Autora: TatahJacksonMania
"O amor pode nascer do acaso.
Sentimentos que não podemos controlar vão surgir.
Mas será que o acaso é tão inesperado assim?
Ou tudo não fazia parte de um plano? "
O tempo havia curado a dor destas duas irmãs, mas a saudade nunca as deixou. Mandy estava em Vegas com Jack e Amanda em Nova York. A mansão de sua mãe não foi vendida como o restante da família queria. Depois de muitas brigas as garotas conseguiram que a casa ficasse como ponto de encontro delas quando marcassem de se ver.
Mandy despertou com os primeiros raios de sol que adentraram o quarto de Jack. Ela se virou pra ele e acariciou seu maxilar relaxado, vendo o quanto ele ficava bonito enquanto dormia. Mas era certo que ela também o adorava quando estava acordado. Adorava seus olhos azuis e seu sorriso fácil, adorava a forma como ele a tratava, a forma doce e quente como faziam amor. Ela estava indecisa, sabia que gostava muito dele, mas será que gostava ao ponto de casar-se com ele? Tinha apenas 21 anos e ele tinha 29, oito anos de diferença fazia com que ele quisesse se casar desesperadamente e que ela recusasse prontamente. O que deveria fazer?
Suspirando e sem achar uma solução para tudo aquilo, ela se levantou e se dirigiu ao banheiro. Daqui a três horas teria de embarcar para Nova York. O ano letivo estava prestes a começar novamente e era seu último ano, ela estava completamente ansiosa para se formar. Abriu o chuveiro e quando a água estava na temperatura ideal, ela começou a se banhar. Terminava de tirar o shampoo dos cabelos quando sentiu o a porta do box ser aberta, apenas sorriu sem abrir os olhos; sabia muito bem quem estava ali com ela.
- Veio me fazer companhia, amor? - ela perguntou em voz alta, de costas para a porta do box.
- Claro, você me abandonou na cama, meu anjo. - Ele disse abrindo o box e entrando despido.
Ela se virou pra ele e o puxou pela mão, até que estivessem frente a frente.
- Não te abandonei, amor... Apenas vim tomar banho... Mas agora eu não estou mais sozinha. - ela sorriu, ficando na ponta dos pés para beijá-lo.
- Hum... - Sorrindo ele a beijou docemente - Mas vai fazer em breve quando for pra Nova York. Vou morrer de saudades, sabia? - Falou alisando os cabelos dela.
- É mesmo? - ela murmurou beijando o pescoço dele.
- Sim, ainda mais por causa desses beijos deliciosos que você me dá... - Ele suspira descendo a mão nas costas dela.
- Eu sempre soube que seu interesse era só pelo meu corpo... - ela disse virando e encostando suas costas no corpo dele.
As mãos de Jack percorrem o corpo de Mandy e pousam sobre os seios. Massageando-os lentamente ele sussurra no ouvido dela:
- Como não amar um corpo maravilhoso desses? Hum?
Mandy mordeu o lábio inferior e gemeu.
- Eu posso dizer o mesmo pra você... - ela murmurou levando a mão para trás até apertar o traseiro de Jack.
Jack apertou os seios dela sem machucar e desceu a mão até chegar onde tinha maior sensibilidade. Enquanto a ducha caia sobre eles, Jack começou a provoca-la fazendo massagem na intimidade dela.
- É uma pena você ir meu anjo, eu tinha tantos planos pra nós... - ele sussurra no ouvido dela.
- Que tipo de... Planos? - ela pergunta ofegante.
- Os melhores possíveis, amorzinho, mas o seu voo é daqui a três horas não é?
- É... - ela murmurou e segurou a mão dele onde estava, quando ele ameaçou tirá-la. - Não para, Jack... Ainda temos tempo, amor, por favor... - ela choraminga.
Jack sorriu nas costas delas e continuou a massagem por mais pouco. Depois pegou as duas mãos dela e pôs na parede. Colocou os cabelos dela para frente começando a beijar os ombros descendo pelas costas em lugares aleatórios. Continuou até chegar ao bumbum, onde ele beijou e deu leves mordidas fazendo com que ela gemesse baixo. De pé novamente ele se mostrava excitado somente por excita-la. Sem demora prensou o corpo dela sobre o vidro frio do box.
- Você me deixa maluco Mandy. - ele rosna baixo.
Mandy mal podia responder por tamanha excitação. Ela apenas se entregou aos desejos do namorado, que a recebeu imediatamente, amando-a com força e amor. Depois do amor no chuveiro, o casal se reuniu no quarto para tomar café da manhã. Mandy estava sentada no meio das pernas de Jack, e começou a fala enquanto comia um morango.
- Então... Acho melhor o senhor não aprontar na minha ausência, Jack Peterson!
- Eu não apronto, meu amor. Pode ficar sossegada. Agora a senhorita sim precisa se cuidar. Sei como sua beleza é bem requisitada em NY. - Ele diz enquanto come o morango
- E eu sei como a sua beleza é requisitada em qualquer lugar que você vá! - ela disse revirando os olhos.
Jack riu e balançou a cabeça negativamente.
- Não como você, amor. Ei, quando você chegar na casa da sua mãe me liga tá? Quero saber se chegou bem.
- Okay, mas eu acho que vou procurar outro lugar pra ficar... - ela murmurou. - Não vou conseguir ficar lá sozinha, tudo aquilo é tão sem vida sem a minha mãe.
- Mas a Amanda não vai pra lá também? - Ele pergunta pegando o terceiro morango.
- Eu acho que não... O apartamento dela fica mais perto da empresa do que a casa da minha mãe. É capaz de ela só ir pra lá no final de semana... Eu não quero passar a semana toda sozinha lá.
- Hum... Entendi. Poxa, eu só não vou com você porque tenho que cuidar do novo espetáculo em tributo a James Brown, mas se não fosse isso... - Ele suspira - Bom, você entende não é amor?
- Claro que eu entendo. Você é um homem ocupado, amor... Eu é quem sou a dondoca aqui. - ela riu. - Mas esse ano vai ser puxado pra mim. O cronograma da faculdade está mais cheio do que ano passado. - ela disse, prevendo o escândalo que ele faria.
Jack não era muito fã da escolha do curso de Mandy, e odiava quando a faculdade dela atrapalhava o namoro dos dois.
- Você não está falando sério, está? - Ele diz e fecha a cara - Esse curso está nos distanciando cada vez mais. Porque você não escolheu algo mais perto de nós? - Falou num tom normal.
- Porque dança é uma das poucas coisas que eu gosto, Jack. Você sabe que eu não sou muito boa com esse negócio de cuidar de empresas, por isso que deixei essa função pra Amanda. E eu estou muito bem com o curso que eu escolhi, se fosse outro também me ocuparia do mesmo jeito. - ela se virou e olhou pra ele. - Acho que no fundo você não quer que eu faça coisa alguma e só fique com você.
- Não seria má ideia, mas você iria me odiar se te pedisse. - Ele diz calmo e pega as mãos dela com carinho - Mandy, eu quero você pra mim pra sempre. Eu quero me casar e ter filhos com você... Eu preciso de você por perto.
Mandy sorriu de leve.
- Mas antes disso, eu preciso me formar e ser independente, amor. Não quero ficar dependendo de você ou da minha herança.
- Eu sei, eu sei... Mas eu nunca vou deixar você em apuros com nada. Você continuará tendo tudo e muito mais ao meu lado. Casa comigo Mandy... Casa? - Ele diz com os olhos brilhando como um menino que pede sua primeira bicicleta.
- Está me pedindo em casamento sem um anel, Sr. Peterson? - ela pergunta em tom de brincadeira. - Amor, já conversamos sobre isso... Eu acho que ainda está muito cedo pra nos casarmos...
Jack deixou o olhar de esperança se desfazer lentamente. Ele respira fundo e olhando a mão dela alisou.
- Tudo bem... Quando você estiver pronta, estarei esperando por você. Sempre.
Ela pegou a mão dele e a levou até seus lábios, beijando-a.
- Prometo não demorar muito.
Um sorriso leve ele mostrou em seguida a puxou para os seus braços a abraçando com força.
- Eu te amo Mandy... Amo demais. - Sussurrou ele.
- Eu também te amo, meu príncipe. - ela disse sorrindo pra ele.
[Jack Peterson]
Depois do café da manhã, Mandy foi terminar de ajeitar suas malas. Com relutância, foram para o aeroporto e na sala privada do embarque, Jack se virou pra Mandy e disse:
- Tem certeza que não quer casar primeiro e depois ir? Estamos em Las Vegas amor, ainda dá tempo. - Ele sorri com a última tentativa
Mandy riu, escondendo o rosto no peito dele.
- Você é tão persuasivo, mas acho que eu tinha escutado você dizer que me daria um casamento decente!
- Sou perseverante, amor. - ele sorriu - E você tem razão, quando você voltar terá um casamento de rainha do jeito que você merece. - Ele acaricia as costas dela
- Gostei de ouvir isso... - ela sorriu e olhou pra ele. - Quando você vai me visitar?
- Assim que acertar os contratos. Essa burocracia tem que ser feita por mim, não tem choro. Eu te ligo assim que estiver liberado, ok? - Jack falou olhando pra ela. - E a senhorita pretende ficar quanto tempo lá?
- Bem... Eu vou ficar mais apertada no primeiro semestre, pelo cronograma, parece que temos apresentação logo agora... Mas no segundo semestre eu vou está mais calma e vou poder vir aqui com mais frequência.
Ele suspira.
- Tudo bem, vou tentar te ver ainda este semestre, ok baixinha? - ele sorriu - Vê se cuida e cuidados com os caras em NY, por favor. Esse povo anda de terno mais são todos pilantras e cheios de malandragens, viu?
- Tá certo e você, cuidado com essas vacas, ok? O que mais tem aqui em Las Vegas são piranhas querendo dar em cima de homem bonito e rico, e você é bonito e rico... - ela fez uma pausa e sorriu de lado. - E é só meu.
- Está bem, baixinha. eu vou estar inteiro quando for te ver. E você também é só minha. - Ele puxou ela pela cintura - Toda minha... - Ele sussurra nos lábios dela e dá um beijo de tirar o fôlego.
- Passageiros do voo 11245 com destino a Nova York, por favor, se dirigir ao portão de embarque...
Eles se afastaram segundos depois de ouvirem a primeira chamada para o voo.
- Acho que eu tenho que ir... - ela murmurou. - Eu amo você, Jack. Vou morrer de saudades...
- Eu também amor. - Ele disse suspirando - Volta logo tá? Amo você minha baixinha. - ele Não se contém e beija ela pela segunda vez, com mais vontade.
Ela o pegou pela nuca e o deixou aprofundar o beijo até ficarem sem fôlego.
- Assim eu vou ter que te arrastar para o banheiro, Sr. Peterson! Está me deixando com vontade... - ela murmurou entre os lábios dele.
- Se eu te disser que estou com vontade desde quando saímos de casa, você acredita? - Ele sorriu de lado
- Olha que eu acredito em... - ela riu olhando pra ele.
- Você ri é? Estou falando sério. - ele riu - Só que a senhorita não pode perder o voo, hum. Vamos até o portão, eu te levo lá.
- Sabe... Você é muito sensato do que eu! ela ri o acompanhando. - Porque, se você me arrastasse para outro lugar para, hm... Abusar de mim, eu iria numa boa...
Jack deu uma gargalhada gostosa.
- Eu sei meu amor. Por isso tenho que cuidar de você, baixinha rebelde.
- Quem é baixinha aqui, rapaz? Eu não sou! - ela diz olhando pra ele prendendo o riso
- Perto de mim você é baixinha sim, amor e adoro você assim.... - Ele se aproxima do ouvido dela - É mais fácil de brincar. - Sorriu e piscou pra ela.
- Brincar... De que?
- De casinha, amor - ele fala rindo.
- Casinha é? Sei... - ela riu. Eles andaram mais um pouco e logo estavam no portão de embarque, onde uma pequena fila para primeira classe, se formava. - Então é isso, amor... Eu te ligo quando chegar em Nova York. - ela murmurou olhando pra ele.
- Está bem, amor. Vou esperar ansioso por sua ligação. Diz pra Amanda que mandei um beijo pra ela e que mandei ela relaxar um pouco, sua irmã trabalha demais. - Ele sorriu de leve.
- Pode deixar, eu digo pra ela. Ou então eu a levo para alguma festa ou boate... O que acha? - ela pergunta para provocá-lo.
- Só se essa boate for uma das minhas aqui em Vegas, se não, nada feito baixinha! Rum. - Ele finge de bravo
- Como você é bravo, amor... Relaxa! - ela riu e o beijo, ouvindo a última chamada para o voo. - Eu te amo.
- Te amo mais, minha baixinha. Se cuida, tá. Vou esperar por você, sempre. - Ele diz e dá um beijo na testa dela.
- Se cuida também e não esqueça de mim. - ela sorri e aperta a bunda dele discretamente.
- E você não se esquece de mim também. - ele repete o gesto dela e ri.
Ela se afastou dele a contra gosto e lhe soprou um beijo, antes de entregar a passagem para moça que lhe aguardava. O olhou uma última vez e então saiu em direção ao corredor que a levaria até o avião.
No aeroporto internacional de NY Amanda esperava pela irmã com ansiedade. O voo estava atrasado e ela ainda tinha uma reunião para receber o novo estagiário. Ela liga para sua assessora, Bella que está no aeroporto, ainda, mas que logo chegará. Uma hora depois os portões de desembarque recebem os passageiros de Vegas e neles estava Mandy. Amanda acena para a irmã e Mandy a encontra fácil. Amanda estava com um vestido justo preto e salto. Cabelo castanho liso e comprido até quase tocar a linha da cintura.
- Deus do céu, que demora foi essa Mandy? Pensei que não vinha mais. - Amanda dispara ao abraçar a irmã - Está tudo bem?
- Essa chuva terrível que está caindo em Nova York fez com que o avião demorasse mais pra pousar! - ela disse revirando os olhos e abraçando a irmã. - Estou bem mana, e você? Está linda com esse vestido, amei!
- Obrigada. - ela sorriu - Estou atrasadérrima, tenho uma reunião daqui a pouco. Você vai ficar na casa da mamãe?
- Quando você não tem reunião, Amanda? - ela perguntou, rindo. - Não... Não quero ficar lá sozinha, posso ficar no seu apartamento essa semana? É só até eu arrumar um próximo a faculdade... Prometo ser rápida!
- Eu diria isso se você não dissesse. Sou uma mulher de negócios maninha e vai ser ótimo ter você por perto, assim posso ficar de olho em você. - Ela soca de leve o braço da irmã. - Vamos?
- De olho em mim? Jack te ligou mandando você ser minha babá? - ela perguntou, rindo alto
- Quase isso. - Ela riu
- Ou seja... Ele ligou! - ela disse rindo e revirando os olhos. - Mas não precisa disso, você sabe que eu sei me cuidar.
- Sei e mesmo assim vou cuidar. Como acha que me divirto? - Amanda riu olhando no relógio. Mais atrasada. Ela pega o carrinho de malas e começa a empurrar. - Vamos, vamos Mandy vou te deixar em casa ainda... - Ele diz enquanto caminha apressada
Amanda e Mandy saem apressadas do aeroporto. Com sorte o trânsito estava tranquilo e em vinte minutos já estavam no apartamento. Amanda pede para que o porteiro ajude Mandy a subir com as malas e logo arranca com o carro. Odiava chegar atrasada em qualquer lugar, principalmente me uma reunião de negócios.
Dez minutos depois ela está atravessando o hall da empresa. Bella, sua secretária, a acompanha até a sala de reuniões onde o estagiário está a aguardando. Seu nome é Neal Caffrey e assim que bateu o olho em seu currículo, Amanda sabia que ele era bom para o cargo proposto.
Entrou na sala de reuniões e a única coisa que conseguiu vê foi um homem de terno sentado de costas pra ela. Seu cabelo cor de bronze estava bem penteado e seu porte era forte.
Andando em direção a ela, ela deu a volta na mesa e o olhou de frente. Lentamente Caffrey levantou a cabeça e olhou para o seu rosto. Amanda não era o tipo de mulher que se sente atraída logo de cara, mas estaria mentindo se falasse que ele não era bonito. Era lindo na verdade, tinha um rosto de homem sério e os olhos azuis mais profundos que ela já vira. Se não tomasse uma atitude, ficaria ali, enfeitiçada por ele durante horas.
Limpando discretamente a garganta, Amanda se sentou e olhou diretamente pra ele, começando a falar:
- Boa tarde senhor Caffrey. - ela estende a mão ao cumprimenta-lo - Como vai?
- Muito bem Sra. Lewis. E a senhora?
- Igualmente bem, obrigada. Vamos direto ao ponto. O senhor tem boas referências, mas por acaso já trabalhou neste ramo de joalheria?
- Sim. Eu já trabalhei no ramo de joalheria em Boston.
- Certo e.. Quanto tempo durou essa experiência?
- Dois anos... Mas eu sai da empresa por motivos pessoais.
Amanda manteve o olhar sério e imaginou que motivo seria esse.
- Entendo. Bom, quais são suas perspectivas em trabalhar aqui?
- Antes eu queria só deixar uma ressalva. Meus problemas pessoais pra sair da empresa não foi nada haver com meu trabalho, é que na época meu pai ficoi muito doente e erámos apenas ele e eu. Eu tive que deixar o meu emprego pra cuidar dele.
- Tudo bem senhor Caffrey, não é necessário que se exponha. - ela disse num tom ameno. - Prossiga.
- Minhas perspectivas é de crescer aqui dentro, Sra. Lewis. Sua empresa é de um renome internacional e eu quero mostrar que sou capaz fazer sua empresa crescer ainda mais com a força do meu trabalho.
Amanda se agrada do que escuta. Caffrey parecia mesmo estar a fim de fazer um bom trabalho.
- Ótimo. É este tipo que visão que precisamos, senhor Caffrey. Mas é só de boas intenções que se faz uma empresa. Preciso de comprometimento e determinação. Esta empresa está de pé a gerações e pretendemos continuar assim com a ajuda de nossos colaboradores. Estou sendo clara? - Mas não é só de boas intenções
- Com toda certeza, Sra. Lewis, e se me permiti falar, eu também penso exatamente assim. Boas intenções é o começo de tudo, mas a base é a força que temos aqui dentro. A determinação fez sua família chegar aqui e a minha determinação vai fazer com que possamos ir ainda mais além.
Ela se surpreende com a ousadia da resposta, mas quer saber? Era disso que Luxor estava precisando, sangue novo.
- Certo, senhor Caffrey. O senhor tem boa visão, e gosto disso. Aposto que será uma boa experiência tê-lo entre nós.
- Também penso o mesmo, Sra. Lewis. Darei o meu melhor dentro dessa empresa.
- Estou certa que sim. - Ela assentiu num sorriso muito discreto - Bem, acho que podemos terminar se não tiver algo mais a acrescentar.
- Só espero mostrar a todos que o meu trabalho será de extrema competência aqui dentro, Sra. Lewis.
Amanda assentiu colocando um pouco de cabelo atrás da orelha.
- O senhor terá tempo pra isso. Bom, então ficamos assim.. Pode começar amanhã. Em Luxor não gostamos de perder tempo. - Ela disse com sua pose empresarial. Igual sua mãe havia ensinado.
- Está certo. Obrigado por me admitir aqui, Sra. Lewis. Garanto que não irá se arrepender. - ele disse estendendo a mão pra ela
Amanda apertou a mão dele de volta.
- Bem vindo a equipe senhor Caffrey. - Sorriu ela, mas sem mostrar os dentes.
Caffrey sai da sala de Amanda com aquele velho pressentimento de que tudo daria certo. Amanda vê em Caffrey o espírito novo que faltava ali. Suas referências eram perfeitas e com certeza trariam boas novidades ao mercado.
O dia passa depressa e as seis horas Amanda deixa a empresa pega seu pego carro esporte conversível e volta para o apartamento, onde Mandy a esperava. Assim que entrou foi tirando os saltos e caminhando descalça até a sala desabou no sofá.
- Mandy, cheguei! - Ela fala alto.
- Estou na cozinha... - ela grita
Ela levanta do sofá seguindo pra cozinha. O cheiro estava delicioso e a barriga a roncar.
- Comida caseira, hum... Já estou sentindo fome. - Amanda sorriu.
- É né... Como é que você consegue sobreviver com essas comidas congeladas? Passei a tarde toda no mercado fazendo uma boa compra... Por isso que está magrela desse jeito, não come! - Mandy disse mexendo em algo na panela
- Eu nunca fui boa com as panelas May, você sabe. - Ela disse sentando no banquinho em frente ao balcão da cozinha. - Você tem o dom da mamãe nessa área, eu cuido da outra parte.
- Graças a Deus você cuida da outra parte... - ela disse rindo. - Estou fazendo macarronada ao molho branco... Sei que você gosta. - ela pisca pra irmã
- Ah, por isso que eu te amo pirallha! - ela disse com um sorriso largo piscando três vezes. - E aí, já ligou pro grandão?
- Que pirralha? Já estou bem grandinha, ok? - ela riu. - Liguei sim... Ele disse que tem uma informante dele entre nós...
- Sério? Olha só, o cunhadinho está surpreendendo. - Ela diz contendo o riso se fingindo de boba.
- É né... E minha própria irmã está me apunhalando pelas costas... - ela disse prendendo o riso
Amanda abre a boca duas vezes antes de falar.
- Eu? Que calúnia! - Se fez de ofendida, mas acabou rindo - Você sabe que amamos você né, baixinha... - Ela diz manhosa para provoca-la com o apelido que Jack revelou no telefonema.
- Para... Só Jack que pode me chamar assim! - Mandy riu
Amanda dá a volta no balcão e abraça a irmã por trás, bem apertado.
- Ai que baixinha brava, meu Deus! - Ela riu - Quando o jantar fica pronto? Vou desmaiar de fome.
- Mas que abuso, estou fazendo a comida e ainda está me apressando? - ela riu. - Bem, acho que dá tempo de você tomar banho e tirar essa pose de mulher de negócios...
Amanda riu.
- Está bem. Vou tomar um banho rápido e já venho. Quero te contar umas coisas.
- Sei... Então anda logo! - Mandy disse dando um tapa na cabeça da irma...
- Ai! Isso dói. - Reclamou com a mão na cabeça. - Volto já e faminta, viu? - Ela sai comendo um fio de macarrão cozido.
Mandy ri da irmã e continua fazendo o jantar. Amanda entra no chuveiro. Vinte minutos depois ela desce com uma roupa mais confortável e os cabelos molhados indo direto na cozinha.
- E a comida maninha? Já saiu?
- Saiu sua chata... Coloque os pratos na mesa enquanto coloco a comida na vasilha... - ela disse mexendo em algumas panelas
- Sim senhorita. - Ela responde indo arrumar a mesa.
Em seguida pegou os talheres, guardanapos e pratos quentes na estufa.
- Você ainda toma vinho, Mandy? - Amanda pergunta alto
- Sim... - ela disse entrando na sala de jantar com as vasilhas em mão. - Quer que eu pegue algum na adega?
- O branco seria perfeito, mana. - Ela responde sorrindo.
- Vou pegar.
Mandy sai da sala de jantar e minutos depois volta com o vinho em mãos. Elas se sentam e começam a se servir.
- Quero que me conte sobre tudo... Sabe que odeio ficar curiosa!
- Tudo bem. Eu conto. - Ela sorri - Hoje o dia foi um bem lá na empresa. Sabe aquele projeto que eu falei pra você do laço azul? Então está no papel e foi enviado aos acionistas. Espero que aqueles velhos não estraguem nossos planos. Bella me disse que o Thomas voltou de Dubai e perguntou por mim... - Ela revira os olhos - Até parece que caio na dele de novo, rum.
- Bem, eu realmente espero que você não caia né. Thomas é um idiota! - Mandy disse tomando um gole de seu vinho
- Imagina. Estou vacinada contra o tipo dele. Burra, somos apenas uma vez. - Ela põe uma garfada na boca e mastiga bem sentindo o sabor explodir no paladar. - Nossa, isso está uma delícia Mandy! Vou sequestrar você, e nem adianta o Jack chorar por resgate. Esse macarrão está ótimo de verdade.
- Eu tenho meus talentos, mana, você sabe... - ela piscou. - Continue a contar as coisas... A reunião de hoje era sobre o que?
- Ah sim... - ela termina de mastigar e limpa a boca com o guardanapo que estava em seu colo - A reunião hoje foi boa. Mais uma admissão. O rapaz tem ótimas referências e até já trabalhou em Boston neste mesmo ramo. Ele parece perfeito para o cargo. - Ela conclui colocando a taça de vinho na boca.
- Hm... E como ele é? - Mandy pergunta sorrindo de lado
- Ai lá vem ela... - Amanda revira os olhos e ri.
- Conta logo, para de ser chata... - ela olhou pra irmã que estava sorrindo de leve. - Ah, já sei! Ele é bonitão? É isso? Ele é bonitão e gostoso e...
Amanda ri a interrompendo:
- Gostosão eu não sei por que não estou com ele, mas é muito bonito e tem olhos azuis como os mares do caribe. - Ela disse ficando ruborizada.
- Ainda não está com ele, né? Acho que a empresária Amanda Lewis quer dar uns pegas no novo funcionário...
- Que? Não Mandy! - Ela disse quase engasgando com o vinho - Meu Deus, isso não tem lógica e... Com certeza ele tem alguém. Não, definitivamente não daria certo. – Falou voltando a comer.
Mandy revira os olhos.
- Amanda, para com isso, você sempre coloca empecilho em tudo! Se tiver que rolar, deixe rolar. Pelo o que você me disse o cara é lindo, e você também é linda... O que tem de mal nisso?
- Tem coisas demais Mandy. Ele é nosso funcionário, queridinha. - Ela riu forçada - E outra, ele deve ter uns trinta e poucos anos... Não ia querer nada com... Você sabe. - Ela dá o ombro.
- Com o que? Fala sério, Amanda, você tem vinte e sete anos, mas sabe que aparenta muito menos! Irmã, você é linda, rica e poderosa... Ele e todos os homens do planeta tinha que rastejar aos seus pés.
- Esse é o problema mana, a maioria dos caras olham pra mim vendo cifrões. Você teve muito sorte em conhecer o Jack, e sou muito feliz por vocês, mas creio que meu destino seja apenas os negócios. E sabe o que mais, prefiro assim.
- Ah é mesmo? Vai ficar sozinha, morando em uma casa cheia de gatos pra te fazer companhia? Amanda, você é bem melhor do que isso e sabe disso. Se o cara é gostoso e bonito e se der em cima de você... Aproveite, sem compromisso. - Mandy pisca
Amanda não resiste o bom humor da irmã e ri.
- Certo, mas não estou prometendo nada. Amanhã se você não tiver compromisso vamos almoçar juntas. Daí te mostro o recém-contratado e você me da sua opinião. Pode ser?
- Tá certo... Amanhã nos encontramos pra almoçar e quero ser apresentada ao novo peguete da minha irmã... Qual o nome dele?
- Boba, eu não tenho “peguete” nenhum. - ela riu - Ele se chama Neal Caffrey.
- Então... - ela pega a taça e a levanta - Um brinde ao Neal Caffrey Delícia... - ela sorri
Amanda ergue sua taça sorrindo.
- E a sanidade de minha irmã....
- Que está em perfeitas condições. - ela riem e brindam. - Hei, mudando um pouco de assunto... Jack me pediu em casamento... De novo.
- Nossa, ele não desiste não é? Por que você não aceita logo Mandy, vocês são loucos um pelo outro.
- Eu... Eu o amo muito, irmã, mas... Ah, Amanda, eu tenho apenas vinte e um anos. Não acha que sou muito nova pra casar?
- Bom, você é nova sim, mas se você se amam não vejo mal algum. A não ser que... Tem alguma coisa errada entre vocês, May? Sabe que pode contar sempre comigo, hum.
- Não tem nada de errado entre nós. Eu o amo e ele, bem... Ele é louco por mim, e temos um bom relacionamento, o sexo é ótimo e ele é meu melhor amigo também. - ela fez uma pausa. - Mas eu não sei... Eu ainda não me sinto pronta pra dar esse passo, sabe?
- Oh minha irmãzinha... - Amanda pega a mão dela sobre a mesa - Olha, independente do que acontecer sempre vou estar aqui, ok? Amo você, anjinho rebelde. - Ela diz com carinho.
- Eu sei que sim, e eu também sempre estarei aqui. - ela sorriu pra irmã. - Ele diz que me entende, mas sei que fica magoado por eu não aceitar. Estou pensando em aceitar nas minhas férias do meio do ano, ele disse que iremos viajar... Se ele fizer o pedido lá, o que é bastante provável de acontecer, eu irei aceitar.
- Faça o que seu coração pedir e seja honesta com ele, Mandy. Por vocês dois, isso é o melhor a ser feito. Quero sua felicidade. - Aconselha Amanda.
- Está certo, maninha... - ela sorri. - Ainda tem espaço pra sobremesa? Comprei sorvete de chocolate.
- Pra sorvete sempre tem um espacinho, irmã. – Amanda sorriu.
Amanda e Mandy levam os pratos pra cozinha e pegam o sorvete. Servem-se e comem ali mesmo. Depois de colocar a louça na lavadora foram assistir um filme de comédia romântica e conversaram até sentir sono.
Na manhã seguinte as irmãs se arrumam e saem para seus compromissos. Amanda deixa Mandy no curso e segue para a empresa. Bella a recebe com os compromissos do dia na mão e vai ditando enquanto segue a chefe até sua sala.
Mandy desce do carro da irmã e sorri ao vê sua faculdade. Havia muitas caras novas e muitas velhas, algumas pessoas iam em sua direção para cumprimentá-la e outras reviraram os olhos vê-la - ser popular tem suas vantagens e desvantagens. Ela pega o celular e vê que recebeu uma mensagem de Meg, sua melhor amiga, dizendo que estava a esperando na sala de aula junto com as outras garotas.
Assim que chega na classe ela vê as amigas sentadas próximas a janela, conversavam alto e riam como sempre fizeram, com a euforia do primeiro dia de aula.
- Hei... Chegou quem faltava! - Mandy disse se aproximando delas.
Meg foi a primeira a se levantar e ir em direção a amiga.
- Agora sim a festa vai começar. - Meg respondeu indo abraça-la - Com você tá, gatona?
- Estou ótima, amore... E vocês? Sei muito bem que aprontaram sem mim... - Mandy disse se sentando ao lado das amigas.
- Aprontamos nada demais, a rainha das encrencas é você, amor. - Sandra dá risada - Ei, você já viu o professor? Dizem que é um gatinho.
- Tem professor novo? Não me diga que a chata da Jorgie saiu? Deus é pai, gente! - ela riu alto. - É gato é? Mas eu sou uma mulher compromissada, não posso ficar prestando atenção em outros homens,até porque... Estou bastante convencida de que não há homem mais bonito do que o meu... - ela disse se abanando.
Todas as meninas fizeram um coro de "Hummmm" e riram alto. Quando Meg abre a boca pra falar alguém entra na sala. Batendo palmas.
- Okay okay vamos parar as fofoquinhas e começar a aula, garotas. - Disse o professor chamando a atenção delas.
Uma a uma as garotas foram se levantando e se puseram espalhadas pela sala prestando atenção nele.
- Bom dia, meu nome é Michael Jackson e vou ser o professor de vocês apartir de hoje. O que vocês tiverem dúvida, pode perguntar sempre. Não quero ninguém perdido aqui, valeu. Alguma pergunta? - Ele diz marcando o rosto de cada aluna.
Mandy levantou a mão e Michael balançou a cabeça, sinalizando para que ela falasse.
- Que tipo de professor o senhor é? - ela perguntou olhando pra ele e cruzando as pernas.
- Sou licenciado como professor de dança e expressão corporal. Caso queira saber a matéria que vou usar, será Reggeaton. - Respondeu ele. - Mais perguntas?
Mandy sorriu de lado e balançou a cabeça.
- O senhor é tão engraçado. - ela revirou os olhos. - Eu fiz referência ao modo como o senhor trata os alunos, porque... A Jorgie, apesar de não dá esse estilo de dança que o senhor citou, era muito chata... Acho que não é isso que queremos aqui. - Mandy disse, vendo a turma concordar com ela.
Michael cruzou os braços e sorriu de lado.
- Então vocês querem moleza?
- Moleza não... Mas também não queremos um professor chato. - ela respondeu.
- Uau, acho que peguei a turma ideal! - Riu sarcástico e foi perto de Mandy. A encarou nos olhos. - Olha só princesinha, relaxa porque eu sei o que estou fazendo tá legal? E um dia você vai me agradecer o que fiz. - Ele pisca e sorri para provoca-la.
- Ok, professor Jackson. Espero que faça algo de bom por nós, até porquê, estamos no último ano de faculdade e não temos tempo pra ficar de gracinhas. - ela olhando nos olhos dele.
Michael sentiu a hostilidade da garota bater no teto e voltar nos ouvidos dele, mas isso não ia intimida-lo.
- Concordo plenamente. - Ele sorriu de lado e voltou ao seu lugar. - Já que as apresentações foram feitas, vamos começar com os alongamentos e depois seguimos com os passos básicos, certo? - ele diz vendo as alunas assentirem.
Mandy se levantou e foi para o lado de Meg.
- Que cara irritante! - ela disse seguindo com a amiga para a sala de dança
- Irritante e gostoso né? Que bundinha linda ele tem, nossa. - Meg suspirou
- É... Ele não é tão mal assim. - ela fez uma careta. - Mas já vi que vai me encher pelo resto do ano...
- Sorte sua, sua boba. Eu queria ele no pé o tempo todo, aliás, não só no pé... Poderia ser em outros lugares e de preferência no meu quarto. - Ela ri com malícia
- Meu bem, se você não se lembra, eu tenho namorado... Que com certeza é muito melhor de que esse professor! - Mandy disse em alto e bom som ao passar por Michael que estava parado na porta da sala de dança;
Michael olha pra ela e guarda bem aquelas palavras. um dia ele mostraria a ela quem era melhor. Quando o alongamento acabou Michael começou com os passos básicos.
- Eu quero que vocês soltem bem o quadril mexendo de um lado para o outro. Como estivessem desenhando com um pincel. Pra direita.... Pra esquerda.... - Michael começa a se mexer assim como diz. - Agora quero ver vocês, vamos lá.
- Perfeito garotas! Continuem assim agora abaixando devagar, assim.... - Ele faz o passo descendo lentamente enquanto mexe de um lado pro outro. - Repitam comigo agora, um... dois...
Mandy olha pra ele e contém a vontade de revirar os olhos. Era aquilo que ele ensinaria a eles? A arte de mexer os quadris? Ela era formada em dança no ventre, aquilo pra ela era tão fácil quanto escrever o próprio nome.
- Não esqueçam que essa dança é sensual, valeu? Mexam com vontade. - Ele repara no desempenho delas - Isso, isso.... Você do lado da princesinha... - Falou com Meg - Está ótima, é assim mesmo.
Meg sorri e pisca para o professor. Ele sorri e continua sua aula.
- Só pra avisar.. Meu nome é Mandy!
Michael não responde e continua a instrui-las durante a coreografia. Mandy fecha a cara e continua dançando ao lado de sua amiga. Hora depois todas estavam bem enturmadas e se divertiam com a nova modalidade de dança. Michael mantém certa rigidez para controlar melhor seu método de ensino.
Aula ao da aula ele fez um momento de relaxamento com as alunas para aliviar a tensão pela horas diretas que dançaram.
- Obrigado meninas e por hoje é só. Amanhã vamos retomar alguns passos que não foi possível passar. Bom almoço a todas. - ele diz
Aos poucos todas foram saindo. Meg saia ao lado de Mandy e pediu um segundo. Mandy a esperou na porta vendo a amiga ir até o professor. Ela diz alguma coisa que o faz sorrir e assentir. Meg sorri pra ele e volta toda feliz.
- Prontinho amada, vamos? - ela diz com o sorriso nas orelhas.
- Vamos... - ela diz virando as costas para Michael depois de olhá-lo.
Meg estava de carro e deu uma carona a Mandy até a empresa da família. No trajeto Meg não parou de comentar como tinha gostado do professor e como ele era bonito. Mandy revira os olhos e torce para chegar logo na Luxor. O trânsito estava bom e não demorou muito para chegarem. As amigas se despedem e Mandy entra no prédio. Pega o elevador e sobe direito para a presidência. Bella a recepciona dizendo que Amanda está numa reunião e que pediu para ela esperar em sua sala. Mandy assente e segue para a sala da irmã. Vinte minutos depois Amanda entra na sala.
- Boa tarde maninha. - Ela diz indo abraça-la - Como foi o primeiro dia de aula?
- Boa tarde? Boa só se for pra você! E o primeiro dia de aula? Foi um inferno! - ela disse com raiva.
- Nossa, o que aconteceu? - Amanda fala com os olhos arregalados - Foi tão ruim assim?
- Foi pior! - ela se jogou no sofá. - Eu tenho um novo professor... E ele é simplesmente irritante, chato, ridículo! Ele me ignorou, tem noção disso?
Amanda respirou fundo.
- Maninha, toma um banho e esfria a cabeça, hum? No almoço você me conta em detalhes o que houve. Tem toalhas limpas no banheiro. - Ela disse calma.
- Banho? Que banho o que, Amanda! E o pior, ele veio cheio de marra querendo nos ensinar a como mexer os quadris... Fala sério, sou formada em dança do ventre, sei muito bem como fazer isso! Aí ficou: "Nossa, você está fazendo muito bem", pra uma lá e depois ficou "você é perfeita nisso..." pra outra, e eu? Ele não deve nem ter me visto ali!
Amanda se contém e senta na beirada da mesa.
- Mandy você é minha irmã mais nova e eu te amo, então não me interprete mal, certo? Na minha opinião concordo com você, ele não pode dar vantagens a alguns alunos. Todos merecem incentivo, mas em outra parte... Parece que você ficou com ciúmes dele. Desculpa, mas eu tinha que falar.
- Oi? Fiquei com o que? - ela perguntou se sentando direito no sofá.
- Ciúmes mana. Aquele sentimento que você conhece bem. - Ela chega perto de Mandy - Eu não sei o que esse cara fez, mas nunca te vi tão irritada logo no primeiro dia de aula. Acho que devia se acalmar.
- Não é ciúmes, Amanda, eu nem conheço o cara! Eu só fiquei irritada porque... Ele é todo seguro de si, sabe? Ele adora se amostrar e como viu que eu não sou como as amebas que ficou de quatro por ele lá na sala, ficou me ignorando. Irritante, apenas!
Amanda sente algo no ar, mas não diz agora. Mandy precisava se acalmar e nisso ela tinha que ajuda-la.
- Tudo bem maninha. Eu entendo você, só que procure se acalmar. Amanhã você tem aula de novo e assim sucessivamente. Aposto que com o tempo as coisas melhoram, certo? E se ele ficar de marra com você, ignore. Com gente assim não vale a pena gastar vocabulário.
- Tá certo! - ela disse se levantando. - Eu vou tomar banho e depois você me apresentar o novo funcionário gato... - ela piscou.
Amanda riu vendo ela sair das suas vistas.
- Essa é a Mandy que eu conheço! - Ela fala alto.
Enquanto Mandy vai tomar banho Amanda pede que Bella passe sua reunião das duas horas para as três. Assim poderia almoçar mais tranquila com sua irmã.
Minutos depois Mandy saiu pronta e muito linda, como sempre.
- Estou pronta, mana...
- Certo, vamos a sala de design. - Amanda responde.
As duas saem da sala. Amanda avisa que voltaria lá pelas duas e meia. Pegam o elevador para o sétimo andar. Setor de Design. Quando as duas irmãs adentram o ambiente todos se voltam pra elas. Amanda diz para continuarem o trabalho. Neal estava ao longe em sua sala e as duas foram direto pra lá.
Amanda dá duas batidas na porta.
- Pode entrar... - Neal diz lá dentro.
Amanda e Mandy entram na sala.
- Boa tarde, senhor Caffrey. - Amanda fala primeiro.
- Olá, Sra. Lewis... - ele se levanta para apertar sua mão. - Como vai?
- Bem, obrigada. - Respondeu simpática e apresenta sua irmã - Esta é minha irmã Mandy.
- É um prazer conhecê-la, Srta. Mandy... - ele disse, apertando a mão dela.
- Ah, que isso, pode me chamar de Mandy... - ela respondeu sorrindo. - É um prazer conhecê-lo também, Sr. Caffrey. Minha irmã falou muito bem do senhor.
- Falou? - ele perguntou se virando pra Amanda
Amanda olha pra Mandy e depois para Caffrey.
- Eu disse que seu currículo tinha boas referências, senhor Caffrey. Minha irmã e eu temos que estar sempre atentas ao que acontece na empresa. - Ela tenta corrigir a situação embaraçosa.
- Oh sim, entendo perfeitamente, Sra. Lewis.
- É verdade e minha irmã fez questão me contar detalhadamente sobre o seu... Currículo. - ela sorriu. - E eu gostei muito do que ouvi, é bom saber que temos pessoas competentes aqui dentro.
Amanda sente o ar naquela sala ficar pouco de tanta vergonha. O que dizer agora? Sim, trabalho. Isso sempre ajuda.
- Exatamente, Mandy e falando nisso... Como estão os desenhos da nova coleção, Sr. Caffrey? - Ela desvia o assunto rapidamente.
- Estão aqui, Sra. Lewis e...
- Um segundo. - Mandy disse o interrompendo. - Amanda, você permite que todos a chamem pelo seu primeiro nome. Por que Neal tem que te chamar de senhora?
No mesmo instante o rosto de Amanda queima feito brasa. Neal olha pra ela e Mandy também, segurando o riso, claro.
- Eu... Não pedi nada, eu... Oh céus Mandy, isso é tão embaraçoso... - Ela suspira sem graça e olha pra ele - Me desculpe por isso, pode me chamar de Amanda quando quiser.
- Eu não vejo problemas em te chamar de Sra. Lewis, Amanda... Se você não se sentir confortável. - Neal disse com uma voz rouca.
- Não... Por mim tudo bem. Pode ser Amanda mesmo. - Ela disse ainda sem graça. - E como quer que eu o chame?
- Neal está ótimo pra mim. - ele sorri e se vira pra sua mesa. - Bem, eu estava terminando esse desenho... É um croqui básico de uma nova pulseira de ouro branco, diamantes e a famosa turmalina paraíba. Ainda não está totalmente pronta, mas já dá ter uma ideia de como será.
Amanda pegou o croqui e junto a Mandy analisou a peça desenhada. Seria uma pulseira toda de outro branco, com gotas de diamante que pegaria de cada lado do pulso, seguindo uma linha que chegaria há uma bela turmalina paraíba cravejada no centro.
- Uau... É uma peça linda! - Mandy comentou.
- Lindas mesmo! - Amanda comenta em seguida - Aposto que terá grande saída. Parabéns Neal, os desenhos estão ótimos. - Ela sorriu cordial.
- Fico muito feliz que tenham gostado. Eu mando para sua sala assim que estiver pronto para sua aprovação, certo, Amanda?
- Certo... Neal. - Ela assente e fica em silencio por alguns segundos, mas logo despertar da inércia. - Bom, estamos indo almoçar e volto as duas e meia. Seu trabalho está muito bom. Não tenha pressa, certo?
- Certo. - ele sorri e se vira para Mandy. - Foi um prazer conhecê-la Mandy...
- O prazer foi meu, Neal. - ela assenti e sorri.
- Até mais, Neal. - Amanda disse com um pequeno sorriso, que ele retribui sutilmente.
Neal as acompanhou até a porta. Mandy e Amanda saíram em silêncio e quando entraram no elevador, Mandy riu alto.
- Esse Caffrey... Ele tá de olho em você!
- Como? Ficou maluca? E o que foi aquilo Mandy? Eu quase morri de vergonha na frente dele. Minha nossa, até gelei. - Amanda disse esfregando as mãos uma na outra.
- Ah, para, não foi nada demais... Você que é dramática. Viu como ele estava te olhando? E outra, ele amou te chamar de Amanda...
- Ah não, May... Não viaja maninha. Não sou dramática, eu só queria te matar. - Ela pensa e faz uma pausa antes de continuar - É... A senhorita pesado, mas você sabe que eu nem reparei nisso. Era até... Atraente ouvir nosso sobrenome saindo daquela maneira. - Amanda sussurra as palavras sem medi-las.
- Ah é mesmo? Talvez então devêssemos ir até lá novamente e dizer que você achou sexy o nosso sobrenome na voz dele... - ela diz sorrindo de lado.
- Não! Por Deus, não! Deixa como está. Você me ajudou demais por hoje! - Ela disse vendo as portas abrindo no hall de entrada - O que você quer comer? Poderíamos ir naquele restaurante japonês no fim rua. É um bom lugar pra almoçar.
- Por mim está ótimo... - ela olha pra Amanda e sorri. - "Oh Amanda, fico contente que tenha gostado de meu desenho..." Oh não você gosta que a chame pelo sobrenome, né? Então... - ela limpa a garganta e recomeça. - "É um prazer revê-la, Sra. Lewis, como vai?" - Mandy zoa, imitando Neal ao falar.
Amanda fica vermelha e começa a rir.
- Você não vale nada, Mandy Lewis. - Ela disse saindo para a rua com a irmã.
Após o almoço com a irmã, Amanda voltou para a empresa, onde se reuniu com o pessoal de design. Cada um tinha seus croquis prontos e foram escolhidos quinze entre trinta deles. Dois tinham sido de Neal, uma pulseira de diamante com turmalina paraíba e um brinco de safira. Após a aprovação de Amanda, os desenhos foram mandados para as refinarias, onde seriam feitas as peças.
Fechando um dia tão produtivo como esse, Amanda encerrou suas atividades na empresa e foi embora, dando de cara com Neal no estacionamento. Trocaram poucas palavras e sorrisos, fazendo com que Amanda se perguntasse se Mandy não estaria certa sobre o fato de algo a mais rolar entre ela e seu funcionário tão dedicado.
Mandy encerrou sua noite com um jantar com a irmã e uma conversa longa com Jack ao telefone. Ela contou tudo sobre o seu dia, até mesmo sobre Neal e Amanda, mas omitiu sua irritação com o professor; sabia que Jack era ciumento e não queria que ele criasse história com aquilo, muito menos que pensasse besteira como Amanda havia feito mais cedo.
Ela com ciúmes daquele professor metido? Só Amanda mesmo para pensar em algo como aquilo... Onde já se viu? Ela ao menos conhecia o cara e o pouco que conheceu já havia odiado. Com esses pensamentos na cabeça, se virou para o lado e acabou pegando no sono.
Pela manhã, Mandy acordou mais cedo do que o habitual. Toda quarta-feira ela reservava uma sala de dança para poder colocar em pratica tudo o que aprendera. Era um hábito que já havia criado pra si.
Se levantou e se arrumou, pegou uma maçã e deixou um recado para Amanda, dizendo que havia ido mais cedo para faculdade. Quando desceu do apartamento o táxi que havia pedido já estava a esperando, o que a fez se lembrar que precisava o mais rápido possível de um carro. Meia hora depois ela estava na faculdade, que ainda estava vazia. Pegou a cópia da chave da sala de dança e começou a ensaiar. Michael sempre chegava mais cedo na faculdade para organizar seu plano de aula. Com sua mochila nas costas ele caminhava pelo longo corredor até a sala dos professores que ficava no fim do mesmo. No meio do caminho escutou uma música. No mesmo momento pensou quem poderia ter chegado tão cedo ali, as aulas só começavam as oito. Confirmando as horas viu que ainda era sete da manhã.
Seu extinto foi mais forte e ele seguiu para onde a música tocava. Passou por mais quatro portas o som ficou alto ecoando corredor a fora. A porta estava encostada. Lentamente a abriu e deu de cara com uma linda garota no pole dance. Seus olhos se prenderam nela imediatamente. A forma como se movimentava ali e a música ecoava em seus ouvidos formou uma nuvem de sedução a sua volta. Acompanhando cada movimento seu corpo implorava para compartilharem a mesma magia.
Logo a moça fez um passo onde seu rosto ficou visível e grande foi a surpresa do jovem professor. A deusa de corpo encantado era a princesinha mimada que o desafiou. Um sorriso lascivo ele deu sem acreditar. A danada tinha muito talento. Uau, e que talento! Confirmou em sua mente. Antes que ela notasse sua presença ele saiu dali com a ideia de que ele poderia explora-la ainda mais.
Quando o horário de aula chegou, Mandy estava mais que aquecida. Michael entra na sala e cumprimenta a todas de maneira geral. Dá início com os alongamentos e em seguida repassa alguns passos que ficaram por falta de tempo.
Meg com toda sua dedicação não recebeu tanta atenção assim. Michael foi mais imparcial que antes, porém não usou ironias durante suas falas. Quando deram uma pausa ele se aproxima pedindo licença as alunas e chama Mandy de lado.
Quando estão um pouco afastados ele diz:
- Olha, eu não quero que fique um clima chato durante a aula e acredito que não começamos com o pé direito. Então... Eu quero dizer que você pode contar comigo sempre que precisar, okay? - Ele diz olhando nos olhos dela. - Eu não pego no pé por maldade, é pra tirar o melhor de vocês entende? E vejo que você pode muito mais do que apresenta. Falo isso como profissional.
- Bom saber que uma noite de sono faz o seu humor ficar melhor, professor Jackson - ela diz sem esboçar qualquer emoção com o que ouviu dele.
- Mandy... - Ele diz com um sorriso leve - Por que ficar tão armada? Isso influência no seu desempenho durante a aula. Relaxa um pouco. Eu não sou tão cruel como você pensa. Pode apostar nisso.
Mandy olhou pra ele e arqueou uma sobrancelha.
- Eu também não sou tão severa, professor Jackson. E eu fico contente que tenha gravado o meu nome, "princesinha" é algo muito... Íntimo, se é que me entende.
- Entendo, mas é que você se comporta como uma princesinha mimada, e é legal. - Ele sorri de leve mais uma vez - Mas tudo bem, vou te chamar pelo nome e você me chama de Michael, okay?
- Hm... Eu sou uma princesinha mimada, Michael Jackson. - ela sorriu de lado e piscou pra ele.
Michael estreitou os olhos pra ela e riu.
- Vamos voltar pra aula, princesinha Mandy - ele diz indo para o seu lugar.
Michael com palmas chamou o resto da turma para voltar as suas posições. A segunda parte da aula foi de consciência corporal. Ele mostrou que para desempenhar uma boa dança é preciso se permitir influenciar pela batida. A técnica ajuda, mas o ritmo é tudo. Não adianta uma dança bem coreografada se os dançarinos parecem androides ou mortos. Tudo vai da energia que você coloca no que faz.
Ao dizer isso, ele lembra-se da dança que assistiu antes da aula. Seu olhar para em Mandy por um instante e logo se muda para prosseguir o discurso. Após a teoria, vem a prática. Ele chama por Sharon e faz uma demonstração de como isso acontece quando se tem técnica, mas não tem magia. Por mais profissional que a coreografia seja, nada sai elegante nas vistas de quem assiste. Depois ele chama Mandy para apresentar como seria uma dança sem muita técnica, mas com magia. Ele usa a mesma música para usa passos simples de música latina para a demonstração. Mandy pega todos rapidamente.
Enquanto explicava Michael dançou lindamente com ela. Fazem um casal e tanto. As aulas assistem atentas as orientações dele. Quando termina a explicação ele a solta com um pequeno sorriso deixando que volte ao seu lugar.
Meg observa tudo e não diz nada no momento. Michael prossegue. Pelas onze horas a aula termina. Depois do relaxamento estão todos exaustos. Meg chega perto de Mandy.
- Quer carona hoje? - ele pergunta.
- Não precisa, eu vou pegar um táxi e ir direto a uma concessionária... Preciso de um carro urgente! - Mandy disse colocando a necessaire em sua bolsa.
- Tudo bem. Boa compra então. Vou indo nessa, tá? - Ela deu um beijo rápido no rosto dela - Até amanhã, Mandy.
- Até amanhã, Meg. - ela diz, vendo a amiga sair da sala.
Todos saíram da sala. Menos Michael e Mandy. Ele termina de guardar suas coisa na mochila e a pendura num ombro só. Vendo que Mandy saia sozinha ele se aproxima dela dizendo:
- Está sem carona hoje?
- Hm... Na verdade não. Eu decidi pegar um táxi, tenho que comprar um carro... Ficar dependendo de carona não dá né. - ela sorriu pra ele. - Alás, sua aula foi ótima hoje. Aprendi muito...
- Obrigado. Ouvir isso de uma princesinha é uma honra, se me permite dizer. - ele sorriu brincando com o cavalheirismo - Você não precisa pegar taxi se não quiser, eu leve você. Assim sobra algum pro nosso sorvete. - ele fala divertido.
- O sorvete que você vai pagar pois é um cavalheiro,né? - ela perguntou arqueando uma sobrancelha.
Ele riu.
- Beleza, eu pago o seu sorvete, princesinha!
Os dois seguiram juntos para o estacionamento da faculdade. Michael caminhou com ela a seu lado até uma motocicleta.
- Você tem problema com velocidade? - Ele pergunta pegando os capacetes.
- Olha pra mim, professor? Acha que eu vou ter medo de velocidade? - ela perguntou pondo a mão na cintura
Ele a olhou de cima a baixo. O pole dance veio na mente.
- É... Você não tem medo do perigo. - Disse entregando o capacete - Vista isso para proteger sua cabecinha de princesinha mimada.
- Acho que você me chamou de burra nas entrelinhas dessa frase... - ela disse, colocando o capacete.
- Claro que não! Você não me leva a sério mesmo, hein. -ele ri vestindo o capacete. Subiu na moto e pediu que ela subisse em seguida. - Segura bem firme, okay? Essa belezinha voa.
- Tá certo, professor... Vou começar a te levar sério agora... - ela disse passando os braços pela cintura dele. - Partiu?
Ele riu com o jeito menina dela falar.
- Partimos, princesinha.
Michael ligou a moto e saiu devagar até a rua. Quando pegou o asfalto, justiça ao que tinha dito. A moto voava, mesmo.
Michael trafegou pelas principais ruas de Nova York em alta velocidade, tendo Mandy agarrada a sua cintura. Quando chegaram na concessionária que ela havia pedido-o para levá-la, eles entraram e o gerente foi até eles, deixando claro que estava ali porque uma das Lewis estava em sua loja.
- Bem... Eu sou péssima com essas coisas de carro... O que você sugere, professor? - ela perguntou olhando para alguns dos modelos a sua frente.
- Fora de sala, sou apenas Michael, por favor. Diminui vinte anos das minhas costas - ele riu - Bem, o que você gosta?
- Está certo, Michael... Hm... Eu gosto deste. - ela apontou discretamente para um vermelho conversível a sua frente. - Mas esse gerente é um pé no saco e só quer me empurrar o que é feio e mais caro. - ela disse só para Michael ouvir.
- Vendedores são todos iguais. - ele faz careta - Eu acho que esse não combina com você não, sinceramente. Gosto mais daquele, Saab preto. Veja só... - ele caminha até o carro de luxo - Isso sim é possante! - Falou encantado.
Ela sorriu e foi até ele, se encostando no carro.
- Sabe professor, o que acha de o senhor me mostrar como se pilota uma belezinha dessas, hm? O gerente adoraria me fazer um agrado desses, sabe... Um test-drive.
- Seria uma honra. - Ele diz olhando o sorriso dela.
- Ótimo! Sr. Jones... - ela chama o gerente que vai até ela. - Eu gostaria de fazer um test-drive esse carro... Acha que poderia me ajudar com isso?
O gerente fica alguns segundos em silêncio, olhando para o Saab preto, que era um dos mais caros em sua loja. Mas ele estava falando com Mandy Lewis, uma das garotas mais ricas dos EUA. Não tinha como negar àquele pedido.
- Está certo... Eu vou pedir para um funcionário trazer a chave, Srta. Lewis. - ele disse se afastando.
- Para onde a princesa quer ir? - Michael pergunta.
Ela pega as chaves das mãos do funcionário e as joga para Michael.
- Para onde o professor irritante quiser me levar... - ela piscou e entrou no carro
- Você é quem manda, princesinha. - ele sorriu entrando em seguida.
Michael liga o carro e sai. Ele estava adorando aquela sensação. Mandy a seu lado parecia surreal depois do mal começo que tiveram.
Depois de sorrir pra ela, ele entrou na avenida e pegou uma via que daria no centro da cidade. Minutos depois ele para numa vaga em frente a uma loja enorme e bem atraente.
- Aqui tem melhor sorvete do mundo. - ele disse ao desligar o carro. - Me espera aqui. - Michael pede saindo do carro, da à volta e abre a porta dela - Agora sim... - ele estende a mão para ajuda-la descer.
- Ah, que cavalheiro... - ela disse ao sair do carro.
Michael apenas sorriu e entra com ela na soverteria. Ela pede chocolate com creme e ele pede morango. Enquanto tomam os sovertes, Mandy puxou assunto.
- Então... Me conte mais sobre você. - ela disse tomando uma colherada.
- O que você quer saber?
- Tudo. Por exemplo... Por que é professor de dança? De uma dança bem safada, aliás... - ela olha pra ele e ri. - Não que eu tenha procurado no Google, mas enfim...
Michael riu engolindo o sorvete.
- Sou apaixonado por dança desde moleque. Minha mãe falava que eu dança ate com o som da velha maquina de lavar, acredita? A escolha da matéria foi opção do conselho da faculdade. Eu tinha no currículo e eles precisam de alguém assim, e cá estou eu.
- E você? Como é viver no castelo? - sorriu ele.
- Como é viver no castelo... Boa pergunta. - ela sorriu. - É bom, quer dizer, é realmente incrível você poder comprar o que quiser ou algo do tipo, mas... Eu perdi meu pai muito cedo, éramos somente minha mãe, minha irmã e eu e há dois anos minha mãe também se foi... Hoje eu só tenho a minha irmã e ao meu namorado. E bem... Eu não falo isso pra eles, mas tem horas que eu me sinto bastante sozinha.
- Eu sinto muito por sua mãe. - disse sentido - Você tem namorado e.. Ele não cuida de você?
- Jack? - ela sorriu ao pensar no namorado. - Ele cuida muito bem de mim, infelizmente ele não pode está aqui ao meu lado agora porque ele é dono de um cassino em Las Vegas e está fechando um novo show, mas ele sabe o que fazer comigo... - ela riu. - Acho que ele foi o único que conseguiu me aguentar por tanto tempo e que conseguirá me aguentar por muito mais tempo.
- Uau, esse cara deve ser o super homem, hein... - Michael disse tentando mostrar indiferença - E o casório vai ser quando?
- Eu não quero casar agora, então... - ela deu de ombros e olhou pra ele. - E você, professor? Tem namorada?
- Não, prefiro curtir bastante antes de me amarrar. - disse sorrindo de lado.
- Ah, entendo... Muitos homens pensam assim... - ela revirou os olhos.
Michael riu de leve.
- Você gostou do carro?
- Sim, ele é bem bonitão... Mas eu vou dirigindo na volta pra vê se gosto realmente. - ela fez uma pausa. - E quantos anos você tem, professor?
- Tenho 30 e você?
- Vinte e um... Tem filhos?
- Nem tão cedo. E você pretende ter?
- Pretendo sim, mas não agora... Ainda tenho um longo caminho pela frente, apesar de saber que... Se eu aceitar o pedido de casamento de meu namorado, ele vai querer ter filhos logo. Lance de idade, sabe? Ele tem 29 anos e acha que já está na hora de casar e ter filhos... Eu acho tão cedo...
Michael assentiu com a cabeça.
- Entendi, mas você tem razão. Você é bem nova pra ter filhos. Ele deve estar ficando desesperado. Homem também tem medo de encalhar, sabia? - Ele diz com um risinho perverso nos lábios.
- Eu acho que o problema dele não é esse, porque... Existem muitas vacas atrás dele. Acho que ele tem medo de eu trocá-lo por outra pessoa.
- Hum... Ele é inseguro então. É, cada um sabe o taco que tem né? - ele deu de ombros. - Eu confio no meu. - Disse convicto.
- Confia tanto e está aí, solteiro... - ela disse comendo mais um pouco do seu sorvete
Michael a encara com um sorriso descarado.
- Quem te disse isso, princesinha?
- Você. Eu perguntei se tinha namorada e você disse que não.
- Você está certa. Eu não tenho namorada, mas isso não significa que estou literalmente sozinho. "Somos homens"... Você entende né? - Sorriu ele com duplo sentido.
- Ah sim, sei como é... - ela disse olhando pra ele. - Então quer dizer que o professor irritante tem várias mulheres ao mesmo tempo...
- Não tantas, porque poligamia não é comigo. Gosto de ter o suficiente, uma só! Mais que é isso é loucura. Uma mulher só já dá um bom trabalho. - Disse pondo uma das últimas colheradas na boca.
- Eu não dou trabalho algum... - ela disse dando de ombros. - Quer dizer, meu namorado reclama um pouco as vezes... - ela deu uma pausa e Michael a olhou com uma sobrancelha arqueada. - Reclama muito, mas não é nada demais.
- Posso imaginar... - ele riu.
Mandy riu e sentiu o celular vibrar no bolso. Ela o pegou e viu que era sua irmã.
- Espere um segundo? Minha irmã está me ligando... - ela disse, pondo o celular na orelha. - Fala, mana.
- Mandy, onde você está? Você não veio almoçar até agora. - Amanda diz preocupada.
- Droga, Amanda! Eu me esqueci completamente... - ela disse fazendo uma careta. - Eu sinto muito, irmã, perdi a noção da hora.
- Tudo bem, mas quando você tiver algum compromisso, me avisa, fiquei esperando. - Ela suspira - Você vai vir na empresa hoje?
- Sim eu passo aí... É que eu vim comprar um carro, você sabe, pra não ter que ficar dependendo sempre de carona ou táxi e meu professor veio comigo... Acabei me esquecendo do almoço, mas assim que sair daqui eu passo aí.
Amanda paralisa e franze a testa ao escutar aquilo.
- Espera aí, você está com quem? Eu escutei errado ou é impressão minha... Você está com o professor? Aquele professor? - Disse completamente confusa.
- Sim... - ela disse segurando o riso. - Eu vou te explicar tudo quando estivermos a sós...
- Ah, mas você vai me explicar tudo porque alguém outro deu o maior piti aqui na minha sala por causa do professor ridículo e irritante... - ela disse lembrando-se da cena.
Michael olhou pra ela de cenho franzido e Mandy teve quase certeza de que ele escutou aquilo.
- Eu não me lembro disso... - ela diz indiferente.
Michael ergueu a sobrancelha e cruzou os braços olhando pra Mandy.
- Mas eu lembro, aliás, foi inesquecível. Nunca te vi tão irritada. - Amanda completa.
- Ok, Amanda, hm... Eu vou desligar agora. Te vejo depois. - Mandy diz e desliga o celular, revirando os olhos.
Michael continua a olhar para Mandy em silencio esperando ela dizer alguma coisa.
- O que foi? - ela pergunta, comendo a última colherada do seu sorvete.
- Ridículo e irritante... Bom, saber que causei uma impressão tão agradável... - Disse olhando bem pra ela.
- Para um professor o senhor é muito mal educado... Onde já se viu, ficar escutando a conversa dos outros? - ela disse cruzando as pernas e olhando pra ele. - Da próxima vez eu coloco no viva-voz, aí fica mais fácil para que possa bisbilhotar.
- O que? - Franziu a testa - Eu não bisbilhotei nada, menina. E se quer saber eu não tive intenção nenhuma de ouvir conversa sua. Você devia saber mexer nesse celular, só isso. - Disse se sentindo ofendido
- Mas os seus ouvidos estavam captando tudo... - ela disse apontando para os próprios ouvidos. - E se quer saber, minha irmã é uma completa exagerada, eu não fiz escândalo algum.
- Sei, sei... - ele fingiu acreditar. - Você deve ser bem calma, quase um monge budista. - Revirou os olhos com ironia.
- Dependendo da situação eu sou bem inquieta, pode acreditar.
- Como nas minhas aulas? - Ele arqueou a sobrancelha. - Só pode ser, né? - Bufou.
- Eu fico quieta na sua aula, ok? Não sou do tipo que fica conversando o tempo todo. - ela revirou os olhos
- Hurum. - Balançou a cabeça que sim - Podemos ir agora? Tenho que pegar minha moto. - Pediu com o rosto sério.
- Claro... - ela disse se levantando. - Por que está com esse bico enorme?
- Não estou com bico nenhum Mandy. Só preciso ir, apenas isso. - Levantou da cadeira. Ele sai para o caixa e paga a comanda dos sorvetes que comeram. Volta com o rosto ainda sério. - Vamos?
- Claro, querido professor! - ela diz sarcástica e sai na frente dele, entrando no carro e ocupando o lugar do motorista.
Ele revira os olhos por vê-la na direção, mas se conteve. Entrou e sentou-se no banco do passageiro.
Michael permanece em silencio durante todo o trajeto de volta. Quando estão na concessionária, os dois descem. Sua moto estava no mesmo lugar que havia deixado. Da onde estava falou com Mandy:
- Você ainda quer ajuda por causa do carro?
- Não. Sua ajuda foi muito útil, professor Jackson e não se preocupe, eu já fiz minha escolha. - ela se controlando pra não fechar a porta com mais força do que o suficiente.
- Okay, então vou indo nessa. - Ele diz olhando pra ela fechando a porta do veículo - Parabéns pelo carro e... Até amanhã.
- Até. - ela diz, saindo de perto dele e entrando na concessionária.
Michael a olhou entrar na loja e balançou a cabeça.
- Irritante, rum... Ela vai descobrir o que é irritante de verdade. - Murmurou seguindo até a moto. Subiu nela, vestiu o capacete e foi pra casa pensando como ia agir daqui pra frente.
Ao perceber que Mandy havia desligado o telefone praticamente em sua cara, Amanda suspirou. Sua irmã sempre foi "de lua" e fazia o que lhe dava na telha, sem pensar muito nas consequências, o que a fazia ficar de orelha em pé. Se levantando, ela pegou sua bolsa e foi ao banheiro. Retocou a maquiagem e mexeu em seu vestido para tirar o pequeno amassado que estava e logo saiu da sala. Iria almoçar sozinha porque sua querida irmã estava com o professor idiota, que agora não era mais tão idiota assim.
Ela passou pelo pequeno corredor e estava se aproximando da mesa de sua secretária quando ouviu risos e vozes quase ao sussurros. Se encostando a parede ela deu uma olhada para vê quem estava ali, temendo que fosse o chato do Thomas, mas ficou surpresa ao vê Neal quase debruçado sobre a mesa de sua secretária. Ele sorria de lado e olhava pra ela com intensidade, enquanto a mesma tinha as bochechas coradas e um sorriso pintando nos lábios.
[ Bella ]
- É isso mesmo que ouviu, Srta. Bella... Seu nome combina perfeitamente com você, eu a acho linda. - ele disse em um tom rouco. - Adoraria ter mais de sua companhia.
Bella sorriu tampando a boca e olhou pra ele.
- Oh, Neal... É impressão minha ou isso é uma cantada?
- Talvez seja... Mulheres bonitas não podem ficar sozinhas assim, baby, e pelo o que me disse, seu namoro terminou a algum tempo. Aliás, adorei ficar conversando com você ontem a noite. Sua voz ao telefone é bem atraente.
Amanda olhava desacreditada para tudo aquilo. Neal estava dando em cima de sua secretária bem debaixo de seu nariz e ela... E ela achando que ele a queria. Como pôde ser tão idiota?
- Posso dizer o mesmo sobre você, Sr. Caffrey. Nossa conversa foi realmente muito boa e por causa dela eu fui dormir ás três da manhã, devo está com uma aparência péssima, cheia de olheiras...
Neal pegou em seu queixo e se aproximou o suficiente para que a olhasse bem de perto. Seus lábios estavam bem próximos agora.
- Hm... Eu não vejo nada aqui, além de um par de olhos azuis, querida... - ele sorriu mordendo o próprio lábio.
Farta daquilo, Amanda começou a andar duro para perto da mesa, seu salto tilintando no chão de granito preto. Quando chegou perto o suficiente ela apenas pigarreou, fazendo com que Neal se sobresaltasse e Bella a olhasse assustada.
- O que está acontecendo por aqui? - Ela disse com o olhar digno de um iceberg.
- Não... Não é nada demais, Sra. Lewis, estávamos apenas conversando... - Bella gaguejou.
Neal apenas a olhou com uma cara impassível, esperando que ela falasse algo mais.
- Conversando Bella? - Amanda cruza os braços continuando a olha-los duramente - Vocês fiquem cientes de que em Luxor conversas paralelas devem ser feitas na hora do almoço. Durante o trabalho é estritamente proibido - Ela frisou bem a palavra proibido. - Sobretudo, este tipo de "conversinha" íntima. Não vou tolerar abusos ou mexericos aqui dentro. Entenderam?
- Perfeitamente, Amanda. É que como esse andar é restrito apenas a presidência, eu tive um pouco mais de ousadia... Peço que me perdoe e não culpe Bella, eu que tomei essa atitude. - Neal falou a olhando.
Amanda tinha vontade de soca-lo, mas respirou fundo ao invés disso.
- Pegar a culpa para si é cavalheirismo de sua parte, Sr. Caffrey, mas não estou comovida. Sinto muito. - Ela olha para os dois agora - Vocês resolvam suas particularidades do lado de fora desta empresa ou não serei tolerante como estou sendo agora. Fui bem clara?
- Perfeitamente, Sra. Lewis. E me desculpe mais uma vez. - Bella disse, envergonhada.
- Foi clara com água, Amanda. - Neal disse sorrindo de lado ao olhar pra ela.
Amanda engole aquele sorriso dele como fel. Quanta raiva ela estava sentindo nesse momento.
- O senhor volte ao trabalho agora mesmo e você, Bella... Me traga aqueles memorandos na minha sala em uma hora. - Disse entre dentes.
- A senhora não vai tirar horário de almoço? - Bella perguntou.
- Não lhe devo satisfações, Bella. Faça o que eu mandei e pronto. - Olhou para Neal ainda na presença delas - O que o senhor ainda faz aqui? Quer companhia até o elevador?
- Me acompanharia, Sra. Lewis? - ele perguntou.
Bella olhou pra ele com uma expressão confusa, mas Neal estava olhando fixamente para Amanda naquele momento. Nem parecia que ela existia ali.
- Acredito que já é bem crescidinho para ter babá, não? - Ela responde com acidez.
- Está certa, Sra. Lewis... - ele disse se virando pra Bella e sorrindo. - Nos vemos depois, para conversarmos... Do lado de fora da empresa. - ele disse virando seu olhar para Amanda e então começou a se afastar.
Vendo que o funcionário estava cheio de liberdades não concedidas, Amanda teve uma ideia para coloca-lo em seu lugar rapidinho.
- Caffrey. - Ela chama.
- Sim, Sra. Lewis. - ele disse se virando pra ela.
- Vá a Starbucks e traga um café descafeinado, com adoçante e leite. E rápido, na minha sala. - Ordenou.
- Como? - ele perguntou franzindo o cenho. - Desculpe, Sra. Lewis, mas acho que está trocando minha função. Eu sou designer e não office boy.
Ela suspirou e devolveu o mesmo sorriso sarcástico que ele deu a ela.
- Mas eu não perguntei nada sobre isso, senhor Caffrey. Apenas vá, é uma ordem.
Neal olhou pra ela com os olhos cerrados, uma resposta bem ali, na ponta da língua para ser dita. Mas resolveu respirar fundo. Amanda estava nervosa e estava descontando nele, ela era sua chefe, e ele fora admitido na empresa há apenas dois dias atrás, portanto, não tinha muito o que contestar.
- Está certo, Sra. Lewis. - ele disse. - Agora, se me der licença, irei buscar o seu café descafeinado, com adoçante e leite.
- Ótimo, estarei esperando na minha sala. - Ela disse o vendo sair de suas vistas com cara de poucos amigos. Bella olhava confusa para a patroa - O que foi Bella? Perdeu alguma coisa?
- Nada, Sra. Lewis. - ela disse desviando o olhar.
Amanda apenas a olhou mais uma vez e então se virou, andando com pose e deixando que seu salto fizesse bastante barulho. Ela estava no poder e ia mostrar pra que aquilo servia.
Neal saiu da empresa com raiva. Onde já se viu, ter de sair pra buscar cafezinho pra chefe? Ele não tinha chegado até ali pra ser reduzido a nada!
Atravessou a rua e andou até a grande Starbucks que tinha na esquina. Depois de fazer o pedido e pagar pelo café, ficou esperando o mesmo ficar pronto. Quinze minutos depois estava atravessando a presidência. Nem se deu ao trabalho de falar com Bella, apenas passou direto e bateu na porta de Amanda.
