas.
- Michael, deixe-me lhe apresentar... Essa é Kahinna, minha filha.
O Jackson se levantou, e me olhou de cima a baixo. Pegou minha mão e levou aos seus lábios, e depositou um delicado beijo ali, me deixando completamente arrepiada.
Esse homem queria me matar de nervoso? Só podia ser!
- É um prazer lhe conhecer, Senhorita Kahinna. – disse ele com uma voz rouca.
Sorte a dele, que eu tinha um inglês impecável.
- O prazer é todo meu, senhor Jackson.
Ele sorriu, mostrando todos os seus dentes brancos e brilhantes.
- Chame-me de Michael, apenas.
- Ok, Jackson, então, chame-me simplesmente de Kahinna.
- Jackson? Eu pedi para me chamar de Michael, senhorita.
Eu tinha certeza que ele estava se divertindo com aquela situação.
- Digamos que, eu gosto de seu sobrenome, Jackson.
Ele levantou uma de suas sobrancelhas negras, enquanto seus olhos irradiavam de fogo e desejo.
Ele era mais estranho do que eu imaginava.
- Ninguém nunca me chamou somente de Jackson.
Então eu sorri, e estendi minha mão para ele, que a apertou prontamente.
- Mas eu sou diferente de todos os outros e outras, Jackson. Não há ninguém como eu.
- E isso eu posso afirmar com toda a convicção, não há ninguém como Kahinna, Michael. – completou meu pai.
- E eu tenho certeza disso! – disse Michael, por fim, soltando minha mão.
Meu pai nos pediu licença, pois alguém lhe chamava, e então me deixou a sós com Michael.
Não tão a sós, logo sua filha, que era a coisa mais fofa do mundo, se manifestou.
- Papai, essa é a moça que tava dançando ali no palco? – perguntou
- É sim, minha querida.
Eu me abaixei sorrindo e pegando suas mãozinhas entre as minhas, ela me deu um sorriso envergonhado.
- Oi, amor, tudo bem? Qual é seu nome?
- Paris... – disse ela, sorrindo.
- Que nome lindo. Meu nome é Kahinna.
- Quando eu crescer, quero dançar igual há você, tia.
- Jura? E você sabia que, se quiser, você pode aprender agora? Quantos anos você tem?
- Sete.
- Oh! Uma idade excelente. – eu disse.
Ela sorriu, e quando abriu a boca para falar algo, seu irmão se intrometeu:
- Oi, sou Prince! – disse ele, estendendo sua mão para que eu apertasse.
- Muito prazer, Prince, sou Kahinna.
- Prince, você sabia que é muito se intrometer na conversa dos outros? – disse Paris, pondo as mãozinhas na cintura.
- Ah, Paris, não seja chata...
- Hey, crianças, nada de brigas, ok? – o Jackson se manifestou.
Prince chegou mais perto de Michael, e disse:
- Ela é bonita, né pai?
Ele era muito fofo.
- Sim, filho, Kahinna é uma mulher linda.
Ele era um abusado.
- Obrigada, meninos. – eu disse sorrindo. – Agora eu terei que ir, porque minha irmã está me esperando. Até mais, amores. – dei um beijo em Paris e Prince. – Até mais, Jackson.
Me despedi deles e saí andando, sentindo o olhar de Jackson acompanhando cada um de meus passos.
Capítulo 5
- Sabia que você estava linda, dançando naquele palco?
Aquela voz, eu a reconheceria em qualquer lugar.
- Joshua! – me virei sorrindo.
Pulei em seus braços sem me importar que todos os convidados da festa estivessem olhando.
Na verdade, sem me importar que Jackson, estivesse me olhando.
- Seu grande... Fanfarrão! Como não me disse que viria?
Meu irmão sorriu, e me soltando, disse:
- Queria lhe fazer uma surpresa! Estava com saudades, irmã.
- E eu? Estava morrendo... Desde que se casou com aquela lá, nunca mais veio me ver... – murmurei.
- Ora, Kahinna, não fale mal de Iary.
- Sabe que não gosto dela, Joshua, aquela mulher é um poço de falsidade! – eu disse, cruzando os braços.
Mas, por fim, Joshua sorriu.
- Não vou discutir com você, mas só por hoje, porque a saudade é muito grande!
Eu sorri, e então, ele olhou em direção ao Jackson.
- Porque o astro não para de olhar para cá? – perguntou – Ou melhor, pra você?
Olhei na mesma direção em que ele, só para confirmar o que já sabia.
Fiquei sem graça, aqueles olhos negros sempre me deixavam sem graça.
- Acho que está vendo coisas, Joshua...
- Não, eu sei muito bem o que estou vendo. – ele enlaçou meu braço no seu e saiu andando comigo, em direção ao astro. – Me apresente a ele, porque eu tenho quase certeza que aquele olhar, é de ciúmes.
- Você está louco, Joshua? Alias, você e Jade, estão completamente loucos! Jackson me conheceu hoje, como vai está com ciúmes de mim? – perguntei
Mas não deu tempo de ter a resposta desejada, pois, quando ele abriu a boca para falar algo, chegamos na mesa de Jackson.
- Olá, Jackson... – sorri sem graça. – Esse é Joshua, ele estava me perturbando para eu o apresentar a você.
O tal Jackson se levantou, olhou Joshua de cima a baixo, e sem nem por um sorriso no rosto, apertou a mão que Joshua lhe estendia.
Astro metido!
- É um prazer, Joshua... – murmurou, com a mandíbula tensa.
Ele estava todo tenso, parecia que era feito de aço.
Porém, Joshua riu e disse:
- O prazer é todo meu, Michael. – ele abriu ainda mais seu sorriso, alguma gracinha ele ia falar, eu podia sentir – Minha irmã, Kahinna, estava me falando muito bem de você.
Jackson levantou uma sobrancelha, e nos encarou, com um sorriso no canto dos lábios.
- Sua irmã?
- Sim, minha irmã.
- Falou muito bem de mim? – perguntou Michael, agora, olhando dentro dos meus olhos.
- Não falei nada. Não dê ouvido a ele, Jackson. – disse.
- Então, falou muito mal de mim?
Eu o olhei, mas, podia jurar que ele estava rindo por dentro.
- Também não! – disse, respirando fundo – Na verdade, eu nem estava falando de você! Joshua que pediu para que o apresentasse a você, então... Joshua, esse é Jackson, Jackson, esse é meu irmão, Joshua! – lancei um olhar mortífero para os dois. – Divirtam-se!
Fiz menção de sair dali, mais uma mão segurou a minha.
Por um momento, pensei que aquela mão era de Joshua, mais era grande demais para ser dele.
Quando me virei, pude constatar que a mão era de Jackson.
- Me desculpe, Kahinna, não queria lhe deixar constrangida. – disse o astro.
Eu revirei os olhos, como ele poderia ser tão irritante, ao ponto de fazer com que eu queira me afastar e, ao mesmo tempo, fazer com que eu queira ficar perto dele?
- Eu não estou constrangida! – disse por entre dentes, olhando em seus olhos negros.
Porém, pude ver nitidamente quando Joshua se afastou me deixando sozinha com Jackson.
Ah, se eu o pegasse eu o matava!
- Então por que virou as costas, sem ao menos se despedir?
O astro ainda segurava a minha mão entre a sua, transmitindo uma corrente elétrica por meu corpo.
- Por... – porque mesmo? Nem eu sabia. – Porque vocês iriam ter uma conversa chata, de homem... E eu também não sou obrigada a ficar aqui.
- Minha presença lhe incomoda?
- Não, Jackson, sua presença não me incomoda.
- Então por que não senta aqui... – o vi apontando para uma cadeira vazia em sua mesa. – E converse comigo?
Eu olhei para ele, depois para a cadeira. Depois para a cadeira e novamente para ele.
- Então... Sente-se aqui, converse comigo... Não vai doer, Kahinna.
Ele tinha uma voz tão... Sedutora.
Alguém poderia me dizer como se resistia a esse homem?
- Tenho outra opção? – murmurei.
- Com certeza, não.
Ele mordeu o lábio inferior e apontou para cadeira.
Me sentei, e logo ele se sentou ao meu lado, fazendo-me tremer, com seu cheiro forte.
Capítulo 6
- Então, Jackson... Sobre o que quer conversar? – perguntei assim que me sentei.
Ele me olhou, como se avaliasse o que eu estava sentindo.
- O seu pai... Ele me disse que aquele cara ali, - olhei para a direção em que Jackson apontava – é seu noivo. É verdade?
Olhei para Raj, depois voltei a olhar para Jackson.
- Infelizmente, é verdade.
- Infelizmente? – murmurou, com um sorriso safado dançando em seus lábios.
- Sim, infelizmente! Não gosto de Raj, ele é metido. Me dá enjôo.
- E mesmo assim vai se casar com ele?
- Meu pai disse que é pra eu ficar dois meses sendo noiva dele, se eu não mudar de idéia, me separo. Mais eu sei que não vou mudar de idéia.
De repente, me deu vontade de saber mais da vida do astro.
Eu sei que, para saber da vida dele era só, simplesmente, ir até a internet e escrever “Michael Jackson”, mas, eu queria a história verdadeira.
Não o que a Wikipédia poderia me dizer.
- E você, Jackson, tem namorada?
Ele me encarou, estudando minha expressão, parecia que ele conseguia ver a minha alma.
E aquilo me parecia meio estranho.
- Não... Ainda não. – e então piscou para mim.
- Por que, ainda não? E a mãe de seus filhos, aonde está?
Ele sorriu.
- São muitas perguntas, não acha?
- Você me chamou para conversar, e, quando desconhecidos começam a conversar, um quer descobrir um pouco da vida do outro.
- Mais eu não sou um total desconhecido... – disse ele.
- Para mim, você é um total desconhecido.
Ele arregalou os olhos, como se eu tivesse acabado de falar uma coisa absurda.
- Quer dizer... Eu sei que você fez aquele clipe do zumbi, que me dá medo até hoje, e sei que você canta aquela música pra salvar as crianças da África, mas, saber de você, como pessoa, eu não sei.
- Nem como artista também, pelo visto, não é? – ele perguntou, reprimindo uma risada.
Eu estreitei os olhos, ele adorava brincar comigo!
Em menos de duas horas que eu conhecia aquele homem, ele já havia me tirado do sério umas... Ah até perdi a conta, de quantas vezes ele já havia me tirado do sério!
Ele pareceu perceber que eu iria lhe soltar um fora, então, se adiantou dizendo:
- Desculpe-me. – então ele riu, pondo a mão na frente da boca.
- Qual é a graça, Jackson?
- É que... – ele parou para recuperar o fôlego – É engraçado como você fica vermelhinha quando está com raiva...
- Eu não fico vermelha quando estou com raiva!
- Fica sim! E fica ainda mais linda do que já é. – disse ele, sorrindo.
- Ainda estou esperando a sua resposta para a minha pergunta, Jackson!
Ele me olhou de soslaio, e disse:
- Ok, você me convenceu!
- Até que enfim! – murmurei.
- Eu sou separado da mãe de meus filhos.
- O amor não deu certo? – me atrevi a perguntar.
- Oh, não... – ele passou o dedo nos lábios inferiores, depois olhou para mim. – É que, é meio difícil aos olhos das outras pessoas, sabe?
- Hum... Não sei.
Ele sorriu.
- Bem, quando eu me casei...
- Ela já estava grávida?
Ele me olhou, como se repreendesse por ter o interrompido.
Droga!, eu e minha boca enorme.
- Desculpe.
- Tudo bem... – sorriu e então, continuou – Eu queria muito ser pai, então, uma amiga minha, disse que me daria os meus filhos.
- Oh sim... Entendo, você se casou com ela, e ela gerou seus filhos, é isso?
- Isso... E, respondendo sua outra pergunta, ainda não estou namorando.
Meu coração deu um baque.
Juro que, por segundos, ele parou de bater.
- Já tem alguém a vista, não é, Sr. Jackson? – perguntei, tentando parecer descontraída.
Mais, na verdade, estava nervosa.
E não, não estou sentindo ciúmes!
- Digamos que sim.
Então, Jackson começou a perguntar sobre minha vida, minha família, sobre o que eu gostava, quais tipos de músicas eram as minhas favoritas...
- Você é perfeita na dança do ventre! – disse ele com uma pitada de malícia no tom de voz.
- Oh... Obrigada. – sorri. – E você manda muito bem no passinho pra trás, viu?
Ele gargalhou alto, pondo a mão na frente da boca.
- Muito obrigado!
- E em pegar... Em pegar... Ah, em pegar “lá” você também é ótimo!
- Em pegar aonde? Aqui? – e então ele pôs a mão em seu membro, olhando em meus olhos.
O ar me faltou.
- É aqui? – ele perguntou, novamente.
Meus olhos vagueavam entre sua mão em seu membro e seus olhos sedutores.
- Bem... É aí mesmo!
Então Jackson chegou perto de mim, e, a mesma mão que estava por cima de seu membro, ele pôs em meu queixo.
Ele estava tão perto, que eu podia sentir seu hálito quente em meu rosto; aquilo estava me deixando quente... Excitada.
- Você fica linda, quando fica sem graça, também. – ele sorriu.
- Não estou sem graça. – sussurrei.
- Não? – perguntou, levantando uma sobrancelha
- Não.
- Então, eu poderia te dar um beijo aqui mesmo, já que você não está sem graça. – murmurou. – Mas, estamos na frente de todos, nossa sorte que, aonde estamos agora, é um lugar um pouco mais escuro e os demais não estão prestando atenção em nós.
Então, eu ri.
- Você se acha demais, Jackson. – o empurrei, de leve. – É tão convencido, que pensa que vai ganhar um beijo meu.
Ousei levantar, então, ele segurou em minha mão, me mantendo na cadeira.
- Não sou merecedor de um beijo seu?
- Pra ganhar um beijo meu você vai ter que rebolar muito, Jackson.
Ele me olhou desafiador, e então, sorriu.
- Vou te conquistar, Kahinna.
Foi a minha vez de sorrir desafiadoramente.
- Boa sorte, Jackson.
E saí andando, sem dar chance de ele dizer mais nada.
Capítulo 7
Aquela foi a última vez que falei com Jackson, naquela noite.
Quando me levantei na cadeira, senti minhas pernas bambas, e meu coração pulava mais do que uma criança em uma cama elástica.
Nunca me senti daquele jeito!
Nem sabia como tinha demonstrado segurança, quando ele começou a falar com aquela voz mansa e sedutora.
Como um homem, que eu acabara de conhecer, poderia fazer com que eu me sentisse daquele jeito? Sinceramente, eu não sabia.
E tinha medo de descobrir.
Todos os homens que se aproximavam de mim, sempre me mimavam, e me tratavam como se eu fosse uma boneca de porcelana; eu sempre odiei isso.
Então, esse tal de Michael Jackson cai em minha casa, me deixa completamente sem graça com seus olhos negros me fitando como se pudessem ver a minha alma, e, de uma hora para outra, em uma conversa completamente informal, ele muda o rumo de tudo e diz que vai me conquistar?
Eu só podia estar louca.
Ou melhor, ele só podia está ficando louco! Será que ele se esqueceu que eu sou filha do Sheik Abdullah Bin Hamed Al Khalifa, e que, se meu pai simplesmente sonhasse que ele estava dando em cima de mim, ele estaria morto?
Bem, eu acho que ele não sabia disso, porque, ele pode até ser louco, mas não colocaria sua própria vida em risco!
Ou colocaria?
- Ah... mas ele é tão lindo! – suspirou Lalit.
Eu havia acabado de contar toda a conversa que tive ontem a noite, com o astro.
E agora eu era submetida a ver Lalit suspirando a minha frente, repetindo de cinco em cinco segundos, que Jackson era lindo.
- Você já disse isso, Lalit.
- Você tem tanta sorte, porque, ele é tão, tão, tão lindo!
Bufei e saí de meu quarto, já não agüentando mais escutar os suspiros encantados que minha amiga proferia.
Porém tinha acabado de fechar a porta do meu quarto, quando viro para frente e encontro Jackson de braços cruzados e um sorriso malicioso dançando nos lábios.
Parecia que ele estivera ali esperando pelo momento em que eu fosse sair do quarto.
Eu o olhei de cima a baixo, sentindo minha respiração ficar escassa; aquele homem tinha poderes de me deixar desse jeito durante todo o tempo.
Então, eu decidi que ignorá-lo era a melhor opção que tinha no momento, arqueei uma sobrancelha e saí andando.
Ou melhor, eu dei somente dois passos e logo depois seu braço me impediu de continuar.
- Não sabia que era tão mal educada, Kahinna. – sussurrou em meu ouvido.
Naquele momento eu não tinha o que falar, sabendo disso, ele saiu de trás de mim e parou em minha frente, com um sorriso safado.
- Não sou mal educada, só não sou obrigada a falar com quem não quero.
- Eu me sinto ofendido desse jeito... Pensei que gostasse de mim. – murmurou ele. – Ou está me ignorando, só por causa da conversa que tivemos ontem?
- Aquela conversa não me abalou, Jackson! – eu disse, sabendo que ele não iria acreditar.
Como o previsto, ele riu, e depois olhou em meus olhos.
- Tem certeza disso?
- Absoluta!
- Então, posso lhe dá um beijo agora mesmo, não é? Já que a nossa conversa não lhe abalou...
Meu coração deu um pulo dentro do peito.
Eu abri e fechei a boca umas duas vezes, sem saber o que dizer... Por fim, Jackson voltou ao seu lugar de origem; se posicionou atrás de mim, pôs as mãos em minha cintura e eu pude sentir todo o seu corpo encostado no meu. Sua barriga em minhas costas, seu pênis em meu bumbum e sua cabeça entre o meu pescoço, cheirando-o e fazendo com que eu me arrepiasse.
- Eu não sei se você já sabe, mas, meu quarto é enfrente ao seu, então, quando tiver uma resposta para a minha pergunta, sabe aonde me encontrar.
Michael passou a língua bem lentamente em meu pescoço depois, beijou o local molhado por sua saliva.
Pude sentir seu sorriso quando viu minha pele corresponder ao seu toque, e então, saiu, me deixando ali, parada e aturdida no meio do corredor.
Eu estava tão furiosa com o que ele acabara de fazer comigo, que não pensei duas vezes antes de entrar em seu quarto com toda a minha fúria, sem ao menos bater na porta.
- Olha aqui, Jackson, você... – urrei de ódio. – Você não pode fazer isso!
Ele estava sentando em sua cama, me olhando com o mesmo sorriso tarado nos lábios.
- Isso o que, meu amor? – perguntou.
- Isso... Ou melhor, aquilo você fez lá fora!
- E o que foi que eu fiz? – ele se levantou e andou em minha direção.
Eu fui andando para trás, até que sentir a parede em minhas costas. Jackson pôs uma mão de cada lado na parede, me encurralando; agora eu estava perdida.
- Eu te deixei excitada? Por isso está nervosa, amor?
- Eu não estou nervosa, eu estou furiosa!
- Porque eu te deixei excitada? – insistiu ele.
- Você não me deixou excitada, Jackson! – eu urrei para ele.
Ele riu, jogando a cabeça para o alto, totalmente displicente.
- Não precisa mentir, Kahinna.
Ok. Eu estava mentindo. Mas ele não precisava saber disso.
- Não estou mentindo.
- Ok, meu amor, eu finjo que acredito...
- Para de me chamar meu amor!
- Meu amor, meu amor, meu amor... – cantarolou ele.
Eu o empurrei, e saí andando; mas suas mãos fizeram questão de me segurar novamente.
- Hey, ainda espero a resposta para minha pergunta.
Eu me soltei de suas mãos.
- Não, Jackson! Você não pode me beijar.
- Mais eu sei que você quer, Kahinna... – sussurrou meu nome bem em meu ouvido.
Ele me abraçou e eu senti o passear de suas mãos em minhas costas; suas mãos subiam e quando desciam, quase passavam em meu bumbum.
- Você treme só com passear de minhas mãos em suas costas... Imagine com um beijo meu? – perguntou ele com sua voz sedutora.
Agora ele tinha o rosto bem próximo do meu, eu podia sentir seu hálito quente.
- Eu não estou tremendo. – sussurrei.
Seus olhos negros me prendiam de certa forma, mas, eu quase gritei quando sua mão passou em meu bumbum.
E não saíram mais de lá, fazendo com que eu sentisse um arrepio em minha espinha.
- Tire as mãos daí, Jackson.
Ele sorriu.
- Hum... Quem sabe se você pedir com jeitinho... – e então, apertou meu bumbum.
Eu tentei sair de seus braços – sem a mínima vontade de fazê-lo, confesso – mas ele apertou mais seus braços em torno de mim.
- Amor... – ele sussurrou, afundando o rosto em meu pescoço, e lambendo-o novamente. – É só um beijinho...
Eu suspirei, totalmente entregue.
- Só um... – murmurei, sem acreditar no que tinha acabado de falar.
Jackson olhou para mim, sorrindo, os olhos flamejantes de desejo.
- Só um... – e então, seus lábios pousaram sob os meus.
Capítulo 8
Parecia que o quarto estava em chamas.
Ou melhor, parecei que eu mesma estava em chamas.
Os lábios de Jackson tinham um sabor gostoso que era difícil definir, eles eram impacientes também.
Logo sua língua pediu passagem, e eu a recebi de bom grado. Senti-a explorando cada canto de minha boca, em um beijo avassalador, quente e excitante.
Eu já havia beijado antes, claro, mas nenhuma de minhas experiências chegava perto do nível do beijo daquele homem, eu me sentia no céu, um céu bem quente, por sinal.
Eu deixei minhas unhas arranharem um pouco sua nuca, e o senti gemer entre meus lábios; uma de suas mãos estava em meu bumbum, ainda, e a outra me puxava mais para ele.
Então ele se acalmou, o beijo se tornou mais lento, e no final, ele ficou sugando meu lábio inferior, me fazendo pensar que seus lábios poderiam me levar aos céus, principalmente, se estivessem em outro lugar.
- Seus lábios são perfeitos... Tão perfeitos, que eu preciso de mais. – disse ele
Tentando aprofundar o beijo...
Eu quase deixei, porém, a sanidade me voltou, assim como nossa conversa antes do beijo.
- Jackson, era só um beijo, lembra-se? – perguntei.
Ele fez beicinho de triste, quase como um cachorrinho abandonado.
Não agüentei e ri, diante de sua expressão.
- Pode me soltar agora?
- Tem certeza de que quer ir?
- Absoluta.
Então, ele enfiou o rosto novamente em meu pescoço e, dessa vez, o chupou bem fraquinho.
- Adoro quando você fica arrepiada com o meu toque... – murmurou, por fim, me soltando.
Eu revirei os olhos, com um sorriso dançando em meus lábios, então, antes de eu sair de seu quarto, ele perguntou:
- Iremos repetir essa dose, não é?
Eu o olhei incrédula com o modo de como ele ia direto ao ponto.
- Não, Jackson, nós não iremos.
E antes que ele pudesse me questionar, eu saí de seu quarto.
Eu estava, literalmente, nas nuvens!
Aquele beijo... Deus do céu! O que foi aquele beijo? Que poder é esse desse homem?
Eu o conheci ontem, e, hoje, já estou aos beijos com ele...
Sabia que isso não era certo, mas, o que eu poderia fazer?
Não consegui me controlar! E Jackson tem o poder da sedução em suas mãos... Tenho que tomar muito cuidado com ele!
E com as minhas reações, também.
Entrei em meu quarto e percebi que Lalit já havia ido embora. Será que ela havia escutado meus gritos com Jackson?
Ou pior, será que havia percebido que havíamos se beijado? A curiosidade me corria.
Ainda podia sentir o calor em todo o meu corpo por causa daquele homem, então, resolvi tomar um banho frio.
Decidi que passaria a maior parte do tempo possível em meu quarto, não queria dá de cara com aquele tarado e... Bem, e me deixar levar por sua sedução. Coisas como essas eram para ser inadmissíveis! Tinha que proibir esse homem de andar solto por aí, ele era um risco para as mulheres. Ou melhor, ele era um risco para mim!
Mais tarde, Indira veio ao meu quarto, me falar que Jackson e as crianças iam sair com meu pai, e perguntou se eu queria ir.
A idéia de dar um passeio até me pareceu agradável, mas, o receio de que Jackson me tentasse em frente á meu pai, falou mais alto, eu disse que não queria ir.
Ela estranhou, mas, por fim, aceitou.
Era quase oito da noite, e um cansaço terrível se apossou do meu corpo. Tomei um banho, e me deitei, logo dormindo em seguida, encontrando um par de olhos negros brilhantes e sedutores, em meus sonhos.
Eu sentia uma mão em meu rosto, e a outra tirando meu coberto. O sono estava tão bom, que eu não tinha forças para abrir os olhos, mas as mãos não paravam de me tocar. Assim que o coberto saiu de cima de mim, senti uma mão áspera subindo de meu tornozelo, vindo por minha panturrilha, subindo até meus joelhos e, por fim, tocando minha coxa e subindo minha camisola.
Aquelas mãos... Eu não conseguia achar ninguém em minha mente para que eu pudesse ligar as mãos, a pessoa. As mãos eram ásperas – ninguém em minha família tinha mãos ásperas – e eram pequenas; ou seja, não eram de Jackson.
Seria um tarado?
Lutando contra o sono, abrir os olhos.
E gritei quando vi Raj Meetha de olhos fechados, chegando muito perto de meus lábios, quase me beijando.
- Oh meu Deus! – gritei me levantando automaticamente, tirando-o de seu transe.
- Kahinna, fale baixo... – disse ele, me repreendendo.
Me repreendendo? Que infeliz, filho de uma...
- Seu... Seu tarado, saia daqui! Ou melhor, o que faz aqui? – perguntei.
- Vim ver minha futura esposa... – murmurou ele, chegando mais perto de mim.
Quando ele pensou que iria me tocar, eu saí correndo de meu quarto.
- Socorro! Pelo amor de Deus, socorro! Tem um tarado em meu quarto...
Gritei, vendo, primeiro, Jackson saí de seu quarto usando somente a calça de seu pijama; essa visão me fez arfar.
Logo depois, meu pai saiu de seu quarto, e uns seguranças subiam as escadas correndo.
- Amo... Kahinna... – consertou-se Michael, chegando perto de mim. – O que está acontecendo?
Sem nem pensar duas vezes, me agarrei a ele, sem me importar se meu pai estivesse ali me vendo.
Michael me apertou em seu abraço.
- O que houve? – perguntou.
- Ele Jackson... Ele está em meu quarto... – murmurei, assustada.
- Quem está em seu quarto, minha filha? – perguntou meu pai, se aproximando de nós.
- Raj... – eu disse.
- Quem? – perguntou Jackson.
- Eu estava no quarto de Kahinna... – disse Raj, com uma voz que demonstrava tédio.
Jackson, por sua vez, me pôs atrás de seu corpo, e com altivez disse:
- E quem você pensa que é para entrar no quarto de uma moça?
- Eu sou o noivo dela! – disse Raj.
- Raj, o que é que você está fazendo aqui, a essa hora da madrugada, alias, como você entrou aqui em minha casa? – perguntou meu pai, e pude perceber que estava se contendo, e muito.
- Eu... Eu só...
- Ele estava em meu quarto, papai, estava me acariciando e... – fiz uma expressão de nojo. – E se eu não acordasse a tempo, ele iria me beijar.
- Como você ousa? – gritou Jackson, quase avançando em cima de Raj.
- Isso mesmo, Raj, como você ousa desrespeitar minha filha desse jeito?
- Eu... – Raj parecia assustado. – Eu só queria acordá-la de uma forma diferente...
- De uma forma diferente? – grunhiu Jackson.
- Eu vou matar você! – gritou meu pai. – Desça agora, vamos ter uma conversa bastante séria, Sr. Meetha.
Vendo Raj descer acompanhando por nossos seguranças, papai virou-se para nós e disse:
- Minha filha, eu sinto muito... – murmurou. – Michael, tome conta dela enquanto eu converso com aquele infeliz, sim?
- Claro. – murmurou Michael, me puxando para sua frente, enquanto respondia meu pai.
Assim que papai desceu escadaria a baixo, Jackson me abraçou apertado.
- Infeliz, filho de uma puta... – grunhiu Michael em meu ouvido. – Ele te machucou? – perguntou, agora pondo as mãos em meu rosto.
- Não... – murmurei envergonhada.
Michael me pegou pelas mãos e me levou para o meu quarto, fechando a porta em seguida.
Sentou-se comigo em minha cama, e me abraçou pela cintura, cheirando meus cabelos, disse:
- Isso nunca mais vai acontecer ok? Eu não vou deixar...
- Promete? – perguntei, olhando em seus olhos, agora.
Vi seus olhos olharem para minha boca.
- Prometo. – murmurou, antes de me beijar.
Era a segunda vez que nos beijávamos em menos de vinte e quatro horas.
E eu estava feliz por ser beijada novamente, por ele.
Capítulo 9
Pus minha mão em sua nuca o puxando mais para mim; aprofundando mais o beijo.
Senti suas mãos descerem para minha cintura, me apertando e me puxando para cima de seu colo, onde fui com toda pressa. Estava sentada de frente para ele, sentindo seu membro ereto roçar em minha intimidade.
Eu estava muito excitada, nunca me senti daquele jeito em toda a minha vida; era uma coisa nova, porém, muito boa.
Jackson deixou meus lábios e começou a chupar meu pescoço, me deixando ainda mais excitada.
- Estamos indo longe demais... – murmurei em seu ouvido, puxando sua cabeça com as mãos.
- Eu sei... Mas não consigo parar... – sussurrou ele, sua boca quase colada na minha. – Nunca me senti assim.
- Muito menos eu.
- Então, admite que me deseja? – perguntou ele.
Eu até iria responder, mais, minha audição super aguçada captou paços no corredor. Em um segundo, saí de seu colo.
Logo depois, a porta do quarto foi aberta, assustando Jackson.
- Kahinna, minha filha! – disse meu pai, vindo me abraçar.
Por de trás dele, pude ver Jackson caçar um travesso em cima de minha cama, e colocar em cima de sua ereção visível.
- Aquele cara... Ele te machucou? O que ele fez? Ele tentou te obrigar a alguma coisa? – perguntou ele.
- Não, papai, ele não me obrigou a nada. Mais acordei na hora que ele ia me beijar... – me afastei de meu pai. – Não quero me casar com ele, pai, esse homem... Você viu o que ele tentou fazer comigo hoje?
- Você não vai se casar com ele, Kahinna, já o comuniquei que o noivado está acabado! Ele nunca mais chegará perto de você!
- Agiu certíssimo, Abdullah, no seu lugar eu faria exatamente o mesmo, se não, pior! – disse Jackson
- Tem noção de como estou me sentindo, Michael? Aquele...
- Filho da puta? Desgraçado? Infeliz...? – grunhiu Jackson.
- Isso! Ele é tudo isso e muito mais. Desgraçado! Ele nunca mais chegara perto de minha filha.
- Nunca mais... – murmurou Jackson.
- Mais agora, minha filha, trate de descansar, ok? Esqueça isso que aconteceu. – disse meu pai, chegando perto de mim, e beijando minha testa. – Boa noite, querida. – virou-se para Jackson – Você vem, Michael?
- Oh, sim... Só vou desejar boa noite, e logo irei me deitar.
Meu pai o olhou, por um momento, eu achei que desconfiasse de algo, porém, deu de ombros e disse:
- Tudo bem, boa noite Michael.
- Boa noite, Abdulllah.
Meu pai saiu de meu quarto, e quando escutamos a porta de seu quarto se fechar, Jackson foi correndo e fechou a porta.
- O que foi? Você não ia só me desejar boa noite, Jackson? – perguntei, cruzando os braços.
- Hum... Aonde está a mulher que estava se derretendo toda em cima de mim?
- Eu não estava me derretendo toda. – murmurei.
- Não adianta mentir, Kahinna... – disse ele, sorrindo. – Alias, você não respondeu minha pergunta!
- Que pergunta?
- Se você admiti que me deseja...?
Eu o olhei... Aquele peitoral nu não me ajudava em nada, porém, respirando fundo, disse:
- Isso não é pergunta que se faça para uma moça, Jackson!
Ele chegou mais perto, e quando faltou centímetros para me tocar, parou de andar.
- Responde, vai, amor...
- Não me chama de amor!
- Amor, amor, amor e Amor! – disse ele, com um sorriso dançando nos lábios.
- Você ama me irritar, não é, Jackson?
- Também... – murmurou ele, rindo.
Revirei os olhos.
- Vai Jackson, Vá dormir, ok? – eu disse, começando a andar em direção a porta.
- Não sem antes um beijo de boa noite.
E sem me deixar responder, ele me enclausurou em seu braço e me beijou até que o fôlego nos faltasse.
- Sabia que adoro a cor de seus cabelos? – sussurrou, ainda com os lábios colados aos meus.
- Hum... – murmurei; não tinha mais forças para falar nada.
Michael se afastou e sorriu para mim.
- Agora sim, eu posso ir dormir. Boi noite, meu amor. – e deu um beijo rápido em meus lábios; saindo de meu quarto.
Aquele homem... Deus do céu! Ele estava virando o meu mundo de cabeça para baixo.
Capítulo 10
- Ah... – suspirei. – Assim...
Arqueei as costas e me apoiei pelo cotovelo.
Sentia a língua de Michael brincando comigo, sua boca em minha barriga... Eu estava nua, completamente nua, em minha cama, com Michael beijando a minha barriga, descendo, sempre descendo.
- Michael... – gemi baixinho.
Minha respiração ficou suspensa quando senti seu hálito quente bater em meu clitóris, e logo depois sua língua me acariciou, de leve, brincando em seu sexo latejante.
- Você gosta, meu amor? – perguntou ele, me olhando.
- Eu... – não conseguia formar uma resposta coerente. – Hum... eu gosto muito.
Ele sorriu, e então, quando voltou para o meio de minhas pernas ele sugou meu clitóris sem pena.
Sugando, lambendo e mordiscando, testando minha sanidade mental, me arrastando para um caminho sem volta.
Eu sentia minha intimidade pulsar por dentro, gritando por algo lá dentro, e então, como se lesse minha necessidade, Michael enfiou dois de seus dedos lá dentro, bem fundo.
- Não para, por favor, não para... – gritei.
Eu mexia meus quadris, sentindo seus dedos lá no fundo de meu sexo, e sua boca sugando meu clitóris com força, fazendo barulhos, me empurrando para o fundo do poço.
Minha mente voava, eu me sentia perto, bem perto...
E então...
Então...
Então...
- Oh meu Deus! – acordei em um sobressalto.
Eu estava soada, descabelada e muito, muito excitada.
Um sonho... Tudo aquilo não passará de um sonho.
Um sonho erótico. Eu nunca tive um sonho erótico em toda a minha vida! A sensação era ótima, quando ainda se sonhava, mais depois... A sensação ficava angustiante.
Meu sexo pulsava no meio de minhas pernas, clamando por aquela sensação que meu inconsciente fez o favor de criar.
Não acreditava que eu fui capaz de sonhar com aquilo, com Michael... Com Michael lá, bem no centro do meu universo, brincando comigo, me arrastando para um lugar estranhamente bom e desconhecido.
Saí correndo da cama, e fui tomar um banho, bem gelado. Michael... ele ainda acabaria comigo!
- Filha, pensei que não desceria mais hoje... – disse meu pai.
Todos estavam a mesa, tomando café da manhã.
Quando avistei Michael, senti minhas bochechas ficarem quentes, a imagem do sonho zanzando em minha mente...
Ele sorriu pra mim, como se soubesse exatamente o que eu estava pensando.
- Bom dia... – murmurei, me sentando ao lado de Michael.
Porque era a única cadeira disponível naquele momento.
- Bom dia... – disse Michael.
Sua voz fez questão chegar completamente sedutora aos meus ouvidos, trazendo a tona todo o calor que me abandonará no banho.
- Bom dia, querida! – disse meu pai, feliz.
- Hum... Aonde estão as crianças, Jackson? – perguntei.
- Estão brincando...
- Você demorou demais para descer, querida, se descesse um pouquinho mais cedo, tomaria café com todos reunidos.
- Demorei para pegar no son... – parei de falar.
Senti a mão de Michael zanzando pela minha coxa, subindo e descendo.
Pigarreie.
- No sono... – formulei minha resposta, olhando para Michael com cara de brava.
- Sei disso, minha filha. Mais esqueça o episódio de ontem, não voltará a se repetir.
Eu estava tentando escutar meu pai, mais a mão de Michael não deixava; engoli a seco a torrada que mastigava.
Meu pai e Michael começaram a conversar novamente, e ele não parava de me acariciar, sentia tudo em meu baixo ventre pegar fogo.
Disfarçadamente, levei minha mão para baixo da mesa, pegando a mão de Michael. Continuando a falar com meu pai, Michael simplesmente tirou sua mão e, segundos depois, a pôs em cima da minha, levando-a até sua coxa e subindo.
Sempre subindo até que a colocou em cima de sua ereção.
Quase engasguei.
Delicadamente, ele moveu minha mão, para cima e para baixo. Deus, parecia que eu ia morrer, sentindo tudo aquilo por debaixo de minha mão.
- Se vocês me derem licença, vou me retirar, preciso ir até a casa de meu pai resolver uns assuntos... – murmurou meu pai. – Aproveitem a manhã. – e saiu da mesa.
Aproveitar? Eu iria esganar esse Jackson que estava ao meu lado!
- Michael... – murmurei entre dentes, tentando puxar a minha mão.
Mais ele a prendeu.
- O que foi, amor?
- Pare... – ofeguei quando ele apertou minha mão para baixo, e eu senti ainda mais sua dura virilidade – Pare com isso... – saiu mais como um gemido, do que como um pedido.
- Amor... Só estou te amostrando como você me deixa... – ele se aproximou, e então gemeu bem baixinho, em meu ouvido.
- Eu não quero saber como eu te deixo... – murmurei.
- Mais eu quero lhe mostrar.
Segundos depois, ele se afastou e tirou a mãos de cima da minha.
E, ao invés de eu tirar minha mão de onde estava, eu simplesmente não consegui o fazer e, quando dei por mim, estava o acariciando, por cima da calça.
- Assim, amor... – ele suspirou, baixinho.
A expressão entregue que estava em seu rosto me excitou ainda mais, e me fez continuar a carícia.
Bem, ele estava mesmo me levando a loucura.
Michael me olhou e, levando sua mão até embaixo da mesa, ele abaixou o zíper de sua calça e pegou minha mão, levando-a até dentro de sua cueca boxer branca.
Ele era grande, pude constatar porque, como o espaço era limitado, eu pude o pegar, mais pude sentir que não estava nem no meio de sua estatura. Aquilo me fez arfar.
Meio sem saber o que fazer, comecei a mover minha mão, para cima e para baixo; eu podia sentir sua glande úmida em minha mão.
- Hum... – murmurou Michael, mordendo os lábios e olhando para baixo, assim como eu fazia.
- Kahinna...
Meu coração deu um pulo e logo eu tirei a minha mão de onde estava.
Michael, com toda a calma do mundo, levantou o zíper de sua calça e, segundos depois, Indira apareceu em frente a mesa de café da manhã.
- Querida, você poderia vir até a cozinha? Quero lhe amostrar uma coisa. – pediu ela.
- Claro, Indira, só vou terminar meu café e logo irei.
Ela sorriu pra mim e saiu da sala de jantar.
Michael sorriu para mim, e segurou minha mão quando eu fui me levantar.
- Me deixa ir, Jackson. – murmurei, com um sorriso dançando em meus lábios.
Deus! Estava virando uma devassa!
- Só se me prometer que eu posso no seu quarto, a noite...
- O que? – se eu não estivesse sentada, com certeza eu cairia no chão.
- É só pra conversar...
- Você nunca quer conversar comigo, Jackson!
- Eu prometo.
Eu o olhei e, bem, ele parecia dizer a verdade.
Suspirei e, por fim, disse:
- Tudo bem, você pode ir ao meu quarto, mas, só quando todos estiverem dormindo.
Ele sorriu e eu me levantei, indo em direção a cozinha.
Capítulo 11
Já era fim de tarde quando resolvi andar pelo jardim de minha casa.
O mansão estava silenciosa, meu pai saiu e não voltara – na verdade, eu tinha certeza que ele não voltava mais hoje.
Bem, o silencio perdurou até que eu cheguei ao jardim, pois, logo depois, os gritinhos de felicidade dos filhos de Michael chegaram aos meus ouvidos, e me fizeram sorrir.
Era engraçado ver o homem que me atormentava o juízo, brincar com duas crianças de guerra de balão d’água. Nem parecia ser a mesma pessoa.
Ele se entregava a brincadeira, disso eu não tinha duvida, e aquilo me fez admirá-lo ainda mais; ele não era um tarado o tempo todo.
- Hey! Brinca com a gente. – gritou Michael, chamando a minha atenção.
- O que? Hã... Não, obrigada.
- Ah, por favor. É divertido. – pediu ele, mais uma vez.
- É tia, vem brincar com a gente... – Paris pediu, chegando perto de mim.
Bem, aquilo parecia ser bem divertido mesmo.
- Ok, só não reclamem se saírem daqui encharcados... – pedi.
- Ninguém consegue acertar meu pai. – disse Prince.
Eu ri.
- Ninguém conseguia acertar seu pai, hoje ele vai sair daqui molhado. – falei.
Vi Michael levantar uma sobrancelha para mim.
- Está me desafiando, Srta. Kahinna?
Ele sempre conseguia fazer com que uma simples conversa, ou, naquele caso, uma simples brincadeira, virasse um jogo de sedução.
- Provavelmente, Sr. Jackson. – respondi no mesmo tom.
- Veremos se sairei daqui molhado... – disse ele, passando a língua sobre os lábios. – Meninos contra meninas?
Dez minutos depois, eu estava ensopada, Paris estava ensopada e Prince também.
E Michael, bem, Michael continuava impecavelmente seco.
Como ele conseguia aquilo, eu não sei, só sabia que não iria desistir; pelo menos um balão eu acertaria nele.
Mais uma rodada, e agora eu estava com uma balão em cada mão, e, enquanto Prince e Paris se duelavam, eu tentava, inutilmente, acertar Michael.
- Se você parasse quieto no lugar, seria mais fácil! – eu reclamei, olhando para ele.
Ele riu de mim.
- Pare de rir, Jackson, isso não tem graça. – rosnei.
Ele deu de ombros, e observou Paris ir pegar outro balão no balde.
Foi minha deixa.
Em um segundo, Michael estava seco, no outro, estava molhado e espantando.
- Não... Acredito. – murmurou Prince.
Paris estava com os olhos arregalados, segurando um balão nas mãos.
- Você acertou o meu pai! – disse ela.
Eu simplesmente sorri.
- Eu disse que iria acertá-lo.
- Mais não valeu! – disse Michael.
- E posso saber o por quê, Jackson?
- Porque eu estava entretido, disperso... Não valeu!
- Ora, quantas vezes você tacou o balão em mim, quando eu estava dispersa?
Michael bufou.
Eu cruzei os braços e bati o pé no chão, esperando uma resposta.
- Tudo bem... – murmurou ele.
Levantei uma sobrancelha e ele sorriu para mim.
- Por hoje chega, tudo bem? Já está anoitecendo... – disse ele. – Crianças, hora do banho.
Eles sorriram e saíram correndo em direção a mansão apostando “quem chegava primeiro”.
Já eu, me joguei na espreguiçadeira que ficava mais a minha frente, logo vendo Jackson se sentar ao meu lado.
- Cansada? – perguntou.
- Um pouco... – murmurei. – Ainda está em choque, Jackson?
- Digamos que estou... Surpreso.
O olhei e ele sorriu.
- E ansioso. – completou.
- Ansioso? Pelo o que?
- Pelo nosso encontro, hoje a noite... – disse ele e me deu um sorriso safado.
No mesmo instante me lembrei da nossa manhã, e senti meu rosto corar, ao mesmo tempo em que minha intimidade ficava quente.
- Você fica linda, toda vermelhinha assim... – falou ele.
Revirei os olhos.
- Será que você não consegue manter uma conversa civilizada, ao menos por um tempo?
- Não... – ele riu. – Mais eu posso tentar! Me diga, qual é o filme que você mais gosta?
E então, conversando mais amigavelmente, descobrimos que tínhamos muita coisa em comum.
Depois de ficar conversando com Jackson, resolvi que precisava tomar um banho; estava molhada, com frio e com fome.
Conversar com ele é muito bom, ele é engraçado, simpático, bom de papo... E mostrou que não é feito só de safadeza, ele poderia ser normal, as vezes.
Claro que, sempre que podia, ele tentava mudar o rumo da conversa, mas, eu queria conhecê-lo melhor, saber mais sobre ele... E, bem, descobri muita coisa.
Agora, sentindo a ducha quente sobre meu corpo, cheguei a uma conclusão: o que tiver de acontecer entre a gente, deixarei acontecer.
Durante nossa conversa, pude perceber que, apesar de sermos de mundos totalmente diferentes, éramos iguais em certas coisas, ele era legal, extrovertido, lindo, gostoso e sexy.
Sem contar que havia algo, havia alguma coisa que me puxava para ele, quando nos beijávamos, quando estávamos próximos, sempre tinha aquela corrente elétrica que nos conectava.
E eu, por incrível que pareça, estava gostando disso. Estava gostando da sensação que ele me causa, do prazer que ele me dava em um simples beijo, e do calor que marcava meu corpo quando eu pensava nele.
Então, era isso! Deixaria que o destino cuidasse de tudo, e, enquanto isso, viveria o presente!
Eram mais ou menos nove da noite, eu estava terminando de vestir minha camisola, quando ouço batidas na porta do meu quarto.
Pela hora, eu sabia que não era Michael, então, simplesmente disse:
- Pode entrar.
Bem, estava totalmente enganada. Era Michael.
- O que está fazendo aqui? – perguntei.
Vi ele trancar a porta com a chave e vim até a mim.
- Só vim da o recado que Indira me pediu. Ela disse que seu pai ligou, avisando que não vai voltar para casa hoje.
Revirei os olhos.
- Eu já sabia disso. – falei. – Só não entendi porque você trancou a porta...
- A gente não vai conversar? Achei prudente fechar a porta, já que ninguém pode me ver aqui.
- Mas combinamos de conversar depois que todos fossem dormir.
- Mas todos já foram dormir, meus filhos já estão dormindo.
- Mas...
Michael suspirou, me fazendo para de falar.
Ele veio andando em minha direção, e eu andando para trás, me encostando na parede.
Suas mãos direcionaram-se até a parede, uma de cada lado do meu corpo. E lá estava eu, encurralada, de novo.
- Você pensa demais, amor. – sussurrou ele, o hálito quente em meu rosto.
Sua boca correu por minha bochecha, indo em direção ao meu pescoço.
- E você... Parece que pensa de menos. – saiu mais como um gemido do que como uma reclamação.
Ele sorriu contra o meu pescoço, e eu senti sua mão subindo pela minha coxa, levantando e subindo minha camisola. Naquele momento, eu senti minha calcinha mais molhada.
Ele começou a dar lambidinhas quentinhas em meu pescoço, chupando, mordendo, me fazendo revirar os olhos de prazer. Parecia que eu ia morrer.
- Hum... – gemi.
Suas mãos agora indo para o meio da minha perna, subindo e subindo e quando eu pensei que ele encostaria em minha intimidade e acabaria com o meu tormento, ele desceu sua mão, e me beijou, com força.
Sua língua forçando passagem, me acariciando, me excitando. Ele me deixava louca.
- Kahinna... – ele gemeu entre minha boca.
Pegou minha mão e a levou até seu pênis ereto.
- Sinta amor, sinta como me deixa... – sussurrou ele.
Sem pensar duas vezes, abaixei o zíper de sua calça e a vi cair em seus pés. Ele sorriu, e, me olhando, levou as duas mãos até sua cueca boxer branca, e a abaixou.
Minha boca automaticamente salivou.
Seu pênis era lindo, grande, ereto. Eu via a glande brilhando, molhadinha, as veias pulsando... Não resistir, e deixei meu dedo indicador passar por cima da glande, Michael gemeu.
A minha curiosidade era enorme, claro, mais ela se perdeu no meio da excitação que existia ali. Michael pegou minha mão, e a fez se fechar em volta de seu membro e, por cima da minha mão, começou a movê-la, de cima para baixo, devagar.
Segundos depois, ele largou minha mão.
- Faça sozinha, amor. – murmurou.
Eu mordi os lábios, e comecei a mover minha mão, de cima para baixo, vendo a pele do seu membro subir e descer, cobrindo e descobrindo seu pênis. Ele pulsava em minha mão, e aquele era muito excitante.
- Ah... – Michael gemeu. – Mais rápido, amor...
Ele puxou meu rosto para cima, e me beijou com força, enquanto eu acelerava os movimentos em seu pênis.
- Isso! – gritou ele, largando a minha boca e jogando a cabeça para trás.
Ele se apoiou com as duas mãos na parede, me encurralando novamente, e eu acelerei mais os movimentos, me sentindo mais quente, mais molhada, a cada subida e descida.
Eu olhava para o seu membro, assim como ele, Michael mexia os seus quadris para frente e para trás, enquanto minha mão trabalhava ali, lhe proporcionando prazer.
Até que...
- Kahinna! – Indira bateu na porta do meu quarto.
Rapidamente, tirei minha mão de onde estava.
- Oh não! – reclamou Michael... – Não para, amor, por favor, eu estou quase lá... – disse ele pegando minha mão e a levando até o seu membro.
Eu sorri para ele continuei o movimento pensando: "Ah, foda-se, quero satisfazer meu homem."
- Essa é minha garota... – gemeu Michael sorrindo – Isso amor, assim...
Acelerei o movimento, e Michael enterrou a cabeça em meu pescoço, sugando tão forte que eu tinha certeza que ficaria com marca.
- Kahinna... Está aí, querida? – perguntou Indira, mais uma vez.