- Entre. - ela responde.
Neal abriu a porta e entrou na sala. Andou até a mesa de Amanda e colocou o café a sua frente.
- Descafeinado, com adoçante e leite. Posso me retirar agora, Sra. Lewis? - ele perguntou
- Não. Espere... - Ela pediu provando o café - Hum, está um pouco frio, mas... - Ela torceu o lábio, voltando a atenção pra ele - Escute Neal, quando o contratei confiei na sua competência e na sua entrevista, mas não me desafie a esquecer disso, fui clara? Não repita mais o que presenciei, você tem pouco tem aqui. Não posso permitir maus exemplos, se é que me entende.
- A senhora foi bastante clara, Sra. Lewis. Como disse, não vai acontecer novamente.
- Ótimo! Então pode ir. - Ela respondeu voltando a beber seu café.
Ele apenas assentiu e se virou de costas, saindo da sala.
Amanda respirou fundo e continuou a trabalhar. Bella lhe trouxe os memorandos no tempo determinado. Amanda apenas pega os papéis das mãos dela e pede que saia da sala. O expediente encerrou as seis horas. A presidente cruza com seu funcionário no elevador, juntos vão até o estacionamento sem dizer uma palavra. Amanda entra no seu carro e Neal no dele e se vão sem o típico sorriso desejando "até amanhã".
Mandy esperava ansiosa no apartamento da irmã. Queria contar a loucura que foi o seu dia com o professor temperamental e a compra do seu belo carro novo. Depois de pegar um pouco de transito Amanda chega no apartamento. Entra como um vendaval e joga a bolsa com força no sofá.
- Eu sou uma grande idiota... - Resmungava com raiva. - Uma completa idiota...
- O que? - Mandy perguntou se sentando no sofá. - Amanda, sobre o que está falando?
- Sua irmã é uma besta, Mandy, apenas isso. Sabe o Caffrey? Peguei ele de conversinha com a Bella... No horário de expediente. Ai que ódio... - ela rangeu os dentes - E a tonta aqui achando que... Argh!! - Ela arrancou os sapatos dos pés e sentou do lado da irmã.
- Como assim de "conversinha"? - Mandy perguntou se virando pra ela. - Não me diga que... Que ele estava dando em cima dela?
- Estava. E quase peguei um beijo... - Amanda balança a cabeça - Eu não sei o que me deu pra sentir atração por um cara desse. Que raiva, Mandy, que raiva!
- Que... Escroto idiota! - Mandy esbravejou. - Fala sério, ontem estava bem claro que ele estava a fim de você, eu vi os olhares dele e agora ele vai dá em cima da loira sem sal que é a Bella? Ele é um ridículo, Amanda!
- Tive vontade de comer o coração dele, Mandy. Ele é tão cara de pau que ainda fez gracinha com aquele sorriso idiota quando o mandei voltar ao trabalho. Ah... Mas eu me enfezei, minha irmã! No mesmo instante mandei ele ir comprar meu café. Eu nem queria aquela droga, mas tinha certeza que isso ia afeta-lo com o currículo que ele tem.
- Você fez isso? - Mandy olhou pra ela e riu. - Não acredito, Amanda! E como ele reagiu?
- Fiz mana e devolvi o mesmo sorriso maldito. - Ela ri ao lembrar-se da cena. - Ele mudou a cara na hora, mas eu respondi que não tinha perguntado nada, eu apenas queria meu café descafeinado com adoçante e leita.. E Rápido, na minha sala.
- Uau... - ela murmurou. - Gostei de vê, mostre a ele quem manda, mana. E tem outra... Mostre a ele a mulher maravilhosa que ele perdeu.
- Mostrar quem manda eu vou mostrar com certeza, mas não sei se quero ele Mandy. O cara deu encima da minha secretária, debaixo do meu nariz... - Ela suspira - Esse Caffrey... Acho que vou acabar arrumando sarna pra me coçar.
- Ora, mesmo assim, ele ainda é gostosão... - ela disse sorrindo de lado para a irmã. - E não tem nada haver você esfregar na cara dele o quão linda você é. Lembra do que eu disse: sexo sem compromisso? - ela arqueou uma sobrancelha pra irmã.
- Eu não vou transar com ele. Ficou maluca? - Amanda arregalou os olhos.
- E por que não? - Mandy perguntou, colocando as mãos nas cinturas.
- Porque... Porque.... Ah Mandy, você imagina coisas demais irmãzinha. - Ela levantou do sofá inquieta - Você quer um suco?
- Eu não imagino nada, você que está sendo boba em se segurar perto dele. Não precisa namorar com ele, nem nada... Apenas se divirta. - Mandy disse a seguindo até a cozinha.
Amanda abriu a geladeira pegou o suco e pôs sobre o balcão. Pegou copos e serviu as duas.
- Aqui está seu suco. - ela entrega o copo a irmã - Mana, você acha que... Isso daria mesmo certo? Se eu talvez... Brincasse com ele?
- Bem... Ele é bonito, te olha como se fosse devorar você, mesmo dando em cima da Bella, como você mesma disse. Então... Eu não vejo mal nisso, apenas não se apaixone. Se vê que está gostando demais dele ao invés do sexo com ele, caia fora.
- Entendi. - Ela assentiu - Vou ver o que fazer, por enquanto só quero o meu café e algumas coisinhas. - Ela riu de lado dando um gole no suco - Hey, me conta como foi com o professor. Estou confusa até agora... Você desligou e tal.
Mandy suspirou e revirou os olhos.
- Ele é meio louco, sabe? Hoje no começo da aula ele me puxou e me pediu desculpas, dizendo que não havíamos começado bem e disse que queria uma trégua. Eu não iria dar essa trégua, mas acabei cedendo. A aula foi boa, ele me usou como exemplo, só pra você ter uma ideia da mudança. No final da aula eu recusei a carona de Meg, porque eu iria direto a concessionária e estava quase saindo da sala quando ele me ofereceu uma carona.
Mandy fez uma pausa, esperando pra vê o que Amanda tinha a dizer sobre tudo até ali.
- Ofereceu carona, o ridículo? Não acredito Mandy e você aceitou porque? Você estava soltando fogo pelo nariz..
- Eu aceitei porque ele estava sendo legal, estava me chamando de princesinha sem ironia e eu estava afim de tirar aquela animosidade entre nós dois. Vai que ele marca a minha cara e resolve me repetir no meu último ano? Deus me livre! - ela fez o sinal da cruz. - Mas, continuando... Ele me levou de moto até a concessionária, fomos conversando e lá ele me ajudou a escolher alguns carros, então ele me indicou um Saab. Eu pedi pro gerente nos deixar fazer um test-driver e então ele me levou até uma sorveteria. Ficamos conversando numa boa, ele me contou um pouco da vida dele e eu contei um pouco da minha, até que você me ligou...
Ela fez outra pausa e dessa vez Amanda apenas fez um sinal para que ela continuasse.
- Bem... Ele escutou o que você disse sobre o fato de eu ter feito um escândalo e xingá-lo. A coisa desandou e ele ficou com um bico do tamanho do mundo, voltou a ficar distante e me tratar mal! - ela disse, completamente ofendida. - Tem noção disso? Fala sério, nós estávamos em um clima tão legal e de uma hora pra outra ele ficou de mal humor!
Amanda Torce o lábio vendo que pisou na bola com o comentário do telefone.
- Nossa Mandy, eu... Sinto muito, minha irmã. - Disse sentida - Não imaginei que ele pudesse ter ouvido. Seu telefone estava no viva voz?
- Não, mas ele ouviu mesmo assim. E a culpa não foi sua, irmã, não entendo até agora porque ele ficou com tanta raiva, se eu estava o chamando de professor irritante o tempo todo, na frente dele! Tudo o que eu tenho que falar pra uma pessoa, eu falo na cara dela e você sabe disso, mas ele agiu como se eu tivesse o vangloriado na frente dele e logo depois o apunhalado pelas costas!
- Sim mana, sua sinceridade é assim mesmo. Agora eu também fiquei confusa com a reação dele. Das duas, uma. Ele é bipolar ou está gostando de você. - Amanda disse terminando o suco. - Ninguém fica estressado assim por nada. Fiz isso hoje.. - ela disse e revirou os olhos.
- Que gostando o que, Amanda! E mesmo se tiver, comigo ele não vai conseguir nada. Se não se lembra, eu tenho namorado!
- Eu sei baby, eu não estou falando pra você ficar com ele.. Só que ele pode estar gostando de você. Mamãe sempre dizia: "Quem desdenha sempre quer comprar". - Ela disse com um sorriso de lado.
- Bem... Contanto que ele não volte a me tratar mal, está tudo certo, porque, se ele voltar... Eu não respondo por mim, você sabe. - ela disse, revirando os olhos. - Vamos mudar de assunto. Depois que sai da concessionária eu fui vê uns apartamentos aqui por perto... Achei alguns muitos bons.
- Ah sério? - Amanda sorriu empolgada - E você escolheu algum?
- Eu vi três, mas gostei de um que fica mais ou menos próximo a faculdade. Ele é bom porque só tem mais um apartamento no mesmo andar, ou seja, não terei muitos vizinhos chatos, apenas um. - ela riu. - Tem duas salas, uma de estar e uma de jantar, um escritório, um lavabo e a cozinha na parte de baixo, em cima tem dois quartos e um estou pensando em fazer de sala de dança, com espelhos enormes e uma área de pole dance... O que acha?
- Vai ficar ótimo, Mandy! Já estou curiosa pra conhecer esse apartamento. - Ela sorriu - Ele já vem decorado?
- Sim, mas eu vou mudar algumas coisas... Estou pensando em chamar o Fred, você sabe se ele ainda está em Nova York? Ele fez um ótimo trabalho aqui no seu apartamento...
- Oh Fred é maravilhoso! Ele está sim, vou te passar o contato dele. Ain mana estou tão feliz por você... - Amanda sorriu - Só falta o Jack pra completar a turma.
- Verdade! - ela sorriu. - Eu estou com tanta saudade dele... Do abraço dele, dos beijos dele... - ela suspirou.
Mandy sorriu e concordou. As irmãs conversam mais um pouco e depois Amanda sai para tomar banho enquanto Mandy começa a preparar o jantar.
Na manhã seguinte elas tomam café juntas e saem para seus compromissos diários. Cada uma com seu carro. Mandy chega à faculdade indo direto pra sala de aula. Entrou na rodinha de amigas e começou a conversar. Meg falava com ela, mas ainda pensava no dia anterior. O professor estava a vontade demais com sua melhor amiga. Michael entra na sala dez minutos depois. Chama a atenção de todas e começa sua aula. Hoje ele não estava tão familiarizado com Mandy e nem a chamou de princesinha. Quando solicitou sua atenção, foi usando seu nome. No fim da aula as meninas saem e Meg vai falar com o professor. Sentia que tinha de fazer logo o que estava pensando se não ia enlouquecer. Michael atendeu prontamente. Meg começou a conversar com ele e tocava em seu braço de vez em quando. Michael sorria de lado. Mandy sabia no que aquilo ia dar, ela saia muito bem do que Meg era capaz quando queria um homem. Ela simplesmente se cansa de esperar para se despedir da amiga e vai embora com vai daquilo. E fiquei mais furiosa por causa daquele sentimento.
No trajeto para a casa da irmã, ela liga para o corretor e marca de encontra-lo verificar se a documentação do imóvel estava pronta. Ele confirma que sim e ela fica satisfeita. Em seguida liga para o decorador Fred. Ele a atendeu com sua alegria exagerada fazendo até Mandy sorrir e esquecer um pouco da raiva. Ele pediu que ela visitasse o seu escritório imediatamente, se fosse possível. Como tinha a tarde livre, Mandy concordo e foi direto pra lá.
Na empresa Amanda estava cheia de atividades. Bella, sua secretária estava bem murcha depois da bronca que levou. Apenas falava o necessário e respondia sempre que era solicitada. Caffrey conversou com Bella na hora do almoço. Pediu desculpas por aquela situação e disse que não traria mais problemas pra ela. Sugeriu que mantivessem o contato fora dali para a "patroinha" não se irritar de novo. Bella sorri e concorda com ele. Fazendo alguns comentários a secretária desabafa com ele. Dizia que Amanda não era má pessoa, mas que seu temperamento era muito difícil. Ela acha que é falta de homem. Caffrey ouviu aquilo e guardou pra si.
Duas semanas se passam e Neal já estava com a cabeça bem cheia. O que ele pensou que seria passageiro, se repetiu durante todos os dias. Amanda o mandava comprar seu café, seu almoço e até mesmo um copo d'água. Ele queria contestar e estava lutando para fazer isso, mas ainda estava se segurando.
Ainda, não sabia até quando seria capaz de suportar aquilo. O único lado bom de todo aquele abuso, era que a cada dia Amanda ia mais provocante para a empresa. Ele praticamente babava quando ela passava por ele, com aquele perfume doce e roupas ousadas. Houve um dia que ela foi com um vestido que era fechado na frente, mas tinha um decote quase profundo nas costas, seus cabelos estavam trançados para o lado e toda a sua pele branca como leite estava a mostra, um convite silencioso para que ele se aproximasse e passasse toda a sua boca por ali.
Ele estava enlouquecendo! Odiava o que ela o mandava fazer, mas fazia qualquer coisa para vê-la todos os dias - inclusive ligar para Bella pra ver se patroa não iria querer nada naquele dia.
Na escola a situação não mudou muito naquelas duas semanas. Mandy tinha aula todas as segundas, quartas e sextas, com Michael e durante todo esse tempo ele a estava o ignorando - principalmente depois que ela fez questão de aparecer com um Mercedes Vermelho Conversível e mostrar a ele que ela não tinha comprado o Saab.
O pior de tudo era ter que ouvir de sua amiga Meg que ela e o professor estavam mais íntimos que nunca e que sim, ela tinha ido pra cama com ele e não fora só uma vez. Mandy odiava ouvir aquelas histórias, mesmo sem saber o porque daquele sentimento todo. Durante as aulas ela fazia questão de ficar atenta e não falar com Michael. Se ele a estava ignorando, ela também faria o mesmo. Mas se ele abrisse a boca para falar qualquer coisa, também iria ouvir muito dela.
Em casa falava com Jack todos os dias pelo telefone daqui a duas semanas ele iria visitá-la. Ela estava contando os dias, além da saudade que sentia do namorado, ela queria provar a si mesma que seu mal era carência e que era por isso que ela estava se importando tanto com a vida sexualmente ativa de sua amiga e seu professor.
O dia de sua mudança chegou. Era em um dia ensolarado de sábado e ela acordou cedo junto a Amanda. Precisava está no apartamento ás nove da manhã para receber os móveis que havia comprado. Seu apartamento estava do jeito que ela sempre sonho. Cada canto decorado do jeito que ela queria. Principalmente a sala de dança, que tinha espelhos do chão ao teto, barra de balé e uma área para pole dance.
- Promete não morrer de saudades de mim? - ela perguntou para Amanda, quando terminaram de colocar a última mala em seu carro. - E que não vai passar fome e nem comprar essas comidas congeladas?
- Claro sua boba, já sinto sua falta minha irmãzinha. - ela sorriu com manha - O assunto comida é um dilema pra mim, mas vou tentar me cuidar. Prometo. - Amanda faz juramento beijando os dedos cruzados sobre a boca.
- Qualquer coisa você sabe que é só passar lá em casa que eu faço um rango pra você. - ela diz piscando. - Vamos? Quero acompanhar cada detalhe das montagens dos móveis que faltam. Fred deixou apenas meu escritório sem a montagem dos móveis, porque ele teve uma viajem de emergência...
- Oh sim, vamos lá, mas antes me deixe fazer uma ligação... - Amanda pega o celular. Mandy fica curiosa.
- Vai ligar pra quem a essa hora da manhã?
- Para o funcionário multi-uso, baby. Precisamos de uma mãozinha aqui, não é? - Ela sorri escutando os toques da chamada
- Eu não acredito! Você é louca! - Mandy riu, balançando a cabeça.
Neal escutava um barulho ao fundo, mas estava submerso ao sono. Quando o barulho ficou incômodo demais, ele se sentou na cama e pegou o celular.
- Alô? - ele perguntou com voz de sono.
Amanda coloca o telefone no viva a voz e Mandy fica atenta segurando o riso.
- Neal, bom dia, é Amanda. - Ela disse com a voz calma. - Te acordei?
- O que você acha? - ele perguntou sarcástico. - O que quer, Amanda...?
- Nossa, que humor! - Ela segura o sorriso e continua - Bom, é que minha irmã está se mudando hoje e precisamos de ajuda por aqui... Temos algumas caixas... Você sabe. Posso contar com você? - Conclui fazendo uma voz sedutora.
- O que? - ele gritou. - Está louca? Pelo amor de Deus, são sete da manhã de sábado e você quer que eu saia da minha cama para ajudar na mudança da sua irmã? Vocês são ricas, podem muito bem alugar um caminhão de mudança e eu sou pago para ser designer da sua empresa e não um burro de cargas!
- Tudo bem, não precisa ficar nervoso. Eu só achei que seria uma boa oportunidade para uma trégua, além do mais, você trabalha pra mim e nao nos conhecemos direito... - Ela diz e morde a língua vendo Mandy ficar boquiaberta.
- Nos conhecer direito comigo carregando caixas nas costas? - ele perguntou mau humorado.
- Não, me refiro a um almoço depois da mudança... Que tal? - Ela insiste já esperando uma resposta negativa.
- Porra Amanda... - ele suspira e passa as mãos pelos cabelos. - Onde é o apartamento da sua irmã? Encontro vocês em quarenta minutos.
- O apartamento fica na 42nd street. Obrigada Neal... Até mais.
- Até. - ele diz e desliga.
- "Não, vamos almoçar depois da mudança..." - Mandy imitou a voz da irmã e depois começou a rir. - Adorei ouvir isso, sério, estava me coçando pra não falar que você estava quase derretendo aqui...
- Que? Não mana, isso é pura encenação, imagina. - ela dá os ombros - Sou digna de um oscar, é que ainda descobrir este meu talento. - Amanda riu - Você viu como ele está um doce? Tratamento de choque, meu bem. Sempre funciona.
- Nossa, percebe-se que ele está um doce! - ela disse rindo. - Vamos embora porque seu docinho chegará em quarenta minutos...
Amanda apenas riu e entrou no carro com a irmã. Vinte minutos depois estavam em frente ao prédio de luxo. O porteiro pediu para que os seguranças as ajudassem a subir com as malas.
- Hei... Veja se gosta... - Mandy disse para a irmã, abrindo a porta do apartamento.
Amanda entrou e olhou em volta, vendo a sala decorada com marrom claro e branco.
- Uau Mandy ficou perfeito! - Amanda diz olhando cada detalhe da sala - Fred se supera a cada trabalho. Acho que vou reformar o apartamento de novo. - ela brinca.
- E eu acho que Fred vai adorar reformar tudo de novo... - ela disse, ouvindo o interfone tocar. Ao atender, ela ouviu o porteiro e sorriu. - Claro, pode deixá-lo subir. - ela desligou e se virou para Amanda. - Caffrey está subindo. Ele é pontual!
- Sério? - Amanda responde sem conter o sorriso. - Nossa, ele é mesmo.
- Abra a porta, eu vou lá em cima... Não estrangule ele! Quer dizer... Não aqui n meu apartamento! - ela sorriu e piscou, indo em direção as escadas
- Pode deixar, não vou manchar seu lindo tapete de sangue. - Ela riu vendo a irmã subir.
Amanda respira fundo e logo escuta a campainha tocar. Ela segue até a porta, abre-a.
- Bom dia Neal...
- Bom dia, Amanda. - ele sorri de lado e a olha de cima a baixo.
- Entre, por favor. - Ela diz dando passagem. - Obrigada por vir.
Neal entrou e olhou tudo ao redor.
- Tem certeza que há algo pra fazer aqui? O apartamento está todo mobiliado. - ele disse se virando pra ela. - E onde está Mandy?
- Mandy está arrumando o quarto dela. Oh tem algumas caixa um pouco pesadas pra nós, mulheres. São pertences da cozinha e caixas com livros. Estão no cômodo aqui ao lado... Vem comigo... - Ela disse seguindo para o escritório. - Aqui é o único lugar que ainda falta decorar, por isso acho que vamos ficar mais na cozinha.
- Entendo... - ele diz entrando no escritório com ela, que esava repleto de caixas
Amanda andou em direção a uma das caixas e se abaixou empinando o bumbum sem perceber. Ela mexia em alguma coisa lá dentro, mas Neal se perdeu na visão das costas e da bunda dela. Aquilo era excitante! Engolindo em seco ele se aproximou dela sem que ela percebesse e de repente Amanda se levantou, suas costas batendo no peitoral de Neal.
- Opa! - Neal sorriu e pousou as mãos na cintura dela. - Acho que isso foi um movimento errado... Ou certo, talvez.
Muito sem graça Amanda engoliu em seco.
- Desculpa, eu não vi que você estava.. Tão perto...
- Ah baby, não se preocupe... - ele sorriu de lado e aproximou a boca do ouvido dela. - Sabe o que eu tenho vontade de fazer agora?
Ela sentiu a barriga dar um nó e tentou não demonstrar emoções.
- O que? - Respondeu ela.
Neal desceu no nariz pelo pescoço de Amanda e plantou vários beijos enquanto voltava a sua orelha.
- Beijar você... - ele sussurrou e logo depois sugou o lóbulo de sua orelha.
Amanda sente o rosto aquecer.
- Neal... Temos que... Arrumar essas coisas na cozinha. - Ela disse tirando lentamente as mãos dele de sua cintura
Neal suspira e se afasta dela, relutante.
- Certo... Por onde começamos? - perguntou.
- Cozinha. - Ela respondeu se compondo e fazendo um coque no cabelo.
- Então, vamos pra cozinha! - ele disse pegando a caixa que estava mexendo.
Amanda assenti e juntos vão pra cozinha, começar a organizar as coisas no armário. Enquanto conversavam amenidades, iam colocando talheres e copos em seus lugares.
- Hei! - Mandy chamou, aparecendo na cozinha. - Como vai, Neal? - perguntou se aproximando dele.
- Estou bem, Mandy... E você, como vai? - ele perguntou, apertando a mão dela.
- Ótima... Amanda te fez acordar cedo em pleno sábado? - ela sorriu se afastando e começando a ajudá-los.
- Sim... Estou começando a achar que ela que não consegue mais passar um dia sem me mandar fazer alguma coisa... Ou sem está na presença. - ele sorriu de lado.
Amanda dá risada e continua arrumando as taças na cristaleira.
- Tem gente que se acha. - ela murmura.
- Baby... Estou apenas falando a verdade aqui! - ele riu. - Se não fosse isso, pra que me ligaria as sete da manhã?
- Acho que ele tem razão... - Mandy murmura.
- Viu, até sua irmãzinha concorda.
- Pois é, minha irmãzinha é um anjo. - Diz rindo irônica - Ele ligaria sim, quem mais traria me delicioso café descafeinado. - Sorriu forçado pra ele.
- Oh, baby... Eu sei que sou o único que traz o seu café no ponto certo. Sabe, Mandy, todos os dias eu chego na empresa e vou direto a Starbucks, comprar um delicioso café descafeinado, com adoçante e e leite pra minha querida chefe. Que mais tarde com certeza me mandará comprar seu almoço...
- Falando assim pareço pior que a madrasta da branca de neve. - Amanda comenta ouvindo ele falar.
- Oh baby... Não é não. Você é mais bonita do que ela. - ele disse.
- Eu amo essa troca de elogios entre vocês. É maravilhosa essa interação chefe/funcionário, que vocês mantém... Na empresa deve ser muito saudável. - Mandy comenta
- Você não imagina o quanto, querida! Mas vai ter uma hora que eu vou mostrar a sua irmã como é que se joga esse joguinho de gato e rato... - Neal disse.
Parando imediatamente o que estava fazendo ela olhou pra ele pousando a mão na cintura.
- Gato e rato? Agora sim estou conhecendo quem é Neal Caffrey....
- Vou encarar isso como um elogio... - Neal ri.
As horas passam depressa e logo os montadores terminam de decorar o escritório de Mandy. Ela prepara um almoço rápido para os três, que durante toda a refeição continuaram a se provocar. Isso arrancava boas risadas de Mandy, adorava alfinetar ainda o "casal".
Ás três horas Neal vai embora e ao se despedir de Amanda ele a abraça e beija seu pescoço discretamente, enquanto sussurra em seu ouvido que estava ansioso para que a segunda-feira chegasse. Amanda percebeu naquele momento que nada mais seria como antes e que agora Neal estava realmente entrando no jogo dela.
Quando se veem sozinhas, Mandy se joga no sofá e sorri.
- Sabe, eu gosto dele! Ele tem o humor sórdido que só nós sabemos como lidar... - ela diz, olhando pra irmã
- Sim, ele tem malandragem e isso me assusta. - Ela sorri. - Pensei que ele não ficaria aqui cinco minutos, mas me enganei.
Amanda morde o lábio e relembrar o momento que tivesse no escritório e ri sozinha causando curiosidade em Mandy.
- Você está me escondendo alguma coisa... Pode falando agora, Amanda Lewis!
- Neal... Quase me beijou.. No seu escritório... - ela murmura a notícia.
- O que? - Mandy disse em quase um grito. - Não creio.. E como assim "quase beijou"? Por que não beijou logo de vez?
- Mandy! - Ela disse quase aguda - Eu estou na sua casa ajudando na mudança, como vou ficar de agarramentos? .... E com ele?
- Era só um beijo, sua medrosa... - ela riu e tacou uma almofada na irmã. - Mas pelo o que eu pude perceber, ele ainda quer esse beijo... Se prepare na segunda-feira.
Amanda fica sem graça e continua.
- Sei e estou pensando nisso. Na verdade, foi quase um acidente. Eu fui mexer numa caixa e quanto levantei bati minhas costas no peito dele... Ele segurou minha cintura e falou que queria me beijar e disse isso bem no meu ouvido, Mandy... - Ela fica vermelha. - Eu não sabia o que fazer.
- Tinha que ter falado "então me beijei". Foi assim que tudo entre Jack e eu começou... - Mandy disse, se lembrando de seu passado com o namorado.
- Ai Mandy, mas você e Jack são diferentes, foram feitos um pro outro. Eu e o Neal, sei lá... Não consigo ver um futuro, sinceramente. E ainda tem que ele é nosso funcionário. - Ela suspira.
- Bem, eu não vou ficar repetindo o meu discurso pra sempre, então, essa é a última vez: viva o momento, Amanda. Não se liga no futuro, se não você vai acabar ficando sozinha. Deixa as coisas acontecerem
Amanda sabia que sua irmã estava certa, mas tinha medo de se envolver profundamente. Ela havia feito isso com Thomas e se arrependeu profundamente. Não queria mais sofrer, mas talvez se aventurar num romance sem compromisso era o que estava precisando. Sua vida era certinha demais. Um sorriso leve nos lábios ela abriu.
- Tudo bem senhorita, você venceu pela persistência. Vou "me jogar" nessa aventura. Como você diz.
- Até que enfim! - Mandy riu, levantando as mãos para o céu.
Uma semana após a mudança, Mandy estava muito a vontade no novo apartamento. Amanda ia lá sempre que podia e contava as novidades sobre a pé andava seu romance com o designer bonitão. Eles agora até almoçavam juntos quando dava, porém o beijo não havia rolado. Mandy reclama com a irmã por enrolar assim, mas Amanda diz que tudo isso faz parte de seus planos. Mandy ri e diz que a irmã está saindo melhor que a encomenda.
Na quinta feira daquela mesma semana, a caçula recebe uma mensagem do namorado em seu celular dizendo o seguinte: "Não aguento mais de saudades de você, amor. Quero te ter em meus braços. Falta pouco, minha baixinha... Muito pouco pra isso acontecer. Te amo demais. Até breve, minha vida." A mensagem deixa Mandy toda boba e sorridente. Ela também não via a hora de encontra-lo e matar toda a saudade que sentia. Ela desliga o celular e termina sua compras. Pega o carro no estacionamento e sai do shopping cheia de ideia para quando o namorado chegasse na semana que vem, como tinha prometido. O resto da tarde passa depressa. Mandy escuta o celular tocando novamente, outra mensagem.
"Está chegando a hora meu anjo... Quanta ansiedade! E você como está? Já posso sentir o gosto do seu beijo... E o seu corpo quente no meu... Quanta saudade!"
Mandy leu sentindo o corpo aquecer. Ela sorri e responde a mensagem dele também usando palavras quentes para se expressar. Ele responde de volta apenas com sorriso e um "Te vejo em breve". Ela riu o achando muito misterioso. Deve ser a carência que está enlouquecendo esses dois amantes. Deixando o celular sobre a mesinha de centro foi fazer o jantar. Preparou legumes cozidos e um filé de frango grelhado. Uma delicia aos olhos e o paladar. Ela janta e depois liga para Amanda. Queria saber se a irmã havia desempacado aquele beijo. As duas falam por uma hora e dão boas risadas. O beijo? Nada ainda. O interfone do apartamento toca e Mandy pede licença a Amanda e termina a conversa. Quando atendeu o porteiro diz que tinha visita pra ela, Sr. Peterson, ele disse. Mandy quase grita de felicidade e rapidamente autoriza a subida dele.
Jack pega o elevador e segue para o apartamento dela e toca a campainha. Mandy dá um pulo do sofá e corre até a porta, abrindo-a de uma vez. Ao vê-lo nem permitiu que a cumprimentasse, pulou direto sobre ele abraçando e beijando-o com força e muita saudade. Ele a segurou firme em seus braços fortes. Colocou-a em sua cintura, ainda com beijos para entrarem em casa. Quando o fôlego se fez necessário, eles se afastam um pouco.
- Quanta saudade eu estava de você, meu anjo. Eu não podia mais esperar. - Ele disse acariciando o rosto dela.
- Muito menos eu, Jack! Caramba, quase surtei quando o porteiro disse que estava la embaixo... Você quer me matar, amor? - ela perguntou o abraçando
- Te matar de susto não era minha intenção, amor, mas de outras maneiras será ótimo. - Ele sorriu lindo pra ela. - E a senhorita gostou de me ver uma semana mais cedo?
- O que você acha? Eu estava aqui contando as horas e os minutos pra te ver... - ela sorriu - Eu amei a surpresa, mas se soubesse que viria, iria fazer uma recepção melhor...
Ele a abraçou mais forte pela cintura.
- Você sabe que amo estar com você e isso já basta pra mim. Só você me importa agora, minha baixinha... Que ficou mais gostosa ainda. - Falou passando a mão no bumbum dela e apertou - O que andou aprontando sem mim, hum? - Deu um tapinha leve ali.
Ela sorriu e mordeu o lábio.
- Aprontei sim... - ela murmurou olhando pra ele. - Dancei muito pra ficar ainda mais gostosa pra você...
- Ah é? - Ele colou a boca no ouvido dela - E posso saber se a minha gostosa vai fazer uma apresentação especial pra mim? - Disse sedutor com ela em seu braços.
- Hm, vejamos... O senhor veio uma semana mais cedo... Talvez eu possa fazer alguma pra você. - ela diz piscando pra ele.
Ele sorriu de lado.
- Certo. E o podemos fazer agora?
- Bem, você sabe que eu tenho uma sala de dança la em cima.. Se quiser, podemos ir pra la e eu apresento algo a você. - ela sorriu de lado e passou os braços pelo pescoço dele. - Que tal?
Jack suspirou mordendo o lábio olhando nos belos olhos castanhos da namorada. Por impulso, a pegou no colo de uma vez.
- Onde fica essa sala? - Perguntou rouco de desejo.
Mandy mordeu o lábio para segura o riso que queria escapar de sua garganta. Seu namorado estava apressado.
- La em cima, primeira porta a direita. - ela murmurou
Jack sorrindo de lado a beijou mordendo seu lábio ao final. Se dirigiu a escada subindo degrau por degrau até chegar no corredor, e mais adiante chegando na porta da sala de dança. Mandy estica a mão para abrir a porta, eles entram. Jack fica bobo com o clima daquele ambiente. Era lindo e sexy como Mandy. Tudo ali tinha um detalhe especial só dela.
- Essa sala é linda, Mandy. - Ele disse pondo ela no chão - Embora eu não goste dessa coisa de dança, devo admitir que esse lugar ficou ótimo.
- Não gosta que eu faça faculdade de dança, mas adora que eu dance pra você... - ela disse sorrindo de lado pra ele. - Você é o ser mais contraditório que eu já vi, amor.
- Fazer o que, minha baixinha, eu sou assim. - Ele deu os ombros - E tem razão, eu adoro muito ver você dançar pra mim e estou ansioso para vê-la começar. - Sorriu.
- É mesmo? - ela perguntou, vendo-o assentir. - Então... Sente-se aqui, por favor. - ela disse o empurrando levemente para se sentar em uma cadeira.
Jack senta e suspira.
- Te amo, amor.. - Ele diz
- Eu também te amo, querido... - ela disse se afastando dele.
Mandy foi até a aparelhagem de luz e deixou a sala as escuras, deixando apenas um refletor iluminando o meio da sala. Colocou seu iPod na aparelhagem de som e colocou uma música sexy. Arrastou uma cadeira até o meio iluminado e a colocou ali, virando-se para Jack e começando a dançar.
Quando a música começou a tocar, Manduy começou a coreografia sensual, dançando para seu namorado.
Jack começou a observa-la atentamente. Cada movimento era registrado por seu olhar clínico e desejoso. Mandy interagia com ele através do olhar e a coreografia sensual que realizava. Ele sabia o que ela era boa nisso, e por esse motivo não queria vê-la dançar diante dos outros. Queria que fosse toda sua, apenas. Era impossível não se excitar ao vê-la mexer lentamente seu lindo quadril, rebolando e rebolando. Seu sangue começa a ferver nas veias. Era gostosa demais e ele a queria logo. Não aguentando o calor tirou a jaqueta e escorregou sentando mais relaxado com as pernas abertas.
Balançava a cabeça e passa a mão sobre o queixo tenso de tesão. Ele aguentaria muito tempo assim. Quando percebeu que a música estava terminando levantou indo até ela. A pegou possessivamente pela cintura e encostou suas costas no poste de pole dance. Cheirou seu pescoço e soltou uma respiração quente e rouca aquecendo a pele.
- Você ainda vai me enlouquecer, baixinha.. - Gemeu.
- Isso quer dizer que você gostou? - ela sussurrou no ouvido dele.
- Demais. Por isso falo pra você que não concordo em vê-la dançar por aí... - Beijou o pescoço dela e deu mordidas leves - Quero você assim só pra mim, Mandy, só minha.
Ela sorriu e mordeu o lóbulo da orelha dele, passando as mãos pelas suas costas.
- Eu sou só sua, meu amor... Faça de mim o que quiser.
- Então me diz onde é o seu quarto... - Disse pra ela.
- No fim do corredor. - Ela responde sem tirar os olhos dele.
- Perfeito!. - Ele diz pegando a mão dela.
Juntos saíram da sala direto para o quarto dela. Quando adentram Jack não pensou duas vezes por tomar o corpo a namorada. Começou a beija-la com vontade despindo-a peça por peça. Mandy faz o mesmo com ele. Logo as roupas estão no chão e os dois na cama. Jack aprofunda o beijo sentindo o doce sabor dos lábios dela. Desceu pelo corpo provando cada pedacinho dela. Estava ansioso e cheio de saudades. Não hesitou em dar o seu melhor nessa noite tão especial. A enlouqueceu com beijos molhados e carinhos na sua intimidade. Ela implora por ele. Jack estava visivelmente pronto pra ela. Deitou com costas no colchão e puxou Mandy para cima dele.
- Quero você aqui, amor... - Disse esfregando seu membro nela.
Ela não o responde com palavras, mas o beijo foi a melhor resposta de todas. Sem perder tempo, ele tomou posse da cintura dela com as duas mãos colocou-a sobre si invadindo lentamente no início. Quando estava todo nela se moveu para frente. Mandy o acompanhava. Ele fixa seus olhos nos dela e continua, mais e mais fundo. Ela geme tão lindo o deixando mais rígido. O ritmo do casal acelera. Jack puxa a namorada para beija-la e ir além. Agora que geme rouco é o empresário. Dando investidas profundas se entregava sentindo ela o apertar.
- Oh Mandy.... Eu te amo, amor... - Ele gemeu rouco as palavras.
- Eu também te amo, Jack... Mais! - ela grita, se movimentando nele.
Ele aumenta a fazendo gritar mais alto.
- Isso meu amor... Grita pra mim, grita... - Pediu, ele.
- Ah... Jack! - ela gemeu alto, arranhando o peito dele.
- Oh meu amor.... Eu te amo... - Ele grita alto sentindo que estava quase lá.
- Você o que? - ela perguntou, desacelerando o ritmo de seu quadril e olhando pra ele.
- Eu te amo, minha gostosa....Continua, por favor. - Implorou.
Mandy sorriu e pegou a mão dele, a levando até sua intimidade, em cima de clitóris.
- Então me ajuda, amor... - ela disse, começando a se mover em cima dele. - Oh Jack, eu amo você!
- Com todo prazer... - Ele diz massageando ela enquanto a invadia. - Te amo mais, gostosa.... Minha gostosa.
Os dois trocam carinhos e gemidos altos. Não demorou muito para se entregarem ao prazer total num único grito de prazer. Jack acolhe o corpo trêmulo da namorada sobre ele. Suas pernas estavam frágeis também, então ele puxa o queixo dela, dá um beijo suave em seus lábios e deita a cabeça da moça em seu peito.
- Isso foi... Uau! - Mandy suspirou, sorrindo. - Estava mesmo com saudades de mim, Sr. Peterson.
Ele sorriu de volta.
- Eu vivo sem você, senhorita Lewis. Já disse isso, amor. Você é minha e não vejo a hora que de tê-la pra sempre. Te amo tanto.. - ela alisou o cabelo até chegar ao rosto.
- Eu também te amo muito, baby... - ela disse puxando o rosto dele para beijá-lo. - Você gostou do pouco que viu do meu apartamento? Quer dizer, se é que prestou atenção em outra coisa que não tenha sido eu e meu corpo... - ela disse, rindo.
- Gostei sim amor, depois você me leva pra fazer um tour. Mas eu já tenho um cantinho favorito aqui...
- É mesmo? E que canto seria esse?
- Promete que não vai rir?
- Claro amor. Me diz. - ela diz, olhando pra ele.
-Ok. Gostei da sala com os postes de pole dance... - Ele disse sabendo a veria rir.
Mandy olhou pra ele e riu, colocando a mão na frente da boca.
- O que? Eu não acredito que ouvi isso de Jack Peterson, o namorado mais ciumento do mundo...
- Você prometeu não rir. - Ele disse sorrindo - É, eu admito que gostei, mas só um pouco e porque tive um ótimo incentivo.
- Sei... Depois eu te dou um outro incentivo, pra você passar a adorar a minha sala...
- Vou adorar seu incentivo, amor. Pode apostar. - Ele disse sorrindo e a beijou. - Vamos tomar um banho gostoso agora?
- Só tomar banho? - ela perguntou, beijando o pescoço dele.
- O banho pode ser o começo de muita coisa, minha baixinha fogosa. - Passou a mão no bumbum dela.
- Hm... Então eu acho melhor irmos logo, algo em sua voz me diz que temos muito a fazer nesse banho... - ela sorriu, se sentando na cama. - Vamos, Jack Peterson!
Ele sorriu levantando com ela.
- Agora mesmo, Mandy Lewis.
No apartamento ao lado o dono esbravejava irritado.
- Eu não acredito nisso! Agora vou ser obrigado a ouvir vizinho depravado gritando. Era só isso que me faltava! - Ele disse saindo do quarto.
Caminhou até a cozinha resmungando. Abriu a geladeira e pegou água gelada. Abriu a garrafa e virou na garganta sentido o líquido estupidamente gelado descer pela garganta. Um pouco escore por sua boca e ele limpa com as costas da mão.
- E que gritaria foi aquela da garota? Rum. Tudo bem que... Dá o maior tesão ouvir mulher gemendo, mas porra! Era melhor se fosse eu com uma gatinha e não os outros. - Ele disse indo por o copo na pia - Ah, mas de amanhã não passa. Vou falar com o dono dessa birosca e ponto. Vou acabar com a farra dele ou não me chamo Michael Jackson! - Disse ele voltando pro quarto para tentar dormir.
A noite do casal Mandy e Jack foi maravilhosa e regada de amor. Adormeceram abraçados e satisfeitos. No dia seguinte Mandy desperta com seu grande amor ao lado. Ela sorriu feliz e beijou o rosto dele com carinho. Jack desperta lentamente com o beijo dela, mas finge que dorme. Ela continua a beija-lo bem de leve no pescoço para acorda-lo, porém do nada ele a agarrou colocando debaixo do seu corpo. Beijou-a com amor desejando bom dia com um sorriso iluminado. Mandy devolveu o sorriso e palavras doces. Namoram um pouco e ela pede para ver as horas. Seu coração deu um pulo. Era oito horas. Ela estava bem atrasada. Pulou da cama rapidamente. Jack não entende nada. Se vestindo rapidamente Mandy explica que tinha se atrasado e que tinha de ir correndo para a faculdade. Jack então levanta e veste a cueca box, diz que vai preparar algo pra ela comer no caminho enquanto se arruma. Ela o beijou agradecida.
Um pouco perdido na cozinha Jack pegou algumas coisa na geladeira e fez um lanche. Mandy desce correndo as escadas. Ele a adverte que não corresse tanto, já estava atrasada mesmo. Ela estava uma pilha de nervos, odiava se atrasar. Ele pede calma a namorada.
- Me espere aqui. Vou vestir minhas roupas e vou com você. Preciso passar no hotel e pegar minhas coisas. - Ele diz.
- Amor, não dá tempo, eu estou atrasada mesmo e é aula de uma professora super rigorosa! Balé, sabe como é... - ela chega perto dele e o beija. - Prometo te recompensar depois, ok? Te amo, príncipe.
- Tudo bem amor, então vá com cuidado. - Ele foi até ela e beijou seus lábios com carinho - Não esquece o lanche, deixei sobre o balcão da cozinha, ok? Vou cobrar a recompensa, viu baixinha? Também te amo. Agora vai lá, anda. Não quero ser culpado por mais atrasos da senhorita. - Ele sorriu de lado.
- Está certo! - ela riu e o beijou. - Até mais tarde...
- Até amor... Se cuida.
Mandy saiu correndo e foi direto para faculdade. Quando chegou na sala de ensaio, todas as meninas já estavam se alongando e depois de olhá-la com reprimenda, Sra. Jones a deixou entrar na sala. Ela se junta as meninas e começa a se exercitar, entrando no ritmo da aula rapidamente.
Na hora do intervalo, ela narra detalhadamente como foi a sua noite. Todas ali sabiam que ela e Jack eram fogo puro e estava em polvorosa para saberem sobre tudo. Meg não perdia a chance de dizer com todas as letras que o "seu professor Michael" também era maravilhoso, mas naquele momento todas já estavam enjoadas de ouvirem a sua história.
Depois da aula, ela ligou para Jack dizendo que ia dar uma passada no apartamento da irmã e depois iria direto pra casa. Ele reluta um pouco, mas quando Mandy diz que era para ajudá-la a se arrumar para um encontro. Ele ri diz pra ela ir e depois lhe contar todos os detalhes de quem seria "a vítima da vez".
Mandy ri e depois de desligar o telefone, vai direto para o apartamento da irmã.
Jack desliga o celular e ouve a campainha tocar em seguida. Estranhou por não saber que Mandy esperava por visitas. Ele segue até a porta para atender. Ao abrir a porta de cara com homem mais ou menos da idade dele com cabelos compridos em cachos. Era moreno e magro.
- Pois não? - Jack disse olhando pra ele.
- Você mora aqui? - perguntou Michael olhando aquele cara enorme na sua frente.
- Moro sim, porque? - Jack disse sem se sentir intimidado. Será que Mandy estava tendo contato com ele? Pensou em fração de segundos.
- Beleza! - Respondeu Michael - Eu sou o vizinho do apartamento ao lado. Podemos conversar?
- Claro, estou ouvindo. - Jack responde cruzando os braços com cara de poucos amigos.
Michael o olha bem e começa:
- Olha, eu nunca me meti na vida de ninguém por que odeio que façam isso comigo, porém o que aconteceu eu não podia ficar quieto. Ontem a noite eu estava tentando dormir e não consegui por conta dos barulhos que vinham daqui...
- Que barulhos? - Jack ergueu uma sobrancelha.
- Cara, eu não quero ser grosso, mas são barulhos que todo mundo sabe o que é quando escuta. Você e sua namorada podem se divertir a vontade, não ligo. Só que eu peço gentilmente que façam isso um pouco mais baixo. Cara, eu trabalho de manhã. Hoje eu tive sorte porque tirei uma folga, mas geralmente não é assim. Então, vim aqui educadamente pedir só um pouco mais de silêncio, apenas isso. Pode ser?
Jack ficou observando o cara na sua frente. Seus santo não bateu com o dele de imediato. Aquela fala dele era irritante e que diria então da sua folga em pedir que ele e Mandy fizesse amor em silencio? Que absurdo!
- Cara, o que eu faço com minha namorada cabe a nós dois, realmente. Pra começo de conversa nem foi tanto assim, mas já que está pedindo... - Ele o olha com superioridade.
Michael respirou fundo. O grandão era marrento pra burro. Deve ser outro FDP filhinho de papai. Concluiu com a mente.
- Obrigado. Eu agradeço muito se puder dormir essa e todas as noites seguintes. - Michael responde.
- Claro. Mais alguma coisa?
- Não, era isso. - Mike responde.
- Então passar bem. - Jack disse entrando de volta no apartamento.
Quando ele fechou a porta Michael revirou os olhos e bufando entrou no apartamento dele.
Mais tarde o apartamento de Amanda o clima era de expectativa. Com o closet aberto ela escolhia junto com a irmã Mandy, o melhor vestido para aquela noite especial.
- O que você acha de preto, Mandy? - Amanda pergunta passando a mão pelos modelos.
- Preto é pra velório... - Mandy disse, mexendo no closet da irmã. - Que tal vermelho?
- Fatal demais... - ela responde.
- Hm... - ela mexeu mais um pouco e acho um vestido verde esmeralda, decotado nas costas. - O que acha desse?
Amanda olha com cuidado e nega com a cabeça.
- Pensei numa coisa mais clássica mana. Algo com a minha cara, sabe...
- Entendo... - ela diz. - Poxa, Amanda, mas isso tá difícil em!
- Eu sei mana... Imagina como está minha cabeça? Me uma adolescente idiota. - Ela desabafa
Mandy ri.
- Calma, é só um jantar...
- Tem razão. É só um jantar.. Entre dois adultos... - Amanda diz não muito segura. Ela continua a mexer no closet e acha algo bom. - Acho que encontrei o que quero. Vou provar e você me diz se ficou legal, tá?
Mandy assentiu e Amanda correu para colocar o vestido. Minutos depois ela volta alisando o mesmo sobre o corpo.
- E então? Como ficou? - ela para diante da irmã e sorri. Amanda havia escolhido um modelo branco coberto por renda na mesma cor. Era lindo e justo ao corpo.
- Uau... Eu amei! Sério, mana... Caffrey não vai conseguir nem jantar, vai ficar só olhando pra você. - Mandy disse, sorrindo.
Amanda deu uma boa risada.
- Sempre exagerada, dona Mandy. Mas eu também gostei, me sinto bem nele. - Disse se olhando no espelho. - Agora só falta a maquiagem e o perfume. Ele disse que ia me ligar quando chegasse aqui.
- Então eu acho melhor andarmos logo com isso... - ela disse, indo até a mesa de maquiagens da irmã
Amanda concordou indo atrás de Mandy. Ela fez uma maquiagem leve com os olhos mais marcados. Um batom suave cobriu os lábios e se perfume com aroma de flores e frutas. No cabelo ela deixou lio=so e solto sobre os ombros. Sua marca registrada.
- Enfim, pronta! - Falou diante do espelho.
- Uau! Está linda, irmã!
- Obrigada, anjinho! Espero que ele também ache o mesmo. - Ela sorri. Se celular toca - Falando nele... - Ela sorri e atende - Oi...
- Olá, baby... Estou em frente ao seu prédio. Quer que eu suba ou você desce?
- Eu desço em dois minutos. Tudo bem? Me espere no hall.
- Okay, estou te esperando. - ele diz e desliga.
Amanda desliga sorrindo.
- Minha hora chegou. Vamos descer maninha.
- Vamos! - Mandy disse sorrindo para a irmã
Cada uma pega sua bolsa. Elas saem o apartamento direto para o Hall do prédio. Neal estava de pé perto de uma pilastra. Amanda respira fundo ao vê-lo de longe. Mandy ri balançando a cabeça. Neal estava casual, lindo e sem terno. Na mente Amanda já aprovava o estilo escolhido por ele. Quando estão frente a frente ela sorriu pra ele.
- Boa noite... - Diz Amanda.
- Boa noite, Amanda... - ele diz, pegando a mão dela e dando um beijo. Virando-se para Mandy, ele disse: - Como vai, Mandy?
- Muito bem, Caffrey... - ela sorri e se aproximou da irmã, dando um beijo em seu rosto. - Aproveitem a noite e cuide bem da minha irmã, Neal.
- Pode deixar. - ele disse, sorrindo de lado.
- Obrigada mana. Manda um beijo pro grandão. - Ela sorri pra irmã.
- Grandão? - Neal perguntou, olhando pras duas.
Mandy riu.
- "Grandão" é o meu namora, Neal... - ela disse, se afastando. - Tenham uma boa noite.
Quando Mandy sumiu pelo hall do prédio, Neal se virou para Amanda.
- Você está perfeita, Amanda.
- Obrigada, Neal. Você também está perfeito. Podemos ir. - ela sorriu.
Neal assentiu e a levou pela mão até o seu carro. Foram até o restaurante conversando amenidades, enquanto uma música baixa tocava na rádio. Quando chegaram ao Palace Gourmet, o maitre os levaram até a mesa que Neal havia reservado. Depois de fazerem seus pedidos, Neal começa a puxar assunto.
- Eu realmente estou curioso com uma coisa, Amanda... - ele disse, bebendo um pouco de seu vinho.
- Curioso? Com o que? - Ela pergunta calma.
- Eu não quero ser prepotente ou metido, mas o motivo de me fazer de gato e sapato na empresa foi por causa da conversa intima que eu estava tendo com Bella, ou talvez porque sentiu... Ciúmes da minha conversa intima com Bella?
- Neal... - Ela cora um pouco e continua - Desde que tomei posse da presidência preciso manter a ordem, você sabe. Aquele dia creio que me excedi mais do que gostaria. Não gosto que façam as coisas pelas minhas costas. Apenas isso.
- Hm... Isso ainda não responde minha pergunta, baby...
- E se fosse? - Ela disse arqueando a sobrancelha e deu um gole no vinho.
- Seria bem interessante, visto que me conhecia há apenas alguns dias... - ele riu de lado.
- Não se glorie por isso ainda Caffrey, temos um jantar inteiro pela frente. Sei o que está pensando com esse sorriso. - Ela disse mantendo a pose.
- Está certo, Amanda... - ele sorriu. - Então me fale mais sobre você.
- Bom, a parte empresarial você conhece bem. Na parte pessoal sou muito reservada. Tanto que pouco se ouve sobre mim por aí. Tenho uma irmã maravilhosa que você conhece. Gosto de ler, ouvir jazz, blues... Um pouco de rock alternativo e adoro a Amy Winehouse. - Ela sorriu - Sério, adoro essa mulher. Enfim, sou uma nerd descolada. - Falou divertida. E você, o que tem pra mim?
- Nada demais. Eu sou de Los Angeles, meu trabalhava para uma concessionária de automóveis e minha mãe era dona de casa. Eles sempre batalharam muito para que eu tivesse uma educação de qualidade, entende? Tudo que sou eu devo a eles. - ele disse. - Tenho certeza que eles têm orgulho de mim, de onde estiverem.
- Eu também devo tudo que sei a meus pais. Principalmente a minha mãe. Ela é minha heroína. Já fazem dois anos e... Sempre sinto falta dela. - Amanda disse com um suspiro leve.
- Eu sei como é, baby... - ele posou a mão sobre a dela, em cima da mesa. - Mas de onde eles estiverem, estão olhando por nós.
- Com certeza, também penso assim. - Assentiu sorrindo.
Neal sorriu de lado e começou a passar a ponta dos dedos pela mão dela, até chegar em seu pulso.
- Eu não consigo acreditar que uma mulher tão linda como você esteja sozinha...
Amanda engoliu em seco, estava nervosa. Isso nunca aconteceu antes com outros, apenas com Neal.
- Também acho curioso que não tenha companhia. Quando o entrevistei tive certeza do contrario. - ela disse corando um pouco.
Neal sorriu.
- Eu sou muito seletivo com mulheres, baby... Não é qualquer uma que me atrai, e você me atrai. Muito. - ele disse, olhando pra ela.
Ela sente um salto no peito e aquelas borboletas no estômago.
- Obrigada por ser paciente comigo, sei que não sou fácil. Mandy vive dizendo que sou chata. - ela sorri.
- Paciência é uma virtude, Amanda. Costumo pensar que a espera só nos levará a um ótimo resultado. Pense nas pedras que usa em suas jóias. Demoram anos, as vezes milênios para que estejam prontas, mas no fim... A espera é recompensada. Será assim com você também. A espera irá recompensar muito, baby. Pode acreditar. - ele sorriu de lado.
- Nossa Neal.. Agora você me deixou sem jeito.. - Ela morde o lábio e suspira olhando pra ele torcendo que não repare na cor rubra em suas bochechas quentes.
Neal sorriu e o garçom chegou com seus pedidos. Começaram a comer entrando em uma conversa agradável, mas Neal sempre falava algo a mais para fazer com que Amanda suspirasse e ficasse vermelha. Quando pediram a sobremesa, Amanda já estava um pouco mais relaxada por conta do vinho e Neal começou a fazer suas investidas.
- Hm... Sorvete de baunilha... Isso me remete a muitas coisas, sabia? - ele perguntou.
- Sério? Eu sei, lembra infância não é? Esse sempre foi meu sabor favorito. - Disse solta.
Neal riu.
- Não, baby... Pelo menos a mim é algo bem longe da infância... - ele se curvou sobre a mesa e se aproximou dela. - Sabe qual é o meu maior desejo nesse momento?
- Nem posso imaginar, senhor Caffrey?
Ele passou um dedo pelo sorvete dela e levou a sua boca, lambendo sensualmente.
- Hm... Meu maior desejo nesse momento é comer esse sorvete, no seu corpo... - ele sussurrou pra ela.
O rosto dela fica vermelho. Seu coração disparou no peito. Ela respira profundamente e bebe mais vinho antes de falar.
- Bem, isso realmente não faz parte da infância. - riu corada e tomou coragem para ousar mais, como Mandy sempre dizia - Você é muito persuasivo, Neal, mas eu também sou. - Ela repete o gesto dele e pisca sorrindo.
- É mesmo? - ele perguntou. - Eu adoraria experimentar a sua persuasão, na minha cama... Somos dois adultos, Amanda, nos desejamos... Então eu realmente acho que estamos perdendo muito tempo aqui, sentados nesse restaurante.
- Hum... Pode ser, mas tome seu sorvete antes que... Derreta. Está quente aqui, sabe... - Amanda o respondeu com um sorriso lascivo
- Bem... Já disse que quero tomar em outro lugar, querida... - ele sorriu e sinalizou o garçom, pedindo a conta.
- Tudo bem, você é quem manda Sr. Caffrey. - Ela sorri terminando seu vinho.
Após pagar a conta, Neal e Amanda saíram do restaurante. No carro o clima superficial se foi e Neal a todo momento passava a mão pela coxa de Amanda enquanto dirigia. Quando chegaram ao seu prédio, Neal estacionou em sua vaga e abriu a porta para Amanda, dirigindo-se ao elevador.
Apertou o número de seu andar e olhou para Amanda com um sorriso no canto dos lábios, se aproximando dela até que ela estivesse encostada na parede do elevador.
- Você se importaria se eu a beijasse aqui dentro, Sra. Lewis? - perguntou beijando seu pescoço.
- Nem um pouco Sr. Caffrey. Acho que já esperamos demais por isso, não? - ela autoriza.
- Concordo plenamente, baby...
Neal sorriu e subiu seus lábios, passando pelo pescoço, queixo, até chegar a boca de Amanda. Mordeu seu lábio inferior de forma sexy e a puxou para si pela cintura, dando-lhe um beijo de tirar o fôlego. Fez questão de sua língua passear por todos os cantos daquela boca que ele desejava a tanto tempo.
Amanda o puxou para si pelo cabelo e esfregou seu corpo no dele, sentindo a necessidade de senti-lo ainda mais. Soltou um pequeno gemido ao sentir a ereção dele se formando em sua barriga.
Apenas quando o barulho do elevador soou, Neal se afastou dela. Amanda estava vermelha e ofegante e assim que saíram do elevador, Neal não pôde deixar de comentar:
- Sinceramente, estou doido vê-la vermelha e ofegante... Abaixo de mim - sussurrou no ouvido dela, enlaçando sua cintura.
- Você me quer frágil, que sem vergonha. - ela ri.
Neal sorriu e abriu a porta de seu apartamento.
- Frágil não, baby... Quero você entregue, gozando bem gostoso abaixo de mim... E em cima de mim também.
Amanda riu passando por ele.
- Isso só depende de você... Baby. - ela o imita.
Neal mordeu o lábio e em um rompante a pegou no colo.
- Ótimo... Prepare-se para ter a melhor noite de sua vida, querida.. - ele disse, indo em direção as escadas.
Neal subiu com Amanda em seu colo e foi direto para o seu quarto. A colocou sentada na beirada de sua cama.
Neal se ajoelhou e tirou os sapatos de Amanda, correndo as mãos pelas pernas dela até chegar a barra de seu vestido. Amanda suspirou e abriu suas pernas, fazendo com que os dedos de Neal adentrasse seu vestido, quase chegando em sua calcinha.
- Eu te desejo tanto, Amanda...
- Eu sei, também desejo você, Neal..
Neal olhou pra ela e levantou seu vestido, despindo-a completamente. Amanda não usava sutiã e seus seios fez com que Neal praticamente salivasse.
- Deite-se, baby... Vou pegar minha sobremesa.
Amanda obedeceu sentindo a ansiedade lhe corroer por dentro.
Neal saiu do quarto e desceu, indo até a cozinha. Pegou um pote de sorvete de baunilha no congelador. Tirou sua camisa social e seus sapatos ali na cozinha e desabotoou sua calça jeans, logo depois subindo de volta. Amanda estava deitada olhando para a porta e quando o viu com o peitoral nu ficou difícil segurar o gemido. Principalmente por conta do enorme volume em sua calça.
Ele subiu e se ajoelhou na cama, ao lado do corpo de Amanda, mostrando o pote de sorvete a ela.
- Está vendo isso, baby? Eu disse que iria provar em seu corpo... Mas preciso de sua permissão... - ele disse, olhando pra ela. - Eu posso?
- Fique a vontade.. - ela suspira mordendo o lábio.
Neal colocou o pote de sorvete na mesinha de cabeceira e se ajoelhou no meio das pernas de Amanda. Abriu o pote e com a ponta do dedo, pegou um pouco do sorvete e colocou em seu seio, logo depois colocou no outro. Amanda se contorceu em cima da cama e Neal pegou mais um pouco do sorvete, fazendo um caminho pela sua barriga até que chegasse a calcinha.
Por último, sujou mais um pouco os seus dedos e encostou aos lábios de Amanda, sujando-os.
- Ouça bem, Amanda... Você não pode se mexer enquanto eu estiver comendo minha sobremesa, certo? Se não o sorvete vai escorregar pelo lençol e sujar tudo... E eu vou ter que colocar mais sorvete em você para continuar de onde fui interrompido... Entende? - ele perguntou, passando os dedos pelos lábios dela.
- Entendi, mas está muito gelado, Neal... - ela murmurou manhosa.
Ele sorriu.
- Vai esquentar, baby... Você vai ver.
Neal olhou pra ela e lambeu os próprios dedos sujos de sorvete. Amanda gemeu e quase se contorceu com a visão, mas parou ao se lembrar da ordem dele. Neal se aproximou dela e lambeu seus lábios sujos de sorvete, sentindo-a os entreabrir para que ele pudesse beijá-la, mas ao invés disso, ele desceu os beijos para o seu pescoço até chegar em seus seios sujos de sorvete.
O creme estava quase derretendo, algumas gotas escorriam pela barriga dela e isso fez Neal soltar um murmuro de prazer. Passou a língua ao redor de seus seio e quando chegou ao mamilo, ele sugou a sobremesa, chegando ao bico intumescido de Amanda. Ela gemeu alto e segurou firme nos lençóis da cama, impedindo o movimento que seu corpo queria fazer.
Aquilo sim era um teste de resistência.
- Que delícia você é, baby... Com sorvete ficou ainda melhor. - Neal disse, olhando pra ela.
Sem dar tempo de resposta, Neal trilhou o caminho para o outro seio e repetiu o mesmo gesto. Ele lambou e sugou até o final, ouvindo Amanda ofegar e gemer. Aquilo estava o levando a loucura também e ele não via a hora de experimentá-la lá em baixo.
Deixando seu seio, ele lambeu e trilha de sorvete que havia feito em sua barriga e chegou ao cós de sua calcinha. Olhando em seus olhos, ele pegou colocou a barra de sua calcinha na boca e a tirou com os dentes, até que estivesse fora de seu corpo. Amanda ofegou com o movimento tão habilidoso e separou as pernas para que ele pudesse ficar no meio delas.
Neal se ajoelhou e sujou seus dedos de sorvete mais uma vez.
- Agora eu quero provar a minha sobremesa no lugar mais especial do seu corpo, baby... - ele murmurou. - Você está molhada pra mim?
- Hurum... - ela assentiu obediente. - Você ainda vai me matar assim.. - Sorriu pra ele.
- De prazer, talvez... - ele sorriu e passou os dedos sujos de sorvete por toda a intmidade de Amanda, ouvindo-a gemer razoavelmente alto. - Isso é bom, baby?
- Hum... Muito... - Ofegou.
- De prazer, talvez... - ele sorriu e passou os dedos sujos de sorvete por toda a intmidade de Amanda, ouvindo-a gemer razoavelmente alto. - Isso é bom, baby?
- Hum... Muito... - Ofegou.
- Vai ficar melhor... - ele murmurou, passando a boca pela parte interior de suas coxas. - Principalmente quando minha boca tiver limpando todo esse sorvete... Eu vou comer tudo até você gozar pra mim, baby.
Amanda se apoiou em seus cotovelos e o observou beijar o interior de suas coxas até chegar em sua virilha. Com a ponta da língua, Neal fez um caminho até chegar em sua intimidade coberta pelo sorvete, que já estava começando a derreter. Ele separou os grandes lábios com a ponta dos dedos e começou a lamber desde sua entrada até chegar em seu clitóris, pegando um pouco do sorvete com a língua.
Amanda gemeu alto e se jogou na cama, sentindo Neal começar a chupá-la com vontade. Ele murmurava em sua intimidade, fazendo com que as vibrações de sua voz chegasse a seu clitóris. Ela ofegava e dessa vez não conseguiu se segurar, começou a se contorcer na cama e rebolar pra ele, sentindo-o a invadir com a língua. O sorvete já havia ido embora e agora ela podia sentir ainda mais o calor da boca dele em sua intimidade.
Neal rodeou o clitóris dela com a língua e a chupou, fazendo-a chamar por seu nome. Não houve espera e logo Amanda estava gemendo e gozando em sua boca, enquanto de contorcia inteira pela cama. Quando finalmente conseguiu se acalmar e abrir os olhos, viu que Neal estava sentado, acariciando sua barriga e sorrindo pra ela.
- Será que a senhora ainda tem fôlego pra mais? - ele perguntou, olhando para o grande volume em sua calça.
- Pra ser sincera eu não sei mais o que é ter fôlego, mas adoraria continuar. - Ela sorriu. - Acredito que tenha como me surpreender ainda mais, não tem?
Ajoelhou na cama, tirando a calça e a cueca que estava usando. Amanda suspirou ao vê-lo totalmente nu a sua frente.
Neal abriu a pequena gaveta na mesa de cabeceira e tirou o preservativo, mostrando-o a Amanda.
- Você poderia me ajudar com isso, baby? - perguntou.
- Claro. - Ela disse pegando o envelope da mão dele. Senta na cama se inclinando pra ele o beijou descendo a mão pelo peito barriga e pélvis. O tocou sentindo seu coração bater forte. Neal gemeu na boca dela e Amanda o mordeu levemente. Afastando o rosto dele prestou atenção o que tinha de fazer. Olhando pra ele rasgou o envelope e começou a vesti-lo. A mão de Amanda descia carinhosamente sobre ele. Neal tinha a boca entreaberta quase não contendo a própria rigidez. Ela termina sua tarefa o olhando docemente.
- Pronto. - Ela diz.
Neal a olhou com devoção e a beijou, deitando-a na cama e se deitando por cima dela. Acomodou-se no meio de suas pernas e antes de penetrá-la a olhou com atenção:
- Está preparada, baby?
- Sim Neal, quero você.
Ele colocou o membro na entrada da intimidade e a penetrou lentamente, entrando e entrando até que estivesse todo lá dentro. Amanda se contorceu e arranhou as costas dele assim que ele começou a se movimentar. Neal a olhou e Amanda começou a acompanhar seus movimentos com o próprio quadril.
Olhando-a nos olhos, Neal se ajoelhou e pegou as duas pernas dela, colocando seus pés em seu pescoço, começando a se mover com força. Nessa posição ele ia ainda mais fundo, alcançando-a em todos os lugares. Gemiam alto, principalmente quando Neal murmurava o quão gostoso era está dentro dela, dizendo que ficaria viciado nela.
Amanda se contorceu, sentindo todo o seu interior se apertar envolta dele. Com uma mãe livre, Neal começou a acariciar seu clitóris.
- Goza pra mim, baby... - ele pediu em um tom rouco.
Não precisou de muito mais do que aquele incentivo, para que Amanda se entregasse a ele e gozasse com força. Neal a penetrou mais algumas vezes e logo depois se libertou junto a ela, soltando suas pernas e caindo deitado em seus seios.
- Baby... Isso foi incrível. - ele disse, ofegante.
- Oh Neal... Você é maravilhoso. - Ela ofegou.
- Nós somos, baby... Juntos somos perfeitos... - ele disse, saindo dentro dela lentamente.
Neal tirou a camisinha e a descartou em um lixo ao lado da cama, se deitando e colocando Amanda em seu peito em seguida.
- Durma aqui? - ele perguntou. - Não tem problema se chegarmos mais tarde na empresa amanhã, não é?
- Não tem problema não, tenho certeza que sua chefe não vai reclamar. - Ela brinca - E vou aceitar o seu convite, a noite foi bem agitada. - Sorriu.
- Minha chefe está muito bem realizada agora.... Com certeza ela não iria reclamar... - ele riu.
- Exato, mas ela tem mais uma exigência....
- E qual seria?
- Mais um beijo como aquele do elevador... O senhor é bom em tudo que faz, eu realmente não me enganei naquela entrevista.
Neal sorriu.
- Seu desejo é uma ordem, Sra. Lewis.
Neal puxou o rosto dela para cima e começou com um beijo doce, se prolongando no meio e a deixando sem fôlego no final. Satisfeitos com a intensa noite que viveram, aninharam-se e em poucos minutos entraram em sono profundo, um abraçando o outro.
O sol nasce agradável em Manhattan. No apartamento de Neal, Amanda despertava lentamente devido a claridade que ultrapassou a persiana do quarto. Movendo-se na cama ela sentou-se sentindo sua cabeça quase explodir. Resmungando baixo passou a mão nos cabelos, sonolenta. Ela pensava estar em casa, mas ao olhar do seu lado Neal dormia profundamente. Amanda levou a mão em sua boca aberta. Estava confirmado, eles tinham dormido juntos. Respirando fundo percebeu que estava nua. Ela pensa que seria melhor levantar e assumir a situação. Não imaginou que seria tão rápido e aos poucos a noite anterior vem a tona. Enquanto pensava olhando para o horizonte Neal desperta e sorrindo pra ela a saudou:
- Bom dia, baby... - ele disse, se espreguiçando. - Dormiu bem?
- Hum? - Murmurou saindo da inércia - Oh sim, dormi bem sim. Bom dia Neal... - Ela disse tímida e pensativa.
Ele se sentou e se aproximou dela, beijando seu pescoço.
- Por que está tão quieta, hm?
- Estou pensando... - ela suspira - Penso em como será de agora em diante..
- Como assim? - ele olhou pra ela.
Amanda ajeita o lençol sobre o corpo e o olha com atenção.
- Penso em nós, Neal. Sou sua chefe e... Isso é tão novo. Nunca me envolvi com alguém da empresa... Não sei como lidar com isso, mas não se ofenda, por favor. Estou apenas, confusa. - Revelou com sinceridade.
- Eu entendo o que quer dizer, baby... Olha, com certeza é muito cedo para o relacionamento sério, então... Acho que podemos continuar saindo, dentro da empresa nada precisa muda e ninguém precisará saber de nós, se isso a deixa mais confortável. - ele disse, passando a ponta dos dedos pelo braço dela.
- Eu seria muito grata se isso acontecesse. Não quero pedir o controle das coisas. Obrigada por entender. - Ela sorriu de leve tocando a mão dele com carinho.
- Então, chefe e funcionário dentro da empresa... Amantes fora dela. - ele sorriu e a puxou para si, acomodando-a debaixo de seu corpo. - Isso é excitante, sabia?
Ela sorriu também.
- Parece que sim, mas quero saber se vai se comportar quando me ver pelos corredores, Sr. Caffrey. Não esqueça que já tem um ponto no meu caderno por mal comportamento... Levar outro seria intolerante. - Amanda diz com pose executiva.
- Eu não posso prometer nada... - ele murmurou, beijando seu pescoço e passando a mão pelo seu corpo. - Mas só irei te atacar ou me insinuar, quando estivermos sozinhos... Assim posso ir até o fim.
- Quanta prepotência! Sou uma mulher séria, não faço insinuações. Quando quero de verdade, eu digo e faço... Exatamente como farei agora - Ela diz no ouvido dele. - Quero mais de você, Neal...
- Hm... - ele saiu de cima dela e se deitou na cama. - Então venha, baby... Sou todo seu.
Amanda o olhou altivamente e logo depois o atacou, fechando a manhã com chave de ouro.
Ao chegar em casa, Mandy sentiu da porta o cheiro da carne assada que vinha do forno. Jack estava sem camisa na cozinha, preparando um jantar pra eles. Jack a mandou tomar banho, pois logo jantar seria servido. A refeição estava deliciosa, Mandy sabia que Jack tinha uma bela mão para cozinha, costumava brincar que se o negócio em Vegas desandasse, ele poderia abrir um restaurante e ficaria rico novamente.
Durante a refeição, Jack comenta sobre o vizinho abusado. Mandy escuta tudo atentamente e no final começa a rir, dizendo que o vizinho deveria ser um louco que estava com inveja, pois não tinha ninguém para poder transar com ele. Jack ri e concorda com ela, dizendo que para todos os efeitos ele era o dono do apartamento, para que o vizinho chato não lhe importunasse.
Como sempre, a noite do casal foi repleta de amor e por mais que tentassem, não conseguiram maneirar o tom de voz enquanto se amavam. Se o vizinho estivesse acordado, certamente estaria com raiva por Jack não ter cumprido com sua palavra.
Duas semanas passam rapidamente e infelizmente Jack teve de ir embora. A despedida do casal foi melancólica como sempre e Mandy voltou pra casa bastante cabisbaixa. Passou a tarde jogada no sofá e quando deu nove horas, sentiu sono suficiente para dormir. Mas foi só se deitar na cama, que ela começou a ouvir.
- Isso... Isso... Acaba comigo, cachorrão! - Gritava uma voz estridente.
Mandy sentou na cama com o cenho franzido e olhou pra parede atrás de sua cama, de onde vinha o barulho.
E os barulhos continuaram. Ela não podia acreditar, a garota era pior que uma sirene. Gritava e gemia feito louca. Uma voz masculina também foi ouvida, e urrava o tesão que estava sentindo. Mandy se irritava mais a cada grito deles. Furiosa levantou da cama e bateu na parede com força pensando em faze-los parar. Isso funciona por um momento, mais depois o casal recomeça. Aqueles dois pareciam gatos no cio. A irmã de Amanda queria mata-los, como ia conseguir levantar cedo na manhã seguinte?
Com raiva ela pega seu travesseiro, edredon e vai tentar dormir no quarto de hóspedes.
Algum tempo depois e depois de um belo urro de êxtase o casal se comporta não fazem mais um ruído. Uma pena Mandy já estar dormir, se não poderia tranquilamente voltar ao seu quarto. No outro dia, ela levanta com a cabeça pesada, toma café da manhã e um comprimido para dor de cabeça. Segue para a faculdade e encontra com as amigas por lá. As garotas se espantam com a aparência cansada dela.
- Nossa Mandy, parece que trator passou por cima de você! O que aconteceu? - Wanda comenta.
- A porra do meu vizinho ficou... Transando com com uma garota durante horas... E o pior, a parede do quarto dele é grudada na minha, então eu ouvia todos os gemidos, houve até mesmo batida da cama na parede! - ela massageou a têmpora. - Eu mereço, tive que dormir no quarto de hóspedes, porque no meu quarto era impossível!
As meninas riram com pena dela.
- Poxa Mandy, eu imagino a raiva que você ficou... Acho que eu tinha ido lá e batido na porta dele mandando parar com a putaria. Gente sem noção, affs! E você sabe o nome desse cara pelo menos?
- Não. E sabe o que estou achando? Que é vingança! No dia que Jack chegou lá em casa, nós, bem... Vocês sabem, nós transamos e no dia seguinte o infeliz foi lá falar com Jack, mandar a gente fazer menos barulho. Com certeza ele acho uma garota qualquer na rua e levou pra casa pra fazer todo o barulho possível e me impedir de dormir!
- Também acho isso aí, viu Mandy. - Denise falou - Homem é tudo sem vergonha. Não pode ver uma cachorra que fica barraca levantada. Tenho tanto ódio disso! Se eu fosse você ia fazer um B.O, esse imbecil tem que saber com quem ele está mexendo. - Disse a mais esquentada da turma.
- Se na próxima vez fizer esse barulho todo, pode ter certeza que eu vou mesmo chamar a polícia, ainda vou mandar bater na porta do apartamento dele pra acabar com o clima do casal! - ela diz, sorrindo para as amigas.
Elas sorriem e veem Meg chegando as pressas na sala. Colocou sua bolsa e foi se juntar ao grupo.
- Olá meninas, o que eu perdi? - ela diz.
- Nada demais, dona Meg atrasilda. - Falou Wanda - Sorte sua o professor não ter entrado na sala, senão você ia ficar pra fora.
- Ai meninas que exagero, nem me atrasei tanto vai... - ela disse com o sorriso largo - Ontem tive a melhor noite da minha vida, só isso. Morram de inveja. - ela se exibe.
- Sem querer ofender, Meg, mas... Toda a vez que você transa com o professor, você fala que foi a sua melhor noite... Já estamos enjoadas disso! - Mandy disse, revirando os olhos.
- Vocês estão com inveja, mas nem ligo. O que importa é que ele é gostoso e me fez gozar muito, tá? - Meg responde mexendo o pescoço e chegou perto do ouvido de Mandy - Acho que você não é mais a queridinha por aqui, amiga. - Ela pisca e vai se aquecer no outro lado da sala.
- O que? - Mandy foi até ela e parou na sua frente. - Amorzinho, me perdoe, mas tenho que te lembrar uma coisa... Eu tenho um namorado, quase noivo, que você passou a vida inteira secando. Enquanto você tem o que mesmo? Ah sim, as migalhas que o professor te da, porque se você não sabe, ele tem você pra comer, e mais meia dúzia, ou seja, você é aquela que ele pega de vez em quando, quando está enjoado das outras que ele enrola! - Mandy disse, pondo a mão na cintura.
Meg deu uma risada amarga.
- Como você é ressentida, Mandy? Você se acha a boazona em tudo, se liga garota! Quem garante que o seu "noivinho" não está debaixo de uma dançarina agora mesmo, hum? Aprende a cuidar da sua vida que o do professor, cuido eu! - Ela diz com superioridade.
- Eu sei que você adoraria que Jack estivesse me traindo, principalmente se fosse com você, não é? - Mandy sorriu. - Não perca seu tempo, amor, eu tenho confiança o suficiente pra arrumar um homem e tê-lo só pra mim, enquanto você não tem competência nem de fazer um professor ficar transando só com você. Sinto muito por isso, respeito sua dor. - ela diz, sarcástica.
Meg bufa sabendo que aquilo tinha boa parte de verdade. Ela tinha atração por Jack, mas ele nunca deu bola pra investidas dela, pois sempre amou Mandy com todas as suas forças. Já para Michael, Meg era apenas uma aventura. Nada mais que isso. Sentindo que a amizade delas havia uma rachadura profunda, ela se calou e saiu da sala pisando duro jurando nunca mais falar com a amiga a partir deste dia.
Enquanto Mandy passava apuros na faculdade, alguém muito conhecido de Amanda chega à empresa. Na verdade conhecido até demais por ela. Thomas Belford, o ex-namorado da empresária volta para uma visitinha surpresa. Recém chegado da França, o herdeiro mais rico do país está louco para saber como ela está. Queria saber se ainda tinha alguma chance com ela depois de tanto tempo. Depois de atravessar a segurança e pegar o elevador até a cobertura pediu a Bella que fosse anunciado. Em sua sala Amanda e Caffrey conversavam sobre as ideias dela para uma nova coleção. Neal estava anotando tudo para depois começar a desenhar.
Amanda recebe o aviso e gela quando escuta o nome do ex. Relutante, ela autoriza a entrada dele. Thomas se levanta do sofá da sala de espera seguindo para o escritório da presidência.
Ao abrir a porta ele desenhou um enorme sorriso nos lábios. Caminhando com elegância veio diretamente abraçar Amanda com intimidade.
[ Thomas Belford ]
- Amanda... Você está tão bonita! Se soubesse disso teria voltado antes, mon cher. Como está? - Disse olhando pra ela.
Amanda não sabia onde se esconder. Neal olhava a cena com atenção não gostando nada daquela intimidade com sua chefe/amante.
- Obrigada. Estou bem, mas... Que surpresa. - Ela disse com um sorriso sem graça e foi logo apresentando Neal a ele - Thomas, este é Neal Caffrey, nosso designer mais habilidoso...
Thomas esticou a mão para cumprimenta-lo.
- Prazer em conhecê-lo, Caffrey, sou Thomas Belford. - Ele disse somente.
- Igualmente, Belford. - Neal responde sério.
Usando de ousadia Thomas fala a Neal:
- Se importaria de nos dar licença um momento, por favor? Preciso falar a sós com sua chefe.
- Hm... Eu sinto muito, Sr. Belford, mas Amanda e eu estávamos no meio de reunião... Não é mesmo, Amanda? - Neal perguntou olhando pra ela
- Sim, é verdade. Estamos em reunião, Thomas. - Ela completa. Por dentro ela rezada para que Neal não se exaltasse por causa do ardor que via crescer nos lindos olhos azuis dele.
Thomas não gostava de ser ignorado e com certeza não desistiria tão fácil.
- Tudo bem, então volto pra pega-la no almoço. Pode ser? - ele insiste.
Amanda discretamente olha pra Neal, que tinha a cara não muito boa. Ela tenta contornar a situação.
- Eu não sei que horas vamos terminar aqui Thomas, eu...
Thomas a interrompe.
- Tudo bem gracinha, eu venho outra hora. Aliás, vou fazer melhor. Vou deixar meus contatos com sua secretária e quando for almoçar você me liga, ok? Precisamos por a conversa em dia, minha cara. - Ele despontando um sorriso de lado.
Amanda engoliu em seco vendo o maxilar de Neal fica tenso.
- Certo, depois marcamos Thomas. - ela responde, sem muita certeza.
- Perfeito! - Thomas chega perto de Amanda e a abraça forte - Foi ótimo te ver, gracinha. Espero que não demore muito a me ligar ou eu venho atrás de você. - Ele beijou o rosto dela demorado e se afastou - Até mais, gata.
- Até... Thomas. - Ela responde o vendo sorrir galanteador e sair porta a fora.
Ela senta respirando fundo retomando o que diziam antes dele chegar:
- Certo... Eu pensei em fazer em coleção para a época do natal, o que você acha? - Ela disse a Neal.
- Quem é o filho da puta? - Neal perguntou, indo direto ao ponto.
Amanda fica surpresa com o vocabulário dele. Ela até chega a franzir a testa.
- Como? - ela diz aturdida.
- Você sabe muito bem. Estou falando desse idiota que acabou de sair daqui. Quem é ele?
- Neal... - ela suspira - Não quero que fique pensando besteira. Esse cara não é ninguém, acredite. Não quero que fique assim... Fica calmo, ele já foi.
- Claro. Obviamente um "ninguém", entraria na sua sala desse jeito, com toda essa intimidade, te chamando de gata... - ele disse, revirando os olhos. - Não sou idiota, Amanda. Quem é ele? Essa é a última vez que pergunto, se não me responder, eu vou ter que descobrir sozinho. - ele diz, sério
Uau, ele estava mesmo nervoso com aquilo. Amanda respira fundo e decide contar quem Thomas Belford era realmente.
- Ele é um ex-namorado ou como disse antes, ninguém. Porque está tão preocupado? Eu não quero papo com ele. Tenho alguém muito melhor agora... - Ela sorriu pra ele.
- Se ele realmente fosse apenas um "ex", não estaria aqui dessa forma, como se estivesse bastante acostumado a fazer isso. Ele é um ex que pegava você de vez em quando, é isso? - Caffrey perguntou, tirando suas próprias conclusões
- Não, quem pensa que eu sou Neal? Saiba que não sou disso. - Amanda diz se sentindo ofendida - Thomas e eu namoramos por um tempo, há anos atrás. Antes dele me largar e sumir. Não sei o que ele faz aqui ou o que quer comigo, estou tão surpresa quanto você. - Ela disse olhando pra ele.
- Ótimo. Me perdoe se fui grosseiro, mas ele deu a entender isso... - ele se levantou e deu a volta na mesa, parando perto da cadeira dela. - Levante-se, baby.
Amanda se levantou e Neal passou a ponta dos dedos pelo rosto dela, com carinho. Beijou seu pescoço e desceu as mãos pela lateral de seu corpo até chegar à cintura, onde, com um gesto rápido, a colocou sentada em cima da mesa.
Levantou o vestido que ela usava e o enrolou na cintura, separando as pernas dela e se colocando no meio delas.
- Ouça bem, baby... Eu sei que não temos um compromisso certo, mas eu quero que saiba de uma coisa: eu sou totalmente possível. E no momento você é minha. Aquele filho da puta pode até pensar, mas não vai tocar em você. - ele passou a ponta dos dedos pela meia 3/4 que ela usava. - Só eu posso fazer isso... - ele subiu a ponta dos dedos até o meio das pernas dela, tocando em sua intimidade por cima da calcinha, circulando bem em cima de seu clitóris. - Apenas eu, certo? Totalmente possessivo.
- Ai Neal... Não faz isso. Estamos no escritório... - Murmurou fechando os olhos.
- Você ainda mão me respondeu, Amanda... - Ele afastou a calcinha dela de circundou sua entrada, penetrando-lhe com dois dedos.
- Neal... - murmurou novamente - Hum... Isso é covardia. Você sabe que eu sou sua... - Ela disse se entregando ao prazer que sentia.
- É tão bom ouvir isso, baby.. - ele moveu seus dedos dentro dela e com a mão livre, apertou o botão do telefone. - Bella, suspende todas as ligações e visitas para Amanda, por meia hora. Estamos tendo uma reunião importante.
Antes de esperá-la responder, ele tirou o dedo do botão e puxou a cabeça de Amanda para si, a beijando com força e possessão. Deixou que toda sua língua trabalhasse ali, tirando o fôlego de sua garota. Quando se afastaram, ele tirou os dedos de dentro dela e os levou até a sua boca, chupando-os.
- Você é tão deliciosa, baby... Sou completamente apaixonado por seu gosto, mas não temos muito tempo... Prometo recompensá-la em nosso próximo encontro... - ele sorriu e se aproximou do ouvido dela. - Te chuparei com tanta vontade, que você vai implorar por mais.
- Você é terrível, sabia..... - Amanda disse e mordeu o lábio.
Neal apenas sorriu e puxou sua cabeça para beijar seus lábios novamente. Com pressa, Amanda abriu sua braguilha e abaixou sua calça junto com a cueca. Neal estava pronto pra ela, como sempre.
Ele se afastou e a beijou no pescoço, puxando seu corpo para a beirada da mesa e a penetrando de uma só vez. Naquela hora os dois não pensaram em nada, apenas em satisfazer aquele desejo insano que sentiam um pelo o outro. Amanda gemeu, jogando a cabeça para trás e Neal a segurou pela cintura, começando a se mover dentro dela rapidamente.
Ele adorava vê-la daquela maneira, totalmente entregue aos seus encantos. Aumentando a velocidade das estocadas, Neal tocou em suas coxas, subindo pelas suas pernas até chegar em seu clitóris. Quando a tocou ali, Amanda se jogou em cima da mesa, deitando-se por cima de papéis e derrubando objetos. Neal estava levando-a a loucura.
- Isso, baby... Eu adoro quando geme desse jeito pra mim... - ele disse, metendo com pressa. - Porra, Amanda, você é deliciosa... Tão apertada!
- Hummm... Eu fico louca com você, Neal... Continua, isso... Isso... - Ela gemeu mordendo o lábio inferior.
Neal sorriu e se inclinou sobre ela, na mesa, metendo forte e circundando seu clitóris ao mesmo tempo. Amanda o agarrou, arranhando-o por cima do terno. Quando a sentiu apertá-lo por dentro, Neal rebolou dentro dela, fazendo um círculo completo e estocando mais uma vez, fazendo-a gozar pra ele, enquanto ele se desfazia junto a ela.
- Baby... Isso fica cada vez melhor... - Neal murmurou, se levantando e ajudando-a a se sentar. - Acho que fizemos uma pequena bagunça nos papéis da reunião... - ele riu.
- Também acho. - Ela riu se ajeitando - Será que devo fazer algo a seu respeito, Sr. Caffrey? Sinto-me assediada... - ela brinca.
- Eu aceito uma punição, Sra. Lewis... - ele disse, ajeitando o vestido dela. - Principalmente se ela acontecer na sua cama... Ou na minha... - ele sorriu de lado
Amanda riu e lhe deu um beijo rápido.
- Melhor voltarmos a trabalhar, mocinho... - Ela diz sorrindo.
Amanda e Neal conseguem terminar todo o projeto que visa a época do natal. Era começo de ano ainda, mas eles tinham que se adiantar.
A tarde passa depressa e Mandy aproveitou para dar uma geral no escritório. Organizou documentos, papéis e pastas da faculdade. Deu um trabalhão, mas a noite ela estava livre. As palavras rodeavam seu pensamento. Tentava esquecer, mas nada funcionava. Depois do banho ela ligou para o namorado. Conversou muito, porém não disse nada sobre o que aconteceu com Michael. O casal mata um pouco da saudade e Jack promete voltar assim que puder. Desliga o telefone e continua inquieta. Pegou um filme na estante e começou a assistir. Quando o filme estava pela metade a campainha toca.
Ela dá um sobressalto no sofá. Põe a mão sobre o peito e balança a cabeça se repreendendo. Levantou do sofá e foi atender.
- Boa noite senhorita Lewis... - Diz Nilo, o porteiro.
Mandy fica alguns segundos olhando pra ele, mas logo depois cai em si.
- Ah.. Oi, senhor Nilo. O que deseja? - ela perguntou, solicita.
- Desculpa incomodar, mas é que chegou essas revistas pra senhorita... - Ele diz entregando a encomenda dela.
- Oh, sim... Eu tinha até esquecido delas... - ela sorri e pega as revistas. - Obrigada, Sr. Nilo.
- De nada, senhorita. - Ele sorri afável - Boa noite.
Mandy retribui o cumprimento vendo o porteiro sair.
Ela abre o pacote e começa a ver as revistas que tinha encomendado e nem se lembrava mais. Minutos depois a campainha toca novamente. Mandy levanta imaginando ser o porteiro. Ao abrir a porta foi invadida com o sorriso encantador e largo de Michael.
- Oi.... - Ele diz.
- Oi. - ela diz, se encostando-se ao batente da porta cruzando os braços. - Não vai me dizer que veio pedir açúcar? - soou sarcástica
Ele sorriu.
- Você não esqueceu o que eu disse, né?
- Não que seja algo importante, mas não é todo dia que uma pessoa tem o professor safado como vizinho... Então eu acho que certas coisas ficam na mente, e isso foi uma dessas coisas, infelizmente.
- Hurum, entendo. - ele segurou o sorriso - E vamos conversar aqui mesmo ou posso entrar?
- Você não quer apenas um pouco de açúcar? Pode ficar aqui que eu pego pra você. - ela diz, se preparando para entrar no apartamento.
Michael dá um passo à frente e põe a mão na porta antes dela sair.
- Espera... Eu prefiro esperar aí dentro, prometo não fazer nada. - ele diz.
Mandy respira fundo e revira os olhos.
- Entra, Jackson. Aproveite que estou sendo boazinha. - ela diz, sorrindo sem humor.
- Hoje é meu dia de sorte. - Ele sorri entrando no apartamento.
Sentou-se no só enquanto Mandy foi à cozinha. O filme estava passando e Michael começou a assisti-lo. Ele erguia a sobrancelha e ria de lado com as cenas. A princesinha não era tão inocente assim.
Minutos depois Mandy volta com a xícara de açúcar na mão.
- Pronto. - ela diz, erguendo a xícara pra ele. - Sugiro que amanhã você passe no mercado aqui embaixo e compre açúcar, professor. - ela sorri de lado.
- Claro. Vou fazer isso sim. - Ele diz - Me responde uma coisa... Você costuma ver muito esse tipo de filme? - Perguntou segurando o sorriso.
- Depende do meu humor... - ela diz, olhando pra televisão. - Por quê? Não sabia que esse tipo de filme te interessava... Homens dançando, semi-nus... Se soubesse tinha te chamado pra assistir comigo, professor. - ela diz em um inocente.
Michael franze a testa e ri.
- Não foi isso que eu quis dizer, sua maluquinha. Falei de VOCÊ gostar de strip-tease...
- AH sim... Por um momento achei que você era gay. - ela sorriu e se sentou ao lado dele. - Bem... Ninguém nunca fez um strip-tease pra mim, então... - ela deu de ombros.
Michael assentiu sentindo as ideias ferverem.
- Como se chama o filme?
- Magic... Hm.. Magic Mike. - ela diz, sabendo que ele usaria aquele nome para alguma coisa.
- Ah... Agora eu entendi tudo... - Ele ri. - Eu não sabia que podia influenciar tanto a mente feminina. - ele diz rindo
- Ah, pelo amor de Deus... O nome é apenas uma coincidência... - ela diz, revirando os olhos.
- Pode até ser, mas duvido que você não lembrou de mim. - Ele sorri.
- Por que eu me lembraria de você? - ela pergunta, cruzando os braços.
- Fora a coincidência do nome, você lembrou porque sabe que sei mexer melhor do que esses caras aí. - Ele diz cruzando os braços, a imitando.
- Sei? - ela perguntou, erguendo uma sobrancelha.
- Diz que não é verdade, que te deixei molhadinha na aula hoje. Diz? - Michael a encarou esperando resposta.
- Coisas íntimas desse jeito não tem que ser ditas, professor. - ela diz, sem querer da o braço a torcer.
- Então você ficou... Sim ou não? - Insistiu, ele.
- Por que quer saber?
- Sim ou não? - Michael se mantém firme.
- Caraca, sim! Sim, professor, eu fiquei molhada com aquilo. Satisfeito? - ela pergunta, sem paciência.
- Ótimo! O objetivo era esse. - Michael sorriu largamente.
- Por que o "objetivo" era esse?
- Porque eu precisava saber se você sentia o mesmo que eu. - Michael senta mais perto dela - Mandy, eu gosto de você e me sinto atraído. Eu não sei explicar com palavras, mas... É muito forte a química que rola entre a gente. Eu gostaria de poder te conhecer melhor, não como professor, entende... - Revelou sincero.
- Mas eu tenho namorado, Michael... - ela diz, olhando nos olhos dele.
- E... ? - ele diz.
- "E" que não pode acontecer nada entre nós. - ela fala o óbvio.
- Não estou pedindo que tenha dois namorados, só quero poder te conhecer melhor... Eu quero você, Mandy. - Ele fitou os olhos dela. - Me dá uma chance, vai?
- Você quer a mim e a várias ao mesmo tempo... Conheço muito bem homens do seu tipo, Michael! - ela diz, revirando os olhos.
- Eu não tenho mil garotas na minha cama como você pensa. Tinha uma, mas terminei e ela ficou toda nervosa de ver com você hoje. Não quero mais esse tipo, agora quero "A garota". Você é diferente, eu já disse.
- Ah sim... E por que eu acreditaria em você? Até ontem você me odiava...
- Eu nunca te odiei! A única vez que fiquei irritado foi no dia que sua irmã disse pelo telefone o que você pensava de mim. Fiquei bem chateado, não vou negar. Mas depois passou e continuei a gostar de você cada vez mais, principalmente quando batia de frente comigo. - Ele sorri. - É louco isso, mas é a verdade.
- Você ficou chateado por eu ter falado a verdade? Você foi um pé no saco no primeiro dia de aula, tem que concordar comigo... - ela sorriu. - E eu odeio ser ignorada, então falei um monte de coisas para irmã. Agora eu só mantenho a parte do "irritante". O resto eu dos elogios eu descarto. - ela piscou pra ele.
Michael assentiu com um pequeno sorriso.
- Tudo bem, eu perdoou você, dessa vez. E quanto a minha chance?
Ela volta ficar séria e suspira.
- Não tem chance, Michael. Eu namoro e, realmente, Jack não merece uma traição.
Tomando coragem Michael preferiu responder da melhor maneira que sabia. Quem sabe assim ela pensaria melhor. Ele acabou com o espaço entre eles debruçando sobre Mandy a beijando de surpresa.
Suas mãos tomaram posse daquele corpo tão bem esculpido debaixo dele. Michael a beijava forte não permitindo que a garota recuasse. Ela reluta um pouco, mas ele persiste e acaba conseguindo o que quer. Os corpos estão colados um no outro. Carícias sobem e descem pelas mãos habilidosas de Michael. Mandy segurava o cabelo dele com força o fazendo gemer em sua boca. Percebendo que ela gostava de uma pegada mais forte, ele começou a atende-la apertando sua coxa e bumbum. Em seguida deslizou para a intimidade dela, por baixo da minissaia a tomou massageando em cima do clitóris fazendo a garota se gemer baixinho. Ele afasta apenas um pouco a calcinha e toca os lábios maiores, fazendo a mesma massagem.
Colou a boca no ouvido dela dizendo rouco de desejo:
- Me deixa te mostrar o melhor de mim, princesa... Deixa, vai... - Pediu, ele.
- Michael... - ela gemeu, jogando a cabeça pra traz e mexendo os quadris. - Eu não posso ir até o fim...
- Pode sim princesa, seu corpo está pedindo e o meu também... - Sussurrou colocando um dedo dentro dela - Você está tão molhadinha... Eu preciso disso...
- Michael... Por favor... - ele geme, abrindo mais as pernas pra ele.
Esse gesto dela foi mais que uma aprovação. Ela o desejava e o queria agora. Então Michael tirou o dedo de dentro dela e falou em seu ouvido:
- Aqui ou na minha casa?
- Eu não sei... Isso realmente faz diferença? - ela pergunta, ofegante.
- Pra mim não, mas pra você vai. Podemos ir pro meu quarto, lá será melhor, princesa linda. - Ele sugeriu sorrindo
- Okay.. - ela diz, assentindo pra ele.
Os dois se levantam. Mandy não pode deixar de notar como Michael estava excitado pelo volume na calça dele. E era muita excitação. Ela disfarça ajeitando a roupa e sai com ele. Logo estão no apartamento de Michael. A decoração é linda e bem masculina. Tudo bem sóbrio.
- Seja bem vinda ao recanto do plebeu, princesa. - Ele disse rindo.
- É um recanto muito bonito, Sr. Jackson... - ela diz, sorrindo pra ele.
- Obrigado. - Ele agradece e pega na mão dela sorrindo - Agora a melhor parte...
Michael a levou pelo corredor até a escada de uns poucos degraus saindo na porta do quarto. Michael a abriu deixando Mandy entrar primeiro.
- Uau... - ela olha ao redor. - É muito bonito, professor... Foi você quem decorou?
- Sim, o próprio. - Disse orgulhoso a abraçando por trás - A cama é exclusiva, não existe no mercado. Mandei projeta-la pra ser o mais confortável possível... Gosto muito de conforto, sabe?
- Ah sim... Obviamente você a fez pensando exclusivamente no seu conforto... E das suas acompanhantes também.
- Você não perde nada hein? - Ele riu da provocação - Penso primeiro em mim. Sou dançarino profissional, tenho que ter conforto quando meu corpo inteiro dói depois de uma apresentação. O intuito verdadeiro é este.
- Claro que sim. Como não pensei nesse motivo? - ela sorriu de lado, mesmo sabendo que ele não poderia vê-la.
Michael a virou pra si.
- Bobinha, você fica linda com ciúmes.. - ele sorriu - Mas não quero perder mais tempo quando podemos fazer coisa melhor, né? - Disse tocando a cintura dela por baixo da blusinha.
- Eu não estou com ciúmes... Nem tive tempo de sentir o que está acontecendo aqui... Como vou sentir ciúmes?
- Sério? Se não sentiu ainda então temos que fazer algo a respeito, princesa. - ele diz sedutor erguendo a blusa dela até tira-la.
Vislumbrou a lingerie cor de rosa descendo até a saia. Abriu o pequeno zíper e tirou a peça. Michael começou a beijar as pernas de Mandy desde os tornozelos subindo até as coxas e inclinando um pouco para o lado encostou a boca em sua intimidade. Por cima da calcinha deu mordidas leves para excitá-la. Mandy gemeu e se pôs a tocar a cabeça dele para que continuasse. Pegando as laterais da lingerie deixou escorregar até sair pelos tornozelos.
Voltando de onde estava ele pode prova-la com mais fervor. Michael afastou um pouco as pernas dela e se pôs o meio dela para chupa-la como desejava desde do dia em que dançaram. Ele muita habilidade nos lábios e a língua. Mandy geme cada vez mais, sentindo as pernas vacilarem com as sugadas fortes que ele fazia. Ela segura os cabelos dele, Michael faz aquela carícia intensificar quando segura o quadril dela sobre ele afundando a língua ali. Mandy se contrai toda por dentro e goza intensamente.
Michael se afasta com um sorriso satisfeito nos lábios.
- Nós só estamos começando, ouviu? - Diz ele.
- Tem certeza? - ela pergunta, ofegante e sorrindo.
- Você vai ver... - Michael deu um belo sorriso a levando pra cama com um beijo de tirar o fôlego.
Entre beijos e carícias o casal se despiu. Michael sussurrava palavras quentes contra a pele de Mandy a fazendo arrepiar. Ele dizia o quanto ela era linda e o quanto a desejava. Beijando seus lábios desceu pelo pescoço, colo e parou nos seios. Os massageando Michael molhou os lábios e os mordeu contendo a excitação. Logo se pôs a beija-la ali com delicadeza. Dedicou massagem e carícias molhadas a cada um depois com a língua fez uma trilha pelo chamado "caminho da felicidade". Olhando a linda intimidade voltou seu olhar pra Mandy que ansiosa arfava de desejo. Ele sorriu de lado e cheio de ótimas intenções escorregou a mão para toca-la novamente naquele ponto. Queria que Mandy estive tão louca quanto ele. Colocou um dedo primeiro. Vendo como a garota se contorcia querendo mais, colocou outro. Ele também ofega sentindo seu membro latejar.
Quando ela começou a apertar seus dedos Michael os tirou vendo Mandy franzir a testa em reprovação. Ele sorriu indo beija-la nos lábios.
- Calma princesa, o melhor vem agora. Vem aqui comigo... - Ele disse deitando na cama puxando o corpo dela pra si.
Mandy vai pra ele como se estivesse enfeitiçada. Tomando o rosto dela com as duas mãos Michael a beijou demorado sentindo ela sentar sobre ele. O casal se beijava abduzido um pelo outro. Ele desce as mãos pela lateral do corpo dela puxando para acomodar-se nela. Entrou lento dentro dela, quando estava no fundo segurou-a pelo bumbum induzindo que rebolasse. Mandy correspondeu do jeito que ele queria. Baixinho, os dois começam a gemer.
- Assim princesa... Assim... Você está ótima. - Michael gemia.
Mandy fica mais excitada ao vê-lo tão vulnerável. Onde estava o cara tão cheio de si? Estava gemendo abaixo dela totalmente a mercê de sua vontade. Com um sorriso nos lábios ela o provocou:
- É só isso que sabe fazer, professor? - ela perguntou, movendo-se lentamente em cima dele. - Ficar quietinho me deixando fazer o trabalho todo... Sozinha?
Michael sorriu daquela provocação deliciosa.
- Estou me aquecendo, princesa. Mas se você quer podemos pular essa parte? É que achei justo permitir que você mande um pouquinho... - Soou atraente e tentador.
- Ah sim... Por que será que não acredito em você? - ela se abaixou e beijou todo o peitoral dele até chegar em seu queixo. - Pra começo de conversa, se você é professor... Acho que deve me ensinar alguma coisa diferente, não acha? - ela pergunta, lambendo o queixo dele e acelerando um pouco o movimento de seus quadris.
Michael gemeu mais com o movimento feito por Mandy. Ficaram nesse ritmo por um tempo até Michael parar de mexer induzindo que mudasse de posição.
- Agora é minha vez... E preste bem atenção porque eu não falo duas vezes, entendeu princesa? - Disse olhando pra ela.
Mandy olhou pra ele e assentiu, sorrindo de lado.
Rindo maliciosamente Michael a fez sair dele. Ele vai para perto os pés da cama e chama por ela. Mandy chega perto dela atenta.
- Quero que você deite de barriga pra baixo, na direção do espelho... - Pediu, ele.
Com ansiedade no olhar, ela obedece.
- Isso... - Ele diz - Você pode nos ver ali?
- Posso... - ela responde em um sussurro.
- Perfeito. - Assentiu passando a mão sobre o bumbum dela - Agora levanta essa delicia pra mim, olhando no espelho...
Mandy obedeceu mordendo o lábio de leve.
Michael sorriu vendo o estado de sua linda aluna. Ele beijou e fez muitos carinhos no bumbum dela. Colocou o dedo na boca para molhar e desceu traçando uma linha da nuca até o fim da coluna. Todos os poros da pele dela arrepiaram.
- Me dá um segundo, princesa... - ele pede indo até a gaveta. Tirou um preservativo e levou até a cama novamente. Vestiu seu comprimento diante espelho vendo Mandy morde o lábio com força. Ele sorri alisando o bumbum dela.
- Está pronta? - Ele diz rouco.
- Sim... - ela murmura, olhando pra ele através do espelho.
Michael sorrindo piscou pra ela se pondo de maneira adequada atrás dela. Alisou e beijou seu bumbum macio. Sua pele toda era tão macia... Era quase impossível deixar de toca-la. Escorregando o dedo para a intimidade o afundou para ver se ainda havia lubrificação. E sim, ela estava muito molhada pra ele. Então Michael trocou o dedo por seu membro latejante. Mandy suspira e geme sentido tudo entrar gostoso e lento.
- Não fecha os olhos... - Ele a repreende com um sorriso lascivo - Quero que veja o que seu professor sabe fazer.
Ela ofega voltando o olhar para o reflexo deles. Michael se manifesta novamente:
- Agora você vai saber descobrir o porquê dos gritos...
Sem esperar que Mandy respondesse, Michael se moveu dentro dela rebolando lento fazendo seu comprimento entrar e sair dela. Conforme o movimento Mandy o acompanha querendo mais. Com as duas mãos ele aperta o bumbum com força. Era tão grande e tão bom. Mandy aumenta mais um pouco o volume da voz. Rígido ele precisava de mais. Agora a segurou invadindo fundo. Ele geme junto com ela sentindo um calor absurdo lhes queimar por dentro. Mandy começa murmurar o nome de Michael, implorando, feito uma gata. Ele sabia o que sua princesa estava pedindo. Num gesto rápido a puxou pra si fazendo Mandy ficar de joelhos na cama, mas ainda sobre ele. Michael livrou o pescoço da jovem dos cabelos, segurou seu corpo com firmeza voltando a invadi-la com força, com direito a beijos e mordidas na nuca.
Ela agora entendia tudo. Entendia porque as garotas gritavam tanto, pois ela também estava na mesma situação. Durante o ato Michael sussurra o quão gostosa ela é e que nunca mais queria sair do seu corpo. Mandy implora que ele terminasse com aquela tortura deliciosa. Sorrindo ele mordeu o ombro e disse que ela teria o seu final feliz. No mesmo instante ele escorregou a mão sobre o clitóris, pressionando-o fazia movimentos circulares arrancando gemidos altos dela enquanto dava suas últimas investidas. Não demorou e Mandy chama alto o nome de Michael... Ele também chama o nome dela com devoção e juntos explodem numa onda arrasadora de prazer.
Assim que gozam seus corpos ficam pesados e pedem o conforto do colchão. Michael sai dela para se deitarem. Ofegante o casal deita frente a frente. Seus olhos estão brilhando como estrelas e um sorriso desponta nos lábios de Michael.
- Você está bem? - ele disse tocando o rosto dela com carinho.
- Estou... - ela sorri. - Muito bem, na verdade. - ela morde o lábio.
- Eu tinha certeza disso, mas só queria ouvi-la dizer. - Michael sorriu convencido.
Ela revira os olhos e ri.
- Por que você é tão metido? Fala sério...
Ele ri.
- Porque você me adora desse jeito. Sou gostoso pela confiança que tenho, gata. Aguente, se puder!
- Eu adoro? Não me lembro de ter falado que te adorava...
- Ah não? Então vamos recapitular o que ouvi agora há pouco.... - Ele ameaça brincando.
Ela ri.
- Eu realmente não me lembro, professor... - ela diz, manhosa. - Seria muito bom se recapitulássemos cada etapa... Estou sofrendo de perda de memória recente.
- Opa... - Michael sorriu largamente chegando perto dela, com a mão na cintura da jovem - Podemos começar agora, se você quiser... - Sussurrou ele.
- Seria ótimo... - ela diz, chegando perto dele e mordendo seu lábio inferior. Beijando-o logo em seguida.
O casal vira a noite repetindo a mesma loucura de minutos atrás. Quando se sentem realmente saciados, o corpo pede o tão merecido descanso e juntos, adormecem um nos braços do outro.
Mandy desperta com os primeiros raios de sol que perpassavam a cortina do quarto. Sem abrir os olhos, ela sente um braço segurando-a possessivamente pela cintura e pernas entrelaçadas as suas. Ela sorriu e acariciou o braço que a apertava, por um momento pensando ser Jack.
Apenas por um momento. Levou questão de segundos para que sua mente começasse a relembrar de cada segundo vivido há poucas horas atrás. Mandy abriu os olhos rapidamente e se deparou com Michael dormindo serenamente ao seu lado. Seu corpo reagiu instantaneamente ao vê-lo, mas seu peito se encheu de culpa. Ela fez o que mais temera: tinha traído Jack e aquilo não tinha volta. O pior de tudo é que, apesar da culpa, ela não conseguia se arrepender de tudo o que fizera. Michael a levou a loucura literalmente, o que ele havia feito com ela naquela cama, nenhum homem havia feito até então.
Ela começou a se perguntar como conseguiria seguir a sua vida agora que estava sentindo-se completamente dividida. Seria capaz de ficar com Jack depois daquela noite? Seria capaz de manter silêncio e não contar nada? Seria capaz de nunca mais ir para cama com seu professor? Ela não tinha respostas. Decidindo que seria melhor se levantar e ir pra casa, ela começou a tirar suas pernas do meio das pernas de Michael e depois, cuidadosamente, tentou tirar o braço dele de sua cintura. Ele a prendeu e resmungou, voltando a dormir. Quando tentou de novo, ele afundou o rosto em seu pescoço e disse:
- Onde a princesa pensa que vai? - Murmurou.
- Pra casa... - ela respondeu no mesmo tom.
- Não vai não, ainda está cedo... - Disse manhoso, apertando-a contra o seu corpo.
- Mas eu preciso ir, Michael... Eu preciso ficar sozinha pra pensar em tudo o que aconteceu.
Ele suspira quente no pescoço dela.
- Foi por isso eu preferi te trazer pra cá... Por causa disso que você está sentindo agora.
- Eu sei... Mas acho que eu sentiria isso independente do lugar onde nós... Hm... Fizéssemos... - ela diz, sem saber como falar aquilo.
- Amor... - ele completa olhando pra ela. Levou a mão no rosto de Mandy a acariciando - Eu sei que você está mal agora, mas... Pensa em como foi bom, hm? Ontem foi a melhor noite que já vi e só foi assim por era com você, Mandy. Você é diferente das outras... Isso me enfeitiçou, princesa e depois do que aconteceu.. Não quero mais ficar sem você. - Michael disse direto e sem meios termos. Ele era assim quando gostava de alguém.
- Não pode mais ficar sem mim? Isso quer dizer o que, Michael? Que vou ser mais uma das mulheres que você enrola?
- Para de falar isso, por favor, Mandy. Não tem mais "outras mulheres"... Eu quero só você... Apenas você. - Repetiu olhando em seus olhos. - Quando vai acreditar em mim?
- É difícil pra mim em vários sentidos, Michael. A começar por Jack. Eu namoro com ele há tanto tempo... - ela murmura desviando o olhar.
Michael puxou Mandy pra si a abraçando forte e beijou sua cabeça.
- Não fica assim, minha princesa... Eu sempre vou estar aqui, ouviu?
Mandy se acomoda no peito de Michael e suspira.
- Eu não queria magoar Jack... Ele não merece, entende? Eu não me arrependo do que fizemos... Mas eu estou me sentindo muito culpada.
- Eu sei, isso é normal. Mas tenta relaxar e não pensar nisso agora, tá? - ele beija a cabeça dela.
- Okay.... - ela murmura e olha pra ele. - Aliás, que horas são? Você tem que trabalhar e eu tenho que estudar, professor Jackson. - ela sorri de lado.
- Bem lembrado, minha aluna dedicada. - Ele sorri - Vamos tomar banho e um bom café da manhã, não quero que sem se alimentar. Sua aula será pesada hoje depois de todo esforço de ontem a noite... - Michael sorriu malicioso.
- Realmente, fizemos muito esforço. Então, eu acho melhor o senhor não abusar de mim durante a aula... Ainda estou bastante cansada...
- Fazendo corpo mole, senhorita Lewis? - ele arqueou a sobrancelha - Só por isso vou passar trabalho pra casa. - Brincou.
- E que trabalho seria esse? Achar um parceiro de dança para praticar sua modalidade? - ela o provoca.
- Nada disso. E nem vem com gracinhas, - ele riu - eu sou seu único consultor. Qualquer dúvida é só chamar. - Piscou.
- Tudo bem... - ela diz, olhando para o relógio de cabeceira dele. - São seis e meia... Acho melhor levantarmos, porque eu demoro um ano para me arrumar.
- Mulheres... - Ele murmura rindo ao levantar da cama.
- Sim, mulheres! - ela exclama, rindo pra ele.
Os dois seguem para o banheiro e apesar de todas as investidas, Mandy não faz amor com Michael no chuveiro. Ela sabia que se aquilo acontecesse, eles não terminariam nem tão cedo e ela não queria se atrasar para a faculdade. Depois do banho, eles tomam café da manhã e Mandy segue para o seu apartamento para terminar de se arrumar.
As vinte para as oito eles saem juntos do prédio e quando chegam a faculdade, cada um segue para o seu canto, sem deixar que os alunos percebessem o quão próximos eles estavam depois da noite de ontem.
Uns três dias após rever sua tão linda ex-namorada, Thomas esperava uma ligação de retorno, ligação essa que ele pessoalmente solicitou a ela. Provavelmente Amanda ainda estaria magoada por ele ter deixado o país sem avisa-la enquanto namoravam; e poucos meses depois seu rosto estava estampado nos jornais ao lado de uma super modelo alemã. O título era garrafal que os dois tinham algo mais que amizade. Thomas pensava em tudo aquilo e não entendia porque tanto rancor se foi apenas uma aventura e nada mais. Decido a dar a volta por cima, ele dá alguns telefonemas. Duas horas depois ele já tinha o endereço e o telefone de Amanda. Sorrindo foi até sua adega particular, escolheu o melhor vinho e saiu convicto que naquela noite sua ex cairia em seus braços e suas graças.
Em seu apartamento Amanda lia alguns documentos no escritório. Burocracias da empresa, que ela chamava de "papel de gente grande" quando era criança e via sua mãe trabalhar. Ela vestia uma camisola de seda branco pérola coberto por um hobby da mesma cor. Estava um pouco tarde e o cansaço começou a bater, mas Amanda não desistia. Leria aqueles documentos e os assinaria até o fim. E assim se fez. Quando já havia desligado sua mente do mundo para dar conta do trabalho, escutou a campainha tocar. Assustou-se e logo que se recompôs vendo as horas. Era quase dez da noite. Sorriu e levantou da cadeira crente que Neal estaria do outro lado com aquele sorriso perigoso que sempre a desarmava para mais uma noite de incrível em sua visitinha surpresa.
Quando abriu a porta o sorriso que tinha se desmancha e logo franziu a testa confusa com aquele visitante inesperado.
- Thomas? - Ela disse.
- Olá, gata... - ele sorriu e mordeu o lábio inferior, olhando-a de cima a baixo. - Uau... Você está maravilhosa.
Amanda apertou o hobby contra o seu corpo tentando esconde-lo do olhar faminto do ex-namorado.
- O que faz aqui? Como conseguiu entrar? Aliás, como conseguiu meu endereço? - ela dispara séria.
- Gata, esqueceu quem eu sou? Thomas Belford, meu bem... E eu consigo exatamente tudo o que eu quero. - ele sorriu. - Não vai me convidar pra entrar?
- É... Infelizmente, sei muito bem quem é você. - ela disse o olhando com a velha mágoa no ar - Está tarde para visitas Thomas e estou trabalhando agora. Volte outra hora, no escritório, depois de marcar com minha secretária.
- Ah, princesa, não... Olha, eu vim em missão de paz. - ele diz, erguendo o vinho pra ela ver. - Vamos conversar? Quero saber tudo o que aconteceu no tempo em que estivemos afastados.
Ela cruza os braços e seu rosto fica irônico.
- Você quer saber de mim, agora? Ha ha ha... - riu sem humor - Me poupe do teatro, ok Thomas? Você nunca quis saber de mim durante todos esses anos... O que é? A Muriel te deu um pé no traseiro e você veio correndo pra ver se eu me derreto, foi?
- Não é nada disso, amor. - ele se aproximou dela e tocou em seu rosto. - A verdade é que, eu posso estar com qualquer mulher, pode ser a mais bela modelo... Você, Amanda, sempre vai ser a única que vai rodear meus pensamentos. Eu me afastei de você porque você estava querendo entrar em meu coração, eu fique assustado e fugi... Mas agora eu entendo que com certas coisas, não adianta lutar. - ele suspirou e balançou a cabeça. - Bem, eu estou aqui, no corredor do seu prédio, expondo meus sentimentos, mesmo sem você querer ouvir... Acho melhor eu ir embora, não quero atrapalhar você. - ele diz, pronto para se virar e sair dali.
- Droga, porque ele tem que fazer isso? – Amanda pensou. Suspirou já se odiando pelo que ia fazer. - Espera... - ela diz chamando a atenção dele e o viu se virar pra ela. - Você tem quinze minutos e nada mais.
Thomas assentiu e entrou no apartamento de Amanda. Ela o levou para sala e pediu para que ele se sentasse.
- Você tem taças? - ele perguntou, colocando o vinho da mesa de centro.
- Tenho, mas prefiro me manter sóbria perto de você. - Ela disse com sua acidez familiar sentando na poltrona ao lado do sofá. - Então, o que veio me dizer?
- Não digo enquanto não pegar as taças. - ele diz, encostando-se no sofá e cruzando uma perna sobre a outra. - E uma vez que estou aqui dentro do seu apartamento, gata... Nada vai me fazer sair daqui. - ele sorri
Amanda revira os olhos, e respirou fundo sabendo que aquilo era verdade. Ela levanta e vai pegar as taças na cristaleira da cozinha. Volta e as coloca sobre a mesa de centro.
- Aqui estão as taças, Thomas... Enfim, você pode continuar seu assunto.
Ele abre o vinho e coloca nas taças, dando uma para Amanda e pegando a sua, tomando um gole.
- Primeiramente... O que tem feito durante esse tempo, Amanda?
- Eu trabalhei. Minha mãe faleceu e agora trabalho mais ainda. - Ela diz curta e grossa. - E você, fez o que nesse tempo fora azarar o universo inteiro das super modelos?
- Amanda, desse jeito você me ofende! - ele diz, sorrindo de lado. - Eu viajei, tive tomar conta de algumas coisas da empresa do meu pai... Mas a verdade é que durante todo esse tempo, você não me saiu da cabeça. O que fez comigo, Amanda?
- Eu? Eu não fiz nada. - Disse alto e depois murmurou bebendo o vinho – Eu fazer alguma coisa com você... Até parece. - Voltando à atenção pra ele, disse - Seus pais como estão?
- Estão bem... Também sentem a sua falta. Viu só? Você contagia a todos, Amanda... E me enfeitiçou, completamente.
Amanda cruza a perna e suspira com um sorriso sem humor.
- Você é muito cara de pau, Thomas...
- Eu? Por quê?
- Vir aqui e se declarar todo apaixonado depois de três anos longe... Desculpa Tom, mas quem não te conhece que te compre, querido. - Ela disse dando um gole no vinho, pois estava uma delicia. O filho da mãe sabia escolher vinhos como ninguém.
Thomas sorriu e saiu da poltrona onde estava sentado, indo em direção a Amanda e sentando-se ao lado dela.
- Mas eu estou sendo sincero, Amanda... - ele disse sério, puxando o rosto dela para que se olhassem nos olhos. - Eu sinto tanto a sua falta, gata...
Amanda suspira brevemente olhando pra ele. Memórias de um passado retornam fortes junto com a imagem do presente, Neal. Ela engole em seco.
- Eu... Eu não posso Tom, não mais. - Ela diz, sentindo o coração pesar a imagem de Neal, sua escondida aventura de amor.
- Não pode o que, Amanda? - ele perguntou, passando as pontas dos dedos pela perna dela.
- Você... Nós... Eu não quero sofrer mais Tom, já superei traumas demais na minha vida. - Ela disse afastando a mão dele - Não vou passar por aquilo de novo.
Thomas chega perto dela e beija seu pescoço lentamente, subindo até chegar a sua orelha.
- Ah, gata... Eu prometo que não irá se arrepender...
Amanda só tem tempo de soltar um suspiro, antes de Thomas tomar seus lábios. Ele começou lentamente, sugando seu lábio inferior, até começar a beijá-la com vontade, colocando a mão em sua nuca e massageado seu couro cabeludo, do jeito que ele sabe que ela gosta.
Quando o ar se fez necessário, ele se afastou e desceu os lábios por seu pescoço, passando a mão por suas pernas e subindo um pouco a sua camisola.
- Diz pra mim que você não quer, Amanda... Diz... - ele sussurrou contra a pele dela
- Eu... Eu nã... - Ela tentou dizer, mas a velha chama e as memórias a impediam de ser racional agora.
- O que? Eu não escutei, Amanda... - ele sussurrou, subindo as mãos até tocar em sua intimidade por cima da calcinha.
- Tom, não.... - ela disse afastando a mão dele dali e levantando da poltrona aturdida e completamente confusa. - Acho que está na hora de você ir...
Thomas se levanta e vai atrás dela. Ao vê-lo se aproximando, Amanda dá dois passos pra trás se encosta a parede próximo a escada. É a deixa para Thomas. Ele se aproximou lentamente, olhando para ela com todo o desejo que sentia naquele momento. Quando ficou a centímetros perto do corpo de Amanda, ele a pegou pela cintura, grudando seus corpos.
- Eu sei que você quer, Amanda... E você também sabe disso... Apenas vamos esquecer o passado e pensar apenas no presente. Eu preciso de você.
Olhando pra ela mais uma vez, Thomas aproximou seus rostos e a beijou com carinho e fogo, sentindo as mãos dela irei direto para sua nuca, puxando-o para si. Ali ele já sabia que ela estava totalmente entregue a ele.
Sentindo a necessidade mais, ele desfez o laço de seu hobby e o tirou, jogando-o no chão. Passou a mão por toda a lateral do corpo dela, sentindo como a textura da mais fina seda combinava perfeitamente com aquela pele macia. Desceu os lábios pelo pescoço dela, indo até os ombros, onde desceu cada alça da camisola. A mesma desceu com facilidade pelo corpo de Amanda, indo para o chão rapidamente. Agora ela usava apenas uma calcinha de renda branca, que não cobria quase nada.
- Parece que os anos a deixou ainda mais sexy, Amanda. Porra... Eu vou ficar louco desse jeito, baby!
Ela apenas sorriu e o puxou para si, despindo-o da camisa e logo depois indo em direção a calça, onde se desfez da braguilha com dificuldade, por conta da enorme ereção de Thomas, que já fazia a calça se esticar para comportar sua excitação. Ele a puxou para si novamente, beijando-a e com um impulso rápido, colocando-a em seu colo. Amanda circundou a cintura dele com suas pernas e puxou o cabeço dele próximo a nuca, fazendo-o olhar para ela. Sem esperar mais nada, o beijou com força, colocando ali tudo o que tinha reunido dentro de si.
Thomas sorriu diante da raiva que ela colocou no beijou e foi andando em direção as escadas.
- Onde é seu quarto, gata?
- Lá em cima... À esquerda.. - Ela responde, ofegante.
Thomas seguiu a direção em que ela indicou, beijando seu pescoço. Abriu a porta do quarto e a fechou com o pé, andando em direção a cama, onde a colocou deitada. Amanda se posicionou nos travesseiros e olhou para Thomas, vendo-o se despir da calça e dos sapatos, ficando apenas de cueca boxer preta. Ela suspirou; aqueles anos sem se vê o fez ficar ainda mais bonito. Sorrindo de lado, ele subiu na cama e engatinhou, parando em seus pés. Ele beijou cada um deles, subindo pelos tornozelos e pernas, passando pelas coxas e plantando um pequeno beijo em sua intimidade, por cima da calcinha, como se dissesse que ainda voltaria ali para levá-la a loucura. Subiu pela barriga dela e chegou aos seus seios.
Ele sempre gostou deles e fazia questão de deixar isso bem claro quando faziam amor. Lambendo os lábios, ele os beijou e acariciou com as mãos. Primeiro um e depois o outro, chupando-os até estar com os mamilos arrepiados, coisa que não demorou muito. Amanda gemia e ofegava a cada vez que ele mordia, lambia e depois assoprava, vendo-a se contorcer. Aquela área específica de seu corpo era bastante sensível e Thomas sabia disso. Ele se aproveitava de cada uma de suas fraquezas.
Olhando pra ela, Thomas e virou e deitou-se sobre a cama, vendo Amanda suspirar sem entender.
- Eu quero que você tire sua calcinha e se ajoelhe aqui, amor... - ele disse, apontando o lado de sua cabeça. - Agora.
Amanda estreitou os olhos pra ele e sorriu balançando a cabeça. O safado não tinha mudado em nada. Fazendo o jogo dele Amanda desceu a calcinha bem devagar vendo os olhos dele brilhar pra ela. Ao ficar livre ela se posiciona como ele pediu.
A cabeça de Thomas agora estava no meio de suas pernas. Amanda conseguia sentir a respiração quente dele bem perto de sua intimidade.
Amanda olhou para baixo e o colocar a língua pra fora para lambê-la. O gemido que escapou de sua garganta foi alto, a partir do momento em que ele começou a chupá-la, pondo a mão em sua cintura. Ela movia os quadris de encontro a ele, esfregando-se em sua boca e sentindo o prazer tão bom que ele estava lhe proporcionando. Apoiando-se na cabeceira da cama, ela chamou por seu nome em alto e bom som quando ele segurou em seu bumbum e a puxou para baixo, penetrando-lhe a língua. Amanda rebolou pra ele e Thomas gemeu, fazendo a vibração de sua voz chegar ao clitóris dela. Foi o estopim. Amanda sentiu tudo por dentro se remoer, enquanto gozava desesperadamente pra ele.
Sentindo o corpo mole por conta do forte orgasmo, Amanda saiu da posição com a ajuda de Thomas, que a colocou deitada a seu lado. Ele sorriu ao vê-la tão vulnerável e beijou seu pescoço com lentidão.
- Isso foi bom, gata? - perguntou em seu ouvido.
- Eu te odeio... - murmurou sorrindo, ofegante.
- Isso quer dizer que foi muito bom? - ele riu
- Você sabe que sim... - Ela disse não querendo dar o braço a torcer. - Você diz que fiquei mais sexy com os anos, mas você ficou mais safado... - Ela riu de lado.
- Eu sei disso, gata... - ele murmurou, passando a ponta dos dedos pelo seu mamilo rígido. - Adoro vê-la toda louca pra mim...
Ela sorriu daquele descaramento, até sentia falta dele durante o tempo que esteve sozinha. Thomas era especial porque tinha sido “o primeiro”. Amanda consumou sua maturidade sexual com a ajuda do na época namorado. Então como esquecê-lo? Amanda agora olhava sem acreditar que o deixou entrar e muito menos estar ali.
- Você é um sem vergonha, Tom... Um sem vergonha que eu não consigo me livrar... - Ela diz tocando o rosto dele e apertou no fim da frase.
- Eu sei, gata... E você nunca vai se ver livre de mim.
Sorrindo, ele tirou a cueca e pegou um preservativo que estava no bolso de sua calça. O vestiu na frente Amanda, deixando-a ver o quanto ele estava excitado por causa dela. Amanda suspirou e o viu se sentar ao seu lado, perto da cabeceira da cama.
- Sente-se aqui, amor... - ele chamou, apontando com o olhar para o seu membro.
Como se tivessem apertado um controle de comando, Amanda se levantou e foi em direção a Thomas, acomodando-se em seu colo. Ele a segurou pela cintura e forçou seu quadril para baixo, encaixando-a em seu membro rígido. Gemeram e ofegaram quando ela começou a se movimentar sobre ele, sentindo-o pulsar dentro de si. Cada célula de seus corpos estavam em alerta, fazendo-os sentir todo o prazer que aquele ato poderia oferecer.
Pegando em sua cintura, Thomas começou a comandar os movimentos, fazendo-a subir e descer em seu colo. Ele ia fundo naquela posição e Amanda se segurou em seus ombros para pegar o ritmo, praticamente voando em seu colo. Tudo era intenso demais para os dois. Quando ele começou a alternar o ritmo de seus quadris com mais pressão, Amanda jogou a cabeça pra trás e gemeu alto, sentindo-o ir e voltar rapidamente no ponto que a deixava louca. Foi demais pra ela. Movendo-se rapidamente, ela sentiu tudo dentro de si se repuxar e contrair, enquanto sentia o orgasmo a tomar por completo. O prazer dela foi o seu prazer e Thomas rugiu alto ao gozar junto a Amanda.
Amanda caiu sobre o peito de Thomas, que a abraçou docemente.
- Isso sim foi bom, amor... - ele sorriu, ofegante
- Hurum... - Ela concorda suspirando e sentindo o perfume gostoso emanar dele.
Thomas sorriu pela preguiça dela e cuidadosamente a tirou de cima de si, colocando-a deitada na cama. Ele tirou a camisinha e a descartou no pequeno lixo que tinha ao lado da cama de Amanda e se deitou com ela, acariciando seu rosto.
- Acho que alguém está com sono... - ele murmurou, olhando pra ela.
- Culpa sua... - Ela murmura de olhos fechados pelo peso do sono.
Ele sorriu e a abraçou.
- Então eu acho melhor fazer alguém dormir... Eu vou embora quando você pegar no sono, certo? - ele disse.
Amanda apenas assente com a cabeça. Estava sem forças pra responder qualquer coisa, verbalmente.
Thomas espera até que ela comece a respirar normalmente e isso acontece alguns minutos depois. Ele dá um beijo leve em seus lábios e se levanta, vestindo a roupa. Dando mais uma olhada nela, ele sai de seu quarto lentamente e logo depois de seu apartamento.
Amanda desperta ao toque alto de seu despertador. Ainda com a mente apagada pelo sono, ela se levanta e segue para banheiro. Apenas quando se olha no espelho e nota algumas pequenas manchas vermelhas em seus seios, é que ela se lembra exatamente da noite anterior. Havia transado com Thomas, o cara que a havia abandonado a três anos atrás.
Bem... Não era um erro, né? Ou era? E não foi de todo ruim... Na verdade, não teve nada de ruim. Thomas estava muito melhor do que antigamente, isso ela tinha que admitir. Lembrou-se de Neal e sentiu o coração se retesar, mas ficou leve ao pensar que ele não saberia de nada. E também não fora uma traição de qualquer forma, visto que, como ele mesmo dizia, eles tinham um caso "sem compromisso", ou seja, não era um namoro e ela podia sim transar com quem quisesse. Foi direto para o box e tomou um banho calmo. Vestiu-se e maquiou-se, descendo logo depois e tomando um café tranquilamente. Quando viu que estava na hora, seguiu para a empresa. A manhã foi preenchida por reuniões e só na parte da tarde ela teve um descanso. Depois de almoçar, ela voltou ao escritório e foi direto para o banheiro, retocar a maquiagem e escovar os dentes.
Neal passou por Bella e lhe desejou uma boa tarde sem ser respondido. Ela não era idiota, sabia muito bem que Neal estava transando com sua chefe e aquilo a deixava irritada. Até ontem ele estava dando em cima dela, como podia trocá-la de uma hora pra outra?
Sem se importar com a falta de educação da secretária de Amanda, Neal entrou no escritório e viu a luz do banheiro acesa por debaixo da porta. Sentou-se em uma das poltronas e segundos depois ouviu batidas na porta. Sabendo que Amanda não ouviria, ele se levantou e atendeu.
- Olá, Bella... - ele sorriu de lado, mas franziu o cenho ao vê o enorme buque de rosas vermelhas e brancas que ela segurava em seus braços. - O que é isso?
- Um buquê, não está vendo? - ela respondeu, ríspida e logo depois respirou fundo. - É para Sra. Lewis.
- Hm... Certo, eu entrego a ela.
Bella entregou o buquê nas mãos de Neal e saiu andando sem ao menos pedir licença. Neal revirou os olhos; realmente ele tinha mais o que fazer para se preocupar com a secretária rebelde de sua amante. Foi até a mesa de Amanda e colocou o buquê lá em cima, vendo o cartão branco que estava entre as flores. Sem mais poder resistir, ele pegou o cartão e o abriu.
"Querida Amanda, a noite de ontem fora simplesmente incrível. Ficar ao seu lado e ter seu corpo junto ao meu depois de tanto tempo é algo que me deixa incrivelmente esperançoso por mais. Espero que possamos repetir isso por muito mais vezes, gata. Você sabe, adoro você. Beijos de um cara apaixonado e fissurado em você. Thomas Belford."
Amanda sai do banheiro ajeitando a saia lápis azul royal junto a camisa branca com laço na gola. Logo que ergueu seus olhos, eles encontraram os de Neal. Estavam em chamas e não era de desejo. Rapidamente ela percebeu o porquê quando viu as lindas flores na mesa e um cartão branco nas mãos dele. Engolindo em seco não conseguiu dizer uma única palavra, apenas observava o clima que rapidamente ia ferver.
- Olá, Amanda... Olha, flores pra você. - ele diz, sorrindo sem humor e logo depois voltando a ficar sério. - E veio com um cartão bem interessante.. Sua noite foi boa?
Amanda respira fundo. Ela tinha que enfrentar o que viria. Silenciosa foi sentar-se em sua cadeira macia de couro negro.
- Minha noite foi... bem, Neal. Obrigada por receber minhas flores e ler o meu cartão.. - ela disse, olhando pra ele.
- De nada, querida... - ele diz, olhando pra ela. - Bom saber que sua noite só foi "bem", como você diz. Isso me prova que na cama, eu sou muito melhor do que esse merdinha! - ele jogou o cartão com força em cima da mesa. - Da próxima que for pra cama com ele, me avise, assim eu posso fazer o mesmo com qualquer outra mulher. Direitos iguais, não é?
O que estava querendo dizer com direitos iguais? Será que ele já tinha outra? Amanda sentiu o sangue ferver nas veias com aquelas palavras.
- Neal, pare com isso, eu não premeditei nada! Você mesmo disse que nossa relação era "sem compromisso" e que poderíamos ficar juntos sempre que desse vontade... Agora você fica aí todo estressado? Sinceramente eu não entendo isso. - ela diz o encarando firme.
- Ontem esse filho da puta veio aqui e eu disse a você que eu não queria que você transasse com ele. Eu estou apenas com você durante esse tempo todo, Amanda e você sabe disso. Não deveria ter ido pra cama com ele, por mais que não tenhamos um compromisso firmado. Como iria se sentir se qualquer mulher chegasse aqui e falasse que a nossa noite tinha sido ótima? Indiferença, com certeza, não seria uma coisa que você iria sentir!
Amanda se sente mal por ele, mesmo sabendo das condições que tinha. Ela não achava que Neal estava somente com ela depois do episódio com sua secretária, mas ouvir da boca dele isso, doeu lá dentro. Ele não tinha outra.
- Eu sinto muito por isso, Neal... Eu não sei o que dizer, é tanta coisa... - Amanda busca palavras que pudessem consertar a situação, mas ele a interrompe.
- Ah sim, eu posso entender você, Amanda. - ele diz em um tom sarcástico. - Mas já entendi como você vê o nosso relacionamento... Vou passar a fazer o mesmo. - ele diz, se levantando. - Se precisar de mim, profissionalmente, me chame, Sra. Lewis. - ele diz e sai da sala sem esperar pela resposta dela.
Michael aplica sua aula, dessa vez sem demonstrações com Mandy. Ele não era tolo, sabia muito bem quem Mandy era e o que representava aos olhos de todos. Uma coisa era pegar a desconhecida da Meg e todos saberem. Outra bem diferente era ficar com Mandy Lewis, que ainda por cima, namorava Jack Peterson.
Mesmo sem chamá-la para uma demonstração, ele sempre olhava pra ela e sorria e recebia resposta. Meg ficava de longe os observando e sabia muito bem que algo estava acontecendo ali. No fim da aula, todas as meninas saem da sala de dança e Mandy acaba ficando por último, enquanto mexia em sua bolsa a procura de seus fones de ouvido. Concentrada em sua busca, ela apenas presta atenção ao redor quando sente os braços de Michael em sua cintura e sua voz sussurrada em seu ouvido:
- A princesa já quer fugir, é?
Mandy riu.
- Sim, eu vou... Por que, vai me prender até depois do horário, professor? - ela perguntou, olhando pra ele de relance.
- Quem sabe... - ele diz beijando o pescoço dela - Poderíamos repassar alguns passos, hum? O que você acha? - Falou sexy no ouvido.
- Eu acho que o senhor gosta de correr riscos... Estamos na escola, esqueceu? - ela murmura arrepiada com os beijos dele.
- O perigo é gostoso, princesa... Vem dançar comigo, vem... - Ele passa a mão pela coxa de Mandy.
- Michael.. - ela morde o lábio. - Não faz isso, mais tarde dançamos lá em casa...
Michael a pega pela mão virando pra ele. A encarou bem e puxou para o centro da sala. Em posição de dançar, Michael alisou o corpo de Mandy. Fez com se projetasse para trás.
Mandy joga o corpo com os olhos fechados. Quando retornou aos olhos de Michael, eles queimavam.
- Você é perfeita... Toda perfeita... - Michael disse a segurando firme pela cintura.
Mandy suspirou e Michael sorriu. Ele aproxima o rosto chegando bem perto dos lábios dela. A jovem novamente suspira ansiosa esperando o beijo, mas ele faz uma breve pausa. Mandy franze a testa e Michael sorri acabando com o espaço entre eles. O beijo já começa quente desde o início. Mandy o abraça pelo pescoço levantando os pés. Seus corpos vão se encaixando mais e logo o casal estava encostado no espelho dando amassos quentes.
O casal está tão concentrado em si que não percebe a entrada de alguém na sala. Meg fica perplexa com a cena, mas ao mesmo tempo sente uma confirmação para suas suspeitas. Michael está pegando sua ex melhor amiga. Com inveja e raiva ela começa a bater palmas e ironicamente fala:
- Parabéns... Linda apresentação de vocês! Merecem um prêmio...
Michael e Mandy se separam no mesmo instante e encontram Meg cruzando os braços. Ela sorria cinicamente. Sem ter o que falar, Mandy olha pra Michael, ouvindo-o dizer:
- E você deveria bater antes de entrar. O que quer? - ele diz, sério.
- Eu vim buscar minha jaqueta, mas... Acho que te atrapalhei, né? - ela olha pra Mandy agora - Ei, as aulas particulares são ótimas, aposto que seu noivinho vai adorar o resultado disso.
- Pelo o que eu saiba você não tem nada haver com a minha vida, muito menos com minha relação com Jack. - Mandy diz, sem se abalar
- É ai que você se engana, fofa.. O que eu vi aqui é fato e nunca vai voltar atras. Jack não te merece, você o traiu com esse ai... - olhou para Michael dizendo ressentida - Vocês se merecem.
- Meg! - Michael falou alto - Pega sua jaqueta e saia daqui, por favor.
- Eu vou mesmo e podem continuar os amassos de vocês... Eu não vou mais atrapalhar. Adeus, fofos. - ela pega sua jaqueta, sorri de lado e sai da sala com um plano maligno na mente.
Quando Meg sai, Mandy se vira pra Michael, aflita.
- Ela vai contar pra Jack, Michael. - ela disse, com medo.
- Não, ela não seria louca a esse ponto... - Michael fala tentando acalma-la.
- Ah, ela seria sim. - Mandy riu sem humor. - Principalmente porque ela sempre quis ficar com Jack. Ela não vai perder essa oportunidade, Michael.
- Então saiba que estou com você, independente do que aconteça... - ele diz passando segurança.
Mandy assentiu e o abraçou.
- Eu vou pra casa agora... Vou ligar pra Jack e tentar conversar com ele antes que Meg consiga isso. - ela diz.
- Okay. Você está de carro?
- Estou... - ela diz, pegando sua bolsa. - Nos vemos mais tarde?
- Claro, eu apareço lá mais tarde. - ele toca o rosto dela com carinho - Fica bem, ta? Você não esta sozinha.
- Tudo bem.... - ela sorri de lado e da um beijo no rosto dele, tímida. - Até mais tarde, professor.
- Ate mais tarde, minha princesa. - ele disse e deu um selinho nos lábios dela.
Mandy vai embora com o coração pesado. Meg estava certa em uma coisa: Jack não merecia aquilo. Entrou no carro e colocou a música bem alta, tentando dissipar seus pensamentos, mas nem isso conseguia mudar o rumo de seus pensamentos. Chegou em casa e a primeira coisa que fez foi se jogar no sofá e pegar seu celular. Discou o número de Jack e seu coração pulou no peito quando ouviu a voz grave dele:
- Oi. - respondeu seco.
Mandy fechou os olhos e suspirou. Só pelo tom dele ela já tinha certeza de que ele sabia de tudo.
- Oi, Jack... - ela murmurou, sem ter muito o que dizer. - Tudo... Hm... Tudo bem?
- Deveria, mas não está. - disse duro e se pôs a falar - O que você estava pensando, hum? Acaso achou que o romance ia durar e o trouxa aqui nunca fosse descobrir, não é?
- Jack... Me deixa explicar... - ela tenta falar mais ele a interrompe
- Explicar o que Mandy? Eu vi tudo! Vi o quanto você se dedica a essa porra de faculdade de dança, que eu sempre odiei sem saber por que. - ele fala com raiva - Agora está explicado porque você adora, você um caso com o filho da puta do professor, não é? E o pior é que eu não acreditei, não queria ouvir que a mulher que eu amava, a mulher que seria minha esposa estava se entregando a outro... - Jack toma fôlego - Eu só acreditei ao ver as malditas fotos que a vadia da sua amiga me mandou.. Só por isso.
- Meg te mandou fotos? - ela perguntou, atordoada. - Jack, isso não vem acontecendo há tanto tempo, na verdade, começou ontem e eu... Eu ia te ligar e contar o que estava acontecendo, eu estou tão confusa e com os sentimentos divididos... Eu sei que você não merece nada disso, eu sei, mas eu sinto muito... - ela diz, começando a chorar. - Eu nunca quis te magoar, Jack, eu juro...
Jack sente a dor da raiva aumentar.
- Você sente? O traído fui eu, Mandy! Fui feito de idiota por alguém que eu confiava plenamente. Não me interessa se foi um dia ou um ano, você fez! - ele disse sentindo as lágrimas descerem - O que eu te fiz, hã? Faltou alguma na relação? Anda, me diz!
- Não faltou nada, Jack... - ela diz, chorando também. - Eu sei que o que eu fiz não tem perdão e eu não vou pedir isso a você, porque sei que é muito mais do que pode me dar. Eu só... Sinto muito, Jack, eu nunca quis te causar dor, você não merece isso e eu sei. Eu espero que você encontre alguém que dê a você o valor que você merece, porque eu só fui uma idiota que te magoou...
Jack a ouve sentindo o coração se partindo em mil pedaços. Silenciosamente ele chorava.
- Eu amei e amo você, mas isso foi demais pra mim, Mandy. E eu preciso ficar sozinho agora...
- Okay... - ela murmura. - Eu gosto muito de você, Jack. Fica bem... - ela diz.
Ele suspira engolindo o choro na despedida.
- Não estou agora, mas vou ficar... Adeus, Mandy. - Ele diz com a garganta apertada
- Adeus, Jack... - ela sussurra, desligando o telefone.
Jack também desliga o telefone desabando em seguida. Ele chora compulsivamente, pois tinha ouvido da própria namorada que aquele pesadelo era verdade e isto doía demais. Chorou a tarde toda, mas quando se recompôs tentar pensar como sua vida iria pra frente a partir de agora.
Amanda segue com os compromissos do dia com o perfeccionismo de sempre. Na reunião com os designers acompanhou as novas ideias e apontou mudanças necessárias em outras. Neal se manteve em silencio e respondeu apenas quando solicitado. A magoa estava estampada em sua testa. Amanda o observava atenta, será que seus sentimentos eram verdadeiros? Será que ele sairia mesmo com outras apartir de agora? Este pensamento a pegou ate o fim do expediente. Na saída ela o viu conversando com Bella. Ela o encarou firme, mas não fez reação alguma, Neal pelo contrario, tocou o braço da secretária com intimidade. Amanda respira fundo e se dirige pro seu carro com um nó na garganta.
No trajeto de volta pra casa sentiu uma vontade enorme de ligar para a irmã. Sentia que Mandy precisava dela. Então ela liga o celular no dispositivo de vivaz a voz do carro e depois de quatro toques sua irmã finalmente atende:
- Alô? - ela responde com a voz sussurrada e chorosa.
- Mandy, sou eu. Senti vontade de ligar aí e... Você estava chorando? - ela diz percebendo o tom dela.
- Jack descobriu tudo, Amanda... - ela disse, voltando a chorar com mais força.
- Como assim May... Ele descobriu o que?
- Que Michael e eu transamos...
- Vocês o que? - Ela disse com a voz aguda - Que loucura é essa, Mandy? O que esta acontecendo pelo amor de Deus. - Amanda fala aflita.
- Aconteceu ontem, mana... - ela diz. - Ele veio aqui em casa e... Eu juro que tentei, mas eu não resisti. Quando vi, já estava acordando na cama dele.
- Jesus amado, Mandy! - falou perplexa - Mas... Oh Deus... Estou indo aí e você vai me explicar tudo. Chego em quarenta minutos, o transito esta enorme aqui.
- Okay, eu te explico melhor quando chegar aqui. - ela diz.
Amanda desligou o telefone e continuou presa no trânsito por mais meia hora. Quando finalmente chegou ao apartamento de Mandy, foi recebida com a cara de choro da irmã.
- Entre... - Mandy diz, dando espaço pra ela passar.
Amanda já suspira ao vê-la.
- Vim o mais rápido que pude... - Amanda fala.
Mandy assentiu e voltou a se deitar no sofá, abraçando a almofada.
Amanda se sentou em uma poltrona na frente dela e a olhou com atenção, falando:
- Como aconteceu, May?