Senti o pênis de Michael pulsando mais, e então, um grito dele foi abafado em meu pescoço, enquanto três jatos quentes de seu sêmen caiu sobre mim, respingando em minha barriga e em minha coxa.
- Hum... – ele gemeu.
Eu sorri e continuei com o movimento, devagarinho.
Michael tirou o rosto de meu pescoço e sorriu para mim, levando o dedo indicador até minha coxa e recolhendo um pouco de seu gozo e o colocando em minha boca.
- Gostosa... Minha gostosa. – sussurrou ele, enquanto eu chupava seu dedo com o gosto de seu orgasmo.
- Kahinna! – bateu Indira, impaciente.
Michael se abaixou e colocou sua cueca e sua calça.
- Estarei em seu closet. – me beijou e se trancou em meu armário.
Capítulo 12
- Kahinna! – chamou Indira, mais uma vez.
Pensando rápido, fui até o banheiro que havia em meu quarto, tirei minha camisola e coloquei um roupão.
Segundos depois, rezando para que Indira não desconfiasse de nada, abri a porta.
- Está surda, menina? Estou lhe chamando a mais de uma hora... – disse ela, entrando em meu quarto, com roupas em seus braços.
- Me desculpe Indira, eu estava tomando banho. – murmurei.
- Tudo bem, vou guardar essas roupas em seu closet...
- Não! – falei, rápido demais.
Ela me deu um olhar curioso.
- Por que, não?
- Hum... Deixe as roupas em cima daquela poltrona, amanhã eu mesma guardo.
- Mas... – ela tentou questionar, mas não deixei.
- Sem mas. Está muito tarde para que fique trabalhando, Indira. Deixe as roupas ali, e vá se recolher.
Ela franziu o cenho, sabendo que havia algo de estranho acontecendo. Mas, por fim, deu de ombros e fez o que pedi.
- Tudo bem, Kahinna. – indo em direção a porta de meu quarto, sendo acompanhada por mim, ela completou: - Boa noite, querida.
- Para você também, Indira.
Ela sorriu e saiu do quarto.
Esperei que ela virasse o corredor que dava para a escada, e tranquei a porta, me encostando nela e pondo a mão no coração, agradecendo por tudo ter dado certo.
Segundos depois, fui em direção ao closet, abrindo a porta e dando de cara com Michael mexendo em minha gaveta de calcinhas.
- Hei! Pare de fuçar minhas coisas! – eu disse, o empurrando para o lado e fechando a gaveta.
- Eu adoraria vê-la vestindo isso... – disse ele, estendendo uma calcinha vermelha de renda entre seus dedos.
Estreitei os olhos.
- Me dê isso, Jackson! – falei rindo dele.
Peguei a calcinha de seus dedos, e a coloquei no lugar de onde não deveria ter saído.
- Por pouco, Indira não entra no closet...
- Eu sei disso, estava escutando tudo! – ele falou, rindo.
- E você ainda rir disso? Se ela o pegasse aqui...
Ele suspirou.
- Já disse que você pensa demais? – murmurou ele, vindo mais para perto, pondo a mão em minha cintura.
- Já... – eu disse, no mesmo tom.
- Então, amor, pense um pouco menos... – ele me olhou, enquanto senti suas mãos irem para frente do meu roupão, tentando desfazer o laço.
Logo o impedir.
- Nem pense em fazer isso. – eu disse, contendo suas mãos. – Me espere lá fora, Jackson, tenho que trocar de roupa, pois uma certa pessoa sujou toda a minha camisola.
Ele riu.
- Por que não posso ficar aqui? Ia adorar vê-la sem roupa... – ele me deu um sorriso safado, logo depois mordeu os lábios.
- Se não saí daqui, vai apanhar, seu ninfomaníaco! – eu falei, quase sem conter o riso.
Rindo ainda mais, ele saiu, logo depois eu fechei a porta do meu closet.
Quando saí do meu armário, vi Michael deitado na minha cama.
- Pensei que tinha ido embora... – murmurei, enquanto me deitava ao seu lado.
Ele me puxou mais para perto, e me deitei no peito dele, sentindo seus batimentos cardíacos.
- Não vai se livrar tão facilmente de mim, Srta. Kahinna. – disse ele.
- Eu percebi, Jackson.
A conversa acabou ali.
Michael ficou alisando meus cabelos, enquanto eu aspirava o cheiro dele. Nós não estávamos quietos por timidez ou algo do tipo, acho que estávamos só curtindo o momento, quietos, um ao lado do outro, o silêncio conversando por nós dois.
Era uma coisa gostosa.
- Na noite passada, eu sonhei com você... – murmurei, quebrando o silêncio.
Levantei a cabeça e encontrei seus olhos negros curiosos, me olhando.
- Comigo? – perguntou, me afirmar com a cabeça. – Hum... Que tipo de sonho?
Bem, agora que eu comecei, tinha de terminar.
- Um sonho... Diferente.
- Quão diferente? – ele era realmente um curioso.
- Um sonho erótico. – minha voz quase sumiu quando disse a ultima palavra.
Michael se levantou, e segundos depois, estava sentado a minha frente, me observando com uma expectativa impressionante.
Me sentei direito, e me preparei para a enxurrada de pergunta que ele, certamente, me faria.
- Um sonho erótico? Um sonho erótico comigo?
Eu mordi os lábios, e afirmei novamente com a cabeça.
- E o que eu fazia?
- Por que quer saber?
- Porque é interessante! – ele sorriu. – E então, o que eu fazia?
- Você me beijava...
Ele fez uma careta de desagrado.
- Ah, só beijava? Isso não tem nada de erótico. – disse ele.
- Me beijava, lá embaixo. – eu disse, apontando para minha intimidade.
Sua expressão mudou rapidamente.
Ele sorriu, os olhos brilhando de desejo, fazendo a aura do quarto mudar.
- E era gostoso? – perguntou.
- Muito, muito gostoso... – eu disse.
- E aonde nós estávamos?
- Aqui, em meu quarto.
- E você quer fazer isso agora? – perguntou ele, mordendo os lábios.
Parei.
Na verdade, acho que, por um momento, até meu coração parou de bater.
Sem esperar minha resposta, Michael ficou de joelho em cima da cama. Ele chegou perto de mim, na minha frente, e separou minhas pernas, dobrando-as e abrindo-as, se colocando no meio delas.
Ele chegou mais perto e então me beijou. Um beijo delicado, gostoso.
Sua língua acariciando a minha, mandando uma corrente elétrica por todo o meu corpo, que sempre chegava lá embaixo, fazendo com que minha intimidade ficasse mais molhada a cada segundo.
Porém, Michael é impaciente. Logo o beijo se tornou mais intenso, sentia suas mãos subindo por minhas coxas, levantando minha camisola, devagar. Por instinto, abri mais as minhas pernas, e Michael separou sua boca da minha, migrando seus lábios para o meu pescoço.
Gemi.
- Você quer amor? – perguntou ele, mordendo o lóbulo de minha orelha.
- Hum... – gemi baixinho, suas mãos subindo, sempre subindo.
- Quer que eu beije você... Lá embaixo?
Ele me olhou, agora, seus olhos negros se delatando de desejo e ansiedade.
- Eu quero... – murmurei.
Ele sorriu.
Sem dizer mais nada, Michael tirou minha camisola, e me fez deitar na cama.
Ele beijou meus lábios, meu pescoço, e então sentir suas mãos em meu seio, massageando, me excitando mais, fazendo com que os bicos ficassem intumescidos de expectativa.
- Você sabe o quanto é linda? – perguntou ele.
Então, seus lábios chegaram em meus seios. Quase gritei quando o sentir chupar em volta de meu seio direito, a pontas dos dedos apertando meus bicos, então, logo sua boca começou a sugar o bico de meu seio direito.
- Michael... – gemi.
Ele mordiscou, lambeu, sugou, brincou com meus seio, primeiro o direito, depois o esquerdo.
Eu nunca, em toda a minha vida, pensei que ter um homem brincando em meus seios pudesse me dar tanto prazer.
- Gostosa... – sussurrou ele, enquanto beijava a minha barriga e descia em direção ao centro do meu corpo.
E segundos depois ele estava lá, de frente com minha intimidade pulsante.
Me apoiei pelos cotovelos, minha curiosidade gritando, querendo ver o que ele iria fazer dali por diante. Ele chegou mais perto e me cheirou, senti meu clitóris pulsar.
- Você é tão cheirosa, meu amor...
Ele pôs os dedos nas laterais de minha calcinha e me olhou como se pedisse permissão.
Sorri para ele e ele, sorrindo para mim da maneira mais safada que se possa imaginar, começou a abaixar minha calcinha, lentamente.
Momentos depois, eu estava completamente nua.
- Você não imagina o quanto eu sonhei com esse momento. O quanto eu me toquei, pensando em beijar todo o seu corpo, pensando em lhe dar prazer, pensando em possuir você... – ele disse, me olhando nos olhos.
E eu gemi, baixinho.
- Você é a mulher mais linda que eu já vi em toda minha vida.
E então, senti e vi seu dedo indicador tocar a minha entrada apertada, e subir até chegar em meu clitóris; mordi os lábios de prazer e expectativa.
- Tão molhada pra mim... – sussurrou ele.
Michael me olhou, e então, meu mundo parou.
Senti sua língua tocar meu clitóris, devagarzinho, se movimentando para cima e para baixo, em uma tortura deliciosamente lenta.
Ele deixou sua língua descer, indo parar em minha entrada, e então, subiu rapidamente, e me sugou, tirando um gemido alto de meus lábios.
A sensação de prazer era incrível, era bem melhor do que pensar, do que sonhar.
E eu não me importava se alguém lá fora poderia escutar, eu só me importava com o agora, só me importava em sentir a língua habilidosa de Michael me tocando, e sua boca me chupando, e seus dentes me mordiscando.
- Você é deliciosa... – murmurou ele, voltando a dar atenção a minha intimidade pulsante.
Ele sugou com mais força, enquanto minhas entranhas imploravam por algo lá dentro.
- Michael... – gemi. – Eu quero... Oh... Eu quero...
- O que você quer, amor? – perguntou ele.
- Quero... Que enfie seus dedos, em mim... – olhei para ele.
Ele me olhava com atenção.
- Você é virgem, Kahinna, eu não pos...
- Por favor, Mike... – pedi.
Ele lambeu os lábios, e sorriu.
- Só um pouquinho, ok? – disse ele.
Eu assenti com a cabeça, e ele voltou a me chupar, com força e logo depois eu senti seus dedos me preenchendo, entrando e entrando, até que meu hímen o impediu de continuar.
Sabendo até onde podia ir, Michael começou a movimentar seus dedos, devagar, tomando cuidado para não ir além.
Senti minhas entranhas esmagarem seus dedos.
- Não... Não para... – pedi.
Ele me sugou mais e mais, e eu sentia meu orgasmo perto, bem perto, meu interior se apertando, o esmagando.
- Goza amor, goza pra mim... Quero tudo o que você pode me dar... – disse ele.
Ele chupou meu clitóris com mais força e penetrou seu dedo em mim mais duas vezes, e logo depois, eu senti.
Os segundos mais deliciosos de toda a minha vida, enquanto Michael bebia de meu líquido.
Eu me larguei na cama, respirando fundo, sentindo os dedos de Michael sair de mim, e suas lambidinhas morninhas em meu clitóris.
Quando elas se tornaram angustiantes, eu fiz menção de fechar minhas pernas, então Michael saiu dali e subiu, se deitando do meu lado.
Me virei para ele, e pude ver os cantos de sua boca, sujos. Sorri e as limpei com a ponta de meus dedos.
- Satisfeita? – perguntou ele.
- Muito... E cansada, também.
Ele sorriu.
Chegou mais perto de mim e me beijou com delicadeza e amor, e então, me fez virar de costas, de modo que eu pudesse sentir seu peito em minhas costas e pênis ereto em minhas nádegas.
- Durma... – sussurrou ele, beijando meus cabelos,
- E como fica isso aqui? – perguntei, esfregando meu bumbum em sua ereção.
Ele gemeu baixinho e pude escutar seu riso também.
- Quem sabe, amanhã você não possa me socorrer? – ele me beijou, novamente. – Agora, durma.
- Ok, Jackson. – eu disse, logo sentindo minhas pálpebras pesarem.
- Eu te amo... – ele sussurrou.
Mais, entre a consciência e inconsciência eu não pude definir se ele realmente dissera aquilo, ou se fora produto de minha imaginação fértil.
Capítulo 13
Estava muito quente!
Só isso que eu sentia, calor, calor e... Alguma coisa enroscada em mim.
Devagar, quase sem vontade alguma, abri meus olhos. E então, o vi.
Michael estava deitado ao meu lado, o braço em minha barriga, sua mão segurando meu seio, a cabeça em meu pescoço e as pernas entrelaçadas as minhas.
E eu... Bem, eu estava completamente nua, sentindo meu corpo reagir às memórias que invadiam minha cabeça.
Olhei ao lado e vi que o relógio digital marcava que ainda eram cinco e meia da manhã.
Decidi chamar Michael, seria arriscado demais se ele saísse do meu quarto quando todos já estivessem se levantado.
- Michael... – sussurrei, baixinho, deixando minha mão acariciar seu rosto sereno.
Ele se mexeu um pouco e então voltou a ficar quieto.
- Michael... Acorde... – chamei-o.
- Hum... – ele murmurou, abrindo os olhos devagar.
E então, sorriu para mim.
- Bom dia... – disse ele.
- Ainda é boa noite... Ou boa madrugada, não sei! – eu disse sorrindo para ele, e dando de ombros.
Eu vi ele olhar para o nosso corpo entrelaçado, logo depois, deixando seu olhar parar em cima de sua mão, que segurava meu seio direito.
- Hum... Parece que minhas mãos tem vontades próprias... – ele falou, gargalhando.
- Na verdade elas só são safadas, assim como o dono!
- É, mais você gosta do dono delas...
- E delas também! – eu murmurei, sem nem mesmo acreditar no que eu tinha acabado de dizer.
Mais Michael não me respondeu.
Ele simplesmente chegou perto de mim, e me beijou.
Seu gosto doce em minha boca, sua língua forçando passagem, logo depois acariciando a minha... Aquilo ainda me levaria a loucura.
Senti sua mão apertar de leve meu seio, enquanto ele chegava mais para perto, me fazendo sentir sua ereção, enquanto eu sentia minha intimidade mais molhada e excitada.
Devagar, ele se colocou em cima de mim.
- Abra as pernas... – ele sussurrou em meu ouvido, mordendo o lóbulo.
Logo fiz o que ele pediu e, segundos depois, ele estava mo meio de minhas pernas, seu pênis ereto roçando em meu clitóris.
Ele levantou a cabeça e me olhou.
- Vamos brincar? – perguntou ele.
- O que...? – perguntei, só agora entendendo o sentido da palavra “brincar”. – Como?
Ele sorriu para mim e me beijou novamente, se esfregando mais rápido em meu clitóris.
Deixei minhas mãos brincarem com seus cabelos, enquanto ele me beijava com mais intensidade.
- Você ainda não me respondeu... – eu disse, sentindo suas lambidinhas em meu pescoço.
- Me toca de novo...? – ele murmurou em meu pescoço.
Eu sorri.
Ele me olhou e eu afirmei com a cabeça.
Em um movimento rápido, ele se virou de costas para cama, me levando junto, e me fazendo ficar sentada em cima do seu membro; ele me olhou com um sorriso safado nos lábios.
- Hum... Você por cima é mais excitante! – falou.
- Para de ser safado, Jackson. – falei, me inclinando, faltando milímetros para encostar em seus lábios.
- Perto de você eu nem consigo pensar. – ele disse, ficando sério de repente.
Michael passou as pontas dos dedos em meu rosto, logo colocando uma mecha de meu cabelo pra trás da orelha, então, olhando em meus olhos, disse:
- Eu nunca me senti assim tão... – ele parou, como se estivesse procurando a palavra certa – Tão livre, tão excitado... Ninguém nunca me atingiu tão rápido como você, Kahinna.
Eu mordi o lábio inferior, completamente nervosa com aquela declaração.
- Ontem... Ontem você disse “eu te amo”... não foi? – perguntei, no mesmo tom que o dele.
- Sim... – disse ele. – A verdade é que eu te amo desde o primeiro dia que eu te vi, dançando daquele jeito tão sexy para mim... Você é uma danada, garota! – sorriu.
Eu sorri para ele, me sentindo pronta. Exatamente pronta.
- Michael...
- Sim?
- Faz amor comigo? – perguntei.
Eu não me senti envergonhada, nem tímida... Eu simplesmente me senti segura o suficiente para falar aquilo... Para pedir, aquilo.
Michael sorriu para mim, seu dedo agora brincando com meus lábios.
- É claro que faço... – disse ele.
Meu sorriso se ampliou mais ainda.
- Mais não aqui e nem agora...
Meu sorriso murchou.
- Oh... Não fique assim! – ele pediu. – O que eu mais quero é fazer amor com você, mas tem que ser especial, não aqui, no seu quarto, as cinco e quarenta da manhã. Entende isso? – perguntou. – Até porque, o que eu pretendo fazer com você vai demorar horas, e, infelizmente, não temos tanto tempo assim.
Ok, ele tinha razão.
- Tudo bem... – eu disse, revirando os olhos, o fazendo gargalhar. – Então, eu quero brincar, Sr. Jackson!
- Não seja por isso! – ele disse, pondo a mão em minha nuca e me puxando para um beijo.
Suas mãos desceram e pararam em meu bumbum, apertando-o de leve, enquanto nos beijamos. Instintivamente, mexi meus quadris, fazendo minha intimidade roçar em seu membro.
Michael gemeu.
- Gostosa... – disse ele, apertando ainda mais meu bumbum.
- Só sua... – murmurei contra seus lábios.
- Só minha...
Rapidamente, me levantei, me sentando direito em cima dele agora, e cheguei mais para trás, pondo as mãos na barra de sua calça.
Eu o olhei, perguntando com o olhar se eu podia realmente fazer aquilo.
Ele levantou a mão em um gesto de rendição e disse:
- Sou todo seu, meu amor.
Sorri diante do que ele disse, e então, abaixei sua calça, junto com a boxer, vendo seu membro pulsante pular para fora, todo grande, ereto, cheio de veias.
Minha boca salivou.
Livrei-o completamente da calça, e voltei a me sentar em cima dele, em suas coxas.
Peguei seu membro em minhas mãos, e o toquei, devagar, vendo Michael se apoiar pelos cotovelos, assim como eu o fizera horas antes, para me observar.
Acelerei os movimentos, olhando com curiosidade a pele de sua glande subir e descer, cobrindo e descobrindo seu membro.
- Assim, amor... – ele pediu.
E então, uma idéia atingiu em cheio minha mente.
- Michael...
- Hum... – ele me respondeu, gemendo.
- Eu quero fazer uma coisa, mas não sei se posso...
Ele me olhou com atenção agora.
- E... O que é? – perguntou, ofegante.
- Eu quero... – droga, falar aquilo era meio difícil – Quero chupar você... – falei baixinho.
Ele arregalou os olhos, mas, logo depois, sorriu.
- Tem certeza? – perguntou.
- Tenho...
Seu sorriso aumentou.
- Como disse antes, sou todo seu...
Sorri, e então, saí de seu colo, me abaixando até ficar de cara com sua ereção.
- Se eu te machucar... Me avise, ok? – falei.
Ele só balançou a cabeça, concordando, olhando para mim e prestando atenção em tudo o que eu fazia.
Devagar eu dei um beijo em sua glande, sentindo o gostinho salgado que havia nela. Deixei minha mão acariciando a base de seu membro, e então, pus a glande em minha boca, chupando devagarzinho, tomando cuidado para não encostar os dentes.
Era estranho, de início, mais logo depois ficou muito excitante, principalmente quando Michael pôs a mão em meus cabelos e começou a gemer e ofegar baixinho.
Sendo um pouco mais ousada, e com a ajuda de Michael, pus quase todo o seu membro em minha boca, sentindo a glande em minha garganta, e comecei a chupá-lo mais forte.
- Oh... Que boca, meu amor... – Michael gemeu.
E então, em um movimento rápido demais para o meu raciocínio nublado pelo tesão, Michael me pegou pela cintura e me rodopiou, se deitando de costas na cama, e colocando em cima dele, no sentindo contrário.
Agora eu só podia ver seu membro e suas pernas, enquanto ele tinha uma visão geral de minha intimidade e de meu bumbum.
Era constrangedor, e eu tentei sair dali.
- Michael... – falei.
Senti sua mão acariciando meu bumbum, para me acalmar, e então ele disse.
- Shi... Só continue o que estava fazendo... Você vai gostar.
Gemi, pois seu hálito bateu direto em meu clitóris excitado.
Fazendo o que ele pediu, comecei a chupá-lo devagar, sentindo seu gemido baixinho em meu clitóris, novamente.
E então, ele começou. Sua língua dando lambidinhas morninhas em meu clitóris, e logo depois, sugando com força, uma mão apertando uma banda de minhas nádegas, e a outra fazendo com que dois dedos entrassem em mim, tomando conta para com a minha barreira natural.
Quase morri de prazer.
- Michael... – gemi alto.
Eu me perguntava, como ele queria que eu retribuísse, se ele estava me levando a beira da inconsciência.
Ele moveu seu quadril, fazendo seu membro bater minha boca, me lembrando do que eu tinha que fazer, sorri.
- Seu safado...- gemi baixinho, sentindo seu riso em minha intimidade.
Ele começou a sugar mais forte, enquanto eu voltava para o que tinha de fazer, chupando-o.
Ele me sugava com louvor, e eu o chupava com ardor, era uma coisa tão gostosa, tão quente e excitante, que eu nem me dei conta de que meu orgasmo estava tão perto, logo me atingindo em cheio.
- Mike... – gemi, parando de sugá-lo, esperando meu torpor passar.
Michael terminou de me lamber, e então, me tirou da posição estranha, me colocando deitada na cama.
Ele se deitou ao meu lado, e ficou beijando meu pescoço, roçando seu membro ereto em minha perna, esperando minha respiração voltar ao normal.
- Minha gostosa... – sussurrou ele.
Sorri.
- Hei! Ainda falta você... – eu disse, olhando para ele agora.
- Você quer continuar? – perguntou ele, me olhando.
- Quero... – eu disse.
Ele sorriu e então se levantou, se sentando em cima de mim, quase na altura de meus seios.
Ele pôs sua mão esquerda em minha nuca, levantando minha cabeça para que eu só pudesse abrir a boca para chupar seu pênis, enquanto sua mão direita o tocava.
Comecei a chupá-lo, com força, enquanto ele gemia meu nome, e olhava para mim, prestando atenção em cada movimento meu, em cada sugada minha.
- Ah... Agora minha gostosa... – disse ele.
E então, senti seu gozo em minha boca, jato atrás de jato.
Segundos depois, Michael saiu de sua posição, se deitando em cima de mim, limpando a lateral de minha de boca para tirar seu sêmen.
- Estou imaginando que, se brincar com você é tão gostoso desse jeito, fazer amor deve ser ainda melhor! – ele disse, sorrindo.
- Precisamos tirar a prova logo... – eu disse, sorrindo.
- Vou conversar com seu pai... – ele disse.
Meu coração falhou duas batidas.
- O que!? Michael, está louco? Se meu pai sequer desconfiar disso tudo que estamos fazendo... Deus, nem quero pensar no que ele faz conosco! – eu disse, desesperada.
Ele riu de mim.
- Não irei conversar nesse sentido, amor... – ele disse, se levantando e pegando sua calça e sua cueca.
- E em qual sentido seria, Jackson? – perguntei, me sentando na cama e cruzando os braços.
Ele terminou de se vestir e olhou para mim, com aquele seu sorriso deslumbrante nos lábios.
- Espere e verá. – me beijou com amor e então, saiu do quarto.
Me fazendo pensar em qual loucura ele seria capaz de cometer, dessa vez.
Capítulo 14
Depois que Michael saiu eu não consegui mais dormir.
Ele saiu e me deixou lá, satisfeita, porém, frustrada!
Nunca fui uma pessoa dada a gostar de suspenses, ainda mais quando o mistério envolvia a mim mesma, então, eu tinha certeza que daqui a pouco não me restaria mais unhas em minhas mãos.
Bufando, completamente contrariada, olhei novamente para o relógio na mesinha de cabeceira e vi que já eram seis horas da manhã, resolvi tomar um banho, era a única coisa que me restava a fazer depois de toda essa... Manhã louca e quente.
Ás oito horas, Indira, veio me chamar em meu quarto, avisando que meu pai já havia chegado e só faltava eu para todos tomarem café da manhã.
Um arrepio se apossou do meu corpo, seria a primeira vez que eu veria Michael depois de tudo o que fizemos ontem; eu só esperava não corar na frente de todo mundo.
Chegando a mesa do café, dei bom dia há meu pai, as crianças e a Michael, que me deu aquele sorriso maroto, com os olhos queimando de desejo, quase desfaleci.
- Fiquei com saudades, querida. – disse meu pai, assim que me sentei na cadeira a frente de Michael.
- Também, papai... A noite foi boa?
Ele quase engasgou com o café, e me olhou arregalando os olhos.
Todos sabiam que papai mantinha um harém pelas redondezas. Antes da morte de mamãe, ele era totalmente fiel e a amava muito, porém, meses depois de sua morte, meu avô montou um harém para meu pai, e hoje ele o mantém. Quando ele passava a noite fora, todos sabiam muito bem aonde ele estava.
- Ao lado de meu avô? – retratei, pois pelo seu olhar, eu sabia que ele me daria um grande sermão.
Ele relaxou visivelmente e sorriu para mim.
- Claro que sim, querida, ele disse que está com saudades de você e que você o abandonou...
Revirei os olhos.
- Papai, eu fui a casa de meu avô na semana passada... – falei.
- Sei disso, mais sabe como o seu avô é, principalmente com você. – ele sorriu – Ele disse que quer que você vá a casa dele, o visitar.
- Eu irei. – disse, me concentrando em pôr suco de laranja em meu copo.
Depois disso, o silêncio reinou entre os adultos, só Prince Paris que brincavam e conversavam a mesa.
Até que meu pai disse:
- Michael, você já foi conhecer os pontos turísticos de nosso país? – perguntou papai.
Vi os olhos de Michael brilharem, eu sabia; ele estava aprontando algo.
- Você tem de ir a cidade de Riyadh, conhecer o Museu Riyadh, que dá pra ver a geografia e a arqueologia de nosso país. Tem também a cidade chamada de Fortaleza Masmak, o Palácio de Murubba, sem contar nossas ilhas, que são espetaculares! – disse meu pai.
- Você leu minha mente, Abdulah! Era exatamente nisso que eu estava pensando, Bahrein é um país excepcional. Preciso conhecer! – disse Michael, eufórico. – Agora, eu só preciso de um guia turístico...
E então ele olhou pra mim.
- Oh... Mais temos um guia, ou melhor, uma guia, maravilhosa! Kahinna conhece o país como a palma de sua própria mão...! Ela pode lhe acompanhar, não é, querida? – perguntou meu pai, me olhando.
Nesse exato momento eu só me perguntava em como Jackson conseguia fazer esse tipo de coisa!
- Hum... É claro que sim! – eu disse, forçando um sorriso.
Eu estava apaixonada por um homem persuasivo... E essa constatação fez meu coração bater ainda mais rápido.
- Isso é ótimo! – comemorou meu pai. – Quando irão?
Michael sorriu.
- Por mim, iria hoje mesmo.
- Perfeito! – disse meu pai. – Kahinna, prepare uma planilha com os lugares em que precisam conhecer, sim? Logo mais me entregue, creio que amanhã mesmo vocês poderão partir.
Eu nunca havia visto meu pai tão eufórico em toda a minha vida.
Engoli em seco.
- Claro, pai...
- E deixe Michael participar disso com você, assim ele poderá escolher aonde quer ir, amostre fotos, tem várias delas em seu quarto... – ele disse, se levantando. – Estarei no escritório, se precisarem de mim. – e saiu sorrindo e cantarolando.
Minutos depois, Michael pediu para que Dora, uma senhora de meia idade que era babá das crianças, os levassem para tomar banho.
Logo depois ficou somente nós dois há mesa, ele me olhou sorrindo.
- Como você faz isso? – perguntei.
- Isso o que, amor?
- Isso que acabou de acontecer? – suspirei. – Meu pai deu mesmo a sugestão de eu ser sua guia, ou você falou algo antes de eu descer?
Sim, eu estava desconfiada dele.
- Claro que não disse nada. Eu já estava sim querendo conhecer o país, mais não tinha falado nada com ele!
- Ah, então agora meu pai lê mentes? – indaguei.
- Não, Kahinna, porque, se ele lesse mentes, eu já teria me matado...
- Por que? – perguntei, sem entender.
- Por causa de todas as besteiras deliciosas que me passam pela mente, quando eu te vejo... – ele disse, me dando um sorriso de canto de lábios.
Corei e sorri para ele.
- Agora, eu realmente quero ver as fotos do país, que estão lá em cima, no seu quarto. – seus olhos faiscavam de desejo.
Me levantei da cadeira com uma sobrancelha levantada, e um sorriso travesso nos lábios.
- Então me siga, Sr. Jackson.
- Eu te amo... – sussurrou ele, me abraçando por trás, assim que chegamos em meu quarto.
Eu já podia sentir sua ereção em meu bumbum.
- Você é insaciável, Jackson.
Ele sorriu, seu hálito quente em meu pescoço, me fazendo arrepiar.
- É você que me deixa assim, vivo... – ele falou. – Cheio de desejo... Meu corpo implora por você, Kahinna, eu não vejo a hora de me afundar em você. – sussurrou ele, novamente.
Senti meu clitóris vibrar, encharcando minha calcinha.
Como obscenidades como aquelas poderia me excitar tanto?
Engoli em seco.
- Eu também quero você dentro de mim, Michael... – murmurei.
Suas mãos subindo por minha barriga, indo até meus seios...
- Por isso, precisamos viajar logo... – ele disse.
Me virando de repente, me deixando de frente para ele.
Sem esperar um segundo sequer, ele me beijou com força, exigindo que eu o acompanhasse.
- Michael... – murmurei, sentindo seus beijos em meu pescoço, sua mão levantando minha blusa.
Mas, por fim, decidi me afastar.
Se ele queria mesmo viajar depressa, não poderíamos ficar ali, nos agarrando.
- Nós precisamos... Fazer o negócio que meu pai pediu. – eu disse, quase me rendendo.
Quase.
Ele parou por um instante e me olhou.
- Tudo bem... Mais nessa viajem, Srta. Kahinna, saiba que você não terá sossego. – ele falou, sorrindo, com olhos cheios de desejo e esperança.
Eu mordi o lábio inferior e sorri, indo ao closet e pegando as várias caixas com fotos.
Eu sentia que, depois dessa viajem, eu não seria mais a mesma.
Eu seria, definitivamente, dele.
Capítulo 15
- Façam uma boa viagem! – disse meu pai, se despedindo de nós.
- Pode ter certeza que vai ser uma ótima viagem, Abdulah. – disse Michael sorrindo, olhando para mim.
Corei.
- Assim espero. E cuide bem de minha filha, sim?
Michael riu.
- Pode deixar. Não vou deixá-la sozinha por um instante sequer.
Michael, definitivamente, queria me matar de vergonha com aquelas respostas de duplo sentindo.
Sorte que ninguém percebia nada.
Michael, as crianças e eu entramos no carro, indo em direção ao aeroporto, aonde pegaríamos um jatinho e iríamos direto para Fortaleza Masmak.
Senti um frio na barriga. Mal poderia esperar para chegar logo a esse lugar.
No finalzinho da tarde chegamos ao hotel aonde ficaríamos instalados durante três dias.
Passado os três dias seguiríamos para Riyadh, depois para Palácio de Murabba, logo após conheceríamos algumas das trinta e três ilhas que havia em meu país.
Planejamos ficar um mês e meio fora.
Um mês e meio de loucura, ao meu ver, pois, eu sabia que só aconteceria loucuras nessa viajem, pelo menos entre Michael e eu.
Meu pai, afim de dá privacidade ao Rei – como ele mesmo dissera – fechou o último andar do hotel para nós, e colocou seguranças espalhados pelo corredores.
Essa história de seguranças me desapontou um pouco. Quando meu pai disse “privacidade”, eu pensei em fazer tudo sem esses armários nas minhas costas. Ficaria difícil passar a noite com Michael desse jeito.
Deus! Eu realmente estava virando uma devassa... Tratei de tirar esses pensamentos imediatamente de minha cabeça.
No corredor do qüinquagésimo sexto andar, havia sete quartos.
Vi Michael indicando o quarto de seus filhos, que ficavam no fim do corredor.
Eles foram correndo para lá e abriram a porta.
Michael sorriu.
- Por que você dispensou Dora? – perguntei.
Ele me olhou.
- Porque eu quero privacidade, princesa... – ele disse com sua voz sedutora.
- Privacidade? Com todos esses armários aqui? – falei baixinho para que só ele escutasse.
- Daqui a pouco eles não estarão mais aqui. Vou mandá-los ficar circulando no hotel, nenhum deles ficará aqui no corredor.
- Ah... – falei abrindo a boca.
Ele sorriu novamente.
- O meu quarto é aquele no fim do corredor... – ele falou apontando para a última porta no final do extenso corredor – Então, você já sabe aonde é o seu quarto.
Olhei pra ele sem entender.
- Hã? Aonde é meu quarto?
- No final do corredor... – ele ampliou ainda mais o sorriso, começando a andar em direção ao quarto.
Fui atrás dele.
- O que? Está louco, Jackson? O que os seus filhos irão pensar?
- Amor, pense bem: Você não saíra do meu quarto, então, é bem melhor pra você que já esteja lá...
Corei.
- Mas...
- O máximo que posso fazer por você, é deixar que você coloque suas malas em outro quarto, o que, em minha opinião, além de ser desnecessário é altamente desgastante...
Parei de andar imediatamente.
Sentindo que eu não estava atrás dele, Michael parou e se virou.
Ele me viu lá, parada e de braços cruzados.
- O máximo que pode fazer por mim, Jackson? – repeti – Desde quando você acha que manda em mim?
Ele revirou os olhos.
- Não foi isso que eu dizer, amor...
- Ah não foi? Então fale com mais clareza porque eu ainda não entendi! – falei brava.
Ele chegou perto de mim, muito perto, sua boca quase se encostando à minha. Ele deixou seu dedo brincar com o meu lábio inferior.
Aquilo me desarmou.
- Adoro quando você fica bravinha... – ele disse, com um sorriso maroto nos lábios. – É extremamente sexy... Me excita.
- Michael... Os seguranças... – arfei.
Mas ele não ligou.
Simplesmente colocou os braços envoltos de minha cintura, em um gesto de posse, e então, beijou a minha boca de forma quente e precisa.
Ele era realmente louco; não se importava com nada, nem com os seguranças, nem com seus filhos que estavam a passos de nós dois.
E eu era ainda mais louca, por está ali, com ele, cometendo essa loucura.
Eu me perguntava se todas as mulheres que já esteve com ele sentiam o mesmo que eu sentia naquele momento; amor, confiança e muita, muita vontade de fazer uma sacanagem.
Ele apertou meu bumbum, me puxando mais para si, me fazendo senti sua ereção, e então me soltou, com um sorriso quente em seus lábios.
Deus! Aquele homem ainda me mataria!
Capítulo 16
Como o prometido, Michael tirou todos os seguranças do corredor.
Depois daquela loucura que cometemos na frente de todos eles, me afastei de Michael com o rosto queimando de vergonha, sem encarar os seguranças, e entrei no quarto do ao lado ao de Michael, do lado esquerdo do corredor.
Decidi que era melhor eu manter minhas coisas em outro quarto, daria muito na vista se eu ficasse em seu quarto todas as noites. Prince e Paris são crianças, não são cegos e nem burros, se eu ficasse no quarto de Michael, uma hora ou outra eles perceberiam que havia algo acontecendo entre nós dois.
A nossa tour começaria no dia seguinte.
Já era tarde da noite, então, ajudei Michael a colocar as crianças para dormir.
Elas se mantiveram agitadas o dia todo por conta da viajem, então, dormiram antes de Michael e eu terminarmos de contar uma história rapidamente inventada.
- Você leva jeito com crianças. – disse Michael, fechando a porta do quarto deles atrás de si.
Sorri sem graça, dando de ombros.
- Eu gosto de crianças... – falei.
- Daria uma ótima mãe.
Ele me abraçou por trás, beijando meu pescoço.
Essa era a vantagem de está longe de casa, em um hotel, com um andar todo só para você.
Sorri diante do que ele disse.
- Será? – perguntei.
Seus lábios subiram, beijando atrás de minha orelha.
- Você ainda vai ter um filho meu, amor. Um não, vários! – ele disse.
- Quer criar um time de futebol, Jackson?
- Não seria má idéia! – ele riu. – Quantos filhos você sonha em ter?
- Hum... – eu nunca tinha parado para pensar naquilo – Não sei... No mínimo três.
- No mínimo mesmo. Porque eu quero ter ainda mais sete filhos... – ele falou.
Aquilo me assustou.
- Sete? – perguntei.
- Sim! Meu pai teve nove... Eu quero ter dez, vamos ultrapassar a marca de Joseph! – ele disse, divertido.
Por fim, eu ri.
- Ok, quem sabe, um dia... – eu disse.
- Sim, um dia. – falou ele, saindo de trás de mim, e parando na minha frente. – Agora, nós temos coisas mais importantes para fazer...
Seu olhar negro era um poço de promessas e desejo.
Senti um arrepio passar em minha espinha.
Sem esperar a minha resposta, Michael pegou em minha mão e me levou ao seu quarto.
Ele trancou a porta atrás de si, e logo chegou perto de mim.
Pôs sua mão em minha cintura, ficando centímetros longe de meus lábios, que ansiavam por um beijo seu.
Então, parecendo ler minha mente, ele me beijou.
Delicado no início, me acariciando, me degustando, como seu eu fosse um vinho muito raro. Mais, tal qual um viciado na bebida, ele começou a me beijar com mais intensidade, exigindo que eu o acompanhasse, me excitando a cada movimento de sua boca, a cada passada de língua na minha.
Me senti no céu, com um único beijo.
- Comprei um negócio para você... – disse ele, ainda em meus lábios.
- Pra mim? O que é?
Se afastando totalmente de mim, ele sorriu e foi até o closet.
Logo depois, voltou com uma caixa em mãos.
- Toma... – disse, me estendendo a caixa.
Peguei-a com um vinco formado em minha testa.
Eu realmente estava curiosa para saber o que tinha ali.
Desamarrei, com cuidado, a fita rosa que envolvia a caixa negra, e levantei a tampa da caixa.
Algo estava envolto do papel manteiga, e então, logo tratei de desembrulhá-lo tendo uma agradável surpresa.
Era uma roupa. Uma roupa de dança do ventre.
- Michael... É lindo! – eu disse maravilhada.
O sutiã tinha o fundo vermelho, repleto de flores e a saia tinha a parte da cintura igual ao sutiã, e o resto era branco transparente que ia até o pé, com uma abertura que pegava um pouco abaixo da cintura até o pé na coxa direita.
- Gostou mesmo? – perguntou ele, sorrindo para mim.
- Sim... Claro que sim! – falei olhando para ele agora. – Muito obrigada...
Seu sorriso se ampliou.
- Veste pra mim? – perguntou.
Obviamente que eu já estava cheia de vontade de experimentar aquela maravilha, mas eu senti as segundas e terceiras intenções por detrás daquela voz sedutora.
Assenti e fui até o banheiro, tirando o baby-doll que eu estava usando e colocando a roupa.
Segundos depois eu já estava devidamente trocada. Me olhei para o enorme espelho que havia no banheiro, então, resolvi soltar meus cabelos vermelhos, deixando-os livres.
Assim que me senti segura, saí do banheiro.
Michael estava sentado na cama e pude perceber que a caixa que eu deixei ali já havia desaparecido.
Também vi seus olhos negros brilharem de desejo, quando me viu.
- Ficou bom? – perguntei.
- Estou pensando em como você conseguiu ficar ainda mais linda. – ele disse.Sorri sentindo meu rosto pegar fogo.
Michael se levantou da cama com um controle em suas mãos, e vi quando ele apertou o botão, fazendo uma música árabe começar a tocar pelo quarto.
- Dança pra mim? – perguntou
Eu assenti e andei um pouco, parando na frente.
Atrás dele eu pude perceber que havia um espelho enorme, mais, naquele momento, eu estava presa pelo magnetismo de seus olhos negros, que me queimavam de desejo.
Seguindo os acordes da música eu comecei a dançar, sem tirar meus olhos dos deles.
Eu deixava a música me guiar, enquanto sentia o olhar de cobiça de Michael subir e descer por meu corpo, me excitando.
Então, segundos depois, ele veio parar atrás de mim. Ele pôs suas mãos de leve em cada lado da minha cintura, enquanto ela subia e descia por conta da dança.
Ele chegou mais perto e esfregou, devagarzinho, a sua ereção em minha bunda, me deixando arrepiada pelo contato.
- Olhe pro espelho... – murmurou ele em meu ouvido
Obedecendo-o, olhei para o espelho e vi seus olhos negros, que me olhavam fixamente. Michael começou a beijar meu pescoço, e rebolar atrás de mim, seguindo a música assim como eu, se esfregando e me fazendo arfar.
Suas mãos foram para frente do meu corpo, subindo, e quando chegaram a altura de meu seio, elas foram para minhas costas, desabotoando meu sutiã, fazendo-o deslizar por meus ombros e caírem a minha frente.
Michael me olhou agora, acompanhando o movimento de sua mão, voltando para a parte da frente de meu corpo e tocando meus seios, de leve, fazendo-os ficarem ainda mais intumescidos.
Seu membro em meu bumbum, e suas mãos em meus seios foram a minha perdição, eu gemi baixinho quando ele voltou a beijar meu pescoço, chupando-o, me fazendo arfar.
Voltando a me olhar, Michael voltou com as suas mãos as minhas costas novamente e se afastou um pouco, senti quando ele tocou acima de meu bumbum, e abaixou o zíper da saia, fazendo-a cair até encostar no chão.
Parei de dançar.
Nesse momento eu estava apenas com uma calcinha de renda branca, enquanto me sentia queimar com seus olhos em cima de meu corpo, pelo espelho.
- Você é minha, Kahinna... – disse ele.
Sem vergonha ou hesitação, me virei pra ele, me sentindo a mulher mais desejada do mundo.
- Só sua, Michael.
Ele sorriu para mim, e chegou mais perto.
Passei meus braços por seu pescoço, e o beijei, de leve na boca, logo depois aprofundei mais o beijo, recebendo um gemido seu como recompensa.
Ele passou as mãos por minha cintura, e então, me pegou no colo, completamente de surpresa.
- Michael! – gritei, sorrindo.
Ele caminhou até a cama, e colocou deitada, logo depois deitando por cima de mim.
- Abra as pernas... – pediu, olhando em meus olhos, um sorriso brincando em seus lábios.
Fiz o que ele me pediu.
Ele se acomodou no meio de minhas pernas, como fizera de madrugada e então, roçou sua ereção em meu clitóris, por cima de minha calcinha.
Arfei.
- Eu te amo, princesa... – ele disse.
- Também te amo, Michael.
Era a primeira vez que eu falava isso.
Ele me olhou, surpreso.
- O que disse? – perguntou.
Sorri pra ele, passando minha mão em seu rosto.
- Disse que eu também te amo.
Ele sorriu pra mim.
- Escutar isso é maravilhoso, sabia? – perguntou.
- Eu sei... Me senti completa quando você disse isso pra mim, ontem a noite...
Ele roçou os lábios nos meus, enquanto seu membro roçava em minha intimidade molhada pelo desejo.
- Eu quero tanto fazer amor com você... – ele disse. – Meu pênis dói de tanto desejo... É assim desde a primeira vez que eu te vi.
- Sou toda sua, Michael. – falei.
Ele me olhou com atenção.
- É isso mesmo que você quer? Por que... Depois que eu começar, acho que não conseguirei mais parar...
- Eu não vou querer que pare. – peguei seu rosto entre minhas mãos – Eu te amo, Jackson, e sou toda sua, hoje e sempre.
Ele sorriu para mim e me deu um beijo como resposta.
Um beijo carregado de amor, desejo, promessas, calor e sexo, muito sexo.
Deixei minhas mãos alisarem seu corpo, descendo pelas costas até chegar a barra de sua camiseta do pijama, levantei-a até tirá-la completamente.
Logo depois foi a vez de sua calça, tirei-a, me sentindo poderosa por poder fazer isso com ele, por poder despi-lo, vendo que ele era todo meu, assim como eu era toda e completamente dele.
Michael se livrou da calça a chutes e voltou a ficar sobre mim; agora, a única coisa que nos separava eram a cueca boxer e a minha calcinha.
- Preciso sentir seu gosto novamente, minha gostosa... – murmurou ele.
Seus lábios me deram um beijo rápido na boca, descendo, lambendo meu queixo, chupando meu pescoço e chegando a meus seios.
Me levando, completamente, a loucura.
- Michael... – gemi baixinho quando ele mordeu o bico de meu seio esquerdo.
- Estou aqui amor...
Ele era um safado, libertino, gostoso... E eu o amava!
Amava seu gosto, seu rosto, seu corpo, sua voz, e tudo o que ele me fazia sentir.
Ele fazia com que eu me sentisse viva, desejada, fazia com que eu sentisse coisas que eu nunca pensei que pudessem existir.
Aquele calor, aquele desejo, aquela vontade toda... Ele me transformava e completava.
Michael foi descendo, beijando minha barriga, minha cintura, passou por minhas coxas, beijando o interior delas e então chegou lá embaixo, em minha intimidade toda molhada pelo desejo.
Ele tirou minha calcinha, e a jogou em algum lugar do quarto.
Dessa vez eu não tinha forças para me apoiar em meus cotovelos, diante da tensão sexual que eu sentia; parecia que tudo fora multiplicado por mil!
Gemi baixinho quando senti seu dedo correr de cima para baixo, espalhando minha excitação em toda a minha intimidade.
- Está encharca pra mim, amor! – disse ele com a voz rouca pelo desejo. – Tão cheirosa...
- Mike... – gemi.
- Eu sei... – ele disse. – Eu sei o que você quer, amor.
Ele deixou uma trilha de beijos por minha virilha, e então disse:
- Vou fazer você gozar a noite toda, gostosa... Você quer?
Eu sorri.
- Quero... – murmurei, quase sem força.
Ele sorriu próximo ao meu clitóris, fazendo minha intimidade pulsar.
Ele não me respondeu.
Ao invés disso, ele beijou meu clitóris, me fazendo suspirar e tremer por antecipação.
Devagar, ele começou uma tortura por minha intimidade; sua língua corria de cima para baixo, de um lado para o outro, abrindo os grandes lábios, me deixando exposta para ele.
E então, começou.
Ele deu um tapa com a língua em meu clitóris, e me chupou com força em seguida, me fazendo gritar de prazer.
A cada chupada dele, eu me sentia mais molhada, a excitação aumentava, me fazendo balançar os quadris de encontro a língua dele.
Ele começou uma sequências alternando: chupada, mordida e lambida.
Eu ia ao céu e voltava, via as estrelas e o inferno.
Era muito para mim, ele me chupando, me sugando como se eu fosse uma iguaria dos deuses antigos, enquanto eu sentia a estranha – porém recém descoberta – agonia se espalhando por minhas veias e esfolando o meu baixo ventre.
- Michael... – girtei.
- Eu sei amor, eu sei... Goza pra mim, gostosa! – disse ele.
Ele não parava, eu sentia ele me arrastando para inconsciência, enquanto aquela agonia crescia e crescia até que...
Eu explodi.
Eu via pontinhos brilhantes, estrelas, enquanto o calor me consumia, como se eu estivesse deitada em brasa viva, e Michael lá, sempre lá, no centro do meu universo, bebendo de meu orgasmo como se ele fosse um vinho de uma safra ainda mais especial do que o gosto de minha boca.
Ele veio subindo, beijando minha barriga, meu pescoço e chegando em meus lábios, exigindo passagem com sua língua.
E só aquilo, somente aquele beijo, já me despertou de todo o torpor pós-orgasmo que me atingiu e logo eu estava lá, quente de novo e completamente molhada.
- Você é deliciosa... – disse ele, me olhando.
Sorri pra ele e o empurrei, fazendo-o se ajoelhar a minha frente.
Me ajoelhei também e pus minhas mãos na barra de sua cueca boxer, ele me deu um sorriso maroto.
- Apressada...
- Preciso de você, Michael... – eu disse.
Ele envolveu meu rosto com as mãos, e disse:
- Eu sei, princesa, também preciso está dentro de você.
Beijei seu pescoço, deixando minha língua provar seu gosto misturado ao salgado de seu suor, e então, abaixei sua cueca, libertando seu membro ereto e enorme que saltou em minha direção.
Me afastei um pouco para vê-lo, e então Michael se tocou, de leve, me olhando.
- Está vendo, gostosa, ta vendo o que você faz comigo? – perguntou.
Eu mordi os lábios e sorri.
Michael me beijou, colocando o seu peso em cima de mim, e fazendo deitar na cama novamente.
Ele se livrou da cueca, e logo estava em cima de mim, novamente, só que, agora, eu sentia a glande de seu pênis roçando a minha entrada apertada, me fazendo arfar.
- Eu te amo demais, Kahinna... – ele disse.
- Também te amo muito, Michael.
Ele mantinha seus olhos negros dentro do meu, e então, deixou seus lábios roçar nos meus, enquanto forçava passagem em minha entrada.
Aquilo era estranho.
- Relaxa pra mim, amor... – ele disse.