- Michael veio aqui em casa... Nós ficamos conversando e como sempre ele desviou o assunto e me pediu uma chance, disse que eu era diferente e isso o encantava... Eu disse não, Amanda, eu juro que disse, mas então ele me beijou... Nós fomos pro apartamento dele e... Sexualmente falando, aconteceu a melhor noite da minha vida. - ela diz.
- Mandy, mas e o Jack? Vocês eram namorados, praticamente noivos... - Ela diz trazendo a realidade de volta.
- Eu sei. Eu estou muito dividida, Amanda, eu ia ligar pra ele hoje e dizer que precisava de um tempo, mas aí... Depois da aula, Michael me chamou pra dançar e acabamos nos beijando na sala de dança. Meg entrou e viu tudo. Eu vim correndo pra casa porque eu sabia que ela ia contar a ele, mas quando cheguei em casa foi tarde demais. Ela não só contou, como mandou fotos... Ele estava arraso, Amanda, de um jeito que nunca vi. Eu não queria magoá-lo, você sabe disso.. Ouvi-lo daquele jeito acabou comigo.
- Eu posso imaginar, minha irmã e confesso que estou com muita raiva desse Michael, e não é de hoje, você sabe. Meg foi uma sem vergonha, mas ele fez pior... Acabou com seu namoro... Olha, se eu encontrar com ele nem sei o que vou fazer... - Amanda falou com raiva.
- A culpa não é totalmente dele, Amanda. Eu fui pra cama com ele porque quis, ele não me obrigou a nada. - ela diz.
Amanda levanta encarando a irmã.
- Eu não acredito que esteja defendo ele, Mandy! Se estiver, olha... - ela respira fundo.
- Eu não estou defendendo, Amanda, mas também não estou o culpando. Ele poderia dar em cima de mim o quanto quisesse, não é ele que tem um compromisso, sou eu. Eu é quem não deveria me sentir atraída por ele, muito menos ter ido pra cama com ele. E, sinceramente? Eu não consigo me arrepender de ter... Transado com ele. Eu me arrependo por ter magoado Jack.
- Meu Jesus... - ela exclama e olha pra caçula - Esse cara te drogou, Mandy? Pra te dar uma fissura dessas só fazendo alguma coisa, um feitiço, sei lá...
- Sim, ele fez. Ontem a noite, ele me enfeitiçou. Amanda... Ele é muito bom nisso, agora eu entendi porque as vacas ficam gritando a noite inteira! - ela revira os olhos. - E ele é um cara legal também. Primeiramente não parece, porque ele é irritante também, mas ele é muito legal. Eu gosto dele...
Amanda passa a mão nos cabelos e senta novamente.
- Já que ele fez tudo perfeito... Até te convencer que aquele baixaria eram inofensiva ele conseguiu, meu Deus. - suspirou - Bem Mandy, eu como sua irmã tenho que alerta-la a tomar cuidado com esse cara, por que ele seja ''legal'' e faça um bom sexo... Ainda é um estranho e não sabemos quem ele é...
- Eu sei disso, Amanda, não é como se eu fosse entregar a minha vida pra ele... - ela murmura. - Mas vamos mudar de assunto? Quero sair um pouco desse clima... Como você e o Grey estão? Fogo puro, ainda?
- Fogo... rum! Ele virou um vulcão hoje. Te contei que o Thomas voltou?
- Thomas voltou? Como assim? - Mandy pergunta, sentando-se no sofá. - Quando essa coisa apareceu?
- Semana passada, no escritório. Eu estava em reunião com Neal e ele aparece de repente. Quase morro, eu não sabia o que falar ou dizer. Neal mudou a cara na hora porque, você sabe como Thomas se comporta né? - Ela revira os olhos e continua - Pois bem, o fantasma voltou mana e pra completar.... Ele foi em casa ontem... - Amanda faz uma pausa nervosa e morde o lábio, tensa.
- E... - Mandy a induz a continuar.
Amanda respira fundo.
- Ele levou um vinho e... Falou umas coisas... - Ela morde o lábio novamente - Eu não o que esse maldito faz comigo Mandy... Ele... Argh! Nós transamos. Pronto, falei.
- Vocês o que? - Mandy pergunta, atordoada. - Amanda, você é louca? Depois de tudo que aquele infeliz fez, depois de ter sumido durante três anos, você vai pra cama com ele? O que deu em você?
- Eu não sei o que aconteceu Mandy... Ele falou tanta coisa.. - Ela murmura. - Me sinto tão idiota, mas o pior não foi isso... - ela pausa e continua - Ele me mandou flores no escritório, só que eu estava no banheiro escovando os dentes e quem as recebeu foi o Neal.... E tinha um cartão junto praticamente "desenhando" como foi a noite de ontem...
- Ah meu Deus do céu... Vai me dizer que perdeu o gostoso do Neal, Amanda? - ela pergunta, cruzando os braços. - O que você tem na cabeça? Obviamente, Neal não gostou nada daquilo, né?
- Não, ele não gostou nada e me senti péssima com o que disse. Mas ele mesmo disse que não tínhamos um compromisso mana... Eu sinceramente não achei que estivesse levando isso a sério. Eu te contou o que aconteceu com a Bella, lembra? Então, daí quando ele viu o cartão foi como se estivéssemos namorando, sei lá... Acho que sou uma idiota completa, só isso. - Ela diz desanimada e triste.
- Amanda, vocês estão ficando a quase dois meses, é normal que ele fique com ciúmes e que comece a gostar de você. Tudo começa assim, por mais que vocês já estejam em um nível avançado do relacionamento, é óbvio que ele ficaria magoado com isso. Como tenho certeza que você também ficaria magoada se fosse ele com outra garota.
- Ele disse isso pra mim também... - ela murmura com o olhar baixo. - Eu gosto dele também May e não é só por causa daquilo... Gosto do que ele causa em mim, sabe... Ele tem mistérios e um certo perigo nos olhos... Eu gosto disso. Gosto do perigo, você sabe. - Amanda fala corando.
- É, eu sei. Mas no momento eu acho que você deve conversar com Neal e tentar resolver essa situação. Tenho certeza que logo estarão bem de novo e dê um basta pra lá de vez no Thomas! Assume a empresária que há em você e o trate como se fosse um contrato rompido.
A noite com Thomas tinha sido perfeita, como nunca antes. Neal se mostra o rebelde que a tirou da prisão de si mesma. O que fazer... O que fazer? Amanda engole em seco e suspira.
- Eu não sei o que fazer mana... Adoro o Neal, ele é muito especial pra mim, mas Thomas ter voltado e ter me tratado como fez ontem foi... Bom. - Mandy muda até a expressão ao ouvi-la - Não me olha assim vai... Me sinto como uma garota inconsequente...
Mandy revira os olhos e suspira.
- Amanda, trocar Neal por Thomas é sim uma coisa inconsequente. Poxa, você sabe como Thomas é, sabe o que ele fez. Aí você volta pra ele, ele some e você perde o Neal... Como fica? É melhor você nem pensar em ficar com ele, eu juro que bato em você se fizer isso!
Amanda arregala os olhos e pisca duas vezes. Sua irmã parecia falar bem sério e Mandy tinha razão. Thomas não era um cara de se "amarrar" a ninguém.
- Certo May, você tem razão. Eu vou conversar com Neal e pedir desculpas pelo que aconteceu. Espero que ele não tenha feito nenhuma besteira porque, quando eu estava saindo da empresa o vi conversando com a Bella e quando me viu fez questão de me provocar com aquele olhar desafiador. Minha vontade foi de ir lá, mas o cartão de hoje me tirou a razão para reclamar de qualquer coisa. Que merda!
- Ainda bem que você sabe que não tem que reclamar de nada. - Mandy diz. - Eu não sei porque, mas sempre nos complicamos com homens... - ela murmurou, voltando a ficar tristonha. - Faz chocolate quente pra gente enquanto eu tomo banho? Estou triste e você sabe que quando fico assim, só chocolate pra ajudar...
- Ai mana, somos duas mulheres sem sorte. Graças a Deus que chocolate é nossa salvação. - Amanda disse levantando da poltrona - Vai lá baby, quando voltar nossas xícaras estarão prontas.
Mandy foi para o seu quarto tomar um banho quente e demorado, enquanto Amanda seguia para a cozinha. Estava pegando as coisas para fazer o chocolate quente, quando ouviu a campainha tocar. Foi até a porta e sem.
Foi até a porta e sem olhar pelo olho mágico, a abriu, encontrando um homem que nunca tinha visto.
- Boa noite... É.. Mandy está? - Michael diz olhando aquela mulher diferente na porta.
- Boa noite, ela está sim, mas... Quem é você? - Amanda diz olhando-o.
- Me chamo Michael. - Ele diz abrindo um sorriso.
Michael... Ah Michael. Esse nome ressoa na mente de Amanda como alarme de incêndio. Ela o encara de cima abaixo vendo a curiosidade dele também analisa-la.
- Hum, Michael... Sou Amanda Lewis, irmã de Mandy. Você por acaso é o vizinho dela? - Perguntou para confirmar suas indagações.
- Sou... Por que? - ele responde desconfiado, erguendo a sobrancelha.
- Então é você quem transformou a vida da minha irmã num furacão, não foi? - Amanda fala sem rodeios.
Michael fora pego de surpresa. Se a irmã dela estava ali, portanto a coisa tinha ido além do que ele imaginara. Engolindo seco ele a respondeu:
- Desculpe, senhorita Amanda. Eu não fiz furacão algum na vida de sua irmã... Eu gosto dela e disse o que sentia com relação a isso...
Amanda o interrompe.
- Espere aí um segundo... Michael. Primeiro, me chame de Srta. Lewis, por favor, pois eu ainda não o conheço. Segundo, minha irmã estava quase noiva quando você aparece dando uma de Romeu apaixonado e não aprovo em nada o que fez e está fazendo com ela. Saiba que Mandy é uma mulher incrível e tinha um homem maravilhoso que nunca ia magoa-la. Caso contrário de você, que mostrou pouca credibilidade quando assediou uma aluna e comprometida. Bom pra resumir... Michael... Se você magoar Mandy ou fazê-la sofrer... - Ela o encara com superioridade - Tenha certeza que vou encontra-lo e vou fazê-lo se arrepender de cada lágrima que ela derramar. Você em entendeu?
Michael escutou tudo aquilo em silêncio. Amanda só estava fazendo o trabalho dela, embora não precisasse ser tão arrogante e presunçosa. Como ela mesma disse, eles ainda não se conheciam. Michael não imaginava um confronto tão precoce, mas se aconteceu ele não se sentiria intimidado. Agora era a sua vez de falar.
- Entendi bem, Amanda. Vou te chamar assim porque não costume usar termos tão formais com pessoas menores de cinquenta anos. Embora você aparente ter esta idade considerando a maneira como falou comigo agora. Primeiramente, acredito que sua irmã não é mais uma garotinha ingênua que não sabe se cuidar. Tive muitas provas disso, posso garantir. Segundo, não trato Mandy como uma aventura se é o que pensa. Gosto dela e pretendo lutar com que for para estar ao seu lado. E em terceiro lugar... Você realmente não me conhece para tirar conclusões tão equivocadas sobre mim e honestamente Amanda, você está sendo sem modos por tratar um assunto destes na porta do apartamento... - Ele disse retribuindo o olhar de raio laser que recebia dela. - Portanto, posso entrar ou não? - Disse cruzando os braços a encarando.
Amanda nunca viu tanta petulância numa pessoa só. O cúmulo para ela ouvir de um cara desconhecido palavras tão duras. Ela engole com força as palavras pesadas que sua boca gostaria de soltar sem freio algum. Ela apenas se vira de lado e dá passagem.
- Obrigado. - Ele diz passando por ela, escondendo um sorriso vitorioso.
Amanda fecha a porta o encarando com o rosto duro.
- Espera na sala, vou chama-la. - Ela diz.
- Okay. Eu espero. - Ele responde vendo-a sair dali.
Amanda sobe as escadas seguindo pro quarto da irmã. Ela bate a porta e entra pisando duro de cara fechada. Mandy se trocava no closet.
- Mandy, você tem visita lá embaixo... - Amanda fala.
- Visita? Quem? - ela pergunta, saindo do closet e vendo a expressão da irmã. - Que cara é essa?
- Acabei de conhecer o demônio... - ela diz cruzando os braços - E ele está esperando você na sala.
Mandy fez uma careta.
- Vocês brigaram?
- O que você acha? Ele é um idiota, mana. Se namorar ele eu... Eu vou marcar horário pra vir aqui. Eu me recuso a falar com esse.. Esse... Grosso! - Ela diz birrenta.
- Fica calma, Amanda... Isso é só primeira impressão, tenho certeza que depois vocês se darão bem...
- Se for num ringue, será perfeito. Assim desconto o que estou sentindo. Ai May, me desculpa, mas depois dessa eu prefiro ir pra casa... Preciso esfriar minha cabeça pra ligar pro Neal ainda hoje. - ela diz suspirando pesado.
- Tudo bem, irmã... Liga pra Neal e tenta resolver toda essa história, ok? Quero vocês juntos. - Mandy diz, a abraçando.
Amanda retribui o abraço apertado.
- Certo maninha, também espero que dê certo essa história maluca. Obrigada por me ouvir mesmo com os seus problemas. Se cuida com o ogro lá embaixo, qualquer coisa me liga e venho correndo. Ok?
- Ok, mas pode guardar as armas e luvas de box, não será preciso nada disso. - Mandy diz, sorrindo.
- Certo... Mas elas sempre estarão aqui, você sabe. - Amanda sorriu.
- É, eu sei... - ela riu.
As duas saíram do quarto e desceram. Michael estava sentado no sofá, e sorriu ao vê Mandy descendo, quando viu Amanda, fechou a cara. Mandy levou a irmã até a porta.
- Me ligue mais tarde pra me contar sobre sua conversa com Caffrey. - Mandy diz para a irmã;
- Eu ligo, mana. Pode deixar. - Amanda assente e beija a face da irmã - Até mais maninha.
- Até mais, irmã.
Elas se abraçam de Amanda vai embora. Se virando para Michael, Mandy se senta no sofá, ao lado dele:
- Quer dizer que você e minha irmã se amaram a primeira vista? - ela pergunta, sorrindo de lado.
- Me desculpa falar, mas tenho sorte de ser vacinado. Sua irmã quase me mordeu, Deus me livre! - Ele disse sorriu de lado
- Ela é muito protetora, mas daqui a pouco ela se acostuma com você. - ela riu. - É questão de tempo.
- Tomara, ou vou ter que contratar seguranças antes de vir. - Ele riu indo perto dela. - E você como está? Consegui falar com ele?
O sorriso dela se desfez, enquanto ela assentia.
- Sim, mas foi tarde demais. Meg não só contou pra ele, como mandou fotos. Ele estava... Arrasado, chorando. Aquilo acabou comigo. - ela murmurou com a voz embargada. - Eu não queria fazê-lo sofrer.
Michael não sabia muito o que dizer, pois a culpa desta confusão era sua. Ele então a abraçou forte repousando a cabeça dela em seu peito.
- Eu sei, mas ele vai ficar bem e você também. Vou ajuda-la a se recuperar, viu? - Michael beija a cabeça dela - Como disse a sua irmã, eu enfrento quem for pra estar com você... Até os caninos afiados dela. - ele brinca para vê-la sorrir.
- Ah, para... Você não disse isso a ela, mentiroso. - ela sorriu
- Eu disse sim. - ele confirma olhando pra ela - Por que acha que ela me adora? Pelo meu charme irresistível é que não é. - ele riu.
Mandy ri.
- Vocês se odeiam agora, mas vão se gostar... Eu também te odiava no começo...
- Ah, só que você é diferente princesa... - ele a abraça pela cintura - Você me achava gostoso demais e isso te deixava a mil. Agora veja como está calminha depois que provou do paraíso... - ele sorriu malicioso.
- Oi? Cara, você é muito metido! Eu não achava nada disso, te achava irritante, apenas isso. - ela diz, balançando a cabeça.
- Hurum, sei. - Michael começa alisar a cintura dela, devagar. - Irritantemente gostoso é o termo correto, Mandy. Parece que temos de aprimorar seus ensinamentos, minha linda aluna.
- Já? Acabamos de sair da escola, acho que não tem muito mais o que me ensinar, professor.
Michael sorriu de lado.
- Você é que pensa, princesa. Sempre há o que aprender. - Ele morde o lábio e pisca.
- Se você diz... - ela da de ombros, como se estivesse desinteressada.
- Adoro quando me desafia assim... - Ele sorriu e a beijou de surpresa, começando lento aos poucos seguindo para a profundeza de seus sentimentos. A abraçou forte erguendo-a do chão alguns centímetros. Depois a devolveu ali, sem fôlego.
Mandy sorriu e balançou a cabeça.
- Você tem que parar com essas coisas de me pegar de surpresa, Michael!
- Okay, então se a princesa quer, eu paro. - ele diz dando soltando-a dando um passo para trás, contendo o riso.
- Também não é pra ser tão radical assim... - ela disse, o puxando pela mão.
Michael riu.
- Que princesa instável, meu Deus! Acho que sou um brinquedo em suas mãos, não?
- Talvez... Ainda não me decidi... - ela sorri.
Michael riu e a puxou para um beijo, encerrando aquela "discussão".
Amanda saiu do apartamento de Mandy soltando fumaças pelos ouvidos. Ainda não acreditava na forma como Michael a havia tratado. Agora ela entendia porque Mandy o odiou em princípio, só não entende como ela conseguiu gostar dele. Entrou em seu carro e deu graças aos céus por não ter mais trânsito. Em vinte minutos estava saindo do elevador de seu prédio, indo em direção ao seu apartamento.
Abriu a porta e tirou os sapatos tranquilamente, jogando a bolsa em cima da mesa do hall, com preguiça de ser organizada e se arrastou para a sala. Queria se jogar no sofá e ficar por lá até reunir coragem o suficiente para tomar banho. Ela realmente faria isso, se não tivesse alguém sentado em seu sofá, olhando fixamente pra ela. Neal estava lá, com apenas a luz do abajur acesa.
Amanda reprimiu um grito de susto e colocou a mão no coração, exclamando logo em seguida:
- Neal, pelo amor de Deus! Você quase me matou se susto... Como entrou aqui?
- Eu tenho meus métodos, baby... - ele disse, balançando uma taça de vinho. - Esse foi o vinho que o tal do Thomas trouxe? Se for, é horrível! Por isso que você foi pra cama com ele... Com toda a certeza, ficou bêbada antes do tempo, visto que isso aqui contém mais álcool do que outra coisa.
- Ora Neal... - Amanda fica sem jeito. - Por que veio aqui e está me falando isso?
- Sabe, Amanda... Eu realmente poderia está no apartamento de Bella, transando alucinadamente com ela. Mas eu não estou. Sabe por que?
- Por que?- Ela repete cruzando os braços erguendo a sobrancelha.
Ele se levantou e foi andando até ela. Com ele em pé, Amanda pôde perceber que toda a sua camisa social estava desabotoada, assim com sua calça. Ela tinha uma visão totalmente privilegiada do peitoral dele.
- Porque eu preferi vim até aqui, tomar aquele vinho terrível e esperar por você. Pra tacar você em cima da porra daquele sofá e transar com você. Marcar você como minha, eu não quero que você seja de outro, Amanda e hoje você vai perceber que, se por um acaso aquele merdinha voltar aqui pra querer comer você, você não vai transar com ele, porque só conseguirá fazer isso comigo. - ele disse, seu hálito batendo no rosto dela.
Amanda olha para Neal atônita e sem palavras. Sua garganta apertou com todas aquelas palavras tão diretas. "Marcar você como minha" se repetia sem parar em sua cabeça.
- Mas hoje eu vi você bem a vontade com Bella no estacionamento.... - ela disse com a coragem que venho naquele momento.
- Sinceramente, Amanda, creio que você não está em posição de falar algo, agora. Você está errada, querida e sabe disso. O que eu estava fazendo com Bella ou não, não vem ao acaso agora... - ele passou a ponta dos dedos sobre os ombros dela, abaixando a alça fina de sua blusa. - O que importa é o que nós vamos fazer agora.
Amanda passa o dedo indicador por baixo da alça a colocando no lugar.
- Se você for me marcar como sua, exijo meus direitos, Neal. Temos que ser justos. Eu colaboro se você colaborar. - Ela disse repousando as mãos na cintura.
- É mesmo... E como seria isso?
- Você não transa com aquela loira e eu... Eu não bebo mais vinho do ex. Este são os critérios, você topa? Business are business, baby! -ela diz.
- Eu não transo com a Bella e você vai dar um chute de uma vez por todas na porra da bunda daquele filho da puta. É pegar ou largar. - ele diz, arqueando uma sobrancelha.
- Não transar e nem fica de conversinha. - Ela completa o encarando - Se for assim... Podemos ter um acordo, Sr. Caffrey.
- Okay, temos um acordo. Mas se eu vê aquele cara indo na empresa e te tratar com a intimidade na qual lhe tratou aquele dia, eu arrasto Bella na mesa hora e transo com ela no meu carro, eu juro, Amanda! - ele diz com raiva.
- E se você fizer isso, eu faço você ter que ouvir meu ex gemendo meu nome de onde você estiver.... - ela disse serrando o maxilar. - E eu não estou blefando, Neal.
- Muito menos eu, Amanda... - ele estende a mão. - Estamos resolvidos?
- Estamos de acordo. - Ela aperta a mão dele com firmeza.
- Ótimo. - ele diz, aproveitando que a mão dela estava firmemente presa a sua e a puxando para um beijo tirar de fôlego.
No apartamento de Mandy, o casal prepara o jantar junto. Ela custou a acreditar que Michael sabia fazer mais que fritar ovos com bacon, mas o rapaz se sai muito bem fazendo um risoto de frango com brócolis que aprendeu na época da faculdade. Era uma comida simples e muito saborosa. Quando ficou pronto se serviram no balcão mesmo, sem muita frescura. Mandy elogia a comida fazendo Michael muito orgulhoso por impressiona-la. Ao terminarem ele lava a louça e a dona da casa, guarda.
Foram pra sala com o intuito de ver um filme. Michael queria anima-la de qualquer jeito, porém o filme começou a ter umas cenas que faziam o casal recordar o que estavam passando. Michael imediatamente desliga tendo uma ideia que o fez sorrir na mente. Ele pede licença a Mandy para buscar uma coisa que ele esqueceu em casa. Ela pergunta o que era, mas ele não diz a deixando bicuda e curiosa. Após um selinho carinhoso e sai dizendo que volta logo. Ela assente. Minutos depois ele volta e Mandy não está mais na sala. Ele chama por ela e a voz doce de sua garota ressoa no andar de cima. Subindo as escadas correndo ele a encontra saindo do quarto.
- Voltei princesa... - Disse sorrindo - Sua sala de dança está disponível? - ele pergunta.
- Sim... - ela diz, olhando pra ele, desconfiada. - Por que?
- Por nada, princesa curiosa. - ele ri - Mas falou daquela com os postes...
- Por que, professor? Quer fazer pole dance? - ela pergunta, sorrindo de lado.
- Prefiro não responder, ainda. - ele diz se mantendo firme. - Podemos usa-la ou não?
- Tudo bem, podemos... - ela diz, desistindo de descobrir o que ele queria.
- Ótimo. - Ele diz pegando a mão dela e levando para a sala que citavam.
Michael abriu a porta deixando Mandy passar na frente. Ele passa em seguida e pega a poltrona, puxa pra frente colocando apenas a certa distância dos postes.
- Sente-se aqui... - ele pede.
Mandy sentou-se e olhou pra ele com curiosidade.
- Quero que fique quietinha aí e não se mexa até eu mandar. - Disse ele - Você vai querer sair, mas não vai poder até o meu comando autoriza-la. Eu posso te tocar, mas você não pode me tocar. Você entendeu?
- Sim... - ela diz, obediente.
- Perfeito! - Ele assente se dirigindo ao aparelho de som. Plugou o pendrive e escolheu a música. aumentou o som ouvindo a música começar.
Os casais riram e saem para circular, como Mandy havia dito. Todos admiram a beleza do belo coração feito da Lua Azul. Seu cordão de diamante branco são um toque especial a peça. Ostentando do o glamour que toda mulher merece. Michael e Mandy eram sorrisos o tempo todo. Amanda e Neal se comportam como bons parceiros de trabalho, mas quando se viam afastados dos demais era possível trocam algum beijo. Os dias adoravam correr riscos.
Os convidados estão espalhados pela casa e uns poucos pela varanda e o jardim. No horário marcado Amanda, Neal, Mandy e o acionista mais velho de Luxor, o Sr. Clark Devlin sobem ao palco para apresentar a peça mais luxuosa e cara da empresa. Clark faz as honras e apresentações. Mandy dá alguns passos a frente posando com a joia. Neal se dirigiu ao microfone começando a explicar como o modelo fora produzido. Ao final, Amanda anuncia que aquela peça era única. Não haveria outro coração feito da estonteante pedra Lua Azul. Está obra prima foi produzida no intuito de começar uma importante campanha em favor das mulheres com câncer de mama. No telão atrás do palco a imagem de Elizabeth aparece bela e grande. Suas filhas suspiram e Amanda continuam firme em seus discurso. Após a festa seria marcado um leilão de joias para arrecadar fundos para a campanha de conscientização e tratamento das pacientes deste problema.
O projeto havia começado por iniciativa de Elizabeth, porém antes de partir ela pede que as filhas sigam com o mesmo. Elizabeth queria que todas as mulheres tivessem o direito de serem diagnosticadas com antecedência para serem cuidadas a tempo, antes que a doença estivesse longe demais quando fosse feita a descoberta.
Após o discurso emocionado, os convidados ovacionam com uma salva de palmas de quase três minutos. Amanda e Mandy se abraçam no palco, orgulhosas por estarem atendendo o desejo da mãe.
Uma hora depois quando Amanda, Mandy, Michael e Neal estavam conversando bem a vontade em suas mesas, Neal pede licença para se ausentar um pouco. Todos assentem. Mandy faz o mesmo um pouco depois, pois estava apertada para ir ao banheiro. Ela pede licença e sai. Na volta ela passa perto do escritório da mãe e vê a porta entreaberta. Neal e mais dois homens de terno conversavam lá dentro. Neal parecia estar dando ordens ou comandos aos homens. Curiosa Mandy se aproxima da porta para ouvi-los sem ser vista
Pouco depois, Amanda estava no quarto com Mandy. A caçula dormia pesado por causa da anestesia e medicamentos pra dor. Amanda sente o coração apertar, nunca pensou em ver seu anjinho rebelde numa situação dessas. Se sua mãe estivesse viva morreria de tristeza ao vê-la. Ela demora um pouco lá dentro e depois sai para dar lugar a Michael.
Ele entra no quarto olhando atentamente para a garota na capa. Ele suspira pesado e se aproxima, pega a mão dela com carinho e beija. Confiando nos analgésicos e calmantes, Michael desabafou:
- Eu não queria isso... Não queria te machucar. O que vivemos desde que te conheci foi tão legal e importante... Ninguém nunca me tratou assim... Na verdade, nunca amei ou fui amado de verdade... - ele lacrimeja e respira fundo - Eu não sabia o quanto gostava de você até hoje, quase te perdi... Eu agora tenho certeza Mandy... Eu amo você princesa... Amo muito... - Ele aproxima a mão dela dos seus lábios - Espero que um dia você me perdoe de tudo o que fiz...
Michael beijou a mão dela e depois os lábios com doçura e amor. Um amor desconhecido por ele até este momento. Ele a admirou por alguns minutos e saiu pronto para aceitar as consequências de seus atos. Sejam eles, quais forem.
As duas da manhã, Amanda, Neal e Michael saíram do hospital. Amanda queria passar a noite ali, mas o médico não permitiu, dizendo que não seria preciso acompanhante enquanto Mandy estivesse sedada. Ao sair do hospital, Amanda pediu para que Neal falasse com a imprensa e informasse que Mandy estava fora de perigo e que mais informações seriam dadas pelo pessoal da empresa.
Ao fazer o que foi mandado, Neal colocou Amanda no carro e se despediu dela com um beijo. Michael foi embora sem falar com ninguém e ao chegar em seu apartamento, olhou melancolicamente para a porta do apartamento de Mandy. Com um suspiro, ele entrou em sua casa, esperando pelo o que o dia seguinte iria reserva r a ele.
Sem conseguir dormir por conta de todas as emoções da noite anterior, Amanda saiu da cama cedo e tomou um banho. Arrumou-se e comeu alguma coisa antes de seguir para o hospital. Ela queria está lá quando Mandy acordasse. Meia hora depois, Michael chegou e em seguida Neal passou por ele e sentou-se ao lado de Amanda. O médico disse que em uma hora Mandy iria acordar e que depois que a olhasse, chamaria por todos os eles.
Amanda olhava para o relógio de cinco em cinco minutos, mas foi interrompida pelo telefone da sala de espera. Ela atendeu e foi informada pela recepcionista que Jack Peterson estava querendo visitar Mandy e se poderia liberar sua entrada. Amanda sentiu o coração ficar um pouco aliviado ao saber que seu ex-cunhado estava ali e que não estava chateado ao ponto de se preocupar com o estado de saúde de sua irmã. Sorrindo minimamente, ela permitiu a entrada dele e desligou o telefone.
- O que foi, baby? - Neal perguntou, apertando sua mão.
- Jack, está aqui. - ela disse - Ele era o namorado de Mandy antes do Michael. - Explicou.
- Ah... Mas se ele é ex... O que está fazendo aqui? - ele perguntou, olhando pra Michael com um sorriso discreto no canto dos lábios.
- Pelo jeito ele ainda se importa com ela. - Amanda fala - Bom, espero que eles não se enfrentem aqui. Seria horrível demais! E você... Pensei que fosse ir embora comigo ontem?
- Você queria que eu fosse, baby? Eu sinto muito, pensei que quisesse ficar sozinha... - ele murmurou.
- Eu sempre o quero perto de mim... Mas tudo bem, já foi. - Ela suspira pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Neal a abraçou pela cintura e beijou o pescoço dela com carinho.
- Desculpa baby, eu realmente fui um insensível ao te deixar ir sozinha... Hoje eu lhe faço companhia, tudo bem?
- Tá bom. - ela assentiu sorrindo de leve pra ele.
Michael queria morrer ao ver como Neal tratava Amanda. Ele sabia que era fingimento e só traria mais sofrimentos, mas quem poderia mudar a cabeça dura de Neal Caffrey? Cansado daquilo, Michael pediu licença e foi respirar lá fora. Segundos depois Jack entra. Amanda levanta e vai recebê-lo:
- Jack... - ela diz e o abraçou forte.
- Oi, Amanda... - ele a abraçou de volta na mesma intensidade. - Como Mandy está? Eu estou desesperado e a cada hora sai uma notícia diferente...
- Fica calmo, Mandy está bem. Foi um pesadelo terrível, mas o pior já passou. Graças a Deus! Venha, vamos sentar... - Ela o leva até os assentos - Jack, este é Neal Caffrey, meu... Namorado. - Ela disse olhando para Neal com um sorriso tímido.
- Ah sim... Mandy chegou a me falar de você... - Jack sorriu, apertando a mão de Neal. - Obrigado por desencalhar minha cunhada...
- De nada... - Neal riu. - Cunhada? - ele franziu o cenho.
- Oh sim... Independente de qualquer coisa, Amanda sempre será minha cunhada... Essa garota me adora... - Jack disse, batendo de leve na cabeça de Amanda.
- Ai! - reclamou do tapinha - É... Adoro mesmo e você insiste em me envergonhar na frente dos outros, hein Jack. - Ela riu sem graça. - Só você pra me fazer rir nessas horas, seu bobo.
Jack sorriu.
- Sim, eu sei que você me ama, Amanda... - o sorriso dele diminuiu. - Mandy já acordou? Eu quero muito vê-la.
- Ainda não, estamos esperando a liberação do médico do plantão. - Amanda responde.
Ele assente e se sentaram continuando a conversar. Michael volta minutos depois. Aproximou-se dele e cumprimentou Jack com a cabeça. Amanda se levanta fazendo as devidas apresentações:
- É... Jack.. Este é Michael Jackson, namorado de Mandy. - ela diz olhando para a reação dos dois.
- Ah... Então além de vizinho você é o professor da Mandy? - Jack perguntou, olhando pra ele.
- Sou. Mas cada coisa no seu tempo. - Michael responde firme com o mesmo olhar. - E você deve ser o magnata dos cassinos, não?
- Sou. - Jack disse, olhando-o de cima a baixo. - Como é a sensação de... Roubar a mulher dos outros?
- Jack, calma. Por favor... - Amanda sussurra.
Michael cruza os braços para respondê-lo a altura.
- Não há sensação alguma, aconteceu porque tinha que acontecer. A vida é assim, um mistério. - Ele diz e dá os ombros - É uma pena que as pessoas ainda não saibam aceitar as coisas como elas são.
- É meio difícil aceitar quando se perde uma mulher como Mandy... Principalmente pra um cara como você.
- Entendo. Deve ser difícil não conseguir satisfazer uma mulher como ela, não é? Hum... Deve ser frustrante. - Michael diz com ironia.
Jack olhou pra Michael com uma sobrancelha arqueada e riu.
- Não satisfazer Mandy? Essa era uma das melhores coisas que eu sabia e sei fazer. Eu sei o jeito como ela gosta de ser tocada, de ser tratada, não só na cama como também na vida. Algo que será um pouco difícil pra você saber, porque só de olhar pra você, eu sei que tudo isso é algo passageiro.
- É aí que você se engana, meu caro. Mandy está marcada no meu futuro e ninguém, muito menos, você pode mudar isso. E outra, eu só não faço uma lista agora mesmo do que a MINHA princesa gosta por respeito a situação dela e sua irmã que está entre nós. Senão, o mauricinho ia ver só como as pessoas melhoram seus gostos. - Michael diz com lâminas na língua.
- Sabe o que eu acho? - Neal interrompeu a briga dos dois. - Que isso não os levará a nada, então eu acho melhor parar por aqui, até porque, estamos em um hospital e não estamos a fim de saber sobre a vida sexual dos dois com a Mandy.
- Concordo plenamente! - Amanda fala. - Obrigada Neal. Se vocês dois querem o bem da minha irmã, se comportem, por favor. - disse ela com firmeza.
Michael fungou e foi sentar-se no outro lado da sala. Jack o fulminou com os olhos e se sentou também. Alguns minutos depois o médico entrou na sala e disse que Mandy estava acordada, falando pelos cotovelos e implorando pela presença da irmã no quarto dela.
Mandy falando pelos cotovelos? Essa sim era Mandy Lewis. Amanda se levanta e rapidamente segue o médico com um sorriso no rosto.
Ao chegar no quarto de Mandy, Amanda encontrou a irmã deitada na cama, mudando os canais da televisão. Primeiro ela ficou apenas em silêncio, observando como a irmã estava distraída, logo depois falou:
- Me disseram que tem uma anjinha rebelde muito faladeira por aqui, sabe... - Ela sorriu.
Mandy se virou e viu sua irmã ir a sua direção, com um sorriso enorme. Ela também sorriu e apertou o botão ao lado da cama, para que pudesse ficar sentada. Quando Amanda chegou perto dela, as duas se abraçaram com força.
- Nem deu tempo de sentir saudade... - Mandy disse, rindo.
- Claro que deu May, e não faça mais isso, por Deus.. Você não é a mulher maravilha!. - Amanda sorriu e beijou com carinho o rosto da irmã - Como você está? Fiquei tão desesperada...
- Eu estou bem... - ela murmurou. - E eu sou quase a mulher maravilha, é que o cara me pegou desprevenida... - ela riu e piscou.
Amanda ri alisando a cabeça dela.
- Certo, mas nada de repetir essa loucura, entendeu? Ou eu mesma cuidarei de seus atos heroicos como a mamãe fazia.
- Tudo bem... - ela sorriu e então ficou séria. - Eu tenho uma coisa pra te contar, mana... Sobre o que aconteceu ontem... Sobre o que aconteceu de verdade.
- Hurum.. Tudo bem, May. Pode se abrir... - Amanda disse sentando na beirada da cama.
- Lembra que antes de tudo acontecer, eu tinha ido ao banheiro? - ela perguntou e viu Amanda assentir. - Então... Quando eu saio do banheiro, quis passar no escritório de mamãe para vê algumas de nossas fotos que ela sempre mantinha lá, mas quando eu me aproximei, tinha gente lá dentro... Neal estava lá com mais dois caras de terno preto e... Ele estava dando ordens a eles, ordens de como roubar a joia de mim.
Amanda franziu a testa, confusa.
- Como assim, roubar a joia de você, May?
- Ele estava falando pra eles, detalhadamente, como tinham que arrancar a joia de mim. Quando eu fosse para o jardim tirar as fotos, um iria me pegar por trás e tampar a minha boca, enquanto o outro arrancaria a joia do meu pescoço. - ela disse, decepcionada. - Ele falava tudo aquilo de um jeito tão frio, Amanda, nem de longe parecia o mesmo cara que estamos acostumadas. E um dos caras o chamou de Grey, o que me fez ficar confusa quanto a identidade dele. - ela olhou pra irmã. - Quando ele saiu do escritório, eu sai logo atrás dele, eu queria ir até a você e contar sobre tudo o que ouvi, mas os caras vieram atrás de mim e eu fiquei desesperada, então saí correndo pro jardim enquanto eles me chamavam. Depois disso eu só me lembro de sentir muita dor na região do quadril e... Acordar aqui. Neal mandou roubar a joia, Amanda.
Amanda fica em silencio por vários minutos pensando e só depois fala:
- Mandy eu... Eu não sei o que dizer... Neal estava comigo o tempo todo e não entendo porque ele faria isso... - ela levanta e começa a andar pelo quarto, aturdida. - Neal roubando a joia, santo Deus...
- Amanda, eu sei que é difícil de acreditar, se me contassem eu também duvidaria... Mas eu sei que era ele, eu vi Amanda e ouvi também. - ela disse, olhando pra irmã. - Acredita em mim, irmã, eu sei que gosta dele, mas ele é um bandido e é muito perigoso... Ele nos enganou e continua enganado...
Um nó se faz na garganta de Amanda. Aquilo fez seu mundo balançar mais do que já estava. Além de ladrão Neal indiretamente quase tira a vida de Mandy. Porém, aquilo também poderia ser um estresse pós-traumático justo como o médico a tinha preparado. Ela não sabia o que fazer ou em quem acreditar. Amanda amava os dois.
- Tudo bem meu anjo, não precisa ficar nervosa... - Amanda volta para perto da irmã e pega sua mão. - Vamos descobrir quem fez isso e vamos fazê-lo pagar, seja quem for. Tá bom?
- Amanda, eu sei que não acredita em mim... Mas quando a polícia vier me interrogar, eu vou contar isso a eles e eles vão investigar Neal. Eu sei que você o ama, irmã, você não tem culpa de amá-lo, mas... Infelizmente, ele não é o que aparenta ser. - ela murmura, com pesar.
Amanda queria muito acreditar em Mandy, mas não conseguia. Culpa do amor. Amor tão profundo que a tornara cega tendo o óbvio diante dos seus olhos. Ela sente o coração doer e pousa a cabeça sobre a mão da irmã.
- Eu só quero acordar desse pesadelo, May. É só isso que eu quero... - Murmurou Amanda com lágrimas nos olhos.
- Eu sei, eu também quero... - Mandy murmura, chorosa. - Mas isso vai passar mana. - ela beijou a cabeça da irmã. - Ele está aí?
- Está... E nem sei como encara-lo agora...
- Eu não quero vê-lo... Se ele quiser vir aqui, não deixe. Se eu olhar pra ele vou querer falar tudo e... Isso seria arriscado, então é melhor não. - ela diz. - Temos que ser fortes, Amanda. Eu sei que é difícil, mas temos que tentar...
Ela ergue a cabeça e limpa as lágrimas.
- Certo. Temos que ser fortes e serei, minha irmã. Pode confiar. - Amanda diz, mas por dentro tentava convencer a si mesma disso. - Neal esteve aqui ontem, mas... Farei o que me pediu. Ele não irá vê-la mais.
Mandy assentiu.
- Michael está aí? - perguntou.
- Está sim e tem mais alguém que veio te ver... - Amanda sorriu de lado fazendo suspense. - Adivinha?
- Não faço a mínima ideia... Quem é? - ela perguntou, rindo do suspense da irmã.
- Ah não é ninguém especial sabe... Só um tal de.. Jack Peterson. - Ela diz fingindo indiferença.
- O que? - ela gritou. - Tá brincando que Jack está aqui! É sério?
- Não estou brincando não. Ele está aí e com palavras quase se atracou com o Michael. Você está muito disputada viu maninha? - Amanda ri.
- Oh droga... Deve tá um clima péssimo lá, né? - ela pergunta, vendo a irmã assentir. - Quem eu peço pra entrar primeiro?
- Ai mana, eu não sei... Só sei que Jack está mais bonito do que nunca. - Amanda sorri e pisca pra irmã.
Mandy revira os olhos e ri.
- Ei, eu tenho certeza que ele veio aqui com meu amigo. E mesmo se fosse por outro motivo... Eu estou com Michael agora, Amanda e você sabe disso.
- Hurum... Quero só ver sua cara quando ele entrar aqui. - Amanda riu. - Bom, então quem eu chamo, o Romeu Peterson ou o Pirata Jackson?
- Ah... Escolha na hora, eu realmente fico com medo de decidir essas coisas. - ela diz. - Ah, adorei os apelidos! – Mandy sorriu.
- Eu sei, adoro ver você sorrir, maninha. - Disse carinhosa - Certo, vou chamar um dos bonitões lá fora. Depois eu que sou enrolada... - Amanda ri e beija o rosto da irmã. - Até mais, mana.
- Até mais, irmã. - ela diz, sorrindo.
Na sala de espera o silencio é total. Amanda logo aponta por lá e chama por Michael. Ele sorri de lado olhando para Jack seguindo para o quarto de Mandy. Jack fecha a cara pra ele cruza a perna para esperar sua vez. Neal continua no mesmo lugar e sorri vendo Amanda se aproximar. Tudo que Mandy revelou em a tona quando o vê. Sentou se ao lado dele com um sorriso leve e ele logo pergunta o estado da irmã. Jack se junta na conversa ao ouvi-los falar.
Michael entra devagar no quarto. Vê Mandy olhar pra ele com um sorriso apaixonado fazendo sua culpa interior aumentar.
- Cheguei minha princesa... - ele diz carinhoso, se aproximando da cama.
- Oi... - ela sorri e bate na cama. - Senta aqui.
Michael sentou-se ao lado dela.
- Como se sente?
- Eu estou bem, sabe, sou dura na queda. - ela riu. - Tá pensando que aquilo ia consegui me derrubar?
- Nem brinca com isso, princesa. Ele podiam ter te machucado de verdade e... Eu não ia suportar... - ele diz fazendo carinho no rosto dela.
- Oh, amor... - ela sorriu e beijou a mão dele. - Mas eu já estou aqui e nada de ruim aconteceu. Tudo está bem.
Michael desce a mão até a nuca de Mandy, chegando mais perto repousou um beijo cálido em seus lábios. Lentamente pediu passagem com a língua mantendo a ternura do beijo daquele momento. Michael sabia que sua felicidade estava com os dias contados partir daquele evento. Então ele ia aproveitar ao máximo cada segundo que pudesse.
Depois do beijo Michael olha dentro dos olhos dela sentindo seu coração batia acelerado e forte.
- Me dá sua mão... - Mandy estica a mão pra ele e Michael a coloca em seu peito, bem sobre o coração. - Está sentindo? - perguntou.
- Michael... - ela murmura, espantada. - Por que está assim? O que está acontecendo?
- É que... - ele respira fundo - Eu... te amo Mandy e... Só de imaginar ficar sem você sinto morrer uma parte de mim... - Ele murmura pensando como será quando a verdade for revelada.
- Oh, Michael... - ela sorriu de leve e passou a mão pelo rosto dele. - Mas está tudo bem agora e eu não vou a lugar algum. Não quero que fique pensando assim, seu bobo. E eu também amo você, professor. - ela sussurrou no final, sorrindo pra ele.
Uma lágrima desce do rosto dele e Michael suspira. Sem conseguir dizer mais nada a abraçou como se ele próprio fosse morrer ali e Mandy seria sua única fonte de salvação.
Mandy o abraçou e passou a mão por seus cabelos.
- Michael... Eu não estou entendendo, por que está desse jeito? É por causa do que aconteceu? Você ficou com medo?
Michael assente com a cabeça sentindo a dor da culpa aumentar. Mandy estava completamente inocente, mas se ele contasse a perderia pra sempre. Bom, de qualquer modo ele ia perdê-la pra sempre. E pensar nisso era terrível e faz com que Michael chore em silêncio. Mandy apenas o abraçou e o deixou desabafar em seu ombro. Sabia que o amava, mas nunca imaginou que Michael sentisse o mesmo por ela, não nessa intensidade. Ele realmente estava com medo de perdê-la. Michael chorou por mais um tempo até ficar mais calmo daquela tensão. Mandy estava preocupa com essa reação tão explícita da parte e nesse tempo juntos ele nunca revelou que a amava. Não usando as três palavrinhas mágicas. Ele logo se recompôs e deu um beijo casto nos lábios dela e sorriu de leve.
- Está melhor? - ela perguntou, olhando pra ele.
- Não se preocupe comigo, minha princesa. Eu vou ficar bem, okay? Foi apenas o choque da situação. - Michael disse.
- Espero mesmo que fique bem, porque eu estou aqui, muito viva e você não vai se ver livre de mim tão cedo, professor Jackson.
- Vou me agarrar nisso, minha princesa. Você é minha e eu amo você, pra sempre. - Ele disse do fundo do coração. - Bem, acho que vou indo... Tem mais gente querendo te ver... - Ele diz cruzando os braços e mudando o semblante. - O seu ex está aí.
- Eu sei... Amanda me contou que vocês não se deram muito bem. - ela disse.
- O cara é só mais um mauricinho, princesa. Sou vacinado já. - ele dá o ombro, sem admitir o ciúme.
- É mesmo? - ela perguntou, vendo-o assentir. - Então, nada de ciúmes com Jack? Não ligará se ele vier aqui e me abraçar...
Ele respira fundo.
- Só abraçar com respeito e sem terceiras e quartas intenções, pode. Nada de beijinhos ou “dejavú” dos velhos tempos. Isso aí é papo furado!
- Isso foi um sim? - perguntou, prendendo o riso.
- Um "talvez" por que estou abalado. Em outros dias seria "nunca". - Ele diz fazendo cara séria.
- Ah, tadinho do meu professor... - ela sorriu e o beijou. - Para de ser bobo, eu só tenho olhos pra você.
- Bom saber, minha princesa. - ele disse - Vou indo nessa pra ele vir logo e sair rápido. Qualquer coisa me chama, vou estar aqui do lado, viu?
Mandy riu ao vê a careta de Michael. Com mais alguns beijos ele se despediu e saiu do quarto dela.
Pouco depois a porta se abre novamente. Uma silhueta alta e forte faz presença dentro do quarto. Jack era como uma bela miragem do passado se fazendo realidade... E de cabelo mais curto ele estava tão bonito. Amanda estava certa. Mandy o viu se aproximar da cama com o olhar mais carinhoso e preocupado que já vira.
- Mandy... - Ele fala o nome dela como um sussurro - Tentei vir assim que soube, mas só consegui um voo para hoje. Você está bem?
- Sim, Jack, eu estou... E estou muito contente com a sua visita. - ela diz, sorrindo pra ele.
- Eu também estou feliz em te ver e mais ainda por estar bem. - Ele sorriu discretamente, mudando o assunto. - Amanda segurou mesmo o cara, né? Até que enfim, finalmente vamos vê-la se casar. - ele ri.
- Eu acho que não vai ser dessa vez... - Mandy fez uma careta. - Eu pensava que seria, mas esse cara... Descobri uma coisa sobre ele que fez mudar tudo.
- Sério? - Ele desfez o sorriso demonstrando preocupação - O que ele fez? É grave?
- Foi grave sim... Mas não quero falar sobre isso agora. - ela disse, dando um sorriso. - E como você está depois de... Tudo?
Ele assente.
- Eu... Estou trabalhando muito. Abriremos uma boate em Los Angeles. Será tudo no estilo Vegas. - Disse orgulhoso - Quando você puder, quero que conheça. Você vai gostar.
- Sério? Isso quer dizer que você vai ficar aqui ou... Vai colocar alguém pra tomar conta de tudo?
- Em Vegas tenho alguém de confiança que pode tomar conta, mas aqui em Los Angeles não. Vou passar uns tempos por aqui e também tem aquele ditado que diz: "O olho do dono é que engorda o gado". - ele sorriu - Preciso fazer meu gado crescer, não é?
- É verdade e eu tenho certeza que você vai conseguir. Sabemos que você é muito competente. - ela sorri e pisca pra ele.
- Obrigado. Depois dessa vou ter sucesso garantido. - Jack sorriu - E você como está com o... Ele? - Disse se referindo a Michael.
- Eu estou bem, Jack. Michael é um cara muito legal e eu gosto dele... - ela diz. - Eu só não queria que tudo entre nós acabasse daquele jeito... Os anos que passei com você foram os mais felizes da minha e eu gosto muito de você. Te respeito muito e não queria te magoar...
- É... Pra mim também foram muito especiais. Quase nos casamos... - ele forçou um sorriso, mas soou triste - Bom, acho que não era pra ser. Confesso que... Fiquei bem magoado por muitos dias, mas passou. Agora estou aqui e... dou graças a Deus que esteja bem. Fiquei muito preocupado com o que aconteceu, Mandy. Você ainda é importante. - Jack disse sincero, olhando pra ela.
- Você também é muito importante pra mim, Jack... Venha aqui me dá um abraço. - ela diz, abrindo os braços para recebê-lo.
Jack sorriu e a abraçou com muito cuidado.
- Estou te machucando? - ele pergunta perto do ouvido dela.
- Não... - ela murmura, sentindo o cheiro dele.
Jack suspira com ela em seus braços.
- Sinto sua falta baixinha... - ele sussurrou sem pensar.
- Eu também sinto sua falta, Jack... - ela diz fechando os olhos e depois sorri. - E eu não sou baixinha.
- É baixinha sim, e disso eu me lembro bem. - ele sorriu no ouvido dela e beijou sua face com carinho e disse ao ouvido novamente - Fica bem, tá?
- Você também e não esquece de mim, ok? Me avise quando estrear a boate aqui em Los Angeles.
- Aviso sim, quero esteja na inauguração. - Jack se afasta para olha-la. - Acredito que será no mês que vem. Então, se prepare. - Ele diz animado.
- Ótimo! Eu marcarei presença, com certeza. - ela sorri. - Obrigada por ter vindo, Jack.
- Imagina, eu não te deixaria sozinha numa hora dessas. - Sorriu ele - Vou te esperar mesmo baixinha e leve a Amanda junto, certo?
- Levarei. - ela sorriu, vendo-o se aproximar da porta. - Até mais, Jack.
- Até breve, baixinha. - Jack piscou pra ela e saiu.
Mandy ficou internada por mais dois dias e logo recebeu alta. Ao chegar em seu apartamento, Amanda avisou que ela receberia a visita da polícia, que precisava interroga-la. Ao ficar frente a frente com o delegado, Mandy contou a ela tudo o que havia dito a Amanda, que estava ao seu lado ouvindo tudo com atenção.
Ao perceber que a irmã não titubeava em nenhuma resposta e descrevia toda a cena do mesmo jeito que descrevera a ela no hospital, Amanda sentiu o coração pesar. O médico havia dito que Mandy poderia está com a mente confusa por conta dos acontecimentos, mas que isso era passageiro e logo ela se lembraria de tudo. Ao vê que a irmã não mudava nada em tudo o que falava, ela percebeu que aquilo poderia ser verdade e que Mandy estava mesmo descrevendo tudo o que vivera naquela hora.
Com o coração pesado, Amanda viu a polícia ir embora, se preparando para que o pior acontecesse. O que não demorou muito.
Ao ser chamado pra depor, Neal disse que desconhecia toda aquela história e que no mínimo, Mandy havia o confundido com alguém. Mas ao ser perguntado onde estava na hora em que Mandy havia ido ao banheiro, Neal ficou sem palavras. Ele não tinha nenhum álibi para dizer onde estava, o que o prejudicou ainda mais.
Se vendo sem saída, Neal respirou fundo e mudou todo o seu discurso, falando a verdade e revelando que o que Mandy depôs era verdade. Ao terminar, Neal foi levado para diretamente para cela depois de contatar seu advogado.
Ao saber que foi preso e confessou o crime, Amanda vê seu mundo desabar de vez. Todos os momentos felizes que viveu com ele eram mentira. Todas as vezes que estiverem juntos, era uma farsa. Nada que Neal tenha feito foi espontâneo... Tudo fazia parte de um maldito plano. A jovem empresária se vê num beco sem saída e chora por sua má sorte. Mandy ficou ao seu lado o tempo todo e Jack também. Michael participou um pouco mais distante temendo ser pego também. Ao fim de uma semana de agonia e lágrimas, Amanda se conforma e recobra as forças para enfrentar Neal cara a cara. Ela queria uma explicação da parte dele. Queria saber porque fez isso.
Ao chegar na delegacia, Amanda pediu para que o delegado a deixasse falar com Neal. O delegado pediu para que ela se sentasse, pois tinha mais novidades sobre o caso dele. Para começo de conversa, o nome de Neal Caffrey era, na verdade, Christian Grey e que o mesmo já tinha passagem pela polícia por furtos caros e era conhecido como um grande vigarista. Ele arrumara uma identidade falsa justamente para que seus antecedentes criminais ficassem escondidos. Sobre a joia, a polícia já estava no encalço de John e Peter e o pegariam mais cedo ou mais tarde.
Chocada com a mente perversa do homem que conheceu como Neal, Amanda engoliu em seco e pediu para vê-lo. Atendendo ao pedido dela, o delegado pediu para que um policial a levasse na sala de visita enquanto ele mandaria chamar Grey. Após ficar dez minutos sentada em uma sala fechada e fria, a porta se abriu e Amanda viu Christian entrar com as mãos algemadas, usando uma roupa da prisão.
O policial liberou as mãos dele da algema e saiu da sala depois que ele se sentou em frente a Amanda. Ele ficou em silêncio, esperando que ela começasse a falar.
- Eu nem sei por onde começar... - ela murmura e respira fundo - Acho que você imagina por que estou aqui, não é?
- Eu sei perfeitamente o porque de você estar aqui, Amanda... - ele murmurou, desviando o olhar.
- Olha pra mim, Neal... Quer dizer, Christian. - Ele volta o olhar pra ela e Amanda continua - Porque tudo isso? Eu nunca fiz nada pra você.. Pelo contrário, dei minha vida e meu coração em suas mãos... Me diz porque?
Ele fechou as mãos em punho e fechou os olhos, cerrando o maxilar.
- Porque eu pensei que esse seria o jeito mais fácil de ficar rico, Amanda. - ele diz, abrindo os olhos e olhando pra ela. - Eu estava cansado de viver uma vida miserável e queria mudar de uma vez por toda, queria que fosse rápido... Eu só... Só não contava que fosse me apaixonar por você. - ele disse com a voz sumindo no final.
Amanda sentiu sua barriga dar um nó e o estômago revirar com aquela revelação.
- Você... Se apaixonou... Por mim? - Ela repete sem acreditar.
- Sim, Amanda. - ele apoiou os cotovelos na mesa e passou as mãos pelos cabelos. - Ou você acha que eu me entregaria a polícia por causa de que? Eu poderia muito bem continuar mentindo... Mas não me levaria a nada. Eu não sou digno de nada, apenas disso aqui. Eu mereço estar aqui, por tudo o que eu fiz à você, à Mandy... Porra, Amanda, eu amo você! Eu lutei muito pra não sentir nada por você, mas eu não consegui!
Amanda permanece em silencio olhando pra ele até que uma lágrima teimosa desce pelo rosto dela. Quando respirou fundo mais lágrimas vieram a tona sem controle.
- É uma pena que... Eu também tenha amado você, Neal.. Droga! - ela suspira e se corrige. - Christian! É uma pena que não tenha desistido no meio do caminho, se realmente me ama como diz. Você podia ter desistido, se quisesse, mas não o fez porque foi egoísta e ganancioso... - Ela fla com a voz cortada pelo choro - Eu não sei por que fui tão ingênua. Eu devia ter percebido antes...
- Sim, eu fui egoísta, Amanda... Eu não queria amar você, porque eu sabia que isso iria atrapalhar tudo... Também não queria que você me amasse, mas tudo o que houve entre nós foi forte demais. Nisso eu não fingi em nenhum momento, tudo foi intenso de verdade. - ele pegou nas mãos dela. - De um jeito que nunca foi mulher alguma, eu juro, Amanda.
Entre lágrimas amargas ela puxa a mão de volta pra si.
- Não me toque, por favor. - Ela murmura enxugando o rosto com a mão e ficando séria. - Não sei se posso acreditar em você.. Christian. Embora eu diga o mesmo. O que tivemos foi forte demais. Demais como um belo pesadelo que termina triste. Você me machucou profundamente e vou levar um tempo para me recuperar, mas farei isso por mim. Preciso esquecê-lo e o que tivemos. Peço que faça o mesmo e esqueça que eu existi algum dia. Vai ser melhor assim.
- Amanda, não... - ele pede com os olhos se enchendo de lágrimas. - Não me peça pra esquecer a única mulher que eu já amei, isso seria impossível! Eu sei que o que eu fiz foi horrível e que pedir perdão é demais, mas mesmo assim eu peço. Eu peço perdão por tudo, Amanda. Você é uma mulher incrível e eu te machuquei por tão pouco... - ele balançou a cabeça e as lágrimas começaram. - Eu nem sei quando vou sair daqui, então... Eu peço que me perdoe e que seja feliz. E que se um dia eu sair daqui, eu vou ser um novo homem e prometo que vou lutar pra te reconquistar e te merecer.
Amanda se mantém firme na frente dele, mas por dentro estava morrendo.
- Se vai mudar de vida, é ótimo. Será bom pra você e pra quem estiver ao seu lado. E ficarei feliz por você... Christian. – ela diz ainda tentando se acostumar com o novo nome dele.
- Se você não estiver ao meu lado, Amanda, então não haverá ninguém. - ele murmura em um tom triste
- E sua família?
- Que família? - ele soltou uma risada amarga. - Eu não tenho família.
- Então o que disse sobre seus pais.. Era verdade? - disse olhando nos olhos dele.
- Seria bom se fosse... - ele olhou pra ela e suspirou - Minha mãe era uma prostituta drogada... Eu tomava mais conta dela do que ela de mim e tinha o cafetão dela... O hobby favorito dele era espancar a nós dois. Quando completei doze anos e minha mãe morreu, eu fugi da casa do cafetão dela e comecei a viver pelo mundo...
- Eu... Sinto muito por sua mãe, Christian... - Amanda diz imaginando a infância terrível que ele viveu e as coisas medonhas que presenciou. - E sinto também pelo sofrimento que passou... Mas agora é a chance de você fazer diferente. Você não precisar ter um final triste, você pode mudar. Todo ser humano pode mudar.
- E eu vou mudar... Por você eu vou mudar. - ele disse.
Amanda assentiu e quando abriu a boca pra falar algo, o policial entrou na sala.
- Fim da visita, senhorita... - ele disse, indo até Christian e o algemando.
- Se cuida, Christian... - Ela disse olhando nos pares de olhos azuis de Grey.
- Digo o mesmo a você, baby... - ele disse, sendo levado da sala. - Eu te amo. - sussurrou olhando pra ela, antes de ir embora.
Amanda agradece o delegado e sai as pressas da delegacia. Quando esta sozinha dentro do carro ela desaba a chorar. Chorou até se sentir mais aliviada. Ela secou as lagrimas e jurou não mais sofrer por Christian, esse era seu verdadeiro nome.
Dias depois quando finalmente conseguiram achar John e Peter, tentando passar a divisa da cidade em um carro roubado, o delegado fez questão de colocá-los frente a frente com Christian. Uma briga começou a rolar no meio da conversa, mas logo os policias intervieram e daí por diante, mas revelações. Christian, que até o momento não tinha entregue seu amigo, percebeu que se ele estava se regenerando, seu amigo tinha que fazer o mesmo. Quando Peter e John terminaram de falar, Christian revelou que Michael Jackson também era um dos mandantes do roubo.
Peter e John confirmaram. Tendo mais um suspeito em mente, o delegado exigiu que um mandato de prisão fosse feito as pressas. Seu maior medo naquele momento era de que mais um bandido tentasse fugir. Com o mandato de prisão pronto, o delegado e mais dois polícias foram para o apartamento de Michael, enquanto outros policias foram encarregamos de mandar um aviso a todas as fronteiras, aeroportos e rodoviárias dos EUA.
Mandy e Michael e estavam abraçados no sofá, assistindo a um filme quando ouviram a campainha tocar. Michael franziu o cenho e Mandy olhou pra ele, estranhando que o porteiro não tenha interfonado antes.
- Está esperando alguém?
- Não... - Ele responde sentindo o coração disparar. - Deve ser o porteiro.. O interfone não tocou. Eu vou ver quem é e já volto, minha princesa. - Michael a beija e levanta para atender a porta.
Ao abrir a porta ele dá de cara com dois policiais e um homem de terno a frente deles com um papel nas mãos.
- Pois não? - Michael disse solicito.
- Senhor Michael Jackson? - o delegado perguntou.
- Sim... - Ele responde baixo. Seu coração bate cada vez mais forte, pois sua hora tinha chegado.
- Michael, quem é? - Mandy perguntou, aparecendo no hall e parando ao vê a polícia. - O que eles querem?
- Olá Mandy... Creio que se lembra de mim, não é? - o delegado perguntou.
- Sim, delegado Gary... O senhor quer falar comigo? - ela perguntou, se aproximando da porta e parando ao lado de Michael.
- Não dessa vez, Mandy. Na verdade, meu assunto é com o senhor Jackson. - ele diz, virando para Michael. - Tenho um mandato de prisão contra o senhor.
- Tem o que? - Mandy perguntou, franzindo o cenho. - Acho que está enganado, delegado... Um mandato contra Michael? Por que?
- Encontramos os dois bandidos que atirou em você, Mandy... E eles, junto a Christian Grey, revelaram que o senhor Michael Jackson é um dos mandantes do roubo.
- Como? - Mandy riu e balançou a cabeça. - Mas é lógico que isso é mentira, delegado... Michael nem conhece esse tal de Christian... Não é, Mike?
Michael enfim não tinha mais saída. Ele pensa em inventar alguma coisa, mas isso pioraria as coisas. Os olhos de Mandy caíram sobre ele com enorme peso. A única opção que tinha era dizer a verdade nua e crua, mesmo que o preço fosse perder para sempre a mulher sua vida.
Michael suspira e responde:
- Eu preferia nunca tê-lo conhecido... Não nas circunstâncias em que aconteceram...
- O que? - Mandy pergunta, se afastando dele. - O que quer dizer com isso, Michael?
"Continuar é tão difícil!" Pensou Michael. Ele passa a mão pelos cabelos respirando fundo.
- Eu conheço Christian há um certo tempo, Mandy e... Santo Deus, eu me arrependo tanto! - Murmurou triste - Ele e eu... Nós planejamos o roubo a joia... - Ao dizer isso os olhos dela arregalam em choque. Apavorado ele tenta aliviar o que dizia - Mandy eu juro pra você que a violência não foi planejada. Era apenas pegar o colar e sumir, mas algo saiu errado...
- Não... Não! - ela grita, sentindo as lágrimas invadirem seus olhos. - É mentira! Para de mentir pra mim!
Michael sente as lágrimas virem aos seus olhos.
- Eu gostaria que fosse mentira meu amor, mas... Eu cometi o maior erro de toda a minha vida! Mandy, eu amo você... Comecei de um jeito torto, mas eu te amo... - Ele disse a vendo chorar nervosa.
Mandy olhou pra ele sentindo algo dentro de si se quebrar. Era como se ao ouvir aquilo ele tivesse se transformando em outro pessoa. Uma pessoa que ela não conhecia e jamais queria conhecer.
- Você quer dizer que... Tudo foi premeditado? Você se tornar meu professor, se aproximar de mim, me fazer gostar de você... Tudo? - ela pergunta, chorando.
- Não tudo... Eu só precisava que... Confiasse em mim.. - Ele diz com dor e pesar - O que aconteceu depois foi totalmente fora dos planos. Eu nunca imaginei que você amar você, Mandy. Nunca achei que pudesse ser capaz de sentir amor, mas senti quando estava do seu lado. Você me mexeu demais comigo! Todas as vezes que eu disse que você era diferente e especial, era verdade. Eu juro! Eu é que nunca prestei e sinto muito por tudo... - Disse choroso.
- Você... Eu não posso acreditar! - ela grita e com raiva parte pra cima dele, começando a socá-lo no peito. - Como você pôde fazer isso comigo? Por que? Por dinheiro? Eu mudei a minha vida por você! - ela grita mais alto e continua socá-lo, sem obter qualquer reação dele para pará-la. - Eu acreditei em você e você me enganou, continua me enganando! Você não me ama, eu não acredito em você! - ela para e olha pra ele, ofegante com lágrimas descendo por seu rosto. - Eu poderia ter morrido... Tudo porque você é um filho da puta egoísta! Eu odeio você, Michael Jackson! Odeio você!
- Eu sei, você tem todo o direito de me odiar. Eu sou um desgraçado filho da puta que nunca mereci o seu amor... - Ele chora enquanto fala - Mas eu não posso negar te amei, Mandy. Minha vida sempre foi uma desgraça. Vivo na escória e é assim que vou terminar os meus dias... Mas o que mais vai doer eternamente é o fato de ter feito você e sua irmã sofrerem, sobretudo você a quem tanto amo. - Ele respira e continua - Você é minha tábua de salvação, Mandy e por sua causa me arrependo de tudo que fiz... E serei eternamente grato.
- Eternamente grato por ter acabado com a minha vida? Que ótimo! - ela diz, engolindo o choro e se virando para o delegado. - Bem, ele é um criminoso, não é? Leve-o daqui, delegado... Eu nunca mais quero vê esse homem na minha vida.
- Não Mandy! Você não entendeu... Eu mudei por sua causa. Eu te amo.... - Ele tentou continuar, mas o delegado o interrompeu.
- Chega disso, senhor Jackson. - ele disse, mandando o policial ir algemá-lo.
Mandy virou o rosto e fechou os olhos para não vê aquela cena. Quando ouviu passos, ela abriu os olhos e viu Michael com as mãos algemadas para trás.
- Nada do que você diga vai mudar o que você fez... - ela murmurou. - Então... Até nunca mais, Michael.
Michael olhou dentro dos olhos dela vendo a dor e o vazio que ele tinha causado aquela mulher maravilhosa que amava. Não havia prisão ou penitência pior do que a imagem daquela expressão gravada em sua mente para sempre. Ele apenas chora enquanto é arrastado pelo corredor a fora. Deus sabe como estava doendo para o dois aquela situação. Desde que Michael se apaixonou por Mandy se arrependia do plano ambicioso que arquitetou com Christian.
Agora o destino fazia a devida justiça, mas será que ele previa o que aqueles jovens corações sentiam?
Da porta Mandy olhou envolta do apartamento. As lembranças dos momentos que ela e Michael passaram estavam naquele lugar. Os jantares, filmes, a primeira noite do casal. Toas essas recordações fazem Mandy fechar a porta e sair as pressas dali. Ela entra em seu apartamento aos prantos. Chorando compulsivamente caiu no sofá e agarrou com força a almofada. Gritava porque ele tinha feito aquilo. Porque tinha mentido? Porque permitir que quase lhe tirassem a vida por causa de um maldito colar?
Ao lado do sofá, na mesinha havia uma fotos deles sorrindo. Mandy pega o porta retrato na mão e observa. Estavam tão felizes! Pelo menos pensava que era. Com raiva e tristeza arremessou o quadro na parede o espedaçando em mil partes. Ela se encolhe no sofá abraçada as próprias pernas lamentando cada minuto que passou ao lado de Michael.
Quando consegue se recompor um pouco Mandy liga para Amanda e desabafa o que aconteceu. Amanda fica surpresa com a prisão de Michael pelo mesmo motivo que levou Christian a prisão. Ela sempre teve o pé atrás com ele, mas jamais pensou que estivesse envolvido no roubo da joia. Ela se dirige ao apartamento da caçula e a consola a irmã com palavras e muitos abraços de força. As duas irmãs novamente estão unidas pela mesma dor. Elas precisavam ser fortes. Precisavam erguer suas cabeças e seguir em frente. Precisavam apagar as marcas profundas que Christian e Michael fizeram em seus corações.
O tempo com certeza seria um grande aliado e a cura de todo o mal que receberam.
Na manhã seguinte os jornais e revistas estamparam a tragédia que as envolveu. Novamente o terror se prolongava por culpa do sensacionalismo. Amanda e Mandy mal podiam dar um passo fora de casa que eram bombardeadas pelas mesma perguntas. Como conheceram aqueles homens? Qual era o grau de relação entre eles? E o que sentiram ao saber de toda a verdade. Não suportando mais essa situação as jovens entraram com uma intimação judicial para sua defesa. Sendo estipulado que nada deste assunto fosse publicado sem a autorização delas. Claro que, se a ordem fosse desrespeitada a punição seria severa de acordo com a lei.
Pronto! O burburinho foi dispersado e graças a Deus elas começaram a ter um pouco de paz para colocar as ideias no lugar. Jack espera a poeira baixar e liga para Mandy. Ela estava no banho e não atende. Ele deixa para mais tarde. Ao sair do banho, ela vê a ligação perdida dele e sorriu. Vestiu a roupa e retornou sua ligação. No segundo toque ele atende:
- Oi baixinha... - Jack disse quase sorrindo.
- Oi, Jack... - ela sorri. - Vi uma ligação perdida sua... Eu estava no banho, desculpa.
- Imagina, não esperei tanto assim. Eu liguei por dois motivos. Primeiro quero saber como você está? Sei que passou por dias difíceis..
- Eu estou melhor... Você sabe, foi uma grande decepção, mas eu estou superando... - ela disse, se deitando na cama. - Obrigado por se desculpar, Jack.
- Sempre vou me preocupar com você, Mandy. Você precisa se cuidar mesmo não vale a pena sofrer pelo passado. Olha, eu fico muito contente de saber que está bem e falando nisso vem o segundo motivo. Liguei pra avisar que a boate está pronta e a inauguração é neste sábado.. E nem adiantar dizer que tem compromisso porque você prometeu presença, ouviu baixinha? - Ele sorri.
- Ora, como se eu fosse recusar esse convite... - ela disse, rindo. - É claro que eu vou! Pode confirmar minha presença, baby... E como você está? Ansioso?
- É bom que venha ou eu iria busca-la. - Ele ri - Estou muito ansioso e empolgado também. Sempre fico feliz quando vejo as coisas saem como planejei, você sabe. Ah, por favor avise a Amanda por mim, por favor. Eu ligaria pessoalmente, mas estou muito ocupado com os últimos detalhes, patrão trabalha em dobro.
- Eu aviso sim, pode deixar. E eu sei como você fica enrolado com essas coisas, me lembro muito bem que o senhor nem me dava atenção por causa disso... - ela diz, em tom de acusação.
- Que comentário maldoso, baixinha! - Disse fingindo choque - Eu sou um homem de negócios, mas nunca esqueci de você e pelo que me lembro... A senhorita era muito bem recompensada depois. - Disse sedutor.
- É? Eu não me lembro disso... - ela disse, com voz inocente.
- Ah não? Hum... Então temos que conversar sobre isso quando você vier no sábado. - Ele continuo com a sedução - Estou ansioso pra te ver, Mandy. Mal posso esperar...
- Também estou ansiosa pra vê você, Jack... Mas só vou com uma condição.
- Qual? - Diz curioso
- Que você dance comigo. Ao menos uma música você vai ter que dançar comigo.
- Ah não..... - Ele fica sem graça - Mandy, você sabe que sou péssimo em dançar. Você vai passar vergonha.
- É mesmo? - ela pergunta. - Então eu não vou.
- Isso é chantagem, Mandy, e o pior é que sempre cedo. - Ele riu - Mas só uma dança, ouviu? Você está conseguindo um milagre, pode acreditar.
- Jack, você sabe que sempre consigo o que quero... - ela disse, prendendo o riso.
- Sei sim, e se você entrar para o ramo do entretenimento vou ter que tomar providências. Você é perigosa, garota! - Ele disse sorrindo.
- Vou pensar sobre assunto... Pelo menos eu já tenho onde me apresentar, o que você mais tem são boates famosas. Tenho certeza que me ajudará, não é?
- Vou pensar no seu caso. Não sei se posso deixar uma mulher tão bonita dançar em público... Seria muito alvoroço. - Ele finge falar sério.