Michael olhou para baixo, pegando o seu membro e roçando ele em meu clitóris. Gemi baixinho e ele sorriu pra mim, e então disse:
- Eu vou entrar em você de uma só vez, ok? – falou
Assenti e ele roçou sua glande ainda mais em meu clitóris, eu relaxei e então, de uma só vez, ele entrou em mim.
- Ai... – gritei.
Eu senti tudo, cada parte dele entrando em mim, cada parte de mim se abrindo para acomodá-lo, minha barreira natural se cedendo, e dor. Muita dor.
- Michael... – choraminguei.
- Eu sei amor... Já vai passar... – ele sussurrou em meu ouvido. – Eu só vou me mexer quando você falar que pode, ta?
- Ta... – respondi.
Ele olhou pra mim e limpou a lágrima que eu nem sabia que tinha saído de mim, ele me beijou, devagarzinho, e eu relaxei envolto de seu membro, me mexendo imperceptivelmente.
E então, o calor voltou, a excitação voltou, e o prazer me atingiu.
- Michael... – chamei-o.
Ele me olhou.
- Se mexe.
Ele sorriu e se mexeu devagar, eu senti o movimento de seu pênis saindo um pouco e então voltando, me fazendo gemer.
Michael sorriu.
- É gostoso? – perguntou.
- Muito... Eu quero mais... – falei, sorrindo também.
Michael se mexeu, mais rápido do que a primeira vez, e então ele sempre aumentava a intensidade das investidas, enquanto eu sentia um prazer ainda maior do que tê-lo me chupando, crescendo em mim, me dominando, me transformando.
Me transformando em mulher.
- Mais... – pedi.
Então, ele saiu de mim e entrou com força, gemendo em meu ouvido.
- Tão apertada amor... Tão minha! – ele disse e saiu de novo. – Sente, princesa, sente seu homem entrando em você, te fazendo mulher.
Ele entrou com força novamente, me fazendo voar para o sétimo céu, e descer para o fogo do inferno.
- Assim, Michael...
- Gostosa... – ele gemia em meu ouvido.
Aquelas sacanagens, indecências... Aquilo me excitava tanto.
- Fala mais... – arfei.
- Você gosta, princesa? – perguntou, investindo mais.
- Ah... Gosto...
Aquilo era tão bom, tão gostoso, eu não queria que acabasse, não queria que acabasse nunca!
- Adoro amar você, princesa, adoro está dentro de você, adoro ouvir você gemer assim... – ele disse. – Quem está amando você, gostosa?
Eu estava tão perto...
- Você, Michael...
- E eu sou o que? – perguntou, metendo mais forte.
Eu me apertei toda nele.
- Meu homem, Michael, só meu!
Mais e mais perto...
- E você é o que minha?
Ele metia com força, chegando bem fundo, me levando a beira da inconsciência.
- Sou sua mulher, Michael... – gemi.
- Goza, princesa, goza junto comigo!
Ele meteu mais forte, gemendo meu nome me levando ao fundo do pulso, me empurrando, saindo e entrando e então...
Tudo explodiu novamente, dessa vez com mais intensidade.
Eu senti quando ele explodiu em mim, jato atrás de jato entrando em mim, se misturando com minha essência.
- Mike... – gemi baixinho.
Ele me beijou, com amor, e então, saiu de dentro de mim, se deitando na cama e puxando para o seu peito.
- Eu te amo, delicia... – murmurou ele, em meu ouvido.
- Te amo, meu homem.
Ele sorriu pra mim e me beijou novamente.
É... Agora eu era realmente dele.
Capítulo 17
O beijo depois do sexo, de Michael era ainda mais delicioso.
Senti sua me invadir, ainda tendo um pouco de meu gosto em sua boca.
Ele mordeu meu lábio inferior e sorriu pra mim.
- Foi bom pra você? – perguntou.
Bem... aquela pergunta.
Eu abominava aquela pergunta. Mas seu ar de satisfeito me fez rir.
- Michael... Essa é a pior pergunta que se pode fazer depois do sexo!
Ele riu, gargalhou, pra falar a verdade.
- Eu sei disso... – falou ainda rindo, sem ar.
Ele era um safado, sem vergonha!
- Mas, respondendo sua pergunta, Jackson, sim, pra mim foi maravilhoso.
Michael olhou pra mim, ainda sorrindo, um sorriso lindo que chegava ao seus olhos negros e desejosos.
- Foi maravilhoso pra mim também, Srta. Kahinna. – ele me beijou. – Não saia daqui.
Michael se levantou. Aquele homem nu... Era a coisa mais linda que eu já vi em toda a minha vida.
- Aonde você vai? – perguntei, me sentando.
Ele não me respondeu e foi em direção ao banheiro. Pude ouvir o barulho de uma torneira sendo aberta.
Suspirei; eu não era mais virgem, e, ao invés de está me culpando agora pelo o que eu fiz, eu não conseguia. Simplesmente não conseguia me culpar por ter feito amor com Michael, porque eu sabia que aquilo que eu acabara de fazer com ele, era o certo. Eu o amava, ele me amava... Que mal havia em selar o nosso romance?
Só tinha medo de meu pai... Eu nem sabia o que eu e Michael tínhamos agora, não sabia qual era o tipo de relacionamento que existia entre a gente. Era tanta coisa que eu tinha que pensar.
Havia o amor que eu sentia por Michael, havia meu pai, havia o sexo que tínhamos acabado de fazer, havia Michael e a cultura de meu país.
Havia a duvida e a angustia que, só agora, eu percebi que crescia em meu coração; a duvida e a angustia de não saber o que Michael e eu tínhamos agora.
Será que ele vai me deixar?
Será que tudo o que ele falou sobre, “eu amo você”, era uma mentira?
Será que ele só tinha falado aquilo pra transar comigo?
- Hei, o que está passando por essa cabecinha agora, hum? – perguntou Michael.
Eu nem tinha percebido que ele havia se sentado ao meu lado na cama.
Engoli em seco diante de sua pergunta.
- Nada... – disse, dando de ombros.
Michael suspirou.
- Alguém já lhe disse que eu você não é muito boa em mentir? – perguntou.
Michael chegou mais perto de mim e me puxou para casulo de seus braços.
O que eu falaria para ele?
Que eu estava em duvida se ele realmente me amava ou não?
- O que houve? Está... – ele hesitou. – Está arrependida por ter feito amor comigo?
Eu tinha percebido a magoa em sua voz.
Olhei pra ele, dentro de seus olhos, e disse:
- Não, Michael... Eu estava justamente pensando que eu não conseguia me sentir arrependida ou culpada pelo o que fizemos.
Ele sorriu pra mim.
- Isso é muito bom... – disse ele. – Eu amo você, Kahinna, não sei o que faria se você estivesse arrependida, agora...
- Ama mesmo, Michael? – arregalei os olhos.
A pergunta havia saído em voz alta.
- O que? – perguntou ele.
Michael se afastou e se sentou de frente pra mim. Ele tinha uma expressão de choque em seu rosto.
- Kahinna, como é que você pode me perguntar uma coisa dessas? – perguntou ele
Dei de ombros, e olhei para minhas mãos entrelaçadas em meu colo.
Mais ele não me deixou fazer isso por muito tempo. Pondo dois dedos em meu queixo, ele levantou meu rosto e me fez olhar pra ele.
- Kahinna, preste atenção. – ele tinha um semblante sério. – Você é filha de um amigo meu. Um amigo muito importante, que, se sonhar que eu estou aqui, agora, com a filha dele nua em um quarto de hotel, com certeza vai me expulsar desse país. – ele mexeu em seus cabelos, acho que ele está nervoso. – Acha que se eu realmente não amasse você, eu colocaria a minha amizade, o meu direito como cidadão livre de vir para esse país, em risco?
Engoli em seco.
- Ah... Michael, é que eu pensei... – deixei a frase vaga no ar.
- Pensou...? – insistiu ele.
- Pensei que, talvez, você só tivesse falado aquilo tudo pra está aqui comigo, agora... – minha voz ficou mais baixa. – Poxa, você está dando em cima de mim desde o dia em que me conheceu, qualquer mulher ficaria com duvida, uma hora ou outra.
- Estava dando em cima de você, porque eu te amo desde aquele dia, Kahinna, e eu precisava tê-la ao meu lado e impedir que você se casasse. – ele ainda mantinha aquela voz e expressão séria. – Mas, se você não confia e não acredita em mim, tudo bem... Eu infelizmente não posso fazer nada a respeito.
Ele se levantou e se afastou de mim.
Parecia que meu mundo inteiro estava desmoronando.
Fui atrás dele e o virei pra mim, ele tinha mágoa em seus olhos.
- Não, Michael, não faz assim... – eu disse. – É claro que eu acredito e confio em você, senão, com certeza, eu não estaria aqui. – suspirei. – Eu só precisava que você me explicasse o porque, e você o explicou. Me desculpa por ter desconfiado do seu amor.
Ele continuou em pé, longe de mim, só me olhando.
Suspirei, acho que eu tinha o magoado mesmo.
Droga, por que eu só faço merda? Me virei e fui em direção a poltrona aonde estava a minha camisola.
- Hei, pra que você está pegando isso? – ouvi a voz de Michael perguntar.
- Pra me vestir... Acho que você não me quer mais aqui. – eu disse.
Pude ouvir seus passos, e logo ele estava atrás de mim, me virando para si.
- Ei, pare com isso, é claro que eu quero que você fique aqui. – ele tirou a camisola de minhas mãos. – Eu te amo, garota!
Ele me olhou e sorriu pra mim, me fazendo sorrir também.
Agarrei seu pescoço com meus braços.
- Eu também te amo.
- Muito? – perguntou.
- Muito.
- Pois eu te amo mais.
Me pegando no colo, Michael me levou para o banheiro. A banheira estava cheia, e eu pude ver a fumaça saindo das águas, indicando que ela estava quente e convidativa. Cheirava a jasmim.
Entramos na banheira e Michael me colocou entre as suas pernas.
Por um momento ficamos só falando sobre bobagens, esquecendo-nos da nossa quase briga, ou briga... Sinceramente, pouco me importava o que foi aquilo que aconteceu a segundos atrás.
O que importa é que eu acredito nele. Eu vejo e sinto seu amor por mim. Sei que é verdade porque seus olhos brilham quando me vêem, assim como eu tenho certeza de que os meus olhos brilham por ele.
Ah Deus... Eu sou uma boba apaixonada.
- O que somos agora, Michael? – perguntei.
- Como assim? – perguntou ele sem entender.
As pontas de seus dedos subiam e desciam em minha barriga, me distraindo e me deixando excitada.
- Ah... Você sabe... Somos namorados, amigos coloridos ou algo do gênero?
Senti sua risada em meu pescoço.
- Amigos coloridos... – disse ele rindo. – O que você quer que sejamos?
Senti meu rosto se aquecer... Por que aquilo era me deixava tão envergonhada?
- Hei, eu fiz a pergunta pra você, então você é quem tem que me responder! – falei.
Mais uma vez Michael pôs dois de seus dedos em meu queixo e levantou meu rosto, de modo que eu conseguia olhar para ele.
- Quer ser minha namorada, Srta. Kahinna?
Eu sentia toda a sedução que enevoou o ambiente, e, mesmo se eu não gostasse, eu diria um sim.
Mas aquele não era o meu caso, porque eu o amava.
- Claro que eu aceito, Jackson! – eu disse, sorrindo.
Ele fez um biquinho muito, muito, muito sexy.
- Adoro quando você fala “Jackson”, é excitante.
Você é excitante, Michael.
Saí do meio de suas pernas, e me sentei em cima delas. Agora eu podia vê-lo, pois estava de frente para ele.
Michael pôs as mãos em minha cintura, me puxando mais para frente, eu podia sentir seu pênis ereto pertinho de minha intimidade.
Me inclinei sobre ele até minha boca ficar perto de sua orelha.
- É excitante, Jackson? – perguntei.
Seus lábios desceram em meu pescoço, deixando um rastro de fogo por onde passava.
- Muito. – disse ele.
- Mais o que é excitante?
- Sua voz, seu corpo, seus seios, seu gosto, seu clitóris... – disse ele, explicitamente, me deixando mais molhada. – Meu pênis dentro de você, ocupando o meu lugar de direito. – e então, de repente, ele pegou minha cabeça em suas mãos e me fez olhar pra ele. – Você é minha, Kahinna!
Mordi o lábio, reprimindo um gemido.
- Só sua Michael... – falei.
Deixei minhas mãos passear por seu corpo, seu peito, sua barriga, descendo até chegar em seu membro.
O peguei em minhas mãos, masturbando-o enquanto as mãos de Michael saiam de minha cintura e iam para meus seios, massageando-os.
Me inclinei e o beijei, deixando-me saborear aquela boca me leva as alturas.
- Eu quero você... – sussurrou ele.
Suas mãos voltaram pra minha cintura, e então ele me levantou um pouco, logo depois me encaixando em seu membro.
Sentir cada centímetro dele entrando em mim era uma coisa maravilhosa, eu ia no céu e voltava.
A diferença é que agora eu estava por cima, e eu realmente não sabia o que fazer.
- Michael... – falei.
Ele só sorriu pra mim e comandou meus movimentos.
Pra frente e pra trás, devagarzinho, ele ia lá no fundo e voltava.
Parecia que eu ia me perder no meio de tantas emoções e sensações.
Até que meu corpo pediu mais.
Michael levou as mãos dele até meu bumbum, e começou a me levantar. Agora eu quicava em cima dele, subia e descia, saia e entrava.
Rápido, rápido, saia e entrava, ia lá no fundo e me arrastava para o fundo do poço.
- Ah... Assim gostosa, assim... – gemeu Michael. – Oh Deus! Tão apertada...
- Mike...
Eu sentia que meu orgasmo estava próximo, fazendo esmagar o membro de Michael dentro de mim.
- Goza amor... Goza gostoso pra mim. – disse ele, passando o dente em meu pescoço.
Ele apertou minha bunda com força, enquanto a água da banheira caia para todos os lados, por causa de nossos movimentos.
Então, com um movimento mais fundo eu senti tudo explodi em torno de mim, o orgasmo me atingindo em cheio.
Michael parou um pouco com os movimentos, e me puxou para os seus lábios.
- Você é tão linda gozando... – sussurrou ele. – Eu amo você.
E então, meteu mais duas vezes dentro de mim e explodiu me molhando com seu gozo.
Capítulo 18
A luz do sol entrava pela fresta da cortina, esquentando meu corpo nu...
Nu?
Acordei em um sobressalto, olhando tudo envolta; uma instante enorme com uma TV de plasma, um sofá e duas poltronas envolta, as paredes em tom areia, grosas cortinas vermelhas, entreabertas, duas mesinhas de cabeceira cada uma de um lado da cama e... A porta do banheiro aberta, deixando o barulho do chuveiro ligado invadir meus ouvidos.
Ah sim... Eu estava em um quarto de um hotel e não era mais virgem.
E eu me sentia maravilhosamente bem.
Tirei o lençol fino que cobria, parcialmente, minhas pernas e me levantei, indo até o banheiro.
Fiquei parada no batente da porta, olhando a silhueta sexy de Mike, por detrás do vidro embaçado. Ainda me perguntava como uma pessoa podia ser tão sexy como aquele homem. Ele tomava banho e cantarolava ao mesmo tempo, me fazendo sorrir.
Era impressionante... Eu era namorada de Michael Jackson! Isso, ao mesmo tempo em que era extasiante e excitante, era preocupante. Eu teria de tomar muito cuidado com as taradas que amam da em cima do meu homem.
Ele desligou o chuveiro e abriu a porta de vidro, do Box, parando no momento em que me viu.
Sorriu pra mim.
- Hei... Por que não me acompanhou no banho? – perguntou.
- Cheguei aqui agora... Não queria te atrapalhar.
- Você jamais me atrapalha... – ele estendeu a mão para mim. – Vem cá.
Pus minha mão em cima da dele.
- O que vai fazer?
- Dá um banho na minha namorada... – ele falou, sorrindo maliciosamente.
Meu coração começou a bater descompassado.
Segurando minha mão, ele me puxou para dentro do Box e fechou a porta atrás de mim.
- Vai me dá banho, né, Jackson? – perguntei.
Ele sorriu e abriu o chuveiro e me empurrou para debaixo do jato d’água, me abraçando por trás.
- Sim, vou te dá banho, não posso? – perguntou, mordendo minha orelha.
Aquela mordida fez uma ligação direta ao meu sexo, fazendo-o latejar.
- Você é um tremendo de um safado, sem vergonha... – falei
- Hum... Não eu era quem estava babando vendo você tomar banho...
Me virei pra ele, me desvencilhando do jato d’água.
- Eu não estava babando, só estava admirando a vista, é diferente...
Ele me olhou.
- Estava babando...
Abaixou a cabeça e me beijou, sem me dá chance nem de pensar.
Seria que sempre que estivermos juntos seria assim? Esse fogo todo nos queimando vivos? Se fosse assim, seriamos proibidos de andar nas ruas.
Senti as mãos de Michael descer pelas minhas costas e chegar ao meu bumbum, apertando com força e me puxando mais para si, fazendo-me sentir sua ereção crescente.
Uma de suas mãos desceu ainda mais, passando por entre meu bumbum, seu dedo médio pressionou meu anus devagarzinho, me fazendo gemer de prazer e surpresa, e sem me dá tempo de me expressar ainda mais, seu dedo foi andando para trás até penetrar minha intimidade molhada.
- Ah, amor... Sempre pronta... – gemeu ele, contra meus lábios.
Meus se reviraram involuntariamente, de prazer, quando Michael começou a bombear seu dedo, com força pra dentro de mim. Gemi baixinho, ouvindo suas obscenidades em meu ouvido.
Ele falava que queria fazer amor comigo, queria fazer amor comigo rápido e devagar, com força, e depois lento. Dizia que queria dançar dentro de mim e me fazer gozar a noite toda.
E eu estava lá, sentindo seus dedos em mim quase tendo um orgasmo só com que ele falava e me fazia sentir.
De repente, sem aviso prévio, ele tira seu dedo de mim e me imprensa na parede, se abaixando a minha frente.
- Mike... O que vai fazer? – perguntei, quase sem voz.
Ele só sorriu pra mim e disse:
- Vou te dá seu primeiro orgasmo de hoje... – disse ele.
E então, sua boca foi para o meio de minhas pernas, para o centro do meu prazer.
- Ah... – gemi, deixando minha mão adentra em seu cabelo e o puxar mais para mim.
Ele me lambia, e sugava, enfiava seus dedos em mim, de vez enquando indo até meu anus e o pressionando... Era muito pra mim.
Sua língua em meu clitóris, me levando as estrelas, me arrastando, fazendo aquela sensação de prazer crescer e crescer, me arrastando ao fundo do poço.
Abri mais pernas para lhe dá mais acesso a minha intimidade e Michael não se fez de rogado, me deixando louca com sua língua, seus dedos, seus dentes... Eu ia gozar, e ia ser agora.
- Michael... – gritei, jogando a cabeça pra trás.
Ele só intensificou seus movimentos, fazendo os dez segundos mais maravilhosos de toda a minha vida, virem a tona.
Michael me sugou mais um pouco e se levantou, me segurando pela cintura, até que eu conseguisse ficar em pé sem quase caí de cara no chão.
- Tão linda... Tão minha... – sussurrava ele em meu ouvido, beijando meu pescoço e roçando meu membro ereto em minha cintura.
Me fazendo ficar excitada, de novo
Ele fez uma trilha de beijos vindos do meu pescoço, passando por minha garganta, queixo e parando em minha boca. Sua língua tinha o meu gosto e aquilo era ainda mais excitante.
Michael levou seu dedo até minha intimidade e sorriu em meus lábios.
- Já pronta pra mim, amor?
Só tive tempo de sorrir e assenti e logo eu estava com as pernas entrelaçadas a cintura de Michael.
- Agora, vai me dá meu segundo orgasmo do dia? – perguntei
Ele me deu um sorriso safado.
- Sim, e você me fará gozar pela primeira vez, hoje...
Aquela voz... Tão sexy e safada, me fazia delirar.
De uma só vez, Michael entrou em mim, me atingindo lá no fundo.
Sua ereção pulsava dentro de mim, me fazendo ver todas as estrelas existentes em meu subconsciente. Ele me beijava e gemia comigo, falando aquelas obscenidades excitantes em meu ouvido.
- Mais rápido, Michael...
- Quer mais rápido, amor? – ele perguntou, aumentando o ritmo. – Ah, minha gostosa...
Ele começou: mais rápido, mais fundo, mais forte, me fazendo delirar e suspirar de prazer.
Eu me apertava toda envolta dele, e ele pulsava em resposta pra mim. Estávamos tão pertos...
- Ah... – ele suspirou. – Goza comigo amor...
Mais rápido e forte e então, tudo explodiu em um mundo de cores, orgasmo e prazer.
Estava em meu quarto, terminando de me arrumar. Me olhei no espelho, me senti bonita, eu estava usando um vestido leve, típico de verão.
Eu quase nunca usava as roupas tradicionais de meu país, como sou dançarina, não sou obrigada a usar aquelas roupas todas e aquilo me deixava feliz.
Terminei de pentear meus cabelos e ouvi batidas na porta de meu quarto.
- Pode entrar.
Vi Michael abrir a porta e duas crianças felizes entraram no quarto, sorridentes e alegres.
- Oi, Kahinna! – disseram os dois, juntos.
Sorri.
- Olá, meus amores, bom dia... – falei, dando um beijo em cada um.
- Papai disse que vamos sair hoje, tia! – disse Prince.
Franzi o cenho e olhei pra Michael que estava parado no batente da porta de meu quarto.
- Não iríamos sair só daqui a dois dias? – perguntei.
- O dia está lindo, lá fora... Não faz mal se sairmos hoje, só pelas redondezas. – ele disse. – Eu também preciso comprar umas coisas.
Ele piscou pra mim.
- Que coisas?
- Mais tarde você saberá... – ele olhou no relógio em seu pulso – Vamos?
- Vamos! – gritou as crianças.
Confesso, eu realmente fiquei intrigada com essa história de “preciso comprar umas coisas”. Michael estava aprontando, ah se estava!
Estávamos dentro do carro, o motorista e o segurança na frente, eu Michael e as crianças atrás.
Estava brincando com Prince e Paris quando o carro parou.
Quando eu olho pro lado de fora, vejo um letreiro enorme com letras garrafais e chamativas escrito “Delicious Shopp.” Embaixo, um pouco menor estava escrito: “Sex Shopp”.
Meu coração deu um salto e parou.
- Já volto. – disse Michael me dando um beijo cálido no canto dos lábios.
Ele colocou um boné e um óculos escuro, e então, saiu do carro com o segurança atrás de si.
Quase quarenta minutos depois, ele volta.
O segurança – que naquele tempo todo ficou ao lado de fora da loja, me deixando desconfiada sobre a loja está fechada para uso exclusivo de Michael – estava com as mãos cheias de sacolas.
O que diabos Michael comprou dentro daquela loja? A curiosidade me corroia, eu estava louca pra saber o que ele comprou.
Ele entrou no novamente e sorriu pra mim. Dali, fomos para um parque e passamos o dia todo brincando.
Mais a minha vontade era de chegar em casa, e rasgar cada sacola daquela pra saber o que havia ali dentro.
Capítulo 19
- Ah... Nem acredito que chegamos! – suspirei, me jogando na cama.
Michael sorriu pra mim, colocando as famosas sacolas em cima da cama, quase ao meu lado.
- Está cansada? – perguntou ele, me olhando.
- Hum... Cansada pra que?
Me sentei, olhando pra ele.
Michael gargalhou.
- Deixa quieto... – ele veio até a mim e me deu um selinho. – Vou tomar banho.
Piscou pra mim e entrou no banheiro, deixando a porta aberta.
Eu sabia que aquilo era um convite, mais eu estava muito curiosa para saber o que havia dentro daquele monte de sacolas ao meu lado da cama.
Me sentindo uma travessa, por está mexendo nas coisas alheias, puxei uma sacola para o meu colo e olhei dentro dela.
Minha respiração falhou.
Aquilo era o que? Parecia um pênis de plástico... Para que Michael ia querer um pênis de plástico? O dele já me satisfazia muito.
Ouvindo a água do chuveiro cair, peguei aquele objeto em minha mão. Era grande e, embaixo ele, havia um botão.
Eu estava louca para apertar aquele botãozinho e saber para que servia aquilo, mais me segurei. Eu não sabia para o que servia, e, vai que eu estragasse o negócio ou então, ele fizesse um barulho alto. Balancei a cabeça e coloquei o pênis dentro da sacola e a deixei de lado, pegando outra.
Dentro daquela tinha vários frascos, muitos frascos, pequenos e grandes e também havia um negócio pequeno e estranho.
O peguei e ele tinha um formato de uma língua e também havia um botãozinho, só que ao lado. Parecia uma capa para pôr na língua... Para que servia aquilo?
Coloquei de volta na sacola e peguei um frasco, estava escrito: “lubrificante com gosto”. Hum... aquilo deveria ser bom. Pegando outro eu pude ler: “Óleo corporal que esquenta”. Existia óleo corporal que esquentava a gente? Creio eu que, se eu ficasse mais quente do que eu ficava quando ficava excitada, meu corpo iria carbonizar. Acho que Michael queria me matar.
- Isso é ótimo pra fazer massagem... – ouvi a voz de Michael dizer.
Quase pulei da cama de susto e vergonha.
Quando ele havia saído do banheiro?
Ele me olhava com uma cara safada, e tinha o sorriso preso no canto dos lábios. E eu... Bem, acho que nunca havia me sentido tão envergonhada como naquele momento.
- Desculpa, Michael, eu fiquei curiosa para saber o que tinha aqui dentro... – murmurei.
Guardando os frascos dentro da sacola e colocando-a novamente na cama.
Michael veio até a mim.
- Está tudo bem, eu sei que você ficou curiosa. – ele falou, sorrindo pra mim.
Ele estava só de cueca, e aquilo era a visão do paraíso.
Se sentando na minha frente, ele pegou uma sacola e tirou aquele pênis de dentro dela.
- Sabe o que é isso? – perguntou.
Neguei com a cabeça.
- É um vibrador. – ele colocou o objeto de cabeça pra baixo e ligou o botãozinho. – Me dê sua mão...
Obediente, estendi minha mão para ele e ele encostou o pênis em minha mão, ele vibrava.
- Uau... – murmurei. – Aonde se usa isso?
- Aonde se usa um pênis? – ele fez a pergunta, quase rindo de mim.
A resposta era tão óbvia que eu fiquei ainda mais envergonhada.
- Você está vermelha... Que linda! – ele falou.
- Só a mulher usa isso, ou homem também usa? – perguntei.
Eu estava ávida por informações.
- Homossexuais usam, também. Homens não, aonde usaríamos isso, se gostamos de mulher? – ele riu. – No meu caso, eu comprei pra satisfazer você. Você vai gostar disso, só não vou deixar você me trocar por isso.
Revirei os olhos.
- É claro que eu não vou te trocar por um pinto de plástico, Michael, por Deus!
Peguei a sacola com os frascos e tirei aquele negócio que parecia uma capa de língua.
- E isso, para que serve?
- Isso é uma capa de língua com vibrador. É pra fazer sexo oral... – ele me olhou. – Eu uso pra satisfazer você.
- Tudo é você que usa? – perguntei.
- A maioria das coisas. – ele falou sorrindo e dando de ombros.
Peguei a terceira e última sacola que havia várias coisas dentro.
A primeira coisa que eu peguei foi um dado de posições. Bem, aquilo ele com certeza não precisaria me explicar.
Deixando o dado de lado, peguei um pacote, parecia um pacote de baralhos.
- Hum... Um jogo. – eu disse, vendo as cartas.
Parecia ser divertido.
Enfiando a mão novamente na sacola, peguei um negócio que, realmente, era muito estranho.
Era um cabo pequeno, que vinha cheio de bolas. Bolas que começavam pequenas e depois cresciam.
- Isso é um plug anal. – respondeu Michael há minha pergunta muda.
- Anal? – repeti. – Se usa lá atrás? – perguntei.
Pensei que ele seria debochado novamente, mais ele não disse nada nesse sentido, apenas respondeu minha pergunta:
- Sim... – disse, hesitante. – Mas, eu só vou usar com você, se você quiser, ok?
Hum... Sexo anal... Eu sabia o que era, e, pra falar a verdade, eu queria saber se era bom.
Até porque, com Michael, eu faria qualquer coisa. Porque eu sabia que ele jamais faria algo que pudesse me machucar.
- Hum... – murmurei. – É claro que eu vou querer usar. Parece ser interessante.
Michael sorriu, parecia aliviado.
- Mais por que tem que usar plug anal? – perguntei.
Será que não poderíamos ir direto aos finalmente?
- É só uma maneira de começar... É pra você se acostumar a ter algo dentro de você...
- Então por que não existe plug vaginal?
- Existe sim...
- E por que não usamos?
- Porque plug vaginal tira a virgindade. É como aquele pênis, só que sem vibrador, e, venhamos e convenhamos, não precisávamos de plug vaginal, não é? – perguntou ele, com cara de safado.
- Você tem razão... – falei rindo.
- Você tem certeza que vai querer usar isso? Olha eu comprei porque, é claro que tenho vontade de fazer esse tipo de sexo com você, mais eu comprei mais por curiosidade, pra ver se você ia querer fazer... Você não é obrigada a nada, nem tem que fazer nada só porque eu quero que faça, tudo bem?
Ele estava tão preocupado comigo... Aquilo me deixou emocionada.
- Oh, Michael, é claro que eu quero fazer isso! Eu quero fazer tudo o que dá prazer a nós dois... E eu jamais faria algo que eu não quisesse, e você sabe disso.
- Claro que sei... – ele fala.
- E quando vamos estrear os brinquedinhos?
Ele sorriu pra mim.
- Hum... Digamos que será surpresa... – ele diz. – Agora venha, a banheira está quentinha, nos esperando.
- Ah, por isso você saiu tão rápido do banheiro... Nem tomou banho ainda, Jackson.
- Quero tomar banho com a minha namorada, posso?
- Deve.
Michael se levantou, estendendo a mão pra mim e me levantou, se colocando atrás de mim começou a me levar para o banheiro.
Aqueles brinquedos... Acho que eles vão me deixar maluca, de tanto prazer.
- Anal? – repeti. – Se usa lá atrás? – perguntei.
Pensei que ele seria debochado novamente, mais ele não disse nada nesse sentido, apenas respondeu minha pergunta:
- Sim... – disse, hesitante. – Mas, eu só vou usar com você, se você quiser, ok?
Hum... Sexo anal... Eu sabia o que era, e, pra falar a verdade, eu queria saber se era bom.
Até porque, com Michael, eu faria qualquer coisa. Porque eu sabia que ele jamais faria algo que pudesse me machucar.
- Hum... – murmurei. – É claro que eu vou querer usar. Parece ser interessante.
Michael sorriu, parecia aliviado.
- Mais por que tem que usar plug anal? – perguntei.
Será que não poderíamos ir direto aos finalmente?
- É só uma maneira de começar... É pra você se acostumar a ter algo dentro de você...
- Então por que não existe plug vaginal?
- Existe sim...
- E por que não usamos?
- Porque plug vaginal tira a virgindade. É como aquele pênis, só que sem vibrador, e, venhamos e convenhamos, não precisávamos de plug vaginal, não é? – perguntou ele, com cara de safado.
- Você tem razão... – falei rindo.
- Você tem certeza que vai querer usar isso? Olha eu comprei porque, é claro que tenho vontade de fazer esse tipo de sexo com você, mais eu comprei mais por curiosidade, pra ver se você ia querer fazer... Você não é obrigada a nada, nem tem que fazer nada só porque eu quero que faça, tudo bem?
Ele estava tão preocupado comigo... Aquilo me deixou emocionada.
- Oh, Michael, é claro que eu quero fazer isso! Eu quero fazer tudo o que dá prazer a nós dois... E eu jamais faria algo que eu não quisesse, e você sabe disso.
- Claro que sei... – ele fala.
- E quando vamos estrear os brinquedinhos?
Ele sorriu pra mim.
- Hum... Digamos que será surpresa... – ele diz. – Agora venha, a banheira está quentinha, nos esperando.
- Ah, por isso você saiu tão rápido do banheiro... Nem tomou banho ainda, Jackson.
- Quero tomar banho com a minha namorada, posso?
- Deve.
Michael se levantou, estendendo a mão pra mim e me levantou, se colocando atrás de mim começou a me levar para o banheiro.
Aqueles brinquedos... Acho que eles vão me deixar maluca, de tanto prazer.
Capítulo 20
- Hum... Desse jeito eu não vou conseguir tirar a roupa... – murmurei.
Estávamos no banheiro, de frente para a banheira que estava com a água fumegando, e Michael não parava de beijar meu pescoço, acariciar meu corpo e esfregar sua ereção crescente em meu bumbum.
- Deixa eu te ajudar com isso, então...
Ele desceu suas mãos pelo meu corpo e chegou a barra de meu vestido, puxando-o delicadamente para cima e tirando-o de mim.
Agora eu só estava de calcinha.
- Hum... Calcinha vermelha, de renda... Isso é um atentado a minha sanidade, sabia? – perguntou ele – Só não vou rasgá-la porque vamos fazer amor na banheira, e não na cama.
Sorri, sentindo ele tirar minha calcinha.
- Você me contou sobre o plano de tomar banho, Jackson, não sobre fazer amor.
- É uma coisa normal, isso. Se estivermos juntos, temos de fazer amor. – disse ele, me virando de frente para si.
Ele tinha um sorriso safado nos lábios, e olhos carregados de desejos e promessas.
Ele colocou minhas mãos na barra de sua cueca, que mal cabia sua ereção.
- Acho que tem alguém querendo saltar daí... – falei, olhando pra ele.
- Liberte-o, então... – murmurou.
Mordendo os lábios para conter um riso safado – que adorava saltar em meu rosto, desde que conheci Michael – abaixei sua cueca, vendo seu pênis saltar em minha direção, ereto e grande.
Arfei e me senti mais molhada.
Michael pegou minha mão e entrou na banheira, logo depois me fazendo entrar. Ele se sentou e eu me sentei a sua frente, de costas para ele. Dava para sentir sua respiração em meu pescoço, sua barriga em minhas costas e sua ereção um pouco acima de meu bumbum.
Ele me fez abrir as pernas, com suas mãos.
- Senti saudades de você, durante o dia... – disse ele, em meu ouvido.
Deixando suas mãos passarem por minhas pernas e subirem por minha barriga até chegar a meus seios.
Gemi baixinho.
- Mais você me viu o dia inteiro...
- Aí é que está. Eu te vi o dia inteiro, mais não te toquei, nem te beijei... É horrível te ter perto e longe ao mesmo tempo. – disse ele, acariciando meus seios – Minha vontade era de te pegar, te levar ao banheiro e fazer amor com você, bem rápido e gostoso...
Aquelas coisas... Como aquilo me excitava.
- Já disse que você é insaciável, Michael?
- Já disse que você é muito gostosa?
Apertou o bico do meu seio, fazendo aquela famosa ligação com meu clitóris.
Gritei.
- Michael...
- Hum... Aliás, gostosa não. Muito gostosa! – exclamou. – Minha gostosa...
Uma de suas mãos desceu, indo em direção ao meu sexo molhado. Ele começou a acariciar meu clitóris, devagarzinho.
- Minha gostosa, que já está quente e molhadinha para mim...
Sua outra mão saiu de meu seio, só que eu não sei para onde foi, porque não encostou mais em mim.
- Feche os olhos... – sussurrou ele em meu ouvido.
Obediente, fiz o que ele me mandou e encostei a cabeça em seu peito.
Ele começou a lamber meu pescoço e eu escutei quando sua mão entrou na água novamente, Michael parou de acariciar meu clitóris e tirou o dedo dali.
- Ah, Michael... – reclamei, abrindo os olhos.
- Shi... Feche os olhos...
Novamente fechei os olhos e então, senti.
Uma coisa gostosa, - muito gostosa – excitante pra cacete, que me fez ficar mais molhada. Vibrava bem ali, em meu clitóris, e Michael o mexia em mim, devagarzinho... Ah... Aquele brinquedinho, o vibrador.
Michael o pressionou mais em meu clitóris, e eu o senti vibrar mais ainda. Como aquilo era bom.
- Michael... – gemi, mexendo meus quadris, em busca de mais contato.
- É gostoso? – perguntou em meu ouvido.
- Ah... Muito...
- Imagina... Eu penetrando você, e esse vibrador em seu clitóris... Não seria bom?
Ele queria me matar, só podia.
- Oh, Michael... seria muito bom... – respondi, quase sem fôlego.
Aquele negócio era muito bom. A sensação dele, vibrando lá embaixo, mandava o prazer por todo o meu sexo.
Até que Michael o penetrou em mim, com força e rapidez.
- Deus... – gritei.
Agora ele vibrava lá dentro de mim, entrando e saindo, tão gostoso, tão bom, tão...
- Geme pra mim, amor... Me amostra o prazer que você ta sentindo.
- Mais, Michael...
Ele tirou de dentro de mim e voltou a pressionar em meu clitóris, mexendo com rapidez dessa vez.
Era uma tortura lenta e... Completamente deliciosa.
- Tão linda...
O prazer estava tão intenso, que eu nem sabia do que eu falava, e acho que minhas mãos apertavam a perna de Michael, enquanto ele voltava a penetrar o vibrador em mim.
Eu estava tão perto... Aquilo era tão bom...
E então, Michael tirou o vibrador de mim.
- Michael! – gritei, em protesto, novamente.
Ele me empurrou para frente, e disse em meu ouvido.
- Fica de joelhos, e se apóia na borda da banheira. – pediu ele.
Fiquei de joelhos e me apoiei na borda da banheira assim como ele me pediu.
- Chegue um pouco mais para trás...
Fiz isso.
- Agora, empina esse bumbum lindo pra mim, meu amor...
Aquela voz safada... Deus me ajude a sobreviver perto desse homem.
Fiz o que ele me pediu e, por um momento, pensei que ele iria estrear o brinquedinho anal, mais ele não fez isso.
Ele passou o braço pela minha cintura, e colocou o vibrador novamente em meu clitóris.
Senti seus beijos em cada banda de meu bumbum, e ele começou a subir, deixando trilhas de beijos em minhas costas até chegar em minha nuca.
Ele começou a esfregar a glande de seu pênis em minha entrada.
- Michael... Por favor... – implorei
Ele mexeu devagarzinho o vibrador em mim, enquanto se esfregava em minha entrada. Aquilo era uma tortura.
- Ah amor... Tão apressada. – murmurou
E então, me penetrou com força.
- Ah, assim... – gritei.
- Ah baby... Tão gostosa... – ele gemeu em meu ouvido, metendo mais forte.
Michael começou a aumentar o ritmo das investidas, enquanto esfregava o vibrador ainda mais forte em clitóris.
Aquilo me fazia delirar e me apertar, fazendo seu membro vibrar.
- Isso, amor, se aperta assim... Oh Deus! – ele grita.
Sem agüentar ficar parada, comecei a mexer meus quadris, fazendo o membro de Michael ir ainda mais fundo em mim e que o contato com o vibrador ficasse ainda maior.
Era como se o mundo estivesse congelado naquele momento, enquanto eu sentia o prazer me deixar zonza.
Vibrador, Michael, mais fundo e rápido, saindo e entrando, vibrando em mim e então... Explodi em um orgasmo intenso, que me fez cambalear pra frente, quase sem forças.
Michael parou os movimentos e me segurou, para eu não cair do lado de fora da banheira.
Ele saiu de dentro de mim e se sentou, me levando junto, me fazendo sentar ao seu lado.
Tudo rodava, e eu sentia o torpor pós-orgasmo operando em meus sentidos.
- Está tudo bem? – perguntou Michael, beijando o canto dos lábios.
O vibrador tinha sumido de suas mãos.
- Você quer acabar comigo... – falei, sorrindo.
O torpor pós-orgasmo indo embora.
Ele me deu um sorriso safado e aquilo me fez voltar ao normal.
- Só se for de prazer...
Deixei minha mão passear por seu peitoral, por sua barriga, até chegar em seu membro ereto. Ele gemeu.
- Não faça isso... Eu não quero te penetrar agora, você acabou de ter um orgasmo e ainda está cansada... – ele disse.
Cansada? Mal sabia ele que só em escutar sua voz, eu já ficava excitada, novamente.
Sem respondê-lo eu me levantei e sentei em seu colo, colocando de uma só vez seu membro dentro de mim.
- Oh Deus! – gritou ele.
Sorri e comecei a me movimentar, o apertando dentro de mim, do jeito que ele gostava, e do jeito que me enlouquecia.
Como era gostoso está no comando.
Ele apertou meu bumbum.
- Ah princesa, sempre me surpreendendo... – gemeu ele.
- Oh... Michael... – gemi, pegando sua cabeça em minhas mãos e o beijando.
Continuando a subir e descer em seu colo, sentindo-o pulsar dentro de mim.
Ele mordeu me lábio inferior com força, explodindo dentro de mim e me arrastando com ele para o meu quarto orgasmo do dia.
- Adorei estrear o vibrador... – murmurei, sentindo Michael me abraçar.
Ele beijou meus cabelos e deitou a cabeça no travesseiro.
- Eu sei disso... – sorriu pra mim. – Amanhã vamos estrear outras coisas...
Eu odiava suspense.
- Quais? – perguntei.
- Amanhã você saberá.
- Ah, isso não vale, Michael!
- A surpresa deixa tudo mais excitante, amor... – ele passou o dedo em meus lábios. – Vai me dizer que não gostou da surpresa que lhe fiz hoje?
Pensando por esse lado...
- E eu amei ainda mais a surpresa que você me deu, me satisfazendo daquele jeito... – sussurrou em meu ouvido.
Sorri.
- Tudo bem, mantenha a surpresa.
Ele sorriu e me beijou.
- Eu te amo... – murmurei.
- Eu te amo mais.
Michael se aninhou em mim e eu deixei meus olhos irem se fechando devagar, pensando em quais seriam as surpresas da noite seguinte.
Capítulo 21
Eu sentia lábios quentes deixando uma trilha de beijos que começavam em minha nuca e iam descendo, beijando minha coluna e me fazendo arrepiar.
Os beijos pararam em meu bumbum, do lado direito, e eu senti dentes me mordiscando de leve, e logo depois os lábios sugando minha bunda com força, me deixando excitada.
Acordei com um sorriso maroto nos lábios, eu sabia muito quem estava fazendo aquilo comigo.
- Abusando de mim enquanto eu durmo, Jackson? – perguntei.
Ele parou o que estava fazendo, mais continuou com os lábios bem perto de meu bumbum; pude sentir seu sorriso.
Ele saiu de onde estava subiu por minhas costas, ele passou sua perna por cada lado do meu corpo e se encostou; eu podia sentir seu pênis ereto bem em minha bunda, ele estava nu.
- Você está nua, deitada de costas na minha cama, com essa bunda linda amostra... Eu não resisti. – sussurrou ele em meu ouvido.
Seus lábios passearam atrás da minha orelha, e ele roçou seu membro duro em minha bunda.
- Você é um safado, insaciável.
- A culpa é sua que me deixa nesse estado. – ele mordeu o lóbulo da minha orelha.
Senti suas mãos passearem pela lateral do meu corpo e seu quadril se movimentar. Em questão de segundos, sua glande estava encostada em minha entrada.
- Molhadinha, amor... – ele disse.
Sorri.
- A culpa é sua que me deixa nesse estado... – repeti sua frase com uma nota marota em minha voz.
Ele riu.
- Então... Temos que fazer alguma coisa pra saciar essa vontade, o que acha?
Virei mais um pouco a minha cabeça para tentar o vê, mas aquilo era impossível, já que ele estava em cima de mim.
Ele roçou a glande em minha entrada, me fazendo arfar em expectativa.
- Acho que você tem que parar de me torturar. – falei.
- E como eu faço isso, amor?
Safado, ele estava adorando aquilo.
- Entrando em mim, agora, Michael! – gemi.
E então ele me preencheu de uma só vez, indo bem fundo. Aquela posição era deliciosa.
- Assim que você quer? – perguntou ele, metendo mais fundo
Como aquilo era bom. Como fazer amor com ele era bom.
- Isso, assim... – gemi.
Ele acelerou os movimentos, indo mais fundo, e me levando ao topo do prazer.
- Bem vindo há Riyahd, senhor Jackson. – murmurei, olhando para ele e sorrindo.
Estávamos dentro do carro, e tínhamos acabado de chegar a capital da Arábia Saudita.
Riyahd era uma cidade bonita; e ótima para fazer compras.
Nossa tour pela cidade estava marcada para amanhã.
- Vai me amostrar todos os lugares, não é? – perguntou Michael.
Ele estava sentando ao meu lado, enquanto as crianças estavam absortas, brincando.
- Se estiver ao meu alcance... – respondi.
- Hum... – ele murmurou. – Sabe o que eu adoraria conhecer com você?
Olhei pra ele com a atenção redobrada.
- O que?
Ele sorriu e se aproximou ainda mais de mim, colando sua boca em meu pescoço.
- A nova suíte aonde ficaremos hospedados. – ele sussurrou.
Droga, aquele joguinho dele estava me deixando excitada! E ele sabia disso, pois mantinha um sorriso safado em seus lábios.
- Mais você pode conhecer sozinho, então, por que precisa de mim? – perguntei.
Ele abriu ainda mais seu sorriso e voltou a cochichar:
- Porque é com você que eu vou fazer amor em cada canto daquele lugar.
- Mal posso esperar por isso. – respondi no mesmo tom.
Sua mão escorregou para a minha perna, e então, o carro parou.
Maldito motorista, agora que Michael resolveu mexer comigo, ele para o carro? Inferno!
Respirei fundo. Tudo bem, talvez tenha sido melhor que isso acontecesse. Sempre que Michael resolvia mexer comigo, tudo acabava do mesmo jeito: em sexo. E não seria prudente que isso acontecesse aqui e agora.
Descemos do carro. Já estava quase anoitecendo, o céu estava saindo do seu laranja forte e passando para um azul suave. Seria mais uma bela noite de verão. O segurança veio ao nosso encontro, dizendo que já havia passado na recepção e nós podíamos subir.
E lá fomos nós para o andar mais alto – e agora completamente vazio – do hotel mais caro de Riyahd.
Michael estava terminando de colocar as crianças para dormir, então, resolvi tomar um banho. O dia de hoje tinha sido cansativo; tinha perdido o hábito de viajar.
Sempre viajávamos em família, ou quando meu pai tinha que representar nosso país em algum lugar. Mais então, todos os meus irmãos foram crescendo e se casando, cada um agora estava com sua família, então, eu não viajava já fazia algum tempo.
Deixei a água quente cair sobre meu corpo e meus músculos relaxaram.
Suspirei.
Minha vida havia mudado tanto em menos de um mês. Michael entrará nela e fizera uma verdadeira confusão. Uma confusão boa, confesso. Era como se, antes, eu estivesse perdida e, agora, eu tinha me encontrado porque ele havia chegado até a mim.
Está apaixonada era bom, fazer amor todas as noites era muito bom, e ter Michael como meu namorado era muito, muito bom. Mais, no fundo, eu estava com medo. Estava com medo de meu pai descobrir e não nos aceitar, estava com medo de Michael encontrar uma mulher mais... Mais mulher do que eu, e me largar. Era horrível ter aquele sentimento, mas eu não podia evitar, ele estava ali, perseguindo minha mente e não me deixava sozinha um segundo sequer.
Terminei meu banho, me sequei e coloquei minha camisola. Saí do banheiro secando os cabelos, e encontrei Michael sentando na cama; agora ele me olhava descaradamente.
- Hum... Gostei dessa camisola. – ele disse, sorrindo.
Sorri pra ele.
- Isso é bom... – murmurei.
- Vem cá... – ele bateu em seu lado, na cama.
Fui até ele e me sentei, ele fez um gesto com a mão para que eu me virasse de costas para ele, assim que o fiz ele pegou a toalha de minhas mãos e começou a secar meus cabelos.
- Adoro a cor dos seus cabelos... Te deixa ainda mais sexy...
Ele chegou mais perto de mim e começou a beijar meu ombro, do lado direito, e deixou seus beijos subirem por meu pescoço até chegar a meu ouvido.
- O que foi? – perguntou ele.
Como ele sabia o que eu estava sentindo?
- Nada... – murmurei e dei de ombros.
Ele suspirou.
- Você não sabe mentir, Kahinna. Você está estranha desde cedo... O que aconteceu?
Revirei os olhos e me afastei dele, indo me deitar na cama.
- Já disse que não aconteceu nada, Michael.
Ele se deitou ao meu lado e se apoiou no cotovelo; agora ele estava me encarando e, por um momento, pensei em voltar para a posição de antes.
- Vai ficar escondendo as coisas de mim, agora, é isso?
Encostei mais a cabeça no travesseiro e fechei os olhos. Eu não ia falar pra ele o que estava me atormentando, ele ia me achar uma boba.
Senti ele chegando mais perto de mim, e então sua mão começou a acariciar minha barriga.
- Kahinna, eu sou seu namorado, e não estou aqui só pra fazer amor com você, não pense isso, por favor. – ele disse aflito. – Eu estou aqui com você e para você. Você pode e deve dividir suas aflições e preocupações comigo, pode confiar em mim, estou aqui para te escutar e te ajudar, para te apoiar também, entende isso?
Ele estava tão preocupado, e vê-lo daquele jeito comigo me deixava mais segura.
Balancei minha cabeça, dizendo que eu entendia o que ele estava falando.
Sua mão saiu de minha barriga e foi para o meu rosto. A ponta de seus dedos começaram a passear por minha bochecha, passaram por meus lábios, e chegaram em meu queixo.
- Hei... Olhe pra mim. – ele disse e eu fiz o que ele me pediu. – Diz pra mim, amor, o que está acontecendo?
Mordi meu lábio e resolvi falar logo o que estava me atormentando.
- Michael, seja sincero comigo, sim? – eu perguntei e ele assentiu – Você não vai me deixar por outra mulher, não é?
Ele franziu o cenho.
- O que? Da onde você tirou isso?
- Só me responda, Michael, por favor. – insisti.
Ele revirou os olhos e suspirou.
- Kahinna, é claro que eu não vou te trocar por nenhuma outra mulher. Quantas vezes eu vou ter que te dizer que você é a única mulher que eu amo. – ele me olhou com atenção. – Eu te amo, sua cabeça dura. Só você, nenhuma outra me interessa, sempre será só você.
Olhei pra ele sorri aliviada.
- Eu sei que sou uma boba por pensar assim, mas... – suspirei. – Ah, Michael, as vezes eu me sinto insegura. Penso que, talvez, você possa encontrar uma mulher mais experiente do que eu, ou uma mulher mais interessante e me deixar. – segurei sua mão que estava em meu queixo e beijei a ponta de seus dedos. – Eu não saberia o que fazer se você me deixasse.
Ele sorriu pra mim e chegou mias perto, seu rosto estava de encontro ao meu, agora.
- Isso nunca vai acontecer, meu amor, eu nunca vou deixar você. Você é tudo o que eu quero, é tudo o que eu preciso e nada nem ninguém vai nos separar. – ele disse.
- Meu pai pode nos separar, Michael, e eu tenho tanto medo de que isso aconteça.
Ele balançou a cabeça negativamente.
- Hei, não se preocupe com isso, ok? – ele falou, tranqüilo. – Eu vou conversar com ele e tudo vai se resolver. Nada de mal vai nos acontecer.
- Promete? – perguntei.
Ele sorriu pra mim.
- É claro que eu prometo. – ele falou, baixinho e então me beijou.
Ah, seu beijo... Seu beijo sempre foi desse jeito, ele me tirava de órbita e ao mesmo tempo me colocava no eixo. Me acalmava e me deixava entrar em estado de erupção, ele já estava me excitando, de novo.
Senti sua mão sair do meu rosto e ir descendo, parando no meio das pernas. Michael me tocou ainda por cima da calcinha, enquanto seus lábios migraram para o meu pescoço.
- Vamos estrear um brinquedinho, hoje? – perguntou ele, chupando meu pescoço.
Arfei.
- Vamos... – sussurrei em resposta. – Mais... Qual deles?
Seus dedos puseram minha calcinha um pouco de lado e ele acariciou meu clitóris sem nenhum impedimento.
Como aquilo era bom.
- Plug anal... – ele me olhou. – Você quer?
Mordi o lábio e logo depois sorri.
- É o que eu mais quero agora.
Ele sorriu pra mim e se levantou da cama, indo em direção ao closet.
Abri mais o meu sorriso, hoje a noite prometia.
Capítulo 22
Escutei Michael mexendo em alguma coisa dentro do closet – provavelmente dentro de uma das gavetas – e logo depois ele voltou com alguns objetos em mãos.
Pude identificar o vibrador, o plug – confesso que essa visão fez minha barriga gelar e, por incrível que pareça, fiquei ainda mais molhada – e um frasco.
- Hum... Isso tudo? – perguntei, com um sorriso bobo dançando em meus lábios.
Ele confirmou com a cabeça, sorrindo para mim e colocando tudo em cima da mesinha de cabeceira, ao lado da nossa cama.
- Vem cá... – ele murmurou, me chamando.
Me levantei da cama e logo estava a sua frente. Ele me olhou e me puxou para seu corpo de uma só vez, me colando nele, e me beijou daquela forma que acabava comigo.
Eu poderia ter um orgasmo, só com o beijo daquele homem.
Suas mãos desceram por minhas costas, pararam em meu bumbum e o apertou com força, me fazendo gemer. Ele me deu um tapinha de leve, e então levantou minha camisola, até tirá-la de mim e a jogou em canto qualquer.
Michael me virou de costas, e eu já podia sentir sua ereção crescente em minha bunda, enquanto suas mãos acariciavam minha barriga e subiam até os meus seios.
Primeiro ele encheu sua mão com cada um de meus seios, e logo depois ele apertou os mamilos enrijecidos. Gemi.
- Você sabia, que eu posso fazer você gozar só tocando e sugando seus seios? – ele perguntou em meu ouvido, baixinho.
Aquilo realmente era uma novidade para mim.
- Verdade? – perguntei, quase sem fôlego.
Ele pegou o mamilo do meu seio direito e o apertou, esticando-o e depois soltando. Aquilo era muito excitante.
- Sim... – ele me virou de frente para ele. – Um dia eu ainda vou fazer isso com você, mas, hoje, vamos experimentar outras coisas... – ele disse, com os olhos transbordando de desejo.
Ele me puxou para si, novamente, e me beijou. Só que, agora, ele me arrastava para trás e continuou até que eu caísse na cama.
Me arrastei e me sentei encostada na cabeceira da cama, e Michael chegou perto de mim, se ajoelhando a minha frente.
Ele fez menção de me beijar e então parou, sorriu pra mim.
- Abra as pernas... – sussurrou ele, sua voz sedutora chegando a meus ouvidos.
Mordi os lábios, dobrando minhas pernas e as abrindo; ele se afastou um pouco e pegou em cada um dos meus tornozelos, puxando-me de uma vez só, fazendo-me deitar na cama.
Era incrível como até aquele ato – que na minha concepção poderia ser rude – ele conseguia ser delicado.
Ele sempre era delicado, até quando me amava de um jeito selvagem. E eu amava isso nele.
Ele se inclinou sobre mim e se deitou. Eu podia sentir sua ereção pressionando meu clitóris e sua boca estava quase colada a minha.
Deixei minhas mãos passearem por suas costas até chegarem a sua nuca, e então o beijei com amor, dando a ele tudo o que eu tinha para dar.
Ele mordeu meu lábio inferior, e então me olhou com atenção:
- Você tem certeza que quer fazer isso? – perguntou ele.
Eu podia sentir a preocupação em sua voz; mirando seus olhos, respondi:
- Claro que tenho, Michael... – sorri pra ele. – Como eu disse antes: eu jamais faria algo que eu não quisesse.
- Tenho certeza disso... – ele acarinhou meu rosto – Mais, preste atenção: se você quiser parar, é só pedir, ok?
Assenti.
- Se eu quiser parar eu vou pedir...
Levei minhas mãos até a barra de sua calça e fiz menção de tirá-la, ele sorriu pra mim.
- Sempre apressada, não é? – pergunta.
- Sempre.
Ele passou os braços por minha cintura e então se ajoelhou me levando consigo; agora estávamos ajoelhados e eu tinha total acesso a pouca roupa que ele vestia.
Ele começou a beijar meu pescoço enquanto tocava em meus seios e eu comecei a tirar a calça do pijama que ele vestia.
Em poucos instantes, Michael estava só com a cueca boxer branca, que mal cabia sua ereção. Ele olhou para baixo e pôs seus dedos na lateral de minha calcinha:
- Hum... Hoje eu posso rasgá-la. – ele deu um sorriso safado.
E então, minha frágil calcinha foi para o espaço, sendo rasgada dos dois lados pelas mãos habilidosas daquele homem que sempre me levava a loucura.
- Fica de quatro pra mim... – pediu ele.
Ficar de quatro? Aquilo estava ficando mais excitante do que eu imaginara.
Fazendo o que ele pediu, fiquei de quatro e o vi se levantar da cama e pegar os apetrechos em cima da mesinha de cabeceira. Logo ele estava em cima da cama de novo, do meu lado esquerdo.
Ele apertou meu bumbum e então, seu dedo adentrou ali; passou per meu anus, o pressionando devagarzinho, me fazendo arfar, e deixou seu dedo médio descer, passando por minha entrada molhada, indo ao meu clitóris, 0 acariciando rapidamente e voltando a minha entrada, novamente.
Dessa vez, ele penetrou dois dedos em mim, fortes e rápidos.
Gemi.
- Você nessa posição fica tão excitante, princesa. – ele disse, movimentando seus dedos dentro de mim.
Revirei os olhos de prazer, quando ele meteu-os mais forte dentro de mim.
Como aquilo era bom.
Ele tirou seus dedos de dentro de mim, e então ouvi o barulho de um frasco sendo aberto.
Curiosa, me virei devagar para vê o que era.
- Isso é um lubrificante a base d’água, ok? – ele me olhou. – Eu vou passá-lo em você.
- Aonde? – perguntei. – Lá atrás?
Ele assentiu.
- Vire-se... – ele sorriu pra mim. – Você vai gostar, amor, pode ter certeza.
Abri um sorriso de ansiedade e me virei, ficando de quatro novamente.
Senti a mão de Michael um pouco acima da abertura de meu bumbum, e então, um liquido geladinho começou a cair dentro de minha bunda, deixando meu anus molhado.
Michael espalhou o liquido ali.
O liquido, o toque dele... Tudo aquilo me fazia ficar ainda mais excitada.
Senti a mão de Michael sair de cima de meu bumbum, enquanto ele ainda acariciava meu anus. Um barulhinho começou a soar pelo quarto, e então, ele me tocou.
Michael tinha em mãos o vibrador, e agora ele estava novamente em meu clitóris. Ele o mexia devagarzinho em mim, e aquilo me deixava ainda mais excitada.
Seus dedos saíram de meu anus, e eu estava morta de curiosidade para saber o que vinha a seguir, mordi os lábios reprimindo um gemido, e rebolei para aumentar a fricção do vibrador em meu clitóris.
- Parada, amor... – escutei Michael dizer.
Revirei os olhos de prazer; aquela tortura era lenta e deliciosa.
Senti um objeto bem na entrada de minha intimidade, e Michael começou a movê-lo ali, devagar, quase o penetrando em mim. E então, o objeto subiu e ficou bem na entrada de meu anus.
Ah... O plug anal.
Eu estava tão excitada e relaxada. Completamente louca para experimentar a sensação de ter aquilo dentro de mim.
Devagarzinho Michael o penetrou em mim.
Era uma sensação... Diferente. Gostosa, porém, diferente da sensação de alívio que eu sentia quando Michael penetrava minha vagina.
Senti uma bolinha entrar em mim, e então Michael parou um pouco, logo depois enfiando mais e eu senti a outra bolinha, um pouco maior, dentro de mim.
Ele aumentou os movimentos em meu clitóris, enquanto enfiou o plug mais um pouco, a outra bolinha entrando em mim, me atingindo lá dentro, junto com o movimento e a vibração daquele pênis em meu clitóris... Como aquilo era bom!
- Mais, Michael... – gemi.
Ouvi a risada sexy dele, e me senti mais molhada.
Ele movimentou mais o vibrador e o plug entrou mais em anus, agora a bolinha era maior do que todas as outras. Revirei os olhos de prazer.
Enfiou mais um pouco e a maior bolinha de todas entrou em mim.
- Está tudo bem? – Michael perguntou.
- Sim... Eu quero mais, Michael. – implorei.
Senti o movimento de Michael se abaixando, e então ele beijou minha cintura, logo depois mordiscando meu bumbum.
- Você não tem idéia de como está excitante nessa posição... – ele disse e mordiscou novamente minha bunda – Gostosa.
Gemi.
Michael voltou a posição de antes e aumentou a fricção do vibrador em meu clitóris, e então ele começou a movimentar o plug dentro de mim.
Saindo e entrando, bem devagar, me fazendo relaxar e me apertar automaticamente no mesmo tempo.
A sensação de ter o vibrador em meu clitóris e o plug em meu anus era maravilhosa. Era excitante e satisfatória.
Michael começou a movimentar o plug mais rápido em mim, as bolinhas entravam e saiam mais rápido.
Eu estava quase indo a loucura, e então, Michael tirou o vibrador de mim.
- Ah... Não, Michael... – reclamei.
Ele parou de movimentar o plug em mim.
- Ah... Por favor... – falei.
Ele riu.
- Espere, amor... Você vai gostar. – ele disse. – Não saia dessa posição.
Eu pude ver ele se levantando.
- Hei... Aonde você vai, Michael?
Ele sorriu pra mim e tirou sua cueca. Arfei com a visão de seu pênis completamente ereto.
Ele voltou pra cama e se deitou ao meu lado.
- Vem cá, pra cima de mim... – pediu.
Hum... Aquilo estava ficando interessante.
Me movi um pouco, sentindo o plug ainda dentro do meu anus, e então me fui para cima dele. Coloquei minha perna em cada lado seu corpo e Michael colocou sua mão esquerda em minha nuca, abaixando meu tronco e quase me fazendo beijá-lo, enquanto sua mão direita voltava a mexer o plug em mim. Pude sentir quando ele dobrou suas pernas.
Ele mexeu um pouco a cabeça, e então, me beijou. Acelerou um pouco o movimento do plug em mim e então me penetrou de uma só vez, me pegando de surpresa e me fazendo gemer bem alto.
- Isso, princesa... Geme pra mim...
Ele metia bem rápido em mim, na minha intimidade e em meu anus... Eu estava sendo penetrada duplamente e, sinceramente, eu nunca pensei que pudesse existir um prazer tão forte como aquele que eu estava sentindo.
Sentia o pênis de Michael indo lá no fundo e voltando, e ele fazia questão de sair completamente de dentro de mim e voltar me penetrando com força, enquanto o plug saia e entrava bem rápido de meu anus.
- Michael... Oh meu Deus...
Gemidos já haviam se tornado gritos.
- Ah, baby... Como eu sonhei com isso.... – ele gemia em meu ouvido
- Mais rápido... – gemi.
Eu estava tão perto, meu orgasmo estava tão perto...
E então...
Então....
Michael parou os movimentos.
- Oh, não... Por favor, Michael... – implorei novamente.
- Você quer gozar, amor? – ele perguntou, ofegante, olhando pra mim.
Revirei os olhos.
- Você sabe que eu quero... – encostei meus lábios nos dele. – Oh, Michael... Por favor, não faz isso comigo... – murmurei, baixinho.
Ele mordeu meu lábio inferior.
- Então goza comigo, amor... Goza bem gostoso pra mim.
Dito isso, ele começou a estocar ainda mais forte dentro de mim, na frente e atrás, me fazendo gritar de tanto prazer.
O plug em meu anus me fazia ficar mais apertada, então, eu podia sentir Michael em todos os lugares, me preenchendo e me tocando ainda mais forte e fundo, alcançando aquele ponto que me dava ainda mais prazer.
- Michael... – eu gemia, quase sem voz.
Ele me beijou e então estocou mais duas vezes, forte e rápido, bem fundo.
E então eu explodi. O orgasmo mais forte de toda a minha vida me pegou com uma força total. Eu sentia tudo dentro de mim tremer e se apertar, enquanto meu orgasmo se misturava ao gozo de Michael.
Ele tirou o plug de dentro de mim e me colocou deitada ao seu lado na cama.
E eu tinha certeza que meu sorriso idiota mostrava a ele que eu tinha tido a melhor transa de toda a minha vida.
Capítulo 23
Michael beijou minha testa com carinho e se apoiou em um de seus cotovelos, olhando pra mim.
- Está tudo bem?
Arqueei uma sobrancelha, abrindo ainda mais o meu sorriso idiota.
- O que você acha? – perguntei.
Ele se aproximou mais um pouco de mim, e seu rosto ficou bem próximo do meu; sua boca estava quase se encostando a minha.
- Eu acho que te dei muito prazer... – ele murmurou, sedutor.
Senti um arrepio gostoso passar por minha espinha.
- Pode ter certeza que sim... – mordi os lábios e logo depois sorri – E eu te dei prazer, Jackson?
- Hum... Muito prazer, baby. – ele sorriu e me beijou.
Logo depois se aconchegou em mim e me abraçou bem forte; minutos depois estávamos dormindo.
Um mês depois...
Senti a brisa leve da madrugada bater em meu rosto, me fazendo sentir o forte cheiro da marisia.
Sempre gostei de ficar contemplando a madrugada, parecia que era um momento em que nos sentíamos mais... A sós, com nós mesmos, longe de qualquer coisa ou pessoa que pudesse nos atrapalhar.
Havia se passado um mês desde que começamos a viajar, e, bem, tudo estava maravilhoso.
Iríamos embora na semana que vem, mas confesso que não estou nem um pouco entusiasmada para voltar para casa, por mim, eu ficaria do jeito em que estamos, para sempre. Olhei para trás e vi a casa de praia de meu pai, que ficava em uma ilha bem afastada da cidade; era uma casa bonita, aconchegante, e me fazia sentir falta da minha mãe.
Minha mãe... Sentada na areia, de frente para a imensidão do mar azul, olhei para o céu e sorri com o pensamento, eu sentia muito a falta dela. As vezes, eu ficava me perguntando o que ela acharia se soubesse o que eu estou fazendo, se soubesse que eu não era mais virgem, que eu estava apaixonada por um cara que tinha a idade para ser meu pai, e que esse cara era o Rei do Pop.
Creio que ela não brigaria comigo, na verdade, acho que ela me apoiaria; minha mãe sempre foi a favor de tudo o que vinha do coração.
Ainda estava pensando nela quando senti alguém se sentar atrás.
- Hum... O que está fazendo aqui? Cansou de dormir comigo? – perguntou Michael, passando os braços ao redor da minha cintura.
Sorri quando senti seus beijos em meu pescoço.
- Nunca vou me cansar de dormir com você, seu bobo. – falei.
- Muito bom saber disso... – ele sussurrou em meu ouvido e logo depois sorriu. – E o que você está fazendo aqui.
- Só estou... Pensando na vida.
- E você não poderia pensar na vida ao meu lado, na nossa cama...?
- Poderia, mais eu gosto de observar o mar em plena a madrugada, é gostoso. – me virei um pouco e olhei pra ele – Não quero voltar pra casa.
Ele me olhou, entendendo o que eu queria dizer.
- Também não quero... – ele suspirou – Mais, infelizmente, temos que voltar.
- Eu sei... Michael...
- Sim.
- Posso te pedir uma coisa? – perguntei, hesitante.
- O que quiser, princesa.
Sorri com o modo em que ele falou.
- Eu não quero que você fale com meu pai... Sobre nós dois, assim que chegarmos de viajem. – falei.
Ele me olhou sem entender.
- O que? Por quê?
Suspirei.
- Porque eu gostaria que esperássemos mais um pouco... Acho que ainda não é o momento certo para falarmos com ele.
- Não existe o momento certo, Kahinna. – ele revirou os olhos e logo depois me olhou. – Por que você não quer contar sobre nós para o seu pai? Seja sincera comigo.
Bem... Agora quem não entendeu o que ele quis dizer fui eu.
- Mas eu estou sendo sincera, Michael...
- Não, você não está! – ele disse, ficando nervoso. – Você tem vergonha de mim, é isso?
Deus! Como ele poderia pensar aquilo?
- O que? Não, Michael, claro que não!
- Então é por que, Kahinna? – ele perguntou, quase gritando.
- Hei, abaixe o tom de voz, eu não gosto que gritem comigo! – falei.
Ele me olhou, debochado.
- O problema é seu se você não gosta! – ele exclamou. – Porra, Kahinna, eu só quero que me fale a verdade!
- Eu já disse a verdade! – falei – Eu só quero você espere um pouco, Michael, é só isso...
- Esperar o que, Kahinna? Uma hora ou outra nós teremos de contar a ele, então, pra que esperar? Nós podemos adiar isso para sempre.
Ele estava tão nervoso e bravo... Eu não tinha conhecido aquele lado dele, ainda.
Me afastei e me levantei, ele fez o mesmo e me encarou.
- Esquece o que eu disse, Michael... – falei. – Você não entende!
Dito isso, saí andando, mais eu podia sentir os seus paços atrás de mim.
- Ah não... Você não fugir de mim, Kahinna! – gritou ele.
Segundos depois ele me alcançou.
- Eu realmente não entendo, mais ficaria muito feliz se você pudesse me explicar.
Me virei pra eles, sentindo minha garganta se apertar.
- Droga, Michael, será que não percebe? – perguntei. – O meu pai não vai nos aceitar. Ele jamais aceitaria, e eu não quero perder você, eu... – suspirei e fechei os olhos, sentindo minhas lágrimas caindo. – Eu não posso perder você.
Quando abri meus olhos, Michael me encarava; parecia que a raiva dele tinha ido embora. Ele se aproximou e me abraçou com força.
- Ah baby... Me perdoa... – ele pediu. – Eu sou um idiota por não entender a sua preocupação.
Solucei e ele se afastou um pouco, me olhando e limpando minhas lágrimas.
- Você não vai me perder, entende isso? Eu jamais deixaria você...
- Mais o meu pai, Michael...
Ele pôs um dedo em minha boca, me fazendo parar de falar.
- Eu vou fazer o que você me pediu, vou esperar um pouco, mas, pode ter certeza. – ele me olhou com atenção. – Mesmo que o seu pai não deixe, eu vou lutar por você... – ele se aproximou de mim, colando sua testa na minha. – Eu nunca vou desistir de você. Eu enfrento seu pai, sua cultura, seu país, mais eu jamais vou deixar de lutar por você. Você é a minha vida, você é meu mundo, Kahinna, eu amo você, amo mais do que tudo. – no final, sua voz estava embargada.
Senti meus olhos se encherem de lágrimas, mais dessa vez eram lágrimas de emoção. Nunca, em toda minha vida, eu pensei que escutaria algo tão bonito e sincero de um homem.
- Ah, Michael... – minha voz travou um pouco, mas mesmo assim continuei. – Eu também te amo muito, nunca pensei que pudesse existir um amor tão grande como o que sinto por você. Por isso é que eu tenho medo, medo de meu pai nos impedir de ficar juntos, medo de que você me deixe... Eu não sei o que eu faria se eu perdesse você.
Michael limpou minhas lágrimas e eu passei a ponta de meus dedos de leve em seu rosto, limpando algumas lágrimas dele.
- Você não vai se livrar de mim, baby. Quando eu olhei pra você pela primeira vez eu disse: essa garota vai ser minha. Você é minha e sempre será.
- Sou e sempre serei. – falei.
Ele sorriu pra mim e me beijou com amor, mandando embora todo o medo que ainda existisse em mim e, consecutivamente, expulsando a nossa quase briga de minha memória.
Capítulo 24
Duas semanas depois...
- Ah, queridos, que bom que chegaram! – disse meu pai, assim que descemos do carro.
Ele olhou Prince dormindo em meu colo e Paris dormindo no colo de Michael.
- As crianças estão cansadas, não é? A viagem foi muito longa... – ele falou. – Estava com saudades, querida.
Sorri pra ele, eu também estava com saudades, mais queria continuar na bolha em que Michael e eu estávamos, até hoje a tarde.
- Também estava com saudades, papai.
- E então, Michael, gostou de nosso país?
- Muito... Um dos lugares mais bonitos que já conheci! – Michael disse, sorrindo. – E Kahinna é uma ótima guia turística, então, aprendi sobre várias coisas.
Na verdade, quem tinha aprendido sobre várias coisas naquele meio, era eu. Mais resolvi ficar quieta.
Meu pai sorriu.
- Não disse pra você que Kahinna iria lhe amostrar tudo? – disse meu pai. – Venham, entrem, vocês precisam descansar.
Se meu pai soubesse o tudo que eu havia amostrado a Michael...
Ah, nem quero pensar no que ele faria.
Eram quase uma da manhã, quando eu escutei a porta do meu quarto ser aberta.
Sorri, sabia muito bem quem estava adentrando meu quarto, aquela hora da noite.
Continuei deitada, de costas para a porta, e então, senti um peso a mais na minha cama.
Logo Michael se deitou e me abraçou.
- Hum... Já está dormindo? Nem me esperou... – ele disse, baixinho, em meu ouvido.
Me virei pra ele e o encarei.
- É impossível dormir sem você, Jackson... Já me acostumei com a sua presença na cama.
Ele riu.
- Isso é muito bom. – ele falou e aproximou seu rosto do meu, me beijando logo em seguida.
Mais aquele não era um beijo comigo, era aquele beijo carregado de segundas intenções, prometendo que a noite seria longa e maravilhosa.
Ele mordeu meu lábio inferior e então me olhou.
- Veja só o que eu trouxe... - ele disse, se sentando na cama.
Me sentei também e liguei o abajur que ficava na mesinha de cabeceira. Olhei pra ele e vi que tinha um frasco vermelho em sua mão. Ele o estendeu pra mim e eu o peguei.
- Hum... Óleo corporal? Vai fazer uma massagem em mim, Sr. Jackson? – perguntei.
- Seria bem excitante fazer uma massagem em você, Srta., mas, hoje, vamos fazer algo diferente...
- Nós sempre fazemos algo diferente, Michael. – eu falei rindo, e logo depois ele riu também. – O que vamos fazer hoje?
- Hum... Eu prefiro amostrar, do que falar.
Dito isso, ele veio pra cima de mim e me beijou com força.
Naquele momento, eu já me sentia molhada, completamente excitada. Esse era um dos efeitos do Michael em mim.
Suas mãos foram para minhas pernas, e ele começou a levantar minha camisola, logo a tirando de mim e a jogando em um canto qualquer.
Seus lábios foram para o meu pescoço, beijando desde o final de minha garganta, até parar atrás de minha orelha. Foi impossível conter meu gemido.
Seus dedos se entrelaçaram na lateral da minha calcinha de renda, e em questão de segundos, ela já estava rasgada e fora do meu corpo. E, só agora, eu percebi que eu já estava nua enquanto Michael estava completamente vestido.
Comecei a desabotoar a blusa do seu pijama, e a tirei, logo foi a vez de sua calça e então ele estava somente de cueca a minha frente.
Ele esfregou sua ereção em minha coxa, e então disse:
- Eu quero que me amostre, como você se dá prazer... – ele sussurrou em meu ouvido, e logo depois me olhou.
Franzi o cenho, sem entender o que ele quis dizer.
- Como assim?
Ele mordeu o lábio inferior e disse:
- Eu quero que se masturbe pra mim.
Era até uma proposta interessante... Mais eu nunca havia feito aquilo em toda a minha vida.
- Eu não sei como fazer, Michael... Na verdade, eu nunca fiz isso. – falei.
- Nunca se masturbou? – perguntou ele.
Neguei movimentando a cabeça, e então ele continuou.
- Adoraria te ensinar, você quer aprender?
Sorri pra ele e assenti.
Mesmo se eu não quisesse, eu não ia conseguir negar. Era impossível negar algo para aquele homem.
Ele olhou pra mim, com um sorriso malicioso nos lábios, então pegou o frasco vermelho, que estava em cima da cama.
- Me dê sua mão.
Fiz o que ele pediu, e então, ele pôs um pouco do óleo em minha mão.
- Esfregue uma mão na outra, bem rápido.
Esfreguei e, segundos depois, o liquido ficou quente em minhas mãos.
- Ta quente... – falei, achando tudo aquilo muito excitante.
Michael sorriu e se movimentou na cama, se ajoelhando a minha frente. Ele pôs suas mãos em meus joelhos e os separou, fazendo minhas pernas se abrir.
Arfei com aquilo, agora eu estava completamente exposta pra ele.
- Agora, eu quero que você acaricie o seu pescoço e vá descendo até chegar em seus seios. – ele falou.
Suas mãos estavam acariciando minhas coxas e, sempre que chegava perto de minha intimidade, ele parava e voltava aos meus joelhos, me deixando na expectativa.
Comecei a fazer o que ele me pediu. Parei de esfregar minhas mãos e comecei a acariciar meu pescoço. O óleo quente em contato com a minha pele, fazia meus sentidos ficarem mais aflorados, parecia que eu estava sentindo aquela sensação em dobro.
Desci minhas mãos, passando por meu colo e chegando em meus seios. Os olhos de Michael seguia tudo o que eu estava fazendo.
Antes que ele ditasse o próximo passo, comecei a massagear meus seios, porque meu corpo simplesmente implorava por aquilo.
Ele sorriu pra mim.
- Boa menina... – ele falou. – Você não sabe o quanto está me excitando fazendo isso, baby.
Sorri pra ele e apertei o bico do meu seio direito, gemendo baixinho. Comecei a acariciá-los mais rápido, e eu sentia uma ligação direta com meu clitóris, fazendo-o pulsar, implorando para ser tocado.
Michael olhou para minha intimidade, e eu tenho certeza que ele viu o quanto eu estava molhada.
- Agora, eu quero que você desça sua mão direita pela barriga, até chegar a seu clitóris e se toque, devagar.
Desci minha mão direita, e logo parei em cima de meu clitóris. A minha vergonha tinha sumido naquele momento, e a única coisa que eu sentia naquela hora era tesão. Muito tesão.
Deixei meu dedo médio tocar meu clitóris devagar, fazendo movimentos circulares. Michael apertou minha coxa com força, acho que ele estava se segurando para não me tocar.
Acelerei mais os movimento de meu dedo e apertei mais meu seio, gemendo mais alto dessa vez. Por que eu nunca tinha feito aquilo antes? Quanto tempo eu perdi...
Vi Michael engoli em seco e então, suas mãos saíram de minhas pernas. Ele se levantou da cama, tirando a cueca e logo depois voltou a se ajoelhar na cama, a minha frente.
Ele estava com uma cara tão excitante, seu pênis estava tão ereto... Eu sentia aquela enorme vontade de colocá-lo na minha boca e chupá-lo até levá-lo ao êxtase. Pensar naquilo me deixou ainda mais molhada.
Michael olhou pra mim, mordeu os lábios e então, começou a se tocar, na minha frente. Acho que eu gemi mais por causa daquela visão, do que do prazer que eu estava sentindo.
Vendo aquilo eu aumentei mais os movimentos em meu clitóris, mas só aquilo não era o suficiente pra mim. Eu sabia muito bem o que eu queria.
Sem dar tempo pra Michael reagir, eu me ajoelhei e o empurrei na cama, fazendo-o se sentar no lugar aonde eu estava. Ele se encostou na cabeceira da minha cama e me olhou sem entender. Sorri pra ele e me sentei em seu colo. Peguei seu membro em minhas mãos e o toquei devagarzinho.
- Ah, baby... Sempre me surpreendendo. – ele disse, sorrindo pra mim e vendo o que eu fazia.
Sorri pra ele e me levantei um pouco. Deixei seu pênis entrar em mim, quase até a metade e me apertei em volta dele. Michael gemeu alto e eu o beijei, descendo um pouco meu quadril, fazendo seu membro adentrar ainda mais. Ele pôs as mãos em meu quadril e me dez descer de uma só vez. Senti seu pênis me tocar lá no fundo, me levando ao céu e me trazendo de volta a terra no mesmo segundo.
- Michael... – gemi, começando a me mover em seu colo.
Subindo e descendo, eu sentia seu membro ir lá no fundo, enquanto eu fazia questão de roçar meu clitóris na pélvis dele.
Era muito pra mim.
- Oh... – Michael gemeu, - Goza comigo, baby...
Ele começou a se movimentar mais rápido dentro de mim, e então, poucos segundos depois, eu explodi, sendo seguida por ele.
- Querida, amanhã iremos partir para casa de Joshua, ok? É aniversário dele, essa semana. – disse meu pai, enquanto tomávamos café da manhã.
- Oh, Deus! Eu me esqueci completamente do aniversário dele! – falei, me sentindo uma idiota?
Aonde eu estava com a cabeça pra esquecer do aniversário do meu irmão?
- Pensei isso... – ele disse, rindo – Michael, Joshua está ansioso para lhe receber na casa dele.
Michael sorriu e disse:
- Será um prazer...
Eu queria muito ir ao aniversário de meu irmão, mas a idéia de Michael ir me deixou com um pé atrás.
Iary, esposa de Joshua, era uma vadia.
E eu tinha certeza de que ela não iria perder a oportunidade de dar em cima de Michael.
Ah, mais eu colocaria aquela piranha no lugar dela, se ela ousasse da em cima do meu homem.
Capítulo 25
- Ah, que bom que chegaram! – saudou Joshua, assim que entramos em sua casa. – Seja bem vindo, Michael.
Michael sorriu pra ele e apertou sua mão.
- É um prazer, Joshua.
- E eu, não sou bem vinda a sua casa? – perguntei, cruzando os braços.
Joshua me olhou e riu pra mim.
- Você é sempre bem vinda aqui, e sabe disso! Michael que é a visita, você já é de casa!
Ele chegou perto de mim e me abraçou.
- Estava com saudades, você não para mais em casa! – disse ao meu ouvido.
- Estava viajando com Michael, meu pai pediu para que eu mostrasse o nosso país para ele.
Ele me soltou.
- Se divertiu?
- Muito.
- Gostou de nosso país, Michael? – Joshua perguntou, se voltando para Michael.
- Com certeza, é um lugar maravilhoso.
Joshua sorriu e vi que Iary estava entrando na sala, com seu costumeiro sorriso falso no rosto.
Revirei os olhos.
- Sim, nosso país é lindo. – Joshua disse, pegando na mão de Iary. – Michael, lembra-se da minha esposa, Iary?
Michael a olhou por alguns segundos, e logo depois sorriu, chegando perto dela, pegando sua mão e a beijando.
- Claro que sim, é prazer revê-la.
Estreitei os olhos vendo aquela cena.
- O prazer é todo meu, Michael.
Michael sorriu pra ela e ela sorriu de volta, mordendo os lábios.
Vadia!
- Então, Joshua, vou para o meu quarto! – falei, indo em direção as escadas. – Preciso tomar um banho.
- Não vai falar com Iary, Kahinna? – perguntou Michael, me olhando sem entender a minha atitude.
Olhei pra ele, logo depois olhei para Iary que sempre tinha aquele sorriso maldoso nos cantos dos lábios.
- Não! – falei simplesmente. – E ela sabe muito bem o porque!
Pude ouvir o suspiro de Joshua, e logo depois subi as escadas.
Iary era uma piranha invejosa, desde sempre.
Meu irmão sempre fora apaixonado por ela, desde a adolescência, mais ele era o único que não percebia a vadia que ela era.
Basicamente, comecei a perceber que ela era uma safada quando me interessei por um menino mais velho do que eu.
Eu tinha sete anos na época, e ele tinha quinze, a idade que ela tinha. E, bem, até hoje eu não sei como ela descobriu que eu era interessada nele. Eu só me lembro que ela estava na mesma festa em que eu e o menino estava, então, bem na minha frente ela o puxou e o beijou.
Aquilo acabou comigo e desde então eu nunca mais olhei na cara dela. Quando eu soube que ela ia se tornar a minha cunhada, quase enlouqueci.
Gritei, chorei, esperneei, falei na cara de Joshua que ele seria corno se realmente se casasse com ela, mas ele não me deu ouvidos, pensando que aquilo era apenas ciúmes meu.
E hoje, é bem perceptível que ela continua sendo a mesma vadia que era antes.
Mas com Michael ela não ia mexer. Não ia mesmo!
Cheguei em meu quarto, deixando a mala em algum canto e indo para o banheiro. O aniversário de Joshua era daqui a dois dias. Entre no chuveiro, tomei um banho e me deitei. A viajem tinha me deixado bastante cansada, visto que eu havia acabado de chegar de uma outra viagem a dois dias atrás, então, dormi tranquilamente, sentindo o vento vindo da janela bater em meu rosto.
- Hei... Kahinna, acorde. – sussurrou Michael em meu ouvido.
Ele me balançou mais um pouco e então, abri os olhos.
Me virei e o vi na minha frente, de cabelos molhados. O quarto estava escuro e só a luz do abajur o deixava um pouco mais iluminado.
- Hum... Que horas são? – perguntei, me sentando.
- São, exatamente, uma e meia da manhã.
- O que? – perguntei, assustada. – Eu dormi durante a tarde e a noite toda?
Ele sorriu pra mim e me deu um selinho.
- Sim, e me deixou sozinho...
- Você não esteve sozinho. Tenho certeza que Iary fez questão de lhe fazer companhia durante todo esse tempo. – falei, contrariada.
- Está com ciúmes de mim com a sua cunhada? – ele perguntou, sorrindo.
- Claro! Você não conhece Iary, Michael, ela é uma cobra. Uma vadia!
Ele arqueou uma sobrancelha e riu de mim.
- Você fica linda com ciúmes, meu amor. – disse ele. – Realmente, eu não entendi porque você não falou com ela quando chegamos. Mas Joshua e Iary me explicaram tudo.
- Explicaram é? E o que eles disseram? – perguntei, realmente curiosa.
- Eles me falaram que você não fala com ela, porque tem ciúmes de Joshua. Iary me contou o escândalo que você fez quando soube que eles iam de casar. Que coisa infantil, Kahinna! – disse Michael, me repreendendo.
Olhei pra ele e ri, sarcasticamente.
- E você acreditou que eu não falo com ela só por causa disso?
- Claro, eu sei que você pode ser bem mimada quando quer. – disse ele.
Revirei os olhos.
- Posso ser mimada, Michael. Mas não sou a idiota que eles me descreveram. – falei. – Se eu não falo com Iary, é porque tenho os meus motivos. Ela é uma vadia e eu não suporto saber que ela não vai mudar e vai continuar a ser a piranha que é, traindo meu irmão a vista de todo o mundo!
Michael me olhou, horrorizado.
- Kahinna! Como você pode falar assim da esposa de seu irmão? Pelo amor de Deus, ela é a mãe dos filhos dele, ele são casados a seis anos! Infantilidade tem limites! – falou.
- Ah não, por favor, não me venha querer defender essa vadia!
- Para de chamar Iary assim! Ela é uma mulher decente.
- Nossa, então você realmente passou muito tempo ao lado dela hoje, não é? Pra defendê-la desse jeito...
- Passei sim, eu fiquei o dia inteiro com ela e com as crianças. Ela é uma mãe exemplar, uma mulher maravilhosa...
- Como é que é? – perguntei, moderando o tom de voz, e me levantando da cama. – Uma mulher maravilhosa? É isso mesmo que você falou?
- Sim, foi isso mesmo que eu falei! – ele disse, se levantando da cama e parando a minha frente. – É um absurdo você falar dela dessa maneira! Ela é a esposa de Joshua e você é só a irmã dele, você não pode mandar na vida dele assim. Iary ama o seu irmão, ela me disse que você a magoa muito a tratando desse jeito.
- Ah, eu a magôo muito? – repeti, sarcasticamente. – Você é muito ingênuo, Michael, será que não percebe que ela é uma vadia? Será que não percebe que ela está doida pra transar com você?!
- O que? – ele perguntou. – Repete o que você falou, Kahinna.
- É isso mesmo que você ouviu. Ela é uma piranha que está louca pra dar pra você, enquanto você, que é um lerdo, um retardado, que não percebe isso! – falei, quase gritando.
Michael olhou pra mim, completamente incrédulo.
- Você é louca... – ele disse. – Completamente louca.
- Ah, eu sou louca? Meu querido, eu convivo com essa mulher desde quando eu era criança, sei muito bem com quem eu estou lidando.
- Você é uma garota mimada, prepotente e arrogante, Kahinna. É só isso que você é! – falou ele, apontando o dedo pra mim. – Você não sabe o que fala, fica julgando os outros sem nem ao menos conhecer, entende isso? Entende o quanto isso magoa uma pessoa? Eu entendo porque Iary fica magoada com você, porque você não a conhece e fica julgando ela desse jeito!
Eu o olhei, e então, mirei em seus olhos.
Ele não sabia o quanto estava me magoando naquele momento, mas eu também não iria mostrar isso a ele.
- Tira esse dedo da minha cara porque você não é nada e nem ninguém pra apontar o dedo pra mim. – falei, em um tom baixo e ele me obedeceu. – Já que você gostou tanto dela, já que a conhece tão bem, ou melhor, já que ela disse que está tão magoada comigo, porque você não vai lá, ficar com ela? Tenho certeza que ela adoraria ter sua companhia, durante o resto da noite.
- Eu não vou ficar com ela, porque ela é uma mulher casada, e tem o marido dela pra consolá-la. – ele disse. – Mas também não vou ficar com você, porque você não merece isso.
Olhei pra ele e ri.
- E quem disse que eu te quero aqui?
- Ah, você não me quer aqui?
- Não! – falei. – Não quero, não depois de tudo o que você me falou!
- Depois de tudo o que eu te falei? Kahinna, eu só disse a verdade! Porra, por que você é tão mimada? Por que é tão infantil?
- Por que você é um idiota? – falei, um pouco mais alto do que ele.
- Idiota? Eu?
- É Michael, você é um idiota! Um idiota que não percebe que aquela puta ta doida pra dar pra você!
- Porra, cala a boca, Kahinna! – falou ele. – Por que você fala tanta merda em uma única frase? Como consegue isso?
Engoli em seco e senti meus olhos se enxerem d’água.
Balancei a cabeça, eu não iria chorar na frente dele, não iria!
- Quero que saia do meu quarto Michael, agora. – falei.
Ele me olhou e por um momento, eu vi um vestígio de arrependimento em seu olhar.
Mais tão rápido quanto veio, foi embora.
- Ok. – ele disse. – Amanhã de manhã Iary, seus sobrinhos, eu e meus filhos vamos dar um passeio. – ele me olhou. – E não, você não está convidada.
Dito isso ele se virou e saiu do meu quarto.
Me sentei na cama e permiti que as lágrimas caíssem; eu ainda não acreditava que ele tinha dito tudo aquilo pra mim. Não acreditava sobre como ele podia ser tão bobo e idiota e, ao mesmo tempo, falar todas aquelas coisas sobre mim e pra mim.
Mas eu sabia que mais cedo ou mais tarde Iary iria dar o bote e largar aquela imagem de santa. E sabia também que Michael viria até a mim, me pedindo desculpas e falando que me amava e que estava arrependido.
Mas eu não iria ligar, porque, naquele momento, eu já me considerava uma mulher solteira.
Completamente livre e desimpedida pra fazer o que eu quisesse.
Capítulo 26
Michael se olhou no espelho mais uma vez, passando a mão pelo blusão que usava.
Bufou de ódio.
Ele não entendia como Kahinna podia ser tão infantil ás vezes. As coisas que ela disse ontem não saiam de sua cabeça; e as coisas que ele disse a ela também não.
Estava arrependido, de certa forma, mandar Kahinna calar a boca não foi algo bom de sua parte, mas ela o deixava nervoso. Estava arrependido mais não pediria desculpas, ela errou muito mais do que ele no meio de toda aquela discussão.
Suspirou e saiu de seu quarto, não estava animado para o passeio que faria com Iary, mas iria, ele sabia que se não fosse seria muito pior, porque ele, com certeza, ficaria tentado a ir até Kahinna e lhe pedir desculpas, então, era bem melhor manter a cabeça e o corpo ocupado, pelo menos por um instante.
- Meu Deus! Brincar com essas crianças cansa, não é mesmo? – perguntou Iary,
Michael deu um sorriso simples e concordou.
Ao longe viu seus filhos entrarem na casa de Iary, junto com os filhos dela.
Michael suspirou e entrou, se sentando no sofá e se perguntando aonde Kahinna poderia está, visto que já estava quase anoitecendo.
- Estou te sentindo tão distante, Michael. Aconteceu algo?
- Não, quer dizer, nada de importante.
Iary segurou a mão dele entre as suas e a apertou.
- Pra qualquer coisa que precisar, estou aqui, está bem Michael? Gosto muito de você.
Michael deu um sorriso agradecido.
- Obrigado, Iary. Você é muito gentil.
Iary sorriu pra ele e se aproximou mais um pouco.
- Só gentil? – perguntou ela, tentando fazer uma voz sedutora.
Michael franziu o cenho sem entender.
- Hum... Não entendi...
- É só isso que eu pareço ser pra você Michael? Só pareço ser gentil?
Michael se afastou um pouco dela, e ela chegou mais para o lado dele.
- Aonde quer chegar, Iary?
Ela sorriu pra ele e, com a ponta dos dedos, começou a acarinhar a perna de Michael, quase chegando a altura de seu membro e voltando.
- Você sabe aonde eu quero chegar, Michael. – ela olhou pra ele e depois olhou a sua volta, não encontrando ninguém. – Eu desejo você. Desejo muito.
Dito isso, ela pôs suas duas mãos no rosto de Michael e o beijou.
Eu estava saindo do escritório de Joshua, aonde meu pai se encontrava.
Ele havia me deixado ir a festa de Hanna, e aquilo me deixou um pouco mais feliz; eu precisava mesmo me distrair.
Pensando nisso, comecei a andar indo em direção a escada, quando uma cena me fez parar brutalmente.
Michael e Iary estavam sentados no sofá, se beijando.
Estreitei os olhos e balancei a cabeça, tentando afastar a imagem, mas aquilo não era uma miragem, era de verdade.
Eles estavam lá, aos beijos, e Michael parecia está gostando daquilo, visto que suas mãos estavam na cintura dela. Senti um nó se formar em minha garganta. Eu não merecia aquilo, com certeza não merecia!
Aquele mentiroso... Eu sempre soube que ele iria me trocar por outra mulher, sempre soube, mas vê-lo com Iary... Justamente com Iary!
Limpei as lágrimas que começaram a sair de meus olhos e subi as escadas correndo, indo em direção ao meu quarto.
Eu iria para festa de Hanna, e faria questão que Michael me visse saindo da casa de Joshua, com um sorriso no rosto, mostrando pra ele que eu não me importava com aquilo!
Michael arregalou os olhos diante a atitude que Iary estava tendo. Ela, então, forçou a língua dela na boca dele, e o beijou com força.
Michael pôs as mãos na cintura dela e então a empurrou.
- Você ficou maluca? – perguntou ele, se levantando e limpando a boca com as costas da mão.
- Ah, Michael, vai dizer que não gostou? – ela disse, sorrindo pra ele com cara de safada.
Nem de longe parecia com aquela mulher que ele conhecera.
- Claro que eu não gostei! Você é louca? Você é uma mulher casada!
- Uma mulher casada, que arde de desejo por você!
- Pois saiba que entre eu e você não vai acontecer nada! – Michael começou a andar de um lado para o outro, passando a mão pelos cabelos. – Bem que Kahinna me avisou, bem que ela disse que você era uma piranha.
- Ah, Kahinna é só uma fedelha que não sabe de nada.
Michael olhou pra ela e Iary se assustou com a raiva que viu em seus olhos.
- Lava essa sua boca podre antes de falar de Kahinna, ouviu bem? – ele disse, em um tom baixo e assustador. – Eu quero você longe dela e longe de mim, entendeu isso? Se não, eu conto pro seu marido o que aconteceu aqui.
Iary riu.
- E você acha que ele vai acreditar em quem? Em mim, que sou a mulher que ele ama, ou em você, que é um cara que ele mal conhece?
- Mas sempre podemos plantar a semente da discórdia, não é mesmo? – ele falou.
Iary engoliu em seco.
Michael não disse mais nada e foi em direção as escadas. Precisava falar com Kahinna e lhe pedir perdão, por tudo.
Estava terminando de passar o lápis de olho quando sinto minha porta ser aberta em um supetão.
Olhei pelo espelho e pude ver que era Michael. Ele parecia surpreso em me ver.
- Por que está com essa roupa? Vai dançar? – perguntou, entrando em meu quarto e fechando a porta.
Olhei pra mim mesma no espelho, mexendo na saia em que eu vestia. Estava bonita, na verdade, eu estava usando a roupa que Michael me dera, no dia da nossa primeira vez.
- Creio que isso não é da sua conta. – falei, pegando o estojo de sombras, escolhendo uma e passando em minha pálpebra.
Ele suspirou.
- Kahinna, por favor, eu só te fiz uma pergunta.
- E eu respondi, falando que isso não é da sua conta.
- Tudo o que você faz é da minha conta.
Coloquei o estojo em cima da mesa de penteadeira e comecei a escolher um batom.
- Na época em que estávamos namorando, até poderia ser, mas agora, que estou separada de você, com certeza não é mais!
- Que está... Que está separada de mim? – pergunta Michael. – Quando foi que nós terminamos? Não me lembro de termos essa conversa.
- Terminamos no momento em que você saiu pela porta do meu quarto, ontem a noite. – falei, começando a passar o batom
- Foi você que me expulsou daqui, se não se lembra.
Coloquei o batom de volta na mesa e me virei pra ele.
- Isso mesmo, eu te expulsei daqui e logo depois decidi que eu estava solteira. – falei. – Até porque, pra que eu vou querer um namorado que prefere sair e beijar na boca de piranhas ao invés de ficar comigo? Com toda certeza, eu prefiro está solteira a ter um namorado assim.
Ele me olhou, parecendo surpreso.
- Oh, não fique surpreso, querido. Eu vi você e Iary se beijando lá embaixo, a algum tempo atrás.
- Kahinna... – ele chegou mais perto de mim e eu dei um passo para trás. – Não é nada disso que você está pensando.
- Isso soa um tanto quanto clichê, você não acha? – falei
- Por favor, Kahinna, me deixa explicar o que aconteceu!
- Hum... – olhei para o relógio digital que ficava na cabeceira da cama e logo depois me virei pra ele. – Tudo bem, ainda tenho tempo.
- Foi ela quem me beijou. – ele disse. – Durante todo o dia não aconteceu nada, eu juro, então, de repente, quando chegamos aqui ela começou a falar que me desejava e então me beijou. Eu não retribui o beijo, pelo contrário, eu a empurrei, eu não quis aquilo, eu juro! – ele suspirou. – Por favor, me desculpe pelo o que aconteceu ontem, me desculpe por ter sido tão idiota, por não ter acreditado em você. Eu fui um idiota, falando tudo aquilo pra você, enquanto aquela mulher... Enquanto aquela piranha fingia que era uma mulher decente, me perdoa Kahinna, por favor.
Ele me parecia arrependido de verdade, mas, eu não iria cair naquela conversa, não iria mesmo.
- Hum... Interessante. – falei. – Bem, Michael, seu discurso foi realmente comovente, mas agora eu tenho que ir. Você sabe, não é muito legal chegar tão tarde na festa dos outros...
- Festa? – perguntou ele.
- Sim, festa. Hoje é aniversário de uma amiga minha, ela vai fazer festa a fantasia, e como eu não tinha me planejado pra ir a festa dela, tive que por essa roupa que eu acabei trazendo, sem querer, para cá.