- Eles fariam mais alvoroço por eu ser quem sou, do que pela minha dança... - ela diz, bufando no final
- Duvido muito, com todo respeito, mas.... Sendo maravilhosa e sexy como sei que é, eles não fazer outra coisa a não ser olhar pra você, baixinha.
- Ah sim... Eu esqueci que você é mestre em falar sobre isso, visto que eu já perdeu a conta de tantas... Danças particulares que eu já fiz pra você...
- Bons tempos... - ele disse sorrindo - Eu adoraria vê-la dançar de novo, acho que esqueci um pouco como era, sabe...
Mandy riu.
- É impressão minha ou está insinuando que me deseja, senhor Peterson? - ela perguntou com segunda intenção na voz.
- Sempre desejei, senhorita Lewis. Desde de quando te vi pela primeira vez. - Respondeu no mesmo tom.
- É... Mas no começo você se fez de tímido, me lembro muito bem.
Jack ri alto.
- Você ainda lembra disso? Bom, era um pouco de charme e você é tão bonita que intimida... - Ele disse vendo sua secretária entrar. - - Amorzinho, infelizmente estão me chamando aqui, tenho que ir. Você vem mesmo no sábado, não é?
- Claro que eu vou... Um cara muito especial vai dançar comigo, ele prometeu e eu não irei embora até ter a minha dança. - ela diz sorrindo. - Vai lá, homem ocupado. Resolva tudo para me dá atenção no sábado.
- Sim, senhorita mandona! - Ele sorriu - A dança esse cara não garante muito, mas a atenção vai exclusiva. Pode apostar! Se cuida e fica bem, tá? Adoro você. - Disse carinhoso.
- Vou me cuidar sim e se cuida também. Eu também te adoro, Jack... Estou ansiosa pra sábado... - ela riu. - Beijos.
- Eu também estou. - Sorriu - Vou me cuidar sim, pode deixar. Beijos linda.
- Beijos, Jack. - ela diz, desligando o telefone.
Não sabia realmente o que estava acontecendo, mas ela pôde perceber o clima que se instalou naquela ligação. Será que estava em seu destino voltar pra Jack e ficar com ele? Confusa, Mandy colocou o celular na mesinha de cabeceira e suspirou, pensando em como seria sua noite de sábado.
Obviamente, Amanda sabia que Mandy não desistiria tão fácil, mas quando a irmã deu a ideia de ela chamar Thomas para acompanhá-la, ela a chamou de louca. Onde já se viu, chamar Thomas para ir com ela? Depois de ter dando um fora nele e depois de tudo o que ele havia feito? Mandy disse que ela não tinha nada a perder e precisava de uma companhia masculina pra sair da tristeza em que estava. Depois de tanto ouvir, Amanda suspirou e disse que pensaria no assunto, fazendo a irmã comemorar e cantar vitória, Após desligar o telefone, ela foi direto para o chuveiro e começou a considerar a ideia louca que a irmã havia dado.
Após o banho colocou um vestido confortável e sandália rasteirinha. Foi para o escritório trabalhar nos projetos que ficaram para trás assim que Christian não estava mais na empresa. Amanda tenta manter a mente longe, mas as coisas que Mandy falou mexeram com ela e a caçula tinha certa razão. O máximo que Thomas poderia fazer era dizer não e pronto. Ela já estava ferrada mesmo. Tentar não custa nada. Pensando assim, guardou os documentos e desenhos de joias nas pastas e subiu para o quarto vestir algo melhor.
Quinze minutos depois ela estava pronta. Pegou a bolsa e seguiu para a mansão onde Thomas morava com seus pais. Meia hora depois, ela chega e se apresenta no portão. Sua entrada é liberada. Amanda estaciona o carro em frente a entrada. Caminha até a porta que adentrava o hall da mansão. É recebida pela mãe de Thomas, Georgina Belford. Após abraços e palavras saudosas a bela senhora conduz a moça a sala de jogos, deixando-a na porta com um sorriso leve no rosto. Amanda dá três batidas.
Thomas estava mexendo no celular, deitado no sofá, quando ouviu batidas na porta. Estranhando ser incomodado, ele se levantou e ao abrir a porta ficou extremamente surpresa ao ver sua ex.
- Amanda?
- Oi... - respondeu tímida. - Posso falar com você um momento?
Thomas chegou para o lado, dando passagem para que ela pudesse entrar. Depois de sentarem-se no sofá, ele a olhou com atenção:
- Sou todo ouvidos.
- Eu vim me desculpar... - Ela olha pras mãos sem graça por estar ali - Queria me desculpar pela coisas que disse pra você da última vez que conversamos. Acho que fui dura demais com você...
Thomas riu e balançou a cabeça.
- Você acha? Pois eu tenho certeza, Amanda. Eu sei que fui um péssimo namorado pra você, eu admiti isso desde quando eu voltei, eu disse que te amava de verdade e que queria me redimir, mas você não fez nem questão de me chamar pra ter uma conversa civilizada. Quando eu cheguei na sua empresa, você me tratou com toda frieza do mundo, como se estivesse lhe dando com um contrato de negócios. Eu não sou um objeto que você pode manipular a se bel prazer, Amanda!
Amanda escuta sabendo que ele tinha razão. Por estar com Neal ela foi muito rude aquele dia. Ela suspira.
- Eu sinto muito por ter sido tão grossa com você. Eu estava com a cabeça a mil naquela época. Você com certeza deve saber o que aconteceu a mim e minha irmã, apareceu pro mundo todo... - ela torce o lábio - Mas eu não vim falar sobre isso. Quero saber o que posso fazer pra me redimir? Não quero que se sinta mal por algo ruim que fiz, hm? Tem algo que eu possa fazer por você? - ela disse olhando pra ele com os ombros encolhidos.
- Creio que você não pode fazer muita coisa, Amanda. Você deixou bem claro que não me quer mais como namorado, eu entendi. - ele disse, sério. - E você praticamente desenhou que não me queria por perto.
Ela morde o lábio, nervosa. Estava na cara que ele estava magoado e que o "Não" era a resposta óbvia da noite.
- Eu disse coisas horríveis pra você, eu sei. Se eu pudesse voltar no tempo... - ela passa a mão nos cabelos colocando-os pro lado. - Acho que você vou indo... Você quer ficar sozinho. Foi bom ver você Tom e... Me desculpe por incomodar. - ela disse levantando do sofá
Thomas vê Amanda se levantar e por um momento pensou em deixá-la ir. Mas seu sentimento por ela falou mais alto e antes que ela pudesse tocar a maçaneta da porta, ele a chamou:
- Amanda... Espera. - ele se levantou e foi até ela, virando-a pra si. - O que você realmente quer vindo aqui?
- Me desculpar e... Perguntar se você gostaria de sair comigo. - Ela olhando pra ele com receio.
Thomas a olhou, ficando em silêncio por alguns segundos.
- E depois? Você vai me enxotar como fez da primeira vez?
- Não. - Disse negando com a cabeça - Podemos recomeçar, se você quiser. - Ela diz sincera
- Está falando sério? - ele perguntou arregalando os olhos, surpresos.
- Sim, é sério. Acho que merecemos um novo começo agora que somos mais experientes. - ela sorriu tímida - Então... Você aceita?
- Eu aceito, Amanda... - ele sorri de lado. - Eu gosto muito de você e estou disposto a tentar por nós, mais uma vez.
- Sério? - Ela sorriu por tê-lo imitado - Desculpa, é força do hábito. Isso soou estranho, parece até que estou pedindo sua mão em casamento. - Ela ri corando as maçãs do rosto.
- Não... Essa parte deixa que eu faço... - ele riu e a abraçou pela cintura. - Será que posso beijar minha... Namorada?
Amanda sorriu sentindo alívio e felicidade.
- Claro que pode... Meu namorado. - Ela disse.
Os dois se olharam nos olhos e sorriram como um casal apaixonado. Thomas se aproximou e devagar tomou os lábios dela nos seus, a beijando com amor e cuidado. Amanda sabia que não o amava, mas precisava esquecer o homem que a tinha magoado tão profundamente... Ela sabia que conseguiria isso apenas com um novo amor, então, estava dando a si mesma a chance de ser feliz de verdade, estando com Thomas.
Depois que fez as pazes com Thomas, Amanda volta a sorrir. Mandy estava ansiosíssima para a inauguração da boate de Jack. Ela convida a irmã para irem as compras escolher uma roupa bem bonita para agradar seus acompanhantes. Na loja as duas se divertem provando primeiro os modelos mais improváveis e depois os que realmente valem a pena. Um dia antes do evento elas passam o dia no spa relaxando e fazendo todos os tratamentos de beleza que tinham direito. Da raiz dos cabelos até os pés.
No dia do evento Amanda e Mandy se arrumam para impressionar! Queriam mostrar a todos que haviam superado o passado e que agora seguiriam adiante. Lindas, Morenas e Perfeitas, as duas seguem de limosine seguem de motorista até o aeroporto para pegarem o jatinho particular direto para Los Angeles. No caminho as duas comentam com ansiedade o que poderiam esperar daquela noite. Uma hora depois o avião pousa. O hotel onde ficariam hospedadas depois da festa já estava reservado. De limousine elas seguem para o evento. A mídia inteira estava na porta clicando as celebridades que prestigiavam a inauguração. Jack foi chega causando alvoroço em todos. O carro de Amanda e Mandy chega pouco depois e o trio se encontra no tapete vermelho. Jack abre um sorriso enorme as para as duas.
- Que bom que você vieram! - ele diz abraçando primeiro Amanda e depois Mandy, mais demorado - Você está fantástica, Mandy. - Ele disse ao ouvido dela e sorriu quando se olharam.
- Obrigada, Jack... - ela sorri. - Você também está um gato, baby.
- Obrigado, amorzinho. - Ele sorriu ficando ali, a admirando.
Amanda chama a atenção sorrindo.
- Gente... Eu ainda estou aqui...
Jack riu.
- Tem razão cunhadinha, desculpe. Vamos entrar meninas... - ele disse dando o braço para as duas irmãs.
Amanda e Mandy seguram no braço dele seguindo boate adentro. Foram direto para a área VIP. Muitas celebridades famosas, jogadores de basquetes e pessoas influentes estavam ali prestigiando a festa. Logo que chegam a mesa reservada Jack pede que sirvam bebidas da qual quiserem. A despesa delas seria por conta da casa.
Enquanto escolhiam as bebidas os três conversam animadamente. Jack é claro, aproveita a chance para provocar Amanda.
- E o cadê o galã cunhadinha? Já assustou ele, é?
- Claro que não, seu bobo. Ele deve estar chegando daqui a pouco, ele mandou uma mensagem dizendo que está perto daqui. - Ela responde.
- Hum... Sei. Está nervosa? Você sabe né.. Primeiro encontro é aquela pressão. - ele brinca.
- Para Jack! Vou ficar uma pilha de nervos por culpa sua. - Amanda riu- Mandy dá um jeito no grandão aí, vai.
- Jack, deixa a minha irmã... Você sabe, ela precisa desencalhar e dessa vez vai! - ela diz, entrando na brincadeira.
Amanda encara a irmã em silencio por três estreitando os olhos pra ela.
- Não sei por que ainda peço sua ajuda. - Ela diz rindo.
- Você sabe que eu sou ótima em ajudar, mana... - ela ri e aponta pra frente. - Thomas está vindo...
Thomas passa por algumas pessoas, as vezes cumprimentando algumas e logo depois chega na mesa deles. Aperta a mão de Jack e da um beijo em Mandy. Quando sentou-se perto de Amanda, a abraçou pela cintura e deu um beijo carinhoso em seus lábios.
- Demorei?
- Não amor, nós também chegamos há pouco tempo. Quase nos encontramos, praticamente. - Ela sorri.
- Fala a verdade cunhadinha, você já estava em cólicas esperando o seu love só porque ele demorou cinco minutos. - Jack fala rindo.
- Jack! Não foi assim não... - Ela vira para Thomas - Ele está com graça amor, eu tava quietinha aqui.
- Não precisa mentir, gata... Eu sei que sente a minha falta. - ele sorriu e passou o braço pelo pescoço dela. - Mas eu prometo te recompensar mais tarde, pela minha demora... - sussurrou no ouvido dela, logo depois voltando-se para Jack. - Cunhada? Então quer dizer que voltou a namorar Mandy, Jack?
- Estamos vendo isso ainda, Tom. Tudo depende do que acontecer essa noite. Não é, amorzinho? - Jack fala e sorri de lado pra Mandy.
- Eu não sei de nada... - ela murmura, sorrindo e colocando o cabelo pro lado.
- Você viu só o charme, Tom? - Jack falou - Vou ter um trabalhão, hein.. - ele sorriu.
- Estou percebendo... Eu já tenho a minha garantida, cara, é melhor voltar pra sua logo, pra gente fazer alguma coisa, viajar... - ele sorri e se vira pra Amanda. - Vamos dançar, amor? Assim deixamos os pombinhos se resolverem sozinhos...
- Vamos amor, assim o Jack para de me perturbar. - Amanda fala rindo.
Os dois saem da mesa e Mandy ri, encostado-se no assento da cadeira.
- Não pensei que eu esqueci da sua promessa, ok? - ela diz, tomando um gole de seu coquetel.
- Que promessa, baixinha? - ele brinca.
- A promessa que o senhor me fez, sobre dançar comigo! - ela diz, arqueando uma sobrancelha. - Vai dizer que não se lembra dessa minha condição?
- Lembro sim amorzinho e você lembra da minha proposta? - Ele disse erguendo uma sobrancelha.
- Que proposta?
- A minha dança particular, mocinha esquecida.
- Ah sim... Mas você ainda não merece uma dança particular... - ela disse, fazendo bico.
- Por que não?
- Por que ainda não cumpriu sua promessa... Se não dançar comigo, eu não danço pra você, amor. - ela diz, sorrindo de lado no final.
Jack levanta imediatamente estendendo a mão pra ele.
- Não seja por isso. Você aceitar dançar comigo, linda?
Mandy ri e coloca a mão sobre a dele.
- Vou fingir que você está indo porque quer e não porque eu vou dançar pra você depois disso...
- E se for um pouco dos dois? - ele sorri levando ela na pista.
- E é um pouco dos dois ou esta me enrolando?
- Vamos dançar e eu te mostro a resposta. - Ele diz finalizando o papo assim que entram na pista.
O casal fica frente a frente começando a dançar. A pista estava cheia e o contato com outras pessoas era inevitável. Sendo assim Jack pegou Mandy pela cintura com as duas mãos voltando a dançar. Ele mantinham os olhos fixos nela. Mandy fazia o mesmo. Ela repousa os braços no pescoço dele rebolando o quadril. Jack a puxa mais pra si acompanhando o movimento. Depois ele pega a mão dela girando junto ao corpo permitindo que as costas dela colem em seu peito. Ele mexe a cintura atrás dela. Não demorou muito e Mandy sentia a excitação se fazer presente em seu bumbum.
- Estou indo bem, amor? - ele sussurra no ouvido dela.
- Muito bem... - ela sussurra de volta. - Andou fazendo sula de dança, baby?
- Segredo, baixinha. - as mãos dele descem até as coxas e voltam a cintura - Ficar me ensinou muita coisa, sabia?
- É mesmo? Como o que, por exemplo? - ela perguntou, mexendo o quadril mais forte.
- Hum... Eu prefiro te mostrar em outro lugar, amorzinho. Você aceita?
- Aceito... - ela diz, sorrindo diante de toda aquela loucura.
- Então vem comigo.. - ele sorri pegando a mão dela saindo dali.
Seguiram por um corredor longo até final dele onde havia uma porta. Nela havia plaquinha escrito "Mr. Peterson". Ao entrarem Mandy percebe que ali era o escritório dele. Jack fechou a porta e agarrou a ex namorada por trás cheirando seu cabelo:
- Como eu senti saudades de você, amor?
- Eu também senti saudades de você, Jack... - ela sussurra, fechando os olhos.
Jack tira afasta os cabelos de Mandy do pescoço. Beijando a área ele desliza a mão pela cintura e volta no zíper do vestido. O desceu devagar beijando cada pedaço de pele que ficava a mostra. Escorregou as duas mãos pelos ombros dela fazendo o vestido deslizar até o chão. Ele solta um suspiro pesado.
- Você é muito perfeita... - murmurou a virando pra si.
Jack tocou o rosto dela com carinho lembrando-se de todos os momentos bons que passaram juntos. A triste separação e... Novamente ela era sua. Ele sorriu.
- Eu amo você Mandy...
- Oh, Jack... - ela apenas suspirou e o beijou.
Jack a acolheu em seus braços erguendo no ar. Repousou o corpo dela sobre o sofá e tomou distancia para se despir. Enquanto era assistido tirou a camisa, em seguida o cinto e a calça. Se aproximou de Mandy tornando a beija-la com fervor.
O beijo do casal é quente e cheio de saudade. Embora Mandy não consiga esquecer Michael, ela queria seguir adiante e ter Jack em seus braços era o que precisava agora. O quadril dele pressiona o dela demonstrando o quanto a desejava.
- Eu quero tanto você, amor...
- Eu também te quero muito, Jack... - ela gemeu
Ele sorriu voltando a beija-la. Os beijos percorrem todo o corpo dela com devoção ate a intimidade. Jack a despiu da calcinha e logo se despiu de sua cueca box branca. Arfou enquanto admirava o corpo de sua amada. Ergueu as pernas dela com carinho, beijando cada uma deitando sobre ela. Acomodou-se e a penetrou devagar. Beijou sua boca mexeu no ritmo que mais gostava.
- Ah Mandy... Como é bom amar você.. - Sussurrou beijando-lhe o pescoço.
- Jack... - ela gemeu no ouvido dele, arranhando suas costas. - Mais forte, amor...
- Tudo que voce quiser, meu bem... - ele diz aumentando a intensidade, gemendo pra ela.
- Assim... Oh, Jack, você é tão bom nisso.. - ela gemeu alto, acompanhando o movimento dele.
Para ainda mais prazer a ela, Jack ergueu as pernas de Mandy sobre os ombros investindo forte e fundo, com ela mais gostava. Eles gemem e ele a beija para abafar os gritos do seu grande amor.
Não demorou muito e Mandy começou s aperta-lo por dentro. Jack morde o lábio dela se entregando totalmente aquele pedido silencioso. Desceu as mãos para o bumbum segurando firme investindo tudo de si. Mandy gritou o nome de Jack e ele urrou de prazer quando explodiram. O coração deles bate a mil com o êxtase latejando em seu sexo. Ele beija a boca dela com amor e repousa sorrindo ofegante sobre o peito dela.
Mandy suspirou e acariciou os cabelos dele, sorrindo.
- Jack... Eu acho que vão estranhar que o dono tenha sumido justamente na hora da inauguração da boate... Não acha?
- Ah eles esperam... - ele sorriu erguendo a cabeça - Você é o que mais me importa agora, meu anjo.
- Jack... - ela murmurou, passando a mão pelo rosto dele. - Você está mesmo disposto a voltar comigo depois de tudo... Que eu fiz?
Ele olhou dentro dos olhos dela.
- Mandy, eu sofri bastante, Deus sabe. Mas ficar revivendo isso pra sempre não vai apagar o que aconteceu e, eu não quero isso. Dentro de mim eu já te perdoei e por causa desse perdão quero estar com você porque eu te amo. Amo você assim de tudo e qualquer coisa. Você nasceu pra mim, baixinha e quero terminar os meus dias ao seu lado...
- Ah Jack... - ela murmura com os olhos cheios de lágrimas. - Eu sinto muito, eu fui uma idiota ao trocar você por... Por aquele cara que só me fez mal. Se você soubesse o quanto eu me arrependo... - a voz dela some no final, quando as lágrimas começam a cair.
- Meu amor, não fica assim, já passou. - ele acaricia o rosto dela - Eu sei que foi ruim pra nós dois, mas vamos recomeçar, hum? - ele da um selinho amoroso nela.
- Tudo bem... - ela murmura, limpando as lágrimas. - Vamos recomeçar e dessa vez será pra sempre.
- Vamos meu amor.. - ele sorri e a beija - Sua irma deve estar louca te procurando.
- Eu acho que não, Thomas deve está mantendo-a bem ocupada. - ela ri.
- Você tem razão. - ele riu junto e se levantou - Mas nós temos que ir. Quem mandou s senhorita sequestrar o dono da festa. - Jack brinca.
- Eu sequestrei? Não me lembro disso... Na verdade, só consigo me lembrar de você me trazendo pra cá praticamente no colo. - ela diz, se levantando e procurando por suas roupas.
- Tá bom, essa parte eu assumo, mas foi bom não foi? - Ele diz fechando a calça.
Enquanto Mandy e Jack se divertiam no escritório, Thomas fazia Amanda rodopiar e dançar ao seu redor. Mandy era dançarina profissional, mas Thomas havia acabado de comprovar que a dança era algo que, inegavelmente, vinha no sangue dos Lewis.
Amanda estava mais sexy do que nunca, rebolando os quadris até o chão e subindo lentamente, fazendo questão de escorregar seu corpo pelo corpo de Thomas. E seus beijos? Estava o enlouquecendo completamente! Ele estava tentando ser elegante, mas estava realmente difícil segurar a ereção que estava se formando sob sua calça, ao vê sua namorada rebolando tão convidativa daquela forma.
- Você está me enlouquecendo, sabia? - ele sussurrou no ouvido, puxando sua cintura para colar seus corpos. Amanda agora podia sentir toda a excitação dele em sua bunda.
- Que bom amor, isso significa que você gostando da minha coreografia. - Ela sorriu mordendo o lábio. - Você quer descansar um pouco?
- Não mesmo... - ele sorriu e a virou para si, colando os lábios em seu pescoço. - Eu estou tão... Duro, Amanda! Você realmente está me enlouquecendo...
- Sério? Sabia que eu gosto de você assim... Prontinho pra mim? - Ela sussurra no ouvido dele.
- Amanda... - ele rugiu em um aviso, sorrindo de lado. - Você já transou em um banheiro de boate, gata?
- Não... - ela disse olhando pra ele - Mas por que está dizendo isso? Por acaso não pensou em... - ela deixa a frase no ar.
- Ah, eu estou pensando sim, amor... - ele sorriu de lado e grudou a boca na orelha dela. - Eu prometo que será tão gostoso como se estivéssemos na cama...
Amanda mordeu o lábio olhando pra ele e logo respondeu no ouvido:
- E o que estamos esperando?
- Adoro quando você é determinada assim, Amanda...
Ela sorriu.
- Mas eu sempre fui assim, gatinho...
Pegando em sua mão, Thomas começou a passar por entre as pessoas. Quando chegou ao corredor do banheiro, procurou pelo banheiro para deficientes físicos, onde ele sabia que poderia ficar tranquilamente. Ao achar, ele saiu em direção a ele com Amanda ao seu lado, assim que entraram, ele a prensou contra a parede, tomando seus lábios em um beijo de tirar o fôlego.
- Amanda... Você me enlouquece... - ele murmurou ao largar a boca dela, descendo por seu pescoço.
Amanda apenas gemeu, arranhando as costas de Thomas por cima da camisa. Aquela loucura estava a excitando demais e ela não via a hora de senti-lo dentro de si.
Thomas desceu as mãos pela lateral do corpo dela até chegar a barra de seu vestido, onde ele levantou até a cintura. Mordendo o lábio de Amanda, ele rasgou a calcinha dela, ouvindo um suspiro surpreso vindo dela.
- Acho que não iríamos precisar dela, não é mesmo? - ele perguntou, sorrindo divertido.
- Agora não mais, né... - Ela sorriu.
- Nem pelo resto da noite... Porque isso aqui é apenas o começo, princesa... - ele sussurrou no ouvido dela, começando a tocá-la.
Amanda soltou um gemido alto quando ele a penetrou com dois dedos. Ela estava tão molhada que ele entro sem dificuldade alguma, começando a penetrá-la com os dedos enquanto falava o quanto ela estava quente por dentro e que não poderia esperar nem um segundo para estar dentro dela.
Apressando-se para senti-lo em si, Amanda desabotoou a calça dele, abaixando-a junto com a box azul que ele usava. Ela mordeu o lábio ao vê o quão excitado ele estava. Thomas sorriu de lado e puxou seu queixo para cima, beijando-a enquanto a impulsionada para que colocasse as pernas envolta de sua cintura.
A música estava alta, mas tiveram certeza que se tivesse alguém no corredor, eles ouviram os gemidos de Amanda quando Thomas a penetrou com força, indo até o fundo, da maneira como ela gostava. Eles se beijaram para abafar os gemidos, mas a cada estocada o prazer aumentava dentro deles.
Amanda arranhava suas costas e Thomas praticamente não a segurava, enquanto a prensava contra a porta do banheiro. Seus movimentos ficavam cada vez mais rápidos e seus gemidos mais altos. Quando sentiu Amanda apertá-lo por dentro e jogar a cabeça pra trás, ele aumentou o ritmo.
- Goza pra mim, Amanda... Goza bem gostoso, amor... - ele gemeu.
Amanda gemeu alto e o apertou com mais força, sentindo-o ir ao fundo enquanto ela explodia em um orgasmo forte, gritando o nome dele. Thomas escondeu sua cabeça no pescoço dela e se movimentou com mais vigor, buscando o seu próprio prazer e abafando seu gemido na pele dela, quando gozou com força.
Ofegantes, Thomas a segurou quando o seu corpo ficou mole. Ele sorriu e levantou a cabeça, beijando-a com leveza.
- Isso foi uma experiência boa, não é mesmo?
- Boa... Demais... - Amanda sorriu, ofegante. - Você sempre me levando a fazer novas experiências, não é?
- Sempre amor... Estamos aqui para inovar... - ele disse, colocando-a no chão. - Agora terá de ficar sem calcinha... Isso é um problema?
- Um pouco, mas posso sobreviver a isso. - ela sorriu - Precisamos voltar, gatinho. Estou com sede e minhas pernas ainda tremem - Amanda riu ajeitando o vestido.
- Vamos voltar porque isso só foi uma rapidinha, amor... - ele a abraçou pela cintura e abriu a porta do banheiro. - Recupere a energia porque quando chegarmos ao hotel... Teremos muita coisa a fazer.
Depois de recuperados de toda a loucura, os casais se encontram na mesa como se nada tivesse acontecido. Mas Amanda e Mandy se olham e sorriem, confirmando a si mesmas a loucura que haviam acabado de cometer. Alguns fotógrafos chegam perto deles e tiram fotos e os casais não se incomodam. Durante todo o tempo ficam juntos, conversam e dançam mais um pouco, até verem que era hora de ir embora. Mandy fica com Jack e diz irá pra casa dele e Amanda e Thomas seguem para o hotel onde estão hospedados.
Thomas e Amanda chegam ao hotel com sorrisos e carinhos. Depois de pegar o elevador até a cobertura entraram no quarto. Ela foi tirando a sandália dos pés. Thomas a abraçou por trás dizendo que a melhor parte da noite estava começando. Amanda riu tentando se desvencilhar dele. Quando consegue, vai até a porta do banheiro brincando de seduzi-lo convidando-o para o banho. Thomas sorri de lado caminhando até sua linda namorada demonstrando que o convite estava mais que aceito. Os dois namoram durante o banho e desfrutam um do outro com carinho.
Horas mais tarde quando já tinham dormido pesado, Amanda acorda com um dor insuportável de estômago. Sentia que estava sendo corroída por dentro e ansiava forte. Levantou-se rapidamente da cama e correu para o banheiro já erguendo a tampa do vaso caindo de joelho diante dele, pondo para fora tudo que tinha ingerido. Seu estômago dava voltas, e a cada uma Amanda se inclinava ali. Thomas se move na cama procurando o corpo da namorada, mas ela não esta ali. Abriu os olhos com dificuldade e logo ouviu ruídos de alguém passando mal. Muito mal, na verdade.
- Amanda... – ele disse a si mesmo. Vestiu a cueca rapidamente indo ao banheiro. Ao chegar viu Amanda sentada no chão ao lado vaso. Estava pálida como folha de papel. – Oh meu amor... O que foi? – Murmurou abaixando perto dela.
- Eu... Acho que eu bebi demais... – Ela sussurra chorosa.
Thomas fez carinho na cabeça dela.
- Tudo bem amor, isso vai passar... Eu vou cuidar de você. – Ele pega as mãos dela. – Vem, eu te ajudo a levantar...
- Eu... Estou muito tonta... - Ela disse dando a mão pra ele.
Ao ver que ela ao menos conseguia ficar de pé, Thomas a pegou no colo, levando-a até a cama, onde a colocou sentada.
- Eu acho melhor irmos ao hospital, amor... Não podemos brincar com essas coisas, se algo atacou seu estômago, é porque ele já estava sensível antes... Não queremos que você piore. - ele disse, passando a mão de leve pelo rosto dela.
- Está tudo rodando... - ela disse fechando os olhos e os abriu lentamente - Acho que não consigo me trocar sozinha... Você me ajuda?
- Claro... Espere um segundo. - ele disse, se distanciando.
Thomas foi em direção a mala de Amanda e pegou um vestido leve, junto a um casaco e um par de sapatilhas. Ele a ajudou a se vestir e quando ela estava pronta, ele ligou para a recepção, pedindo para que lhe aprontassem um carro com motorista.
A pegando no colo, Thomas saiu do carro e pegou o elevador. Quando desceu, um dos seguranças do hotel o levou até o carro. Colocando Amanda sentada, ele se sentou logo em seguida, pedindo para que o motorista os levassem para o hospital particular mais próximo que tivesse. Encostando a cabeça dela em seu peito, ele deu um beijo em sua testa.
- Já, já, chegamos ao hospital, amor... - ele sussurrou, vendo-a suspirar baixinho. - Você ainda está enjoada?
- Hurum... Sinto que meu estômago está todo machucado por dentro... - ela murmura. Amanda pega a mão dele com carinho - Obrigada por estar aqui, Tom...
- Eu sempre estarei aqui, meu bem... - ele disse, beijando de leve os lábios dela.
Amanda se aninhou nos braços de Thomas e observou a madrugada iluminada daquela cidade através do vidro do caso. Minutos mais tarde eles dão entrada no hospital. Ela estava abraçada a cintura do namorado. Ele a coloca no assento e se dirige para fazer a ficha. Enquanto esperava atendimento Amanda sente a cabeça dar uma tontura muito forte a ponto de fazê-la bambear na cadeira e cair lentamente para o lado sobre uma senhora que ali estava.
A senhora consegue pegar Amanda não permitindo que caia no chão. Ela chama por enfermeiros fazem todos olharam pra si. Thomas deixou o balcão e foi correndo até a namorada.
- Ela desmaiou.... - Disse a senhora - Graças a Deus ela não caiu no chão...
- Oh Deus... Amanda... - ele murmura e beija o rosto da namorada. - Muito obrigada, senhora. Algum enfermeiro poderia vir aqui? Minha namorada desmaiou, por favor, alguém... - ele chama em voz alta.
Não demorou muito até vir as pressas uma enfermeira de roupa azul. Era loira e alta. Ela se dispõe assim que está diante deles:
- O que aconteceu com ela? - Falou olhando a moça desacordada.
- Ela acordou com estômago enjoado e vomitou muito... Ela ficou o tempo todo tonta, mas desmaiou agora. Eu estou preocupado! - ele diz, olhando pra enfermeira com desespero.
- Certo! Não se preocupe, vamos cuidar dela agora. - Respondeu a enfermeira - Vou buscar uma cadeira de rodas. Espere um minuto.
Ela se ausenta brevemente e retorna empurrando a cadeira de rodas. Eles colocam Amanda na cadeira e saem depressa para a sala do médico de plantão.Na sala, deitam a paciente na maca e a enfermeira sai para chamar o médico. Thomas fica ao lado de Amanda o tempo todo, segurando sua mão e a beijava sussurrando que tudo ficaria bem.
Uma médica entra no quarto entra no quarto. Era asiática de cabelos compridos castanhos com mechas cor de mel nas pontas.
- Boa noite. Sou a doutora Silvia Sayuri. - ela disse a Thomas. - Você é o que da paciente?
- Olá doutora... - ele apertou a mão dela. - Me chamo Thomas... Sou namorando de Amanda. - ele disse, amigável
- Ótimo! - Silvia chega perto de Amanda e checa o pulso - A enfermeira me disse que ela passou mal em casa, não é?
- Muito mal... Ela vomitou muito e desmaiou aqui no hospital. Estamos achando que é algo que ela possa ter bebido hoje... Saímos mais cedo e ela possa ter exagerado... - ele diz, acariciando a mão dela.
- Entendo. Bom, vou medica-la por via intravenosa e logo sua namorada ficará bem. Pedirei também exames de sangue para como está a taxa de açúcar. Você sabe que horas ela se alimentou a ultima vez?
- Hm... Provavelmente antes de sairmos, então acho que foi por volta de umas oito e meia da noite...
- Ok! Ela ficará de observação por conta do desmaio, mas após os exames podemos libera-la, certo? - ela disse o vendo assentir - Vou atender outros pacientes, mas qualquer coisa me chame.
me chame imediatamente*
Thomas assentiu, vendo-a sair logo depois.
A enfermeira Cassie, que os atendeu no corredor, volta com a bandeja de injeções e soro. Ela coloca os remédios no soro e aplica o mesmo na veia de Amanda deixando o pendurado num suporte próprio. Sorrindo de leve ela mostra tranquilidade a Thomas e também se dispõe para ser chama quando precisar.
Conforme o remédio faz efeito Amanda começa a acordar. Ao seu Thomas estava como o rosto um pouco turvo, mas ela sabia que era ele.
- Amor... - ela murmurou - Eu desmaiei?
- Oi, meu bem... Você desmaiou sim, mas a médica já aplicou um remédio em você e colheu seu sangue para exames... Devem ficar prontos daqui a pouco... - ele passou a mão pelos cabelos dela. - Você está melhor?
- Hum... Pra qual dos dois eu respondo? - Ela brinca sorrindo de leve. - Estou melhorando, mas a visão ainda está estranha.
- Deve ser por causa do remédio, tem que terminar de fazer efeito. - ele sorriu. - Quer que eu chame a médica agora?
- Não amor, estou bem. - Ela sorri - Já comecei a te dar trabalho não é?
- É né... E me deixar louco de preocupação.
- Ah... Me desculpa.. Acho que exagerei na diversão. - Disse envergonhada - Mas aquela parte depois da dança foi bem legal... - ela ri um pouco grogue.
- É mesmo, mocinha? - ele riu. - Você adora aprontar, garota... Aí abusa demais. Da próxima vez, serei bem mais cauteloso e farei tudo devagar. - piscou
- Hm...Tá bom... - ele pisca com sono e boceja - Acho que vou dormir um pouquinho amor... Deita aqui comigo?
Ele sorriu.
- Deito, amor... - ele disse, esperando ela chegar para o lado. Se deitou e a colocou em seu peito. - Durma, eu não vou sair daqui.
Amanda adormece rapidamente com o efeito dos medicamentos. Thomas fazia carinho na cabeça dela sentindo aroma de seus cabelos. Era parecia tão frágil em seus braços. Ele reflete a ideia de que esses anos longe serviram para que aprendesse a descobrir a si próprio. Após um beijo suave na testa da amada ele também relaxou se entregando ao sono.
Mais tarde, a doutora Silvia o desperta com papéis nas mãos. Ele sorri sem graça por estar deitado na cama da paciente e se desculpa. Dra. Silvia disse que não havia problema quanto a isso. Confessou que era bonito um casal jovem tão unido assim. Seu sorriso era confortável e terno enquanto falava.
- Eu trouxe os resultados dos exames. - Ela disse com papéis nas mãos.
- Ótimo - ele sorriu e chegou perto do ouvido de Amanda, murmurando: - Amor, acorda... Seus exames ficaram prontos...
- Hum... Exames? - Ela repete despertando.
- Isso... A médica esta aqui. - ele disse, vendo-a despertar.
- Olá, bom dia Amanda... - A médica sorriu vendo a paciente sentar na cama para prosseguir - Seus exames ficaram prontos. Sente-se melhor?
- Bom dia doutora. - Amanda responde - Estou bem, obrigada. Até dormi. - ela sorri.
- Ótimo! Dormir é normal no seu estado. Bom, nos exames a sua taxa de açúcar estava muito baixa e o teor de álcool no seu sangue não é recomendado. Você não está em condições de fazer esse tipo de extravagância, Amanda. É prejudicial para o bebê ingerir bebidas alcoólicas durante a gestação....
Amanda ouve a palavra "gestação" e interrompe imediatamente a médica.
- Espera aí doutora, a senhora disse... Gestação?- ela pergunta confusa.
- Sim falei. - Dra. Silvia diz convicta. Amanda e Thomas arregalam os olhos - E a julgar pela expressão dos dois, você não sabiam disso?
- Eu... Não... Não pode ser... - Amanda murmurou em voz alta levando a mão na boca - Grávida? Deus do céu...
- Tanto pode como você está, Amanda. - Thomas disse, engolindo em seco. - A senhora tem alguma noção de quanto tempo ela possa estar, doutora?
- Segundos os exames, Amanda está com dois meses de gestação. Peço que procurem o ginecologista dela e este encaminhará para o obstetra. Ela precisa fazer o pré-natal o mais rápido possível. - Dra. Silvia os orienta.
Thomas olhava atônito aquela notícia tão inesperada. Seu coração era uma mistura de sentimentos. Estava com medo, mas ao mesmo muito surpreso. Amanda tem os olhos lacrimejando e olha pra ele sem saber o que dizer. Parecia tão impotente quanto seu namorado.
Dando mais algumas orientações, a doutora diz que Amanda já está liberada e pede para que a enfermeira tire o soro dela. Quando saem do quarto, Thomas se distancia de Amanda e anda de um lado para o outro, parando logo depois, de frente pra ela.
- Esse filho... É daquele cara que foi preso, não é? O tal de Neal Caffrey... - ele murmura. - Eu já desconfiava que vocês tivessem tido um caso, mas eu não perguntei por que eu não queria me aprofundar nisso, ele já fazia parte do passado e estava preso, mas agora... Você está grávida dele... - ele passa as mãos pelos cabelos, sem ter mais o que dizer.
Amanda sente o coração gelar com a ideia de ter um filho de Neal em seu ventre. Dois meses... Ela só estava com Thomas a um mês portanto, pelas contas a criança era mesmo do cara que a enganou. Ela tenta achar palavras que expressem aquela situação, mas não as encontra como gostaria.
- Eu não sabia que... Estava grávida. Me desculpa Tom, eu não... Eu não sei o que dizer... - Ela fala com a voz embargada e lágrimas nos olhos.
- Eu também não sei, Amanda... - ele disse, em um tom decepcionado. - Você me dispensou pra ficar com ele... Ele te enganou, você veio correndo de volta pra mim, mas agora está grávida... Dele! É muita informação na minha cabeça...
Amanda sente o choro apertar sua garganta. O sufoco se estende pelos pulmões. Mesmo longe ainda a fazia sofrer, como era possível? E assistir Thomas daquele jeito estava acabando com ela.
- Thomas eu fui uma idiota por acreditar naquele cara. Me arrependo de cada minuto que passei com ele.. - Disse chorosa - Mas você tem razão é muita informação e... Você não tem obrigação de continuar, se não quiser. Eu vou entender... - ela disse sentando na primeira cadeira que viu por perto.
- Você... Ainda tem algum contato com ele ou algo do tipo?
- Não. Só o vi uma única vez logo que foi preso, depois disso nunca mais. Nem para visitas. - Ela disse olhando nos olhos dele.
- Pretende vê-lo?
- Não. - Ela balança a cabeça.
- Sabe, Amanda... Essa criança não tem culpa do cara que a fez... E eu tenho certeza que ela não merece nascer sem um pai. Eu amo você, e o cara com quem você se relacionou está preso. Eu simplesmente não conseguiria deixar a mulher que eu amo sozinha e com um bebê. Então... Eu não vou me separar de você. - ele se aproximou dela e pegou sua mão. - Se você permitir, eu gostaria de ser seu marido e pai desse bebê.
Amanda mal podia acreditar no que estava ouvindo. As lágrimas descem por vontade própria pelo rosto. Seu coração está completamente derretido com tanta bondade e amor da parte dele. Ela pega a mão dele e beija como afeto.
- Oh Deus Thomas.... - Ela chora emocionada segurando firme a mão dele contra o seu peito. - Eu te amo tanto...
- Eu também te amo muito, meu bem... - ele sorriu e a abraçou com carinho. - Prometo cuidar muito bem de você e de nosso bebê.
Ela o abraça o mais forte que pode. Era surreal e lindo o que Thomas estava fazendo por Amanda. Ela beija o pescoço dele em seguida pegou o rosto dele com as mãos e beijou seus lábios com amor.
Amanda e Thomas sairão do hospital com a esperança de serem felizes dali em diante. Levar um filho de Neal era uma realidade imutável, mas saber que Thomas estaria ao seu lado mesmo nessas condições fez toda a diferença pra ela. Ao chegarem no hotel conversaram melhor sobre o assunto e ele confirma que estaria presente e seria um bom pai para o bebe. Amanda novamente recai na emoção e aos prantos diz que seria a melhor mulher do mundo pra ele.
No dia seguinte, Amanda entra em contato com a irma e as duas combinam de se encontrar no apartamento de Jack para conversarem. Mandy sente a apreensão na voz da irmã e pergunta o que houve, mas Amands não adianta o assunto preferindo dizer pessoalmente. Mandy sem ter o que fazer assente aguardando o que viria.
Thomas deixa a namorada em frente ao prédio dizendo que passaria a noite para pega-la. Amanda assente e mais uma vez o agradece por estar ali. Os dois se beijam com carinho na despedida. Segui para a recepção para ser anunciada. O porteiro interfona no apartamento e pouco depois Amanda toca a campainha.
Mandy estava na cozinha com Jack, terminando de preparar um lanche, quando ouviu a campainha tocar. Dando um beijo no namorado, ela pediu licença e foi abrir a porta.
- Oi, irmã... - ela a abraçou Amanda com força. - Entra.
- Oi May, desculpa vir assim, mas.. Eu não podia esperar. - Amanda disse ao abraça-la.
Mandy assentiu e a levou para o sofá, sentando-se ao lado dela.
- Então me conte tudo, baby. - ela pegou a mão da irmã.
Amanda suspira.
- Ontem depois que a gente foi embora da boate Tom e eu fomos pro hotel e dormimos... Quando foi de madrugada eu acordei passando mal. Meu estomago estava em carne viva e veio uma ânsia insuportável. Sai correndo pro banheiro e me desfiz toda... Quando dei por mim o Tom estava de pé na porta, com os olhos arregalados perguntando o que aconteceu. Depois disso quando chegamos no P.S e eu desmaiei lá...
Amanda faz uma pausa e suspira.
Uma médica me atendeu e fez vários exames, inclusive o de sangue. E por causa desse exame eu estou aqui, minha irmã. Eu... Estou grávida... - Ela disse num tom de voz baixo.
- Como? - Mandy perguntou quase em um grito, assustada. - Amanda... Por Deus, você está grávida do... Caffrey? Ou melhor... Grey?
- Acho que sim Mandy... Segundo o exame, estou gravida a dois meses e estou com o Tom a um mês... E o Tom estava junto quando a médica falou o resultado...
- Oh meu Deus... E como foi a reação dele?
- Ele... Ele ficou muito atordoado sabe.. Fiquei péssima mana... - Amanda sente as lagrimas chegando - A gente estava tão bem... Mas o que mais me surpreendeu foi ele perguntar se eu tinha contato com Grey e depois que eu disse que não, ele ficou do meu lado mana... - ela disse deixando o choro sair.
- Ele... Você está me dizendo que Tom aceitou tudo isso? - ela perguntou, chocada. Nunca pensou que Thomas, o homem que abandonara sua irmã há alguns anos atrás, fosse capaz de um ato como esse.
- Aceitou... E disse que vai ser um pai pro nosso bebê... Ele chamou de ''nosso bebê'', Mandy.. Tem noção disso?
- Deus, eu estou chocada! - ela murmurou, balançando a cabeça. - É muita informação. Você grávida do Grey, Thomas dizendo que ficará ao seu lado... E eu serei tia! - ela sorriu, por fim. - Amanda... Você está feliz com tudo isso, irmã?
- Estou, mas... - ela passa a mão sobre a barriga - ... Estou com medo Mandy eu nunca fui mãe e como você disse, é muita informação, minha irma..
- Hei, ninguém nasce sabendo ser mãe, bobinha... - ela sorriu, colocando a mão por cima da mão da irmã. - E eu tenho certeza que você será uma ótima mãe. E eu serei uma ótima tia, como Thomas provavelmente será um mega pai. Esse bebezinho vai ser muito amado!
- Oh Mandy... - Amanda murmurou com sorriso - Eu já o amo tanto, é engraçado isso.
- O que é tão engraçado? E por que você está chorando, Amanda? - Jack fala ao entrar na sala.
Amanda apenas olha Mandy pedindo que respondesse a pergunta do cunhado.
- Porque Amanda está grávida! - ela diz contente, se levantando e indo abraçar o namorado. - Vamos ter um sobrinho, amor!
- Mas já? - Jack disse surpreso - O Tom é ligeiro mesmo hein? - ele riu vendo Amanda se encolher no sofá. Estranhando a reação dela se virou pra namorada - Por que a Amanda está assim?
Mandy olhou pra irmã, pedindo com o olhar, permissão para contar a verdade ao namorado. Amanda assentiu. Ela saia que poderia confiar em Jack.
- Porque... Thomas não é o pai do bebê. - Mandy murmurou em um tom baixo. - Assim como eu, Amanda também foi enganada... Ela se envolveu com o Neal, que na verdade se chama Grey e... Ela está grávida dele.
Jack arregala os olhos e senta no sofá. Respirou fundo olhando para a cunhada.
- Isso é sério, Amanda? - ele diz.
- Sim Jack... Descobri ontem..
- Meu Deus, então se você esta.... - ele passa com força a mão pelos cabelos. Respirou fundo olhando a namorada imaginando que poderia acontecer com eles também- Será que... Nós?
- O que? - Mandy arregalou os olhos e logo depois balançou a cabeça em negativa. - Não, eu não estou grávida, Jack... Eu tomo remédio, lembra? Tenho certeza de que não estou. Não precisa se preocupar.
- Tudo bem, é que eu pensei.... Me desculpa ta amor? - ele diz pondo Mandy em seu colo
- Não precisa se desculpar, amor... Eu entendo sua preocupação. - ela sorriu de leve e o beijou. - Thomas vai ficar ao lado de Amanda... Isso não é uma prova de amor?
- Ele vai? Uau...
- Sim, e disse que vai ser um pai pro nosso bebe... - Amanda completou, sorrindo.
- Porra! O Tom é o cara mesmo, hein. Ele te ama muito Amanda.
- Eu sei Jack... E vou fazê-lo muito feliz, ele merece. - Amanda responde sincera.
- Vocês serão muito felizes, eu tenho certeza! - Mandy disse, batendo palmas. - E quando será o casamento? Precisamos pensar em tudo, Amanda... Temos que pensar no vestido, no buquê, na comida... Tem também o bolo e, claro, a festa tem que ser na casa da mamãe! Oh meu Deus, são tantos detalhes...
- Hey amor, falta o pedido do Tom né? - Jack riu. - E logo depois vai ser o nosso senhorita, se prepare..
- Nosso casamento ou... Nosso bebê? - ela pergunta, sorrindo de lado.
- Os dois meu amor, mais um de cada vez. - ele sorriu
- Sim, senhor certinho... - ela ri e vira-se para a irmã. - Quero sabe logo se vai ser menino ou menina para que eu possa encher de brinquedos!
Amanda sorriu com a animação deles.
- Tá bom mana, mas vai com calma.. Não quero filho mimado demais, viu? -ela ri.
- Mana.. Eu sou mimada... Eu vou mimá-lo muito, pode apostar! - ela riu. - Assim como vou mimar muito o meu filho.
- Tudo bem, eu também não vou resistir quando meus sobrinhos chegarem... - Amanda sorri.
- Então pronto, senhorita... - ela sorriu. - Quando vai se consultar com a médica? Quero ir na primeira ultra
- Vou na semana que vem. E a doutora disse que vai dar pra ver o bebe, pequenininho, mas vai dar pra ver...
- Ah eu quero ir junto. - Jack falou empolgado - Será que dá pra saber o sexo?
- Não sei grandão... Mas se der, vai ser muito bom. Quero escolher um nome lindo..
- Eu vou ajudar a escolher o nome também... - Mandy riu. - Ah, eu estou tão feliz... Dar pra perceber?
- Um pouco amor, quando o nosso vier só não surta, ta? - Jack diz segurando o riso.
- Vai ser um pouco difícil... Eu vou ficar eufórica! - ela riu. - Mas por enquanto, vamos curtir muito nosso sobrinho ou sobrinha!
Eles riram e começaram a fazer planos para o primeiro herdeiro da família. Durante a tarde Thomas liga no celular da namorada pra saber como estava. Com alegria Amanda fala que sua irma e o cunhado ficaram muito felizes e mal podiam esperar pelo casamento. Thomas riu dizendo que seria muito em breve. Ela fica sem fala e se derrete ao telefone. Depois de alguns mimos ele promete pega-la mais tarde, Amanda sorri dizendo que vai espera-lo.
Assim que a história haja sido esclarecida Amanda pode respirar aliviada. Esperaria a chegada do bebê com um homem maravilhoso a seu lado. Homem que ela nunca imaginou agir como agiu. Thomas era aventureiro demais. Ninguém o controlava. Porém, ele tinha mudado de verdade. O tempo em que ficou afastado fez com que desse valor ao que realmente importava, e Amanda estava no topo desta lista.
Com a ajuda da Mandy, Amanda começou os preparativos do casamento. Jack ofereceu presenteá-los com a festa, que segundo ele seria a maior do século. O casal aceita com alegria o presente. Thomas vai atrás da parte cerimonial e burocrática. A correria de todos para fazer o melhor é grande; e enquanto isso, o bebê crescia saudável e amado no ventre da jovem mãe. No mês seguinte Amanda Lewis e Thomas Belford se casaram na Igreja de Santa Mônica, em Los Angeles. Eles estavam lindos! Mandy e Jack testemunharam juntos aos pais do noivo a união do casal. No momento dos votos foi impossível não ir às lágrimas com a declaração que fizeram um ao outro. Na troca das alianças Thomas brinca como se tivesse as esquecido fazendo Amanda olha-lo assustada, mas logo ele tira a caixinha do bolso trazendo a todos os presentes risos de alívio. Quando o ritual se encerra, o padre pede que o novo casal sele a união com um beijo. Sorrindo os noivos se aproximam lentamente, como na cena de um filme romântico. Thomas leva a mão no rosto de Amanda e dá um beijo apaixonado nos lábios dela, em seguida abaixou-se e beijou a barriga de três meses dela. A recém-esposa não pode conter as lágrimas de emoção quando ele se volta pra ela novamente o abraçou dando um selinho nele.
A festa foi preparada apenas para amigos, familiares e pessoas íntimas. A mídia tentava a todo custo conseguir uma foto casal celebrando sua felicidade, mas não era possível. A equipe de segurança que Jack contratou era a melhor no ramo e tratava perfeitamente de eventos desse porte. Havia celebridades e pessoas muito importantes ali. Amigos ilustres dos noivos que também precisavam de privacidade para curtir uma boa festa de casamento. Os noivos chegam depois que todos estão bem a vontade. São ovacionados com palmas, gritos e assobios. A recepção é muito calorosa e eles são dirigidos a sua mesa juntos com os familiares e padrinhos. Mandy e Jack são os primeiros cumprimenta-los seguidos de Marsha e Frank Belford. Mais tarde o casal circula entre os convidados e a conversa segue agradável com todos. No momento da valsa o casal escolhe a música “Stand by Me” de John Lennon. Fazem uma romântica coreografia salpicada de beijos e sorrisos.
Depois que cortaram o bolo e o buque voar pelos ares nas mãos de uma prima de Thomas o casal se despede para a Lua de Mel. Mandy e Jack se despedem calorosamente deles mais uma vez desejando muita alegria e felicidade. O casal passará dez dias em lua de mel na Tailândia. Sugestão do noivo que adora aquele lugar. Segundo ele, o clima exótico trará mais paixão a eles.
Ainda naqueles dias que o amor estava no Jack aproveita para refazer o grande pedido a Mandy, o amor da sua vida. Ele prepara um dia todo especial. A mandou para um SPA pedindo que lhe descem todos os tratamentos de uma rainha. Mandy agradece muito ao namorado este belo presente e usufrui de tudo com prazer. Mas ela não sabia que o mais esperado viria depois. Quando a noite caiu Jack pede que Mandy se vista algo formal, pois sairiam pra jantar num lugar especial. Toda curiosa ela pergunta o porquê dos mimos e ele nada revelou, a deixando mordida de ansiedade.
Ao busca-la no apartamento quase caiu de costas por vê-la tão perfeita daquele jeito. Mandy se vestiu para matar o namorado de amor. Ele suspira profundamente e a beija perguntando se estava pronta para irem. Ela assente que sim. No trajeto Jack ora ou outra olha pra Mandy causando nela sorrisos.
- Por que você fica me olhando desse jeito, Jack? Tem algo errado aqui? – ela pergunta rindo pra ele.
- Não! Pelo contrário, você está linda demais. Por isso não consigo parar de olhar, minha linda. – Ele diz encantado.
Mandy sorri pra ele e o beija no rosto para não atrapalhar enquanto dirigia. Poucos minutos depois eles estão no restaurante. O ambiente era luxuoso e requintado, como ela adora. Pelo maitre são levados a mesa que estava reservada. Depois de olhar a carta de vinhos, um vinho tinto dos mais antigos foi o escolhido. O jantar do casal segue tranquilo e muito agradável. Além do amor de homem e mulher que sentem um pelo outro, Jack e Mandy tem uma relação de amizade estreita.
Ambos sorriam e trocavam alguns beijos durante a refeição. Após a sobremesa eles se dirigiram a varanda que estava a disposição dos clientes. A lua estava fantástica e o céu repleto de estrela. Tudo conspirava para o momento. Mandy encosta o corpo no balaustre de concreto. Jack a abraçou por trás envolvendo seus braços na cintura dela. Os dois olham em silencio a paisagem da cidade iluminada. Nova York podia ser muito bela daquele ângulo. Um tempo depois Jack a virou pra si sentindo o coração acelerar. A hora tinha chegado.
- Mandy... Meu amor... Eu pensei muito e planejei muito o que dizer pra você. Fiz mil discursos diante espelho e... Agora as palavras que eu ensaiei sumiram... - Ele sorri nervoso - Bom, eu quero dizer que a amo, amo demais. Que eu sou o homem mais feliz do mundo por ter você do meu lado e ver a Amanda e o Thomas casando foi algo que me fez pensar que eu não podia mais esperar, então... - Ele suspira profundo vendo os olhos dela fitando os seus. Devagar ele tira uma caixinha preta e abre ficando de joelho diante dela - Mandy Lewis.... Você aceita se casar comigo?
Mandy o observou ajoelhado a sua frente, a olhando em expectativa. Naquele momento um filme passou em sua mente, desde o momento em que se envolveu com Michael, até o dia de hoje. Ela amava Michael, mas também amava Jack e sabia que Jack era o homem certo pra ela, o homem que a amava de verdade, que a aceitou de volta mesmo depois de ela ter errado tanto. Emocionada, ela respondeu:
- Oh, Jack... - ela sorriu, os olhos cheios d'água. - Eu aceito, é claro que eu aceito!
Jack abre um sorriso aliviado.
- Oh graças a Deus... Me dê a sua mão... - Pediu e Mandy estendeu a mão pra ele. Jack coloco lindo anel de diamante na mão dela dá um beijo e volta a ficar de pé. - Obrigado por aceitar meu amor, eu te amo tanto... - Disse emocionado - Nós vamos ser muito felizes, eu prometo.
- Eu também te amo muito, Jack... Obrigada por me dar uma segunda chance. - ela sorriu, o abraçando.
Ele carinhosamente pega o rosto dela com as mãos olhando em seus olhos.
- Esqueça o que passou, meu anjo... Agora você vai ser só minha, pra sempre. - Ele sorri. - E quando for a hora certa vamos ter nossos filhos e seres uma família perfeita.
- Sim, nós seremos... - ela pegou o rosto dele em suas mãos e ficou na ponta dos pés, beijando-o com amor. - Obrigada por me fazer tão feliz, Jack.
- Você, é quem me faz feliz, minha baixinha... - ele completa pegando ela de surpresa pela cintura dando um beijo intenso e apaixonado.
Uma semana depois.
Roger Miller passou pelo detector de metais e logo foi levado para a sala de visitas. Sendo advogado de Michael e Christian, ele os visitava quase sempre que tinha notícia de coisas que realmente valesse a pena contar. E isso era algo que valia a pena ser contada. Alguns minutos depois a porta foi aberta e Michael e Christian entraram. Eles se sentaram em frente ao advogado.
- Vamos, Roger... Diga que tem algo de bom pra contar! - Christian disse, visivelmente ansioso.
- Tenho, mas acho que vocês não vão gostar muito... - Respondeu o advogado.
- Ihh... Eu não gosto dessa cara, Roger o que foi dessa vez. É alguma cisa sobre nossa sentença? - Michael fala cruzando os braços.
- Sobre a sentença estou conseguindo abrir um processo que pode liberta-los daqui a um ano, se vocês tiverem um bom comportamento e o juiz for o quem eu estou pensando... Então peço que vocês colaborem, por favor.
- Um comportamento melhor do que o nosso? Você não precisa se preocupar com isso, nós mudamos, Roger! - Christian disse na defensiva.
- Sim, nós mudamos de verdade, Roger. Pode ficar tranquilo. - Michael completou.
- Assim espero. Confio em vocês! - Roger respondeu - Mas como pediram notícias, peço que vocês se preparem...
- Fala logo, Roger! Esse suspense é ridículo.
O advogado suspira colocando a pasta sobre a mesa e tira duas revistas entregando nas mãos de cada um. Na capa da primeira estava estampada a foto de Amanda e Thomas no dia do casamento. O casal sorria feliz saindo da igreja. Amanda estava radiante naquele vestido branco que marcava sua barriga protuberante. Na segunda revista Mandy estava na capa dando um beijo significativo em Jack. A legenda de letras garrafais explode nas vistas de Michael. "Mandy Lewis e Jack Peterson O próximo casal do ano".
Vendo a expressão decepcionada dos dois, Roger disse:
- Desculpem... Mas eu falei que elas seguiriam suas vidas,,,
- Eu não posso acreditar... - Christian balançou a cabeça, olhando para a foto. E seguiram bem rápido, porque.. Amanda está grávida! - passou as mãos pelos cabelos, exasperado. - Isso não pode está acontecendo, eu tinha esperanças, pelo amor de Deus!
- Christian... Eu pedi a você que não guardasse esperanças sobre ela. O mesmo disse ao Michael. Amanda e Mandy seguiram em frente e vocês devem fazer o mesmo. É melhor assim, Acredite! - Roger os aconselhou.
- É muito fácil falar, Roger... - Christian murmurou.
- Verdade... Você só fala assim por que é nosso advogado e nos quer livres de problemas, mas no fundo só Christian e eu sabemos o que foi conhecer essas mulheres. É impossível esquece-las, Roger. Simplesmente não dá. - Michael diz colocando com força a revista sobre a mesa.
- Michael tem toda a razão, Roger! - Christian disse, suspirando. - Mas pra mim é o fim da linha. Amanda está grávida e se casou... Tenho que me acostumar com a ideia de que eu a perdi.
Roger respirou fundo.
- Christian e Michael... Estou aqui como advogado de vocês, mas o que falei está fora dos meus deveres, falo como amigo. Não ter que ficar relembrando o que aconteceu no passado, mas me digam com sinceridade.. Depois de tudo vocês acham mesmo que Amanda e Mandy os aceitariam de volta como se nada tivesse acontecido? - Ele diz calmo e sincero. Christian e Mike ficaram em silêncio. - Foi o que pensei. Se sabem a resposta procurem pensar em vocês. O que farão assim se conseguirmos o processo em liberdade. Gente, isso é uma chance de vida nova.. Não joguem fora ficando presos ao passado.
- Você pode até estar certo, Roger, mas você não conseguiria entender... Fizemos muito mal a elas, descobrimos que a amamos tarde demais... É mais do que ter a necessidade de voltar, é também ter a necessidade de ser perdoado. Eu não vou consegui viver em paz enquanto Amanda continuar me odiando.
- Eu entendo Christian, mas...
- Roger, por favor, você não vai entender. Esquece! - Michael disse o interrompendo - Agradeço sua preocupação e seu empenho em nos tirar daqui, só que esse assunto é delicado. Eu pelo menos não quero falar mais nele, se for possível.
- Tudo bem Michael, não vou tocar no assunto a não ser que me peçam. - Roger disse encerrando aquela conversa - Eu vou falar com alguns colegas para sondar o que mais posso fazer para adiar o processo, certo? Vamos pensar positivo e tudo vai dar certo. Vocês precisam de alguma coisa?
- Tem cigarro? - Michael disse.
- Só tenho uma carteira que acabei de comprar, serve?
- Serve. - Ele responde.
Roger abre o paletó e tira a carteira de cigarro e entrega a Michael.
- Você está fumando agora, Michael? - Disse surpreso, o advogado.
- Não, é só pra um colega de cela que está encrencado. Odeio cigarro.
- Tudo bem. E você Christian, precisa alguma coisa?
- Apenas ficar sozinho... - ele disse. - Obrigado pela sua visita, Roger, apesar de não ter trago notícias tão boas assim.
- Não agradeça, fiz porque me preocupo e eu sinto por isso, mas eu não podia esconder a verdade. - Roger falou tomando a pasta nas mãos.
- Obrigado por nos ajudar Roger e desculpa qualquer coisa. Acho que ainda preciso pensar sobre minha vida.
- Tudo bem Michael, não me ofendeu. - Roger disse olhando pra ele - Pense em você a partir de agora, ok? Vai se sentir melhor.
- Vou fazer isso sim Roger. Obrigado mais uma vez. - Michael assente.
O advogado também assentiu e levantou da cadeira.
- Vou ajuda-los a recuperar suas vidas, apenas colaborem. Só isso e nos veremos lá fora em breve. - Roger fala antes de sair.
- Esperamos por isso, Roger... - Christian disse. - Até mais.
- E vocês terão. Até mais. - Disse Roger e sai dali.
Quando voltam para cela os dois estão calados. Permanecem um bom tempo pensando naquelas fotos que virão na capa da revista. Michael não consegue tirar da cabeça a maneira como Jack estava com Mandy em seus braços.. Beijando a boca dela como ele já havia feito. Aquilo doeu tanto! Michael esperava que o sentimento que nasceu entre ele e a herdeira Lewis fosse forte o bastante para superar o que tiveram, mesmo ele sabendo que ela não o perdoaria por tê-la enganado. Michael imaginava que talvez tivesse chance quando seu tempo na prisão fosse cumprido. Ele ainda a amava, e muito. Porém as coisas tinham que mudam. Mandy seguiu sua vida e Michael seguiria o mesmo caminho.
Christian pensava quase o mesmo, mas estava chocado, decepcionado. Nunca pensou que Amanda correria direto para o braços de Thomas e logo engravidaria e se casaria. Aquilo fora um golpe enorme nela, algo que tinha exterminado suas esperanças por completo. Mesmo com o coração doendo, ele teria de seguir com sua vida, como Amanda fizera.
Em meio a faculdade e arranjos para o casamento da irmã, Mandy e Jack ainda conseguiam tempo para ficar juntos. Agora com ele morando em Los Angeles por conta da nova boate, eles se viam com mais frequência do que antes.
Sem Michael por perto, Mandy tinha mais certeza sobre seu relacionamento com Jack. Ela sabia que ficar com ele era o certo e estava investindo todas as fichas nesse relacionamento. Com o passar dos meses ela se sentia cada vez mais ligada a ele, se apaixonando com todo o seu jeito doce e amoroso. Ela o amava - não com a mesma intensidade com a qual amava Michael - mas mesmo assim, ela o amava e era com ele que ela iria ficar.
Amanda e Thomas se entendiam mais a cada dia. A gravidez dela já não era mais uma lembrança do passado para o casal. Eles entendiam aquele bebê como um novo começo para os dois. Thomas cercava Amanda de cuidados chegando a ter certos exageros paternos. No dia do nascimento do pequeno herdeiro a felicidade foi geral. Mandy e Jack vem correndo para o hospital assim que Thomas em lágrimas ligou para a cunhada. Conrad Belford Lewis nasceu belo e forte. Seus lindos olhos azuis encantaram a todos no hospital. As enfermeiras diziam que ele seria um bebê modelo, com certeza. Amanda apenas sorria orgulhosa do filhote. Após estar em casa o desafio estava lançado para os pais de primeira viagem. Todos os dias, meses eles aprendiam coisas novas. Conrad era um bebê tranquilo, não dava trabalho, facilitando muito a vida dos pais. Mandy e Jack são os mais babões do mundo. Sempre que visitam o sobrinho levam presentes e enchem o garoto de mimos.
Embora a alegria estivesse plena na vida deles, Amanda não tinha como esquecer de Christian quando olhava para o filho. Aqueles olhinhos eram dele. Incrivelmente até a maneira de olhar era a do pai. A mãe do pequeno muitas vezes suspirava e procurava livrar sua mente das lembranças de um amor que ainda se faziam frescas na memória.
No fim daquele ano a festa de Natal foi feita na mansão da mãe das irmãs. Amanda e Mandy prepararam uma linda festa para a família toda. Convidaram parentes e encheram a casa. Todos celebravam alegres o primeiro natal em família após a despedida de Elizabeth. As irmãs foram parabenizadas pela atitude de reunir a família. Jack e Mandy eram só amor e sorrisos. Amanda e Thomas formam um casal perfeito e Conrad os completava. Meses depois o pequeno herdeiro faz um ano de vida. Novamente a família se reúne para celebrar. A festinha foi na feita num salão muito bonito e todo decorado com tema de super heróis. Os mais famosos estavam presentes em covers reais. As crianças deliram ao ver pessoalmente o Batman, Super Homem, Homem Aranha entre outros.
Neste período de alegrias para a família Lewis, Michael e Christian passavam pelo tribunal mais uma vez. Roger, o advogado deles, conseguiu abrir o processo em liberdade para os dois. Com esperança esperavam o veredicto do juiz para enfim recomeçar suas vidas. Aquele ano atrás das grades fez com que refletissem se as atitudes de antes valiam a pena. Definitivamente, não valiam. Michael e Christian só imaginavam quanto tempo foi perdido cometendo crimes para benefício próprio. Cada golpe, cada situação.... Meu Deus aquilo tinha que parar! E para o bem da sociedade eles haviam mudado. Os dois agora só queriam reconstruir aquilo que perderam. Assim que todos voltam do intervalo, o juiz proclama a sentença: Christian Grey e Michael Joseph Jackson estão em liberdade condicional por um ano. Não podem sair do país e deveram se manter na linha ou voltaram para a cela imediatamente.
Eles mal puderam conter o sorriso no rosto. Finalmente estavam livres!
Ps.: Christian e Michael estão soltos \o/ A história vai ficar bem interessante amores :p Aguardem!
Assim que são libertos Christian e Michael se dirigem ao apartamento que Roger arrumou pra eles se ajeitarem até arrumar um emprego e se estabelecer. Agradecidos, os ex-vigaristas prometem seguir sua vida de uma maneira totalmente nova. Começaram então a procurar trabalho. Embora o currículo de ambos fosse perfeito a questão terem sido presos fez com que ouvissem muitos não até serem admitidos em vagas muito inferiores ao que estavam acostumados. Christian trabalhava como assistente numa pequena empresa de contabilidade e Michael conseguiu trabalho numa academia como professor substituto das aulas de dança.
Três meses passam... Michael e Christian continuam dividindo o mesmo apartamento para poupar despesas. As coisas iam bem pra eles e isto os alegrava em parte. Em parte, porque sempre que descobriam alguma notícia sobre as duas irmãs as recordações voltavam.
Amanda levou cedo naquela manhã. Thomas não estava mais na cama. Vestiu o hobby e foi fazer a higiene matinal. Em seguida vai ao quarto de Conrad ver se estava dormindo bem. O bebê dormia feito um anjo. Ela sorri e o beija na cabeça, logo sai sem fazer barulho e encosta a porta. Desceu na cozinha e o marido tomava café da manhã.
- Bom dia meu amor, não precisava levantar tão cedo. – Thomas disse vendo a esposa se aproximar.
- Bom dia amor, eu não consegui ficar na cama... Tive um sonho conturbado essa noite. - Depois de um beijo cálido nos lábios dele ela respondeu sentando na cadeira, ficando de frente.
- Oh meu bem, você ainda está preocupada com a minha viagem? – Ele disse calmo – Não se preocupe, será mais rápido que a do mês passado. Prometo?
- Mas não tem como alguém ir no seu lugar? Sinto um aperto no peito toda vez que penso nessa viagem... – ela suspira.
Thomas segura a mão dela com carinho.
- Meu amor, não vai acontecer nada. E não tenho como enviar ninguém, eu mesmo tenho que resolver. São coisas da empresa do meu pai... Você me entende?
- Entendo... – Ela disse após um longo suspiro.
Amanda começa a sentir uma dor no peito e sua garganta se fecha. Um choro repentino lhe toma. Rapidamente seus olhos ficam molhados. Thomas olha para a esposa com compaixão. Levanta-se da cadeira indo abraça-la com força.
- Ah Thomas... Eu te amo tanto... – Amanda disse baixinho no ouvido dele.
- Eu amo você Amanda... Pra sempre... – Ele sussurrou de volta.
Os dois permanecem abraçados por um tempo. As mãos de Thomas deles pelas costas de Amanda subindo até a nuca; segurando firme tomou seus lábios num beijo lento e possessivo. Ela corresponde na mesma medida que Tom a coordenava. Amanda se agarra com força nos braços do marido como se pudesse prendê-lo. O beijo se aprofunda e o casal sai da cozinha direto para o quarto.
Antes de deitar Thomas despiu a esposa do hobby e a camisola de seda rosa claro que usava. Repousou o corpo dela sobre o colchão deitando-se encima dela, beijando seu pescoço e colo. Amanda empurra seu quadril contra o dele mostrando que o desejava. Ele corresponde pressionando seu corpo também demonstrando como ela o excitava. Amanda tira a camiseta do marido. Mudando as posições ela se pôs sobre ele começando a beijar seus lábios, pescoço descendo pelo tronco e barriga parando no cós da calça de moleton que vestia. Lentamente também o despiu de todas as peças, voltando a deitar-se sobre ele. O casal se beija de maneira intensa. Thomas segura os cabelos de Amanda e logo mudas às posições novamente. Com ele no domínio ela estava totalmente entregue.
Acariciando os seios, os beijou... Os mordeu sem machucar e os sugou fazendo-a gemer.
Desceu por aquele lindo corpo esquio beijando cada pedacinho do corpo dela. Chegando a intimidade deu o devido tratamento. Amanda faz carinho na cabeça do marido enquanto o sente se deliciando ali. Ele volta à boca dela e coloca dois dedos dentro dela. Gemendo ela implora para tê-lo por inteiro, urgente. Thomas atende ao pedido da esposa sem pestanejar. Com o corpo pediu espaço entre as pernas dela encaixando-se perfeitamente. Projetando-se para frente Amanda o sentia mais e mais fundo. Eles gemem começando a se mover. Ele a penetrava lento e profundo, degustando a pele cheirosa da esposa. Ela se agarra no corpo ele. Aperta seus braços escorregam as mãos para as costas arranhando-o com as unhas. O desejo deles estava intenso naquela manhã. Se amavam como se não houvesse amanhã. Num gesto rápido Thomas se põe sentado trazendo Amanda junto consigo. A invadia forte segurando sua cintura. Os braços dela envolvem o pescoço dele buscando apoio. Quase saltando no colo do marido o interior dela vai se fechando sinalizando que o orgasmo chegava.
- Isso amor... Isso... Vem pra mim... - Thomas gemeu inclinando-a um pouco para trás, penetrando mais fundo.
Amanda se entregou ao que sentia. Ele ao mesmo tempo cresce dentro dela chegando a tocar-lhe no ponto mais sensível de prazer. Amanda já não podia se conter e sem inibições gritou o nome dele quando explodiu de êxtase. Thomas a seguiu logo depois dando mais duas investidas fortes e um urro de prazer. Ofegantes o casal se beija e abraça com um sorriso satisfeito nos lábios.
- Ah eu te amo, Tom.... Amo muito... - Amanda o beija docemente.
- Eu te amo muito mais, meu bem... - ele beijou o pescoço dela. - Prometo não demorar nessa viajem, você vai apenas piscar os olhos e eu estarei de volta para você e Conrad... E estarei dentro de você novamente... - ele sussurrou no ouvido dela.
- Hum... Então vou espera-lo com mais ansiedade, meu gatinho. - Ela sorri mordendo o lóbulo da orelha dele. - Eu nem deixei você terminar o seu café, não é?
- O que fizemos aqui foi muito melhor do que qualquer café da manhã... - ele riu e se virou para o lado, olhando o relógio digital. - Hm... Eu tenho que ir, amor - ele faz uma careta. - Não posso me atrasar pra pegar o voo.
Novamente o aperto no peito sufoca o coração de Amanda. Ela o abraça o mais forte que pode.
- Promete que vai voltar pra mim? Por favor? - Ela diz sem ao menos saber o porquê estava falando.
- Meu bem, é claro que vou voltar pra você. - ele segurou o queixo dela e o levantou, fazendo-a olhar em seus olhos. - Eu amo você não vou a lugar algum.
- Tudo bem, mas, só promete... - ele insiste com os olhos marejados.
- Não chore... - ele beijou os olhos delas, quando ela os fechou. - Eu prometo, meu anjo... Prometo tudo o que quiser.
Amanda abriu os olhos lentamente. Sua visão estava um pouco turva pelas lágrimas, mas ela gravou aquela expressão do marido em sua mente. Acariciou o rosto dele e o beijou com todo amor que sentia. O beijou como nunca mais fosse fazê-lo.
Amanda levou o marido até a porta de casa junto a Conrad em seu colo. Ele deu um beijo amoroso nos dois e disse que os amava intensamente, antes de entrar no carro. Ela sentiu o peito se apertando cada vez mais ao vê o carro se distanciando, até desaparecer pelos grandes portões de ferro que adornavam a casa onde moravam.
No aeroporto, um segurança acompanhou Thomas até uma sala privativa, onde ele e mais alguns acionistas da empresa fretariam um jatinho particular, cedido por seu pai. O tempo do lado de fora era de chuva e isso fez com que o voo se atrasasse por uma hora. Ele já estava impaciente e prestes a cancelar a viagem por conta do mal tempo, quando uma comissária disse que eles já poderiam ir para o avião de pequeno porte. Assim que entraram e se acomodaram, o piloto se identificou e disse que o tempo havia melhorado. Desejou uma boa viajem a tripulação e seus passageiros, dando início a decolagem.
Eles só não esperavam que uma tempestade forte voltaria a cair, sem aviso algum.
Amanda estava em casa com Conrad, com o coração ainda aflito. Eram quase seis da noite e ela sabia que a viajem até Atlanta demorava menos de três horas. Seu marido havia saído de casa ás dez da manhã, seu avião havia decolado ás onze e meia. Seu coração lhe dizia que algo havia dado errado, mas ela se mantinha firme, com o pensamento positivo. O celular de Thomas só dava desligado e até mesmo de alguns acionistas que ela era mais próxima.
Quando o relógio marcou sete da noite, ela já estava desesperada, até que ouviu o telefone de casa tocando. Sem nem mesmo esperar a empregada ir atender, ela correu pegou o telefone. Seu sogro estava do outro lado da linha, tinha a voz embargada e se silenciou ao contar a nora que o jatinho que levava seu filho para Atlanta tinha caído e que não restara nenhum sobrevivente.
Aquela notícia fez Amanda entrar em choque completamente. Ela tinha sentido, ela sabia. Largando o telefone bruscamente o deixou cair no chão. O sogro chamava por mais ela estava inerte. Por alguns segundos sua mente travou. A dor e as lágrimas começaram a botar tão forte que sentiu-se sufocada e caindo de joelhos no chão se pôs a chorar compulsivamente. Quase sem ar ela queria gritar e não conseguia. Deus, Thomas estava morto! Isso não podia ser verdade. Ela repetia sem parar. A empregada escuta o choro e entra as pressas na sala. Amanda estava no chão chorando com as mãos agarradas aos cabelos. Devagar a empregada se aproxima perguntando o que estava acontecendo. A patroa não responde seu olhar estava mortificado e perdido. Uma nuvem negra cobria a casa naquela noite. Doroty oferece água a ela, mas não há resposta alguma, apenas choro e choro. Com o coração partido ela viu o telefone fora do gancho. Coloca no ouvido e não a ligação tinha caído.
Tomando conta da situação a empregada disca para a irmã da patroa. Mandy atende no segundo toque. Doroty pede se era possível que ela viesse até a casa dos patrões. Ao que parece Amanda tinha recebido uma ligação e agora estava no chão chorando muito. E a patroa não respondia a nenhuma pergunta. Mandy diz que tinha acabado de se arrumar para ir lá, mas que não tardaria a chegar. Doroty agradece e desliga. Mandy fica com o coração aflito. A imagem da irmã latejou o dia todo em sua mente. Estranhamente, isso fez com que fosse visita-la assim que terminasse seus projetos para a nova academia de dança que estava montando.
Quarenta minutos depois de sair do apartamento, Mandy chega a casa da irmã. Doroty a recebe adiantando o estado de Amanda. Mandy instantaneamente fica triste ao se deparar com a irmã sentada no sofá da sala em estada catatônico. Exatamente como a empregada disse.
- Ela está assim desde que parou de chorar, senhorita Mandy. - Falou Doroty. - Não aceitou nem o copo d'água que ofereci. Veja se a senhorita consegue algo, estarei na cozinha, se precisar.
Mandy assentiu e se aproximou da irmã, ficando parada na frente dela. Ela não sabia muito bem como proceder, apenas algumas informações que tinha guardado na memória, depois de ler um livro inteiro sobre psicologia. Estava na hora de pôr uma daquelas ações em práticas. Parada em frente a irmã, ela olhou diretamente para seus olhos e disse em voz alta:
- Amanda, acorde. - ela gritou, vendo a irmã piscar várias vezes e sacudir a cabeça de leve. Ela estava retomando a consciência. Ajoelhando-se em frente a irmã, ela colocou as duas mãos em seu rosto e perguntou:
- Irmã... O que foi que aconteceu?
- Thomas... Está... Morto... - Ela murmurou com o olhar escuro de tristeza.
- Como? - ela perguntou, atordoada
- O avião caiu e... Ele morreu... - As lágrimas voltam a brotar nos olhos dela - Ele prometeu que ia voltar pra mim, Mandy... Ele prometeu e o perdi pra sempre...
Amanda cobre o rosto com as mãos começando a chorar novamente.
- Oh meu Deus... - Mandy diz atordoada, sentando-se ao lado da irmã. - Mas como isso aconteceu, Amanda?
- Eu não sei, Mandy... - Disse entre lágrimas voltam a lembrar as palavras do sogro - Acho que foi a chuva... A chuva maldita que levou meu marido de mim.. - Ela chora deitando a cabeça no colo da irmã.
- Oh meu bem... - Mandy acaricia seus cabelos, sentindo os olhos marejarem. - Eu nem sei o que dizer, irmã... Eu sinto tanto...
As duas choram juntas, Mandy tenta consolar a irmã, mesmo sem saber como. Ela aprendera a gostar muito do cunhado, principalmente depois de tudo o que ele tinha feito por sua irmã. Era uma grande perda.
Do outro lado da cidade Michael assistia tevê comendo um lanche. Christian estava na cozinha preparando o seu lanche quando o noticiário urgente entrou no ar. As legendas que corriam na tela diziam que o herdeiro da maior empresa do país havia morrido num acidente de avião devido ao mal tempo. Michael fica de olhos arregalados ao reconhecer o marido de Amanda na foto.
- Christian... Christian corre aqui cara! Vem ver o que estão falando na televisão... - Michael disse alto, chocado.
Christian largou o que estava fazendo na cozinha e foi em direção a sala. Fotos de Thomas ao lado de Amanda e do bebê deles aparecia na televisão, enquanto a repórter falava sobre o acontecido.
- Deus... - ele murmurou, escutando a notícia. - Michael, será que isso é verdade?
- É sim Christian, estão falando disso em todos os canais. Coitada da Amanda... - Michael murmura, sentindo pena da irmã do seu grande amor.
- Sim... - ele disse, sentando-se no sofá - Por mais que eu não gostasse desse cara... Ele parecia fazer Amanda feliz. Deus, meu anjo deve está arrasado.
- Poxa cara, imagina o clima da casa? É fogo perder o pai cedo... Estou pensando no garotinho.. - Michael comenta - Perdi meu pai na mesma idade dele.
- E eu nem tive pai... - Christian balançou a cabeça, amargurado. - Eu espero que Amanda se recupere logo... Ela já passou por tanta coisa, não merecia isso.
- Verdade, tomara mesmo. - Michael completou. - Mandy deve estar na casa dela. Christian, eu tive uma ideia maluca... Acho que eu vou no funeral desse cara... Preciso ver a Mandy, pelo menos saber se está bem.
- Mike... Está louco? Com certeza o funeral será fechado, cara, nunca conseguiríamos entrar!
- Tem como se usarmos disfarces, mas se quiser podemos ir de cara limpa mesmo. Eu não vou fazer nenhuma besteira, prometo! - Michael disse olhando bem pro amigo.
- E eles vão muito nos deixar entrar de cara limpa! - Christian revirou os olhos e logo depois sorriu de lado. - Mas eu aceito a ideia de irmos disfarçados.
- Fechado! Então vamos ver o que conseguimos até amanhã. - Michael sorri travesso.
Na manhã seguinte na casa de Amanda o clima era pesado. Familiares do casala estavam presentes. Doroty tomava conta de servi-los com o auxílio de mais empregadas que Mandy chamou para dar conta das pessoas. Jack como sempre era mais que um cunhado. Estava por perto para o que precisasse. Conrad pediu o colo da mãe assim que acordou. Amanda abraça e beija o filho tendo-o como seu maior consolo naquele momento.
Quando chegou perto do meio dia todos se dirigiram para onde seria o funeral. Carros de luxo negros cruzam a cidade. A mídia acompanha cada movimento dos familiares até cemitério memorial de Nova York. Como Christian havia digo a cerimônia era fechada apenas para parentes e amigos. Disfarçados como funcionários, os dois conseguem adentrar o cemitério sem problema. Lá dentro eles entram numa sala e trocam as roupas por ternos pretos e óculos escuros, assim como os parentes do falecido. Se misturam facilmente quando começam a conversar com as pessoas. Minutos depois o carro de Amanda estaciona. Jack desceu com o sobrinho nos braços. Mandy desce seguida por Amanda sai do carro, que se apoia na irmã. Sua expressão era de uma dor profunda quando ela tirou os óculos escuros e olhou envolta respirando fundo, começando a caminhar. Michael e Christian estavam sozinhos e virão à viúva entrar no recinto.
- Meu Deus, pobre Amanda... - Michael murmurou. - Ela está arrasada.
- Sim... - Christian sussurrou, com uma expressão de dor. - Minha vontade é de pegá-la no colo e livrá-la desse pesadelo, Mike.
- Eu sei meu amigo, eu sei. - Michael murmurou triste.
Amanda se aproxima donde o caixão do marido estava. Suas pernas tremiam ao encarar aquela realidade. Thomas estava morto, isso era fato. Todos os presentes assistem o momento. Amanda volta a chorar silenciosamente soltando-se do braço de Mandy deu mais alguns passos até sua mão tocar na madeira de cedro envernizado. Um filme começa a passar em sua cabeça. Todos os momentos juntos desde que se conheceram naquela festa de gente rica há anos atrás. Thomas estava tão bonito com seu cabelo rebelde e sorriso traiçoeiro e sedutor. As lágrimas rolam grossas enquanto as mãos de Amanda deslizam fortemente sobre a madeira. Ela queria toca-lo... Queria beija-lo uma última vez, mas não era possível. A violência do acidente fez com o caixão fosse lacrado.
- Ah Thomas... Porque eu não te obriguei a ficar? Porque eu não te amarre comigo? - Amanda disse debruçando sobre o caixão. Seu corpo todo formigava.
A mãe de Thomas chorava em silencio sentada no banco da frente, ao lado do marido. Mandy recosta a cabeça no ombro de Jack. Com um braço ele segurava o sobrinho Conrad e com o outro acolhia Mandy, afagando sua cabeça. Amanda passou vários minutos ali chorando, até ser retirada por alguém para tomar um pouco de ar.
Do lado de fora, Amanda senta num banco e a pessoa que a acompanhava buscou uma garrafinha d'água e a ofereceu.
- Obrigada... - Ela murmura quase sem voz. Deu dois goles e engoliu duramente. - Porque as coisas tem que ser assim? Por que o tiraram de mim? - Ela disse com a cabeça baixa segurando a garrafa nas mãos.
A pessoa se sentou ao lado de Amanda e tocou em sua mão. Ela sentiu todo o corpo se arrepiar, conhecia aquele toque, mesmo que se passasse mil anos.
- Oh, baby... Eu sinto tanto... - Christian murmurou, tocando a mão dela com mais força.
Amanda virou o rosto bruscamente vendo quem estava a seu lado. Mesmo estando diferente ela o reconheceu imediatamente.
- Christian? - Disse surpresa - O que está fazendo aqui? Você devia estar... - Ela não completa a frase, apenas o olhava incrédula.
- Eu não devia... - ele murmurou, passando a ponta dos dedos pela mão dela. - Eu estou esperando o processo em liberdade, Amanda. - quando a olhou, viu seus olhos assustados. - Eu tentei me manter afastado o máximo possível, você estava feliz com seu marido e filho... Eu torço muito pela sua felicidade, mesmo que isso não aconteça ao meu lado. Mas, ao receber essa notícia... Eu precisava vir te ver de perto, meu anjo. Segurar sua mão e dizer que eu realmente sinto muito, Amanda.
- Você sente... Você não sabe nem a metade do que estou sentindo, Christian! Eu perdi o único homem que me amou de verdade. - Ela disse dolorida engolindo o choro que queria voltar.
- Eu também te amei de verdade, Amanda. Eu sei que é muito difícil acreditar, mas é a verdade... - ele balançou a cabeça e suspirou. - Mas eu não vim falar sobre isso, na verdade, eu não vim falar sobre nada. Em um momento como esse, tudo o que precisamos é ter a presença de alguém que goste de nós, alguém que nos proteja e suporte nossa dor. Eu estou aqui pra isso.
Um nó se fez na garganta dela. Aqueles olhos azuis iguais aos do seu filho mexeram ainda mais seu coração. Apenas por estar ali Christian não tinha ideia do impacto causado nela. Amanda o olhou por alguns segundos permitindo o choro vir à tona com força total. Ele a abraçou forte sentindo-a soluçar em seu ouvido. Amanda não se repele, estava sensível demais para rebater ou discutir.
- Eu amo você, bebê... E vou está aqui sempre que precisar de mim. - ele sussurrou no ouvido dela, a abraçando mais forte.
Amanda ainda o abraçava quando lembrou como Christian e Conrad eram parecidos. Os dois eram a cópia um do outro. Ela não sabia o que fazer agora que ele estava por perto, sem Thomas ao seu lado. A verdade um dia viria à tona. Lentamente ela se afasta dele e respira fundo.
- Obrigada, mas... Preciso ver como meu filho está. Ele depende de mim. - Ela disse olhando pra ele.
- Tudo bem... Se você precisar de mim, eu estou trabalhando aqui. - ele deu um cartão pra ela. - É só me procurar, seja quando for.
- Certo Grey. - Ela assente pegando o cartão. Se recompôs enquanto levantava do banco - Obrigada mais uma vez e cuide-se.
- Você também, baby... - ele deu um beijo na mão dela. - Até qualquer dia... - e do jeito misterioso que viera, ele se fora.
Michael discretamente observava Mandy. Ela estava com Jack e eles pareciam felizes de verdade. Com o coração partido ele olhou pra ela mais uma vez pensando em ir abraça-la como todos ali estavam fazendo, mas era arriscado. Christian já tinha abusado pelos dois. Então ele se conformou apenas em olha-la e também se foi do mesmo jeito que veio.
A cerimônia começa. Muito parentes e amigos sobem no púlpito para falar sobre Thomas. O discurso mais emocionante foi de Amanda. Ela colocou seu coração à vista de todos. O funeral segue para o sepultamento. Mandy não saiu nem um segundo ao lado da irmã. Conrad estava no colo da mãe. O mesmo padre que fez o casamento deles com visível tristeza fazia os orações finais. O choro torna a vir com força quando o caixão descia na sepultura. Amanda fecha os olhos brevemente agarrada ao filho. Conrad vê a mãe chorando e chora também, sem saber muito o que estava acontecendo.
Horas depois, quando tudo teve seu fim Amanda estava em casa. Todos já tinha ido embora. Mandy e Jack dormiram na casa, mas ela queria ficar sozinha. Precisava daquele momento. Em seu quarto ela abre o closet e vê todas as roupas dele. Pegando uma camisa vermelha xadrez, uma de suas favoritas a vestiu. Abraçando o próprio corpo queria poder sentir os braços dele envolta do seu corpo. Mais lágrimas silenciosas escorrem por seu rosto. Amanda deita na cama. Do lado que o esposo dormia. Ainda era possível sentir o perfume dele ali, como na manhã que se amaram antes de toda aquela tragédia. Agarrando o travesseiro ela chorou até cair no sono.
Algumas semanas depois da morte do cunhado, Mandy viu sua irmã se reerguer. Ela precisava seguir em frente, por mais doloroso que fosse ficar sem seu marido, o homem que ela aprendeu a amar. Quando viu que a irmã já estava melhor depois do acontecido, Mandy voltou para casa de Jack.
Agora que já tinha se formado na faculdade, ela estava com um projeto de abrir uma academia de dança. Jack a apoiava, dizendo que, apesar de ela não gostar de negócios, ela tinha aquilo nas veias e hora ou outra isso viria a tona, e agora veio. Tinha uma visita marcada a uma das maiores academias de Nova York, que estava á venda. Apesar de a negociação ser estritamente sigilosa, com a ajuda de Jack, ela conseguiu descobrir quem estava dando o maior lance pela academia, e ela dobrou seu preço. Logo os donos ficaram interessados e ela resolveu visitar a academia.
Juntas, começaram a caminhar sobre a dependência, visitando salas e turmas que estavam tendo aula. Mandy se sentia cada vez mais excitada por aquilo, o sorriso se ampliava a cada história que a senhora contava. Quando chegaram ao segundo andar, uma das secretárias apareceu, chamando por Martha. Havia uma visita agendada pra ela naquele momento. Pedindo desculpas por ser interrompida, Martha disse que pediria para que Ashley acompanhasse Mandy. Ela recusou, dizendo que poderia andar sozinha por ali, era bom que poderia tirar notas e conhecer cada canto do lugar. Martha sorriu e disse que voltaria até ela assim que sua visita fosse embora. Assentindo, Mandy a viu ir junto a secretária
Mandy continuou a andar pelo corredor, e ali no segundo andar havia salas bastante vazias, o que a fez ter mais atenção. Entrando na sala de pole dance, ela começou a tirar umas fotos pelo celular, pensando que teria que fazer alguns reparos na sala. Estava concentrada em uma das fotos, quando percebeu no fundo da sala havia uma pessoa virada de costas para ela. Ela franziu o cenho. Parecia conhecer aquela pessoa de algum lugar, mas apenas balançou a cabeça, pensando ser um dos funcionários ou aluno da academia. Resolvendo puxar conversa, ela se aproximou:
- Olá... - ela chamou. - Hm... Tudo bem?
Virando rosto para ver quem chamava a pessoa de maneira simpática foi dizendo:
- Tudo, no que posso ajudar?
Mandy abriu a boca para falar, mas as palavras simplesmente a faltaram, enquanto sentia a garganta ficar seca. Foi inevitável não franzir o cenho, ou impedir que seu coração batesse de maneira frenética.
- Michael?
- Mandy? - Ele disse surpreso e logo abriu um sorriso leve - Você faz exercícios aqui?
- O que? Não... - ela olhou pra ele, confusa. - Você não estava preso?
- Estou em liberdade condicional. - Ele diz um pouco envergonhado - Estou começando do zero. Trabalho aqui, agora. Você precisa de alguma coisa?
- Você trabalha aqui... - ela murmurou mais pra si mesma do que pra ele. - Eu... Eu só estava andando por aqui, conhecendo. Sra. Martha estava me acompanhando, mas teve que atender uma pessoa. - ela pôs as mãos nos bolsos e o olhou. - Eu acho que vou comprar academia... - murmurou
- Comprar a academia? - repetiu preocupado - Bom, espero que tudo certo. Qualquer coisa que precisar é só falar, Mandy. - Disse solicito.
- Okay. - ela diz, melhorando a postura. - Então, eu vou indo, Michael, ainda tenho muita coisa pra conhecer. Até mais.
- Quer companhia? - Michael disse corajosamente.
- Não é preciso, Michael. Logo Sra. Martha se juntará a mim.
- Hum... Então tá bom, mas se precisar já sabe. - Ele sorri e piscou pra ela voltando aos afazeres.
Mandy engoliu em seco e suspirou, virando-se para ir embora. O que estava acontecendo com ela? Sentia o coração acelerado, como se fosse a primeira vez que o visse. Apesar de ter sido um reencontro inusitado, não era pra tanto. Ela tinha que aprender a se controlar. Antes de sair, sua curiosidade bateu mais alto e ela se virou novamente.
- E o seu amigo? Também está solto?
Michael vira-se de volta pra ela.
- Christian está em condicional também. Por quê? - Perguntou curioso.
- Por nada... - ela murmura. - Só acho que é realmente muito simples, cometer um crime e logo depois está solto novamente... Tem certeza de que não fugiram? - ela pergunta, cruzando os braços e soltando sua farpas.
- Mandy, eu sei que fui um imbecil com você e sua família, mas acho que a punição que estou recebendo já é o suficiente. - Ele disse tentando se defender. - E não se preocupe, seus pertences vão estar intactos quando sair daqui.
- Eu acredito que uma pessoa possa se regenerar, Michael. Realmente espero que você e seu amigo sejam uma dessas pessoas. - ela disse, olhando intensamente para ele. - Nenhuma garota, seja rica ou pobre, merece ser enganada da forma que vocês dois nos enganaram. Eu espero que tenham aprendido com isso.
- Concordo com você, Mandy. - ele disse indo até ela - Garanto a você que mudamos completamente. Se não porque eu aceitaria um emprego que não é nem metade do que meu currículo oferece? Linda, eu mudei de vida. Aquele Michael que enganava as pessoas morreu. Ficou para trás.
- Todos merecem uma segunda chance, Michael, e a vida está te dando uma segunda chance com esse emprego e saindo da cadeia... Não deixe isso passar, é sério. - ela diz.
- Eu sei e sou agradecido por isso. Martha foi fantástica em me ajudar quando todos me diziam "não". - ele disse olhando pra ela - Agora estou bem e só quer ser feliz com o que tenho. - Michael sorri suavemente.
- Eu fico muito feliz por você.- ela conseguiu sorrir. - Tenho certeza que vai conseguir crescer novamente e arrumar algo melhor. Você é bom no que faz, acima de tudo.
- Obrigado Mandy. Ouvir isso de você me fez ganhar o dia! - Ele lança um lindo sorriso aberto.
Mandy sorriu pra ele e estava prestes a responder quando ouviu alguém limpando a garganta. Com as palavras presas, ela se virou e arregalou os olhos ao vê Jack entrando na sala.
- Jack? O que faz aqui?
- Vim fazer uma surpresa, mas quem recebeu uma fui eu. - Jack fala com o semblante sério - O que esse cara está fazendo solto e com você, Mandy?
- Calma, Jack, desse jeito parece que estamos fazendo algo de errado. - ela diz, olhando pra ele. - Eu vim visitar a academia, como disse a você, e acabei encontrando com Michael. Ele trabalha aqui na academia. Está em liberdade condicional.
Jack cruza os braços olhando para os dois.
- Eu não estava pensando nada, porque eu pensaria? Ele já roubou você de mim uma vez pra fazer de novo não custa. - Jack fala alto.
- O passado já foi, Jack. Eu não quero mais confusão com você e nem com ninguém, certo? - Michael disse em defesa.
- Ah meu Deus do céu... - Jack riu sem humor - Vai me dizer que você ficou bonzinho depois de uma temporada na cadeia? Essa eu pagaria pra ver. Ser filho da puta está no sangue, Michael, não adianta escapar. Você ser sempre o que é. - Ele disse alterado.
- Hei, Jack... Contenha-se, ok? - Mandy diz, pegando na mão dele. - Acho melhor irmos embora.
- Você está defendendo ele, Mandy? - Jack falou olhando a noiva com escuridão.
- O que? Não, Jack, eu só estou falando que é melhor irmos embora. Não queremos uma briga, não é mesmo? Não foi pra isso que eu vim aqui.
- Ah claro, você veio aqui pra falar oi pro seu amiguinho presidiário. - Ele responde com amargura.
- Hey cara, pega ele com ela! - Michael fala calmo.
- Jack, pelo amor de Deus! Eu nem sabia que Michael estava solto, quanto mais que estava trabalhando aqui.
Jack ignora Mandy e se dirige a Michael.
- Cala a boca, porra! A mulher é minha e eu falo como que quiser aqui dentro. Aliás, se eu quiser eu compro essa merda e te ponho na rua. Entendeu? - falou furioso.
Michael apenas engoliu calado aquela ofensa. Estava no horário de trabalho e por sua situação ser delicada, temeu que a polícia fosse envolvida se revidasse.
- Jack! - Mandy o segura pelo braço. - Para já com isso, eu estou falando com você! Você está vendo coisas onde não existem. Vamos embora, agora. - ela diz com um tom de voz firme.
Jack encarou Michael com fogo nos olhos, soltou seu braço da mão de Mandy e sai dali furioso. Michael suspira.
- Me desculpa por essa situação, Mandy eu não queria te trazer problemas... - Michael fala envergonhado.
- Eu sei, Michael. - ela diz, dando um suspiro cansado. - É melhor eu ir atrás dele. Até mais.
- É.... Vai lá. Boa sorte. - Ele sorriu de leve. - Até mais, Mandy.
Ela apenas assentiu e saiu da sala.
Ela apenas assentiu e saiu da sala. Encontrando uma das secretárias que estava indo ao seu encontro, ela diz que precisa ir embora, pois tinha recebido uma ligação. A secretária diz que estava tudo bem que avisaria a Martha sobre o imprevisto dela. Mandy agradece e desce as escadas correndo, conseguindo chegar ao estacionamento a tempo de vê Jack se aproximando do carro. Ele andava com pressa, ela sabia que ele ainda estava furioso.
- Jack, espera! - ela grita, indo até ele, alcançando-o. - Espera, por favor.
Jack vira bruscamente na direção dela. Estava fervendo de raiva.
- Esperar o que, Mandy? Ver vocês se beijando? Não, obrigado! - Ele diz pondo a chave na porta do carro.
- Para com isso, Jack! Eu errei uma vez e já disse que não vou errar mais. Eu jamais faria aquilo com você de novo... Você disse que confiava em mim. Cadê essa tal confiança? Eu não estou vendo! - ela diz, alterando a voz também.
- Para com isso, Jack! Eu errei uma vez e já disse que não vou errar mais. Eu jamais faria aquilo com você de novo... Você disse que confiava em mim. Cadê essa tal confiança? Eu não estou vendo! - ela diz, alterando a voz também.
- Em você eu confio, Mandy, nele não! Só de ver ele perto de você me dá vontade de.... - Jack bate na lataria do carro, assustando a noiva - Eu não suportaria de perder pra ele de novo, Mandy. Duas vezes não.
- Jack... Eu não vou a lugar algum. - ela responde, se afastando um pouco por conta da reação dele. - Eu jamais faria a besteira de te deixar pra ficar com ele, eu não sou louca. Falando desse jeito, parece que você acha que eu sempre vou te deixar quando aparecer outra pessoa. Eu aprendi com o meu erro.
Jack respira fundo antes de responder.
- Quando eu perdoe você, Mandy, eu perdoei de coração. Deus sabe. Mas esse Michael aí, ele destruiu nossas vidas por um bom tempo, principalmente a sua. Eu não quero você perto dele... - Ele suspira - Você pode fazer isso, por nós?
- Tudo bem, Jack... Eu vou manter distância dele, isso você nem precisa pedir duas vezes. Eu sei o que ele fez comigo, sei do que ele é capaz. Jamais darei a chance dele repetir o que fez. - ela suspirou e se aproximou dele, o abraçando. - Eu só não quero brigar com você... Por favor, não faça isso com a gente.
Jack a abraçou forte.
- Tudo bem, minha baixinha. - Ele suspira - Também não quero brigar com você, mas tome cuidado, por favor.... Amo muito você.. - Ele disse beijando a cabeça dela.
- Eu também te amo muito, Jack... - ela ficou na ponta dos pés e o beijou com carinho. - E você fica muito sexy quando está com raiva... - sussurrou baixinho só pra ele ouvir.
Ele sorriu.
- Você gosta de me deixar maluco, né baixinha?
- Eu gosto sim... - ela correu as mãos pelas costas dele. - Você fica muito mais gostoso quando está louco por mim, Jack.
- Hurum, sei...... - Jack estreitou os olhos sorrindo de lado. - E você é gostosa o tempo todo, minha baixinha. Pensa na minha situação, hum. - Ele disse encostando no carro puxando o corpo dela pro seu.
- E como é sua situação? - ela sussurrou no ouvido dele, mordendo o lóbulo, enquanto arranhava de leve a sua nuca.
- Minha situação está.... Bem complicada... - Com as duas mãos Jack puxou a noiva pelo bumbum pressionando seu quadril contra o dela. Estava ficando excitado. - Mas você pode me ajudar a resolver, que tal?
- Eu posso sim... Mas vai ter que ser aqui... Quer correr esse risco comigo, sr. Peterson?
- Aqui? - Ele repete sorrindo surpreso - Claro minha baixinha, com você o lugar é um mero detalhe. - Sorriu sexy pra ela.
- Ótimo... Sra. Martha me disse que não a câmeras no estacionamento e hoje a academia esta vazia... Acho que não seremos incomodados. - diz, tocando-o levemente por cima da calça.
Ele se respirou fundo sentindo a mão dela aperta-lo de leve.
- Vai ser onde você quiser, minha gata. - ele murmura.
Mandy apenas sorriu e pegou a chave que estava na mão dele, abrindo a porta traseira. Ela entrou primeiro e o chamou. Quando entrou no carro, Jack viu sua noiva levantando o vestido, deixando as pernas aparecer.
- Eu preciso de você, Jack... - ela murmura, manhosa.
- Oh minha baixinha, você me deixa maluco... - ele disse entrando no carro, sentou ao lado dela fechando a porta. Ligou o ar condicionado. - Agora sim podemos começar minha delicia... - Deslizando a mão sobre a coxa dela.
Tomando partido Jack puxou a noiva pra si colocando-a em seu colo, de frente pra ele. Invadiu seus lábios num beijo cheio de desejo. Como ele ama essa mulher! Suas mãos escorregam ousadas até o bumbum e apertando forte fazendo Mandy soltar um gemido abafado em sua boca. Ele desce o beijo para o pescoço e colo. Mordiscou a pele quente dela enquanto descia as alças do vestido beijando cada ombro. Mandy volta a beijar a boca dele com vontade abrindo os botões da camisa. Com o peito exposto é a vez dela fazê-lo gemer. Descendo dos lábios arranhou o peitoral definido do noivo. Beijou-o em pontos aleatórios até chegar a barriga. Dando mordidas leves desceu até o cós da calça. O membro de Jack lateja de excitação fazendo-o deitar a cabeça para trás. Livrando o botão e zíper Mandy o deixou de cueca box cinza escuro. Ela arfou ao vê-lo tão pronto.
Jack não podia esperar mais. Queria estar dentro dela com urgência. Puxando-a de volta para um beijo aproveitou a oportunidade. Levantou o vestido até a cintura, pegou nas finas laterais da calcinha e as estourou jogando a peça rasgada de lado. Mandy sorriu mordendo os lábios pra ele. Jack acariciou aquela intimidade que era só dele, penetrando um dedo sentiu como estava molhada pra ele.
- Eu quero você agora Mandy. - Ele murmurou - Senta aqui no meu colo, de costas pra mim, vem...
Mandy o livrou da box vendo o membro saltar pra ela. Sem demora ela fez o que foi pedido fazendo o noivo gemer conforme se mexia. Jack movia dentro dela um vai e vem delicioso. Atingia o fundo e voltava. Mordendo o lábio com força ela se apoiou as mãos no encosto dos bancos da frente. Rebolou sobre ele aumentando a intensidade.
- Ah Mandy.... Você é demais, minha gata... - ele murmura segurando a cintura dela - Continua... Continua...
Maliciosamente Mandy alternou primeiro movimento de "vai e vem" com o rebolado traiçoeiro que estava levando Jack Peterson a verdadeira loucura. Invadindo a mais forte quis retribuir o prazer que recebia. Ela geme mais alto e abafa os gritos próprios gritos mordendo o lábio inferior. Quando ela começou a aperta-lo Jack deitou o corpo dela sobre o seu tomando os seios da amada com as duas mãos, massageando e sussurrando no ouvido que ela se liberta-se. Isso foi o limite para a caçula dos Lewis. Gemendo com força gozaram juntos, exaustos e suados.
- Jack... - Mandy suspirou, sorrindo. - Isso sim foi uma loucura, amor...
- Foi sim amor... Mas foi gostoso demais, não é? - Ele sorri ofegante.
- Foi sim... Estou pensando seriamente em te deixar com ciúmes, mas vezes, para logo depois termos esse gás todo. Gás extra, porque o que já temos já é perfeito... - ela sorriu.
Jack riu e mordeu as costas de Mandy até ouvi-la gemer sentindo uma dorzinha fina.
- Isso é pra você não me provocar mais, baixinha danada. - Ele ri. - Mas concordo em repetirmos a dose. Fazer amor com adrenalina é bem gostoso.
- Tudo bem, eu não provoco mais... - ela disse, desencaixando-se dele e virando para se sentar em seu colo. - Na nossa lua de mel, quero fazer em todos os lugares possíveis... Vamos batizar cada canto da Itália... - ela riu.
Jack riu, ficando animado ao vê como Mandy estava excitada para o casamento deles. Mas as semanas que se seguiram, tudo piorou.
Brigavam pelos mais remotos motivos e, querendo ou não, tudo se seguia para o passado, para o modo como terminaram pela primeira vez, ou para Michael. Jack sempre soltava algo ácido quando Mandy comentava com alguém sobre seus planos de comprar a academia e isso sempre desencadeava outra discussão. As pessoas que já os conheciam se entreolhavam de forma alarmada, pois nunca viu o casal se tratar de outra forma, a não ser com carinho e respeito.
Jack estava cada vez mais afastado, sempre chegava tarde em casa, ou arrumava uma desculpa para ficar na boate, quando estava claro que sua presença era desnecessária. Mandy ainda tentava uma aproximação, mas ele estava diferente, ela podia sentir. Tratava a todos de maneira igual, mas com ela era frio e distante. Quando tudo ficou insuportável, ela engoliu o orgulho e foi conversar com a irmã. Amanda, que já estava se recuperando da perda do marido, disse a Mandy que também havia percebido que os dois estavam estranhos um com o outro. O amor parecia não mais existir.
Ela apenas assentiu e saiu da sala.
Mandy ficou alarmada. Era o fim do seu relacionamento com um dos homens mais incríveis que ela já conhecera. Mas sabia que, talvez, fosse melhor assim. Talvez ela e Jack não foram feitos para ficarem juntos. Decidindo que precisava tomar uma atitude quanto àquilo, Mandy se arrumou e foi até a boate. Era começo de tarde e ela sabia que a essa hora, Jack estava com pouca coisa a fazer. Chegou a boate e falou com todos que estavam ali, logo depois pegou o elevador e foi até o último andar, onde era o escritório de Jack. Ela escutou as risadas antes mesmo de chegar perto da porta, que estava entre aberta. Quando se aproximou, viu Jack e uma moça loira sentados lado a lado no sofá, conversavam perto e sorriam a todo momento. Ela conhecia aquela mulher de algum lugar, mas não conseguia se lembrar de onde. Um sentimento de impotência a tomou, quando viu que Jack olhava para mulher da mesma forma que olhava pra ela - com carinho e amor.
Respirando fundo, ela bateu na porta para chamar a atenção para si. O casal parou de sorrir ao vê-la.
- Hm... Desculpa atrapalhar, Jack, mas... A gente pode conversar um pouco? A sós? - ela perguntou, quase tímida.
- Claro. - ele respondeu pra Mandy e olhou para a loira - Com licença, não demoro.
A loira assente. Jack levanta-se do sofá e sai dali com a noiva para um lugar reservado.
- Pronto Mandy., aconteceu algumas coisa? - Ele disse olhando pra ela.
- Vem acontecendo, Jack... - ela murmurou, enfiando as mãos no bolso, algo que só fazia quando ficava nervosa. Não sabia como começar. - Você gosta dela... Não é? - perguntou, indecisa
- Dela quem, Mandy? - ele pergunta
- Dessa moça que está la dentro. - ela apontou com a cabeça para o escritório dele. - Eu vi a forma como você estava olhando pra ela... Era como você olhava pra mim, antes do nosso relacionamento desmoronar.
- Ah Mandy, por favor... - Ele revira os olhos - Não vamos começar com isso de novo. Marisa está fazendo uma matéria sobre mim, apenas isso. Por que está tão preocupada com nosso relacionamento?
- Porque não é como antes, Jack... Porque simplesmente não está dando certo. - o tom de voz dela diminuiu. - Você não é cego, Jack... Sabe que nós nunca fomos de brigas e agora... Parece que só fazemos isso, só brigamos por tudo.
Jack suspirou entendendo a situação crítica da situação deles.
- Você tem razão. Também percebi que as coisas mudaram entre nós. Parece que não somos os mesmos há um bom tempo... - Ele engole em seco e cruza os braços - Então, o que você acha que devemos fazer? Quer um tempo?
- Não.. - ela suspirou, se entregando. - Acho que devemos parar por aqui, Jack. Definitivamente. Você é um dos caras mais incríveis que eu já tive o prazer de conhecer. Eu não quero perder a sua amizade, nunca, você esteve ao meu lado em todos os momentos bons e ruins. Acho que devemos ficar com as lembranças boas, apenas. Se continuarmos, iremos perder tudo de bom que já construímos e eu acho que não é isso que a gente quer.
Nunca imaginou que chegariam a tal ponto, mas o desgastes das inúmeras brigas os levaram a esse momento. Ele respira fundo e dá um suspiro pesado.
- Mandy... Eu nunca quis ficar longe de você, mas creio que isso já acontece há tempos, não vou culpa-la, sei muito bem o que houve no passado, mas... Desde de que esse Michael entrou nas nossas vidas não sentia mais que você era minha. Eu lutei demais por nós dois. Te perdoei e continuamos, mas como disse, acho que chegamos num ponto que não dá mais... Você ainda ama aquele cara, não ama? - Ele pergunta, engolindo seco.
Mandy olhou para baixo, sem saber o que deveria responder.
- Eu vou ser sincera, Jack... Sim, eu ainda o amo. - ela disse em um sussurro. - Mas quero que seja sincero comigo também. Eu vi o modo como olhou pra ela, Jack... Você esta gostando dela, eu posso sentir isso. Eu espero que você seja muito feliz, seja com ela ou com outra pessoa.
- Sinceramente, eu gosto da Marisa mas não a amo... Amor de verdade eu só senti com você Mandy. Planejei uma vida pra nós dois, você sabe. - Ele suspira - Mas eu não quero que sejamos um casal depressivo e reprimido que mal se entende na cama. Quero que você seja feliz com alguém que te mereça de verdade Mandy. Você merece isso! Acho que não tive essa sorte, não é? - ele disse escondendo a decepção e o fracasso que sentia.
- Mas nós tentamos, Jack... Tentamos muito e o tempo que passamos juntos sempre estará dentro do meu coração. E eu também espero que você encontre alguém que te mereça, porque você mais do que ninguém merece isso. - ela sorriu de lado e se aproximou dele, o abraçando. - Obrigada por me dá os melhores anos da minha vida, Jack.
Ele a segurou firme, em silêncio alguns segundos.
- Eu digo o mesmo, Mandy e que você seja muito fez em seu caminho. - Disse com o coração apertado.
- Você também, Jack. - ela disse, sentindo-se igualmente triste. - E não se afaste de mim. Quero sempre ser sua amiga.
- Tudo bem, você e sua irmã também podem contar comigo sempre. - ele a apertou em seus braços. - Se cuida baixinha...
- Você também, Jack... - em um impulso, ela deu um último beijo nos lábios dele, com carinho.
Jack retribuiu o beijo segurando o rosto dela, alisando-o. Os dois sentem a despedida através daquele gesto derradeiro. Após o beijo ele segurou a cabeça dela com as duas mãos e beijou demoradamente sua testa.
- Adeus baixinha... - Murmurou, ele.
- Adeus, Jack...
Depois da despedida, Jack e Mandy se afastaram. Ele volta a reunião com Marisa e Mandy segue para a academia e enfim acertar a negociação e assinar os contratos como proprietária. Naquela tarde Michael dava aulas quando a jovem empresária estava indo embora. Ao passar pela porta de vidro os dois trocaram olhares quase sem querer. Michael abriu um sorriso leve e a saudou com um aceno. Mandy fica corada e de volta acena com a cabeça. Dando mais um sorriso pra ela Michael voltou a se concentrar na aula que ministrava. Mandy ficou ali por alguns minutos e depois foi pra casa.
Amanda soube na mesma semana sobre a separação da irmã. Ficou triste pelos dois, mas concordou com os argumentos de Mandy. Do jeito que estava não dava pra continuar e se eles chegassem a se casar como seria? E quando viessem os filhos? Infelizmente aquela relação não teve um final feliz.
Dias depois Amanda consegue colocar Conrad numa escolinha e volta aos trabalhos em Luxor. Todos na empresa sentiam sua falta. Aquele lugar não era o mesmo sem a presença dela. Conrad estava cada mais espertinho e balbuciava algumas palavrinhas que trazia sorrisos a família, mas ninguém conseguia entender. O que saia direito era a palavra “mamã”. Quando Amanda vai busca-lo na escolinha ele repete isso muitas vezes com os braços esticados pra ela pedindo colo.
Quando chegou o sábado estava um dia lindo e ensolarado. Não fazia aquele calor absurdo, então Amanda pensou que seria uma ótima ideia para levar seu filho para um passeio ao ar livre. Junto com arrumou a bolsa com os brinquedos favoritos dele e o vestiu com uma roupa leve. Short, camiseta com desenho do seu super herói favorito e tênis. Levando o bebê consigo voltou ao seu quarto o colocando na cama e foi se trocar. Vestia também uma roupa leve. Um vestido floral de tecido fino esvoaçante, na cor azul claro. Pegou os óculos escuros, a pequena bolsa de documentos e desceu para o hall. Doroty estava com o carrinho de passeio preparado e após um delicioso café da manhã eles saíram. Era cedo e o sol estava agradável.
Mãe e filho caminharam até o parquinho que ficava próximo a casa. Thomas havia escolhido aquela localidade pensando justamente no bem estar do bebê e no quanto brincaria com ele depois que nascesse.
Naquele mesmo dia Christian levantou cedo para fazer corrida. Vestiu o moleton tomou um café leve e saiu. Correu por vinte minutos e alternou com caminhadas por mais meia hora. Quando seu corpo sente os músculos começarem a ficar cansado ele faz uma pausa. Comprou uma garrafinha d’água para se refrescar e bebeu metade dela com avidez, fazendo o líquido escorrer sem querer para fora da boca.
Christian caminhou mais dois metros e sentou num banco do parquinho. Por causa do clima agradável o lugar estava cheio de mães brincando com seus bebês e babás fazendo o seu trabalho. Observando o movimento imaginou quando seria sua vez de construir uma família e ser feliz. Não muito longe de onde estava Amanda estava com Conrad. O bebê brincava na caixa de areia com seus brinquedos. A mãe o ensinava a fazer castelinhos. Os dois se divertiam e davam risadas quando conseguiam fazer mais um castelinho de areia.
Cansando de ficar apenas sentado, Christian se levantou, decidindo ir até perto do lago. Passou por algumas mães e crianças, sorrindo para algum bebê que gritava para ele. Já estava perto do lago quando, agora mais perto, viu uma mulher sorridente com um bebê sentado ao seu lado. Seu coração se acelerou. Ele conhecia muito bem aquele sorriso, aqueles olhos... Engoliu em seco ao constatar que era Amanda com seu bebê. O que ele deveria fazer? Se aproximar? Passar direto?
Tomando coragem, ele respirou fundo e se aproximou. Amanda dava para Conrad um brinquedo, quando ouviu uma voz que fez o seu coração dar um pulo. Ela ergueu o olhar vendo aquele rosto tão conhecido olhando pra ela. De moleton ele ficava diferente e bonito. Ela fica surpresa, e disfarça o suspiro ao vê-lo.
- Olá, Christian...
- Como... Hm... - ele limpou a garganta, sem saber como proceder. - Como você está? - perguntou, observando que o garotinho olhava para ele com aqueles olhos azuis curiosos.
- Estou bem, na medida do possível. E você... Como vai?
- Bem, também... - ele se abaixou diante do menino e sorriu pra ele, tendo um sorriso com dois dentinhos retribuídos. - E você, garotão, como está? Você é um lindo garoto, sabia?
Como resposta, Conrad gritou e sorriu, pegando um brinquedo e jogando para Christian. Os dois sorriram e Christian se aproximou do menino, dando outro brinquedo a ele.
- Ele é lindo, Amanda... - ele disse, enquanto via o menino mexer na areia, quando ele ia por uma das mãozinhas na boca, ele segurou seus dedinhos com cuidado. - Não, não... Não pode colocar na boca, sua mãozinha está suja, rapaz.
Conrad riu e o obedeceu prontamente, voltando a brincar com seus pequenos bonecos.
Amanda sentiu seu coração tremer com a interação imediata dos dois. Ela não sabia o que dizer e suas pernas vacilaram. Por sorte estava sentada para observa-los.
- Sim... Ele é... - Ela murmurou.
Christian sorriu pra ela e se sentou ao lado de Conrad. Os dois riam e brincavam, enquanto faziam castelo de areia. A forma como interagiram foi tão rápida, que Amanda ficou sem ar. Christian cuidava dele com carinho, repreendia com cuidado e o ensinava a fazer algumas coisas ou novas brincadeiras. Ela não sabia o que fazer; pai e filho brincavam na sua frente, sem um saber o que realmente significava para o outro.
- Você... Mora aqui por perto? - Ela pergunta vendo os dois brincar.
- Sim... Divido um apartamento com Michael a uma quadra daqui. - respondeu, olhando pra ela. - Você também mora por aqui?
- Sim... Na casa branca da esquina... - Disse também olhando pra ele. Os dois ficaram assim por alguns segundos. Até Conrad parou de brincar e olhou pra eles, curioso.
- Obrigada por ter... Me tirado pra respirar aquele dia do funeral. - Ela disse mantendo o olhar nele. - Eu não estava em mim.
- Eu entendo... Vi que você precisava sair um pouco daquilo, para... Voltar a si mesma. - ele disse, olhando pra ela. - Como você está depois de tudo?
Amanda suspira.
- Estou levando como posso... Ele precisa de mim. - Ela fala tocando a cabeça do filho com carinho - Mas sei lá, tem horas que tudo volta como um filme e... Eu encontro a realidade e tenho que encara-la como é. Por Conrad, eu continuo lutando, mas confesso que sozinha é duro.
- Eu posso imaginar, Amanda... - ele murmurou, olhando pra ela. - Quando eu estava na cadeia e meu advogado levou um exemplar do jornal para que eu soubesse que você tinha se casado e estava grávida, a única coisa que pensei é que você finalmente seria feliz. Eu fiquei arrasado porque ainda te amava e pensava que quando saísse de lá, conseguiria voltar pra você... Mas ao mesmo tempo eu fiquei muito aliviado ao saber que você estava seguindo em frente. Por isso eu sinto ainda mais, por tudo. Você já perdeu muita gente, tenho certeza que Thomas foi... Um porto seguro quando eu fiz toda aquela besteira. Perdê-lo deve ter sido muito duro e eu sinto muito, muito mesmo.
Ela acolheu cada palavra que Christian e se surpreendeu que mesmo estando preso ele mantivesse sentimentos por ela; e mesmo agora ele não estava se jogando pra cima dela.
- Foi, foi muito duro sim e eu também sinto pelas pessoas que amei e me deixaram, sinto por tudo... - ela suspira engolindo a dor - Prometi a mim mesma que de agora em diante não quero mais fazer planos, apenas vou viver o que a vida proporcionar. Poxa, sempre que penso em como as coisas vão acontecer e desenvolver, levo uma rasteira... Mas a vida é assim, altos e baixos, não tem como prever. - Ela disse e passa a mão nos cabelos, colocando-os para o lado direito.
- Sim, eu também estou a mesma linha de pensamento, agora.. - ele disse, colocando Conrad sentado no seu colo. O bebê tinha os olhinhos profundos, estava com sono e ele o deitou. - Você sabe como eu era, então... Eu sempre pensava em tudo, do começo ao fim. E no final, acabei me ferrando completamente, mas isso aconteceu para abrir meus olhos para o que verdadeiramente importa. - ele disse, vendo Conrad fechar os olhos devagar. - E o que importa nesse momento, é usar minha inteligência para o bem e não para o mal, mudar tudo o que eu fui durante uma vida inteira... Deixar que o destino tome conta das coisas e me surpreenda de verdade. Sem planos. Sem tramoias. Apenas serei um Christian diferente de tudo o que já fui.
Amanda assentiu com um sorriso sútil.
- Fico contente por você Christian. O mal não leva a nada, realmente, apenas leva para mais malefícios. Você é muito inteligente! Continue com este pensamento e tudo vai mudar ao seu redor. Coisas boas sempre atraem coisas melhores. - ela disse observando o filho suspirar e adormecer no colo de Christian.
- Sim, eu sei disso... - Christian sorriu de lado e olhou para Conrad adormecido. - Posso perguntar uma coisa? - Ela assente disse olhando pra ele. - De onde vieram os olhos azuis de Conrad?
Amanda engoliu em seco. Seu coração veio à boca imediatamente batendo como louco. O que ela diria? A verdade? Assim... Na rua? Em mente ela rezou pedindo a Deus uma resposta que o convencesse.
- Hum... É de família.. Da parte do Thomas. - corrigiu rapidamente - Ele tem europeus na família, então... - Ela disse passando a mão nos cabelos.
- Hm... Você sabe que... Se Conrad for meu filho, Amanda, seria no mínimo uma injustiça você esconder isso. - ele murmurou, sem julgamentos, apenas falando algo que sentia dentro de si. Ele passou a mão pelo rostinho de Conrad, sorrindo docemente. - Devo confessar que ficaria muito feliz em ser pai. Ser pai de um filho seu, a única mulher que amei na vida e continuou amando... E que amarei pra sempre. - por fim, ele a olhou. - Pode ter certeza que eu lutaria até o fim da vida para ser o melhor pai que uma criança pode ter, um pai que eu nunca tive, mas que sempre sonhei em ter. Se ele for meu... Não o prive de ter um pai. E não me prive de ter um filho, Amanda.
Os batimentos cardíacos de Amanda aumentaram a um nível muito elevado. Sentiu o sangue sumir das veias como se fosse desmaiar. Sem saber Christian revelava o maior segredo daquela mulher que tanto amou. Ela põe a mão no estômago, tentando manter a mente sã. Respirou fundo para respondê-lo.
- Eu... Eu não sei por que está me dizendo isso se... Foi há tanto tempo, Christian. - Ela disse com um tom de voz diferente, procurando não se mostrar afetada - Conrad, está bem comigo.. Agradeço sua preocupação, mas ele já tem tudo que precisa...
- Amanda... Não precisava dar tantas voltas para responder um simples: "Sim, Christian, ele é seu filho", ou um não... - ele disse, olhando nos olhos dela.
- Christian... - Ela olhou nos olhos dele - Eu preciso ir... - Murmurou, ela.
- Amanda... - ele segurou o braço dela. - Você não pode simplesmente... Virar as costas e ir embora. Me responda isso, por favor.
Ela suspira profundamente. Christian implorava a verdade com o olhar e seu coração também pedia aquilo. Não dava mais pra esconder aquele segredo. A hora da revelação tinha chegado.
- Então, você pode me acompanhar até em casa? - Ela disse recolhendo os brinquedos de Conrad. - Acho que não precisamos falar disso aqui...
- Claro. - ele disse, levantando-se com cuidado para não acordar Conrad.
Assim que recolheu todos os pertences do filho, Amanda colocou a bolsa dentro do carrinho se seguiu com Christian e Conrad para casa. Quando adentram o lar foi recebida por Doroty. Ela pegou o filho dos braços do pai e entregou a empregada pedindo que cuidasse dele. Doroty sai com o pequeno nos braços.
- Vamos conversar na sala... - Amanda disse para Christian, o vendo assentir e seguir atrás dela. Assim que sentaram no sofá um de frente pro outro, ela respira fundo. - Então... Você quer saber a verdade?
- Com certeza. - ele disse, olhando pra ela.
- Então está bem. - Ela disse tomando fôlego - Quando aconteceu toda aquela confusão e você foi preso achei uma você só seria uma memória do passado. Alguém que conheci e que eu queria esquecer. Aquele dia que fui falar com você na prisão foi para cumprir o que pensei ser o certo. Eu queria recomeçar e precisa me reerguer. Por mais que nossa relação tenha sido sem compromisso, acho que havia mais, mesmo que eu odiasse admitir... - Eu também amava você. - Tomando mais fôlego ela continua - Depois disso voltei com Thomas e vivemos muito bem até o dia que passei mal e fui para o hospital... Lá eu descobri que estava grávida de dois meses. Pensei na hora que o mundo ia desmoronar na minha cabeça, mas Tom foi um homem maravilhoso e... - ela fica com a voz embargada e os olhos marejam. - Ele disse que ia cuidar de minha e do bebê, como se fosse dele. E foi assim até o dia que... que ele me deixou, então... - Ela respira com lágrimas descendo pelo rosto - Conrad é seu filho... Você é pai, Christian Grey.
- Oh meu Deus, Amanda... - ele sorriu. - Tem noção do que é essa notícia pra mim? - ele sorriu e balançou a cabeça, extasiado. - É muito mais do que eu mereço, é... Eu nem sei o que dizer. Eu estou tão feliz!
- Você... Gostou? - Ela diz surpresa, limpando as lágrimas.
- Mas é claro que sim! Obviamente, se eu recebesse essa notícia há algum tempo atrás, eu certamente não gostaria, mas agora... Amanda, eu estou radiante! Nós temos um bebe, meu amor...
Em um impulso, Christian puxou Amanda e a beijou. Um beijo com gosto de saudade, felicidade, recomeço... Todos os sentimentos bons que poderiam sentir. Quando a soltou, ficou surpreso ao ver que ela também tinha um pequeno sorriso nos lábios.
- Ah... Desculpa, Amanda... Acho que me empolguei... - ele murmurou, passando a mão pelo cabelo.
- Você é louco... - Ela murmurou sorrindo. - Mas tudo bem.. Bom, pelo mesmo eu acho né? – Mordeu o lábio.
Christian sorriu e pegou a mão dela na sua, entrelaçando seus dedos.
- Eu não quero criar expectativas sobre nada, mas eu tenho esperança, Amanda. Se você estivesse casada eu jamais me aproximaria, jamais colocaria sua felicidade em risco, mas você esta viúva e eu não tenho ninguém... Possivelmente jamais ficarei com outra pessoa que não seja você... Então... Eu tenho esperanças quanto a nós dois, ainda mais agora que temos um filho. Você estaria disposta em dar tempo ao tempo, sem se impedir de algo que venha a acontecer entre nós?
Amanda o encarou buscando a verdade por trás daquele cristalino par de olhos azuis, azuis como os do seu filho. Sim, eles tinham um filho juntos e teriam que cuidar dele sendo bons pais. Ela numa fração de segundos pensou em tudo. Como seria o futuro se Grey estivesse disposto como disse. Mas como tinha dito a si mesma, as coisas iam rolar naturalmente.
- Christian... Eu quero acreditar em você. Quero acreditar que pode ser diferente, um homem novo, mas... - Ela faz uma pausa e o olhar de Christian muda, entristecido. Ele sabia a resposta a seguir. Aos poucos foi soltando a mão dela, porém antes que o fizesse ela segurou firme a dele, mantendo juntas. - E é por ver que a mudança esta acontecendo que vou te dar outra chance... Mas vamos deixar acontecer, certo? Sem pressão, por favor. - ela sorri natural pra ele.
Ele sorri de leve, a esperança começando a se fortalecer.
- Está certo, sem pressão. - sorrindo, ele se aproxima dela e toca seu rosto. - Eu posso beijar você, Sra.. Lewis?
- Pode sim, Sr. Grey. - Ela sorriu vendo a felicidade estampada no rosto dele.
Devagar, Christian se aproximou e colou os lábios nos dela. Eles sorriram em meio ao beijo, que se aprofundou devagar, logo ficando forte e depois mais lento, terminando com selinhos. Dessa vez eles sabiam: tudo daria certo.
Depois do termino do seu noivado com Jack, Mandy voltara para seu antigo apartamento. Cada canto daquele lugar tinha um pouco do passado que ela estava aprendendo a lidar e ao olhar para porta da frente era impossível não conter um sorriso. Apesar de tudo ela ainda amava Michael e não sentir a falta dele era algo que ela não sabia impedir.
Agora que estava quase terminando sua compra da academia, ela ia pra la todos os dias, aprendia o máximo que podia com Martha, que adorava ajuda-la. Já conhecia todos os professores e estava a disposta a mante-los em seus empregos, pois Martha sempre falava bem deles e de seus trabalhos. Estava absorvendo tudo o que podia.
Já eram quase nove da noite quando o ultimo aluno e professor saiu da academia. Pensando estar sozinha, Mandy colocou seu iPod no aparelho de som e começou a se alongar, dançando logo em seguida. Estava totalmente absorta na música e na dança, que só quando a mesma acabou que ela percebeu que Michael estava ali, sentado em uma cadeira perto da porta, olhando-a fixamente.
- A quanto tempo esta ai? - ela perguntou, olhando-o pelo espelho.
- Desde a metade da coreografia. - Ele sorriu - Você ainda dança muito bem, Mandy.
- Obrigada... - ela fez uma reverência tal qual uma princesa, rindo em seguida. - Professor Jackson.
Michael sorri levantando da cadeira, indo na direção dela.
- Você ainda lembra do que te ensinei na faculdade? - ele disse.
- Sim, me lembro... Por que?
- Por nada... É que deu vontade de dançar. - ele sorriu pra ela - Você acompanha?
- Claro... Vamos aproveitar que eu já estou no clima. - ela sorriu
Assentindo Michael foi até o aparelho de som e colocou a música " What Goes Around...Comes Around" de Justin Timberlake. Coincidentemente aquela letra tinha tudo a ver com eles. Michael voltou para perto e estendeu para Mandy no exato momento que o cantor disse:
"Hey Garota, ele é tudo o que você queria em um homem? Você sabe que eu te dei o mundo. Você me teve na palma da sua mão. Então porque o seu amor se foi?”
Ela sorri torto pra ele e pega em sua mão. Michael começa a cantar junto com a música enquanto puxa Mandy para os seus braços. Ficando frente a frente, eles balançam seus corpos de um lado para o outro, lentamente.
"Não quero pensar sobre isso Não quero falar disso Eu estou tão cansado disso Não acredito que acabou desse jeito Muito confuso sobre isso Sentindo as dores disso Eu apenas não posso ficar sem você Me diga, isso é justo?"
Tomando as mãos dela ele brinca de afasta-la e puxar para si, e o faz três vezes. No último puxão ele a vira rapidamente colando as costas em seu peito. Mexendo os quadril de um lado para o outro devagar, rebolou cantando perto do ouvido dela:
"O que se vai, se vai, se vai Faz todo o caminho de volta O que se vai, se vai, se vai Faz todo o caminho de volta O que se vai, se vai, se vai Faz todo o caminho de volta O que se vai, se vai, se vai Faz todo o caminho de volta Yeah"
Mandy suspira fechando os olhos sentindo realmente a que sentia por ele voltar a queimar dentro dela. Michael continua sua coreografia especial. Sempre era assim quando estava com ela. Aquela garota o inspirava as melhores coisas. Dançaram como nos velhos tempos e a sintonia continuava perfeita. No final da música ele segurou a mão dela e a beijou.
- Obrigado pela honra, senhorita. - Ele disse sorrindo.
- O prazer foi meu, Sr. Jackson. - ela sorriu, um pouco ofegante
- O prazer foi meu. - Ele responde - Quer beber alguma coisa? Eu conheço uma lanchonete ótima e é 24 horas... - Michael diz de sopetão que até ele fica surpreso com o que fez.
- Seria ótimo. - ela disse, pegando sua bolsa em cima da mesa. - Você me espera alguns minutos? Vou só trocar de roupa.
- Espero, claro. - Disse empolgado. Ela sorri saindo da sala.
Quando Mandy sumiu de suas vistas ele comemorou com as mãos para o alto.
Mandy foi em direção ao banheiro feminino e enquanto trocava a roupa de dança por um vestido curto, ficou pensando no que aconteceu há alguns minutos atrás. Parecia que tinham voltado aos velhos tempos e ela estava adorando aquilo, por mais maluco que poderia parecer. Terminando de se ajeitar, guardou suas coisas e voltou pra sala.
- Estou pronta.
- Você está linda, Mandy! - Disse olhando pra ela com admiração.
- Ah... - ela sorriu. - Obrigada, Michael.
Ela corada era raro, disso ele podia lembrar.
- Podemos ir no seu carro? Com aquelas coisas eu fiquei sem minha moto.. - ele disse envergonhado.
- Claro. - ela disse, pegando a chave e dando na mão dele. - Estou sobre sua guarda, Michael Jackson, me leve pra onde quiser. - piscou e sorriu
- Uau.. Quanta responsabilidade! - Ele sorriu pegando a chave - Okay, então vamos senhorita Lewis, vamos nos divertir. - Michael disse dando o braço pra ela.
Sorrindo ela enrosca seu braço no dele. Na saída Mandy fecha a porta de entrada da escola e seguem para o estacionamento. Na direção Michael pode sentir a liberdade de uma forma completa. Estar naquela situação com Mandy a seu lado depois de tudo, era surreal demais, porém muito bom. Estava feliz pela chance que a vida estava devolvendo a ele. Quinze minutos depois que saíram da academia, ele para o carro no estacionamento da lanchonete. Ela era grande e tinha um letreiro verde e azul piscando. Michael desceu primeiro e abriu a porta pra ela. Mandy desceu com um sorriso gentil.
Quando entram no local o ambiente era todo decorado no estilo dos anos 50 e 60. Até as garçonetes tinham o uniforme personalizado inspirado na época e o mais legal é que elas usavam patins. O casal senta no banco e uma das moças se aproxima:
- Boa noite, noite e sejam bem vindos ao Rock N’ Bar! - Disse simpática entregando o cardápio - Vocês podem escolher a vontade e depois me chamem. Meu nome é Candie, ok?
- Okay, vamos escolher aqui. Obrigado. - Michael respondeu simpático. Quando a moça sai ele olha pra Mandy. - Aqui eles tem todos os lanches que você imaginar. Eu sou fã do cachorro quente deles. - Sorriu, ele.
- Sabe... Isso não é comum, mas estou com vontade de comer um cheseburger enorme... - ela ri. - Vai acabar com a minha dieta. - faz beicinho
- Imagina, você não precisa de dieta. É linda sempre! - Ele diz olhando pra ela - Eu vou no cachorro quente especial. Você vai ver porque ele é especial. - Michael ri - Pra beber o que você quer?
- Vou de coca zero pra balancear as coisas... - ela riu. - E obrigada pelo elogio.
- Por nada, só falei a verdade. - ele pisca - Achei ótima sua ideia vou equilibrar meu dog especial com uma bebida leve. - Se fez sério, mas riu em seguida.
- A verdade é que somos dois medrosos e estamos com medo de enfiar o "pé na jaca". - ela riu
Michael gargalhou.
- Pode crer. Mas então por que não abusamos de uma vez? Topa pegar uma coca-cola normal? - ele ri feito criança.
- Por que não pedimos logo um milk shake gigante e dividimos enquanto comemos? - arqueou uma sobrancelha
- Eu topo! - Ele disse empolgado. - Vou chamar a garçonete.
Michael esperou que Candie olhasse na direção deles e a chamou. A moça anota os pedidos e pouco depois traz os lanches. O cachorro quente dele era mesmo especial. Enorme para ser exato. Servia um batalhão nas vistas de Mandy. Ambos escolherem milk shake de morango para compartilhar em dois canudinhos. Sorrindo Michael disse:
- Viu só como meu dogão é especial? Vou me acabar. - Ele ri.
- Eu estou vendo! - ela diz, rindo pra ele. - Você vai é passar mal... Mas eu não posso falar nada, olha o tamanho disso... - ela aponta pro hambúrguer. - E olha pra essas batatas... Enormes!
Michael continua rindo.
- E ainda temos esse litrão de milk shake pra beber. Sabe de uma coisa? Acho vamos sair daqui rolando...
- Acho a mesma coisa...
Os dois começam a comer e bebem o milk shake, rindo um para o outro. Quem olhava de longe dizia que era um casal, sem a menor sombra de dúvidas. Já estavam no final do lanche quando começou a tocar uma música animada, estilo anos 60... Jailhouse Rock de Elvis Presley.
- Ah, caramba! Eu amo essa música. - ela diz, colocando o guardanapo em cima da mesa. - Vem dançar comigo, Michael!
Michael acaba de engolir o pedaço do lanche levantando do sofá.
- Só se for agora, princesa... - ele sorriu
Os dois seguem para um espaço que tinha próximo a jukebox. Michael começa a dublar o rei do rock imitando perfeitamente sua coreografia. Mandy começa a acompanha-lo na mesma empolgação. Os clientes se viram para assisti-los e logo todo o bar era a platéia. Michael pegou Mandy pela cintura puxando pra si. Segurou sua mão elevando acima da cabeça e a girou rápido três vezes deixando que caísse em seus braços propositalmente. Ela sorri sentindo o coração bater rápido pela energia da dança.
Ele devolveu a ela um sorriso arrasador. Colocou a parceira sentada sobre o balcão do bar e começou a performar sozinho fazendo todos gritarem alucinados. Era um show de profissionais! Michael encara sua parceira e morde o lábio inferior. Ela finge desfalecer e desce do balcão num pulo, indo até os braços dele terminaram a coreografia com uma postura clássica onde a moça repousa sobre a perna do rapaz.
- Você é perfeita demais... - Michael disse trazendo Mandy a posição normal, de pé em sua frente.
- Eu sou? Fala sério, Michael, você é mil vezes melhor! - ela riu, escutando as palmas. - Somos uma dupla e tanto.
- É, eu sou bom sim. - Confirmou sorrindo - Mas eu prefiro você, mil vezes. - Ele disse a encarando um pouco mais sério.
O silencio se durante alguns segundos até Candie quebra-lo com um grito:
- Beija ela logo! - Disse a moça em expectativa.
Logo todos a acompanharam dizendo a mesma coisa. Michael olhou em volta deles e disse se voltando pra Mandy:
- E agora, o que faremos?
Mandy se virou pra todos e disse:
- Não tem problema, pessoal... - ela disse, sorrindo - Eu beijo ele.
Piscando pra todos, ela se virou o abraçou pelo pescoço, ficando na ponta dos pés para beijá-lo.
Michael sorriu segurando a cintura dela. Sentiu aqueles lábios macios e quentes tocarem os seus. O coração começou a saltar no peito. O beijo foi digno dos finais felizes que lemos nas fábulas. Quando se pensava que estavam terminando novamente o casal coloca vigor no beijo fazendo o bar inteiro assobiar e gritar de animação. Após o beijo, Michael olhou pra Mandy de uma forma diferente, vendo-a sorrir totalmente relaxada e alegre. Eles pagam a conta e depois de se despedir do "público", vão para o carro. Não conseguiam parar de sorrir.
- Hey, você tem algo importante pra fazer em casa, agora? - Mandy perguntou, colocando os pés sobre o painel do carro e olhando pra Michael.
- Não linda, por que? - ele respondeu pondo a chave no contato.
- Que tal darmos um pulo na praia?
- Você é quem manda! - ele disse sorrindo.
Michael ligou o carro e deixou o estacionamento da lanchonete. Conversando e rindo os dois se divertiam no caminho para a praia. Levaram cinquenta minutos, mas chegaram lá com expectativa. Pareciam crianças indo conhecer o mar pela primeira vez. Michael estaciona perto da areia. desce do carro e vai abrir a porta pra ela. Mandy desce com um sorriso no rosto. Eles caminham até ficar a alguns metros do mar. Michael sentou e puxou Mandy para sentar na sua frente.
- Pronto querida, estamos na praia... - ele disse a abraçando envolta de seus braços.
Ela sorriu e se recostou no peito dele.
- Olha essa lua, Mike... - ela murmura, vendo a lua cheia iluminar toda a praia. - Perfeita, não é?
- Sim... Acho que ela quer dizer alguma coisa pra nós... - ele suspirou profundamente a abraçando mais forte cheirando o cabelo dela - Obrigado por me dar outra chance. Você não imagina como me sinto em saber que posso consertar o mal que causei a você.
- Sabe, Mike... Eu voltei com Jack, em parte pra tentar esquecer você. Eu pensei que tudo entre Jack e eu voltaria a ser como antes, mas eu percebi que nada será como antes. - ela fez uma pausa, fechando os olhos. - Porque eu amo você e sinto que você não é o mesmo cara de antes. Meu coração está pedindo pra te dar uma chance e eu estou o seguindo.
- Eu sofri tanto quando soube que você tinha voltado com o seu noivo. Fiquei revoltado comigo mesmo pensando em como fui idiota em deixar uma mulher tão perfeita escapar, mas... Acho que tenho alguém lá encima que gosta muito de mim.. - ele sorriu de leve - E sabia que em todo esse tempo na prisão, eu nunca deixei de amar você. Nunca, nem um dia eu esqueci a mulher que conheci.
Mandy sorriu e se virou pra ele, limpando a lágrima que ele tinha derramado,
- Ah, Mike... - ela suspirou. - Acho que devemos apenas esquecer o passado e seguir em frente. Um ano se passou, estamos mais maduros e sabemos o que queremos de verdade. Eu quero comprar a minha academia e ficar com você, ponto final. - ela o olhou, esperançosa.
Michael sorriu com um nó sufocando sua garganta.
- Eu amo você Mandy Lewis... Amo mais que a minha vida... - Ele disse emocionado e outras lágrimas desceram. - Pronto agora abriu a cachoeira. - Falou limpando o rosto com as mãos.
- Oh, Mike... - ela sorriu e beijou seus lábios com amor, limpando suas lágrimas. - Eu também te amo muito, muito e muito! - se afastou e se levantou, ficando de frente pra ele. - Que tal vir pro mar comigo, hm? - perguntou, começando a se despir de seu vestido.
- Mandy.... - Michael a olhava absorto em seu corpo. Quanta saudade sentia dele. - Você tem certeza? - Murmurou.
- Absoluta. - ela diz, tirando a sandália e o sutiã. - E se você não correr, vou entrar antes de você... Vai perder a corrida, Mike.
Ele precisava confiar em si mesmo e se perdoar, assim como Mandy havia feito. Tomando coragem ele levanta se despindo das roupas e sapato.
- Perder pra você seria uma prazer gata, e pra sua sorte hoje estou muito bonzinho. - ele sorri mais aliviado.
- Ah, é mesmo? - ela coloca a mão na cintura e prende um sorriso. - Então corre atrás de mim, professor...
Rindo, ela corre em direção ao mar, ouvindo os passos dele atrás dela, junto a sua risada.
Assim que entraram na água Michael abraçou Mandy pela cintura e com posse a beijou na boca.
Descendo as mãos pelos corpo com dedicação repousando a mão sobre a intimidade dela. Massageou devagar ouvindo ela gemer baixinho em seu ouvido. O coração de Michael novamente acelera. Há mais de um ano ele não sentia como era estar como uma mulher. Beijando o pescoço dela arfou com desejo.
- Ah Mandy... Que saudade eu senti do seu corpo, amor... – Sussurrou entre os beijos.
- Eu também senti muito a sua falta, Michael... - ela confessa, rendida.
Colando os corpos ela sentiu o quanto ele ficou excitado em pouco tempo. Cuidando da intimidade dela a levou a loucura, exatamente como fazia quando namoravam, porém, hoje o gosto da paixão estava mais apurado. Beijando do pescoço desceu ao colo. Tocou nos seios dela com posse, os sugou com avidez até ouvi-la gemer alto. Num gesto rápido ele a pôs com as pernas em volta da sua cintura. A penetrou sem aviso. Michael estava ávido para tê-la em si. Mandy se agarrou no corpo dele ajudando nos movimentos. Ele investia fundo soltando gemidos e respirando de maneira falha.