Michael riu.
- Você acha mesmo que vai a algum lugar? Ainda mais vestida desse jeito?
- Eu não acho, eu vou. É diferente. – falei, sorrindo. – Agora, se você pudesse sair da minha frente, eu realmente agradeceria...
- Você não vai a lugar algum! – ele disse.
- E quem vai me impedir? Você?
- O seu pai, por um acaso, sabe dos seus planos?
- Tanto sabe como me deixou ir. – falei. – Tem como sair da minha frente, Michael?
Ele veio andando até a mim, e, em segundo, me puxou pela cintura e me encostou nele.
- Você é minha, Kahinna. E se eu disse que você não vai, é porque você não vai, consegue entender isso? – perguntou.
- Eu não sou sua, Michael. E se eu estou dizendo que eu vou, é porque eu vou, consegue entender isso? – perguntei, o empurrando e saindo do quarto.
Consegui o escutar xingando um “porra”, mas não dei importância.
Eu só queria sair, dançar, me divertir e esquecer Michael Jackson.
Capítulo 27
Estava terminando de descer as escadas quando vejo Joshua.
Ele me olhou de cima a baixo e então disse:
- Aonde você vai?
- Vou a festa de Hanna.
- E quem seria Hanna?
- É uma amiga minha. Estudamos juntas, ano passado, e ela me convidou pra ir a festa dela.
- E papai sabe que você vai?
- Claro que sei! – disse meu pai, entrando na sala. – Está linda, querida. Divirta-se.
- Obrigada papai. – falei, indo até ele o beijando no rosto.
Ele sorriu e eu abracei Joshua.
- Até mais tarde.
Saí da casa de Joshua e entrei no carro, o motorista deu partida e seguiu para festa de Hanna.
A festa estava cheia.
Cada pessoa estava fantasiada, e tinha algumas que estavam bem estranhas. Lalit estava fantasiada de Mamãe Noel, e nós riamos de algumas garotas que estavam ridículas.
- Hei, olha aquilo. O garoto está fantasiado de Michael Jackson! – disse ela, apontando para um garoto baixinho.
Dei de ombros.
- Hum... Por falar em Michael Jackson, como vocês estão? – perguntou ela.
- Eu estou bem, já ele... Por mim tanto faz como ele está ou não! – falei, cruzando os braços.
- Você me disse que contaria todos os detalhes da viajem que fez com ele, estou esperando você começar a falar.
Suspirei.
- Quer mesmo saber?
- Claro!
- Ele me pediu em namoro, na viajem.
- Não acredito! – ela gritou, pondo a mão na boca. – E você aceitou, não é mesmo?
- Sim... – falei.
- Nossa, quanto entusiasmo...
Bufei.
- Aceitei e agora estou solteira! Por isso estou tão entusiasmada, Lalit!
- Ele terminou com você?
- Eu terminei com ele!
- Por que, Kahinna? Ficou louca? – perguntou ela.
- Porque ele é um idiota, você acredita que eu peguei ele e Iary aos beijos, hoje a tarde?
Ela arregalou os olhos.
- Não acredito... Ele é um safado!
- Sim, é um safado, sem vergonha! – falei, batendo o pé. – Estou com tanta raiva dele!
- Não é pra menos, né... Mas, me diga uma coisa, você e ele já... Quero dizer, vocês transaram?
Olhei pra ela e mordi o lábio, nervosa.
- Promete não contar para ninguém? – perguntei.
- Claro, Kahinna, sou sua melhor amiga!
- Sim, nós fizemos amor. – falei, sentindo meu rosto esquentar.
- Na viajem?
Assenti e ela sorriu.
- Que lindo amiga! E foi bom? Fizeram quantas vezes?
- Foi muito bom! – falei, sorrindo. – Fizemos muitas vezes, tantas que já perdi as contas!
- Oh meu Deus... – ela disse, rindo. – Mas e agora, amiga? Você não é mais virgem e não está mais com ele...
- Sabe, Lalit, eu não quero pensar em nada, agora. Na verdade, - me levantei da cadeira e a puxei para que se levantasse também. – Só quero dançar e me divertir.
- Então, vamos dançar e nos divertir! – falou rindo, me puxando para a pista de dança.
- Ah, pai, eu ainda acho que o senhor fez errado em deixar Kahinna ir a essa festa. Nem conhecemos essa garota! – disse Joshua.
- Também acho que você fez errado, Abdullah, o mundo lá fora é tão perigoso, não devemos confiar em deixá-la sozinha assim. – disse Michael.
Michael, Joshua e Abdullah estavam na sala, conversando. Joshua tentava convencer Abdullah a ir buscar Kahinna e Michael o ajudava.
O que ele mais queria naquele momento, era ter Kahinna perto dele e só a idéia de que ela estava sozinha naquela festa, o deixava louco de ciúmes e preocupação.
- Kahinna já tem dezoito anos, está na idade de sair e se divertir. Não vejo mal algum nisso. – diz Abdullah.
- Sim, ela já está na idade de sair e se divertir. Mas você tem que conhecer o lugar aonde ela está indo. – disse Michael.
- Michael está certo, nem ao menos conhecemos essa tal de Hanna.
Abdullah ficou um tempo calado. Talvez Michael e Joshua estivessem certos. Ele nem conhecia a menina, e hoje em dia tudo estava perigoso demais.
Ele suspirou.
- Tudo bem, vocês tem razão. – disse ele. – Foi imprudente de minha parte, deixar Kahinna sair sozinha.
- Até que enfim o senhor percebeu isso! – disse Joshua.
- Se vocês quiserem eu posso ir buscá-la. – disse Michael, querendo parecer solidário.
Na verdade, ele queria é saber aonde Kahinna estava metida, e com quem ela estava.
- Faria isso, Michael? – perguntou Joshua.
- Claro! – disse ele.
- Obrigado meu amigo. Confio em você, sei que trará Kahinna de volta em segurança. – disse Abdullah.
Michael sorriu e se levantou.
- Só vou trocar de roupa. – disse ele.
- Peça a chave do carro para Bahuan, nosso motorista. Ele está lá fora. – disse Joshua.
Michael assentiu e saiu da sala. Chegando em seu quarto ele pôs uma calça jeans preta, uma camisa de meia manga também preta e um boné. Desceu as escadas e saiu da casa, pegando o carro seguido o endereço dado por Abdullah.
Traria Kahinna de volta para casa, nem que tivesse de arrastá-la de lá.
Ou não se chamava Michael Jackson.
Capítulo 28
Realmente eu estava me divertindo!
Era engraçado dançar no meio de todas aquelas pessoas, umas dançavam muito, outras não dançavam nada.
A festa estava boa, divertida até, mas eu não conseguia ficar concentrada ali por muito tempo. Toda hora a imagem de Michael aparecia na minha mente, o que me deixava dispersa. Era horrível ficar longe dele.
Era horrível ficar brigada com ele.
Mas ele merecia aquilo.
- Hei, Kahinna, olha aquele cara ali. – disse Lalit, me puxando pelo braço e me fazendo olhar pra onde ela apontava.
Meu coração deu um pulo.
- Aquele dali não é o Michael? – ela perguntou.
Engoli em seco, vendo-o todo de preto andar na minha direção.
- É... – murmurei.
- Mas, o que ele está fazendo aqui? Ele é louco? Se reconhecerem ele, com certeza, ele estará ferrado! – ela disse.
- Sim, ele é louco! – falei.
Olhei pra ele, que ainda estava um pouco longe de mim, e vi que ele tinha raiva nos olhos ao me olhar.
Aquilo não ia acabar bem, eu podia sentir.
- Eu tenho que sair daqui! – falei, me virando e começando a andar por entre as pessoas.
- O que? Aonde você vai Kahinna? – Lalit perguntou, vindo atrás de mim.
- Sei lá, vou me esconder, mas ele não pode me ver! – falei. – Fique aqui, se você vier comigo, vai ser mais fácil dele me reconhecer.
- Kahinna, não, eu vou com você!
- Lalit, por favor... – pedi.
Ela suspirou.
- Tudo bem, mas tome cuidado, ok?
Assenti.
- Vou tomar.
Logo depois disso, comecei a andar por entre a multidão.
Eu estava procurando a saída, mais o lugar era enorme e tinha muito gente, era impossível achar algo no meio de todas aquelas pessoas. Continuei a andar e a pedir licença, logo depois olhei pra trás e vi que Michael tinha desaparecido.
Suspirei em alívio e comecei a andar novamente, mas não foi um movimento muito certo, quando dei o meu primeiro passo, esbarrei de frente com alguém.
- Me desculpe... – falei.
Mais aquele cheiro...
Eu reconheceria aquele cheiro em qualquer lugar!
- Achou que ia fugir de mim, baby? – perguntou Michael.
Abri a boca pra falar algo, mas antes que a minha voz pudesse sair, Michael me pegou pelo braço e começou a me puxar, andando por entre a multidão.
- Me solta, ta ficando louco? – perguntei, tentando puxar meu braço.
- Fica quieta e vamos embora comigo! – disse ele.
- Eu não vou a lugar algum com você, eu vou ficar aqui!
Pude ouvir a risada dele.
- Isso é o que nós vamos ver.
Ele continuou a me puxar, e nada do que eu falasse o faria parar; e aquilo era uma certeza.
Tentei puxar meu braço novamente mais desisti. Ele estava irredutível e muito, muito bravo!
Por fim, ele conseguiu achar a saída, e então, pude respirar ar puro, mas não por muito tempo, ele continuou a me puxar, indo em direção ao carro preto, que pude reconhecer rapidamente.
- Você veio com o carro de Joshua? – perguntei.
- Não, Kahinna, eu vim a pé e vou te levar carregada nas minhas costas! – ele disse, completamente sarcástico.
Estreitei os olhos e vi que ele tinha afrouxado a mão que apertava o meu braço, foi a minha chance.
Me soltei dele, e comecei a andar em direção a estrada, que estava molhada por causa da forte chuva que caia. Em segundos, eu estava encharcada.
- Kahinna volta aqui! – escutei Michael gritar.
Mas nem lhe dei ouvidos, ele que se fodesse, estava pouco me importando.
Eu estava com tanta raiva! Eu odiava quando me tratavam que nem uma criança e era exatamente isso que ele estava fazendo agora.
Continuei a andar, mas logo depois o carro chegou perto de mim, e começou a andar devagar ao meu lado.
- Kahinna entra aqui, agora. – ele disse, com a voz contida.
Olhei pra ele e lhe mandei o dedo do meio, continuando a andar, sem me importar com seus apelos.
Pude ver quando ele socou o volante do carro. Sorri, me sentindo um pouco vitoriosa, mas não por muito tempo.
Michael acelerou o carro e parou mais a frente. Ele saiu e ficou me esperando do lado de fora. Agora eu não tinha saída. Aquela era a única estrada que me levava para casa, ou seja, eu só podia ir em uma direção; em frente. E para eu fazer isso, eu tinha que passar por ele. Bufei de ódio e pude ver um sorrisinho aparecer nos lábios dele.
Michael, agora, estava completamente molhado e aquilo fazia com que ele ficasse tão sexy!
Droga! Eu estava com raiva, molhada, irritada e muito excitada! Merda, alguém podia me dizer que feitiço é esse que esse homem tem?
Levantei um pouco a minha saia, e continuei e a andar, Michael deu a volta no carro, ficando parado um pouco a frente da porta do carona, ele se encostou ali e cruzou os braços, me esperando. Já estava chegando perto dele, e, por um momento, pensei que ele me deixaria passar direto por ele. Mas isso não aconteceu, quando eu ia passar por ele, ele segurou meu braço e me puxou, me fazendo ficar parada na frente dele.
- Pensou que ia para onde? – ele perguntou.
- Tem como você me soltar?
- Pra você fugir de novo? – ele perguntou e balançou a cabeça. – Nada disso. Eu não sou fã de brincar de gato e rato, Kahinna. Eu gosto das coisas do meu jeito.
- Foda-se! – gritei.
Ele arqueou uma sobrancelha.
- Crianças não podem xingar, baby, é feio!
- Eu não sou criança!
- Mas está agindo feito uma! – falou, mais alto do que eu.
- Engraçado, na sua cama eu não ajo feito criança, não é mesmo? – perguntei, sarcástica.
- Claro, na minha cama, eu te faço mulher! – disse ele.
Droga, ele sempre tinha uma resposta na ponta da língua!
Mas eu também tinha.
- Qualquer homem pode me fazer mulher, querido. Você não é o único homem no mundo.
Vi a raiva crescendo em seus olhos.
- Só eu posso te fazer mulher, Kahinna, porque você é minha. Você me pertence e nenhum filho da puta vai tocar em você!
- Eu não sou sua, Jackson, dá pra você entender isso? – gritei.
- Ah, você não é minha? – perguntou.
- Não!
Ele sorriu.
- Isso é o que nós vamos ver. – disse ele.
Logo depois, atacando os meus lábios com força.
Capítulo 29
Michael soltou o meu braço e me puxou pela cintura, fazendo com que o meu corpo colasse no dele.
Arfei e senti sua língua pedindo passagem, mas eu não queria beijá-lo. Pena que meu corpo não me obedecia.
Abri minha boca e senti sua língua adentrar, me acariciando em todos os cantos possíveis, me fazendo ficar mais molhada e excitada. Não tinha jeito.
Aquele homem mandava em mim e em meu corpo, e sim, eu era dele.
Totalmente dele!
Passei meus braços por seu pescoço e arranhei suas costas. Ele sorriu entre meus lábios e desceu sua cabeça para o meu pescoço, chupando-o com força.
- Michael... – gemi.
- Isso, gostosa, geme meu nome, geme bem alto! – disse ele.
Ele voltou sua atenção para os meus lábios, e suas desceram até meu bumbum, cada mão em uma nádega, apertando com força, me fazendo arfar. Ele começou a andar para trás, me arrastando com ele, e parou quando me encostou no capô do carro. Eu ia me sentar, mais ele me impediu.
- Ainda não... – sussurrou ele.
Michael me deu um selinho e então, se agachou a minha frente.
Ele beijou minha barriga desnuda e senti suas mãos por dentro da minha saia, logo depois, minha calcinha já estava fora do meu corpo.
Ele guardou minha calcinha no bolso traseiro de sua calça jeans, e pôs sua mão em meu tornozelo direito. Ele se ajoelhou a minha frente, sem se importar em sujar sua calça de lama ou não, e então, levantou meu pé direito, me puxando, até que meu joelho ficasse pendurado em seu ombro.
Como minha saia era completamente aberta um pouco abaixo da minha cintura até o pé na minha perna direita, ficou bem fácil ele fazer aquilo.
Michael olhou pra mim e sorriu.
- Vamos ver se você já está molhadinha pra mim, princesa.
Ele levou o seu dedo médio até a minha intimidade, desde a minha entrada até o meu clitóris, espalhando a minha lubrificação por toda a minha vagina.
- Ah, amor... Do jeitinho que eu esperava. Do jeito que eu gosto de ver você, toda excitada pra mim. Pro seu homem. – ele disse, com a voz rouca de desejo.
Arfei, jogando a cabeça pra trás.
Ele começou a beijar a parte interna da minha coxa direita, chegando na minha virilha e a mordiscando. Logo depois ele chegou no centro do meu corpo.
- Quer minha língua aqui Kahinna? – perguntou ele.
Ah não... Ele ia me torturar!
- Ah Michael... – gemi e olhei pra ele. – Você sabe que sim...
Ele sorriu.
- Então me pede amor, pede pra mim, vai... – ele disse, passando seu dedo devagarzinho no meu clitóris.
- Ah Michael, por favor... – pedi, jogando a cabeça pra trás e abrindo a boca para respirar, sentindo a chuva forte molhar todo o meu rosto.
- Por favor o que, gostosa? Se você não pedir, eu não vou fazer... E nem vou deixar você gozar...
- Mike... – gemi, sentindo seus dois dedos beliscar meu clitóris. .
Ele sorriu pra mim e beliscou de novo; eu sentia minha lubrificação escorrer pela minha perna.
Eu estava tão excitada, não agüentava mais aquele tormento todo, então, voltei a olhá-lo e arranquei o boné da cabeça dele, jogando em qualquer lugar, logo depois, agarrei o cabelo dele entre meus dedos e o fiz olhar pra mim.
- Eu quero que me chupe Jackson. Agora! – falei.
Primeiramente eu vi a surpresa passar por seus olhos, mas logo depois ele sorriu.
- Ah, gostosa, sempre me surpreendendo... – ele disse. – A propósito, seu desejo é uma ordem, princesa.
Dito isso, ele abaixou sua cabeça e eu senti sua língua passear devagarzinho por meu clitóris, logo depois ela desceu e foi até a minha entrada e quando voltou, ele me chupou. Com força.
- Ah, assim, Michael... – gemi, largando a cabeça dele e jogando a minha pra trás.
Senti seu sorriso na minha intimidade e logo depois, ele pôs dois dedos dentro de mim, estocando com força. Sua língua voltou a percorrer meu clitóris e seus dentes me mordiscavam, me fazendo gemer mais alto.
Tê-lo ali, na chuva, agachado entre as minhas pernas, me chupando, fazia tudo ficar ainda mais excitante.
Ele tirou seus dedos de mim e os colocou novamente, penetrando-os com mais força, enquanto seus lábios me sugavam, eu estava tão perto de alcançar o prazer...
Tão perto... E então...
Ele para os movimentos e se levanta.
- O que... – murmurei. – Michael!
- Ah não, gostosa... Eu quero que goze junto comigo!
Michael se agachou novamente, e subiu, levantando toda a minha saia, quando ela estava a cima da minha cintura, ele me fez sentar no capo do carro.
A chuva estava forte e a estrada estava deserta, mais eu sabia que corríamos o sério risco de sermos pegos.
- Michael... Alguém pode nos ver... – falei, sentindo seus beijos em meu pescoço.
Revirei os olhos de prazer.
- O perigo deixa tudo mais excitante, amor.
Sorri. Ele tinha razão, e só de saber que alguém poderia nos ver me deixava ainda mais excitada.
Que homem!
Ele mordiscou meu pescoço, mais eu estava muito excitada para esperar mais tempo. Coloquei minhas mãos na calça dele e desabotoei o botão, logo depois descendo o zíper. Ele parou o que fazia e começou a me olhar.
- Sempre apressada... – murmurou ele, com um sorriso nos lábios.
Sorri e abaixei sua calça junto com a cueca. Seu pênis ereto pulou pra fora, deixando minha boca cheia d’água.
Michael pôs suas mãos em minha cintura e me puxou pra ele, quase me deixando fora do capo do carro.
- Você. É. Minha. – disse, logo depois, entrando em mim com força e rapidez.
Gritei jogando a cabeça pra trás, sentindo meu sexo abrigar o membro de Michael. Como aquilo era gostoso.
Michael saiu de dentro de mim, sua mão esquerda veio para o meu rosto, me fazendo olhar pra ele.
- Você é de quem, Kahinna? – perguntou ele.
- Michael... Por favor... – gemi, não agüentava mais aquela tortura.
- Você é de quem, Kahinna? Se não me responder, eu não vou fazer amor com você... – disse ele.
- Sou sua, Michael! – falei, levando minhas mãos até o rosto dele. – Só sua, meu amor. Só sua e de mais ninguém.
Ele sorriu e me beijou.
- Eu amo você. – disse ele.
Sorri e ele me penetrou, devagar dessa vez, mais logo depois aumentou seus movimentos dentro de mim. Joguei a cabeça pra trás, sentindo a chuva gelada bater em meu rosto, enquanto Michael gemia em meu pescoço se movimento, fazendo seu membro ir lá no fundo do meu ser, alcançando aquele ponto que mais me dava prazer.
Gemi alto quando ele saiu de mim novamente e entrou com força. Me apertei em torno dele e ele pulsou em resposta pra mim.
- Goza meu amor, goza bem gostoso vai... – disse ele, me beijando.
Comecei a movimentar meu quadril em busca de mais prazer e então, explodi, libertando um dos melhores orgasmos da minha vida, sendo seguida por Michael.
Ele olhou pra mim e me beijou com força. Sorri.
Sim, eu era dele, e sempre seria.
Capítulo 30
Michael estava com seus lábios em meu pescoço, esperando sua respiração se acalmar.
Sorri, sentindo sua respiração quente bater na minha pele fria por causa da água da chuva.
- Viu como você é só minha, baby? Viu como seu corpo corresponde ao meu? – ele disse ainda em meu pescoço e logo depois riu. – Não tem jeito, Kahinna, eu sou seu dono.
Meu sorriso se desfez automaticamente.
Então era isso. Ele só havia feito amor comigo pra esfregar na minha cara que eu era dele?
Um nó se instalou na minha garganta, ao relembrar a última frase dele. Ele estava me tratando como um objeto ou era impressão minha?
Michael se desencostou de mim e pôs sua cueca, logo depois a calça. Ele pôs a mão no seu bolso traseiro e pegou minha calcinha.
- Acho que não seria prudente você chegar à sua casa sem calcinha, não é? – ele disse, sorrindo pra mim.
Mais eu não estava com vontade de retribuir aquele sorriso. Minha única vontade naquele momento era de chegar à casa de Joshua, tomar um banho quente, me jogar na cama e chorar.
Chorar por causa da forma estúpida que Michael estava me tratando naquele momento.
Peguei minha calcinha e a vesti, logo depois entrei no carro, sem esperar que Michael fosse costumeiramente cordial e abrisse a porta do carro pra mim. Ele entrou logo depois de mim e deu partida no carro, começando a andar pela estrada deserta. Encostei a testa na janela, observando a chuva ficar fraca.
- Está tão quieta... O que você tem? – perguntou ele.
- Nada... – eu sabia que só aquela resposta não seria o suficiente pra ele, por isso completei. – Só estou com frio.
Ele pôs a mão na minha coxa e a acariciou.
- Daqui a pouco estaremos em casa. – ele disse e logo depois retirou sua mão de onde estava, voltando a atenção para a estrada.
O resto do percurso foi feito em silêncio.
Agradeci silenciosamente por Michael não querer puxar assunto; minha voz com certeza não sairia afinada se houvesse uma conversa e eu tinha certeza de que a represa de lágrimas que eu estava contendo acabaria estourando.
Meia hora depois, Michael adentrava a residência de Joshua. Ele estacionou o carro e saiu, deu a volta e chegou a porta do banco do carona, a abrindo pra mim sair.
- Obrigada... – murmurei.
Ele me deu um sorriso e trancou o carro, logo depois me acompanhou até a entrada da casa de Joshua.
Era engraçada a forma como ele estava agindo. Para ele, estava tudo completamente normal, como se nada demais tivesse acontecido.
Bufei.
Minha vontade era de gritar com ele, amostrar pra ele o que eu estava sentindo. Mas, infelizmente, não tinha como eu fazer aquilo. Não na casa de Joshua.
Entramos e encontramos meu pai, Iary e Joshua na sala, conversando.
- Chegaram! – saudou Joshua, se levantando.
Pude ver o olhar de Iary em cima de Michael e eu. Mas não liguei.
Ela que se fodesse e se afogasse na inveja dela.
- Como foi a festa, querida? – perguntou meu pai, se levantando logo depois de Iary e Joshua.
- Foi legal. – falei. – Mas, ainda bem que Michael foi me buscar, a festa estava ficando... Monótona demais.
- Michael foi muito gentil em ir buscá-la, Kahinna. – disse Iary, com segunda intenção no tom de voz.
- Claro que foi. – disse Joshua. – Obrigado por isso, Michael.
Michael apenas sorriu e assentiu.
- Bem, eu vou tomar um banho. Preciso tirar essa roupa molhada. – falei. – Boa noite.
- Boa noite querida, durma bem... – disse meu pai.
Assenti e comecei a subir as escadas, ainda escutando Michael da uma desculpa qualquer pra subir. Acho que ele tinha dito a mesma coisa que eu. Acelerei o passo e entrei em meu quarto, indo direto para o banheiro.
Me permiti tomar um banho quente e bem demorado, tentando relaxar os músculos do meu corpo. Mas aquilo estava impossível. Eu estava tensa e chateada... Era um saco ficar daquele jeito.
Desliguei o chuveiro e me sequei, logo depois coloquei o roupão e sai do banheiro, penteando meu cabelo. Encontrei Michael sentado na minha cama, já tomado banho. Ele vestia uma blusa branca de meia manga e uma calça de pijamas. Estava lindo.
- Quanto tempo você demora pra tomar um banho? Três horas? – me perguntou ele, sem paciência.
- E você demora quanto tempo? Dez minutos? – perguntei irônica. – O que está fazendo aqui?
- Não é óbvio? Vim dormir com você! – falou.
- Eu não quero dormir com você, Michael.
Ele franziu o cenho.
- Por que não?
- Você ainda pergunta?
- Claro que eu pergunto... Pensei que estivéssemos bem...
- Ah, claro que pensou... – falei, sarcástica. – Você transa comigo pra ter a oportunidade de jogar na minha cara que eu sou como um objeto pra você, e ainda pensa que estamos bem? – perguntei, aumentando o tom de voz.
Vi a surpresa passar por seus olhos.
- O que? Kahinna, de onde você tirou a idéia de que eu transei com você pra fazer esse tipo de coisa? – perguntou ele.
- Foi você mesmo quem falou, Michael! “Você é minha.” “Eu sou o seu dono” – falei, imitando-o. – Quando terminamos de fazer amor você questão de jogar na minha cara o quanto tem poder sobre mim e sobre o meu corpo. Você quer que eu pense o que com isso? Ao invés de dizer “eu te amo”, você disse: “eu sou o seu dono”. Lembra disso?
- Kahinna, por favor... – ele disse se levantando e vindo na minha direção. – Eu nunca quis que você pensasse assim, essa nunca foi a minha intenção.
- Ah, e você acha que eu vou acreditar nisso? Me poupe, Michael. – falei me afastando dele e indo em direção a cama.
Me sentei e ele ficou parado, olhando pra mim.
- O que foi? – perguntei.
Ele balançou a cabeça e passou as mãos pelo cabelo, logo depois veio até a mim e se ajoelhou na minha frente. Ele estava aos meus pés, de cabeça baixa, e eu estava sem reação.
- Michael... Levanta daí. – falei.
- Por que não acredita em mim? – perguntou, levantando a cabeça.
Ele tinha os olhos cheios d’águas e logo depois ele começou a chorar baixinho. Meu coração se despedaçou.
- Michael, por que você está...
- Você sabe o que aconteceu comigo, antes de eu vir para o seu país, não sabe? – ele perguntou com a voz embargada.
- Sobre o julgamento que você enfrentou? – perguntei.
Ele assentiu e logo depois começou a falar, olhando pra suas mãos entrelaçadas em seu colo.
- Aquilo acabou comigo, Kahinna. – ele disse. – Eu só queria ajudar aquele garoto e a família dele e eles me apunhalaram pelas costas, daquele jeito horrível. Eu nunca pensei que um dia eu pudesse sofrer tanto, como sofri naquela época. Então, quando aquilo tudo finalmente acabou eu só queria ir para um lugar bem longe, um lugar aonde eu pudesse me esquecer de tudo aquilo. – ele fez uma pausa e logo depois continuou. – Nunca pensei que, vindo pra cá, aconteceria algo que me alegrasse, mas aconteceu.
Ele suspirou e olhou pra mim.
- O que aconteceu? – perguntei.
- Você apareceu. – ele disse. – Você apareceu e roubou o meu coração, fez com que eu me apaixonasse por você, e me trouxe a alegria de volta. Você é minha vida, Kahinna. Eu nunca amei alguém, como eu amo você, mulher alguma já me fez sentir esse ciúme todo, me fez sentir esse desejo de posse. Nenhuma só você. – ele lutava contra as lágrimas, mas acabou desistindo. – Você chegou a minha vida, em uma época que eu já tinha perdido a esperança de que eu pudesse ser feliz. Você chegou e trouxe com você o meu sorriso, a minha esperança, trouxe a minha vida de volta e sem você... – ele fungou. – Sem você não existe mais nada.
- Michael... – murmurei, com a voz embargada.
- Shii... – ele disse, pondo dois dedos na minha boca, me impedindo de falar. – Eu amo você, e sim, você é minha, mas eu não quero que você pense que, quando eu falo isso, é porque eu estou te tratando como um objeto. Eu nunca quis que você pensasse assim. Quando eu falo que você é minha, é porque eu não suportaria ver você sendo tocada por outro homem, ou sendo amada por outro. Só eu posso fazer isso, só eu posso te tocar, só eu posso fazer amor com você, porque eu te amo! Eu te amo muito, garota, você não imagina o quanto. – ele falou, ainda chorando.
- Ah, Michael... – falei, saindo da cama e me jogando nos braços dele. – Eu também te amo muito, muito e muito... Me desculpa por ser tão boba e entender tudo errado. – falei, chorando também. – Eu não sabia que eu era tão importante assim pra você.
- Mas você é. – ele disse, pegando meu rosto entre suas mãos e limpando minhas lágrimas. – Você é muito importante e eu não posso perder você. Nunca.
- Você nunca vai me perder... – falei, limpando as lágrimas dele.
Ele sorriu e me abraçou com força, caindo deitado no chão e me levando e junto com ele.
Sorri e aproximei meu rosto do dele, o beijando de leve nos lábios, logo depois beijando todo o seu rosto.
- Eu te amo... – falei.
- Eu te amo mais... - ele sussurrou, de olhos fechados, aproveitando o meu carinho.
Pousei os meus lábios no dele, e o beijei com força, provando pra ele que ele nunca iria me perder.
Capítulo 31
Mordi seu lábio inferior e me sentei em cima dele.
Ele sorriu e continuou de olhos fechados.
- Hei... Olha pra mim. – falei.
Ele me obedeceu e eu sorri pra ele, deixando minhas mãos desfazer o nó do meu roupão. Ele mordeu os lábios em forma de desejo, quando eu deixei o roupão escorregar pelos meus braços e sair do meu corpo.
- Vem cá... – ele me chamou e eu me curvei, deixando meu rosto a altura do seu.
Eu podia sentir sua ereção crescente bem em clitóris.
– O que a minha gostosa está pensando em fazer?
Ele começou a chupar meu pescoço enquanto suas mãos subiam e desciam pelas minhas costas.
- Você sabe o que eu quero fazer... – falei, passando minhas mãos pelo seu braço.
- Eu ainda não leio mentes, amor...
- Ainda? – perguntei, rindo.
Ele me olhou e negou com a cabeça.
- Por isso, hoje, eu vou deixar você comandar tudo.
Confesso que a possibilidade de comandar o sexo me deixou muito mais excitada.
- Tudo? – perguntei.
- Tudo. – ele disse.
Mordi o lábio em expectativa.
- Ok, Jackson... – falei, me aproximando de seu ouvido e sussurrando: - Prometo que não vai se arrepender.
Ele olhou pra mim e sorriu, puxando minha nuca com a sua mão e me fazendo beijá-lo.
O beijei, sentindo ele chupar minha língua, me deixando mais excitada, sorri e mordi seu lábio, logo depois me sentando novamente em cima dele. Levei minhas mãos a sua camisa e puxei, até tirá-la completamente dele. Logo depois fui em direção a sua calça, tirando-a e deixando-o somente com a cueca boxer branca; que nesse momento mal continha a sua ereção.
Arfei e voltei a me curvar sobre ele.
Michael estava sério nesse momento, prestando atenção em cada ato meu e isso era muito excitante, parecia que ele conseguia ver minha alma – talvez ele realmente conseguisse.
- Eu amo você... – sussurrei em seu ouvido.
Ele sorriu.
- Eu te amo muito mais. – ele disse.
Sorri e olhei pra ele:
- O que você mais deseja nesse momento, Michael? – perguntei.
Eu estava realmente disposta a fazer tudo o que ele quisesse, tudo o que ele desejasse.
- O que eu mais desejo? Hum... – ele se fingiu de pensativo – Quer mesmo saber?
Assenti e ele continuou.
- O que eu mais desejo nesse momento é que a sua boca esteja aqui. – ele passou a mão por cima do seu pênis. – Eu quero que a sua boquinha linda e gostosa me chupe... – ele se apoiou nos cotovelos e aproximou a boca do meu ouvido. – Até eu gozar. – sussurrou.
Sorri e mordi o lábio.
- É um belo desejo, Jackson... – falei. – Quem sabe, eu não possa realizá-lo pra você...
- Você não seria tão má, ao ponto de me deixar na vontade, não é baby? – ele perguntou, passando seu dedo na minha boca.
Balancei a cabeça.
- Não sei... – falei e o empurrei até que ele se deitasse no chão novamente. – Vamos vê se você vai merecer que a boca linda e gostosa te chupe e te faça gozar.
Ele olhou pra mim, parecendo surpreendido com o que eu tinha acabado de falar.
Mais não deixei que ele falasse nada, sorri e me aproximei de sua boca, beijando-o com vontade, dando uma amostra do que vinha logo a seguir. Chupei seu lábio inferior e me abaixei um pouco, beijando seu pescoço, sentindo o seu cheiro que me excitava tanto. Fui seguindo meu caminho e cheguei em seu peito, beijei e suguei seu mamilo direito, ouvindo-o gemer em aprovação, mordisquei-o e fiz o mesmo com o mamilo esquerdo.
Eu tinha lido em algum lugar, a muito tempo atrás, que o mamilo do homem era uma área muito erógena. Bem, acabei de tirar a prova.
Fui descendo, beijando e chupando sua barriga, sentindo o gosto doce da pele dele e cheguei e seu membro. Michael se apoiou nos cotovelos, observando tudo o que eu fazia.
Sorri pra ele e mordisquei seu membro por cima da cueca, vendo-o jogar a cabeça pra trás em busca de ar. Quando ele olhou pra mim novamente, pôde me ver com a barra da cueca presa nos dentes. Puxei-a com a minha boca e até que ela deixasse o seu pênis ereto pular para fora. Soltei sua cueca e a tirei, jogando-a longe.
Mordi o lábio inferior e pus minha mão em seu membro, começando a masturbá-lo devagar. Eu podia ver a pele de seu membro subindo e descendo, a glande estava molhadinha por conta de sua excitação. Minha boca se encheu d’água.
- Kahinna... – ele gemeu, pondo sua mão direita no meu rosto e acarinhando. – Me chupa, amor, por favor.
Olhei pra ele, e senti sua mão subindo pelo meu rosto até chegar a meus cabelos.
- Abra essa boquinha linda, baby, e me chupa... Eu sei que você quer. – ele disse.
- Acho que você já lê mentes, amor, porque eu realmente quero muito chupar você. – falei.
Ele sorriu pra mim, mas as palavras ficaram presas na sua garganta, quando ele sentiu meus lábios tocar a glande de seu pênis.
Ele ofegou e eu salpiquei beijos por toda sua extensão, deixando minha mão esquerda acariciar, levemente, os seus testículos. Cheguei a sua glande novamente e a coloquei em minha boca, chupando-a devagarzinho, sentindo o gosto salgado de sua lubrificação.
- Ah amor, assim baby... – ele gemeu.
Parei de masturbá-lo e coloquei todo o seu membro em minha boca, sentindo a glande em minha garganta, e então, comecei a chupar com força, de vez em quando, deixando meus dentes se arrastarem por sua extensão, sentindo-o pulsar em resposta pra mim.
- Kahinna... Que boquinha meu amor, chupa bem gostoso, vai... – ele disse, começando a mover seu quadril, estocando seu membro e minha boca.
Voltei pra glande, e, enquanto minha mão masturbava toda a extensão de seu membro, minha boca chupava-a sentindo o gosto de sua lubrificação.
Chupei mais um pouco e senti o pênis de Michael pulsando.
- Chupa amor, vou gozar bem gostoso pra você, baby... – ele disse.
Chupei com mais força, sentindo-o pulsar em resposta. Michael gemeu alto e pressionou minha cabeça mais pra baixo, me fazendo colocar quase todo o seu membro na minha boca, chupei mais um pouco e o senti explodir, soltando três jatos fortes dentro da minha boca. Engoli tudo, sem desperdiçar nem um pouco e Michael se deitou novamente, ainda com a mão em minha cabeça, fazendo carinho em mim agora, enquanto eu o chupava mais um pouco.
Tirei seu membro de minha boca e me deitei ao seu lado, me apoiando em minha mão, vendo-o de olhos fechados com o semblante mais satisfeito do mundo. Me aproximei dele e beijei sua boca, ele se virou e me empurrou de volta pro chão, se deitando em cima de mim.
- Adoro sentir meu gosto na sua boca... – ele disse.
Sorri pra ele, e ele continuou.
- Eu sei que eu disse que você ia comandar tudo hoje, mas, eu realmente quero fazer uma coisa...
- O que você quer fazer? – perguntei.
- Eu quero chupar você. – ele chegou perto do meu ouvido e sussurrou. – Quero sentir seu gosto novamente, quero te fazer gozar bem gostoso na minha língua.
Me senti mais molhada, eu adorava quando ele falava sacanagem em meu ouvido.
- E o que você está esperando pra por seu plano em pratica? – perguntei.
Ele olhou pra mim e sorriu.
- Estou esperando, pra saber se você quer...
- É claro que eu quero que você me chupe, Michael, eu adoro quando você faz isso.
- Hum... Muito bom saber disso, baby... – ele disse e se aproximou de mim, me beijando mais um pouco.
Ele desceu pelo meu corpo, passando por meus seios, barriga, umbigo e chegou em minha intimidade completamente encharcada e excitada.
Abri ao máximo minhas pernas e Michael se acomodou no meio delas, seu rosto estava de frente pra minha intimidade.
Ele passou o dedo desde a minha entrada até meu clitóris, espalhando minha lubrificação por ali.
- Tão molhada, meu amor... Me chupar excita você, gostosa?
Arfei.
- Excita muito... – falei.
- É muito bom saber disso também... – ele disse aproximou sua língua de meu clitóris.
Senti sua língua ir de um lado para o outro, separando meus grandes lábios, deixando meu clitóris amostra. Sua língua se movimentou rapidamente em meu clitóris e logo depois ele me chupou, com força, me fazendo revirar os olhos de prazer e gemer.
Michael começou a estocar dois de seus dedos em mim, enquanto seus lábios e seus dentes e sua língua trabalhavam em meu clitóris, me fazendo ver estrelas.
Como aquilo era bom.
- Mais, Michael... – gemi, levando minhas mãos a sua cabeça e a pressionando mais para minha intimidade.
Senti Michael sorri, e não pude me segurar, comecei a movimentar meu quadril, sentindo seus dedos se moverem mais rápido.
Era demais pra mim.
- Goza baby, quero sentir seu gosto na minha língua. – ele disse, voltando a me chupar.
Movimentei mais meu quadril e senti minhas entranhas se apertarem, me fazendo explodi logo em seguida.
Gemi baixinho, sentindo Michael me chupar mais devagar e tirar seus dedos de dentro de mim. Quando suas lambidinhas se tornaram incomodas fiz menção de fechar minhas pernas, e então, ele saiu dali e deitou do meu lado, me beijando logo em seguida, passando sua mão por todo o meu corpo até chegar em meu seio esquerdo e acariciar de forma leve, brincando com o mamilo.
Logo me vi excitada, de novo.
- Eu quero você, Michael... – falei, sentindo seus beijos em meu pescoço.
Ele sorriu e esfregou sua ereção na minha perna.
- Vem cá... – ele me chamou, se deitando direito no chão e me puxando para cima dele
Me sentei em seu colo e ele pôs as mãos na minha cintura, me levantando. Entendi perfeitamente o recado e peguei seu membro em minha mão, e quando ele pressionou minha cintura para baixo, introduzi seu pênis para dentro de mim, fazendo com que ele me penetrasse.
Apoiei minhas mãos nas mãos de Michael, e comecei a me movimentar em cima dele, sentindo seu membro indo lá no fundo de mim, naquele ponto onde mais me dava prazer. Rebolei em cima dele, esfregando meu clitóris em sua pélvis, e gemendo, fazendo-o gemer junto comigo. Michael soltou minhas mãos e segurou minha cintura, me impulsionando para cima e para baixo, me fazendo quicar em seu colo, aumentando a velocidade das investidas. Eu me sentia bem perto do orgasmo.
- Michael... – gemi, jogando minha cabeça pra trás e aumentando o ritmo das investidas.
- Eu sei amor... Goza comigo, baby. – ele falou.
Subi e desci em cima dele, sentindo pulsar dentro de mim, lá no fundo do meu ser, e então, explodi, sentindo-o gozar dentro de mim no mesmo instante.
Me movimentei mais um pouco e cai deitada em cima dele, sentindo-o fazer carinho em minhas costas, ainda ofegante que nem a mim.
- Eu amo você... – ele disse, puxando meu rosto para cima, me fazendo olhar pra ele.
- Eu amo você. – falei, o beijando logo em seguida.
Capítulo 32
A festa de Joshua correu tranqüila e divertida.
Reencontrei várias pessoas que não via há algum tempo e isso me distraiu um pouco, já que eu não podia ficar muito tempo perto de Michael.
Era um saco vê-lo lá do outro lado da festa e não poder tocá-lo. Mas me conformei, precisamos fazer isso se quiséssemos ficar juntos. Pelo menos ele não estava sozinho, havia vários convidados envolta dele, conhecendo-o e conversando.
É... Ás vezes eu me esquecia que ele era Michael Jackson, o Rei do Pop.
- Hei, Kahinna... – Mustafá me chamou. – Quer dançar?
Olhei pra Michael e vi que ele estava entretido, conversando com várias pessoas ao mesmo tempo. Bem, dançar não era um problema, não é mesmo?
- Hum... Tudo bem. – falei sorrindo, pegando na mão dele.
Ele sorriu pra mim e me levou até a pista de dança, que estava razoavelmente cheia. Tocava uma música lenta e monótona, mais era gostosinha de dançar.
- Você está muito bonita... Tinha tanto tempo que não nos víamos, desde a época do colégio. Como consegue ficar ainda mais bonita do que era? – perguntou.
Sorri e corei.
- Obrigada, Mustafá, você que é muito gentil.
- Nada disso! – ele disse, apertando minha cintura. – Não seja modesta, sabe que estou falando a verdade.
Balancei a cabeça em negativa e continuamos a dançar.
- Eu gostaria de saber se você aceita sair comigo, um dia desses...
- Não, ela não pode. – disse Michael.
Ele forçava um sorriso amigável para Mustafá, mas seus olhos quase soltavam faíscas.
A música acabou e outra lenta tocou no lugar,
- Me concede a próxima dança? – perguntou Michael, se virando pra mim.
Mordi o lábio e assenti. Mustafá me soltou e Michael agarrou possessivamente a minha cintura.
- Nos falamos depois, Kahinna. – disse Mustafá sorrindo e se afastando.
Michael me puxou para si e começamos a dançar.
- Precisava ser tão grosso com o menino, Michael? – perguntei.
- Claro, ele está dando em cima da minha garota. – ele disse.
Revirei os olhos.
- Ele só estava sendo gentil.
- Não, amor, ele não estava só sendo gentil.
- Como sabe disso? – perguntei.
- Eu sei... Eu vejo quando um homem quer entrar na calcinha da minha mulher. E era isso que ele queria fazer. – ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou. – Mas eu sou muito mais esperto do que ele. E logo corto as asinhas dele fora.
- Ele não queria transar comigo! – falei, sem ter muita certeza disso.
- Ah não? – Michael me olhou e riu. – Kahinna, preste atenção. Quando um homem se aproxima de uma mulher, consecutivamente, ele quer sexo. Por mais que esteja apaixonado e disposto a esperar o momento certo, ele sempre vai querer sexo. É a nossa natureza, não podemos mudar isso.
- Então, quando você se aproximou de mim, você queria sexo? – perguntei.
- Claro que sim, baby. A diferença é que eu estava apaixonado, estava disposto a te esperar o tempo que fosse preciso. Mas você me excita tanto, que eu fiquei desesperado! Por isso te cerquei daquele jeito. – ele se aproximou novamente do meu ouvido. – Ninguém manda ser tão linda e gostosa desse jeito.
Ele desceu sua mão até meu bumbum, o apertou e depois voltou sua mão para cima.
Não contive a vontade de sorrir.
- Você é ridículo. – falei, rindo.
- Um ridículo apaixonado. – falou, batendo os cílios de forma angelical enquanto piscava.
Balancei a cabeça rindo e ele continuou a falar:
- Eu quero te beijar, mas não posso! – bufou. – Isso é frustrante!
- É horrível! – falei, concordando com ele.
- Por isso precisamos falar logo com o seu pai.
- Ah, Michael, por favor, não comece com isso... –
- Kahinna, uma hora ou outra teremos de falar com ele. Vai ser inevitável! – ele disse.
- Quando voltarmos para casa, conversamos com ele, tudo bem? – falei.
Michael me olhou surpreso, mas seus olhos brilhavam.
- Isso é... – ele sorriu e continuou. – Isso é sério?
Sorri, vendo que ele quase pulava de alegria.
- Claro que sim! – respondi.
- Uau...! – ele exclamou. – Venha, precisamos comemorar. – disse me puxando pela mão e saindo da pista de dança.
- O que? Michael, para onde vamos? – perguntei mais ele não me respondeu. – Michael!
Havia muitos convidados na festa, todos me conheciam e é óbvio que todos conheciam Michael também.
Se alguém nos visse andando daquele jeito iriam achar, no mínimo, um tanto quanto estranho.
- Michael, para! Alguém pode nos ver.
- Ninguém vai nos ver... – conseguir ouvi-lo dizer. – Todos estão entretidos demais, para prestar atenção na gente.
- Você é o Rei do Pop e eu sou a filha do Sheik. É claro que vão nos ver!
Mas ele não me deu ouvidos e continuou andando em direção a casa principal. A nossa sorte é que as pessoas já tinham bebido o suficiente e não pareciam nos perceber.
Michael entrou na casa principal e passamos rapidamente pela sala, vendo um casal sentando no sofá, se beijando. Michael riu baixinho e foi em direção as escadas que davam acesso aos quartos. Quando chegamos no segundo andar, pensei que entraríamos ou no meu quarto, ou em seu quarto, mas ele passou direto pelos dois.
- Hei, aonde vamos? – perguntei.
- Pra sala de sinuca. – disse.
Senti um arrepio perpassar minha espinha, e me excitei automaticamente.
Michael passou por todos os quartos e virou o corredor, indo em direção a outra escada, que dava acesso a sala de sinuca e a varanda.
Chegamos a frente a porta da sala de sinuca e Michael abriu a porta, dando passagem para eu entrar. Ele entrou logo após eu e trancou a porta.
Fui andando em direção a uma das várias mesas e me encostei-me a uma.
Michael olhou pra mim.
- Desde quando você sabe que existe essa sala? – perguntei.
Ele veio andando até a mim e parou na minha frente, colocando um braço em cada lado o meu corpo, segurando na mesa.
Eu estava completamente encurralada.
- Digamos que dei uma volta pela casa, conhecendo o ambiente onde eu estou. Quando vi essa sala eu pensei: “É aqui que eu quero fazer amor com a Kahinna.” – disse ele.
Michael abaixou a cabeça e começou a cheirar meu pescoço, logo depois passando a língua devagar, dando lambidinhas morninhas.
Sorri, me arrepiando involuntariamente.
- Que menino danado, andando pela casa dos outros desse jeito! – falei, sorrindo.
Senti seu sorriso em meu pescoço e sua mão esquerda saiu da mesa, indo para a minha coxa e começando a levantar a saia que eu usava.
- Gosto de conhecer detalhadamente o lugar onde eu estou. É um habito meu... – disse tirando a cabeça de meu pescoço e olhando pra mim. – Mas a sala de sinuca eu quero conhecer com você.
- A sala toda? – perguntei, arregalando os olhos.
Ele riu.
- Não a sala toda, mas essa mesa... – ele tirou a mão de minha perna e a passou pelo feltro verde que tinha no tampo da mesa de sinuca. – Essa mesa, eu quero conhecê-la detalhadamente, junto com você.
Ele me deu um selinho e se afastou de mim.
- Por isso, quero te propor algo.
- E o que é? – perguntei.
- É um jogo...
- Um jogo? Eu adoro jogar! – falei.
- Isso é bom! – ele disse. – Sabe jogar sinuca?
- Desde pequenininha.
- Hum... Vejo que tenho uma adversária à altura. – falou. – Mas esse não é um simples jogo de sinuca.
- E o que tem de diferente?
- A cada erro, se tira uma peça de roupa e, se, por exemplo, você já tiver tirado toda a sua roupa antes de mim, você realiza um desejo meu. E vice-versa.
- Hum... Deixa eu ver se entendi... Se eu perder, realizo um desejo seu, se você perder, você realiza um desejo meu. É isso?
- Exatamente! – sorriu. – Quer jogar?
- Com certeza, baby! – falei, mordendo os lábios.
Esse jogo com certeza ia ser muito bom.
Capítulo 33
Ele sorriu pra mim e foi até a instante, pegando a caixa com as bolas e as arrumando sobre a mesa. Enquanto ele fazia isso, fui em direção aos tacos pendurados na parede.
- Fico com as bolas vermelhas. – falei, pegando um taco e vendo se estava torto.
Michael acabou de arrumar as bolas e veio na minha direção, pegando um taco.
- Como quiser. – disse, sorrindo.
Peguei outro taco, vendo que estava melhor do que o anterior. Michael pegou o dele e fomos em direção a mesa.
- Quer começar? – perguntou ele.
- Está com medo? – perguntei.
- Medo? – ele perguntou e lodo depois riu. – Jamais, baby. Essa palavra não existe no meu vocabulário.
- Se você diz... – falei dando de ombros e me curvando sobre a mesa.
Mirei nas duas bolas vermelhas e empurrei o taco levemente, mas com precisão, fazendo a bola branca rolar rapidamente pelo feltro verde e bater bem no meio das duas bolas vermelhas. A direita foi rapidamente pra dentro da caçapa.