- Você é tão gostosa meu amor... - Murmurou. - Quero ficar dentro de você pra sempre, minha delicia...
Mandy sorriu. Aquele era o Michael que ela conhecia.
- Você também é delicioso, Mike... - ela segurou o cabelo dele próximo a raiz. - Não me deixa, nunca mais!
- Nunca mais, minha vida... Nunca... Mais... - ele falou aumentando a intensidade, fazendo ela subir e descer no seu colo.
Mandy segurou mais forte nos cabelos dele. Michael correspondeu apertando seu bumbum deixando uma marca avermelhada visível assim que saíssem d'água. Ela fecha os olhos se deixando levar pelo prazer. Michael estocou sentindo o interior dela aperta-lo. Tratou então de usar suas últimas forças arrancando da garganta de ambos um urro de êxtase e relaxamento quando explodiram juntos.
- Está muito em forma, Sr. Jackson. - Mandy murmurou, risonha, escondendo o rosto no pescoço dele.
- Trabalhamos pra isso, gata! - Ele sorriu beijando o pescoço dela - Nossa amor, eu te machuquei? Eu estava há tanto tempo sem... - ele disse tímido.
- O que? Não... - ela riu e olhou pra ele. - Pelo contrário, foi muito, muito bom... E fico feliz em saber que não teve outra. - ela sussurrou.
- Outra jamais, meu amor, só tenho olhos pra você. - Disse olhando pra ela - E fica tranquila, o meu companheiro aqui só levanta pra gata que eu mais amo no mundo. - ele sorriu de lado.
Mandy riu, jogando a cabeça pra trás.
- Sabe, por um momento, eu pensei que você tinha perdido sua boca suja... - ela diz, passando a ponta dos dedos pelos lábios dele.
Ele riu. Chupou o dedo dela e deu um beijo antes de soltá-lo.
- Se você quiser que eu pare... É só falar, mas acho que vai ser difícil já que me conheceu assim.
- Não, eu não quero que mude. Eu gosto muito da sua boca suja, seja falando ou... Fazendo outras coisas. - ela sorriu.
- Ah... Então se prepare gatinha, estou louco pra usar minha boca de outras maneiras... De um jeito bem gostoso, sabe..
- É mesmo? - ela mordeu o lábio, ansiosa. - Eu mal posso esperar por isso...
- Não vai ser preciso esperar, pode ter certeza. - Ele sorriu - Agora me deixa usar a minha boca pra devorar a sua, hum?
- Fique a vontade, professor...
Sem precisar falar mais nada, Michael tomou os lábios dela com vontade e paixão. Acariciou o rosto dela durante o beijo e no íntimo era eternamente grato pela nova chance que a vida lhe dava, Quando viram que tinha passado tempo suficiente ali, namorando... O casal sai da água e veste suas roupas que ficaram na areia. Naquela noite Michael deixou Mandy em casa e voltou para o apartamento de taxi. Ela insistiu para leva-lo, mas Michael recusou dizendo que a volta poderia ser perigosa, pois era muito tarde.
Christian ainda estava acordado pensando no dia que teve ao lado de Amanda e seu filho. Minha nossa, ele era pai! Essa ideia latejava sem parar em sua cabeça juntamente com o perdão de Amanda. Que mulher! Ele não se achava digno dela, mas ela o queria pra si. Queria o novo homem que ele se tornou. Enquanto estava absorto nestes pensamentos Michael entrou no apartamento como um sorriso que não cabia no rosto. Se jogando no sofá ele suspirou com ar de felicidade.
Christian o observou, estranhando a felicidade do amigo.
- Que bicho te mordeu?
Michael olhou pra ele sorrindo feito bobo.
- Não foi bicho cara, foi uma gata... Uma gata linda e gostosa.
- Oi? Como assim, cara? - ele olhou pra Michael com atenção. - Fala sério, Michael... Não vai me dizer que caiu nos braços de uma qualquer? Logo agora que Mandy está solteira? Que burrice, cara!
- Mas de que gata você acha que eu estou falando, Christian Grey? - Disse rindo - Hoje foi o melhor dia da minha vida! - Michael põe as mãos atrás da cabeça apoiando no encosto do sofá.
- Está querendo dizer que você e a Mandy... - ele deixa a frase vaga no ar.
- Sim... Eu e a Mandy voltamos. E voltamos com tudo, oh boy! - Ele ri novamente - Foi tão bom que a noite terminou de um jeito que jamais pensei. Nós transamos na praia... Aliás, no mar pra ser exato. Cara, foi muito gostoso! Depois de tanto tempo eu pensei que ia explodir de tanto tesão quando ela me tocou.
Christian olhou pra ele, boquiaberto.
- Está falando sério? - ele perguntou, rindo no final. - Como assim, Mike? Quer dizer... Até ontem você me disse que ela não tinha demonstrado nenhum tipo de interesse em voltar.
- Pois é, e ela estava assim mesmo. Eu respeitei e tal, mas hoje... - ele sorriu - Hoje foi demais! Agora sim sou um homem completo, Christian. Com a Mandy do meu lado eu enfrento o mundo e estou na torcida por você também, irmão. Uma hora dessas a Amanda também vai te dar outra chance, vai por mim. - Michael disse deitando no sofá.
Christian sorriu de lado, sabendo que Amanda já tinha dado essa chance a ele.
- Eu também tenho novidades, Mike... Muitas, na verdade. - ele disse, vendo o amigo o olhar com curiosidade. - Eu encontrei com Amanda hoje, sem querer... Estava correndo e a vi sentada com Conrad, perto do lago. Ele é um garoto fantástico, Michael. - ele sorriu. - Ele é meu filho.
Michael sentou de uma vez no sofá, estupefato com a informação.
- Como é que é? O garotinho é seu filho? - Ele repetiu vendo Christian assentir com um sorriso largo - Puta merda, cara! Parabéns! Nossa, que loucura... - Michael o abraçou rindo feliz pelo amigo - Bem que você comentava que sentia isso do menino. Estou feliz por você, de verdade, você sabe. Mas e você a Amanda? Conseguiram algum progresso?
- Sim, claro... - ele sorriu de lado. - Não fomos tão rápidos como você e Mandy, estamos apenas dando tempo ao tempo, sabe? Não queremos apressar as coisas, mas sinto que esse momento está cada vez mais próximo. - ele passou a mão pelo cabelo, ansioso. - A verdade é que eu não vejo a hora de ficarmos juntos pra valer, nos tornarmos uma família de verdade.
- Isso vai acontecer, Christian, pode confiar. Olha, Mandy e Amanda são irmãs, quem sabe ela não muda de ideia também, hm? - Michael sorriu de lado.
- Assim espero, cara, assim espero... Seca de um ano é muito pra mim! Não que eu esteja pensando só no sexo, mas... É difícil. - ele faz careta
- Te entendo, cara. É barra mesmo, mas não esquenta. Quando menos você esperar vai acontecer. - Michael disse o aconselhando. Em seguida se espreguiçou - Ai, eu vou tomar um banho e cair na cama, estou um caco, mas estou feliz. Você vai dormir agora?
- Não, vou ficar pensando mais um pouco, daqui a pouco eu vou... - ele disse, deitando-se no sofá. - Sonhar acordado com a minha mulher e meu filho.
- Falou então... - Michael sorriu - Boa noite, paizão! - ele diz batendo na cabeça dele.
- Boa noite cara... Futuro pai, já que voltou pra mulher amada... - Christian riu.
- Voltei sim e você também vai voltar pra sua. -Michael disse rindo, saindo da sala.
- Se Deus quiser... - Christian murmurou pra si mesmo, sozinho na sala.
Em casa Amanda visita o quarto do filho para ver se estava dormindo bem. O pequeno dormia profundamente, até o peito levantava com a respiração. Olhando o filho por alguns minutos reparou em cada parte do corpinho dele e suspirou. Até dormindo ele era parecido com o pai. Sorrindo depositou um beijo na cabeça da criança e desceu para a cozinha. Tomou um copo d'água recostada na pia, pensativa. Pensou em como foi seu dia com Christian e o que conversaram. Era praticamente uma loucura o que aconteceu entre eles e ainda se sentirem atraídos um pelo outro. O fato do arrependimento foi determinante para que ela o perdoasse e aceitasse em sua vida novamente. Ele talvez merecesse isso, aliás, os dois mereciam.
A semana passa e Amanda continua pensando em Christian. Era sexta feira quando ela teve a ideia de ligar pra ele. Então pegando o cartão que recebeu no dia funeral de Thomas, ela discou do celular quando estava no escritório. No terceiro toque ele atende.
- Escritório de Contabilidade Georges, quem deseja? - responde em um tom de formalidade
- Boa tarde, eu gostaria de falar com Christian Grey. Diga que é Amanda Lewis, por favor. - Ela disse educadamente.
Christian sorriu, sem conseguir conter a animação.
- Olá Amanda, sou eu. - ele respondeu, demonstrando que estava feliz pela ligação. - Esta tudo bem?
- Está sim, obrigada por perguntar. - Ela sorriu - E você, como está?
- Estou bem melhor agora, pode acreditar. Como está Conrad?
- Ele está ótimo e mais esperto. Acho que em breve vai começar a andar... Já posso imaginar que vou correr muito atrás desse garoto. - Ela riu.
- Vamos correr, senhorita, não me exclua dessa. - ele riu. - Estou morrendo de saudades dele, parece que não, mas o pequeno tempo que passei com ele já fez com que eu me tornasse um pai babão. - ele sorriu, falando a verdade.
- Eu imagino... – ela sorri - Ah eu agradeço muito Christian, assim podemos revesar as pernas. Bem, você dever estar curioso pela minha ligação, não é?
- Com certeza.
Ela suspira tomando coragem.
- Então... É que eu gostaria de saber se você compromisso para hoje à noite. Eu pensei que você e Conrad poderiam passar mais tempo juntos, sabe...
- Somente Conrad e eu? E quanto a passar tempo com você, baby? - ele se encostou em sua cadeira reclinável, imaginando o rubor tomar conta do rosto adorável Amanda
Ela morde o lábio e fica vermelha como pimenta. Sorriu tentando disfarçar.
- Olha só... Você também, hein... Sempre me deixa sem graça. Estou pensando em nosso filho, seu bobo.
- E eu estou falando dele e de nós dois. - ele sorriu. - A que horas eu tenho que ir ai?
- As oito está bom para um jantar? - Ela disse mordendo o lábio.
- Está perfeito, baby. Estou ansioso pra vê vocês dois... - ele disse, vendo seu chefe aparecer na porta de sua sala, gesticulando que tinha que falar com ele com urgência. - Baby, estão me chamando aqui... Nos vemos a noite, tudo bem?
- Sim, tudo bem. Não vou te atrapalhar mais. - Sorriu sem graça - A noite nos vemos. Até mais, Christian.
- Você nunca atrapalha. Até mais, baby. Beijos. - ele se despediu, desligando o telefone.
Amanda desliga o telefone respirando aliviada e com um sorriso na face. Guardando o celular de volta na bolsa já começou a pensar no que ia vestir e como ia se comportar. Aquela ansiedade fazia se sentir como uma adolescente de novo.
A tarde passa depressa com tanto trabalho a fazer. Amanda sai da empresa duas horas antes do fim do expediente e passou no salão para fazer o cabelo e uma maquiagem leve somente para não ficar de cara limpa. Pegou Conrad na escolinha e foi pra casa. Era sete e meia da noite quando desceu na cozinha atrás de Doroty. Ao encontra-la perguntou se estava tudo pronto. A emprega afirma que sim e disse que a babá estava de prontidão caso precisasse. Amanda ficou vermelha. Doroty era como um membro da família pra ela. Sorrindo ela disse que torcia pela felicidade da patroa e do pequeno Conrad. Amanda apenas a abraçou de surpresa, muito agradecida.
No horário marcado Christian chega à propriedade. Amanda estava brincando com o filho quando foi avisada da chegada dele. Rapidamente ela levantou ajeitando o vestido preto e sutilmente justo e foi atendê-lo. Seus longos cabelos tinham ondas grandes moldando o rosto dela.
- Você esta magnífica, baby... - Christian disse, chegando perto dela e dando um beijo suave em seus lábios. - Estou encantado.
- Obrigada. - Sorriu levemente - Você também está ótimo. Conrad está na sala... Você quer beber alguma coisa, antes do jantar?
- É melhor deixarmos as bebidas para depois, mocinha. - tocou o queixo dela com uma promessa pervertida no olhar. - Vamos lá, quero ver meu filho.
- Certo. - ela riu de leve. Ah essas promessas. - Vamos lá... - Amanda fala saindo na frente. Christian a segue.
Quando chegaram à sala a babá sai discretamente após receber o sinal de Amanda. Conrad olha pra o pai e abre um sorriso e seus olhinhos azuis brilham.
- Oi meu garotão! - Christian o pegou no colo, sorrindo. - Como você está? Estava morrendo de saudades... - murmura, dando um beijo no filho.
Conrad deu uma risada gostosa sentindo cócegas sentindo o roçar da barba de Christian em sua pele. Quando se encaram, o bebê segura a face dele e olha curioso para os pelos do rosto do pai.
Christian sorri pra ele dizendo que um dia ele teria uma barba como a dele. Amanda senta no sofá observando os dois. Eram tão lindos juntos! Enquanto isso, Doroty prepara tudo na sala de jantar. Preparou a mesa do jeito que a patroa gostava. Com flores frescas e glamour nas peças de louça. O toque com velas bonitas foi ideia pessoal que ornou perfeitamente com o clima daquela noite. A empregada sorri ao se deparar com as atitudes de cupido que estava tomando em favor do casal. Meia hora depois quando estava tudo perfeito, Doroty entra na sala avisando que o jantar estava servido.
A babá vinha com ela pegando o bebê nos braços. Amanda pede que ela alimente o filho e o coloque e depois o traga de volta quando terminarem. A moça assente e sai discretamente da sala. Levantando do sofá Amanda levou Christian até a sala de jantar. Sentam-se a mesa ajeitando os guardanapos no colo. Ele elogia encantado aquele requinte e não perde a oportunidade de dizer se aquilo tudo era apenas pela visita dele. Amanda fica corada e diz que visitas especiais merecem tratamento adequado. Eles sorriram vendo a comida ser servida. Uma entrada leve de salada com legumes cozidos no vapor. O prato principal era carne assada com batatas e pure de abóbora. Para beber, um delicioso vinho tinto descia suave pelas gargantas sedentas do casal, que não parava de trocar olhares enquanto conversavam saboreando a refeição.
Após o jantar, Amanda estava mais relaxada e convidou Christian para ver a noite na varanda da casa. Ele assente e sugere que poderiam terminar o vinho lá em cima. Ela sorri dizendo que era uma ótima ideia. Pegam garrafa e taças, sobem para o terraço. A varanda é linda. Tinha algumas plantas verdes e uma mesa com cadeiras brancas e duas espreguiçadeiras de vime do outro lado. Amanda deposita as taças na mesa e Christian serve mais vinho.
Amanda bebeu um gole do vinho voltando a conversar.
- O jantar estava bom?
- Sim... Mas a companhia estava ainda melhor... - ele disse, se aproximando dela. - Eu amei tudo, baby.
- Que bom! As velas foram ideia da Doroty, ela adora essas coisas. - Amanda sorri sem jeito.
Ele pousou as taças na mesa e tocou o rosto dela com as duas mãos.
- E você foi ideia de Deus. Ele a fez especialmente pra mim, sem mais e nem mesmo. - ele disse baixinho, para que só ela ouvisse. - Eu amo você, Amanda.
Sorrindo Amanda sentiu o coração acelerar. Ele a olhava com tanta admiração.
- Ah Christian... - murmurou baixinho - Também amo você, sempre amei.
- Eu sei disso... - ele sorriu de lado e a abraçou, beijando seu pescoço. - Eu sempre soube, baby... Há coisas em mim que são irresistíveis.
Amanda riu abraçando ele de volta.
- Hurum... E sabe por que o amo mais? Por ser assim tão metido. Sim, você é muito metido Christian Grey.
- Mas se eu mudasse, talvez, você não veria tanta graça em mim. - ele correu os lábios pelo pescoço dela e apertou seu bumbum, de leve. - Eu sinto tanta saudade de você, Amanda...
- Também sinto saudades e você tem razão... Prefiro você do jeito que é e sabe de uma outra coisa? Acho que deveríamos ser apresentados de novo, já que estou com um novo homem em minha frente. O que acha, hum? - Sussurrou no ouvido dele e o beijou ali.
- Sermos apresentados em que sentido, baby? - ele perguntou, os lábios a centímetros dos dela.
- Em todos, querido. Quero saber quem é Christian Grey em detalhes. Acho que depois desse jantar eu mereço, não é... Baby? - Ela disse passando o dedo indicador na camisa pelos botões da camisa.
- Com certeza... - ele murmurou, sentindo a excitação ficar ainda mais evidente no ar. - Eu adoraria começar agora... - beijou o ombro dela, as alças caindo para o lado.
Amanda fechou os olhos e respirou com dificuldade devido ao toque quente dos lábios em sua pele. Seu ser começava a queimar de paixão novamente.
Levando aquilo como um sim, Christian tomou os lábios de Amanda em um beijo longo e cheio de saudade. Ele estava saudoso; tinha fome dela, mas acima de tudo, queria ser carinhoso. Era a "primeira vez" deles depois de muito tempo, e ele queria que aquilo ficasse na memória de ambos, para sempre.
Ainda com os lábios nos dela, ele levantou seu vestido até que ficasse acima da cintura e com um impulso a colocou em cima da mesa. As taças e a garrafa de vinho foram ao chão e os dois riram como dois adolescentes que estavam fazendo algo escondido dos pais. Amanda abriu as penas e deixou que Christian se acomodasse no meio delas. Ela já podia sentir o quanto ele estava excitado, se esfregando nela, enquanto abaixava a parte de cima de seu vestido e beijava seus seios, um por um.
- Baby... Eu estava morrendo de saudades de você, de sentir seu gosto... - ele a tocou por dentro da calcinha, acariciando sua intimidade. - De sentir você assim, molhadinha pra mim...
Amanda apenas gemeu, jogando a cabeça para trás. Naquele momento estava incapaz de falar qualquer coisa. Levou as mãos à camisa dele e abriu os botões até tirá-la. Mordeu o lábio quando viu seu peitoral nu, ainda mais definido do que antes. Gemeram juntos, ela por sentir as caricias dele e ele por ver seu olhar o devorando.
Empurrando seu tronco, Christian a fez se deitar na mesa. Percorreu todo o corpo dela com os lábios, descendo pela barriga e aproveitando para tirar o vestido e a calcinha de uma só vez. Ao vê-la nua, um gemido baixo escapou por seus lábios. A gestação de Conrad parecia ter acentuado ainda mais suas curvas, deixando-a ainda mais gostosa pra ele.
Com saudade de seu gosto, Christian voltou sua atenção para sua intimidade. A acariciou com os lábios, sentindo seu sabor novamente. Amanda se contorcia sobre a mesa, gemendo por ele e movimentando seus quadris, sentindo a língua de Christian percorrer cada terminação nervosa que havia lá embaixo. Quando ele lhe penetrou um dedo e começou a movimentá-lo, ela sentiu todo o seu interior se apertar, o orgasmo sendo anunciado. Ele acelerou seus movimentos e circundou o clitóris com a língua, fazendo-a explodir em sua boca.
- Ainda mais deliciosa do que antes, baby... - ele murmurou com a voz rouca, ajudando-a a se sentar sobre a mesa. - Eu amo você, Amanda.
- Hum... E você perfeito como sempre, meu amor... - Sorriu sem perder tempo, ela é tomada por um impulso o puxando pela camisa para um beijo ardente. - Podemos ir pro meu quarto, se você quiser... A cama é confortável. - ela sussurrou na boca dele.
- Pra que irmos para cama, quando eu posso amar você aqui, tendo a lua como testemunha, baby? - ele perguntou, mordendo o lábio inferior dela.
Ela sorriu.
- Você ama o perigo, não é?
- Sim, ainda mais quando estou junto a você... - ele sorriu. - Por que você não me ajuda, hm? - perguntou, olhando pra sua calça.
- Certo. Então vamos do meu jeito...
Ela o puxou para um beijo quente descendo pelo pescoço, mordendo aleatoriamente a pele dele. Com as unhas desceu o fazendo arrepiar até o cós da calça. Sem tirar os olhos dele abriu o cinto. O botão da calça e depois o zíper. Ele vestia uma linda cueca box preta que era impossível resistir. Mordendo o lábio tornou a beija-lo e aproveitou para toca-lo carinhosamente em seu sexo.
Sem mais conseguir aguentar, Christian tirou a mão dela de seu membro e a beijou carinhosamente, começando a penetrá-la devagar. Gemeram juntos, o tesão do momento atingindo a níveis altos, enquanto matavam a saudade que estava sentindo. Christian começou a se mover lentamente, aproveitando cada segundo e gravando cada parte da mulher amada, mas depois de ouvir o apelo de Amanda para que fosse mais rápido, ele começou a acelerar os movimentos, sentindo a namorada o prender por dentro.
- Baby, que saudade eu estava sentindo de você... - ele gemeu alto. - Tão apertada, tão gostosa, tão minha... - murmurou, levando a mão até o meio das pernas dela, começando a acariciar seu clitóris.
Amanda gemeu o nome dele, arranhando suas costas. Sentia cada célula do seu corpo se acomodar na parte de baixo da sua cintura, enquanto apertava ainda mais Christian dentro de si.
- Isso, Amanda... Goza pra mim, amor, goza comigo. - ele rugiu, tomando os lábios dela.
Como se ele tivesse controle sobre seu corpo, Amanda explodiu, enlaçando suas pernas ao redor do quadril dele para mantê-lo ainda mais lá dentro, no fundo. Christian também gemeu alto, movendo-se mais algumas vezes antes de também encontrar sua libertação.
Ofegante, Christian sorriu, pegando o rosto de Amanda em suas mãos.
- Eu amo você, Sra. Lewis.
- Também te amo, Sr. Grey. - Ela sorriu, cansada e satisfeita.
- Hm... Acho que tem alguém com sono aqui. - Christian riu e saiu de dentro dela, lentamente. - Vou vestir você e te colocar na cama, tudo bem?
- Tudo bem... Vai cuidar de mim agora? - ela sorriu.
- Com certeza, amor... - ele disse, passando o vestido pela cabeça dela.
Os dois se vestiram em meio a risos e beijos e desceram discretamente do terraço. Passaram pelo hall e depois de a babá dizer que Conrad já estava dormindo no berço, Amanda a mandou se recolher. Foram direto para o quarto de Amanda, que se deitou na cama, chamando Christian para se deitar ao seu lado.
- Quer que eu fique aqui até você dormir? - ele perguntou carinhoso, dando um beijo nos lábios dela.
- Hum, quero sim... Deita comigo? - disse manhosa.
- Claro... - ele se deitou ao lado dela e a colocou deitada em seu peito. Está bom assim?
- Hurum. - Ela se aninha e suspira - Sabe... Estes dias pensei bastante sobre você, nosso filho e... Acho que vocês deveriam passar mais tempo juntos. Conrad precisa de referência paterna.
- Eu também acho, amor.... - ele concordou, mexendo de leve no cabelo dela. - Tenho certeza que ele vai se acostumar ainda mais comigo se ficarmos mais tempo juntos. E eu também morro de saudades dele quando estou longe.
- Vai se acostumar sim. Ele precisa muito de você, principalmente nessa idade. É por isso que pensei bastante durante a semana e eu quero fazer um convite. - Ela ergue a cabeça para olha-lo nos olhos – Você... aceita vir morar conosco?
Christian ficou em silêncio por uns segundos, pensando ter escutado errado.
- Você... Está falando sério?
- Muito sério. - Amanda confirma. Ela passa a mão na lateral do rosto dele descendo pela barba. - Conrad e eu precisamos de você, Christian Grey...
- Amanda... - ele sorriu, sentindo um nó se formar em sua garganta. Pigarreou e olhou pra ela com atenção. - Deus, é claro que eu aceito, amor... Eu prometo, do fundo do meu coração, que vou fazer de você e do nosso filho, as pessoas mais felizes do mundo!
- Eu sei meu amor... Eu também vou fazê-lo feliz e Conrad também. Seremos uma família completa. E daqui a algum tempo quem sabe... Eu mude minha assinatura para Sra. Grey Lewis, hum? - Ela sorriu.
Ele sorriu e se virou, ficando por cima dela.
- Ah, mas pode ter certeza que você vai mudar... Vai ser a futura Sra. Grey. - ele sorriu. - Obrigado por tudo, Amanda. Pelo nosso filho, por está me dando outra chance... Eu nunca vou agradecer o suficiente.
- Oh meu amor, não precisa agradecer, apenas continue lutando por sua nova vida e fique por perto. Christian... Quero ver você feliz e completo. O destino nos apresentou de um jeito estranho, mas acho que era pra ser assim. Ele queria que você fosse do jeito que está agora e só tinha uma maneira de fazê-lo mudar. De certa maneira, minha irmã e eu fomos convidadas a salvar você e o Michael. Acho que cumpri bem a missão, não é? - Sorriu carinhosa. - Eu te amo muito, meu bem e apartir de hoje não quero que fique mais longe de mim, está bem?
Christian sorriu, emocionado pelas palavras de Amanda.
- Eu nunca mais vou ficar longe de você, meu amor... Nunca mais.
Ele a beijou com carinho e logo o fogo se reacendeu, fazendo com que repetissem tudo de novo, dessa vez com mais calma e muito mais amor.
Amanda e Christian curtiram com muito o resto da noite. No sábado deram um passeio no parque com o pequeno Conrad e se divertiram a beça tentando fazer o bebê sujar até os cabelos de sorvete.
Algumas semanas passam. Michael e Mandy estão mais que apaixonados. O contrato da academia estava nas mãos dela e só faltava assinar para poder ter a propriedade em seu nome. Michael a incentivava para assinar logo, mas ele sempre dava um jeito de deixar pra depois e ele não sabia porque. Todos estavam felizes e tranquilos. Nem parecia os mesmo casais que a um ano atrás choraram uma dolorosa separação. Com a ajuda de Christian, Amanda se inscreveu num curso culinário e se deu muito bem. Depois que o mundo ia além de congelados e comida rápida. Quando se sentiu pronta, marcou um jantar em sua casa para sua família, Mandy e Michael. A caçula estava ansiosa para ver como sua irmã se saiu sozinha no fogão.
No sábado em que todos estavam livres, todos de reuniram na casa de Amanda, que agora também era de Christian. Mandy chega com Michael. Ela toda alvoroçada e ele super tímido.
- Oi maninha, que bom que vocês vieram! Estão animados para serem minha cobaias? - Amanda disse com um sorriso largo, enquanto a abraçava.
- Eu estou super ansiosa! Confesso que nunca esperei tanto para comer algo... - ela riu, abraçando a irmã. - Onde está Conrad e o Grey?
- Ai que bom, irmã. Assim vocês podem me avaliar como mestre cuca. - Ela sorri - Chris está trocando ele e desce já.
Ela e Michael se entreolham por alguns segundos.
- Michael.... - ela diz.
- Amanda... - Ele responde, olhando pra ela.
Os dois permanecem assim três segundos, mas logo Amanda o abraçou e abriu um sorriso.
- Seja bem vindo! - ela disse recebendo o abraço dele.
- Obrigado. - Respondeu.
- Vamos pra sala gente! Vocês querem beber alguma coisa antes? - Amanda disse.
- Eu adoraria um suco.. Você me acompanha, Mike? - Mandy perguntou, pegando na mão dele
- Claro amor. - ele responde.
- Certo, vou pedir pra Doroty trazer o suco. Volto já.
Ela sorri saindo da sala. No caminho encontrou Christian descendo as escadas com o filho nos braços. Ela para perto dele dizendo:
- Conseguiu trocar o nosso fujão, amor?
- Eu sou um pai quase experiente, baby... Trocamos uma ideia enquanto o troco, não é garotão? - Conrad riu, como se concordasse. - Viu? - Christian riu. - Michael e Mandy já chegaram?
- Vocês dois juntos.. - ela sorriu - Chegaram sim e Michael está todo tímido. Vai lá na sala enquanto pego suco pra eles, por favor?
- Claro... Ele vai perder essa timidez rapidinho, você vai vê, é só conhecer Conrad. - ele sorriu e deu um beijo leve nos lábios da namorada. - Volta logo, Sra. Grey.
- Está bem. - ela sorriu indo pra cozinha.
Na sala o casal conversava....
- Ainda bem que sua irmã não está mais irritada comigo. - Michael disse a namorada - O que você fez pra ela ficar assim?
- Eu? Por que acha que eu fiz algo? - Mandy perguntou, sorrindo de lado.
- Não sei amor, você é boa em convencer. - Ele disse sorrindo.
- Mas dessa vez eu não fiz nada, seu bobo, eu juro... Minha irmã percebeu que não foi só p Grey quem mudou, ela sabe que você também mudou e assim como eu, esta te dando uma chance. - ela sorriu pro namorado - Você pode se soltar mais, sabe... Amanda não morde, amor.
- Ah... Entendi. - ele sorriu de leve - Okay, vou me soltar mais. Pode deixar.
- Obrigada.. - ela o beijou de leve, vendo Christian entrar na sala com Conrad no colo. - Oh meu Deus, Conrad, como você cresceu, meu amor! - ela disse, saltando do sofá e indo até o sobrinho, que abria os bracinhos para que ela o pegasse o no colo. - Ah, vem cá... Esta com saudades da tia, nao é? Eu também estava morrendo de saudades... - ela o pegou colo e o beijou várias vezes. - Olá grande Grey, como você está?
- Estou muito bem, Mandy... E você? - ele murmurou um pouco contido
- Estaria muito melhor se você não estivesse me tratando como uma estranha. - ela sorriu pra ele. - Fala sério, Christian... Você me conhece, não precisa ser tímido. Sou sua cunhada, garoto.
- É que eu pensei que... Depois de tudo o que aconteceu, que você não ia gostar de me ver.
Mandy revirou os olhos e se virou pra Michael.
- Acho que podemos relaxar, cara... - Michael disse com um sorriso tranquilo - Estamos bem agora.
- Amor, você pode segurar Conrad por um segundo? - ela perguntou, vendo Michael assentir com um sorriso no canto dos lábios. Dando o sobrinho para Michael, ela se virou para Christian. - De certo, Grey, eu te odiei em alguns momentos, principalmente depois de tudo, mas você mudou e eu não sou o tipo de pessoa que guarda ressentimentos, então... Ta na hora de você deixar essa cara de menino certinho e vir aqui me da um abraço, porque, pelo o que eu me lembre fui eu que coloquei a minha irmã na sua fita e ainda não recebi meus agradecimentos por isso. - ela disse, sorrindo de lado.
Christian olhou pra ela com os olhos arregalados mas logo depois sorriu, indo abraça-la.
- Esta certo, Mandy... Muito obrigado e me desculpe por tudo que aconteceu.
- Não tem de que, querido. Somos uma família agora. - ela riu e se afastou. - Tudo certo?
- Totalmente. - rindo ele olhou para Michael. - Cara.. Sua mulher é uma figura.
- Ela é demais, cara. Por isso me apaixonei. - Michael respondeu sorrindo - E o seu garotão está enorme, nossa. Parece que cresce mais do que você tinha dito.
- Está mesmo! E está na hora de fazer o seu, Mike!
- Filhos? - Ele riu sem graça - Sim, vamos ter filhos, mas na hora certa, né amor?
- Isso! - Mandy assentiu,um pouco sem graça também. - Você e Amanda que foram apressados!
- Rum... O que tem meu nome, maninha? - Amanda disse entrando na sala com o suco deles nas mãos. Entregou o de Michael em seguida o da Mandy.
- Mandy disse que fomos apressados ao fazer Conrad... Não mesmo, nós fizemos Conrad de um jeito bem gostoso e prazeroso, várias vezes, aliás... Ai nasceu esse menino lindo... Não é, amor? - ele perguntou, enlaçando a cintura da namorada
- Sim amor, foi desse jeito mas as visitas não precisam saber né? - Amanda riu corada.
- Estão vendo esse rosto vermelhinho? Ah.. Eu amo essa mulher! - Christian disse, beijando a boca de Amanda em seguida. - A comida já está pronta, amor?
- Está pronta sim, baby. Doroty terminando de por a mesa. - ela sorri responde ao namorado. - Como está a academia, May?
- Muito bem, só falta assinar o contrato. Pedi pra que meu advogado desse mais uma revisada, para ajustar alguns pontos.
- Ah sim, que ótimo, irmã! Luxor também está indo muito bem, mas acho que vamos precisar contratar mais funcionários, a exigência aumentou sabe. - Amanda comenta.
- Entendo, mas gente competente é o que não falta. - ela disse, piscando para que a irmã entendesse do que ela estava falando. Doroty pediu licença e disse que a mesa esta pronta, Mandy bateu palmas. - Ótimo! Vamos comer, gente!
- Vamos sim queridos e espero que gostem. - Amanda disse indo na frente com Christian e Conrad. Michael e Mandy os seguiram.
Sentaram-se à mesa e a comida foi servida. Amanda havia preparado um risoto de frango com molho brando e legumes no vapor. Preparou também uma salada mista de folhas variadas regadas com azeite e ervas finas.
- O cheiro está delicioso Amanda! - Michael comentou.
- Está mesmo amor. - Christian disse, sorrindo pra ela.
- Que orgulho, minha irmã não esta mais sobrevivendo de comida congelada. - Mandy murmurou, rindo pra irmã.
Amanda riu.
- É verdade mana, agora tenho uma família pra cuidar. Não posso alimenta-los de congelados e macarrão instantâneo.
- Glória a Deus que você percebeu isso... - Mandy disse, terminando de se servir. - Vamos provar os quitutes?
Amanda apenas sorriu começando a se servir também. Christian e Michael se serviram em seguida.
Christian fez as honras, sendo o primeiro a experimentar. Amanda olhava pra ele com grande expectativa.
- Hm... Baby, isso está fantástico! - ele disse, sendo sincero. - Realmente, esta muito bom.
- Jura? - Amanda responde feliz.
- Está muito bom mesmo, Amanda. - Michael disse sorrindo - Vou até repetir depois.
Amanda olhou para Mandy com a mesma expectativa. Ela mastigava, sentindo seu estômago se revirar violentamente. Engoliu e forçou um sorriso.
- Esta... Maravilhoso, mana! - ela disse, ficando pálida
- Mandy... Você está... bem? - Amanda falou olhando bem pra ela. - Parece meio pálida...
- Eu... - ela foi impedida pela ânsia de vômito. Jogando o guardanapo em cima da mesa, Mandy saiu correndo em direção ao banheiro.
- Oh meu Deus.... Dá licença, gente...- Amanda se assusta e sai atrás da irmã.
- Minha nossa, será que a Mandy vai ficar bem? - Michael disse preocupado a Christian - Ela estava normal quando fui busca-la no apartamento.
- Eu não sei, Mike.. Parece que ela ficou mal de repente... Acho que não foi a comida, quer dizer, nem deu tempo dela comer. - ele murmurou, ficando preocupado também
- Oh Deus, será que está doente? - disse mais preocupado - Amanhã vou leva-la ao médico. Minha garota não pode ficar assim...
- É melhor leva-la mesmo Mike. Vamos torcer pra que não seja nada demais!
- Sim, tomara que não seja mesmo... - Michael suspirou.
Enquanto isso no banheiro Mandy tira revirado o estômago do avesso. Amanda lhe arrumou uma escova de dentes e após fazer a higiene bucal Mandy se sentou na tampa no vaso sanitário.
- Você está melhor, minha irmã? - Amanda perguntou preocupada.
- Eu não sei... - ela jogou a cabeça pra trás, respirando fundo. - Parece que meu estômago vai criar vida própria e sair do meu corpo a qualquer momento.
- Você está se alimentando bem ultimamente?
- Sim, quer dizer... Nas duas últimas semanas eu tenho ficado enjoada de algumas coisas.. Eu não suporto sentir nem o cheiro de chocolate! - ela faz uma careta - Mas não foi nada tão forte como hoje.
- Hum, entendi... - Amanda murmura suspeitando o que aquele mal estar repentino significava. Ela passou pela mesma coisa há um pouco mais de uma nos atrás. - E só pra saber, como está sua menstruação esse mês?
Mandy voltou a ficar ereta, estranhando a pergunta da irmã. Alguns segundos depois, tudo começou a fazer sentido.
- Está... Atrasada. - ela respondeu em um sussurro
- Quanto tempo de atraso? - Amanda ergue a sobrancelha com um sorriso contido.
- Três semanas. - ela respondeu com receio
- Olha Mandy... Eu não quero te assustar e nem adiantar nada, mas... Acho que você está grávida, irmã. - Amanda disse sorrindo levemente.
- Oh meu Deus... - ela murmurou, assustada. - Amanda... Será?
- É provável, mas faça um exame detalhado. - Amanda começa a olha nas gavetas e portas no armário do banheiro - Poxa, eu não tenho mais teste de gravidez aqui porque voltei a tomar remédio, mas você pode comprar um na farmácia, é só pedir...
- O que? Agora? Não, Amanda, caramba... Eu estou com medo, e se eu estiver grávida? Michael deixou bem claro que não quer um filho agora e... Meu Deus, eu não tenho nada planejado pra ter um bebe agora... Droga, eu vou ser uma péssima mãe ! - ela disse tudo ao mesmo tempo, ficando chorosa no final.
Amanda vai perto dela e a abraça forte.
- Ei ,ei... Fica calma Mandy, eu estou aqui minha irmã... Calma. - Ela passa a mão nas costas dela - Você não está sozinha e não se preocupe com Michael, ele vai entender. Não sabemos se é gravidez realmente... - ela voltou a olha-la - Mas se for, vai ser uma criança linda e você vai ser uma mãe maravilhosa, May. Vejo como se comporta quando está com Conrad... - el sorriu de leve - Não se preocupa, o que precisar eu estarei aqui pronta pra ajudar, em qualquer coisa, certo?
- Ta bom... - ela sussurrou - Ah meu Deus... Acho que vou ser mãe... Que loucura! - ela riu, apesar do medo
- Sim, é loucura, mas é a melhor loucura do mundo. Você vai ver! Agora vamos voltar? Pedirei que Doroty faça um caldo bem leve pra você não ficar sem jantar.
Mandy assentiu, sabendo que seria inútil contestar com a irmã.
Saíram juntas do banheiro e encontraram Christian e Michael no corredor, indo em direção à elas.
- Até que enfim... - Christian murmurou. - Como você está, Mandy?
Mandy olhou pra irmã, sem saber o que dizer. Com o olhar, ela pediu para que Amanda respondesse.
- Ela está bem amor, só foi um mal estar. - Amanda responde e olha para a Mandy.
Michael se aproxima delas. Pega as mãos da namorada com carinho.
- O que aconteceu, meu anjo? Estou preocupado... Quer ir no médico, hum? - ele disse.
- Não é preciso, Mike... Foi só um mal estar, acho que alguma coisa atacou meu estômago. - ela murmurou, olhando pra sua mão entrelaçada a de Michael.
Ele não fica muito convencido, mas prefere concordar no momento.
- Tudo bem amor, mas se sentir aquilo de novo me avisa. Não quero ver você doente. - Disse carinhoso.
- Está bem, senhor preocupação... Eu aviso. - ela sorri, dando um beijo de leve nos lábios dele.
- Hum... Acho que podemos terminar o jantar, não é Mandy? Você não comeu nada. - Amanda sorriu pegando a mão de Christian.
- Por mim tudo bem. - ela assentiu.
O quarteto voltou para a sala de jantar e depois de pedir para que Doroty preparasse uma sopa para Mandy, voltaram a comer. O clima ficou melhor e todos conversavam animadamente, como se tudo o que tinham passado não tivesse acontecido. As irmãs realmente não guardavam ressentimento, o que animou muito os homens. Tudo estava voltando a seu devido lugar.
Dias depois do jantar, Mandy decide ir ao médico e terminar de uma vez por todas com aquele suspense. Passava mal quase todos os dias, sem contar as tonteiras constantes e alguns desejos que estava começando a sentir. Assim que acordou ela se arrumou e foi até a uma clínica. Fez o exame de sangue e duas horas depois pegou o resultado.
Entrou no carro e ficou olhando para o envelope branco em seu colo. Seu coração batia rápido tanto pelo medo, quanto pela ansiedade. Depois de alguns segundos, tomou coragem e abriu o envelope, e perto do final da folha estava escrito "Positivo", para gravidez. Primeiramente ela sorriu, uma emoção diferente tomou o seu coração, um amor enorme e suas mãos foram em direção a sua barriga. Um filho seu e de Michael em tão pouco tempo de namoro... Aquilo era incrível. Logo depois sentiu o medo tomá-la outra vez. E se Michael não gostasse da notícia? De certo ele ficaria assustado, como ela também estava, mas... E se ele realmente não quisesse o bebê?
Balançando a cabeça e respirando fundo, ela ligou o carro e começou a dirigir pelas ruas movimentadas de Nova York. Quanto antes contasse a notícia a Michael, mais rápido ela saberia sobre a reação dele. Estacionou no prédio onde Michael morava e deu bom dia ao porteiro, subindo direto. Respirou fundo e tocou a campainha, logo ouvindo os passos de Michael pelo apartamento.
Alguns segundos depois, a porta se abriu e Michael apareceu, usando somente uma calça de moletom.
- Oi... Te acordei?
- Não amor, eu estava lendo... - ele a abraçou pela cintura e beijou suavemente nos lábios. - Que surpresa boa, entra... - ele disse ficando de lado dando passagem.
Mandy entrou e se sentou no sofá, esperando que ele se sentasse ao seu lado. Ela estava tensa e Michael percebeu.
- Aconteceu alguma coisa, Mandy? - ele disse sentando ao lado dela. - Foi algo na academia?
- Não, está tudo bem na academia... - ela murmurou. - É que, eu fui a uma clínica hoje, por causa dos enjoos que estava sentindo. Fiz um exame de sangue.
- E...? - ele murmuroum, apreensivo
- E... Eu estou grávida. - ela disse em sussurro, olhando para as próprias mãos.
Michael ficou parado olhando pra ela alguns segundos. Quando voltou a respirar direito disse:
- Está falando sério? - murmurou.
Mandy assentiu e abriu a bolsa, tirando o exame de dentro dela.
- Aqui. - ela deu pra ele. - Tá escrito positivo lá embaixo.
Pegando o papel nas mãos, o leu atentamente até o final constando que a gravidez era verdadeira. Ele não sabia como reagir ou o que dizer. Ser pai era uma novidade que não esperava tão de repente. Mandy o olhava com expectativa e medo. Certamente, estava recordando tudo o que ele disse até ali sobre filhos. Então ele põe o papel sobre a mesinha de centro e senta mais perto, ficando com os rostos muito próximos.
- Vamos ter um bebê... - ele repete começando a acariciar o rosto dela. Lentamente sua mão desceu até a barriga da namorada. - Ele está aqui... Meu filho.... - sorriu abobalhado.
- Você... Você gostou? - Mandy perguntou, surpresa, soltando o ar que nem sabia que estava prendendo.
- Bom, foi uma surpresa mas eu adorei, meu amor... Adorei mesmo! - ele pega as mãos dela carinhosamente. - Faz tempo que você desconfiava?
- Não. Amanda que abriu meus olhos na noite do jantar. - ela disse. - Eu também estou surpresa, Michael, mas estou muito feliz. É um bebê... Nosso bebê. - ela sorriu
- Sim amor... Nosso bebê... - Michael sorriu mordendo os lábios.
Pegou o rosto dela com as duas mãos e para beija-la. Ele expressa toda a sua emoção num beijo amoroso e profundo. Mandy se entrega aliviada ao carinho do namorado. Quando se afastam um pouco, sorriem por estar sem fôlego. - Obrigado pelo presente meu amor. Você me fez o homem mais feliz do mundo, viu? - Disse carinhoso.
- Você também me faz a mulher mais feliz do mundo, Mike e vai me fazer muito mais feliz se aceitar uma proposta que quero fazer a você... - ela disse misteriosa, com um sorriso enorme no rosto.
- Proposta? - ele sorriu desconfiado - Mandy, Mandy... O que está aprontando?
- Bem... Você sabe que eu estou prestes a assinar os papéis para possuir a academia, certo? - ela o viu assentir. - Então... Eu quero saber se você aceita ser... Dono, comigo.
- Hã? Como assim dono, amor? - repetiu surpreso.
- É amor, dono... Cinquenta por cento meu.. Cinquenta por cento seu. Comandar o negócio comigo. Você aceita?
- Fiquei sem graça agora.... - Ele ri passando a mão na nuca.
- Mas... Por que?
- Eu nunca fui dono de alguma coisa, Mandy. Não quero que se decepcione. - Falou tímido. - Se você prometer me ajudar...
- Então nós somos dois.. - ela riu, pegando na mão dele. - Eu ajudo você e você me ajuda, que tal? Tenho certeza que vamos nos sair muito bem.
- Então tudo bem. - ele sorriu. - Não entendo muito de negócios, acho que vamos ter que pedir uma luz da sua irmã.
- E pro Grey também... - ela sorriu e o abraçou. - Mas o que não falta são pessoas boas para nos ajudar. Obrigada por aceitar, Mike. Eu amo você.
- Ah meu amor, eu que amo você demais... - ele disse tomando ela nos braços - O que você acha da comemorarmos as nossas conquistas, hum? - Falou sorrindo lascivo.
- Hm... Eu acho ótimo. - ela sorriu pra ele do mesmo jeito. - O que você tem em mente, professor?
- Fazer amor com você até ficar exausto.. - disse sem rodeios, com um sorriso safado nos lábios.
- Eu aprovo os seus planos. - ela riu. - O que estamos esperando?
Christian amostrava orgulhoso para Mandy, Michael e a pequena Lizzie de três anos, sua mais nova princesa, Angeline Grey Lewis, que havia acabado de nascer. Uma menina linda, tinhas os cabelos ralinhos e olhos azuis do pai. Lizzie, que estava no colo do pai, sorria encantada ao vê a prima e espera como era, dizia que não via a hora de vê seu irmãozinho nascer também. Mandy estava grávida de cinco meses, e Lizzie esperava ansiosa pela vinda seu irmão, Brian Jackson Lewis.
A família estava em festa e a mídia em polvorosa para ter ao menos uma foto do mais novo herdeiro. Depois de dois dias de espera, a assessoria de imprensa da Luxor & Lewis enviou uma foto da família. Amanda segurava a pequena Angelina, sentada a uma cadeira de maternidade e Christian segurava Conrad - de cinco anos de idade - em seu colo. A família era o retrato da felicidade, e não poderia ser diferente, depois do casamento íntimo que fizeram apenas para familiares e conhecidos.
O casamento de Michael e Mandy ocorreu logo depois. Lizzie tinha um ano e meio quando enfim o casal teve a benção de Deus. A Academia Jackson & Lewis era um sucesso, tinha filais na Europa, onde Mandy e Michael deixaram um amigo de confiança tomar conta do negócio. Agora com mais um herdeiro para nascer, o casal era só felicidade junto com a pequena e espera Elizabeth, que todos chamavam carinhosamente de Lizzie. Uma menina espera com grandes olhos castanhos e cabelos negros, lisos e cacheados na ponta. Tinha personalidade mista, um pouco da mãe e um pouco do pai, e também era apaixonada por dança.
Quanto a Jack, Mandy e ele se afastaram um pouco, mas mantinham contato. Ele se casou Heloísa, uma jornalista conceituada que trabalhava para o The New York Times. Tinham uma linda menina e estavam extremamente felizes. Enfim ele tinha descoberto que amor de verdade era o que sentia por Heloísa; Mandy sempre estaria em seu coração, mas como uma eterna amiga e uma parte feliz do seu passado.
Tinham filhos maravilhosos e alguns ainda estariam por vir. Tinham paz, respeito e o essencial: Amor. Nada poderia está melhor, na verdade, só tinha o que melhorar. Finalmente Amanda e Christian, Michael e Mandy, encontraram o caminho da tão sonhada felicidade.
Sentimentos que não podemos controlar vão surgir.
Mas será que o acaso é tão inesperado assim?
Ou tudo não fazia parte de um plano? "
“Capítulo 1”
Terça-feira
o sol quente. Ótimo para estar na praia ou no parque, mas esta não era
de Amanda Lewis. A jovem seguia para a empresa da família em seeu belo e
vermelho camaro conversível estava preso em um engarrafamento
gigantesco próximo a interestadual.
- Meu Deus, esse trânsito está demais hoje! Vou acabar chegando atrasada na reunião. Droga! - Amanda resmunga e olha no relógio. Eram duas da tarde e sua reunião com os acionistas era às duas e meia. Com o trânsito parado, o atraso era certo. - Acho que vou ligar pra minha irmã enquanto esá tudo parado... - Ela pega o celular e disca.
Depois de cinco toques a voz de Mandy ressoa do outro lado da linha
- Fala maluca! Já está com saudades? - Mandy atende com a voz risonha.
- Quase desisto de ligar pra você, sabia? Você nunca atende esse aparelho. - Ela bufa - Como está em Vegas?
- Mana, eu estou ocupada, você sabe... Jack não me deixa sozinha por nenhum segundo... - Ela riu com segundas intenções.
- Ai que tédio hein! Credo! - Disse ao revirar os olhos - É por isso eu não quero ninguém no meu pé. Você é maluca por ficar dando mole pra esses filhinhos de papai. Mamãe te mimou demais.
- Ah, não fala mal de Jack. Você sabe que sou louca por ele... - Mandy suspirou. - E mamãe mimou a nós duas, ok? Não vem me colocar sozinha nisso não!
- Bem, mas eu sou mais responsável, faz parte irmãzinha. Mas eu não liguei pra falar disso. Liguei pra saber como você estava e saber se você vai conosco pra Aspen no fim de semana. - Amanda coloca a ligação no viva a voz do veículo se preparando para dirigir.
Mandy revirou os olhos.
- Aspen de novo? Estou cansada disso, cara, todo final de semana a mesma coisa...
- Ah Mandy você está viciada nessa vida de holofotes. Dou graças a Deus quando saímos dessa loucura. Mas você sugere o que então, sabidona?
- O que eu sugiro? Havaí! Praia, sol, gente bonita... - Mandy disse, levando um cutucão de Jack. - É brincadeira amor... - Ela riu.
- O que? Gente se torrando, areia e topless? Estou fora! Nunca, meu amor. Prefiro algo mais calmo. Você me conhece, May. Mas espere aí... pelo jeito, o grandão está do seu lado, não é? - Ela diz controlando o sorriso
- Você é tão chata, Amanda! Não tem gente se torrando, é se bronzeando... E sim, ele está aqui do meu lado e te mandou um beijo.
Amanda uma careta e mordendo o lábio. Droga, Mandy deixou o celular no viva a voz, de novo.
- Diz que mandei outro e que “adoooro” ele. – Ela brinca soando falsidade na voz.
- Eu acho que você me ama e não quer admitir, Amanda... - Jack disse em alto e bom som pra ela ouvir.
Mandy gargalhou e Amanda respondeu:
- Hurum... Pode ser Jack, você é quem diz. – Ela ri - Tudo bem com você?
- Estou muito bem, aliás, sua irmã me faz muito bem... Vou pedi-la em casamento, cara! - Ele disse, abraçando Mandy pela cintura
- É muito amor... - ela murmurou dando um beijo nele.
- Oh céus, acho que vou chorar... - Amanda sorriu ao ouvi-los. - Certo, mas eu não quero ser tia nem tão cedo, certo? Sou jovem demais pra isso. - Ela provoca.
- Jovem? Mana, você está com vinte e seis anos... Eu acho que já está na hora de você me dar um sobrinho! - Mandy disse rindo.
- Ha ha ha muito engraçado. Está na hora de uma pirralha tomar juízo, isso sim. Vou ter que desligar, o tráfego desentupiu. Graças a Deus! Se cuidem aí e põe responsabilidade na cabeça da minha irmã Jack, por favor.
- Eu tenho juízo, baby, muito mais do que você, se bobear... - Mandy riu. - Está bem, cuide dessa pele, se não as rugas de preocupação começam a aparecer, viu? Beijos mana, te amo.
- Vai tomar banho, Mandy. Deixa você vir pra cá que eu te mostro as rugas, ouviu bem? Beijos, te amo mais anjo rebelde.
Amanda desliga o telefone e acelera o carro, indo rapidamente para sua empresa.
Luxor & Lewis a rede de jóias mais cara e falada de todos os tempos, passava de geração a geração dentro da família Lewis. Bruce Lewis - seu criador e bisavô de Amanda e Mandy - era um minerador que viajava ao redor do mundo em busca de pedras preciosas. Quando chegou ao Norte do Brasil e descobriu uma minha intocável de uma pedra azul bastante rara e única, intitulada de Turmalina Paraíba, ele soube que aquele tesouro tinha de ser explorado.
Como sua família era bastante rica, ele comprou a mina para ele e pôs várias mineradoras para explorar a área. O processo foi rápido e logo ele estava rico, abrindo uma grande joalheira nos EUA, a única que tinha jóias com aquela pedra tão rara, preciosa e linda.
Com isso, todo o seu império foi crescendo e passando por sua geração. Seu filho mais velho, Abraam Lewis levou a joalheria da família adiante e passou para Elizabeth Lewis, mãe das meninas. Agora com seus vinte e seis anos, Amanda estava à frente da empresa da família. Mandy nunca se interessara tanto pela área, então, quando Elizabeth anunciou que sairia do cargo da presidência, Mandy nem se deu ao trabalho de entrar em uma disputa pelo cargo, apenas disse que sua irmã era perfeita para tomar a frente da empresa. Elizabeth tinha 50% da empresa, e outros 50% eram divididos entre Amanda e Mandy.
Uma nova linha de jóias estava sendo montada e o pessoal trabalhava a todo vapor. Apesar de está um pouco, Mandy iria ser a modelo principal da nova linha de jóias, junto com outras modelos bem sucedidas do momento.
Apesar de serem irmãs e melhores amigas, Amanda e Mandy tinham gostos diferente. Enquanto Amanda não gostava de muita badalação e preferia ficar monitorando tudo atrás de sua mesa de escritório, Mandy era uma das patricinhas de Nova York. Cursava dança na Faculdade de Música e Dança de Nova York, e sempre estava em capas de revistas por conta das jóias da Luxor e Lewis, sendo a modelo principal dos catálogos. Adorava ser o centro das atenções e isso fazia com que Jack, seu namorado, ficasse morrendo de ciúmes.
Apesar de já ter vinte e sete anos e ser dono de um dos maiores cassinos de Las Vegas, ao lado de Mandy, Jack se sente como um adolescente. Era certo de que ele a amava, até porque, onde um homem quase na casa dos trinta anos se prenderia a uma mulher de 19? Seu objetivo era se casar com ela, mas ele tinha a consciência de que ela ainda era uma menina, então, ele dava tempo ao tempo, mas ela Mandy tinha uma personalidade forte, era mimada e gostava das coisas do seu jeito, o que fazia ficar sempre com as orelhas de pé e morto de ciúmes. Quando estavam perto um do outro, ele conseguia controlá-la, mas quando ela voltava para Nova York e ele não tinha tempo de fazer o mesmo, ela adorava andar em linha torta. Era difícil namorar aquela garota, mas... O que ele poderia fazer quando já estava amarrado a ela?
Amanda nunca foi de grandes agitos. Desde menina ela mostrava uma personalidade centrada e cheia de si. Determinação e gênio forte são os elementos principais que a definem melhor. Estudou nas melhores escolas e fez faculdade em administração de empresas, já visando cuidar dos bens da família. Ela só tem uma irmã, Mandy Lewis; sua mãe Elisabeth Victoria Lewis. Seu pai Edward Lewis faleceu quando as meninas eram ainda crianças. Depois de sua morte as coisas ficarão mais difíceis e pesadas para Elisabeth. Tudo estava em seus ombros sem a ajuda do marido.
Para facilitar as coisas, Amanda comprou um belíssimo apartamento em Manhattan para facilitar seu acesso ao prédio principal da empresa. Sua mãe sempre que pode passar por lá e se hospeda. As duas falam a mesma língua quando se trata de negócios. Mandy tem o espírito livre e aventureiro do pai.
O tempo ia passando e Elisabeth começou a sentir-se cansada a cada vez que ia a Nova York. Certa vez ela chegou a passar mal durante a reunião. Amanda fica preocupada e insiste que a mãe faça exames, porém a mãe diz que não era necessário. Era apenas um mal estar. Amanda avisa a irmã que sua mãe não está nada bem e pede ajuda para convencê-la a ir ao médico. Mandy deixa Jack em Las Vegas e sai às pressas para auxilia-las. Quando chega a moça tenta convencer a mãe de todas as maneiras, e consegue. Dando graças a Deus as meninas marcam a consulta e se comprometem a ir junto para saber o que há.
No dia previsto o doutor faz vários exames e pede um minuto para verificar o que encontrara num dos exames. Quarenta minutos depois já cansadas de tanto esperar ele volta acompanhado do outro médico. Dr. Richard, oncologista. Elisabeth sente o coração falhar quando escuta a especialidade do jovem médico a sua frente. Com muita calma e ética, Richard explica que Elisabeth está um nódulo maligno no seio esquerdo. Seria feita uma cirurgia para remoção do mesmo e por consequência do tratamento viriam as quimioterapias. Ela suspira e engole duramente aquela notícia. O médico ainda faz um alerta que o se o diagnóstico fosse feito no início a forma de tratamento seria menos severa. Por isso todos insistem tanto que as mulheres façam o auto-exame.
Absorvendo lentamente as orientações e próximas consultas marcadas, ela os agradeceu e com o exame nas mãos saiu da sala. Amanda e Mandy esperavam ansiosas na antessala. Ao ver a mãe as meninas vão ao seu encontro fazendo mil perguntas. Elisabeth respira fundo e não tem meias palavras. Diz as filhas sua situação e a batalha que viria pela frente. As garotas enquanto ouvem a mãe não contém as lágrimas. Abraçam a mãe com muita força e se mostram mais presentes do que nunca. Uma nova guerra estava para começar naquela família.
A cirurgia de Elisabeth foi feita o mais rápido possível e infelizmente o seio teve de ser removido completamente para que o câncer não tivesse raízes. Após a boa recuperação desta primeira fase venho outra tão cruel quanto... A quimioterapia.
A cada sessão a matriarca ficava mais frágil. Sua imunidade era tão frágil que seu quarto em casa parecia um quarto de hospital com tantos aparelhos e fios. Amanda segurava as pontas na empresa, mas seu coração não saia da situação. Mandy veio para Nova York com Jack para cuidar da mãe. Felizmente, Jack era seu único porto seguro em meio aquela tempestade. Todos os dias mãe e filhas se falavam. A batalha era pesada e logo Liz perdeu os cabelos e todos os pelos do corpo. Era inacreditável saber quem ela era e vê-la agora. Como a vida podia ser tão injusta?
Seis meses se passaram. Elisabeth chamou as filhas e pediu que passassem a noite com ela. Amanda e Mandy atenderam prontamente. As três conversaram e riram muito contando casos e falando das excentricidades da vida entre os mais ricos. De repente elas ficaram em silencio olhando umas para as outras. Amanda e Mandy pegaram nas mãos da mãe e deitaram ao seu lado como faziam quando meninas. A mãe começa a chorar silenciosamente fazendo carinho na cabeça das duas dizendo que as amava muito e que continuaria amando de onde estivesse. As garotas sentem o coração ficar contraído no peito. Elas sabiam o que estavam sentindo, mas era duro demais acreditar naquilo. Não podia ser verdade.
As duas então abraçaram a mãe com a força que puderam na tentativa de tê-la por o máximo de tempo que podiam. Em um pranto silencioso no colo das filhas Elisabeth deixou este mundo. Na manhã seguinte todos os jornais tinha a notícia estampada na primeira página.
"Morre a grande dama do império Luxor"
O corpo de Elisabeth foi velado na Igreja de Saint Paul. A cerimônia de despedida não poderia ser mais bela. Todos que fizeram o discurso diziam por uma boca só que Liz era o melhor exemplo de determinação que poderiam ter e que sua memória seria eterna para todos que a amavam. Amanda e Mandy fizeram seu discurso em poucas palavras. Jack estava ali por perto, cuidando das duas, mas Amanda se fazia forte. Ela tinha de ser agora que sua mãe cuidava delas do céu.
- Meu Deus, esse trânsito está demais hoje! Vou acabar chegando atrasada na reunião. Droga! - Amanda resmunga e olha no relógio. Eram duas da tarde e sua reunião com os acionistas era às duas e meia. Com o trânsito parado, o atraso era certo. - Acho que vou ligar pra minha irmã enquanto esá tudo parado... - Ela pega o celular e disca.
Depois de cinco toques a voz de Mandy ressoa do outro lado da linha
- Fala maluca! Já está com saudades? - Mandy atende com a voz risonha.
- Quase desisto de ligar pra você, sabia? Você nunca atende esse aparelho. - Ela bufa - Como está em Vegas?
- Mana, eu estou ocupada, você sabe... Jack não me deixa sozinha por nenhum segundo... - Ela riu com segundas intenções.
- Ai que tédio hein! Credo! - Disse ao revirar os olhos - É por isso eu não quero ninguém no meu pé. Você é maluca por ficar dando mole pra esses filhinhos de papai. Mamãe te mimou demais.
- Ah, não fala mal de Jack. Você sabe que sou louca por ele... - Mandy suspirou. - E mamãe mimou a nós duas, ok? Não vem me colocar sozinha nisso não!
- Bem, mas eu sou mais responsável, faz parte irmãzinha. Mas eu não liguei pra falar disso. Liguei pra saber como você estava e saber se você vai conosco pra Aspen no fim de semana. - Amanda coloca a ligação no viva a voz do veículo se preparando para dirigir.
Mandy revirou os olhos.
- Aspen de novo? Estou cansada disso, cara, todo final de semana a mesma coisa...
- Ah Mandy você está viciada nessa vida de holofotes. Dou graças a Deus quando saímos dessa loucura. Mas você sugere o que então, sabidona?
- O que eu sugiro? Havaí! Praia, sol, gente bonita... - Mandy disse, levando um cutucão de Jack. - É brincadeira amor... - Ela riu.
- O que? Gente se torrando, areia e topless? Estou fora! Nunca, meu amor. Prefiro algo mais calmo. Você me conhece, May. Mas espere aí... pelo jeito, o grandão está do seu lado, não é? - Ela diz controlando o sorriso
- Você é tão chata, Amanda! Não tem gente se torrando, é se bronzeando... E sim, ele está aqui do meu lado e te mandou um beijo.
Amanda uma careta e mordendo o lábio. Droga, Mandy deixou o celular no viva a voz, de novo.
- Diz que mandei outro e que “adoooro” ele. – Ela brinca soando falsidade na voz.
- Eu acho que você me ama e não quer admitir, Amanda... - Jack disse em alto e bom som pra ela ouvir.
Mandy gargalhou e Amanda respondeu:
- Hurum... Pode ser Jack, você é quem diz. – Ela ri - Tudo bem com você?
- Estou muito bem, aliás, sua irmã me faz muito bem... Vou pedi-la em casamento, cara! - Ele disse, abraçando Mandy pela cintura
- É muito amor... - ela murmurou dando um beijo nele.
- Oh céus, acho que vou chorar... - Amanda sorriu ao ouvi-los. - Certo, mas eu não quero ser tia nem tão cedo, certo? Sou jovem demais pra isso. - Ela provoca.
- Jovem? Mana, você está com vinte e seis anos... Eu acho que já está na hora de você me dar um sobrinho! - Mandy disse rindo.
- Ha ha ha muito engraçado. Está na hora de uma pirralha tomar juízo, isso sim. Vou ter que desligar, o tráfego desentupiu. Graças a Deus! Se cuidem aí e põe responsabilidade na cabeça da minha irmã Jack, por favor.
- Eu tenho juízo, baby, muito mais do que você, se bobear... - Mandy riu. - Está bem, cuide dessa pele, se não as rugas de preocupação começam a aparecer, viu? Beijos mana, te amo.
- Vai tomar banho, Mandy. Deixa você vir pra cá que eu te mostro as rugas, ouviu bem? Beijos, te amo mais anjo rebelde.
Amanda desliga o telefone e acelera o carro, indo rapidamente para sua empresa.
Luxor & Lewis a rede de jóias mais cara e falada de todos os tempos, passava de geração a geração dentro da família Lewis. Bruce Lewis - seu criador e bisavô de Amanda e Mandy - era um minerador que viajava ao redor do mundo em busca de pedras preciosas. Quando chegou ao Norte do Brasil e descobriu uma minha intocável de uma pedra azul bastante rara e única, intitulada de Turmalina Paraíba, ele soube que aquele tesouro tinha de ser explorado.
Como sua família era bastante rica, ele comprou a mina para ele e pôs várias mineradoras para explorar a área. O processo foi rápido e logo ele estava rico, abrindo uma grande joalheira nos EUA, a única que tinha jóias com aquela pedra tão rara, preciosa e linda.
Com isso, todo o seu império foi crescendo e passando por sua geração. Seu filho mais velho, Abraam Lewis levou a joalheria da família adiante e passou para Elizabeth Lewis, mãe das meninas. Agora com seus vinte e seis anos, Amanda estava à frente da empresa da família. Mandy nunca se interessara tanto pela área, então, quando Elizabeth anunciou que sairia do cargo da presidência, Mandy nem se deu ao trabalho de entrar em uma disputa pelo cargo, apenas disse que sua irmã era perfeita para tomar a frente da empresa. Elizabeth tinha 50% da empresa, e outros 50% eram divididos entre Amanda e Mandy.
Uma nova linha de jóias estava sendo montada e o pessoal trabalhava a todo vapor. Apesar de está um pouco, Mandy iria ser a modelo principal da nova linha de jóias, junto com outras modelos bem sucedidas do momento.
Apesar de serem irmãs e melhores amigas, Amanda e Mandy tinham gostos diferente. Enquanto Amanda não gostava de muita badalação e preferia ficar monitorando tudo atrás de sua mesa de escritório, Mandy era uma das patricinhas de Nova York. Cursava dança na Faculdade de Música e Dança de Nova York, e sempre estava em capas de revistas por conta das jóias da Luxor e Lewis, sendo a modelo principal dos catálogos. Adorava ser o centro das atenções e isso fazia com que Jack, seu namorado, ficasse morrendo de ciúmes.
Apesar de já ter vinte e sete anos e ser dono de um dos maiores cassinos de Las Vegas, ao lado de Mandy, Jack se sente como um adolescente. Era certo de que ele a amava, até porque, onde um homem quase na casa dos trinta anos se prenderia a uma mulher de 19? Seu objetivo era se casar com ela, mas ele tinha a consciência de que ela ainda era uma menina, então, ele dava tempo ao tempo, mas ela Mandy tinha uma personalidade forte, era mimada e gostava das coisas do seu jeito, o que fazia ficar sempre com as orelhas de pé e morto de ciúmes. Quando estavam perto um do outro, ele conseguia controlá-la, mas quando ela voltava para Nova York e ele não tinha tempo de fazer o mesmo, ela adorava andar em linha torta. Era difícil namorar aquela garota, mas... O que ele poderia fazer quando já estava amarrado a ela?
Amanda nunca foi de grandes agitos. Desde menina ela mostrava uma personalidade centrada e cheia de si. Determinação e gênio forte são os elementos principais que a definem melhor. Estudou nas melhores escolas e fez faculdade em administração de empresas, já visando cuidar dos bens da família. Ela só tem uma irmã, Mandy Lewis; sua mãe Elisabeth Victoria Lewis. Seu pai Edward Lewis faleceu quando as meninas eram ainda crianças. Depois de sua morte as coisas ficarão mais difíceis e pesadas para Elisabeth. Tudo estava em seus ombros sem a ajuda do marido.
Para facilitar as coisas, Amanda comprou um belíssimo apartamento em Manhattan para facilitar seu acesso ao prédio principal da empresa. Sua mãe sempre que pode passar por lá e se hospeda. As duas falam a mesma língua quando se trata de negócios. Mandy tem o espírito livre e aventureiro do pai.
O tempo ia passando e Elisabeth começou a sentir-se cansada a cada vez que ia a Nova York. Certa vez ela chegou a passar mal durante a reunião. Amanda fica preocupada e insiste que a mãe faça exames, porém a mãe diz que não era necessário. Era apenas um mal estar. Amanda avisa a irmã que sua mãe não está nada bem e pede ajuda para convencê-la a ir ao médico. Mandy deixa Jack em Las Vegas e sai às pressas para auxilia-las. Quando chega a moça tenta convencer a mãe de todas as maneiras, e consegue. Dando graças a Deus as meninas marcam a consulta e se comprometem a ir junto para saber o que há.
No dia previsto o doutor faz vários exames e pede um minuto para verificar o que encontrara num dos exames. Quarenta minutos depois já cansadas de tanto esperar ele volta acompanhado do outro médico. Dr. Richard, oncologista. Elisabeth sente o coração falhar quando escuta a especialidade do jovem médico a sua frente. Com muita calma e ética, Richard explica que Elisabeth está um nódulo maligno no seio esquerdo. Seria feita uma cirurgia para remoção do mesmo e por consequência do tratamento viriam as quimioterapias. Ela suspira e engole duramente aquela notícia. O médico ainda faz um alerta que o se o diagnóstico fosse feito no início a forma de tratamento seria menos severa. Por isso todos insistem tanto que as mulheres façam o auto-exame.
Absorvendo lentamente as orientações e próximas consultas marcadas, ela os agradeceu e com o exame nas mãos saiu da sala. Amanda e Mandy esperavam ansiosas na antessala. Ao ver a mãe as meninas vão ao seu encontro fazendo mil perguntas. Elisabeth respira fundo e não tem meias palavras. Diz as filhas sua situação e a batalha que viria pela frente. As garotas enquanto ouvem a mãe não contém as lágrimas. Abraçam a mãe com muita força e se mostram mais presentes do que nunca. Uma nova guerra estava para começar naquela família.
A cirurgia de Elisabeth foi feita o mais rápido possível e infelizmente o seio teve de ser removido completamente para que o câncer não tivesse raízes. Após a boa recuperação desta primeira fase venho outra tão cruel quanto... A quimioterapia.
A cada sessão a matriarca ficava mais frágil. Sua imunidade era tão frágil que seu quarto em casa parecia um quarto de hospital com tantos aparelhos e fios. Amanda segurava as pontas na empresa, mas seu coração não saia da situação. Mandy veio para Nova York com Jack para cuidar da mãe. Felizmente, Jack era seu único porto seguro em meio aquela tempestade. Todos os dias mãe e filhas se falavam. A batalha era pesada e logo Liz perdeu os cabelos e todos os pelos do corpo. Era inacreditável saber quem ela era e vê-la agora. Como a vida podia ser tão injusta?
Seis meses se passaram. Elisabeth chamou as filhas e pediu que passassem a noite com ela. Amanda e Mandy atenderam prontamente. As três conversaram e riram muito contando casos e falando das excentricidades da vida entre os mais ricos. De repente elas ficaram em silencio olhando umas para as outras. Amanda e Mandy pegaram nas mãos da mãe e deitaram ao seu lado como faziam quando meninas. A mãe começa a chorar silenciosamente fazendo carinho na cabeça das duas dizendo que as amava muito e que continuaria amando de onde estivesse. As garotas sentem o coração ficar contraído no peito. Elas sabiam o que estavam sentindo, mas era duro demais acreditar naquilo. Não podia ser verdade.
As duas então abraçaram a mãe com a força que puderam na tentativa de tê-la por o máximo de tempo que podiam. Em um pranto silencioso no colo das filhas Elisabeth deixou este mundo. Na manhã seguinte todos os jornais tinha a notícia estampada na primeira página.
"Morre a grande dama do império Luxor"
O corpo de Elisabeth foi velado na Igreja de Saint Paul. A cerimônia de despedida não poderia ser mais bela. Todos que fizeram o discurso diziam por uma boca só que Liz era o melhor exemplo de determinação que poderiam ter e que sua memória seria eterna para todos que a amavam. Amanda e Mandy fizeram seu discurso em poucas palavras. Jack estava ali por perto, cuidando das duas, mas Amanda se fazia forte. Ela tinha de ser agora que sua mãe cuidava delas do céu.
“Capítulo 2”
Dois anos depois
O tempo havia curado a dor destas duas irmãs, mas a saudade nunca as deixou. Mandy estava em Vegas com Jack e Amanda em Nova York. A mansão de sua mãe não foi vendida como o restante da família queria. Depois de muitas brigas as garotas conseguiram que a casa ficasse como ponto de encontro delas quando marcassem de se ver.