Michael me olhou, desafiadoramente e se curvou sobre a mesa. Ele mirou para a bola azul que estava do lado direito, quase no fim da mesa e sacou a bola branca até lá. A bola azul parou bem na boca caçapa, mas não entrou.
- Ui... – gemi, fazendo uma careta. – Que má sorte!
- É... Que triste! – ele disse, mas logo depois sorriu. – O que você quer que eu tire?
Olhei para todo o seu corpo.
- A blusa! – falei.
Ele sorriu e assentiu, começando a desabotoar sua blusa preta bem lentamente. Seu peitoral foi se revelando aos poucos, e o cheiro gostoso e excitante da sua pele já invadia minhas narinas, me deixando excitada. Michael desabotoou toda a sua camisa e a tirou, jogando-a em cima do sofá que estava próximo a nós dois.
Suspirei, sentindo minha calcinha ficar mais úmida.
- Sua vez. – disse ele.
Assenti e me curvei novamente sobre a mesa.
Mirei a bola vermelha que estava do lado esquerdo, perto da caçapa. Deixei o taco bater lentamente na bola branca, mas, a imagem do peitoral de Michael estava tirando minha concentração e a bola branca acabou passando bem longe da bola vermelha.
- Ah... – soltei uma lamúria.
Michael riu.
- Não ria. Você está pior do que eu! – falei, rindo também. – O que você quer que eu tire? – perguntei.
- Hum... Deixe-me ver. – ele pôs dois dedos no queixo e ficou olhando pra mim. – A saia.
Mordi o lábio e me virei de costas pra ele, levando minhas mãos para trás, um pouco acima do bumbum e descendo o zíper da minha saia. Ela caiu aos meus pés, revelando minha calcinha de renda branca, transparente. Abaixei-me, ciente de que Michael estava me observando e peguei a saia, me virando de frente pra ele e a jogando no sofá, em cima de sua blusa.
- Mal posso esperar pra te ver peladinha, amor. – ele disse com a voz rouca de desejo.
- Pode ter certeza que você vai ficar nu antes de mim, baby. – falei.
Ele arqueou uma sobrancelha, em forma de desafio e sorriu, se curvando na mesa novamente. Dessa vez ele acertou.
Curvei-me sobre a mesa e mirei na bola vermelha, mas eu estava tão excitada, que errei novamente.
- Ah, fala sério! – exclamei.
- Tira a blusa. – disse Michael e pude perceber que ele estava se segurando pra não soltar uma gargalhada.
- Não ria! – falei.
Tirei minha blusa ficando só de calcinha e sutiã e o sapato de salto alto.
- Só tenho duas bolas... Será que acerto? – ele perguntou.
- Tomara que não! – falei, cruzando os braços.
Ele sorriu e se curvou sobre a mesa, acertando a bendita bola azul na caçapa, em questão de segundos.
- Você está roubando, só pode! – falei, curvando-me novamente sobre a mesa.
- Não tem como roubar nesse jogo amor, e você sabe disso. – ele disse.
Revirei os olhos e prometi pra mim mesma que não deixaria nada mais me distrair. Mirei na bola vermelha, e empurrei a bola branca até ela. Elas se chocaram e a bola vermelha caiu na caçapa.
- Até que enfim! – falei.
Michael sorriu, balançando a cabeça e mirou na sua última bola azul, mas não acertou.
- Hum... Isso é bom! – falei, sorrindo. – Quero que tire sua calça.
Ele mordeu o lábio e desabotoou sua calça, tirando-a. Agora ele estava somente com a sua cueca boxe branca, e que mal continha sua excitação.
Suspirei e curvei-me novamente sobre a mesa.
- Ter você assim, curvada sobre a mesa, com esse bumbum lindo empinado pra mim, é uma ótima visão... Sabia? – perguntou ele.
Sorri e mirei na bola vermelha, mas sua última frase não saia de minha mente e errei, novamente.
- Você está me atrapalhando! – falei, sorrindo pra ele.
- Um bom jogador não se deixa atrapalhar. – ele disse. – Tira o sutiã.
- Ok, Sr. Joga Muito Bem. – falei revirando os olhos e desabotoando o meu sutiã.
Deixei que ele caísse a minha frente e o joguei no sofá. Pude ver Michael sorrir.
- Linda demais, baby. – ele disse. – Agora, me deixa colocar minha última bola na caçapa.
- Se você errar, eu venço. – falei.
- Mas eu não vou errar. – ele disse.
E estava totalmente certo. Sua mira e tacada foram perfeitos, e logo sua última bola estava na caçapa.
Ele sorriu pra mim e voltei a me curvar na mesa, mirei na minha última bola vermelha, mas errei miseravelmente.
- Acho que eu ganhei... – ele disse.
- Também acho. – falei, tirando minha última peça de roupa.
Michael olhou pra mim e pude ver o desejo quase transbordar de suas órbitas negras. Ele mordeu os lábios e se aproximou de mim, me agarrando pela cintura e me puxando para o seu corpo. Podia sentir seu pênis ereto bem na minha intimidade, por conta dos sapatos de saltos, eu estava quase na sua altura.
Ele sorriu.
- Acho que você vai ter que realizar um desejo meu... – sussurrou.
- E que desejo seria esse? – perguntei.
Ele me deu um selinho e se afastou de mim, indo na mesinha que tinha perto do sofá, e abrindo a pequena gaveta que tinha ali.
- Trouxe uns brinquedinhos para nos divertirmos... – ele disse, tirando algo de dentro da gaveta.
- Como assim? – perguntei.
Ele se virou pra mim e pude ver em suas mãos o lubrificante, a capa de língua vibratória e o plug anal.
- Quando você trouxe isso pra cá? – perguntei sorrindo.
- Hoje à tarde, quando todos estavam se arrumando para a festa.
- E eu pensando que você só tinha me arrastado pra cá por causa do calor do momento... Já estava tudo planejado!
Eu não conseguia parar de sorrir. Acho que eu realmente sou uma mulher de sorte; não é qualquer uma que tem um namorado com uma imaginação tão fértil.
- Sim, estava tudo planejado. Eu disse que queria fazer amor com você aqui nessa mesa. Só não disse como. – falou.
Sorri e balancei a cabeça.
- Mas, mudando um pouco de assunto. – falei, indo até ele e passando a mão sobre o seu membro teso, ainda dentro da cueca. – Qual é o desejo que você quer que eu realize?
Ele gemeu baixinho.
- Eu quero que você fique de quatro naquela mesa, com esse bumbum lindo empinado pra mim.
Franzi o cenho.
- Mas, o combinado não era eu fazer algo pra você?
- Sim, e você vai fazer isso pra mim. – ele se aproximou mais e sussurrou no meu ouvido: - Eu estou louco pra usar esses brinquedinhos em você.
- Isso é uma fantasia sexual? – perguntei, olhando pra ele.
- Digamos que se tornou uma fantasia sexual, quando eu vi essa mesa e pensei em você.
Sorri e mordi o lábio, excitada só em pensar no que viria a seguir.
Michael me pegou pela mão e me levou de volta pra perto da mesa, ele colocou os brinquedinhos sobre o feltro verde e pôs as mãos na minha cintura, me impulsionando para cima, fazendo com que eu me sentasse na mesa.
Ele sorriu pra mim e abriu minhas pernas, se acomodando no meio delas. Mordeu o lábio e se aproximou de mim, até seu nariz se encostar no meu. Em menos de meio segundo, ele já estava me beijando, sensualmente. Michael colocava sua língua bem no fundo da minha boca, ora me explorava, ora chupava minha língua e eu só pensava em como seria bom ter sua boca em outro lugar.
Michael me olhou e abaixou a cabeça, indo até os meus seios. Gemi quando seus lábios tocaram o bico intumescido do meu seio direito. Ele levou sua mão até o meu das minhas pernas, e começou a acariciar meu clitóris com movimentos circulares, ora rápido, ora devagar.
Joguei a cabeça pra trás, abrindo mais as minhas pernas e gemendo, enquanto ele chupava meus seios com força.
Michael enfiou dois de seus dedos em mim e levou sua mãos esquerda até o meu cabelo, puxando os fios próximo a nuca, me deixando com a cabeça jogada pra trás, enquanto chupava meu pescoço.
- Fica de quatro pra mim, baby... – pediu ele, aumentando a velocidade de seus dedos dentro de mim.
Ele soltou meu cabelo e olhei pra ele, senti quando ele tirou seus dedos de mim e vi quando ele os colocou na boca, chupando-os com cara de desejo.
- Deliciosa... – sussurrou.
Sorri pra ele e fiz menção de tirar meus sapatos de salto, mas ele me impediu.
- Não, não. Eu quero que fique com os sapatos, você fica ainda mais sexy com eles. E a cor é vermelha, combina com seus cabelos. – falou.
Mordi o lábio e assenti, pondo minhas pernas pra cima da mesa e me virando de costas. Apoiei meus joelhos e mãos na mesa, fazendo com que eu ficasse de quatro pra ele.
Capítulo 34
Senti as mãos de Michael em cada uma de minhas nádegas, subindo pelas minhas costas, descendo pela lateral do meu corpo e parando em cima do meu bumbum novamente.
Ele passou seu dedo médio desde meu clitóris, indo até a minha entrada molhada e subindo até o meu anus. Gemi quando ele pressionou seu dedo ali.
- Linda... – ele beijou minha nádega direita, ainda massageando meu anus com o seu dedo médio, molhado pela minha lubrificação. – Simplesmente linda e toda minha. – murmurou ele, mordiscando minha nádega esquerda.
Eu não consegui falar nada naquele momento, todas as coisas que vinham na minha cabeça eram o prazer que eu estava sentindo e várias palavras desconexas que eu não conseguia proferir. Eu só sabia pensar naquela sensação pré-prazer que Michael estava me dando.
Senti-o se afastar de mim, mas o silêncio era enorme, só um pouco interrompido por causa do barulho da música alta lá embaixo. Escutei o barulho da tampinha do lubrificante se abrir e não pude conter o sorriso. Faltava pouco pra ter aquela sensação de prazer tomar todo o meu corpo.
Michael encostou dois de seus dedos molhados em meu anus, espalhando o liquido quentinho ali, fazendo-me ficar mais molhada.
Suspirei e ele sorriu.
- Ta gostando amor? – perguntou.
- Ahãm... – murmurei.
- Eu gosto de quando você fala, amor. – ele disse, rindo.
- Mais eu não consigo...
- Conseguiu agora.
- Foi reflexo! – falei.
Ele riu ainda mais e enfiou dois de seus dedos em mim, quando os outros dois massageavam meu anus.
- Você gosta dos meus dedos aqui, não gosta? – perguntou.
Percebi que ele queria que eu falasse, a qualquer custo.
- Gosto... – falei, gemendo. – Gosto de seus dedos nos dois lugares em que estão agora.
- Hum... E a minha língua? Você gosta dela aqui?
Ele se abaixou e passou sua língua devagarzinho sobre o meu clitóris e logo depois, o chupou com força.
- Oh meu Deus! – gemi. – Adoro.
Senti seu sorriso em minha intimidade e então ele se afastou, tirando seus dedos de meu anus.
Alguns segundos depois ele senti sua mão direita encostar-se em meu bumbum e ele encostou o plug anal em meu anus.
Arfei.
- Você o quer aqui dentro? – perguntou, massageando meu anus com o plug.
Mordi o lábio, me obrigando a raciocinar e falar ao mesmo tempo.
- Quer... Quero. – falei.
Michael beijou meu bumbum e aumentou a velocidade de seus dedos dentro de mim e então, senti a primeira bolinha adentrar meu anus.
Gemi, sentindo Michael estocar rapidamente seus dedos na minha intimidade, e enfiar uma bolinha de cada vez dentro do meu anus. Até a maior de todas entrou sem nenhuma dificuldade.
Ele começou a mover o plug dentro de mim, entrando e saindo. Eu estava sensível, o menor toque eu percebia. Mordi o lábio gemendo, sentindo seus dedos dentro de mim, e o movimento do plug ficando cada vez mais rápido. Sem consegui me controlar mais, comecei a mover meu quadril fazendo com que a velocidade aumentasse.
Até que Michael tirou seus dedos de mim.
- Ah não... – choraminguei. – Michael!
- Calma amor, você vai gostar.
Suspirei, sentindo a parede do meu anus e da minha vagina se apertarem, fazendo com que o meu prazer aumentasse.
Michael aumentou a velocidade dos movimentos, fazendo com que as bolinhas saíssem e entrassem cada vez mais rápido, revirei os olhos de prazer e Michael segurou a parte de trás da minha coxa com a mão esquerda, e então eu senti.
Vibrando bem em meu clitóris e a respiração de Michael bem em minha intimidade.
Ele estava usando a capa de língua vibratória.
Gemi alto, gritando por ele, e ele aumentou a velocidade de sua língua, as vezes subia até a minha entrada, enfiando um pouco da língua ali, fazendo com que eu sentisse a vibração lá dentro.
Como era bom.
- Mais, Michael... – gritei.
Comecei a rebolar mais rápido, sentindo o plug em meu anus e a vibração em meu clitóris. Tudo estava ficando mais sensível, mais rápido, e aquela sensação de prazer ficando maior.
Eu sentia meu orgasmo bem perto, bem perto e então...
Explodi, uma, duas, três vezes, perdendo as forças dos meus braços, caindo deitada de bruços em cima da mesa.
Ainda estava gemendo baixinho quando senti Michael se afastar e tirar o plug de dentro de mim.
Michael beijou minhas nádegas e se afastou novamente, escutei seus passos vindos em minha direção. Ele parou a minha frente e então, senti seus beijinhos em meu rosto.
- Está cansada? – perguntou ele, sorrindo pra mim.
Apoiei os cotovelos na mesa e pus minha cabeça em minhas mãos.
- Não... Estou apenas me recuperando. – falei. – Aquilo foi demais! Foram três orgasmos seguidos, Michael.
- Gostou?
- Muito! – falei, me levantando e me sentando de frente pra ele. - Foram três orgasmos seguidos, Michael.
Abri minhas pernas e ele se acomodou no meio delas.
- E ainda tem fôlego pra mais? – perguntou.
- Com certeza, Jackson! – me aproximei de seu ouvido e sussurrei. – Ainda quero sentir você dentro de mim.
Ele gemeu.
- Agora?
- Agora! – falei, convicta.
Ele sorriu e se aproximou de mim.
Michael roçou seus lábios nos meus e então, me beijou com carinho, enfiando sua língua vagarosamente dentro de minha boca, fazendo com que eu sentisse meu gosto nela. Ele começou a acarinhar minhas coxas, levando sua mão até minha virilha, me acariciando bem perto de minha intimidade.
Me senti molhada novamente.
Levei minhas mãos até sua cueca e a abaixei, fazendo-a cair no chão. Michael começou a beijar meu pescoço e tocar meu seio, e eu não resisti, levando minha mão até o seu membro, sentindo-o pulsar em resposta pra mim. Comecei a masturbá-lo devagar, ouvindo os gemidos de Michael em meu ouvido.
Michael voltou a me beijar, ainda com carinho e logo depois foi aumentando a intensidade de seus lábios nos meus.
- Eu quero você... – ele sussurrou, entre meus lábios.
Sorri e ele pôs suas mãos em minha cintura, me ajudando a descer da mesa.
Juntou meu corpo ao seu e meu beijou mais uma vez e então, me virou de costas, me fazendo sentir seu membro em meu bumbum.
Michael me encostou novamente na mesa, e apertou meus seios, enquanto beijava o meu pescoço.
- Curve-se sobre a mesa. – ele sussurrou em meu ouvido.
Fiz o ele me pediu e me curvei sobre a mesa, abrindo minhas pernas.
Logo ele estava curvado sobre mim.
Michael tirou os cabelos de minhas costas e os pôs de lado, beijou minhas costas, minha nuca e então me penetrou.
- Eu te amo demais, minha gostosa. – ele disse em meu ouvido.
- Eu te amo mais, Michael. – gemi em resposta o sentindo sair de mim.
Michael entrou em mim novamente com mais força, fazendo meu corpo ser impulsionado pra frente. Gemi e ele começou a se mover, rapidamente, fazendo seu membro entrar e sair, me atingindo naquele ponto que me dava mais prazer.
Michael beijava minha nuca, minhas costas, meus ombros e sempre falava em meu ouvido o quanto eu era linda, o quanto me amava, enquanto se movia rapidamente. Meus gemidos já haviam se tornado gritos e eu não conseguia me controlar.
Sentia meu orgasmo próximo outra vez.
Michael levou sua mão até a frente do meu corpo e tocou meu clitóris rapidamente, circulando e apertando-o entre seu dedo médio e o indicador.
- Goza pra mim amor, goza comigo, agora.
Não precisou falar duas vezes, logo explodi, gozando pra ele duas vezes seguidas, enquanto sentia seus jatos se misturando a minha essência.
Michael saiu de dentro de mim e me virou pra ele. Ele estava suado, e tinha um sorriso lindo e satisfeito em seu rosto.
- Eu amo você. – falei, passando meus dedos em seu rosto, tirando os fios de cabelos grudados por seu suor.
- Eu te amo mais. – falou, se curvando sobre mim e me beijando, demonstrando todo o seu amor.
Capítulo 35
Michael ainda estava me beijando e me acariciando, quando me lembrei de onde estávamos.
- Michael... Temos que descer. – falei, sentindo seus beijinhos em meu pescoço.
- Eu sei, mas não quero ir. – ele disse.
- Mas temos que ir. Estamos demorando muito, logo sentirão nossa falta.
Ele bufou, mas depois sorriu.
- Tudo bem... Mas vamos inventar uma desculpa, sei lá, falar que estamos cansados e vamos nos deitar, quero ficar com você. Ficamos longe um do outro durante todo o dia, preciso ficar perto de você.
Sorri e assenti.
Nos vestimos e eu desci primeiro. A festa ainda estava bastante animada, tinha pessoas na pista de dança, várias conversando e circulando por ali.
Fui até o meu pai e logo depois vi Michael sair da casa principal. Ele olhou pra mim e sorriu, com aquela cara de criança que acabou de fazer arte. Retribuí o sorriso e falei para meu pai e para Joshua que iria me deitar, pois estava um pouco indisposta. Eles aceitaram e ficaram falando que se eu sentisse qualquer coisa, era para chamá-los. Fui em direção a casa principal, subi as escadas e fui em direção ao meu quarto. Mas antes de abrir a porta, alguém me chamou:
- Kahinna?
Me virei e encontrei Iary.
Ela tinha aquele sorrisinho insuportável no rosto.
- O que quer? – perguntei, ríspida e sem paciência.
- Nada, querida. Só vim saber se você está bem...
- E desde quando você se preocupa comigo?
- Nossa, Kahinna, falando desse jeito, parece até que não somos da mesma família! – ela disse. – Só vim saber se você está bem, você sumiu da festa há alguns minutos atrás... Fiquei preocupada com você.
Soltei um sorriso sarcástico.
- Ah sim, querida. Para sua informação, eu estou muito bem. Não precisava se preocupar.
- Oh, mais que burra eu sou. É claro que você estaria bem! – ela disse, suspirando.
Fiquei intrigada com sua atitude.
- Depois de trepar com Michael Jackson na sala de sinuca do meu marido, é claro que você não estaria menos do que ótima!
Meu coração parou de bater e minha boca ficou seca.
Como ela sabia daquilo?
- Está ficando louca? – fingi uma indiferença e uma calma que não sentia.
- Louca? – ela gargalhou. – Louca ficou você. Só porque é filhinha mimada do sheik, acha que pode ficar trepando com todos os convidados que ele recebe em sua casa. Eu fico pensando... – ela pôs dois dedos no queixo. – Você não pensa na possibilidade de meu querido e amado sogro descobrir que sua filhinha querida está transando com o Rei do Pop?
Engoli em seco.
- E você, nunca pensou na possibilidade de seu sogro querido descobrir que a cunhada dele é uma vadia? – perguntou Michael, aparecendo, de repente.
Meu coração se acalmou um pouco, mas logo voltou a ficar tenso novamente. Agora Michael estava ali, e eu via nos olhos dele que ele não iria negar o que aconteceu na sala de sinuca. Pelo contrário, ele estava disposto a esfregar toda a verdade ma cara de Iary. Aquilo não ia acabar bem.
Iary se virou para trás e viu Michael, ele passou direto por ela e veio ao meu encontro. Pegou meu rosto entre suas mãos e meu deu um beijo de tirar o fôlego e eu retribui meio aturdida, sem saber o que ele faria a seguir. Depois do beijo, Michael se virou para Iary e ficou ao meu lado, segurando possessivamente a minha cintura.
- E então, não vai responder a minha pergunta?
Eu podia ver o ódio no olhar de Iary. Só faltava sair fumaça pelos seus ouvidos.
- Você não tem medo do perigo, não é, Michael Jackson? – ela perguntou.
- Eu não vejo perigo nenhum, por aqui... Na verdade, eu só vejo uma mulher casada que fica ouvindo um casal transar. – ele disse, indiferente.
Olhei para Michael, me perguntando se ele sabia que ela estava nos ouvindo transar.
- E como é que você sabe que eu estava ouvindo vocês? – ela perguntou.
Michael riu.
- É a única explicação. – ele riu. – Agora, se você nos der licença, precisamos dar continuidade ao que estávamos fazendo, na sala de sinuca.
- Michael! – exclamei.
- O que foi, amor? – ele perguntou, beijando meu pescoço.
Iary bufou.
- Vocês são ridículos. – ela disse.
- Ridícula é você. Porque ao invés de ficar tomando contar da vida dos outros, você não vai atrás do seu marido? Amostre para ele o kamasutra, tenho certeza que você nunca mais vai ter que ficar escutando um casal fazendo amor. – Michael disse, ainda indiferente.
- Vocês vão se arrepender disso, estão me ouvido?
- E o que você vai fazer? – Michael perguntou.
- Eu vou... Eu... – ela gaguejou, com raiva. – Não importa, mas vocês vão se arrepender disso! – falou, virando as costas e sumindo de nossas vistas.
Michael riu. Ele gargalhava, chegava a por a mão na barriga e se curvar. Sem saber o motivo, comecei a rir também, me deixando ser contagiada com aquela graça repentina que tomou conta de todo o corredor.
- Por que estamos rindo? – perguntei, quando ele se acalmou um pouco.
- Você viu a cara dela? Ela estava louca de raiva, Kahinna. Pensou que ia por medo na gente e se fodeu. – ele disse.
Ri e balancei a cabeça.
- Venha, Michael. Vamos entrar antes que mais alguém nos veja. – falei.
Entramos em meu quarto e fechei a porta.
- Ela nos escutou transando, Michael, tem noção disso? – perguntei, me jogando na cama.
Michael se deitou cima de mim, dando beijinhos em meu rosto.
- E o que é que tem? – perguntou.
- O que é que tem? Isso é constrangedor!
- Só se for pra ela, não é? – ele me olhou. – Amor, nós não a obrigamos a nada, ela ficou atrás da porta porque quis.
- Verdade... – suspirei; seus beijos agora estavam em meu pescoço. – Você acha que ela pode contar alguma coisa ao meu pai?
Ele lambeu meu pescoço e logo depois sugou, ignorando completamente a minha pergunta.
Eu queria muito me entregar a ele, mas eu estava preocupada demais.
- Michael! – puxei sua cabeça fazendo-o olhar pra mim – Presta atenção... Iary sabe de tudo, e se ela falar pro meu pai?
- Ela não tem como provar nada, Kahinna. – ele disse, voltando a beijar meu pescoço.
- Ela pode plantar a semente da dúvida... – falei, quase me rendendo aos seus beijos.
- Ah, amor, você está muito tensa... Me deixa te fazer relaxar, hum?
Ele olhou pra mim e me beijou, e eu me rendi aos seus encantos.
Senti os raios do sol bater meu rosto. Abri os olhos devagar e senti a respiração de Michael em meu pescoço. Sorri.
Ele estava me abraçando com sempre: pernas entre as minhas, rosto no meu pescoço e sua mão direita segurando possessivamente o meu seio. Mas era involuntário, e agora eu tinha certeza que, nem se eu quisesse, conseguiria dormir sem esse homem ao meu lado. Não conseguiria viver sem seus olhos em mim, sem suas mãos a me tocar, sem seu sorriso, que era capaz de me desarmar e me colocar no eixo. Olhei pra ele e passei a mão em seu cabelo, eu pensava em como uma pessoa em sã consciência conseguia nutrir um amor tão forte quanto eu sinto por Michael. É um sentimento tão bom, tão gostoso... É único. E eu o amava, amava e amava e sempre o vou amar.
Devagar, consegui me desenrolar dele e me levantei. Olhei em volta do quarto e vi sua camisa vermelha, que eu tinha pego em sua mala, antes de viajarmos, em cima da poltrona, próxima a cama, peguei-a e a vesti. Fui ao banheiro, lavei meu rosto e escovei os dentes. Voltei pro quarto e olhei no relógio de cabeceira, ainda eram sete da manhã.
- Hei... Já acordou? – perguntou Michael, com sua voz rouquinha, olhando pra mim.
Assenti e ele bateu na cama, me chamando para deitar novamente. Fui até ele e me deitei e ele voltou à mesma posição de antes – pernas entre as minhas, cabeça em meu pescoço e mão em meu seio, por cima de sua blusa.
- Perdeu o sono? – perguntou.
- Acho que sim... Acordei há pouco tempo. – respondi, fazendo carinho em seus cabelos.
Ele olhou pra mim e sorriu.
- Eu não gosto de dormir com você vestida... – ele murmurou, abrindo o primeiro botão da sua camisa. – Então, acho que teremos que tirar isso daqui...
Eu gargalhei e quando meu seio esquerdo ficou amostra, ele abaixou a cabeça e lambeu meu bico, o deixando intumescido.
- Você é insaciável!
- Por que? Só estou te fazendo carinho... – ele sussurrou em meu ouvido.
Ele separou minhas pernas e começou a esfregar sua coxa em meu clitóris.
- Eu quero um beijo de bom dia. – falei.
- Só um?
- Quantos você poder me dar... – falei, sorrindo.
Ele se aproximou de mim e roçou seus lábios nos meus. Quando sua língua invadiu minha boca, ele enfiou sua mão por dentro da camisa e começou a acariciar meu seio direito, dando uma atenção especial ao mamilo, me fazendo gemer baixinho em sua boca.
Escutei passos e vozes do lado de fora do quarto, mas estava completamente envolvida com a boca de Michael na minha, sua mão em meu seio e sua coxa em meu clitóris e não dei a devida atenção ao meu instinto que me dizia que algo errado estava prestes a acontecer.
Michael tirou sua mão do meu seio e pôs em minha nuca, puxou meu cabelo e aprofundou mais o beijo, mexi meu quadril em busca de mais contato com sua coxa e então, a porta de se abriu em um estrondo alto.
- Mas o que é que está acontecendo aqui?!
Capítulo 36
Meu pai gritou e olhou pra nós dois.
Eu estava sem ação, completamente em choque, Michael saiu de cima de mim e se sentou na cama, colocando a colcha até a sua cintura. Ele estava de cueca, mas sua ereção crescente era bem visível. Me sentei e abotoei a blusa rapidamente e então, olhei para o meu pai.
- Pai... Nós podemos explicar. – falei.
- Isso, Abdullah, nós podemos explicar tudo...
- Explicar? – ele gritou entrando no quarto. – Você levou minha filha pra cama, seu desgraçado!
- Não é bem assim... – Michael tentou falar, mas meu pai não deixou.
- Não é bem assim? Então o que vocês fizeram na noite passada e o que estavam prestes a fazer agora? – ele perguntou. – Eu vou matar você!
Meu voou pra cima de Michael, mas antes de conseguir socá-lo, Joshua entrou no quarto e o segurou.
- Calma, meu pai, vamos conversar.
- Ele estava transando com Kahinna, Joshua, não tem o que conversar! Eu vou matar esse filho da puta!
Michael se levantou e colocou sua calça e sua camisa que estavam no chão.
- Abdullah, nós precisamos ter uma conversa bem séria. Por favor, não tire conclusões precipitadas. – Michael disse, visivelmente calmo.
Eu tremia da cabeça aos pés, isso não era pra está acontecendo, não era assim que meu pai tinha que descobrir.
- Pai, por favor...
- Cala a boca, Kahinna, eu não quero escutar a sua voz! – meu pai gritou, sem olhar pra mim.
Engoli em seco e meus olhos se encheram d’água. Meu pai nunca tinha gritado comigo, nem quando eu o desobedecia, ou o respondia... Ele sempre fora tão calmo e sempre me tratou com amor. Eu não estava preparada para isso.
- Não grita com ela! – Michael gritou, apontando o dedo para ele.
- Ela é minha filha e eu falo com ela do jeito que eu quiser! – meu pai gritou em resposta.
- Vamos nos acalmar, por favor! – Joshua disse. – Kahinna, vá lá pra fora, nós vamos conversar com Michael.
- A conversa é sobre mim, então eu vou ficar! – falei.
Michael virou pra mim e pôs suas mãos em meu rosto.
- Amor, vá lá pra fora, eu tenho que conversar com o seu pai agora, logo mais eu te encontro. – ele falou baixinho, só pra eu ouvir.
- Mas, Michael... – tentei argumentar, mas ele não deixou.
- Por favor. – pediu.
Suspirei, me dando por vencida e Michael deu um beijo em minha testa.
Saí do quarto e Joshua trancou a porta. Fiquei no corredor, próximo a porta do meu quarto e comecei a escutar a conversa.
- Como isso tudo começou, Michael? – Joshua disse.
- Dois dias depois em que eu cheguei no Bahrein. – Michael disse.
- Como é que é? Então você começou a querer transar com a minha filha ainda na minha casa? – meu pai gritou. – Eu vou matar você!
- Papai, se acalme, por favor! – disse Joshua.
- Abdullah, eu amo a Kahinna. Jamais me aproximaria dela somente pra transar! – Michael exclamou.
- Ama a minha filha? – meu pai perguntou, sarcástico. – Eu conheço tipo de homens como você, Michael. Kahinna é linda, doce, perfeita. E você é um filho da puta que só quis se aproveitar da inocência da minha filha!
Engoli em seco e deixei algumas lágrimas caírem. Meu pai estava irredutível e aquilo não iria acabar bem... Eu podia sentir.
- Não é nada disso! – Michael gritou. – Nunca me aproveitaria de Kahinna, nem de mulher alguma. Eu a amo, de todo o meu coração.
- Você é um mentiroso! – disse meu pai. – Eu te acolhi na minha casa, te dei a minha amizade e o que foi que você fez? Mentiu para minha filha e ficou transando com ela durante todo esse tempo!
- Eu não menti pra ela!– Michael gritou.
- Quer saber, isso não me interessa mais... – meu pai disse.
- Como assim? – Joshua perguntou.
- Você, Michael, vai embora da minha casa, vai embora do meu país e nunca mais voltará a pisar aqui. Eu vou proibir a sua entrada, ou a entrada de qualquer pessoa que trabalhe pra você, aqui no Bahrein. E Kahinna também estará proibida a sair daqui.
Meu coração deu um baque e parou de bater por alguns instantes. Eu vi tudo rodar e se não me apoiasse na parede, com certeza iria com tudo até o chão. Michael ia embora e não poderia mais voltar. As lágrimas caíram rapidamente de meus olhos e uma dor intensa tomou o meu coração. Não podia ser... Meu pai não podia fazer aquilo comigo.
- O que? – Michael perguntou. – Abdullah, por favor, não faça isso...
- Está decidido! Você nunca mais vai pôr os olhos em cima da minha filha.
A porta foi destrancada e meu pai saiu de lá como um tufão, eu fui atrás dele.
- Pai, por favor, não faça isso... – eu ia falando e correndo atrás.
Podia ouvir os passos de Michael e Joshua atrás de mim, mas eu não ligava, não ligava mais pra nada. Só queria implorar ao meu pai, para que ele não mandasse Michael embora de nosso país.
Chegamos perto da escada e eu continuei a falar.
- Pai, por favor, olha pra mim! Michael me ama de verdade, eu sei disso, por favor, não o mande embora...
- Kahinna eu já disse que não quero ouvir a sua voz! – ele gritou.
Desci as escadas atrás dele e pude ver Iary lá embaixo, com aquele sorriso idiota no rosto.
A ignorei e meu pai parou em frente ao bar que tinha na sala de Joshua, ele encheu um copo com uísque o bebeu de uma só vez.
- Pai, por favor... – implorei, chorando. – Não faça isso comigo. Eu amo Michael, pai, tenha piedade, por favor...
- Kahinna, se acalme... – Michael pediu atrás de mim, pondo as mãos em meu ombro.
- Não encosta na minha filha! – meu pai gritou pra ele.
Me afastei de Michael e me virei, encarando Iary.
- Foi você, não é? – perguntei.
- Eu? – ela perguntou, cínica.
- Claro que foi você... Eu vou te matar, sua piranha! – gritei e parti pra cima dela.
Corri até ela e dei dois tapas em seu rosto, um de cada lado. Joshua, Michael e meu pai gritaram mas eu não dei ouvidos. Eu mataria aquela cachorra com um sorriso no rosto.
Iary cambaleou e eu a peguei pelos cabelos e a taquei no chão. Quando ela caiu deitada eu sentei em cima dela comecei a dar tapas em seu rosto, enquanto ela tentava se defender.
- Sua cachorra recalcada, eu vou te matar por ter feito isso. – gritei, arranhando o seu rosto. – Você vai se arrepender de ter falado a verdade para o meu pai, sua vadia de quinta.
- Kahinna, saí de cima dela. – Michael gritou, tentando me segurar.
- Me solta, Michael. Eu vou matar essa piranha que fica escutando os outros transar! – gritei, puxando os cabelos dela e tacando sua cabeça no chão.
Michael me pegou pelos braços e me puxou pra cima, me fazendo sair de cima de Iary. Me agarrou pela cintura enquanto eu me debatia, tentando sair de seus braços. Joshua se ajoelhou ao lado de Iary, vendo o sangue escorrer de seu nariz. O rosto dela estava todo vermelho e o olho direito com certeza ficaria roxo.
- Kahinna o que foi que você fez? – ele perguntou.
- Só fiz o que a vadia da sua mulher estava merecendo há muito tempo! – gritei.
- Kahinna... – Michael sussurrou em meu ouvido.
- Me solta, Michael. – falei e ele me soltou devagar.
Joshua ajudou Iary a se levantar e ela chorava, pondo a mão nos machucados.
- Você é louca. – ela disse. – Eu só quis ajudar, contando ao seu pai o que ele estava fazendo com você...
- Ah, é mesmo? – perguntei. – Então por que você não conta o que fez com ele? – perguntei.
Ela me olhou, completamente assustada.
- Por que você não contou que tentou transar com Michael, hein? – gritei.
- O que? – Joshua perguntou, a soltando.
- Isso é... Isso é mentira, meu amor.
- Mentira? – Michael falou. – Para de ser ridícula, você estava doida pra transar comigo, eu é que não quis!
- Iary? – Joshua perguntou, a olhando.
- Ela beijou o Michael, Joshua! Só de lembrar disso... – falei, fechando a mão em punho. – Eu vou terminar de quebrar a sua cara, sua cachorra. – falei, partindo pra cima dela de novo, mas Michael me deteu.
- Chega, Kahinna! – falou.
- Kahinna, vá arrumar as suas coisas. Vamos embora, agora. – meu pai disse. – E você, Michael, só vai pegar as suas coisas e ir embora desse país. Não quero te ver aqui, nunca mais.
- Pai...
- Chega desse assunto, Kahinna! – ele gritou.
Meu coração se afundou no peito e a dor se verteu em lágrimas. Michael ia embora e eu não podia fazer nada para impedir.
Capítulo 37
Olhei pela janela do carro e vi a casa de Joshua ficar para trás. Suspirei e engoli o choro. Desde manhã eu não via Michael. Meu pai me trancou em meu quarto e só me deixou sair quando viemos embora. Joshua não falava comigo, Iary havia evaporado, meu pai mau me olhava e Michael e as crianças estavam em algum lugar. Só não sabia a onde.
Deixei algumas lágrimas escaparem. Aquilo que estava acontecendo não era justo, Michael e eu nos amávamos, por que tudo tinha de ser tão difícil? Eu me sentia tão... Perdida. Sim, essa era a palavra certa que definia meu estado de espírito naquele momento. Sem Michael, parecia que eu estava somente dando voltas e voltas e voltava ao mesmo lugar. Porque sem ele eu não tinha para onde ir, não sabia que caminho seguir, muito menos o que fazer da minha vida. Eu não era nada sem ele.
Uma hora e meia depois chegamos em minha casa. O motorista saiu do carro e abriu a porta para mim, olhei tudo em volta e vi mais dois carros pretos estacionados em minha casa. Foi então que eu o vi.
Michael estava saindo pela porta da casa principal, atrás dele tinham dois seguranças e mais um homem carregando algumas malas. Ele estava indo embora e a dor que eu sentia em meu peito era insuportável. Não perdi tempo e corri até ele, me jogando em seus braços.
- Michael... – murmurei, deixando as lágrimas caírem.
Ele me apertou forte em seus braços e cheirou meus cabelos.
- Kahinna... – ele sussurrou, com a voz embargada.
- Não vai embora, por favor... – pedi. – Eu vou morrer sem você.
- Hei, não diga isso! – ele pegou meu rosto com suas mãos e o pude ver as lágrimas descendo de seus olhos negros. – Não diga uma besteira dessas, pelo amor de Deus.
- Mas é o que vai acontecer, Michael...
- Não vai... – ele encostou sua testa na minha e fechamos os olhos. – Eu nunca vou desistir de você, lembra quando eu te prometi isso?
- Lembro...
- Então, eu refaço minha promessa. Eu vou lutar por você com todas as minhas forças, eu vou fazer o possível e o impossível pra te ter de volta e quando isso acontecer, nós vamos nos casar e vamos ser muito felizes. Eu prometo. – ele sussurrava para que só eu escutasse. – Eu te amo tanto, minha princesa. Espere por mim, por favor.
- Eu vou esperar, Michael. – abri meus olhos e pude ver o semblante de dor que ele carregava em seu rosto. – Eu te amo muito.
- Eu te amo muito mais.
Ele encostou seus lábios nos meus e me deu um beijo.
- Eu quero que guarde isso com você. – entreguei um pequeno envelope pra ele. – Aí dentro tem o endereço de Lalit, minha amiga. Qualquer coisa que você quiser me mandar, mande para esse endereço e ela entregará pra mim, tudo bem?
Ele assentiu e colocou o envelope no bolso de sua calça, logo depois me puxou para os seus braços novamente.
- Tome cuidado, ok? Se cuida, Kahinna, por favor, não faça nenhuma besteira. – ele pediu.
Sorri.
- Digo o mesmo para você, Jackson.
Ele sorriu e esfregou seu nariz no meu.
- Largue a minha filha, Michael! – gritou meu pai.
Nos afastamos e o vimos, ele estava enfrente a porta da casa principal.
- Creio que você tem que ir agora, não é mesmo? – falou.
Michael assentiu e se viu pra mim.
- Eu te amo. – sussurrou.
- Eu te amo.
Michael saiu andando e antes que entrasse no carro ele olhou pra mim e me soprou um beijo. Soprei outro pra ele e logo depois, ele entrou no carro. Só entrei em casa depois que o carro dele passou pelos enormes portões. Assim que pus os meus pés dentro de casa, vi Indira. Ela me olhava com pesar e minha vontade era de me atirar em seus braços e chorar até perder as minhas forças, mas antes disso, eu tinha uma coisa muito importante a fazer.
- Onde Abdullah está? – perguntei.
Chamá-lo de pai doía a minha alma.
- Kahinna, não fale assim,.. – ela pediu.
- Onde é que ele está, Indira?
Ela suspirou e por fim, respondeu:
- Ele está no escritório, mas...
Nem esperei que ela terminasse de falar e fui em direção ao escritório de meu pai. Abri a porta em supetão e ele estava terminando de se despedir de alguém no telefone.
- Tudo bem... Até mais. – ele pôs o telefone sem fio em cima da mesa e olhou pra mim. – Indira não lhe disse que eu não queria ser incomodado?
- Você tem noção da dor que está me causando? – perguntei.
Ele apoiou os cotovelos sobre a mesa e segurou a cabeça com as mãos.
- Pode começar a fazer o seu velho discurso mimado, Kahinna. Eu já esperava por isso. – ele disse.
- Dessa vez não é um discurso mimado, Abdullah...
- Do que é que você me chamou? – ele perguntou se levantando.
Mas eu não iria abaixar a cabeça, eu iria enfrentá-lo de uma vez por todas.
- Te chamei pelo o seu nome.
- Eu sou o seu pai, Kahinna! – ele gritou.
- O meu pai jamais faria isso comigo! – gritei em resposta. – O homem que me criou, que me deu amor, que sempre me apoiou em tudo, jamais me deixaria sentir a dor que eu estou sentindo nesse momento!
- Eu estou zelando por você! Você deveria me agradecer por ter afastado aquele homem de você. Você se perdeu, Kahinna, não é mais virgem, tem noção disso?
- Está com vergonha da sua própria filha? Então vai lá, Abdullah, me joga para os leões!
- Me respeita, Kahinna, eu ainda sou o seu pai, ainda mando em você... – ele ameaçou.
- Infelizmente você ainda manda em mim, infelizmente você é o Sheik e pode me deixar presa nessa merda desse país! – gritei. – E ao contrário do que você pensa, eu não me perdi. Perdida eu estava esse tempo todo, em Michael eu me achei. Eu o amo e ele me ama, ele vai me tirar daqui e nós vamos nos casar, queira você ou não, Abdullah!
Após ter gritado aquilo eu só senti o lado direito do meu rosto completamente quente e ardido, meu pai havia acabado de me dá um tapa no rosto, o primeiro em dezoito anos. Pus a mão em meu rosto e olhei pra ele, vi a fúria em seus olhos.
- Aprenda uma coisa, Kahinna, você é a minha filha e eu não admito que me desrespeite. Você sempre teve tudo o que quis, sempre foi mimada e teve liberdade para você fazer tudo o que quisesse. Mas eu não vou admitir que você me enfrente desse jeito. Eu sou o seu pai, eu sei o que é melhor pra você.
- E o que é melhor pra mim? Ser obrigada a ficar longe do único homem que eu já amei e apanhar do meu próprio pai? – perguntei, sentindo as lágrimas caírem de meus olhos. – Eu já perdi a minha mãe, não vou suportar perder Michael também, simplesmente não tenho forças para isso. Nunca vou te perdoar por isso, Abdullah, nunca mesmo.
Dito isso, saí do escritório e fui correndo em direção ao meu quarto, ao chegar lá, eu pude ver Indira sentada em minha cama, tirando as roupas da minha mala. Assim que ela me viu, abriu os braços e eu me atirei ali, chorando e soluçando.
- Oh, criança... – ela murmurou, passando a mão pelos meus cabelos. – Tudo isso vai passar, você vai ver...
- Parece que eu vou morrer, Indira... Dói muito... – solucei.
- Você não vai morrer, meu amor, eu estou aqui com você.
- Por que ele fez isso comigo, Indira, por que? Michael e eu nos amamos, por que ele tem que nos fazer sofrer tanto? Eu não entendo...
- Seu pai é cabeça dura, Kahinna, você sabe disso. Talvez, se vocês tivessem conversado com ele, tudo seria diferente. Ele gosta tanto de Michael, tenho certeza que ele não iria se impor tanto, mas ele descobriu de tudo de um jeito horrível, ele pegou vocês dois na cama, qualquer pai faria o mesmo que ele.
- Nós iríamos conversar com ele, depois da festa de Joshua, mas Iary descobriu tudo e contou pra ele... – falei.
- Iary não é confiável, disso sempre soubemos, você tinha que ter sido mais esperta, tinha que ter falado com seu pai antes dela... – ela suspirou. – Mas não vamos pensar no passado. Não seja tão dura com seu pai, converse com ele novamente, direito, dessa vez. Tenho certeza que ele te ouvirá.
- Eu não vou mais falar com ele, não depois de tudo o que ele me fez. – falei, com amargura. – Eu só quero... Ah, Indira, só quero chorar em seu colo, me deixa fazer isso, por favor...
- Chore, meu bem... Coloque tudo para fora.
E foi isso que eu fiz, chorei até o cansaço me dominar por inteiro.
Capítulo 38
Uma semana depois...
- Kahinna, abra a porta... – escutei Indira dizer. – Lalit está aqui, ela quer falar com você.
Havia uma semana que eu não saia de meu quarto. Meu pai não vinha me procurar, Joshua me ignorava e minhas irmãs – que nunca se preocuparam realmente comigo – nem se davam ao trabalho de ir me visitar.
A dor me corroia e eu não sentia vontade de lutar para combatê-la. Eu tinha certeza de que estava com uma aparência péssima, dois quilos mais magra, e uma cara de indigente.
Mas sem Michael ao meu lado, eu simplesmente não me importava com nada disso, era como se nada mais fizesse sentido em minha vida.
Mas ouvi o nome de Lalit parece que ascendeu uma luz dentro de mim. Uma esperança começou a crescer em meu peito, quando o pensamento de que ela veio aqui me trazer algo que Michael me mandou, se ascendeu em meu peito.
- Já estou indo. – murmurei.
Me levantei da cama e fui até a porta, a destranquei e vi Indira e Lalit do lado de fora. Minha amiga trazia uma caixa em suas mãos e um sorriso no rosto.
- Venha! – chamei.
Lalit entrou e Indira disse:
- Vou providenciar algo para vocês comerem. – ela sorriu e sumiu pelo corredor.
- Como se algo parasse em meu estômago! – murmurei, trancando a porta.
Lalit suspirou.
- Kahinna, você não pode continuar desse jeito! Olha com você está... Está tão magra, parece que não come há meses! – Lalit disse.
- Eu não sinto fome e tudo o que eu como, coloco pra fora no mesmo instante. Estou me sentindo tão mal, Lalit. Sem Michael aqui parece que eu estou perdida!
Me sentei na cama e Lalit se sentou ao meu lado, abrindo um sorriso.
- Eu trouxe algo pra você... – ela disse. – Uma encomenda, que chegou ontem em minha casa...
- Oh meu Deus, Lalit, não me diga que...
- Sim! – ela me interrompeu. – Michael mandou algo pra você! – ela me deu a caixa e eu comecei a abri-la rapidamente. – Eu não abri, mas acho que é algo bem interessante.
Tirei o embrulho pardo que envolvia a caixa e logo depois a abri, havia uma carta dentro, junto com um aparelho celular.
- Deus! Olhe isso, Lalit! – falei.
Ela sorriu e eu abri a carta:
“Meu amor...
A saudade que sinto de você corroí meu peito. Não agüento mais toda essa distância.
Sinto falta de seus beijos, de seus carinhos, de seu corpo junto ao meu. Sinto sua falta, Kahinna, você não imagina o quanto.
Dentro da caixa, como você pode ver, tem um aparelho celular. Nele está registrado o meu número e você pode me ligar à hora que quiser. Por Deus, não fique longe desse celular nem um segundo sequer, e nem deixe o seu pai sonhar que você o tem. Precisamos nos comunicar de alguma forma, eu preciso ouvir sua voz, ter a certeza de que você está bem.
Eu estou lutando por você, meu amor, por favor, não pense que desisti de ti. Me reuni com meus advogados e estamos vendo um jeito de eu entrar em seu país novamente e te tirar daí.
Quero saber se está disposta a fugir comigo... Por favor, diga que sim.
Você é a minha vida, Kahinna, e eu não posso mais ficar longe de você.
Te amo, muito.
Com amor, Seu Michael Jackson.”
Ao terminar de ler a carta senti as lágrimas descerem por meu rosto. Ele não havia se esquecido de mim. Aquela carta fez com que a minha saudade aumentasse ainda mais, era tanta dor que parecia que meu coração ia explodir a qualquer momento.
- O que ele disse, amiga? – Lalit perguntou.
- Leia...
Dei a carta a ela e enquanto ela lia, peguei o celular em minhas mãos e o liguei. Fui na lista de contatos e lá estava escrito o nome de Michael e logo depois vinha o seu número. Eu nem queria pensar em quanto ele pagaria por cada ligação nossa, com certeza custaria uma fortuna.
Mas tudo valia a pena.
- Que coisa linda, Kahinna. Ele te ama tanto... Você vai fugir com ele? – perguntou.
- Claro que sim! Faço de tudo pra ficar ao lado dele, Lalit. Sem Michael a vida não faz sentido pra mim. – falei.
Limpei minhas lágrimas e continuei a conversar com Lalit. Quando estava anoitecendo, Lalit foi embora e logo depois, o celular tocou. No visor estava escrito “Michael”.
Meu coração disparou no peito.
Sorri e atendi:
- Alô?
- Kahinna? – a voz dele soou como música em meus ouvidos. – Oh meu Deus, até que em fim consegui falar com você! Como você está, meu amor?
- Ah, Michael... Estou com tanta saudade de você! Estou péssima, está tudo uma merda sem você aqui! – falei.
- Oh, meu amor... Estou fazendo de tudo pra ter você de volta.
- Eu sei que está... – falei. – Como você está? E as crianças, como estão?
- Estou sobrevivendo sem você, Kahinna. – ele tinha a voz embargada. – Elas estão com saudades sua, me perguntam a todo momento quando iremos te ver. – ele sorriu. – Você está bem? Está comendo direito? Não esqueça que tenho Lalit como minha informante.
- Estou bem, na medida do possível. – eu não contaria a verdade pra ele, não queria preocupá-lo ainda mais. – Eu quero você de volta, Michael. Quero ficar perto de você e fazer amor com você... Parece que eu vou morrer sem você aqui.
- Já disse pra não falar uma besteira como essa, Kahinna, pelo amor de Deus! – ele me repreendeu. – Eu também quero você de volta, meu amor... Estou morrendo de saudades de você, do seu corpo... – ele suspirou. – Não agüento mais essa distância, Kahinna.
- Nem eu, Michael...
- E o seu pai, como está te tratando? – perguntou.
- Eu não o vejo a uma semana. Desde que você foi embora eu não saio do meu quarto... Nós brigamos e ele me bateu... Não falo como ele desde esse dia.
- Ele fez o que? – Michael gritou do outro lado da linha. – Ele bateu em você, Kahinna? É isso mesmo?
- Não fique nervoso, Michael, foi só um tapa no rosto. Eu gritei com ele e ele me repreendeu.
- Filho da puta! – ele grunhiu. – Eu sinto muito por isso, meu amor, a culpa é toda minha.
- Não, Michael, a culpa é dele. Foi ele quem te expulsou daqui, se estamos sofrendo assim, é porque ele não teve a capacidade de entender que nos amamos de verdade.
Ele suspirou e depois disse:
- Se eu conseguisse entrar no Bahrein... Você viria embora comigo?
- Claro que sim, Michael. Não pensaria duas vezes. Eu vou com você a qualquer lugar! – falei. – Mas, como eu vou sair do Bahrein? Meu pai me proibiu de sair daqui.
- Estava conversando com meus advogados. Eles me disseram que, por mais que seu pai tenha autoridade de proibir a minha entrada e a sua saída do Bahrein, ele não pode fazer isso sem um motivo civil, ou seja, sem que tenhamos cometido um crime ou ofendesse o Bahrein. Mas para conseguirmos mudar essa decisão dele, teríamos que processá-lo e isso levaria muito tempo. Então, eu estava pensando em fazer documentos falsos... É arriscado, mas é mais fácil e rápido. – ele disse.
- Michael, eu faço qualquer coisa para ficar ao seu lado. Não importa o que seja, eu vou fazer!
- É tão bom ouvir isso, meu amor! – ele sorriu. – Eu te amo tanto, Kahinna... Logo, logo você estará de volta em meus braços, eu prometo.
- Mal posso esperar por isso, amor. – falei.
- Eu vou ter que ir agora, mais tarde eu ligo pra você. E pode me ligar a hora que você quiser, tudo bem? – ele disse.
- Eu vou ligar. Eu te amo, Michael.
- Eu te amo muito mais, meu amor.
Capítulo 39
Uma semana depois...
Escutei Indira entrar em meu quarto, mas eu não tinha forças para me levantar. Tudo rodava e qualquer esforço que eu fizesse, parecia que o meu estomago sairia do meu corpo.
- Kahinna? – Indira me chamou.
Logo ela apareceu na porta do banheiro e me viu sentada próxima ao vaso sanitário.
- Oh meu Deus, Kahinna! – ela exclamou se abaixando ao meu lado. – Minha querida, isso está ficando cada vez pior! Por Deus, Kahinna, o que é que você tem?
- Eu não sei... Estou tão fraca e enjoada, Indira... – falei, mas minha voz saiu em sussurro.
- Oh, meu bem... Você precisa se alimentar, venha, vou te ajudar a se levantar.
Ela pôs meu braço em seu pescoço e com muito esforço me levantei com sua ajuda e fui para cama.
- Eu trouxe uma sopa pra você... – ela disse, se sentando ao meu lado.
- Quando eu como tudo fica pior, Inidira...
- Mas você precisa se alimentar, Kahinna. Veja como você está magra e fraca, se continuar assim, vai ficar doente.
- Não a mime mais, Indira, não vê que ela só quer chamar a nossa atenção? – a voz imponente de meu pai nos assustou. – Não adianta fingir que está doente, Kahinna, Michael não vai voltar e ponto final.
Não fiz a mínima questão de respondê-lo. Indiferença, era a única coisa que ele merecia de minha parte.
- Venha, Indira, deixe Kahinna aí. Logo ela para de fazer charme. – ele disse.
Indira suspirou e olhou pra mim.
- Pode ir, querida. – falei.
Ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto. Eu não podia fazer nada, ela era empregada de meu pai, tinha que obedecer suas ordens.
Era o primeiro dia que eu via o meu pai desde que Michael fora embora. Ele estava tão mudado, nem de longe parecia com o homem que me criou e me deu amor. O meu pai de verdade com certeza veria que eu não estava bem e estaria preocupado comigo. Aquele homem que tinha acabado de sair do meu quarto era só um desconhecido que transitava em minha casa e não me dirigia um olhar se quer.
Suspirei e deixei algumas lágrimas caírem. Segundos depois, meu celular tocou.
Me levantei com dificuldade e fui até a cômoda, peguei o celular e nome de Michael me animou um pouco, mas minha mente estava lenta, e não consegui esboçar o sorriso que sempre me vinha no rosto quando ele me ligava.
- Oi... – murmurei.
- Kahinna... – ele falou com seu tom feliz, mas logo depois mudou seu discurso. – Aconteceu alguma coisa? – perguntou.
- Não é nada... – eu me esforçava para falar mais alto, mas acontecia o contrário.
– Kahinna, não minta pra mim... Você está bem?
Mordi o lábio e me apoiei na cômoda, tudo rodava e eu sentia que ia desmaiar a qualquer momento.
- Está tu... – respirei fundo para conter a náusea e completei com dificuldade: - Tudo bem...
- Kahinna o que você está sentindo? Tem alguém aí com você? Me deixe falar com Indira!
Eu estava lutando entre me manter em pé, conter a náusea, conseguir entender o que ele falava e responder algo coerente.
- O que você disse? – perguntei.
- Kahinna, eu perguntei se tem alguém com você! – ele disse com o tom de voz preocupado. – Pelo amor de Deus, não me deixe aflito, fale alguma coisa!
A fala dele vinha toda enrolada em minha mente e eu já não conseguia ficar em pé. Tudo rodava e a voz dele ficava cada vez mais distante.
- Kahinna...
Até que a única coisa que eu consegui vê foi a escuridão.
- Indira, aonde está Kahinna? Quero falar com ela! – disse Joshua, chegando a casa de Abdullah de repente.
- Você vai brigar com ela, Joshua? – Indira perguntou, temerosa.
- O que? Não... – ele disse. – Eu tenho que conversar com ela, sobre Iary. Ela estava certa sobre ela o tempo e eu preciso me desculpar por tê-la deixado sozinha durante todo esse tempo.
Indira soltou um suspiro de alívio.
- Oh meu Deus, graças a Deus! Ela está lá em cima, Joshua, está sofrendo tanto...
- Eu imagino... – ele disse, triste. – Vou falar com ela.
- Vá sim, querido, ela precisa de todo o apoio possível nesse momento!
Joshua assentiu e subiu as escadas, indo em direção ao quarto de Kahinna. Quando chegou lá, entrou em desespero. Kahinna estava pálida, muito magra e desmaiada.
- Kahinna! – ele gritou e se aproximou dela.
Os batimentos cardíacos eram fracos, mas ainda assim davam para serem sentidos.
- Kahinna, fala comigo! – ele pedia, desesperado.
Joshua pegou sua irmã no colo e saiu do quarto com ela em seus braços, começou a descer as escadas gritando:
- Me ajudem, Kahinna, está desmaiada! O que foi que vocês fizeram com a minha irmã? – ele gritava, chamando a atenção de todos.
Indira foi a primeira a aparecer e entrou em desespero ao ver Kahinna tão debilitada e frágil. Ela chegava a sumir nos braços de Joshua.
- Oh meu Deus, o que houve?
- É o que eu quero saber! – ele grita.
Todos os empregados chegam na sala e Abdullah é o último.
- Que gritaria é essa? – ele perguntou e logo depois viu Kahinna nos braços de Joshua. – O que aconteceu com Kahinna?
- O que você fez com ela? – Joshua gritou.
- Mas eu não... – a voz dele se perdeu. – Eu não sabia que ela estava doente...
- Não sabia? – Joshua perguntou. – Que espécie de pai é você que não sabe da saúde da própria filha?
- Eu te avisei tantas vezes, Abdullah, disse tantas vezes que Kahinna não estava bem, que ela precisava ir ao médico, mas você não acreditou em mim. – disse Indira, chorando.
- Eu pensei que ela estava mentindo para chamar a nossa atenção! – ele disse, com um nó na garganta. – Não imaginei que ela falava a verdade.
- E se eu não chegasse aqui, Kahinna iria morrer enquanto você não imaginava que ela estava falando a verdade? – Joshua perguntou. – Nunca pensei que você fosse capaz disso, meu pai. – ele se virou para os seguranças e disse: - Vamos, irei levar Kahinna ao hospital.
Abdullah, Indira e Joshua chegaram ao hospital e Kahinna foi levada para a sala de emergência. Na sala de espera, o clima era de tensão. Joshua andava de um lado para o outro, Indira rezava e Abdullah sentia a culpa corroer o seu coração.
- Você ainda acha certo manter Michael longe de Kahinna, meu pai? – Joshua perguntou.
Abdullah ficou um tempo sem responder e depois disse:
- Eu não sei...
- Michael não mente, meu pai. – Joshua se sentou ao lado dele. – Ele olha pra Kahinna com admiração, assim como você olhava para minha mãe e eu olhava para Iary. Ele a ama, eu sinto isso. Kahinna está aqui porque ela não suporta a separação, ela já perdeu nossa mãe, ela não vai conseguir viver sem Michael.
- Joshua, é tão difícil pra mim. Eu tratava Michael como um amigo e depois eu o pego na cama com a minha filha. Kahinna só tem dezoito anos e Michael tem idade pra ser o pai dela.
- Mas não é o pai dela. Michael é um homem bom, responsável... Você deveria agradecer por Kahinna ter se apaixonado por ele e não por Raj, que era um maluco, um bandido que só queria nosso dinheiro.
- Você acha que eu devo ligar pra ele? – perguntou.
- Sim. É o melhor a se fazer, meu pai.
Abdullah assentiu e antes que pudesse fazer algo, ouviu seu celular tocar.
Olhou no visor e não reconheceu o número, mais pelo DDD, ele sabia que era dos EUA.
- Alô? – atendeu
- O que é que você fez com Kahinna, Abdullah? – Michael gritou do outro lado da linha.
Abdullah franziu o cenho.
- Michael? Como sabe que aconteceu algo com Kahinna? – perguntou.
- Eu estava falando com ela quando... Quando ela desmaiou... – ele disse. – Estou tão aflito, Abdullah, o que aconteceu com ela?
- Estamos no hospital, Michael... Peço que, por favor, venha pra cá o mais rápido possível.
- Mas... – Michael estava aturdido. – Oh meu Deus, eu estou indo agora mesmo. Por favor, me mantenha informado de tudo.
Se despediram e Michael fretou o primeiro jatinho até o Bahrein, orando para que nada de ruim acontecesse a mulher que ele amava.
Capítulo 40
- Três horas, meu pai, três horas e nenhuma notícia! – Joshua disse, suspirando e passando as mãos pelos cabelos.
- Também estou apreensivo, Joshua, mas devemos esperar... Se Deus quiser, nada de mal vai acontecer a Kahinna.
- Não pode acontecer nada a minha menina... – Indira suspirou, chorando.
Mais alguns minutos se passaram, e logo depois o Dr. Saydi adentrou a sala de espere reservada a família de Kahinna.
- Oh, graças a Deus! – exclamou Joshua, se levantando. – Kahinna está bem, Saydi?
- Como minha filha está? – Abdullah perguntou, aflito.
Dr. Saydi era o médico particular e amigo da família do Sheik, sempre cuidou de todos.
- Eu me pergunto: O que foi que vocês fizeram com Kahinna? – foi à primeira coisa que ele falou.
- O que? – Abdullah perguntou.
- É a única coisa que me vem à cabeça. Eu nunca vi Kahinna tão fraca do jeito que está!
- Espere, Saydi... – Abdullah ia começar a falar.
Mas Joshua o interrompeu:
- Saydi, por favor, nos diga como Kahinna está!
Saydi suspirou e disse:
- Kahinna está com uma anemia muito forte e está com a imunidade muito baixa, como vocês deixam uma mulher grávida ficar desse jeito? – ele pergunta.
- Grá... – Abdullah sente o ar evaporar de seus pulmões. – Grávida?
- Sim, Kahinna está com seis semanas de gravidez, vocês não sabiam?
Joshua se senta na cadeira com a mão na frente da boca. Todos estavam chocados. Era informação demais para um único dia.
- Não sabíamos... – Indira disse. – Oh meu Deus, Kahinna está esperando um bebê! Isso é maravilhoso!
Indira era a única que sorria. Abdullah não sabia o que falar e Joshua estava chocado.
- Mas minha filha está bem, não é? – Abdullah perguntou, depois de ficar alguns segundos em silêncio.
- Não totalmente bem. A gravidez dela exige cuidados, ela tem que tratar essa anemia, para que ela e o bebê fiquem bem. O desmaio que ela teve hoje poderia ter sido bem pior. A fraqueza, os desmaios, é tudo um conjunto da anemia, e com a imunidade baixa ela corre sérios riscos de ter uma doença complicada, como pneumonia, tuberculose e outras doenças.
Abdullah se senta novamente, sem saber o que dizer. Sua filha estava grávida e corria risco de ficar doente. Ele só pensava em voltar no tempo e fazer tudo diferente. Sabia que se Kahinna estava daquele jeito era por sua culpa, se ele não tivesse expulsado Michael de seu país, tudo seria diferente.
- Nós podemos vê-la agora? – Joshua perguntou.
- Ela está dormindo, mas posso liberar alguns minutos para vocês.
Michael estava inquieto. Depois de ficar preso durante doze horas dentro de um jatinho, ainda tinha que agüentar o transito que o impedia de ir mais rápido. Havia decidido que iria direto para o hospital, tinha falado com Abdullah mas ele se recusava a falar o diagnóstico de Kahinna; aquilo estava o deixando louco.
- Tem como ir um pouco mais rápido? – perguntou ao motorista de Abdullah.
- Me desculpe, senhor, mas está tudo parado... Creio que em chegaremos em quarenta minutos.
Michael bufou e passou as mãos pelo cabelo. Sua vontade era de sair correndo avenida a fora até chegar ao hospital. Precisava ver Kahinna, ter a certeza de que ele estava bem.
Quarenta e cinco minutos depois, o carro adentrou o estacionamento do hospital. Michael nem esperou que o motorista abrisse a porta, ele saiu e encontrou com o segurança de Abdullah, que o levou até a sala de espera por um caminho não muito freqüentado pelos acompanhantes dos pacientes. O segurança o levou até a porta da sala de espera e Michael entrou sem muita cerimônia.
- Como Kahinna está? – perguntou.
Joshua foi o primeiro a falar:
- Ela está bem, Michael, na mediada do possível...
- Como assim na medida do possível? – Michael perguntou. – Eu quero falar com o médico que a atendeu.
- Kahinna está grávida, Michael. – Abdullah falou, olhando pra ele. – Ela espera um filho seu.
Michael sentiu o coração dá um pulo no peito e um sorriso enorme se formou em seus lábios.
- Kahinna está grávida? – ele perguntou.
- Sim, Michael... – Joshua falou, sorrindo pela primeira vez naquele dia.
- Isso é... Oh meu Deus, isso é maravilhoso! – ele fala, rindo. – Eu preciso falar com ela, em que quarto ela ta?
- Espere, Michael. Você não acha que temos que conversar primeiro? – Abdullah perguntou.
- Abdullah, nós podemos conversar depois. Me deixe falar com ela antes...
- Não, Michael. Nós vamos conversar agora!
Michael suspirou e se sentou em uma poltrona ao lado de Abdullah.
- Muito bem, Michael. Eu pensei muito, durante o dia todo, e percebi que eu errei em te expulsar do Bahrein e te deixar afastado de Kahinna, mas até ontem eu achava que isso era o melhor a se fazer. Você tem uma filha, creio eu que no meu lugar, você faria o mesmo. Todos os pais fariam isso. Acontece que Kahinna te ama de verdade e eu realmente quero acreditar que você a ama do jeito que me disse há duas semanas...
- Eu a amo, Abdullah. – Michael o interrompeu. – Eu a amo demais. Eu sei que você descobriu tudo de um jeito horrível, nós iríamos conversar com você depois da festa de Joshua, mas enfim... Tudo isso aconteceu. Kahinna é tudo pra mim, Abdullah, depois de tudo o que me aconteceu, encontrar Kahinna foi como ter a minha vida de volta. Eu não consigo me imaginar longe dela, peço a você a chance de fazer sua filha feliz.
Abdullah olha para Michael e depois olha para Joshua. Ele sentia que Michael falava a verdade, sabia que sua filha estaria em boas mãos.
- Eu vou te dá essa chance, Michael, e realmente espero que não me decepcione. – ele sorriu. – Seja bem vindo a nossa família.
Michael sorriu e apertou a mão de Joshua e Abdullah.
- Eu prometo que não vão se arrepender.
Capítulo 41
Sentia um gosto amargo em minha boca e meus olhos estavam pesados. Respirei fundo e um cheiro de álcool entrou em minhas narinas me fazendo ofegar.
Tinha certeza que eu estava em um lugar estranho.
Abri um pouco meus olhos e a luz fluorescente me fez fechá-los imediatamente. Respirei um pouco mais e resolvi tentar de novo, abri-os devagar e conseguir enxergar um pouco ao meu redor. Estava em um quarto de hospital, é claro, mas eu não me lembrava de como tinha parado ali.
- Vejo que a princesinha acordou... – uma senhora baixinha, vestindo um conjunto branco falou, mexendo no meu braço. – Como se sente?
- Estou bem, eu acho... E estou com muita sede. – falei, tentando fazer com que minha voz ficasse normal.
- Certo, vou pegar um copo d’água pra você e vou chamar o Dr. Saydi, ok? – ela sorriu.
Assenti e ela saiu do quarto.
Minutos depois ela voltou com uma bandeja em mãos e atrás dela vinha o Dr. Saydi.
Bebi a água que a senhora havia me oferecido, e quando ela saiu do quarto, Saydi começou a falar.
- Olá mocinha, como está se sentindo? – ele perguntou.
- Acho que estou bem... – falei. – O que estou fazendo aqui?
- A senhorita aprontou muito hoje, espero que isso não se repita. – vendo o ponto de interrogação em meu rosto ele sorriu suavemente e disse. – Você está grávida, Kahinna.
- Grávida!? – perguntei em voz alta.
Eu estava grávida? Deus, meu pai vai me matar! E Michael estava longe de mim... E agora, o que eu faria?
- Sim, você está grávida de seis semanas. E vai ter que tomar muito cuidado daqui pra frente, Kahinna, sua gravidez inspira cuidados, por conta de sua anemia e imunidade baixa. – ele disse.
- Oh meu Deus... – sussurrei. – Mas o meu bebê... Ele está bem, não é mesmo?
Eu não queria que nada de mal acontecesse ao meu filho. Tudo poderia está perdido, mas pela saúde do meu bebê eu lutaria até o fim.
- Sim, ele está bem. Mas você precisa se cuidar direito, se quiser que ele nasça com saúde, ouviu bem?
- Sim... – falei.
- Seu pai e Joshua estão lá fora, eles querem muito falar com você.
- Eu não quero falar com nenhum deles agora... – falei, passando a mão pelo o meu ventre liso.
Tinha um bebezinho ali dentro, e pra mim aquilo era incrível.
- Nem com Michael Jackson? – ele perguntou com um sorriso na voz.
Olhei pra ele espantada. Será que eu estava ouvindo coisas?
- Com quem? – perguntei.
- Com Michael Jackson. Ele está lá fora, maluco pra te ver.
- Não brinca assim comigo, Saydi. – falei, rindo sem humor.
- Mas eu não estou brincando, Kahinna.
Meu coração deu um pulo dentro do peito e eu não conseguia acreditar no que Saydi dizia.
- Michael está aí? – perguntei.
- Está...
Minha vontade era de sair de cima daquela cama e ir correndo até ele, me jogar em seus braços e dizer o quanto o amava e quantas saudades eu senti.
- Espere, vou chamá-lo antes que você pule dessa cama. – ele disse, sorrindo e saiu do quarto.
Os minutos pareciam intermináveis! Eu roia unha e passava as mãos pelo meu ventre várias vezes e nada de Michael aparecer. Bufei e cruzei os braços e então, a porta se abriu devagarzinho e figura de Michael apareceu no vão ente a parede e a porta.
- Oi... – ele falou, sorrindo pra mim.
Eu não agüentava ficar parada e sentada naquela cama, então, saí de lá correndo e me joguei em seus braços.
- Oh, Michael... – falei.
- Kahinna, pelo amor de Deus, não era pra você sair da cama! – ele falou me abraçando.
- Ah, eu senti tanto a sua falta... – falei com a voz embargada.
- Eu também, meu amor... – ainda me abraçando ele entrou no quarto e fechou a porta. – Nunca mais me dê um susto desses, você ouviu? – ele falou, me olhando.
Assenti e disse:
- Mas a culpa não é só minha! É culpa da saudade que eu senti de você, eu disse que eu morreria sem você, Michael.
As lágrimas caíram de meus olhos e Michael fez questão de secá-las com a ponta dos dedos.
- Já disse pra não falar isso, Kahinna! – ele disse, docemente. – Venha, mocinha, vou te levar pra cama.
Ele me pegou no colo e colocou sentada na cama. Me ajeitei e olhei pra ele.
- Hum... Agora só faltam sete! – falei, sorrindo.
Ele me olhou sem entender.
- Sete o que? – perguntou se sentando na cama, ao meu lado.
- Sete filhos, pra chegar a dez. Por que o terceiro já está aqui... – falei, passando a mão pelo meu ventre.
Michael me deu o seu sorriso mais lindo e eu peguei sua mão e coloquei sobre minha barriga.
- Diga oi para o papai... – sussurrei.
A mão de Michael passou pela minha barriga e ele se abaixou, ficando de cara com o meu ventre liso.
- Olá meu amor, agora o papai está aqui e tudo vai ficar bem, eu prometo. – ele sussurrou para minha barriga e depois salpicou vários beijos, me fazendo sorrir.
Michael me olhou e disse:
- Eu amo você... – ele se aproximou de meu rosto e sussurrou pertinho dos meus lábios: - Amo muito você, minha Kahinna.
Ele acariciou meus lábios com os seus e então, me deu um beijo com gosto de saudade reprimida. Era tão bom tê-lo perto de mim novamente, sentir seus lábios nos meus, suas mãos em meu corpo, sua presença.
Como eu amava aquele homem!
- Eu também amo muito você... – sussurrei, sorrindo pra ele. – Senta aqui. – falei, batendo na cama, ao meu lado.
Ele veio até a mim se sentou ao meu lado, me aconchegando em seus braços. Parecia que eu tinha retornado para casa depois de ficar anos pelo mundo.
- Como você conseguiu entrar no país? – perguntei.
- Seu pai me deixou vim pra cá, na verdade, ele me pediu pra vim pra cá.
Eu o olhei, incrédula.
- Está brincando?
- Não to não. E tem mais uma coisa. – ele me olhou e sorriu. – Ele deixou você ficar comigo.
Eu simplesmente não conseguia acreditar no que ele estava me dizendo.
- Não brinca assim comigo, Michael, eu acabei de passar por um susto enorme...
- Mais eu não estou brincando. É sério, amor, ele nos deu sua benção, acreditou no nosso amor. Eu estou tão feliz, Kahinna!
- Oh meu Deus... É inacreditável! – falei.
- Mas é verdade... – Michael sorriu. – Agora você é toda minha, e não precisamos esconder isso de ninguém...
- Oh, Michael, você não sabe como eu estou feliz! – falei, sorrindo e me agarrando a ele.
- Eu também estou muito feliz, meu amor. – ele sorriu. – Você quer que eu chame seu pai agora?
- Não... Eu ainda não estou pronta pra falar com ele. – falei.
Eu não queria ver meu pai. Ele tinha me magoado muito e meu coração doía quando eu o via.
- Kahinna, você não pode ficar brigada com ele para sempre. Eu sei que ele te magoou, mas você também o magoou, não contando a verdade pra ele.
- Ele me magoou muito mais, Michael. Ele me viu quase morrendo e não fez nada, pelo contrário, falava que eu estava mentindo... Ele me bateu. Não vou conseguir olhar pra ele depois de tudo que ele me fez. – falei, sentindo minha garganta se apertar.
- Hei, está tudo bem... – Michael falou, passando a mão pelos meus cabelos. – Eu entendo você, e vou dizer a ele que você precisa de um tempo, tudo bem?
- Diga sim. Mas, na verdade, eu preciso de um tempo a sós com você... – falei, sorrindo pra ele.
Michael riu.
Acho que estava escrito na minha testa o que eu queria.
- É mesmo?
- Sim... E você não vai me negar isso, não é mesmo? – sussurrei, passando a mão por sua barriga e indo até o seu membro.
Acariciei-o por cima da calça, sentindo-o me corresponder prontamente.
Michael levantou meu queixo e me fez fitá-lo.
- Depois eu é quem sou o insaciável, não é? – falou.
- Você é insaciável e me ensinou a ser como você. – falei, sorrindo e o acariciando com mais força.
Ele gemeu baixinho e então, tirou minha mão de cima de seu pênis.
- Eu não vou negar o que você quer, mas também não vou fazer isso agora. Vamos esperar o seu pai e o seu irmão irem embora e o corredor do hospital ficar mais vazio. – ele sussurrou com os lábios bem próximos do meu ouvido.
Senti seus dentes morderem o lóbulo da minha orelha e uma corrente passar por meu corpo, chegando ao meu clitóris.
- Vai passar a noite comigo? – perguntei no mesmo tom.
- Se você quiser...
- E vai fazer amor comigo?
- Se você quiser... – ele respondeu.
Peguei seu rosto entre as minhas mãos e disse:
- É o que eu mais quero.
Grudei meus lábios nos dele, querendo que as horas voassem o mais rápido possível.
Capítulo 42
Mais tarde, eu deixei que Indira entrasse em meu quarto.
Ela chorava e pedia desculpas por não ter cuidado de mim como deveria e falava que estava feliz por eu está esperando um bebê.
Indira era como uma segunda mãe para mim e eu a amava muito. Ao invés de minhas irmãs, foi ela quem me criou, quem me deu amor e me ensinou uma boa parte de tudo o que eu sei. Eu jamais a culparia por ter passado mal, ela que cuidou de mim durante essas duas semanas e eu seria eternamente grata por tudo o que ela fez por mim, pelo resto da minha vida.
Não falei com meu pai e nem com Joshua. Michael não falou mais deles, só me disse algo quando eles foram embora, acho que ele me entendia; meu pai e meu irmão me magoaram muito, me deixando completamente sozinha quando eu mais precisei. Eu queria um tempo para colocar minha cabeça e meu coração no lugar.
- Hei, o que está passando nessa cabecinha, hein? – Michael perguntou, saindo do banheiro.
Ele estava lindo com aquela calça preta, regata branca e os cabelos todo molhado. O seu cheiro impregnou todo o quarto, me fazendo suspirar de desejo e satisfação.
- Na minha cabeça só está passando uma coisa nesse momento. Estou pensando que você está lindo e irresistível. Parece que esse tempo todo sem te vê te deixou mais bonito, como consegue isso, Jackson? – perguntei.
Ele sorriu e se aproximou de mim, ele parou ao lado da minha cama e se curvou fazendo seu rosto ficar colado ao meu.
- Hum... Eu sou irresistível naturalmente, baby. Você que deve ter se esquecido de algum detalhe do meu corpo... – ele sussurrou.
Gargalhei e ele se afastou de mim, rindo também.
- Seu ego está tão inflado que daqui a pouco você vai ter que correr atrás dele pelo quarto. – falei, me levantando da cama. – Vou tomar banho e já volto.
Ele assentiu e eu fui em direção ao banheiro.
Tomei um banho rápido e estava me secando quando ouvi a enfermeira entrar no quarto. Michael disse a ela que estava tudo bem que a outra enfermeira já havia ido me ver. Pude escutar ela falando que era pra ele ficar de olho em mim e que eu deveria descansar, ela disse que pela manhã voltaria ao meu quarto e o médico me daria alta.
Descansar... Com Michael ao meu lado? Creio que essa tarefa será impossível de ser realizada.
Escutei a porta se fechando e quando sai do banheiro, vi Michael trancando a porta.
- Que danadinho, trancando a porta, é? A enfermeira disse que era pra mim descansar... – falei, me encostando no batente da porta do banheiro.
Michael se virou pra mim e deu um sorriso safado, veio andando até a mim e só parou quando estava a centímetros longe do meu rosto.
- O que você prefere: obedecer à enfermeira ou gozar durante a noite inteira? – perguntou
Engoli em seco. Deus, como eu estava com saudades do meu homem safado!
- O que você sugere?
- Pra mim, a última opção é a mais viável... Mais tudo depende de você, aliás, como sempre.
Sorri e passei meu braço pelo seu pescoço. Ele chegou mais para frente e suas mãos tomaram, possessivamente, a minha cintura.
- Então eu vou seguir a sua sugestão. Quero gozar a noite toda, meu amor, será que você pode me ajudar com isso?
Ele sorriu e disse com os lábios quase colados aos meus:
- Será um prazer lhe ajudar, baby.
Michael sugou o meu lábio inferior com força, me fazendo soltar um gemido de prazer e dor. Ele mordeu, sem força alguma, o meu lábio e o deixou escorregar até que escapasse de seus dentes.
- Acho que não vamos precisar desse pedaço de pano... – ele disse, desamarrando a lateral da roupa do hospital que estava em meu corpo. – Isso aqui é tão indecente... Amanhã eu vou mandar alguém trazer uma roupa de verdade pra você vestir, senão eu vou ficar excitado durante todo o tempo e vou ser expulso desse hospital.
Ri dele e a roupa escorregou pelo meu corpo, até cair ao chão.
- Como você consegue ficar ainda mais linda? – ele perguntou, me olhando de cima a baixo.
Seus olhos transbordavam desejo e luxuria, o que me fez ficar ainda mais excitada.
- É a saudade que está fazendo você enxergar coisas demais... – falei, sorrindo.
Ele mordeu o lábio, pegou minha cintura e me puxou de encontro a ele; me fazendo sentir sua dura ereção contra minha barriga.
- Tenho certeza que não é isso... Acho que é porque você está carregando um filho meu. Isso torna tudo muito mais... Excitante.
- Excitante até eu está enorme de gorda, não é? Você nem vai olhar mais pra mim...
- Não seja boba, meu amor. Você vai ficar linda com um barrigão imenso. Pode ter certeza que vai ficar muito mais sexy, vou querer fazer amor a toda hora!
Sorri.
- Você é um bobo insaciável. Me respeite, Jackson, agora eu sou uma mulher grávida.
- Uma mulher grávida de um filho meu. Tem coisa mais excitante que isso? - ele me olhou e passou o dedo médio em meus lábios. – Com certeza, não.
Ele sorriu e aproximou seus lábios dos meus, me dando um beijo doce e carregado de promessas.
Com certeza, a nossa noite seria uma loucura!
Contornei seu pescoço com os meus braços e o puxei mais para mim, eu precisava dele, do beijo dele, do toque dele. Precisava senti-lo dentro de mim, era essa prova de que eu precisava, para ter a certeza que ele estava ao meu lado, novamente.
Michael me pegou no colo e me colocou sentada na beira da cama. Abri minhas pernas e ele se acomodou ao meio, me fazendo sentir sua ereção em meu clitóris. Soltei um gemido baixinho em sua boca e ele sorriu, migrando seus lábios para o meu pescoço. Suas mãos acariciavam minhas coxas, sempre chegando à altura da virilha e voltando, me fazendo arrepiar em expectativa.
Joguei a cabeça pra trás e ele chupou meu pescoço, descendo os lábios até chegar a meu seio. Olhei pra ele mordendo o lábio e me segurando para não gemer tão alto.
Ele sorriu pra mim.
- Estava com tantas saudades deles, meu amor... – ele sussurrou, dando um beijo no meu mamilo direito.
- Só deles?
- De você inteira...
Michael me olhou mais uma vez e então, voltou sua atenção para o meu seio, chupando com força e tesão. Gemi e segurei em seus cabelos fazendo-o sugar mais e ele me obedeceu, me fazendo gemer em satisfação. Minha calcinha estava completamente molhada e eu não conseguia nem raciocinar. Ele sabia o que fazia comigo e adorava me ver daquele jeito – totalmente entregue a ele.
Ele se levantou um pouco, e sussurrou em meu ouvido:
- Deita e abra as pernas pra mim...
Confesso que só em ouvir aquilo eu poderia ter um orgasmo.
Cheguei um pouco pra trás e me deitei, nossa sorte era que a cama era bem larga e poderíamos fazer aquela travessura. Abri as pernas e Michael se curvou, ficando na altura dos meus seios.
Me apoiei em meus cotovelos, ficando perto o suficiente de seus lábios. O beijei e ele se afastou. Deu dois beijos em meus seios e se abaixou, começando a beijar e sugar minha barriga.
Eu sabia muito bem o que ele iria fazer – e ansiava por aquilo.
Ele chegou à altura do meu ventre e me olhou, o sorriso que tinha em seus lábios naquele momento era contagiante e o brilho em seus olhos me deixava boba. Ele estava tão feliz e aquilo alegrava o meu coração. Michael beijou meu ventre com carinho e então, chegou a minha calcinha. Ele prendeu a lateral em seus dentes e, me olhando, tirou-a de mim lentamente, me fazendo arfar em expectativa.
Ele beijou a parte inferior de minhas coxas olhando em meus olhos. Aproveitei cada momento, cada toque de seus lábios molhados em minha pele. Eu não tinha pressa e ele também não. Só queríamos nos curtir e matar as saudades um do outro.
Michael chegou a minha intimidade e me ouviu arfar. Ele me olhou, com um sorriso travesso nos lábios.
Ele passou os dedos pela minha em entrada e ameaçou me penetrar, mas ao invés disso, só ficou acariciando e me fazendo ficar mais excitada.
- Molhada demais, baby... – ele murmurou com a voz rouca de desejo. – Não sei como consegui ficar tanto tempo longe de você, é até pecado desperdiçar tanta lubrificação assim. Como você está excitada! – ele exclamou. – Como você fez pra se satisfazer, hein? Se masturbou pensando em mim?
Senti meu rosto esquentar e neguei.
- Oh... Por que, meu amor?
Ele levou seu dedo até o meu clitóris e o movimentou ali, me fazendo gemer baixinho.
- Responda, baby...
- Eu não... Não sei porquê. – murmurei.
- Isso é uma pena, amor, porque eu me masturbei muito pensando em você.
Soltei um gemido quando a imagem dele se masturbando veio em minha mente.
- Olha, ficou ainda mais molhada! – ele exclamou. – Temos que resolver isso, não é mesmo? – ele me olhou e eu assenti. – O que você sugere?
Mordi o lábio. Ele adorava me provocar!
- Eu quero que... Quero que você me chupe e me faça gozar bem gostoso. – falei.
Ele me olhou e sorriu.
- Esses tempos afastados te deixou mais ousada, amor. – ele lambeu meu clitóris. – E eu adorei isso! Hum... Deliciosa, baby, aliás, como sempre!
Michael se abaixou e percorreu minha entrada com a língua e chupou com força quando chegou a meu clitóris. Gemi alto ele intensificou os movimentos de sua língua, e penetrou dois dedos em mim, estocando com força. Eu estava tão excitada que podia sentir meu orgasmo bem perto, apertei os dedos de Michael com força dentro de mim e movimentei minha cintura, fazendo com que minha intimidade deslizasse por sua boca. Ele mordiscou meu clitóris e chupou-o com força, metendo seus dedos mais rápidos em mim e então, gozei em sua boca. Eu podia sentir os espasmos percorrer o meu corpo me fazendo gemer.
Acho que foi o orgasmo mais rápido que eu já tive.
- Gozou tão rápido, amor... – Michael disse.
Ele pegou em minhas mãos e me fez sentar novamente.
- Estava com muitas saudades da minha boca em você, é isso? – perguntou.
- Sim... Estava com muitas saudades.
Ele sorriu e tirou sua camiseta, logo depois desamarrou o cordão de sua calça fazendo-a cair em seus pés, ele estava completamente nu e a visão de seu pênis ereto fez minha boca salivar. Logo eu estava molhada, novamente.
- E do meu pênis dentro de você... Também está com saudades?
- Muitas... – sussurrei olhando seu membro.
Ele sorriu e pôs as mãos em minha cintura, me fazendo sair da cama.
Michael se afastou de mim e se sentou no sofá que ficava próximo a porta, ele começou a se tocar rapidamente.
- Então vem cá e mostra pra mim como é grande a sua saudade.
Sorri e me aproximei. Eu queria chupá-lo mas também o queria dentro de mim, minha mente estava em um enorme dilema, mas, por fim, decidi matar a saudade por completo. Cheguei perto dele e me sentei em seu colo, um pouco abaixo de sua virilha. Michael parou de se tocar e colocou as mãos em minhas pernas, seu tronco chegou para frente e ele tocou seus lábios nos meus, me dando um beijo quente. Deixei sua língua adentrar minha boca e a chupei, enquanto começava a masturbá-lo devagar. Seu pênis pulsava em minha mão e ele gemeu em meus lábios.
Me afastei e Michael se encostou novamente no sofá. Parei de tocá-lo e me levantei minimamente, fazendo com que seu membro tocasse a minha entrada. Comecei a sentar em cima dele, sentindo-o me preencher e Michael fechou os olhos jogando a cabeça pra trás e acariciando minha cintura. Quando ele estava totalmente dentro de mim, me apertei nele e Michael gemeu. Ele me olhou e se aproximou, pegando minha cabeça entre suas mãos e me beijando, enquanto eu me apoiava em seus ombros e começava a me movimentar em cima dele.
Estávamos nos amando depois de tanto tempo, e aquilo pra mim era incrível.
- Ah amor, que saudade de você... – ele sussurrou em meus lábios.
- Também estava com tantas saudades, Michael... – murmurei.
Ele me beijou de novo e levou suas mãos a minha cintura, me ajudando a subir e descer em cima dele. Os movimentos ficaram mais rápidos e ele me alcançava bem lá no fundo, naquele ponto delicioso aonde eu sentia todo o prazer que ele podia me dar.
Gemi alto e me apertei nele.
- Baixinho, amor... – ele gemeu em meus lábios.
Sorri pra ele e cavalguei mais rápido. Podia sentir meu orgasmo próximo novamente e acho que com Michael acontecia a mesma coisa, pois ele já começava a franzir o cenho daquele jeito que ele fazia quando estava prestes a gozar.
- Mais rápido... - ele gemeu e me ajudou a aumentar os movimentos.
Subi e desci mais rápido.
- Goza comigo, amor... – pedi.
Segurei seu rosto entre minhas mãos e o beijei, me movimentei mais rápido e então, tudo explodiu.
- Eu te amo... – gemi em seu ouvido, quando senti seu ultimo jato entrar em mim.
- Eu te amo mais, meu amor... Muito mais. – ele sussurrou.
Sorri e o beijei, provando a mim mesma que ele estava ali comigo e nunca mais iria embora.
Capítulo 43
Eram dez horas da manhã quando Indira apareceu. Ela chegou sorridente e me deu um beijo amoroso na testa.
Michael saiu do quarto, nos deixando a sós e ela começou a falar:
- Como se sente hoje, querida? – perguntou
- Muito bem, Indira. Michael cuidou muito bem de mim. – respondi, sorrindo.
- Isso é bom. Você sabe que seu pai...
- Ah não, Indira, não quero falar sobre ele. – falei.
Ainda não estava preparada pra pressão psicológica que ela com certeza faria em mim.
- Kahinna, só me deixe falar, por favor.
Suspirei e assenti. Eu sabia que mesmo não querendo eu ia ter de ouvir, então, não me restava escolhas a não ser escutar o que ela tinha a dizer.
- Seu está muito triste, querida. Ele não mediu as conseqüências que a decisão dele traria pra você, Kahinna, e agora ele está muito arrependido. Ele não imaginava que isso ia te afetar tanto.
- Mas eu disse a ele o que aconteceria, Indira, então por que ele não acreditou em mim?
- Você sabe como seu pai é, Kahinna, ele nunca pensa antes de fazer algo.
- Ele não pensa quando faz algo aos outros, Indira, mas eu sou filha dele, ele nunca me tratou daquele jeito e simplesmente não tinha o direito de fazê-lo. E
eu não sou obrigada a aceitá-lo aqui, só porque ele chamou Michael de volta. Ele precisou me ver doente em uma cama de hospital pra enxergar o mal que estava me fazendo.
- Eu sei, Kahinna, mas ninguém é perfeito! – ela disse e suspirou. – Seu pai nunca fez algo que te machucasse, e quando ele afastou Michael de você, ele achou que estava fazendo o certo. Ele te pegou na cama com Michael, Kahinna, como eu disse antes, qualquer pai no lugar dele faria o mesmo, você não pode colocá-lo em uma cruz. Ele errou sim, mas está disposto a fazer o certo agora, dê ao menos uma chance dele se explicar.
Suspirei e fiquei pensando durante alguns segundos...
Talvez Indira estivesse certa, meu pai realmente merecia a chance de se explicar.
- Ele está aí? – perguntei.
- Sim, querida... Quer que eu o chame?
Assenti e ela sorriu, parecendo está aliviada. Saiu do quarto e eu fiquei esperando por meu pai. Em menos de dois minutos ele apareceu. Abriu a porta e, meio sem jeito, entrou no quarto. Ele me olhou e seus olhos se encheram d’água.
- Minha querida... Como você está? – ele perguntou com a voz embargada.
Engoli em seco o nó que se formou em minha garganta e me obriguei a responder alguma coisa.
- Estou bem...
Ele passou a ponta dos dedos pelos olhos afim de dissipar as lágrimas mas não obteve muito sucesso, pois logo depois elas desciam pelo seu rosto.
- Kahinna, eu... – ele respirou fundo e olhou em meus olhos. – Eu fiz tanta besteira, nem sei por onde começar...
Ele se aproximou de mim e começou a falar novamente:
- Eu sei que errei ao mandar Michael ir embora, mas quero que entenda, filha, que naquele momento eu achei que era o certo. Só me passava pela cabeça o quão idiota eu fui ao deixar Michael se aproximar de você, eu não entendia o amor que vocês sentiam, na verdade, não pensava que o amor dele fosse verdadeiro. Tantos homens querem se aproveitar de mulheres e você é tão linda, eu fiquei louco ao ver vocês dois na cama naquele dia e agir sem pensar.
- Você deveria ter me escutado, pai... – murmurei.
- Eu sei disso... Sei que deveria ter lhe escutado, que deveria ter acreditado em Indira, quando ela me disse que você não estava bem, sei que não deveria ter batido em você... Se eu pudesse voltar atrás, minha filha, com certeza eu voltaria e faria tudo diferente.
- Mas você não pode, pai. – falei.
Ele me olhou com olhos tristes, e meu coração se encheu de amor.
- Mas você pode me dar um abraço e me mostrar que meu pai está de volta. – falei, abrindo meus braços.
Ele suspirou e me abraçou e eu permiti que minhas lágrimas caíssem, enquanto ele chorava baixinho em meus ombros.
- Me perdoa, querida... Me perdoa, por favor...
- Eu já perdoei, pai... Eu amo você.
- Eu também te amo muito, fiquei desesperado ao vê-la desmaiada nos braços de Joshua, você estava tão frágil, pensei que não resistiria. Eu morreria se algo mais grave tivesse acontecido com você...
Peguei seu rosto em minhas mãos e limpei suas lágrimas, sorrindo pra ele.
- Mas não aconteceu e eu e seu neto estamos aqui... Nós amamos você, pai.
- Eu também amo muito vocês, querida... Amo muito. – ele sorriu e beijou minha testa.
Limpamos as lágrimas e ouvimos duas batidas na porta, meu pai disse que poderiam entrar e logo depois Saydi e Michael adentraram o quarto.
- Olá Kahinna, como se sente? – Saydi perguntou.
- Estou muito bem!
Olhei pra Michael e sorri e ele me sorriu de volta, entendendo perfeitamente o que eu queria dizer.
- Que ótimo, querida. Vamos fazer alguns exames e bater uma ultra, pra saber se está tudo bem com o bebê, certo?
***
Era incrível ter a sensação de tudo estava em paz.
Fazia dois dias que eu tinha saído do hospital e tudo estava perfeito. Meu pai e eu voltamos a nos falar e ele aceitava o meu relacionamento com Michael, Joshua também veio me pedir desculpas no hospital, e pelo o que ele me disse, Iary já estava fora de sua vida.
Mas isso não queria dizer que ele não faria nada para se vingar dela.
Ela ainda morava com ele, e ele havia me dito que ela não sabia que ele tinha descoberto tudo o que ela fazia. Eu tinha achado bem estranho o fato dele não ter falado nada com ela, mas ele havia me garantido que ela não ficaria na casa dele por muito tempo.
Estávamos todos reunidos na casa de meu pai. Ele havia promovido um pequeno almoço para amigos e familiares, para comemorar a minha recuperação. O almoço estava sendo divertido e eu podia sentir de longe o olhar de inveja de Iary para cima de Michael e eu. Mas fazíamos questão de esfregar na cara dela a nossa felicidade. Papai havia anunciado a todos que estávamos namorando e que em breve um casamento aconteceria – mesmo sem Michael ter me feito o pedido oficial – e ninguém havia achado aquilo estranho, pelo contrário, parecia que era a coisa mais normal do mundo ver Michael Jackson quase completamente agarrado com a filha do Sheik do Bahrein.
E pra falar a verdade, vê-los daquele jeito, sem ligar muito para a notícia me deixava mais tranquila.
Indira havia arrumado uma mesa enorme bem no centro de nosso jardim e todos falavam e comiam ao mesmo tempo, até que Joshua se levantou com uma taça na mão e uma faca em outra. Ele bateu na taça levemente, chamando a atenção de todos e fazendo tudo ficar no completo silêncio.
- Eu gostaria de tomar alguns minutos de vocês. – ele falou, sorrindo. – Bem, todos já sabem que Kahinna estava no hospital a dois dias atrás mas graças a Deus ela já está bem e está com o homem que ela ama... – ele se virou pra mim. – Pode ter certeza que estamos muito felizes por você, minha irmã, você merece toda a felicidade do mundo. – ele olhou novamente para todos e levantou a taça – Por isso, quero propor um brinde, em nome da felicidade de minha irmã e de meu cunhado.
Sorrimos e todos bateram palmas e brindaram, falando coisas bonitas e desejando nossa felicidade. Quando tudo ficou em silêncio novamente, percebemos que Joshua ainda estava de pé. Novamente ele começou a falar:
- E agora, eu gostaria de propor um brinde a minha querida esposa... – ele disse.
Iary sorriu e se levantou.
- A minha querida esposa que não passa de uma vadia! – ele completou.
O sorriso de Iary se desmanchou e ela olhou para Joshua sem entender, enquanto todos murmuravam.
- O que? Estás louco, meu marido?
- Não... Louco eu estava quando me casei com você e não dei ouvidos ao que Kahinna falava.
- Mas... Mas Kahinna não passava de uma criança mimada, Joshua, você não podia mesmo dar ouvidos a ela!
- Kahinna era uma criança sim, mas estava falando a verdade. Como você teve a coragem de me enganar tanto, Iary? Como pode ser tão vadia e cínica? Sempre me traiu, desde quando namorávamos, eu descobri tudo, eu te vi na cama com aquele homem naquele quarto de hotel de beira de estrada, na semana passada, Iary e não adianta mentir! – Joshua gritou.
Ele estava realmente furioso.
Todos olharam para Iary esperando uma explicação, qualquer uma que fosse. Mas ao invés disso, ela olhou na cara de Joshua e riu.
- E como você pode ser tão idiota? – ela perguntou. – Eu te traí mesmo, te traí por anos a fio e você nunca descobriu... Nunca desconfiou!
Ela ria parecendo uma louca e todos estavam espantados com a atitude dela.
- Mas antes tarde do que nunca. – disse Joshua. – Por isso, Iary, você vai sair dessa casa, e não tem direito a levar nada, nem uma peça de roupa. Meus filhos ficarão comigo, eles não precisam de uma mãe como você.
Ela parou de rir e o olhou, assustada.
- Você está brincando, não é?
- Nunca falei tão sério em toda a minha vida!
- Meu neto está certo! – meu avô se impôs, se levantando. – Minha família não pode se sujar com pessoas feito você. Por favor, retire-se da casa do meu filho e desapareça da vida de meu neto.
- Mas...
- Sem mais! – Joshua foi até ela e a segurou pelo braço. – Você vai sair daqui agora, sua vagabunda e nunca mais ouse aparecer!
- Joshua, eu só estava brincando, por favor... – ela disse, chorando.
Joshua foi a arrastando e todos nós nos levantamos para ver o que ele faria com ela. A cultura do Bahrein era bem simples, a mulher que traia a honra e a confiança de seu marido era jogada na sarjeta, tratada tal qual um lixo. A mulher que envergonhava sua família não merecia respeito em nenhum lugar de nosso país nem de nenhum cidadão.
Quando chegou no portão da casa de meu pai, Joshua tacou Iary no chão e mandou os seguranças fecharem o portão. Ela se levantou, chorando e se agarrou na grade.
- Vocês não têm o direito de fazer isso comigo! – ela gritou. – Eu sou sua mulher, Joshua!
- Não se lembrou disso quando se deitou com aquele homem! – ele gritou de volta.
- Quer saber... Não ligo! – ela disse. – Espero que você e toda essa família ridícula tenha uma morte dolorosa... E você, Kahinna... – ela olhou pra mim e depois pra minha barriga. – Esse filho, vocês sabiam que Kahinna está esperando um bebê? – ela gritou e todos me olharam. – Essa criança infeliz, não vai nascer, Kahinna, escuta o que eu estou lhe dizendo.
Meus olhos se encheram d’água e Michael me abraçou por trás, pondo a mão em minha barriga imediatamente. Eu pus minhas mãos em cima da dele.
- Você está louca? – Michael gritou.
Ela gargalhou.
- É o preço que vocês vão pagar por está fazendo isso comigo.
Eu não conseguia falar nada, só sentia uma vontade desesperada de chorar e foi isso que eu fiz. Eu chorava alto e soluçava enquanto Michael me abraçava e colocava minha cabeça em seu peito.
- Nada disso vai acontecer, meu amor...
- Eu não quero perder meu bebê... – falei.
- Vai embora daqui, Iary, agora! – Joshua gritou.
Michael me pegou no colo e saiu dali, entrando em casa e indo direto para o meu quarto. Ele me colocou na cama e voltou para fechar a porta.
Deitei-me encolhida enquanto chorava. Eu me sentia completamente abalada e indefesa. Sabia que Iary era ruim mais não ao ponto de desejar a morte do meu filho, e aquilo tinha acabado comigo.
- Não, meu amor, não fique assim... – Michael sussurrou em meu ouvido.
Ele se deitou atrás de mim e eu me virei pra ele, escondendo meu rosto em seu peito enquanto passava a mão pelo meu ventre.
- Eu não quero perder meu bebê... – repeti, soluçando.
Michael pegou meu rosto em suas mãos e olhou pra mim.
- Nada disso vai acontecer, Kahinna, eu não vou deixar, ok? – ele falou. – Aquela mulher é louca, não devemos dar ouvidos a ela, meu amor... Nosso bebê só vai sair daqui – ele pôs a mão em cima da minha. – quando for à hora certa, tudo bem?
- Por que ela é tão ruim, Michael? É só uma criança, nunca fez nada pra ela...
- Ela só quis nos assustar, meu amor. Ela não é nada nem ninguém pra saber sobre o futuro, só Deus sabe e ele está do nosso lado. Ele nos deu um presente lindo que é o nosso filho, ele nos juntou novamente a nada vai nos separar. – ele se aproximou ainda mais de mim e me abraçou. – Eu amo vocês, e vou protegê-los de tudo.
- Promete? – perguntei.
- Prometo.
Michael beijou minha testa e me acomodou em seu peito, fazendo carinho em minha cabeça até que eu pegasse no sono.
Despertei sentindo beijos quentinhos em meu rosto e logo abri um sorriso.
Sabia muito bem de quem eram aqueles beijos.
- Olá, dorminhoca... – Michael sussurrou em meu ouvido.
Abri os olhos e constatei que ele estava com a mesma roupa de quando eu adormecera, o que me fez pensar que ele não tinha saído do meu lado durante um segundo sequer.
- Oi... – falei. – Dormi muito?
Ele balançou a cabeça.
- O suficiente para se acalmar. Está se sentindo melhor?
Sorri e me joguei em cima dele, fazendo-o deitar-se na cama.
- Como não me senti melhor com você ao meu lado? Impossível! – falei.
Ele sorriu e passou a mão pelos meus cabelos.
- Então... Acho que eu mereço um agradecimento, não é?
Abaixei meu rosto até que ficasse a altura do seu.
- Vou pensar no seu caso, Jackson...
Esfreguei meu nariz no dele e encostei meus lábios aos seus, dando-lhe um beijo doce. Ele pediu passagem com a sua língua e acariciou cada canto da minha boca, enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo, fazendo o calor se multiplicar por cada canto da minha pele.
- Eu quero fazer amor com você... – sussurrei entre os seus lábios.
Ele me olhou com os olhos em chama e mudou de posição, me fazendo ficar por debaixo dele.
– Eu também. – ele sussurrou - Quero matar todas as minhas saudades de você, minha gostosa.
Sorri pra ele e seus lábios tocaram os meus novamente, me fazendo ficar ainda mais excitada.
Seus lábios desceram pelo meu pescoço, enquanto tirava minha blusa. Quando ela foi parar no chão, ele desceu seus lábios pelo meu colo, até chegar ao sutiã, olhou pra mim e sorriu.
- Hum... Sutiã de renda, branco? – ele pergunta com um sorriso safado nos lábios. – Isso é pra realmente tentar tapar algo de seus seios ou é pra me deixar louco?
Ri e passei dois dedos em seus lábios.
- A idéia de te deixar louco me consome, Sr. Jackson.
Ele mordeu a ponta de meus dedos.
- Que safada! – exclamou. – Mais acho que podemos dá um jeito nisso...
Ele abaixou a cabeça e mordeu o bico do meu seio por cima do sutiã até que ele estivesse completamente intumescido. Repetiu o gesto no outro seio e quando os bicos de meus seios estavam completamente duros e eriçados, ele os apertou, fazendo aquela famosa ligação chegar ao meu clitóris.
- Acho que chegou hora de você experimentar coisas novas, meu amor... – ele sussurrou.
Mordi o lábio e ele se ajoelhou entre minhas pernas, desabotoando o meu short e o tirando rapidamente junto com a calcinha. Sua blusa e sua calça foram tirados em menos de um minuto e logo ele estava somente de cueca a minha frente, me provando o quanto ele estava excitado.
Michael pegou minha mão e me fez sentar. Logo suas mãos estavam em minhas costas, desabotoando o fecho de meu sutiã.
- O que tem de novo para me apresentar, Jackson? – sussurrei em seu ouvido.
Ele tirou o sutiã de mim e sorriu.
- Deite-se... – murmurou
Me deitei.
- Você não me respondeu...
Ele curvou-se sobre mim novamente e sussurrou com seus lábios quase colados aos meus.
- Eu prefiro mostrar ao invés de falar, baby.
Ele me deu um beijo rápido nos lábios e se abaixou até ficar na altura de meus seios. Deu um beijo e cada mamilo e passou dedo em meu clitóris descendo até a minha entrada.
- Sempre molhada, não é? – ele sussurrou.
Seu dedo entrou em mim bem devagar, me fazendo ofegar e apertá-lo dentro de mim. Ele o movimentou mais rápido e começou a sugar meu seio direito. Olhou pra mim e tirou seu dedo de lá de dentro, colocando-o na boca e chupando-o.
- Deliciosa... – murmurou.
Mordi o lábio e gemi quando ele apertou duas vezes o bico do meu seio esquerdo; quanto mais ele apertava, mais eu me sentia molhada e por incrível que pareça, sentia que meu orgasmo estava próximo.
Sua língua passou no bico do meu seio direito e ele o mordiscou, chupando-o com força logo em seguida, me fazendo arquear as costas em sua direção. Seus dedos aumentaram a pressão em no mamilo esquerdo e as minhas paredes vaginais se contraiam a cada sugada e apertada que ele dava.
- Michael! – gemi alto, quando ele sugou meu seio direito e apertou o esquerdo ao mesmo tempo.
- Vou te fazer gozar, minha gostosa... – ele murmurou.
Michael pegou meus dois seios em suas mãos e os juntou, fazendo um bico ficar próximo ao outro. Ele começou a acariciá-los e logo sua boca se aproximou de meu mamilo esquerdo, sugando-o com vontade. Ele começou a intercalar chupando um bico após o outro rapidamente, sempre com força e precisão. Minha intimidade ficava cada vez mais encharcada e eu não conseguia controlar os meus gemidos. Minhas paredes vaginais se apertaram e quando ele mordiscou o seio direito eu senti uma fisgada em meu clitóris, me fazendo gozar e gemer desesperadamente.
- Oh meu... – eu suspirei e o resto da frase não saiu.
Michael soltou meus seios devagar e beijou cada um dos mamilos, logo depois me olhou e sorriu pra mim.
- Gostou? – perguntou.
- Você ainda pergunta? Isso foi... Maravilhoso! – exclamei. – Só que agora, eu quero mais de você, meu amor...
- Então vem cá...
Michael tirou sua cueca e se sentou na cama, bateu em sua perna e me chamou com os dedos. Fui até ele me sentei em seu colo.
- Eu sou louco por você... – ele sussurrou enquanto começava a se tocar. – Olha como me deixa!
Sorri e me aproximei mais dele, deixando a glande de seu pênis tocar em minha entrada.
- Também sou louca por você, Mike... – deixei a glande de seu pênis entrar só um pouco em mim e depois me levantei. – Viu como estou molhada por você?
Ele mordeu o lábio inferior e colocou a mão esquerda em minha cintura, enquanto segurava seu membro ereto com a direita.
- Vi, meu amor... E estou louco pra te fazer gozar bem gostoso novamente. – ele sussurrou e puxou minha cintura para baixo, penetrando-me de uma só vez.
Gemi e comecei a me movimentar com sua ajuda, ele segurava a minha cintura e eu subia e descia, fazendo-o ir lá no fundo de mim. Coloquei meu dedo médio em sua boca e ele chupou rapidamente, tirei-o de sua boca e comecei a tocar em meu clitóris com o dedo molhado em sua saliva, aumentando ainda mais meu prazer.
Ele acompanhava o movimento de meu quadril e de meu dedo, e eu não conseguia parar de ficar excitada, pois a toda hora ele mordia o lábio com uma safada, de pleno tesão.
- Que delícia, baby... Adoro vê quando você se dá prazer! – ele murmurou olhando pra mim.
Aumentei a velocidade de minha cavalgada em cima de seu pênis e já podia sentir o que meu orgasmo estava próximo mais uma vez. Acariciei meu clitóris mais rapidamente a apertei o membro de Michael dentro de mim, vendo-o jogar a cabeça pra trás e gemer alto, gozando junto comigo.
Quando nos acalmamos ele olhou pra mim e sorriu, se aproximou e me beijou. Saí de cima dele e me sentei ao seu lado.
- Eu tenho algo pra te amostrar... – ele disse.
- O que é?
Ele se virou e abriu a gaveta do criado-mudo que tinha ao lado da minha cama. Virou-se pra mim novamente e vi um pequeno aparelho em sua mão, com fones de ouvido. Ele me ofereceu o fone de ouvidos e antes de eu colocá-los ele disse:
- Eu fiz pra você... Espero que goste.
Assenti e coloquei os fones, completamente ansiosa para saber o que ele tinha aprontado dessa vez. Ele ligou o aparelho e ficou alguns segundos abrindo pastas após pastas até achar a música e apertar o play.
música escreveu:
For All Time
O sol surge nesta nova manhã
Dissipando as sombras, um pássaro canta
E se estas palavras pudessem te manter feliz
Eu faria qualquer coisa
E se você se sentir só, eu serei seu ombro
Com o toque suave, que você conhece tão bem
Alguém disse uma vez, é a alma que importa
Baby, é ela quem realmente pode dizer,
Quando dois corações se pertencem
E talvez as paredes caiam
E o sol se recuse a brilhar
Quando eu disser, eu te amo
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
A lua brilha neste lindo anoitecer
Um beijo morno no ar frio da noite
E por causa desse amor que estou recebendo
Eu vou pra qualquer lugar
O lugar mais longe que você estiver
E talvez as paredes caiam
E o sol se recuse a brilhar
Quando eu disser, eu te amo
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
Todas essas palavras que os jovens amantes dizem...
Onde as almas abraçam
Então, silenciosamente
Oh, a chuva pode lavar
Todas estas palavras que jovens amantes dizem
E talvez as paredes se esmigalhem
E o sol se recuse a brilhar
Quando eu disser, eu preciso de você
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
Diga que você nunca percebeu
(É para sempre)
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
(Saiba que é para sempre)
(Saiba que é para sempre)
Diga que você nunca percebeu
(É para sempre)
Baby, você tem que saber
(É para sempre)
Era a música mais linda que eu já tinha ouvido em toda a minha vida e naquele momento eu chorava que nem uma boba, porque eu simplesmente não conhecia outra forma de expressar tudo o que eu estava sentindo.
Era amor, alegria e felicidade. E eu só sabia agradecer a Deus por te me dado um homem tão especial e perfeito como Michael.
- Hei, você está chorando... Não é pra chorar. – ele disse, tirando os fones de meus ouvidos.
Ele colocou o aparelho na cama e enxugou minhas lágrimas.
- Não... Não chora meu amor... – ele pediu.
- É de felicidade.
- Você gostou?
Em meio as lágrimas eu abri um sorriso gigantesco.
- É perfeita Michael eu nem... Nem sei o que dizer. – me joguei em cima dele e salpiquei seu rosto com beijos. – Eu te amo! Te amo muito, muito obrigada por essa música perfeita. Você não imagina o quanto me faz feliz.
Ele me abraçou e sorriu.
- Eu posso imaginar sim, porque você me faz feliz na mesma proporção. – ele disse. – Eu te amo muito, Kahinna, muito mesmo.
Peguei seu rosto entre as minhas mãos e o beijei, tendo a certeza de uma coisa:
Que o nosso amor, era para sempre.
Capítulo 45
Três semanas depois...
Me olhei no espelho mais uma vez.
Sorri me lembrando das últimas três semanas. Foi bem difícil fazer meu avô aceitar que sua neta preferida estava grávida, mas, no final de tudo eu consegui fazê-lo entender que Michael e eu nos amávamos e que estava tudo bem, e ele aceitou, com certa relutância mas aceitou.
O pedido de casamento de Michael foi bem engraçado e emocionante, havíamos acabado de sair da primeira consulta com a ginecologista-obstetra e estávamos emocionados por ter ouvido o coração de nosso bebê. Então, quando chegamos em casa eu percebi o quanto ele estava nervoso, ele não conseguia ficar parado em um lugar só e quando eu perguntei se estava tudo bem, ele simplesmente me olhou e se ajoelhou ao meus pés, abrindo uma caixinha de veludo preta e perguntando:
“Kahinna, quer se casar comigo?”
Naquele instante eu não consegui responder nada, na verdade, pelo modo como ele perguntou aquilo eu pensei que ele estava brincando, fazendo uma pegadinha, mas ao ver o quanto ele estava apreensivo, eu consegui entender que ele estava mesmo me perguntando se eu queria me casar com ele. Por fim, eu murmurei um sim completamente emocionado e ele soltou o ar que estava prendendo e começou a fazer uma declaração de amor – que normalmente é feita antes da pergunta – e dizia que me amava. Quando contamos ao meu pai que eu estava finalmente noiva, ele começou a preparar tudo para uma cerimônia, deixei bem claro que queria algo simples, nada de um casamento estrondoso, só pra família e amigos próximo.
E agora eu estava aqui, terminando de arrumar para encontrar o meu futuro marido, no altar.
Meu pai tinha feito questão de espalhar aos sete ventos que sua filha mais nova estava se casando, e logo toda a imprensa sabia que a filha do Sheik do Bahrein iria se casar com o Rei do Pop, Michael Jackson.
Foi uma loucura, não conseguíamos sair de casa, pois parecia que a imprensa mundial estava fazendo morada no portão de minha casa e Michael ficou um pouco apreensivo por conta de minha gravidez, mas no final, tudo deu certo. Até agora a mídia só sabia que iríamos nos casar e não que eu estava grávida, e, de certo, só descobririam um pouco mais tarde.
Bem, assim eu esperava.
- Kahinna? – Indira me chamou – Está aonde, menina? Já estou falando com você a vários minutos!
- Desculpe, Indira é que... Eu estou um pouco nervosa.
Ela se aproximou de mim e segurou em minhas mãos.
- Não precisa ficar, querida, tudo já deu certo. – ela sorriu. – Você está linda.
- Obrigada por tudo, Indira... – falei, a abraçando.
- De nada, minha filha.
Ela estava emocionada, e assim que sai de seus braços pude ver que estava lagrimando.
- Hei, não pode chorar, vai borrar a maquiagem! – falei.
- Ora, deixe de bobagem, você sabe que eu sou chorona! – falou. – O fotógrafo que seu pai contratou está aqui fora, ele quer tirar uma foto sua sozinha, posso deixá-lo entrar?
Assenti e ela chamou o fotógrafo. Ele sorriu pra mim e me desejou felicidades e então, posei para a foto.
Assim que ele saiu do quarto, meu pai entrou no quarto.
- Oh meu Deus... – ele murmurou. – Você está linda, querida!
- Obrigada, pai! – falei, sorrindo.
Ele chegou perto de mim e pegou em minhas mãos, dando um beijo delicado em cada uma delas.
- Eu desejo toda a felicidade do mundo pra você, minha filha. Que Michael seja o homem certo, capaz de te amar e te respeitar, e te fazer feliz acima de tudo e todas as coisas. Eu te amo. E que Deus abençoe você, meu neto, meu genro e seu futuro.
Sorri pra ele e o abracei completamente emocionada.
- Obrigada, pai... Eu te amo, muito.
- Eu te amo muito mais, minha querida. Muito mais!
Nos afastamos e ele limpou algumas lágrimas que queriam escapulir de seus olhos.
- Está pronta? – perguntou.
- Completamente!
Enlacei meu braço ao de meu pai e saímos de meu quarto. O jardim da minha casa estava completamente decorado, e o sol estava se pondo, fazendo com que o céu ficasse totalmente alaranjado. Estava tudo lindo, perfeito. Mais ficou ainda melhor quando meus olhos encontraram os de Michael, que estavam repletos de amor.
Ele estava lindo com aquele terno branco e um lenço dourado no pescoço. Simplesmente perfeito.
Quando cheguei perto do altar, ele apertou a mão de meu pai e logo depois olhou pra mim. Ele sorriu e me deu um beijo carinhoso no canto dos lábios.
- Você quer me matar usando essa roupa, não é? – ele sussurrou quando nos ajoelhamos
- Você gostou? – perguntei, sorrindo pra ele.
- Claro que sim. Você está linda, meu amor e a um passo de ser minha, para sempre.
- Para sempre. – mexi os lábios pra ele.
Olhamos para o mestre de cerimônias a nossa frente e entrelaçamos nossas mãos. Meu coração batia forte em meu peito.
Logo, logo eu seria esposa do homem mais importante de toda a minha vida.
***
- Como está se sentindo agora que é minha esposa? – Michael perguntou.
Estávamos dançando a valsa e aquele sorriso idiota não queria sair do meu rosto.
- Estou me sentindo... – parei um pouco e pensei. – Eu não sei como estou me sentindo, acredita?
E realmente não sabia. Eu sentia felicidade, amor, paz... E não conseguia achar uma única palavra que descrevesse todos esses sentimentos juntos.
Michael olhou pra mim e passou, discretamente, seus lábios em meu pescoço e só parou quando eles pousaram em meu ouvido.
- Eu estou sentindo várias coisas, mas só vou usar três palavras: felicidade, amor e tesão. – ele sussurrou a última palavra. – É exatamente isso que estou sentindo.
- Tesão?
- Sim, tesão! Essa roupa... – ele balançou a cabeça. – Se eu não estivesse esfregando na cara de todos esses homens que estão te olhando que você é minha, pode ter certeza que você jamais usaria uma roupa como essa.
- Mas você gostou, não é? – perguntei, sorrindo.
- Sim, eu gostei muito baby.
- Hum... Muito bom saber disso, Jackson.
- Você também é uma Jackson agora. Kahinna Jackson, isso soa tão bem aos meus ouvidos! – ele falou.
- É verdade, eu sou uma Jackson agora! – sorri pra ele e me aproximei de seu ouvido. – E acho melhor você se preparar para essa noite, meu marido, pode ter certeza que será inesquecível.
Ele olhou pra mim com uma sobrancelha erguida e um sorriso safado no canto dos lábios.
- Mal posso esperar por isso, baby.
Ele mordeu o lábios e se aproximou de mim, me dando um beijo gostoso, enquanto eu tinha plena convicção de que a minha lua-de-mel seria perfeita.
Capítulo 46
Terminamos de nos despedir dos convidados e fomos rumo a Fortaleza Masmak.
Rumo a nossa lua-de-mel.
Michael me abraçou e passou a mão pelo o meu ventre.
- Está feliz? – perguntou.
- Como nunca estive em toda a minha vida.
Olhei pra ele e sorri vendo-o me responder prontamente.
- E você, está feliz? – perguntei.
- Como nunca sonhei um dia! – ele passou os dedos em meus lábios. – Está casado com você é muito mais do que a realização de um sonho, é... É tudo o que eu desejei um dia, e eu agradeço muito a Deus por ele ter me concedido essa benção de está aqui agora, casado com você e sendo pai novamente. Eu te amo, muito.
- Eu também te amo muito, Michael. Te amo como nunca amei ninguém.
Ele sorriu pra mim e me beijou, enquanto o carro parava em frente à casa que meu pai havia comprado justamente para aquela ocasião especial.
Saímos do carro e Michael e eu olhamos tudo em volta.
- Quando seu pai me disse que havia comprado uma casa para a nossa lua-de-mel, eu pensei em uma casa simples... Mas isso superou todas as minhas expectativas.
- Meu pai é um exagerado, Mike. – sorri.
Não poderíamos chamar aquilo de uma casa, na verdade, era uma mansão quase tão grande quanto a casa onde eu morava.
Andamos em direção a entrada principal e Michael parou abriu a porta, mas quando eu ia entrar ele me impediu.
- Temos que fazer tudo como manda o figurino, amor! – ele disse.
E então me pegou no colo, me fazendo rir.
- Mas nem vamos morar aqui, Michael...
- Mas eu quero fazer isso, é emocionante! – ele riu.
Entramos e Michael foi em direção a escada. Só parou quando estávamos em frente a uma porta. Ele me colocou no chão, abriu a porta e me colocou no colo novamente.
- Enfim sós e casados! – ele exclamou.
Sorrimos e eu o beijei rapidamente.
- Sim, enfim sós e casados. – repeti.
- Seremos muito felizes, Kahinna. Na verdade, eu vou te fazer a mulher mais feliz e realizada do mundo todo.
- Eu já sou a mulher mais feliz e realizada, Michael, somente por ter a dádiva de te ter ao meu lado.
Ele me colocou sentada na cama e se sentou ao meu lado.
- É muito bom saber disso, meu amor. Você não tem noção do quanto me faz feliz também.
Passei meus braços pelo seu pescoço e sussurrei em seu ouvido:
- Então, meu marido, está pronto para a nossa noite de núpcias?
- Por que será que eu tenho a leve a impressão de que você tem algo em mente, minha esposa?
Sorri pra ele disse:
- Talvez eu tenha... É só uma supresinha que eu tenho certeza de que você vai adorar.
Ele mordeu o lábio inferior e passou a mão pela lateral de meu corpo.
- Aposto que sim... – ele disse.
Se aproximou um pouco para me beijar, mas eu me levantei, parando a sua frente.
- Quero que se sente ali. – apontei para a poltrona de frente para cama enquanto ele me olhava desconfiado. – Você vai gostar, meu amor...
Ele se levantou e caminhou até a poltrona, mas antes de se sentar eu disse:
- Antes, eu quero que tire o paletó, gravata e os sapatos.
- Tudo bem, Sra. Mandona...
Ele riu e tirou o paletó, a gravata e logo depois os sapatos.
- Posso me sentar agora?
- Pode.
Ele se sentou e olhou fixamente para mim.
- Feche os olhos. – pedi.
- Por que?
- Apenas feche os olhos...
Ele sorriu de leve e encostou a cabeça na poltrona, fechando os olhos rapidamente.
- Só abre-os quando eu mandar.
Ele assentiu e eu me virei, indo em direção ao aparelho de DVD que ficava em cima da instante. Apertei o “play” e uma música envolvente tomou conta do quarto.
Voltei a ficar de frente pra ele e disse:
- Pode abrir os olhos agora.
Ele levantou a cabeça e abriu os olhos.
- Quero que olhe somente para minha cintura... – murmurei. – E que me imagine fazendo todos esses movimentos em cima de você.
Pude vê-lo engolir em seco e logo depois assenti pra mim.
Sorri pra mim e comecei a deixar a música me levar.
Enquanto dançava, vi o quanto ele se mexia na cadeira e seus olhos não saiam de minha cintura nem por um segundo sequer, ele capturava cada um de meus movimentos, me dando a certeza de que estava prestando atenção. E se excitando, também. Ele passou a mão por sua calça, bem em cima de sua ereção já completamente visível e isso fez com que minha intimidade ficasse ainda mais molhada. Quando a música estava em seus acordes finais, me aproximei dele e só parei quando estava alguns centímetros a sua frente. Enquanto balançava minha cintura ele passou a língua pela minha barriga, desde o cós da saia até a altura de meu umbigo e suas mãos passearam por meu quadril até parar em minha cintura.
Me afastei um pouco dele e tirei meu sutiã, jogando-o em sua direção, e me virei de costas, abaixando o zíper de minha saia, quando me virei novamente, pude vê a surpresa em seus olhos.
- Sem calcinha? – sua voz não passou de um sussurro rouco.
Sorri pra ele e me aproximei. A música acabou e me curvei, me apoiando nos braços da poltrona.
- Sim, sem calcinha... – sussurrei.
- Você está ficando muito ousada, Kahinna.
Ri pra ele e falei:
- Talvez... Quero te fazer uma pergunta. – ele assentiu e eu continuei. – Já transou com alguma bailarina de dança do ventre?
Ele franziu o cenho.
- Não... Só você. Por que a pergunta?
Sorri e desabotoei sua calça, tirando-a junto com a boxer. Ele desabotoou a camisa e a jogou longe. Me sentei em cima dele, pegando seu membro ereto em minhas mãos e começando a masturbá-lo devagar, sentindo-o me responder prontamente.
- Porque chegou a hora de você experimentar coisas novas, amor. – falei, olhando em seus olhos.
Ele abriu a boca pra falar algo, mas o impedi.
- Tem coisas que uma mulher só deve mostrar ao seu amado, quando ele se torna seu marido. – sussurrei em seu ouvido.
Michael gemeu baixinho e mordeu meu ombro.
- Então, quer dizer que você sabe sobre várias coisas...
- Sim... São coisas que eu tenho certeza de que você vai gostar.
- Já estou louco pra experimentar.
Michael olhou pra baixo e viu minha mão em seu membro, movimentando-o devagar. Sua mão direita começou a acariciar minha coxa, indo até a altura da virilha e voltando. Acelerei mais os movimentos de minha mão e gemi quando ele começou a acariciar meu clitóris com habilidade e destreza, me fazendo mexer o quadril para acompanhá-lo.
Quando ele tentou penetrar seu dedo em mim, parei os movimentos em seu pênis, fazendo com que sua atenção voltasse para meus olhos.
- Amor...
Ele ia argumentar mais parou quando me viu levantar minimamente meu quadril e colocar a cabecinha de seu pênis de encontro a minha entrada molhada. Ele gemeu com o contato e deu um impulso, tentando colocar seu membro para dentro de mim, quando seu quadril se levantou eu me levantei junto, para que ele não me penetrasse.
- Kahinna! – ele rugiu
- Já disse que você vai gostar...
Ele mordeu o lábio, e pude perceber que só fizera aquilo para conter a vontade de entrar em mim, e acariciou minha cintura.
Sorri pra ele e me abaixei, fazendo com que seu membro deslizasse para dentro de mim, e só parei de me movimentar quando todo o seu pênis já tinha me penetrado.
- Lembra dos movimentos que eu fiz, quando estava dançado?
Ele soltou um suspiro pesado e disse:
- Sim...
- Agora eu vou fazê-los em cima de você.
Vi a expectativa em seus olhos e um sorriso safado despontar de seus lábios. Ele olhou para minha cintura e eu comecei a me mover. Pra frente, pra direita, pra trás e pra esquerda. Devagar, sentindo seu membro pulsar dentro de mim enquanto fazia questão de me apertar mais nele. Ele mordeu o lábio gemendo gostosamente enquanto prestava atenção em cada movimento que eu fazia.
Até que eu acelerei.
Simplesmente me movia do mesmo jeito, só que mais rápido, fazendo o nosso prazer aumentar cada vez mais. A dança do ventre era perfeita por causa disso; ensinava várias técnicas de fazer amor.
Aumentei a velocidade dos movimentos enquanto ele jogava a cabeça para trás e começava a acariciar meu clitóris rapidamente, me fazendo gemer e me apertar, sentindo o orgasmo cada vez mais próximo.
Até que tudo explodiu, fazendo-nos ir ao céu.
Capítulo 47
[Sete meses depois.
Depois de ficar uma semana em lua-de-mel, completamente envoltos em uma bolha de amor e sexo, Michael e eu voltamos à realidade.
Já tínhamos decidido que moraríamos no Bahrein, mas ainda não sabíamos exatamente aonde. Não queríamos ficar morando na casa de meu pai, estávamos casados agora e precisávamos de uma casa só nossa. Foi então que, quando retornamos de nossa lua-de-mel, papai nos pegou de surpresa. Ele chegou até nós dois, com um envelope pardo nas mãos e me entregou. Quando tirei o documento de dentro, um sorriso enorme se formou em meu rosto. A mansão onde Michael e eu passamos a nossa lua-de-mel, agora era a nossa casa. Meu pai havia comprado-a pra gente e a colocado em nosso nome. Acho que eu não tenho palavras para descrever o quanto fiquei feliz com aquilo. Apesar de está feliz por ter uma nova casa, o que me fez ficar emocionada não fora só isso, o fator principal foi perceber que meu pai estava realmente feliz e de acordo com a minha união com Michael. Ele havia o acolhido e tudo tinha voltado ao normal, ele tinha voltado a ser o mesmo Abdullah de sempre, fazendo-me ficar completamente feliz e realizada.
E agora eu estava aqui em meu quarto, com uma barriga imensa de oito meses de gravidez só esperando Prince Michael Jackson II nascer. Michael, Prince, Paris e eu não nos contínhamos de curiosidade, estávamos loucos para saber como seria seu rostinho, se ele pareceria mais comigo, com Michael ou com as crianças e eu contava os minutos para que ele nascesse logo.
Minha gravidez, apesar de expirar um pouco de cuidado por conta de minha anemia, era completamente saudável. Eu me cuidava de direito e toda a minha família ficava ao meu redor, cuidando fielmente de mim.
Iary desapareceu. Simplesmente não sabíamos mais nada sobre ela. Como ela não havia aparecido na audiência tutelar, Joshua ficou com a guarda de meus três sobrinhos. Depois daquele dia do almoço ela nunca mais aparecera, nem para visitar os filhos e isso me deixava um pouco triste. Meus sobrinhos sentiam falta da mãe, mas eu estava disposta a ficar perto deles, dando todo o suporte que eles mereciam ter.
- Por que está tão calada? – Michael perguntou, passando a mão pela minha barriga.
Sorri, toda a vez que ele tocava em meu ventre, meu filho se mexia.
- Só estava pensando...
- Em que?
- Em como nossa vida é perfeita.
Eu estava sentada no meio das pernas dele, no enorme sofá que havia na varanda de nossa casa. O sol estava se pondo e eu amava a cor alaranjada que ele deixava no céu, dando espaço para noite chegar.
- Sim, nossa vida é perfeita. – ele beijou meu pescoço. – Obrigada por deixá-la assim. – sussurrou.
- Não sou eu que a deixo assim, somos nós que a deixamos. O que adiantaria se eu fosse à peça principal de um jogo, sem meus acompanhantes? Simplesmente não seria justo, sempre faltaria algo. Sem um de nós dois, tudo fica em desfalque, então, se nossa vida é perfeita é porque nós dois somos a peça principal para que isso aconteça.
- Você tem toda a razão!
Sorrimos e nos beijamos, demonstrando todo o amor que sentíamos um pelo outro.
A noite chegou e logo depois colocarmos as crianças para dormir, fomos para o nosso quarto.
Já estava acostumada com meu filho sempre se mexer muito a noite, mas naquele dia estava muito agitado. E Michael estava adorando, enquanto Prince se mexia ele ria e conversava com o filho.
- Isso é demais, olha como ele está se mexendo, chega a fazer um “ovo” em sua barriga! – ele exclamou rindo.
- Ele está ótimo hoje, deve está dançando... – comentei sorrindo pra ele.
- Sim, ele é como o pai e a mãe, adora dançar. Já sabemos qual vai ser sua profissão, garotão!
- Deus, um segundo Michael Jackson, as fãs vão pirar! – exclamei.
Michael gargalhou e continuou a mexer em minha barriga e conversar com nosso filho. Mas o modo como Prince se mexia estava muito estranho e se tornando cada vez mais incomodo. Primeiramente, eu pensei que aquilo era normal, a médica havia nos falado que no fim da gravidez o bebê fica mais agitado e se mexe mais porque está à procura de uma posição que lhe deixe mais confortável.
Resolvi focar então no fato de Michael está completamente feliz com aquilo, o brilho em seus olhos fazia um sorriso se abrir em meu rosto, até que eu senti uma pontada em meu baixo ventre que foi seguida por outra e mais outra, me fazendo respirar fundo e meus olhos se enxerem d’água.
- Kahinna... Está sentindo alguma coisa? – Michael perguntou me olhando atentamente.
Eu queria responder alguma coisa mais a dor era tão forte que eu não conseguia falar nada. As lágrimas começaram a sair de meus olhos e Michael se desesperou.
- Kahinna, o que você está sentindo? – ele se levantou desesperado e se sentou ao meu lado. – Amor, fala comigo, o que está acontecendo?
- Dói, Mike... – murmurei entre os soluços. – Dói...
- Dói aonde? Pelo amor de Deus, Kahinna, me fala aonde dói!
- Aqui...
Passei a mão pelo meu baixo ventre, enquanto sentia algo molhado no meio das minhas pernas. Eu não conseguia parar de chorar, a dor era muito forte e eu sentia meu filho se mexer cada vez mais.
- Oh meu Deus!
Michael se levantou e tirou a coberta de cima da minha perna. O sangue já havia manchado boa parte do lençol onde eu estava sentada, o que me fez entrar em desespero.
Parecia que cada vez que eu ficava nervosa, as pontadas aumentavam ainda mais.
Eu queria me levantar da cama e fazer alguma coisa pra parar de perder sangue, mas eu simplesmente não conseguia me mover da cintura para baixo. Parecia que havia chumbo em cima de minhas pernas, me impedindo de movê-las.
- Michael, eu não sinto minhas pernas! – gritei chorando.
- Calma, meu amor, nós vamos para o hospital!
Ele me pegou no colo e saiu do quarto, começando a gritar como um louco pela casa, chamando atenção de todos os empregados.
- Me ajudem, eu preciso levar minha esposa ao hospital! – ele gritou.
Dois seguranças entraram na sala e pude escutar vagamente a voz de Michael, pedindo um carro. Eu me sentia tonta e as vozes ao redor ficavam cada vez mais longe.
Entramos no carro e Michael me colocou em seu colo. Ele acariciou meu rosto e beijou meus lábios.
- Fique comigo, meu amor... Nada vai acontecer, fique comigo, não durma...
“Essa criança infeliz, não vai nascer, Kahinna.”
A voz de Iary veio com força em meus sentidos.
- Eu não quero perder meu bebê... – murmurei baixinho sentindo as lágrimas descerem. – Não deixe nosso filho ir, Mike, por favor...
- Isso não vai acontecer, meu anjo, Deus está conosco, lembra-se? – ele disse.
Mais a voz dele estava longe e meus olhos ficavam cada vez mais pesados.
- Fique comigo, meu amor, olhe pra mim...
Eu realmente tentava olhar para ele, mas o meu sono era forte demais.
- Kahinna, por favor... – ele pediu e pude sentir sua embargada.
Mas, no final, o sono me venceu.
Eu podia sentir uma leve caricia em meu rosto e uma voz doce sussurrando em meus ouvidos.
“That’s for all time...”
Comecei a abrir os olhos devagar, e olhei ao redor, e meus olhos pararam em cima de Michael, logo reconhecendo que eu estava em um quarto de hospital. E então, me lembrei de tudo. Da dor, do desespero, do medo de perder meu filho...
- Mike... – o chamei. – Onde está nosso bebê? Cadê ele Michael?! – perguntei.
Eu sentia o desespero tomar meu coração mais uma vez, e fiquei com muito medo da resposta que Michael poderia me dá.
- Calma, meu amor, você não pode se estressar...
- Michael, cadê meu filho?! Por favor, não me diga que... que...
Eu ia continuar a falar, mas a porta foi aberta e eu resolvi prestar atenção em quem entrava.
- Com licença... – a enfermeira pediu.
Ela tinha um embrulho em seus braços.
- Seu bebê chegou, mamãe... Que susto nos deu. – ela murmurou baixinho.
Michael sorriu pra mim e a enfermeira se aproximou. Ela colocou Prince em meus braços, ele era tão pequenininho, branquinho e tinha os cabelos pretos como o de Michael, eu queria vê a cor de seus olhos mais ele estava dormindo. Eu nunca tinha me sentido tão feliz em toda a minha vida, como me senti ao vê-lo ali, em meus braços, protegido por mim e por Michael. Cheirei seu pescoço e beijei sua testa, me sentindo a mulher mais realizada do mundo, a mãe mais protetora e amorosa que poderia existir.
- Oh, Michael... Ele é lindo. – murmurei com a voz embargada.
- Sim, ele é...
Michael se abaixou e beijou a cabecinha dele.
- Que susto você nos deu, garotão... Eu te amo muito. – ele sussurrou. – E te amo muito também, obrigada por ser tão forte. – ele pediu olhando pra mim.
- Nós também te amamos muito, meu amor...
Eu tinha lágrimas nos olhos mais resolvi me conter. Meu filho tinha nascido e naquele momento todo e qualquer medo que eu sentia foi embora, dando lugar à felicidade que nós merecíamos ter.
[Uma semana depois.
Depois do susto, toda a minha família foi visitar Prince, que agora era chamado de Blanket. Michael disse que esse era o apelido adequado a ele, pois ele era o nosso cobertor de amor, e estava completamente certo. A minha obstetra veio ao meu quarto e disse que eu tive um princípio de eclampse, minha pressão subiu muito, o que fez com que ela tivesse que fazer o parto de Blanket com urgência.
Graças a Deus, tudo havia dado certo.
Agora estávamos em casa e Blanket era o nosso xodó.
Posso afirmar com todas as letras que eu era sim uma mulher de sorte, de uma maneira completamente improvável, eu encontrei o único homem que seria capaz de me fazer feliz. Nos conhecemos de um jeito torto, devo confessar, e quando comecei a me relacionar com Michael eu não pensei no futuro, na verdade, eu deixei tudo a cargo do destino.
E ele fez um ótimo trabalho.
Em quase um ano de relacionamento, eu namorei escondido, tive experiências maravilhosas com um homem que é um gênio na arte de fazer amor, sofri por vê-lo partir, quase morri sem ele, engravidei e me casei e eu repetiria isso quantas vezes fossem necessárias. Tudo o que eu fiz não foi em vão e agradeço a Deus todos os dias por ter me dado um marido maravilhoso, três filhos maravilhosos e uma família, digamos, perfeita.
A força de nosso amor nos fez está aqui hoje, casados e felizes e no final...
É somente isso que importa e sempre importará.
Fim.
[Sete meses depois.
Depois de ficar uma semana em lua-de-mel, completamente envoltos em uma bolha de amor e sexo, Michael e eu voltamos à realidade.
Já tínhamos decidido que moraríamos no Bahrein, mas ainda não sabíamos exatamente aonde. Não queríamos ficar morando na casa de meu pai, estávamos casados agora e precisávamos de uma casa só nossa. Foi então que, quando retornamos de nossa lua-de-mel, papai nos pegou de surpresa. Ele chegou até nós dois, com um envelope pardo nas mãos e me entregou. Quando tirei o documento de dentro, um sorriso enorme se formou em meu rosto. A mansão onde Michael e eu passamos a nossa lua-de-mel, agora era a nossa casa. Meu pai havia comprado-a pra gente e a colocado em nosso nome. Acho que eu não tenho palavras para descrever o quanto fiquei feliz com aquilo. Apesar de está feliz por ter uma nova casa, o que me fez ficar emocionada não fora só isso, o fator principal foi perceber que meu pai estava realmente feliz e de acordo com a minha união com Michael. Ele havia o acolhido e tudo tinha voltado ao normal, ele tinha voltado a ser o mesmo Abdullah de sempre, fazendo-me ficar completamente feliz e realizada.
E agora eu estava aqui em meu quarto, com uma barriga imensa de oito meses de gravidez só esperando Prince Michael Jackson II nascer. Michael, Prince, Paris e eu não nos contínhamos de curiosidade, estávamos loucos para saber como seria seu rostinho, se ele pareceria mais comigo, com Michael ou com as crianças e eu contava os minutos para que ele nascesse logo.
Minha gravidez, apesar de expirar um pouco de cuidado por conta de minha anemia, era completamente saudável. Eu me cuidava de direito e toda a minha família ficava ao meu redor, cuidando fielmente de mim.
Iary desapareceu. Simplesmente não sabíamos mais nada sobre ela. Como ela não havia aparecido na audiência tutelar, Joshua ficou com a guarda de meus três sobrinhos. Depois daquele dia do almoço ela nunca mais aparecera, nem para visitar os filhos e isso me deixava um pouco triste. Meus sobrinhos sentiam falta da mãe, mas eu estava disposta a ficar perto deles, dando todo o suporte que eles mereciam ter.
- Por que está tão calada? – Michael perguntou, passando a mão pela minha barriga.
Sorri, toda a vez que ele tocava em meu ventre, meu filho se mexia.
- Só estava pensando...
- Em que?
- Em como nossa vida é perfeita.
Eu estava sentada no meio das pernas dele, no enorme sofá que havia na varanda de nossa casa. O sol estava se pondo e eu amava a cor alaranjada que ele deixava no céu, dando espaço para noite chegar.
- Sim, nossa vida é perfeita. – ele beijou meu pescoço. – Obrigada por deixá-la assim. – sussurrou.
- Não sou eu que a deixo assim, somos nós que a deixamos. O que adiantaria se eu fosse à peça principal de um jogo, sem meus acompanhantes? Simplesmente não seria justo, sempre faltaria algo. Sem um de nós dois, tudo fica em desfalque, então, se nossa vida é perfeita é porque nós dois somos a peça principal para que isso aconteça.
- Você tem toda a razão!
Sorrimos e nos beijamos, demonstrando todo o amor que sentíamos um pelo outro.
A noite chegou e logo depois colocarmos as crianças para dormir, fomos para o nosso quarto.
Já estava acostumada com meu filho sempre se mexer muito a noite, mas naquele dia estava muito agitado. E Michael estava adorando, enquanto Prince se mexia ele ria e conversava com o filho.
- Isso é demais, olha como ele está se mexendo, chega a fazer um “ovo” em sua barriga! – ele exclamou rindo.
- Ele está ótimo hoje, deve está dançando... – comentei sorrindo pra ele.
- Sim, ele é como o pai e a mãe, adora dançar. Já sabemos qual vai ser sua profissão, garotão!
- Deus, um segundo Michael Jackson, as fãs vão pirar! – exclamei.
Michael gargalhou e continuou a mexer em minha barriga e conversar com nosso filho. Mas o modo como Prince se mexia estava muito estranho e se tornando cada vez mais incomodo. Primeiramente, eu pensei que aquilo era normal, a médica havia nos falado que no fim da gravidez o bebê fica mais agitado e se mexe mais porque está à procura de uma posição que lhe deixe mais confortável.
Resolvi focar então no fato de Michael está completamente feliz com aquilo, o brilho em seus olhos fazia um sorriso se abrir em meu rosto, até que eu senti uma pontada em meu baixo ventre que foi seguida por outra e mais outra, me fazendo respirar fundo e meus olhos se enxerem d’água.
- Kahinna... Está sentindo alguma coisa? – Michael perguntou me olhando atentamente.
Eu queria responder alguma coisa mais a dor era tão forte que eu não conseguia falar nada. As lágrimas começaram a sair de meus olhos e Michael se desesperou.
- Kahinna, o que você está sentindo? – ele se levantou desesperado e se sentou ao meu lado. – Amor, fala comigo, o que está acontecendo?
- Dói, Mike... – murmurei entre os soluços. – Dói...
- Dói aonde? Pelo amor de Deus, Kahinna, me fala aonde dói!
- Aqui...
Passei a mão pelo meu baixo ventre, enquanto sentia algo molhado no meio das minhas pernas. Eu não conseguia parar de chorar, a dor era muito forte e eu sentia meu filho se mexer cada vez mais.
- Oh meu Deus!
Michael se levantou e tirou a coberta de cima da minha perna. O sangue já havia manchado boa parte do lençol onde eu estava sentada, o que me fez entrar em desespero.
Parecia que cada vez que eu ficava nervosa, as pontadas aumentavam ainda mais.
Eu queria me levantar da cama e fazer alguma coisa pra parar de perder sangue, mas eu simplesmente não conseguia me mover da cintura para baixo. Parecia que havia chumbo em cima de minhas pernas, me impedindo de movê-las.
- Michael, eu não sinto minhas pernas! – gritei chorando.
- Calma, meu amor, nós vamos para o hospital!
Ele me pegou no colo e saiu do quarto, começando a gritar como um louco pela casa, chamando atenção de todos os empregados.
- Me ajudem, eu preciso levar minha esposa ao hospital! – ele gritou.
Dois seguranças entraram na sala e pude escutar vagamente a voz de Michael, pedindo um carro. Eu me sentia tonta e as vozes ao redor ficavam cada vez mais longe.
Entramos no carro e Michael me colocou em seu colo. Ele acariciou meu rosto e beijou meus lábios.
- Fique comigo, meu amor... Nada vai acontecer, fique comigo, não durma...
“Essa criança infeliz, não vai nascer, Kahinna.”
A voz de Iary veio com força em meus sentidos.
- Eu não quero perder meu bebê... – murmurei baixinho sentindo as lágrimas descerem. – Não deixe nosso filho ir, Mike, por favor...
- Isso não vai acontecer, meu anjo, Deus está conosco, lembra-se? – ele disse.
Mais a voz dele estava longe e meus olhos ficavam cada vez mais pesados.
- Fique comigo, meu amor, olhe pra mim...
Eu realmente tentava olhar para ele, mas o meu sono era forte demais.
- Kahinna, por favor... – ele pediu e pude sentir sua embargada.
Mas, no final, o sono me venceu.
Eu podia sentir uma leve caricia em meu rosto e uma voz doce sussurrando em meus ouvidos.
“That’s for all time...”
Comecei a abrir os olhos devagar, e olhei ao redor, e meus olhos pararam em cima de Michael, logo reconhecendo que eu estava em um quarto de hospital. E então, me lembrei de tudo. Da dor, do desespero, do medo de perder meu filho...
- Mike... – o chamei. – Onde está nosso bebê? Cadê ele Michael?! – perguntei.
Eu sentia o desespero tomar meu coração mais uma vez, e fiquei com muito medo da resposta que Michael poderia me dá.
- Calma, meu amor, você não pode se estressar...
- Michael, cadê meu filho?! Por favor, não me diga que... que...
Eu ia continuar a falar, mas a porta foi aberta e eu resolvi prestar atenção em quem entrava.
- Com licença... – a enfermeira pediu.
Ela tinha um embrulho em seus braços.
- Seu bebê chegou, mamãe... Que susto nos deu. – ela murmurou baixinho.
Michael sorriu pra mim e a enfermeira se aproximou. Ela colocou Prince em meus braços, ele era tão pequenininho, branquinho e tinha os cabelos pretos como o de Michael, eu queria vê a cor de seus olhos mais ele estava dormindo. Eu nunca tinha me sentido tão feliz em toda a minha vida, como me senti ao vê-lo ali, em meus braços, protegido por mim e por Michael. Cheirei seu pescoço e beijei sua testa, me sentindo a mulher mais realizada do mundo, a mãe mais protetora e amorosa que poderia existir.
- Oh, Michael... Ele é lindo. – murmurei com a voz embargada.
- Sim, ele é...
Michael se abaixou e beijou a cabecinha dele.
- Que susto você nos deu, garotão... Eu te amo muito. – ele sussurrou. – E te amo muito também, obrigada por ser tão forte. – ele pediu olhando pra mim.
- Nós também te amamos muito, meu amor...
Eu tinha lágrimas nos olhos mais resolvi me conter. Meu filho tinha nascido e naquele momento todo e qualquer medo que eu sentia foi embora, dando lugar à felicidade que nós merecíamos ter.
[Uma semana depois.
Depois do susto, toda a minha família foi visitar Prince, que agora era chamado de Blanket. Michael disse que esse era o apelido adequado a ele, pois ele era o nosso cobertor de amor, e estava completamente certo. A minha obstetra veio ao meu quarto e disse que eu tive um princípio de eclampse, minha pressão subiu muito, o que fez com que ela tivesse que fazer o parto de Blanket com urgência.
Graças a Deus, tudo havia dado certo.
Agora estávamos em casa e Blanket era o nosso xodó.
Posso afirmar com todas as letras que eu era sim uma mulher de sorte, de uma maneira completamente improvável, eu encontrei o único homem que seria capaz de me fazer feliz. Nos conhecemos de um jeito torto, devo confessar, e quando comecei a me relacionar com Michael eu não pensei no futuro, na verdade, eu deixei tudo a cargo do destino.
E ele fez um ótimo trabalho.
Em quase um ano de relacionamento, eu namorei escondido, tive experiências maravilhosas com um homem que é um gênio na arte de fazer amor, sofri por vê-lo partir, quase morri sem ele, engravidei e me casei e eu repetiria isso quantas vezes fossem necessárias. Tudo o que eu fiz não foi em vão e agradeço a Deus todos os dias por ter me dado um marido maravilhoso, três filhos maravilhosos e uma família, digamos, perfeita.
A força de nosso amor nos fez está aqui hoje, casados e felizes e no final...
É somente isso que importa e sempre importará.
Fim.
Continuaaaa
ResponderExcluirtermine logo estou anciosa para saber o que vai acontecer com eles. estou adorando.
ResponderExcluirContinue pelo amor de cristo <3
ResponderExcluircontinua estou adorando
ResponderExcluirContinuaaaa
ResponderExcluirOwww perfeito
ResponderExcluirObrigada por terem lido, meninas!
ResponderExcluirBeijos <3
Belíssima fic! Historia maravilhosa! Eu amei muitão! Parabéns!
ResponderExcluirFicou lindo :)
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