Mandy despertou com os primeiros raios de sol que adentraram o quarto de Jack. Ela se virou pra ele e acariciou seu maxilar relaxado, vendo o quanto ele ficava bonito enquanto dormia. Mas era certo que ela também o adorava quando estava acordado. Adorava seus olhos azuis e seu sorriso fácil, adorava a forma como ele a tratava, a forma doce e quente como faziam amor. Ela estava indecisa, sabia que gostava muito dele, mas será que gostava ao ponto de casar-se com ele? Tinha apenas 21 anos e ele tinha 29, oito anos de diferença fazia com que ele quisesse se casar desesperadamente e que ela recusasse prontamente. O que deveria fazer?
Suspirando e sem achar uma solução para tudo aquilo, ela se levantou e se dirigiu ao banheiro. Daqui a três horas teria de embarcar para Nova York. O ano letivo estava prestes a começar novamente e era seu último ano, ela estava completamente ansiosa para se formar. Abriu o chuveiro e quando a água estava na temperatura ideal, ela começou a se banhar. Terminava de tirar o shampoo dos cabelos quando sentiu o a porta do box ser aberta, apenas sorriu sem abrir os olhos; sabia muito bem quem estava ali com ela.
- Veio me fazer companhia, amor? - ela perguntou em voz alta, de costas para a porta do box.
- Claro, você me abandonou na cama, meu anjo. - Ele disse abrindo o box e entrando despido.
Ela se virou pra ele e o puxou pela mão, até que estivessem frente a frente.
- Não te abandonei, amor... Apenas vim tomar banho... Mas agora eu não estou mais sozinha. - ela sorriu, ficando na ponta dos pés para beijá-lo.
- Hum... - Sorrindo ele a beijou docemente - Mas vai fazer em breve quando for pra Nova York. Vou morrer de saudades, sabia? - Falou alisando os cabelos dela.
- É mesmo? - ela murmurou beijando o pescoço dele.
- Sim, ainda mais por causa desses beijos deliciosos que você me dá... - Ele suspira descendo a mão nas costas dela.
- Eu sempre soube que seu interesse era só pelo meu corpo... - ela disse virando e encostando suas costas no corpo dele.
As mãos de Jack percorrem o corpo de Mandy e pousam sobre os seios. Massageando-os lentamente ele sussurra no ouvido dela:
- Como não amar um corpo maravilhoso desses? Hum?
Mandy mordeu o lábio inferior e gemeu.
- Eu posso dizer o mesmo pra você... - ela murmurou levando a mão para trás até apertar o traseiro de Jack.
Jack apertou os seios dela sem machucar e desceu a mão até chegar onde tinha maior sensibilidade. Enquanto a ducha caia sobre eles, Jack começou a provoca-la fazendo massagem na intimidade dela.
- É uma pena você ir meu anjo, eu tinha tantos planos pra nós... - ele sussurra no ouvido dela.
- Que tipo de... Planos? - ela pergunta ofegante.
- Os melhores possíveis, amorzinho, mas o seu voo é daqui a três horas não é?
- É... - ela murmurou e segurou a mão dele onde estava, quando ele ameaçou tirá-la. - Não para, Jack... Ainda temos tempo, amor, por favor... - ela choraminga.
Jack sorriu nas costas delas e continuou a massagem por mais pouco. Depois pegou as duas mãos dela e pôs na parede. Colocou os cabelos dela para frente começando a beijar os ombros descendo pelas costas em lugares aleatórios. Continuou até chegar ao bumbum, onde ele beijou e deu leves mordidas fazendo com que ela gemesse baixo. De pé novamente ele se mostrava excitado somente por excita-la. Sem demora prensou o corpo dela sobre o vidro frio do box.
- Você me deixa maluco Mandy. - ele rosna baixo.
Mandy mal podia responder por tamanha excitação. Ela apenas se entregou aos desejos do namorado, que a recebeu imediatamente, amando-a com força e amor. Depois do amor no chuveiro, o casal se reuniu no quarto para tomar café da manhã. Mandy estava sentada no meio das pernas de Jack, e começou a fala enquanto comia um morango.
- Então... Acho melhor o senhor não aprontar na minha ausência, Jack Peterson!
- Eu não apronto, meu amor. Pode ficar sossegada. Agora a senhorita sim precisa se cuidar. Sei como sua beleza é bem requisitada em NY. - Ele diz enquanto come o morango
- E eu sei como a sua beleza é requisitada em qualquer lugar que você vá! - ela disse revirando os olhos.
Jack riu e balançou a cabeça negativamente.
- Não como você, amor. Ei, quando você chegar na casa da sua mãe me liga tá? Quero saber se chegou bem.
- Okay, mas eu acho que vou procurar outro lugar pra ficar... - ela murmurou. - Não vou conseguir ficar lá sozinha, tudo aquilo é tão sem vida sem a minha mãe.
- Mas a Amanda não vai pra lá também? - Ele pergunta pegando o terceiro morango.
- Eu acho que não... O apartamento dela fica mais perto da empresa do que a casa da minha mãe. É capaz de ela só ir pra lá no final de semana... Eu não quero passar a semana toda sozinha lá.
- Hum... Entendi. Poxa, eu só não vou com você porque tenho que cuidar do novo espetáculo em tributo a James Brown, mas se não fosse isso... - Ele suspira - Bom, você entende não é amor?
- Claro que eu entendo. Você é um homem ocupado, amor... Eu é quem sou a dondoca aqui. - ela riu. - Mas esse ano vai ser puxado pra mim. O cronograma da faculdade está mais cheio do que ano passado. - ela disse, prevendo o escândalo que ele faria.
Jack não era muito fã da escolha do curso de Mandy, e odiava quando a faculdade dela atrapalhava o namoro dos dois.
- Você não está falando sério, está? - Ele diz e fecha a cara - Esse curso está nos distanciando cada vez mais. Porque você não escolheu algo mais perto de nós? - Falou num tom normal.
- Porque dança é uma das poucas coisas que eu gosto, Jack. Você sabe que eu não sou muito boa com esse negócio de cuidar de empresas, por isso que deixei essa função pra Amanda. E eu estou muito bem com o curso que eu escolhi, se fosse outro também me ocuparia do mesmo jeito. - ela se virou e olhou pra ele. - Acho que no fundo você não quer que eu faça coisa alguma e só fique com você.
- Não seria má ideia, mas você iria me odiar se te pedisse. - Ele diz calmo e pega as mãos dela com carinho - Mandy, eu quero você pra mim pra sempre. Eu quero me casar e ter filhos com você... Eu preciso de você por perto.
Mandy sorriu de leve.
- Mas antes disso, eu preciso me formar e ser independente, amor. Não quero ficar dependendo de você ou da minha herança.
- Eu sei, eu sei... Mas eu nunca vou deixar você em apuros com nada. Você continuará tendo tudo e muito mais ao meu lado. Casa comigo Mandy... Casa? - Ele diz com os olhos brilhando como um menino que pede sua primeira bicicleta.
- Está me pedindo em casamento sem um anel, Sr. Peterson? - ela pergunta em tom de brincadeira. - Amor, já conversamos sobre isso... Eu acho que ainda está muito cedo pra nos casarmos...
Jack deixou o olhar de esperança se desfazer lentamente. Ele respira fundo e olhando a mão dela alisou.
- Tudo bem... Quando você estiver pronta, estarei esperando por você. Sempre.
Ela pegou a mão dele e a levou até seus lábios, beijando-a.
- Prometo não demorar muito.
Um sorriso leve ele mostrou em seguida a puxou para os seus braços a abraçando com força.
- Eu te amo Mandy... Amo demais. - Sussurrou ele.
- Eu também te amo, meu príncipe. - ela disse sorrindo pra ele.
[Jack Peterson]
Depois do café da manhã, Mandy foi terminar de ajeitar suas malas. Com relutância, foram para o aeroporto e na sala privada do embarque, Jack se virou pra Mandy e disse:
- Tem certeza que não quer casar primeiro e depois ir? Estamos em Las Vegas amor, ainda dá tempo. - Ele sorri com a última tentativa
Mandy riu, escondendo o rosto no peito dele.
- Você é tão persuasivo, mas acho que eu tinha escutado você dizer que me daria um casamento decente!
- Sou perseverante, amor. - ele sorriu - E você tem razão, quando você voltar terá um casamento de rainha do jeito que você merece. - Ele acaricia as costas dela
- Gostei de ouvir isso... - ela sorriu e olhou pra ele. - Quando você vai me visitar?
- Assim que acertar os contratos. Essa burocracia tem que ser feita por mim, não tem choro. Eu te ligo assim que estiver liberado, ok? - Jack falou olhando pra ela. - E a senhorita pretende ficar quanto tempo lá?
- Bem... Eu vou ficar mais apertada no primeiro semestre, pelo cronograma, parece que temos apresentação logo agora... Mas no segundo semestre eu vou está mais calma e vou poder vir aqui com mais frequência.
Ele suspira.
- Tudo bem, vou tentar te ver ainda este semestre, ok baixinha? - ele sorriu - Vê se cuida e cuidados com os caras em NY, por favor. Esse povo anda de terno mais são todos pilantras e cheios de malandragens, viu?
- Tá certo e você, cuidado com essas vacas, ok? O que mais tem aqui em Las Vegas são piranhas querendo dar em cima de homem bonito e rico, e você é bonito e rico... - ela fez uma pausa e sorriu de lado. - E é só meu.
- Está bem, baixinha. eu vou estar inteiro quando for te ver. E você também é só minha. - Ele puxou ela pela cintura - Toda minha... - Ele sussurra nos lábios dela e dá um beijo de tirar o fôlego.
- Passageiros do voo 11245 com destino a Nova York, por favor, se dirigir ao portão de embarque...
Eles se afastaram segundos depois de ouvirem a primeira chamada para o voo.
- Acho que eu tenho que ir... - ela murmurou. - Eu amo você, Jack. Vou morrer de saudades...
- Eu também amor. - Ele disse suspirando - Volta logo tá? Amo você minha baixinha. - ele Não se contém e beija ela pela segunda vez, com mais vontade.
Ela o pegou pela nuca e o deixou aprofundar o beijo até ficarem sem fôlego.
- Assim eu vou ter que te arrastar para o banheiro, Sr. Peterson! Está me deixando com vontade... - ela murmurou entre os lábios dele.
- Se eu te disser que estou com vontade desde quando saímos de casa, você acredita? - Ele sorriu de lado
- Olha que eu acredito em... - ela riu olhando pra ele.
- Você ri é? Estou falando sério. - ele riu - Só que a senhorita não pode perder o voo, hum. Vamos até o portão, eu te levo lá.
- Sabe... Você é muito sensato do que eu! ela ri o acompanhando. - Porque, se você me arrastasse para outro lugar para, hm... Abusar de mim, eu iria numa boa...
Jack deu uma gargalhada gostosa.
- Eu sei meu amor. Por isso tenho que cuidar de você, baixinha rebelde.
- Quem é baixinha aqui, rapaz? Eu não sou! - ela diz olhando pra ele prendendo o riso
- Perto de mim você é baixinha sim, amor e adoro você assim.... - Ele se aproxima do ouvido dela - É mais fácil de brincar. - Sorriu e piscou pra ela.
- Brincar... De que?
- De casinha, amor - ele fala rindo.
- Casinha é? Sei... - ela riu. Eles andaram mais um pouco e logo estavam no portão de embarque, onde uma pequena fila para primeira classe, se formava. - Então é isso, amor... Eu te ligo quando chegar em Nova York. - ela murmurou olhando pra ele.
- Está bem, amor. Vou esperar ansioso por sua ligação. Diz pra Amanda que mandei um beijo pra ela e que mandei ela relaxar um pouco, sua irmã trabalha demais. - Ele sorriu de leve.
- Pode deixar, eu digo pra ela. Ou então eu a levo para alguma festa ou boate... O que acha? - ela pergunta para provocá-lo.
- Só se essa boate for uma das minhas aqui em Vegas, se não, nada feito baixinha! Rum. - Ele finge de bravo
- Como você é bravo, amor... Relaxa! - ela riu e o beijo, ouvindo a última chamada para o voo. - Eu te amo.
- Te amo mais, minha baixinha. Se cuida, tá. Vou esperar por você, sempre. - Ele diz e dá um beijo na testa dela.
- Se cuida também e não esqueça de mim. - ela sorri e aperta a bunda dele discretamente.
- E você não se esquece de mim também. - ele repete o gesto dela e ri.
Ela se afastou dele a contra gosto e lhe soprou um beijo, antes de entregar a passagem para moça que lhe aguardava. O olhou uma última vez e então saiu em direção ao corredor que a levaria até o avião.
“Capítulo 3”
No aeroporto internacional de NY Amanda esperava pela irmã com ansiedade. O voo estava atrasado e ela ainda tinha uma reunião para receber o novo estagiário. Ela liga para sua assessora, Bella que está no aeroporto, ainda, mas que logo chegará. Uma hora depois os portões de desembarque recebem os passageiros de Vegas e neles estava Mandy. Amanda acena para a irmã e Mandy a encontra fácil. Amanda estava com um vestido justo preto e salto. Cabelo castanho liso e comprido até quase tocar a linha da cintura.
- Deus do céu, que demora foi essa Mandy? Pensei que não vinha mais. - Amanda dispara ao abraçar a irmã - Está tudo bem?
- Essa chuva terrível que está caindo em Nova York fez com que o avião demorasse mais pra pousar! - ela disse revirando os olhos e abraçando a irmã. - Estou bem mana, e você? Está linda com esse vestido, amei!
- Obrigada. - ela sorriu - Estou atrasadérrima, tenho uma reunião daqui a pouco. Você vai ficar na casa da mamãe?
- Quando você não tem reunião, Amanda? - ela perguntou, rindo. - Não... Não quero ficar lá sozinha, posso ficar no seu apartamento essa semana? É só até eu arrumar um próximo a faculdade... Prometo ser rápida!
- Eu diria isso se você não dissesse. Sou uma mulher de negócios maninha e vai ser ótimo ter você por perto, assim posso ficar de olho em você. - Ela soca de leve o braço da irmã. - Vamos?
- De olho em mim? Jack te ligou mandando você ser minha babá? - ela perguntou, rindo alto
- Quase isso. - Ela riu
- Ou seja... Ele ligou! - ela disse rindo e revirando os olhos. - Mas não precisa disso, você sabe que eu sei me cuidar.
- Sei e mesmo assim vou cuidar. Como acha que me divirto? - Amanda riu olhando no relógio. Mais atrasada. Ela pega o carrinho de malas e começa a empurrar. - Vamos, vamos Mandy vou te deixar em casa ainda... - Ele diz enquanto caminha apressada
Amanda e Mandy saem apressadas do aeroporto. Com sorte o trânsito estava tranquilo e em vinte minutos já estavam no apartamento. Amanda pede para que o porteiro ajude Mandy a subir com as malas e logo arranca com o carro. Odiava chegar atrasada em qualquer lugar, principalmente me uma reunião de negócios.
Dez minutos depois ela está atravessando o hall da empresa. Bella, sua secretária, a acompanha até a sala de reuniões onde o estagiário está a aguardando. Seu nome é Neal Caffrey e assim que bateu o olho em seu currículo, Amanda sabia que ele era bom para o cargo proposto.
Entrou na sala de reuniões e a única coisa que conseguiu vê foi um homem de terno sentado de costas pra ela. Seu cabelo cor de bronze estava bem penteado e seu porte era forte.
Andando em direção a ela, ela deu a volta na mesa e o olhou de frente. Lentamente Caffrey levantou a cabeça e olhou para o seu rosto. Amanda não era o tipo de mulher que se sente atraída logo de cara, mas estaria mentindo se falasse que ele não era bonito. Era lindo na verdade, tinha um rosto de homem sério e os olhos azuis mais profundos que ela já vira. Se não tomasse uma atitude, ficaria ali, enfeitiçada por ele durante horas.
Limpando discretamente a garganta, Amanda se sentou e olhou diretamente pra ele, começando a falar:
- Boa tarde senhor Caffrey. - ela estende a mão ao cumprimenta-lo - Como vai?
- Muito bem Sra. Lewis. E a senhora?
- Igualmente bem, obrigada. Vamos direto ao ponto. O senhor tem boas referências, mas por acaso já trabalhou neste ramo de joalheria?
- Sim. Eu já trabalhei no ramo de joalheria em Boston.
- Certo e.. Quanto tempo durou essa experiência?
- Dois anos... Mas eu sai da empresa por motivos pessoais.
Amanda manteve o olhar sério e imaginou que motivo seria esse.
- Entendo. Bom, quais são suas perspectivas em trabalhar aqui?
- Antes eu queria só deixar uma ressalva. Meus problemas pessoais pra sair da empresa não foi nada haver com meu trabalho, é que na época meu pai ficoi muito doente e erámos apenas ele e eu. Eu tive que deixar o meu emprego pra cuidar dele.
- Tudo bem senhor Caffrey, não é necessário que se exponha. - ela disse num tom ameno. - Prossiga.
- Minhas perspectivas é de crescer aqui dentro, Sra. Lewis. Sua empresa é de um renome internacional e eu quero mostrar que sou capaz fazer sua empresa crescer ainda mais com a força do meu trabalho.
Amanda se agrada do que escuta. Caffrey parecia mesmo estar a fim de fazer um bom trabalho.
- Ótimo. É este tipo que visão que precisamos, senhor Caffrey. Mas é só de boas intenções que se faz uma empresa. Preciso de comprometimento e determinação. Esta empresa está de pé a gerações e pretendemos continuar assim com a ajuda de nossos colaboradores. Estou sendo clara? - Mas não é só de boas intenções
- Com toda certeza, Sra. Lewis, e se me permiti falar, eu também penso exatamente assim. Boas intenções é o começo de tudo, mas a base é a força que temos aqui dentro. A determinação fez sua família chegar aqui e a minha determinação vai fazer com que possamos ir ainda mais além.
Ela se surpreende com a ousadia da resposta, mas quer saber? Era disso que Luxor estava precisando, sangue novo.
- Certo, senhor Caffrey. O senhor tem boa visão, e gosto disso. Aposto que será uma boa experiência tê-lo entre nós.
- Também penso o mesmo, Sra. Lewis. Darei o meu melhor dentro dessa empresa.
- Estou certa que sim. - Ela assentiu num sorriso muito discreto - Bem, acho que podemos terminar se não tiver algo mais a acrescentar.
- Só espero mostrar a todos que o meu trabalho será de extrema competência aqui dentro, Sra. Lewis.
Amanda assentiu colocando um pouco de cabelo atrás da orelha.
- O senhor terá tempo pra isso. Bom, então ficamos assim.. Pode começar amanhã. Em Luxor não gostamos de perder tempo. - Ela disse com sua pose empresarial. Igual sua mãe havia ensinado.
- Está certo. Obrigado por me admitir aqui, Sra. Lewis. Garanto que não irá se arrepender. - ele disse estendendo a mão pra ela
Amanda apertou a mão dele de volta.
- Bem vindo a equipe senhor Caffrey. - Sorriu ela, mas sem mostrar os dentes.
Caffrey sai da sala de Amanda com aquele velho pressentimento de que tudo daria certo. Amanda vê em Caffrey o espírito novo que faltava ali. Suas referências eram perfeitas e com certeza trariam boas novidades ao mercado.
“Capítulo 4”
O dia passa depressa e as seis horas Amanda deixa a empresa pega seu pego carro esporte conversível e volta para o apartamento, onde Mandy a esperava. Assim que entrou foi tirando os saltos e caminhando descalça até a sala desabou no sofá.
- Mandy, cheguei! - Ela fala alto.
- Estou na cozinha... - ela grita
Ela levanta do sofá seguindo pra cozinha. O cheiro estava delicioso e a barriga a roncar.
- Comida caseira, hum... Já estou sentindo fome. - Amanda sorriu.
- É né... Como é que você consegue sobreviver com essas comidas congeladas? Passei a tarde toda no mercado fazendo uma boa compra... Por isso que está magrela desse jeito, não come! - Mandy disse mexendo em algo na panela
- Eu nunca fui boa com as panelas May, você sabe. - Ela disse sentando no banquinho em frente ao balcão da cozinha. - Você tem o dom da mamãe nessa área, eu cuido da outra parte.
- Graças a Deus você cuida da outra parte... - ela disse rindo. - Estou fazendo macarronada ao molho branco... Sei que você gosta. - ela pisca pra irmã
- Ah, por isso que eu te amo pirallha! - ela disse com um sorriso largo piscando três vezes. - E aí, já ligou pro grandão?
- Que pirralha? Já estou bem grandinha, ok? - ela riu. - Liguei sim... Ele disse que tem uma informante dele entre nós...
- Sério? Olha só, o cunhadinho está surpreendendo. - Ela diz contendo o riso se fingindo de boba.
- É né... E minha própria irmã está me apunhalando pelas costas... - ela disse prendendo o riso
Amanda abre a boca duas vezes antes de falar.
- Eu? Que calúnia! - Se fez de ofendida, mas acabou rindo - Você sabe que amamos você né, baixinha... - Ela diz manhosa para provoca-la com o apelido que Jack revelou no telefonema.
- Para... Só Jack que pode me chamar assim! - Mandy riu
Amanda dá a volta no balcão e abraça a irmã por trás, bem apertado.
- Ai que baixinha brava, meu Deus! - Ela riu - Quando o jantar fica pronto? Vou desmaiar de fome.
- Mas que abuso, estou fazendo a comida e ainda está me apressando? - ela riu. - Bem, acho que dá tempo de você tomar banho e tirar essa pose de mulher de negócios...
Amanda riu.
- Está bem. Vou tomar um banho rápido e já venho. Quero te contar umas coisas.
- Sei... Então anda logo! - Mandy disse dando um tapa na cabeça da irma...
- Ai! Isso dói. - Reclamou com a mão na cabeça. - Volto já e faminta, viu? - Ela sai comendo um fio de macarrão cozido.
Mandy ri da irmã e continua fazendo o jantar. Amanda entra no chuveiro. Vinte minutos depois ela desce com uma roupa mais confortável e os cabelos molhados indo direto na cozinha.
- E a comida maninha? Já saiu?
- Saiu sua chata... Coloque os pratos na mesa enquanto coloco a comida na vasilha... - ela disse mexendo em algumas panelas
- Sim senhorita. - Ela responde indo arrumar a mesa.
Em seguida pegou os talheres, guardanapos e pratos quentes na estufa.
- Você ainda toma vinho, Mandy? - Amanda pergunta alto
- Sim... - ela disse entrando na sala de jantar com as vasilhas em mão. - Quer que eu pegue algum na adega?
- O branco seria perfeito, mana. - Ela responde sorrindo.
- Vou pegar.
Mandy sai da sala de jantar e minutos depois volta com o vinho em mãos. Elas se sentam e começam a se servir.
- Quero que me conte sobre tudo... Sabe que odeio ficar curiosa!
- Tudo bem. Eu conto. - Ela sorri - Hoje o dia foi um bem lá na empresa. Sabe aquele projeto que eu falei pra você do laço azul? Então está no papel e foi enviado aos acionistas. Espero que aqueles velhos não estraguem nossos planos. Bella me disse que o Thomas voltou de Dubai e perguntou por mim... - Ela revira os olhos - Até parece que caio na dele de novo, rum.
- Bem, eu realmente espero que você não caia né. Thomas é um idiota! - Mandy disse tomando um gole de seu vinho
- Imagina. Estou vacinada contra o tipo dele. Burra, somos apenas uma vez. - Ela põe uma garfada na boca e mastiga bem sentindo o sabor explodir no paladar. - Nossa, isso está uma delícia Mandy! Vou sequestrar você, e nem adianta o Jack chorar por resgate. Esse macarrão está ótimo de verdade.
- Eu tenho meus talentos, mana, você sabe... - ela piscou. - Continue a contar as coisas... A reunião de hoje era sobre o que?
- Ah sim... - ela termina de mastigar e limpa a boca com o guardanapo que estava em seu colo - A reunião hoje foi boa. Mais uma admissão. O rapaz tem ótimas referências e até já trabalhou em Boston neste mesmo ramo. Ele parece perfeito para o cargo. - Ela conclui colocando a taça de vinho na boca.
- Hm... E como ele é? - Mandy pergunta sorrindo de lado
- Ai lá vem ela... - Amanda revira os olhos e ri.
- Conta logo, para de ser chata... - ela olhou pra irmã que estava sorrindo de leve. - Ah, já sei! Ele é bonitão? É isso? Ele é bonitão e gostoso e...
Amanda ri a interrompendo:
- Gostosão eu não sei por que não estou com ele, mas é muito bonito e tem olhos azuis como os mares do caribe. - Ela disse ficando ruborizada.
- Ainda não está com ele, né? Acho que a empresária Amanda Lewis quer dar uns pegas no novo funcionário...
- Que? Não Mandy! - Ela disse quase engasgando com o vinho - Meu Deus, isso não tem lógica e... Com certeza ele tem alguém. Não, definitivamente não daria certo. – Falou voltando a comer.
Mandy revira os olhos.
- Amanda, para com isso, você sempre coloca empecilho em tudo! Se tiver que rolar, deixe rolar. Pelo o que você me disse o cara é lindo, e você também é linda... O que tem de mal nisso?
- Tem coisas demais Mandy. Ele é nosso funcionário, queridinha. - Ela riu forçada - E outra, ele deve ter uns trinta e poucos anos... Não ia querer nada com... Você sabe. - Ela dá o ombro.
- Com o que? Fala sério, Amanda, você tem vinte e sete anos, mas sabe que aparenta muito menos! Irmã, você é linda, rica e poderosa... Ele e todos os homens do planeta tinha que rastejar aos seus pés.
- Esse é o problema mana, a maioria dos caras olham pra mim vendo cifrões. Você teve muito sorte em conhecer o Jack, e sou muito feliz por vocês, mas creio que meu destino seja apenas os negócios. E sabe o que mais, prefiro assim.
- Ah é mesmo? Vai ficar sozinha, morando em uma casa cheia de gatos pra te fazer companhia? Amanda, você é bem melhor do que isso e sabe disso. Se o cara é gostoso e bonito e se der em cima de você... Aproveite, sem compromisso. - Mandy pisca
Amanda não resiste o bom humor da irmã e ri.
- Certo, mas não estou prometendo nada. Amanhã se você não tiver compromisso vamos almoçar juntas. Daí te mostro o recém-contratado e você me da sua opinião. Pode ser?
- Tá certo... Amanhã nos encontramos pra almoçar e quero ser apresentada ao novo peguete da minha irmã... Qual o nome dele?
- Boba, eu não tenho “peguete” nenhum. - ela riu - Ele se chama Neal Caffrey.
- Então... - ela pega a taça e a levanta - Um brinde ao Neal Caffrey Delícia... - ela sorri
Amanda ergue sua taça sorrindo.
- E a sanidade de minha irmã....
- Que está em perfeitas condições. - ela riem e brindam. - Hei, mudando um pouco de assunto... Jack me pediu em casamento... De novo.
- Nossa, ele não desiste não é? Por que você não aceita logo Mandy, vocês são loucos um pelo outro.
- Eu... Eu o amo muito, irmã, mas... Ah, Amanda, eu tenho apenas vinte e um anos. Não acha que sou muito nova pra casar?
- Bom, você é nova sim, mas se você se amam não vejo mal algum. A não ser que... Tem alguma coisa errada entre vocês, May? Sabe que pode contar sempre comigo, hum.
- Não tem nada de errado entre nós. Eu o amo e ele, bem... Ele é louco por mim, e temos um bom relacionamento, o sexo é ótimo e ele é meu melhor amigo também. - ela fez uma pausa. - Mas eu não sei... Eu ainda não me sinto pronta pra dar esse passo, sabe?
- Oh minha irmãzinha... - Amanda pega a mão dela sobre a mesa - Olha, independente do que acontecer sempre vou estar aqui, ok? Amo você, anjinho rebelde. - Ela diz com carinho.
- Eu sei que sim, e eu também sempre estarei aqui. - ela sorriu pra irmã. - Ele diz que me entende, mas sei que fica magoado por eu não aceitar. Estou pensando em aceitar nas minhas férias do meio do ano, ele disse que iremos viajar... Se ele fizer o pedido lá, o que é bastante provável de acontecer, eu irei aceitar.
- Faça o que seu coração pedir e seja honesta com ele, Mandy. Por vocês dois, isso é o melhor a ser feito. Quero sua felicidade. - Aconselha Amanda.
- Está certo, maninha... - ela sorri. - Ainda tem espaço pra sobremesa? Comprei sorvete de chocolate.
- Pra sorvete sempre tem um espacinho, irmã. – Amanda sorriu.
Amanda e Mandy levam os pratos pra cozinha e pegam o sorvete. Servem-se e comem ali mesmo. Depois de colocar a louça na lavadora foram assistir um filme de comédia romântica e conversaram até sentir sono.
Na manhã seguinte as irmãs se arrumam e saem para seus compromissos. Amanda deixa Mandy no curso e segue para a empresa. Bella a recebe com os compromissos do dia na mão e vai ditando enquanto segue a chefe até sua sala.
“Capítulo 5”
Mandy desce do carro da irmã e sorri ao vê sua faculdade. Havia muitas caras novas e muitas velhas, algumas pessoas iam em sua direção para cumprimentá-la e outras reviraram os olhos vê-la - ser popular tem suas vantagens e desvantagens. Ela pega o celular e vê que recebeu uma mensagem de Meg, sua melhor amiga, dizendo que estava a esperando na sala de aula junto com as outras garotas.
Assim que chega na classe ela vê as amigas sentadas próximas a janela, conversavam alto e riam como sempre fizeram, com a euforia do primeiro dia de aula.
- Hei... Chegou quem faltava! - Mandy disse se aproximando delas.
Meg foi a primeira a se levantar e ir em direção a amiga.
- Agora sim a festa vai começar. - Meg respondeu indo abraça-la - Com você tá, gatona?
- Estou ótima, amore... E vocês? Sei muito bem que aprontaram sem mim... - Mandy disse se sentando ao lado das amigas.
- Aprontamos nada demais, a rainha das encrencas é você, amor. - Sandra dá risada - Ei, você já viu o professor? Dizem que é um gatinho.
- Tem professor novo? Não me diga que a chata da Jorgie saiu? Deus é pai, gente! - ela riu alto. - É gato é? Mas eu sou uma mulher compromissada, não posso ficar prestando atenção em outros homens,até porque... Estou bastante convencida de que não há homem mais bonito do que o meu... - ela disse se abanando.
Todas as meninas fizeram um coro de "Hummmm" e riram alto. Quando Meg abre a boca pra falar alguém entra na sala. Batendo palmas.
- Okay okay vamos parar as fofoquinhas e começar a aula, garotas. - Disse o professor chamando a atenção delas.
Uma a uma as garotas foram se levantando e se puseram espalhadas pela sala prestando atenção nele.
- Bom dia, meu nome é Michael Jackson e vou ser o professor de vocês apartir de hoje. O que vocês tiverem dúvida, pode perguntar sempre. Não quero ninguém perdido aqui, valeu. Alguma pergunta? - Ele diz marcando o rosto de cada aluna.
Mandy levantou a mão e Michael balançou a cabeça, sinalizando para que ela falasse.
- Que tipo de professor o senhor é? - ela perguntou olhando pra ele e cruzando as pernas.
- Sou licenciado como professor de dança e expressão corporal. Caso queira saber a matéria que vou usar, será Reggeaton. - Respondeu ele. - Mais perguntas?
Mandy sorriu de lado e balançou a cabeça.
- O senhor é tão engraçado. - ela revirou os olhos. - Eu fiz referência ao modo como o senhor trata os alunos, porque... A Jorgie, apesar de não dá esse estilo de dança que o senhor citou, era muito chata... Acho que não é isso que queremos aqui. - Mandy disse, vendo a turma concordar com ela.
Michael cruzou os braços e sorriu de lado.
- Então vocês querem moleza?
- Moleza não... Mas também não queremos um professor chato. - ela respondeu.
- Uau, acho que peguei a turma ideal! - Riu sarcástico e foi perto de Mandy. A encarou nos olhos. - Olha só princesinha, relaxa porque eu sei o que estou fazendo tá legal? E um dia você vai me agradecer o que fiz. - Ele pisca e sorri para provoca-la.
- Ok, professor Jackson. Espero que faça algo de bom por nós, até porquê, estamos no último ano de faculdade e não temos tempo pra ficar de gracinhas. - ela olhando nos olhos dele.
Michael sentiu a hostilidade da garota bater no teto e voltar nos ouvidos dele, mas isso não ia intimida-lo.
- Concordo plenamente. - Ele sorriu de lado e voltou ao seu lugar. - Já que as apresentações foram feitas, vamos começar com os alongamentos e depois seguimos com os passos básicos, certo? - ele diz vendo as alunas assentirem.
Mandy se levantou e foi para o lado de Meg.
- Que cara irritante! - ela disse seguindo com a amiga para a sala de dança
- Irritante e gostoso né? Que bundinha linda ele tem, nossa. - Meg suspirou
- É... Ele não é tão mal assim. - ela fez uma careta. - Mas já vi que vai me encher pelo resto do ano...
- Sorte sua, sua boba. Eu queria ele no pé o tempo todo, aliás, não só no pé... Poderia ser em outros lugares e de preferência no meu quarto. - Ela ri com malícia
- Meu bem, se você não se lembra, eu tenho namorado... Que com certeza é muito melhor de que esse professor! - Mandy disse em alto e bom som ao passar por Michael que estava parado na porta da sala de dança;
Michael olha pra ela e guarda bem aquelas palavras. um dia ele mostraria a ela quem era melhor. Quando o alongamento acabou Michael começou com os passos básicos.
- Eu quero que vocês soltem bem o quadril mexendo de um lado para o outro. Como estivessem desenhando com um pincel. Pra direita.... Pra esquerda.... - Michael começa a se mexer assim como diz. - Agora quero ver vocês, vamos lá.
- Perfeito garotas! Continuem assim agora abaixando devagar, assim.... - Ele faz o passo descendo lentamente enquanto mexe de um lado pro outro. - Repitam comigo agora, um... dois...
Mandy olha pra ele e contém a vontade de revirar os olhos. Era aquilo que ele ensinaria a eles? A arte de mexer os quadris? Ela era formada em dança no ventre, aquilo pra ela era tão fácil quanto escrever o próprio nome.
- Não esqueçam que essa dança é sensual, valeu? Mexam com vontade. - Ele repara no desempenho delas - Isso, isso.... Você do lado da princesinha... - Falou com Meg - Está ótima, é assim mesmo.
Meg sorri e pisca para o professor. Ele sorri e continua sua aula.
- Só pra avisar.. Meu nome é Mandy!
Michael não responde e continua a instrui-las durante a coreografia. Mandy fecha a cara e continua dançando ao lado de sua amiga. Hora depois todas estavam bem enturmadas e se divertiam com a nova modalidade de dança. Michael mantém certa rigidez para controlar melhor seu método de ensino.
Aula ao da aula ele fez um momento de relaxamento com as alunas para aliviar a tensão pela horas diretas que dançaram.
- Obrigado meninas e por hoje é só. Amanhã vamos retomar alguns passos que não foi possível passar. Bom almoço a todas. - ele diz
Aos poucos todas foram saindo. Meg saia ao lado de Mandy e pediu um segundo. Mandy a esperou na porta vendo a amiga ir até o professor. Ela diz alguma coisa que o faz sorrir e assentir. Meg sorri pra ele e volta toda feliz.
- Prontinho amada, vamos? - ela diz com o sorriso nas orelhas.
- Vamos... - ela diz virando as costas para Michael depois de olhá-lo.
Meg estava de carro e deu uma carona a Mandy até a empresa da família. No trajeto Meg não parou de comentar como tinha gostado do professor e como ele era bonito. Mandy revira os olhos e torce para chegar logo na Luxor. O trânsito estava bom e não demorou muito para chegarem. As amigas se despedem e Mandy entra no prédio. Pega o elevador e sobe direito para a presidência. Bella a recepciona dizendo que Amanda está numa reunião e que pediu para ela esperar em sua sala. Mandy assente e segue para a sala da irmã. Vinte minutos depois Amanda entra na sala.
- Boa tarde maninha. - Ela diz indo abraça-la - Como foi o primeiro dia de aula?
- Boa tarde? Boa só se for pra você! E o primeiro dia de aula? Foi um inferno! - ela disse com raiva.
- Nossa, o que aconteceu? - Amanda fala com os olhos arregalados - Foi tão ruim assim?
- Foi pior! - ela se jogou no sofá. - Eu tenho um novo professor... E ele é simplesmente irritante, chato, ridículo! Ele me ignorou, tem noção disso?
Amanda respirou fundo.
- Maninha, toma um banho e esfria a cabeça, hum? No almoço você me conta em detalhes o que houve. Tem toalhas limpas no banheiro. - Ela disse calma.
- Banho? Que banho o que, Amanda! E o pior, ele veio cheio de marra querendo nos ensinar a como mexer os quadris... Fala sério, sou formada em dança do ventre, sei muito bem como fazer isso! Aí ficou: "Nossa, você está fazendo muito bem", pra uma lá e depois ficou "você é perfeita nisso..." pra outra, e eu? Ele não deve nem ter me visto ali!
Amanda se contém e senta na beirada da mesa.
- Mandy você é minha irmã mais nova e eu te amo, então não me interprete mal, certo? Na minha opinião concordo com você, ele não pode dar vantagens a alguns alunos. Todos merecem incentivo, mas em outra parte... Parece que você ficou com ciúmes dele. Desculpa, mas eu tinha que falar.
- Oi? Fiquei com o que? - ela perguntou se sentando direito no sofá.
- Ciúmes mana. Aquele sentimento que você conhece bem. - Ela chega perto de Mandy - Eu não sei o que esse cara fez, mas nunca te vi tão irritada logo no primeiro dia de aula. Acho que devia se acalmar.
- Não é ciúmes, Amanda, eu nem conheço o cara! Eu só fiquei irritada porque... Ele é todo seguro de si, sabe? Ele adora se amostrar e como viu que eu não sou como as amebas que ficou de quatro por ele lá na sala, ficou me ignorando. Irritante, apenas!
Amanda sente algo no ar, mas não diz agora. Mandy precisava se acalmar e nisso ela tinha que ajuda-la.
- Tudo bem maninha. Eu entendo você, só que procure se acalmar. Amanhã você tem aula de novo e assim sucessivamente. Aposto que com o tempo as coisas melhoram, certo? E se ele ficar de marra com você, ignore. Com gente assim não vale a pena gastar vocabulário.
- Tá certo! - ela disse se levantando. - Eu vou tomar banho e depois você me apresentar o novo funcionário gato... - ela piscou.
Amanda riu vendo ela sair das suas vistas.
- Essa é a Mandy que eu conheço! - Ela fala alto.
Enquanto Mandy vai tomar banho Amanda pede que Bella passe sua reunião das duas horas para as três. Assim poderia almoçar mais tranquila com sua irmã.
“Capítulo 6”
Minutos depois Mandy saiu pronta e muito linda, como sempre.
- Estou pronta, mana...
- Certo, vamos a sala de design. - Amanda responde.
As duas saem da sala. Amanda avisa que voltaria lá pelas duas e meia. Pegam o elevador para o sétimo andar. Setor de Design. Quando as duas irmãs adentram o ambiente todos se voltam pra elas. Amanda diz para continuarem o trabalho. Neal estava ao longe em sua sala e as duas foram direto pra lá.
Amanda dá duas batidas na porta.
- Pode entrar... - Neal diz lá dentro.
Amanda e Mandy entram na sala.
- Boa tarde, senhor Caffrey. - Amanda fala primeiro.
- Olá, Sra. Lewis... - ele se levanta para apertar sua mão. - Como vai?
- Bem, obrigada. - Respondeu simpática e apresenta sua irmã - Esta é minha irmã Mandy.
- É um prazer conhecê-la, Srta. Mandy... - ele disse, apertando a mão dela.
- Ah, que isso, pode me chamar de Mandy... - ela respondeu sorrindo. - É um prazer conhecê-lo também, Sr. Caffrey. Minha irmã falou muito bem do senhor.
- Falou? - ele perguntou se virando pra Amanda
Amanda olha pra Mandy e depois para Caffrey.
- Eu disse que seu currículo tinha boas referências, senhor Caffrey. Minha irmã e eu temos que estar sempre atentas ao que acontece na empresa. - Ela tenta corrigir a situação embaraçosa.
- Oh sim, entendo perfeitamente, Sra. Lewis.
- É verdade e minha irmã fez questão me contar detalhadamente sobre o seu... Currículo. - ela sorriu. - E eu gostei muito do que ouvi, é bom saber que temos pessoas competentes aqui dentro.
Amanda sente o ar naquela sala ficar pouco de tanta vergonha. O que dizer agora? Sim, trabalho. Isso sempre ajuda.
- Exatamente, Mandy e falando nisso... Como estão os desenhos da nova coleção, Sr. Caffrey? - Ela desvia o assunto rapidamente.
- Estão aqui, Sra. Lewis e...
- Um segundo. - Mandy disse o interrompendo. - Amanda, você permite que todos a chamem pelo seu primeiro nome. Por que Neal tem que te chamar de senhora?
No mesmo instante o rosto de Amanda queima feito brasa. Neal olha pra ela e Mandy também, segurando o riso, claro.
- Eu... Não pedi nada, eu... Oh céus Mandy, isso é tão embaraçoso... - Ela suspira sem graça e olha pra ele - Me desculpe por isso, pode me chamar de Amanda quando quiser.
- Eu não vejo problemas em te chamar de Sra. Lewis, Amanda... Se você não se sentir confortável. - Neal disse com uma voz rouca.
- Não... Por mim tudo bem. Pode ser Amanda mesmo. - Ela disse ainda sem graça. - E como quer que eu o chame?
- Neal está ótimo pra mim. - ele sorri e se vira pra sua mesa. - Bem, eu estava terminando esse desenho... É um croqui básico de uma nova pulseira de ouro branco, diamantes e a famosa turmalina paraíba. Ainda não está totalmente pronta, mas já dá ter uma ideia de como será.
Amanda pegou o croqui e junto a Mandy analisou a peça desenhada. Seria uma pulseira toda de outro branco, com gotas de diamante que pegaria de cada lado do pulso, seguindo uma linha que chegaria há uma bela turmalina paraíba cravejada no centro.
- Uau... É uma peça linda! - Mandy comentou.
- Lindas mesmo! - Amanda comenta em seguida - Aposto que terá grande saída. Parabéns Neal, os desenhos estão ótimos. - Ela sorriu cordial.
- Fico muito feliz que tenham gostado. Eu mando para sua sala assim que estiver pronto para sua aprovação, certo, Amanda?
- Certo... Neal. - Ela assente e fica em silencio por alguns segundos, mas logo despertar da inércia. - Bom, estamos indo almoçar e volto as duas e meia. Seu trabalho está muito bom. Não tenha pressa, certo?
- Certo. - ele sorri e se vira para Mandy. - Foi um prazer conhecê-la Mandy...
- O prazer foi meu, Neal. - ela assenti e sorri.
- Até mais, Neal. - Amanda disse com um pequeno sorriso, que ele retribui sutilmente.
Neal as acompanhou até a porta. Mandy e Amanda saíram em silêncio e quando entraram no elevador, Mandy riu alto.
- Esse Caffrey... Ele tá de olho em você!
- Como? Ficou maluca? E o que foi aquilo Mandy? Eu quase morri de vergonha na frente dele. Minha nossa, até gelei. - Amanda disse esfregando as mãos uma na outra.
- Ah, para, não foi nada demais... Você que é dramática. Viu como ele estava te olhando? E outra, ele amou te chamar de Amanda...
- Ah não, May... Não viaja maninha. Não sou dramática, eu só queria te matar. - Ela pensa e faz uma pausa antes de continuar - É... A senhorita pesado, mas você sabe que eu nem reparei nisso. Era até... Atraente ouvir nosso sobrenome saindo daquela maneira. - Amanda sussurra as palavras sem medi-las.
- Ah é mesmo? Talvez então devêssemos ir até lá novamente e dizer que você achou sexy o nosso sobrenome na voz dele... - ela diz sorrindo de lado.
- Não! Por Deus, não! Deixa como está. Você me ajudou demais por hoje! - Ela disse vendo as portas abrindo no hall de entrada - O que você quer comer? Poderíamos ir naquele restaurante japonês no fim rua. É um bom lugar pra almoçar.
- Por mim está ótimo... - ela olha pra Amanda e sorri. - "Oh Amanda, fico contente que tenha gostado de meu desenho..." Oh não você gosta que a chame pelo sobrenome, né? Então... - ela limpa a garganta e recomeça. - "É um prazer revê-la, Sra. Lewis, como vai?" - Mandy zoa, imitando Neal ao falar.
Amanda fica vermelha e começa a rir.
- Você não vale nada, Mandy Lewis. - Ela disse saindo para a rua com a irmã.
Após o almoço com a irmã, Amanda voltou para a empresa, onde se reuniu com o pessoal de design. Cada um tinha seus croquis prontos e foram escolhidos quinze entre trinta deles. Dois tinham sido de Neal, uma pulseira de diamante com turmalina paraíba e um brinco de safira. Após a aprovação de Amanda, os desenhos foram mandados para as refinarias, onde seriam feitas as peças.
Fechando um dia tão produtivo como esse, Amanda encerrou suas atividades na empresa e foi embora, dando de cara com Neal no estacionamento. Trocaram poucas palavras e sorrisos, fazendo com que Amanda se perguntasse se Mandy não estaria certa sobre o fato de algo a mais rolar entre ela e seu funcionário tão dedicado.
Mandy encerrou sua noite com um jantar com a irmã e uma conversa longa com Jack ao telefone. Ela contou tudo sobre o seu dia, até mesmo sobre Neal e Amanda, mas omitiu sua irritação com o professor; sabia que Jack era ciumento e não queria que ele criasse história com aquilo, muito menos que pensasse besteira como Amanda havia feito mais cedo.
Ela com ciúmes daquele professor metido? Só Amanda mesmo para pensar em algo como aquilo... Onde já se viu? Ela ao menos conhecia o cara e o pouco que conheceu já havia odiado. Com esses pensamentos na cabeça, se virou para o lado e acabou pegando no sono.
“Capítulo 7”
Pela manhã, Mandy acordou mais cedo do que o habitual. Toda quarta-feira ela reservava uma sala de dança para poder colocar em pratica tudo o que aprendera. Era um hábito que já havia criado pra si.
Se levantou e se arrumou, pegou uma maçã e deixou um recado para Amanda, dizendo que havia ido mais cedo para faculdade. Quando desceu do apartamento o táxi que havia pedido já estava a esperando, o que a fez se lembrar que precisava o mais rápido possível de um carro. Meia hora depois ela estava na faculdade, que ainda estava vazia. Pegou a cópia da chave da sala de dança e começou a ensaiar. Michael sempre chegava mais cedo na faculdade para organizar seu plano de aula. Com sua mochila nas costas ele caminhava pelo longo corredor até a sala dos professores que ficava no fim do mesmo. No meio do caminho escutou uma música. No mesmo momento pensou quem poderia ter chegado tão cedo ali, as aulas só começavam as oito. Confirmando as horas viu que ainda era sete da manhã.
Seu extinto foi mais forte e ele seguiu para onde a música tocava. Passou por mais quatro portas o som ficou alto ecoando corredor a fora. A porta estava encostada. Lentamente a abriu e deu de cara com uma linda garota no pole dance. Seus olhos se prenderam nela imediatamente. A forma como se movimentava ali e a música ecoava em seus ouvidos formou uma nuvem de sedução a sua volta. Acompanhando cada movimento seu corpo implorava para compartilharem a mesma magia.
Logo a moça fez um passo onde seu rosto ficou visível e grande foi a surpresa do jovem professor. A deusa de corpo encantado era a princesinha mimada que o desafiou. Um sorriso lascivo ele deu sem acreditar. A danada tinha muito talento. Uau, e que talento! Confirmou em sua mente. Antes que ela notasse sua presença ele saiu dali com a ideia de que ele poderia explora-la ainda mais.
Quando o horário de aula chegou, Mandy estava mais que aquecida. Michael entra na sala e cumprimenta a todas de maneira geral. Dá início com os alongamentos e em seguida repassa alguns passos que ficaram por falta de tempo.
Meg com toda sua dedicação não recebeu tanta atenção assim. Michael foi mais imparcial que antes, porém não usou ironias durante suas falas. Quando deram uma pausa ele se aproxima pedindo licença as alunas e chama Mandy de lado.
Quando estão um pouco afastados ele diz:
- Olha, eu não quero que fique um clima chato durante a aula e acredito que não começamos com o pé direito. Então... Eu quero dizer que você pode contar comigo sempre que precisar, okay? - Ele diz olhando nos olhos dela. - Eu não pego no pé por maldade, é pra tirar o melhor de vocês entende? E vejo que você pode muito mais do que apresenta. Falo isso como profissional.
- Bom saber que uma noite de sono faz o seu humor ficar melhor, professor Jackson - ela diz sem esboçar qualquer emoção com o que ouviu dele.
- Mandy... - Ele diz com um sorriso leve - Por que ficar tão armada? Isso influência no seu desempenho durante a aula. Relaxa um pouco. Eu não sou tão cruel como você pensa. Pode apostar nisso.
Mandy olhou pra ele e arqueou uma sobrancelha.
- Eu também não sou tão severa, professor Jackson. E eu fico contente que tenha gravado o meu nome, "princesinha" é algo muito... Íntimo, se é que me entende.
- Entendo, mas é que você se comporta como uma princesinha mimada, e é legal. - Ele sorri de leve mais uma vez - Mas tudo bem, vou te chamar pelo nome e você me chama de Michael, okay?
- Hm... Eu sou uma princesinha mimada, Michael Jackson. - ela sorriu de lado e piscou pra ele.
Michael estreitou os olhos pra ela e riu.
- Vamos voltar pra aula, princesinha Mandy - ele diz indo para o seu lugar.
Michael com palmas chamou o resto da turma para voltar as suas posições. A segunda parte da aula foi de consciência corporal. Ele mostrou que para desempenhar uma boa dança é preciso se permitir influenciar pela batida. A técnica ajuda, mas o ritmo é tudo. Não adianta uma dança bem coreografada se os dançarinos parecem androides ou mortos. Tudo vai da energia que você coloca no que faz.
Ao dizer isso, ele lembra-se da dança que assistiu antes da aula. Seu olhar para em Mandy por um instante e logo se muda para prosseguir o discurso. Após a teoria, vem a prática. Ele chama por Sharon e faz uma demonstração de como isso acontece quando se tem técnica, mas não tem magia. Por mais profissional que a coreografia seja, nada sai elegante nas vistas de quem assiste. Depois ele chama Mandy para apresentar como seria uma dança sem muita técnica, mas com magia. Ele usa a mesma música para usa passos simples de música latina para a demonstração. Mandy pega todos rapidamente.
Enquanto explicava Michael dançou lindamente com ela. Fazem um casal e tanto. As aulas assistem atentas as orientações dele. Quando termina a explicação ele a solta com um pequeno sorriso deixando que volte ao seu lugar.
Meg observa tudo e não diz nada no momento. Michael prossegue. Pelas onze horas a aula termina. Depois do relaxamento estão todos exaustos. Meg chega perto de Mandy.
- Quer carona hoje? - ele pergunta.
- Não precisa, eu vou pegar um táxi e ir direto a uma concessionária... Preciso de um carro urgente! - Mandy disse colocando a necessaire em sua bolsa.
- Tudo bem. Boa compra então. Vou indo nessa, tá? - Ela deu um beijo rápido no rosto dela - Até amanhã, Mandy.
- Até amanhã, Meg. - ela diz, vendo a amiga sair da sala.
Todos saíram da sala. Menos Michael e Mandy. Ele termina de guardar suas coisa na mochila e a pendura num ombro só. Vendo que Mandy saia sozinha ele se aproxima dela dizendo:
- Está sem carona hoje?
- Hm... Na verdade não. Eu decidi pegar um táxi, tenho que comprar um carro... Ficar dependendo de carona não dá né. - ela sorriu pra ele. - Alás, sua aula foi ótima hoje. Aprendi muito...
- Obrigado. Ouvir isso de uma princesinha é uma honra, se me permite dizer. - ele sorriu brincando com o cavalheirismo - Você não precisa pegar taxi se não quiser, eu leve você. Assim sobra algum pro nosso sorvete. - ele fala divertido.
- O sorvete que você vai pagar pois é um cavalheiro,né? - ela perguntou arqueando uma sobrancelha.
Ele riu.
- Beleza, eu pago o seu sorvete, princesinha!
Os dois seguiram juntos para o estacionamento da faculdade. Michael caminhou com ela a seu lado até uma motocicleta.
- Você tem problema com velocidade? - Ele pergunta pegando os capacetes.
- Olha pra mim, professor? Acha que eu vou ter medo de velocidade? - ela perguntou pondo a mão na cintura
Ele a olhou de cima a baixo. O pole dance veio na mente.
- É... Você não tem medo do perigo. - Disse entregando o capacete - Vista isso para proteger sua cabecinha de princesinha mimada.
- Acho que você me chamou de burra nas entrelinhas dessa frase... - ela disse, colocando o capacete.
- Claro que não! Você não me leva a sério mesmo, hein. -ele ri vestindo o capacete. Subiu na moto e pediu que ela subisse em seguida. - Segura bem firme, okay? Essa belezinha voa.
- Tá certo, professor... Vou começar a te levar sério agora... - ela disse passando os braços pela cintura dele. - Partiu?
Ele riu com o jeito menina dela falar.
- Partimos, princesinha.
Michael ligou a moto e saiu devagar até a rua. Quando pegou o asfalto, justiça ao que tinha dito. A moto voava, mesmo.
Michael trafegou pelas principais ruas de Nova York em alta velocidade, tendo Mandy agarrada a sua cintura. Quando chegaram na concessionária que ela havia pedido-o para levá-la, eles entraram e o gerente foi até eles, deixando claro que estava ali porque uma das Lewis estava em sua loja.
- Bem... Eu sou péssima com essas coisas de carro... O que você sugere, professor? - ela perguntou olhando para alguns dos modelos a sua frente.
- Fora de sala, sou apenas Michael, por favor. Diminui vinte anos das minhas costas - ele riu - Bem, o que você gosta?
- Está certo, Michael... Hm... Eu gosto deste. - ela apontou discretamente para um vermelho conversível a sua frente. - Mas esse gerente é um pé no saco e só quer me empurrar o que é feio e mais caro. - ela disse só para Michael ouvir.
- Vendedores são todos iguais. - ele faz careta - Eu acho que esse não combina com você não, sinceramente. Gosto mais daquele, Saab preto. Veja só... - ele caminha até o carro de luxo - Isso sim é possante! - Falou encantado.
Ela sorriu e foi até ele, se encostando no carro.
- Sabe professor, o que acha de o senhor me mostrar como se pilota uma belezinha dessas, hm? O gerente adoraria me fazer um agrado desses, sabe... Um test-drive.
- Seria uma honra. - Ele diz olhando o sorriso dela.
- Ótimo! Sr. Jones... - ela chama o gerente que vai até ela. - Eu gostaria de fazer um test-drive esse carro... Acha que poderia me ajudar com isso?
O gerente fica alguns segundos em silêncio, olhando para o Saab preto, que era um dos mais caros em sua loja. Mas ele estava falando com Mandy Lewis, uma das garotas mais ricas dos EUA. Não tinha como negar àquele pedido.
- Está certo... Eu vou pedir para um funcionário trazer a chave, Srta. Lewis. - ele disse se afastando.
- Para onde a princesa quer ir? - Michael pergunta.
Ela pega as chaves das mãos do funcionário e as joga para Michael.
- Para onde o professor irritante quiser me levar... - ela piscou e entrou no carro
- Você é quem manda, princesinha. - ele sorriu entrando em seguida.
Michael liga o carro e sai. Ele estava adorando aquela sensação. Mandy a seu lado parecia surreal depois do mal começo que tiveram.
“Capítulo 8”
Depois de sorrir pra ela, ele entrou na avenida e pegou uma via que daria no centro da cidade. Minutos depois ele para numa vaga em frente a uma loja enorme e bem atraente.
- Aqui tem melhor sorvete do mundo. - ele disse ao desligar o carro. - Me espera aqui. - Michael pede saindo do carro, da à volta e abre a porta dela - Agora sim... - ele estende a mão para ajuda-la descer.
- Ah, que cavalheiro... - ela disse ao sair do carro.
Michael apenas sorriu e entra com ela na soverteria. Ela pede chocolate com creme e ele pede morango. Enquanto tomam os sovertes, Mandy puxou assunto.
- Então... Me conte mais sobre você. - ela disse tomando uma colherada.
- O que você quer saber?
- Tudo. Por exemplo... Por que é professor de dança? De uma dança bem safada, aliás... - ela olha pra ele e ri. - Não que eu tenha procurado no Google, mas enfim...
Michael riu engolindo o sorvete.
- Sou apaixonado por dança desde moleque. Minha mãe falava que eu dança ate com o som da velha maquina de lavar, acredita? A escolha da matéria foi opção do conselho da faculdade. Eu tinha no currículo e eles precisam de alguém assim, e cá estou eu.
- E você? Como é viver no castelo? - sorriu ele.
- Como é viver no castelo... Boa pergunta. - ela sorriu. - É bom, quer dizer, é realmente incrível você poder comprar o que quiser ou algo do tipo, mas... Eu perdi meu pai muito cedo, éramos somente minha mãe, minha irmã e eu e há dois anos minha mãe também se foi... Hoje eu só tenho a minha irmã e ao meu namorado. E bem... Eu não falo isso pra eles, mas tem horas que eu me sinto bastante sozinha.
- Eu sinto muito por sua mãe. - disse sentido - Você tem namorado e.. Ele não cuida de você?
- Jack? - ela sorriu ao pensar no namorado. - Ele cuida muito bem de mim, infelizmente ele não pode está aqui ao meu lado agora porque ele é dono de um cassino em Las Vegas e está fechando um novo show, mas ele sabe o que fazer comigo... - ela riu. - Acho que ele foi o único que conseguiu me aguentar por tanto tempo e que conseguirá me aguentar por muito mais tempo.
- Uau, esse cara deve ser o super homem, hein... - Michael disse tentando mostrar indiferença - E o casório vai ser quando?
- Eu não quero casar agora, então... - ela deu de ombros e olhou pra ele. - E você, professor? Tem namorada?
- Não, prefiro curtir bastante antes de me amarrar. - disse sorrindo de lado.
- Ah, entendo... Muitos homens pensam assim... - ela revirou os olhos.
Michael riu de leve.
- Você gostou do carro?
- Sim, ele é bem bonitão... Mas eu vou dirigindo na volta pra vê se gosto realmente. - ela fez uma pausa. - E quantos anos você tem, professor?
- Tenho 30 e você?
- Vinte e um... Tem filhos?
- Nem tão cedo. E você pretende ter?
- Pretendo sim, mas não agora... Ainda tenho um longo caminho pela frente, apesar de saber que... Se eu aceitar o pedido de casamento de meu namorado, ele vai querer ter filhos logo. Lance de idade, sabe? Ele tem 29 anos e acha que já está na hora de casar e ter filhos... Eu acho tão cedo...
Michael assentiu com a cabeça.
- Entendi, mas você tem razão. Você é bem nova pra ter filhos. Ele deve estar ficando desesperado. Homem também tem medo de encalhar, sabia? - Ele diz com um risinho perverso nos lábios.
- Eu acho que o problema dele não é esse, porque... Existem muitas vacas atrás dele. Acho que ele tem medo de eu trocá-lo por outra pessoa.
- Hum... Ele é inseguro então. É, cada um sabe o taco que tem né? - ele deu de ombros. - Eu confio no meu. - Disse convicto.
- Confia tanto e está aí, solteiro... - ela disse comendo mais um pouco do seu sorvete
Michael a encara com um sorriso descarado.
- Quem te disse isso, princesinha?
- Você. Eu perguntei se tinha namorada e você disse que não.
- Você está certa. Eu não tenho namorada, mas isso não significa que estou literalmente sozinho. "Somos homens"... Você entende né? - Sorriu ele com duplo sentido.
- Ah sim, sei como é... - ela disse olhando pra ele. - Então quer dizer que o professor irritante tem várias mulheres ao mesmo tempo...
- Não tantas, porque poligamia não é comigo. Gosto de ter o suficiente, uma só! Mais que é isso é loucura. Uma mulher só já dá um bom trabalho. - Disse pondo uma das últimas colheradas na boca.
- Eu não dou trabalho algum... - ela disse dando de ombros. - Quer dizer, meu namorado reclama um pouco as vezes... - ela deu uma pausa e Michael a olhou com uma sobrancelha arqueada. - Reclama muito, mas não é nada demais.
- Posso imaginar... - ele riu.
Mandy riu e sentiu o celular vibrar no bolso. Ela o pegou e viu que era sua irmã.
- Espere um segundo? Minha irmã está me ligando... - ela disse, pondo o celular na orelha. - Fala, mana.
- Mandy, onde você está? Você não veio almoçar até agora. - Amanda diz preocupada.
- Droga, Amanda! Eu me esqueci completamente... - ela disse fazendo uma careta. - Eu sinto muito, irmã, perdi a noção da hora.
- Tudo bem, mas quando você tiver algum compromisso, me avisa, fiquei esperando. - Ela suspira - Você vai vir na empresa hoje?
- Sim eu passo aí... É que eu vim comprar um carro, você sabe, pra não ter que ficar dependendo sempre de carona ou táxi e meu professor veio comigo... Acabei me esquecendo do almoço, mas assim que sair daqui eu passo aí.
Amanda paralisa e franze a testa ao escutar aquilo.
- Espera aí, você está com quem? Eu escutei errado ou é impressão minha... Você está com o professor? Aquele professor? - Disse completamente confusa.
- Sim... - ela disse segurando o riso. - Eu vou te explicar tudo quando estivermos a sós...
- Ah, mas você vai me explicar tudo porque alguém outro deu o maior piti aqui na minha sala por causa do professor ridículo e irritante... - ela disse lembrando-se da cena.
Michael olhou pra ela de cenho franzido e Mandy teve quase certeza de que ele escutou aquilo.
- Eu não me lembro disso... - ela diz indiferente.
Michael ergueu a sobrancelha e cruzou os braços olhando pra Mandy.
- Mas eu lembro, aliás, foi inesquecível. Nunca te vi tão irritada. - Amanda completa.
- Ok, Amanda, hm... Eu vou desligar agora. Te vejo depois. - Mandy diz e desliga o celular, revirando os olhos.
Michael continua a olhar para Mandy em silencio esperando ela dizer alguma coisa.
- O que foi? - ela pergunta, comendo a última colherada do seu sorvete.
- Ridículo e irritante... Bom, saber que causei uma impressão tão agradável... - Disse olhando bem pra ela.
- Para um professor o senhor é muito mal educado... Onde já se viu, ficar escutando a conversa dos outros? - ela disse cruzando as pernas e olhando pra ele. - Da próxima vez eu coloco no viva-voz, aí fica mais fácil para que possa bisbilhotar.
- O que? - Franziu a testa - Eu não bisbilhotei nada, menina. E se quer saber eu não tive intenção nenhuma de ouvir conversa sua. Você devia saber mexer nesse celular, só isso. - Disse se sentindo ofendido
- Mas os seus ouvidos estavam captando tudo... - ela disse apontando para os próprios ouvidos. - E se quer saber, minha irmã é uma completa exagerada, eu não fiz escândalo algum.
- Sei, sei... - ele fingiu acreditar. - Você deve ser bem calma, quase um monge budista. - Revirou os olhos com ironia.
- Dependendo da situação eu sou bem inquieta, pode acreditar.
- Como nas minhas aulas? - Ele arqueou a sobrancelha. - Só pode ser, né? - Bufou.
- Eu fico quieta na sua aula, ok? Não sou do tipo que fica conversando o tempo todo. - ela revirou os olhos
- Hurum. - Balançou a cabeça que sim - Podemos ir agora? Tenho que pegar minha moto. - Pediu com o rosto sério.
- Claro... - ela disse se levantando. - Por que está com esse bico enorme?
- Não estou com bico nenhum Mandy. Só preciso ir, apenas isso. - Levantou da cadeira. Ele sai para o caixa e paga a comanda dos sorvetes que comeram. Volta com o rosto ainda sério. - Vamos?
- Claro, querido professor! - ela diz sarcástica e sai na frente dele, entrando no carro e ocupando o lugar do motorista.
Ele revira os olhos por vê-la na direção, mas se conteve. Entrou e sentou-se no banco do passageiro.
Michael permanece em silencio durante todo o trajeto de volta. Quando estão na concessionária, os dois descem. Sua moto estava no mesmo lugar que havia deixado. Da onde estava falou com Mandy:
- Você ainda quer ajuda por causa do carro?
- Não. Sua ajuda foi muito útil, professor Jackson e não se preocupe, eu já fiz minha escolha. - ela se controlando pra não fechar a porta com mais força do que o suficiente.
- Okay, então vou indo nessa. - Ele diz olhando pra ela fechando a porta do veículo - Parabéns pelo carro e... Até amanhã.
- Até. - ela diz, saindo de perto dele e entrando na concessionária.
Michael a olhou entrar na loja e balançou a cabeça.
- Irritante, rum... Ela vai descobrir o que é irritante de verdade. - Murmurou seguindo até a moto. Subiu nela, vestiu o capacete e foi pra casa pensando como ia agir daqui pra frente.
“Capítulo 9”
Ao perceber que Mandy havia desligado o telefone praticamente em sua cara, Amanda suspirou. Sua irmã sempre foi "de lua" e fazia o que lhe dava na telha, sem pensar muito nas consequências, o que a fazia ficar de orelha em pé. Se levantando, ela pegou sua bolsa e foi ao banheiro. Retocou a maquiagem e mexeu em seu vestido para tirar o pequeno amassado que estava e logo saiu da sala. Iria almoçar sozinha porque sua querida irmã estava com o professor idiota, que agora não era mais tão idiota assim.
Ela passou pelo pequeno corredor e estava se aproximando da mesa de sua secretária quando ouviu risos e vozes quase ao sussurros. Se encostando a parede ela deu uma olhada para vê quem estava ali, temendo que fosse o chato do Thomas, mas ficou surpresa ao vê Neal quase debruçado sobre a mesa de sua secretária. Ele sorria de lado e olhava pra ela com intensidade, enquanto a mesma tinha as bochechas coradas e um sorriso pintando nos lábios.
- É isso mesmo que ouviu, Srta. Bella... Seu nome combina perfeitamente com você, eu a acho linda. - ele disse em um tom rouco. - Adoraria ter mais de sua companhia.
Bella sorriu tampando a boca e olhou pra ele.
- Oh, Neal... É impressão minha ou isso é uma cantada?
- Talvez seja... Mulheres bonitas não podem ficar sozinhas assim, baby, e pelo o que me disse, seu namoro terminou a algum tempo. Aliás, adorei ficar conversando com você ontem a noite. Sua voz ao telefone é bem atraente.
Amanda olhava desacreditada para tudo aquilo. Neal estava dando em cima de sua secretária bem debaixo de seu nariz e ela... E ela achando que ele a queria. Como pôde ser tão idiota?
- Posso dizer o mesmo sobre você, Sr. Caffrey. Nossa conversa foi realmente muito boa e por causa dela eu fui dormir ás três da manhã, devo está com uma aparência péssima, cheia de olheiras...
Neal pegou em seu queixo e se aproximou o suficiente para que a olhasse bem de perto. Seus lábios estavam bem próximos agora.
- Hm... Eu não vejo nada aqui, além de um par de olhos azuis, querida... - ele sorriu mordendo o próprio lábio.
Farta daquilo, Amanda começou a andar duro para perto da mesa, seu salto tilintando no chão de granito preto. Quando chegou perto o suficiente ela apenas pigarreou, fazendo com que Neal se sobresaltasse e Bella a olhasse assustada.
- O que está acontecendo por aqui? - Ela disse com o olhar digno de um iceberg.
- Não... Não é nada demais, Sra. Lewis, estávamos apenas conversando... - Bella gaguejou.
Neal apenas a olhou com uma cara impassível, esperando que ela falasse algo mais.
- Conversando Bella? - Amanda cruza os braços continuando a olha-los duramente - Vocês fiquem cientes de que em Luxor conversas paralelas devem ser feitas na hora do almoço. Durante o trabalho é estritamente proibido - Ela frisou bem a palavra proibido. - Sobretudo, este tipo de "conversinha" íntima. Não vou tolerar abusos ou mexericos aqui dentro. Entenderam?
- Perfeitamente, Amanda. É que como esse andar é restrito apenas a presidência, eu tive um pouco mais de ousadia... Peço que me perdoe e não culpe Bella, eu que tomei essa atitude. - Neal falou a olhando.
Amanda tinha vontade de soca-lo, mas respirou fundo ao invés disso.
- Pegar a culpa para si é cavalheirismo de sua parte, Sr. Caffrey, mas não estou comovida. Sinto muito. - Ela olha para os dois agora - Vocês resolvam suas particularidades do lado de fora desta empresa ou não serei tolerante como estou sendo agora. Fui bem clara?
- Perfeitamente, Sra. Lewis. E me desculpe mais uma vez. - Bella disse, envergonhada.
- Foi clara com água, Amanda. - Neal disse sorrindo de lado ao olhar pra ela.
Amanda engole aquele sorriso dele como fel. Quanta raiva ela estava sentindo nesse momento.
- O senhor volte ao trabalho agora mesmo e você, Bella... Me traga aqueles memorandos na minha sala em uma hora. - Disse entre dentes.
- A senhora não vai tirar horário de almoço? - Bella perguntou.
- Não lhe devo satisfações, Bella. Faça o que eu mandei e pronto. - Olhou para Neal ainda na presença delas - O que o senhor ainda faz aqui? Quer companhia até o elevador?
- Me acompanharia, Sra. Lewis? - ele perguntou.
Bella olhou pra ele com uma expressão confusa, mas Neal estava olhando fixamente para Amanda naquele momento. Nem parecia que ela existia ali.
- Acredito que já é bem crescidinho para ter babá, não? - Ela responde com acidez.
- Está certa, Sra. Lewis... - ele disse se virando pra Bella e sorrindo. - Nos vemos depois, para conversarmos... Do lado de fora da empresa. - ele disse virando seu olhar para Amanda e então começou a se afastar.
Vendo que o funcionário estava cheio de liberdades não concedidas, Amanda teve uma ideia para coloca-lo em seu lugar rapidinho.
- Caffrey. - Ela chama.
- Sim, Sra. Lewis. - ele disse se virando pra ela.
- Vá a Starbucks e traga um café descafeinado, com adoçante e leite. E rápido, na minha sala. - Ordenou.
- Como? - ele perguntou franzindo o cenho. - Desculpe, Sra. Lewis, mas acho que está trocando minha função. Eu sou designer e não office boy.
Ela suspirou e devolveu o mesmo sorriso sarcástico que ele deu a ela.
- Mas eu não perguntei nada sobre isso, senhor Caffrey. Apenas vá, é uma ordem.
Neal olhou pra ela com os olhos cerrados, uma resposta bem ali, na ponta da língua para ser dita. Mas resolveu respirar fundo. Amanda estava nervosa e estava descontando nele, ela era sua chefe, e ele fora admitido na empresa há apenas dois dias atrás, portanto, não tinha muito o que contestar.
- Está certo, Sra. Lewis. - ele disse. - Agora, se me der licença, irei buscar o seu café descafeinado, com adoçante e leite.
- Ótimo, estarei esperando na minha sala. - Ela disse o vendo sair de suas vistas com cara de poucos amigos. Bella olhava confusa para a patroa - O que foi Bella? Perdeu alguma coisa?
- Nada, Sra. Lewis. - ela disse desviando o olhar.
Amanda apenas a olhou mais uma vez e então se virou, andando com pose e deixando que seu salto fizesse bastante barulho. Ela estava no poder e ia mostrar pra que aquilo servia.
Neal saiu da empresa com raiva. Onde já se viu, ter de sair pra buscar cafezinho pra chefe? Ele não tinha chegado até ali pra ser reduzido a nada!
Atravessou a rua e andou até a grande Starbucks que tinha na esquina. Depois de fazer o pedido e pagar pelo café, ficou esperando o mesmo ficar pronto. Quinze minutos depois estava atravessando a presidência. Nem se deu ao trabalho de falar com Bella, apenas passou direto e bateu na porta de Amanda.
- Entre. - ela responde.
Neal abriu a porta e entrou na sala. Andou até a mesa de Amanda e colocou o café a sua frente.
- Descafeinado, com adoçante e leite. Posso me retirar agora, Sra. Lewis? - ele perguntou
- Não. Espere... - Ela pediu provando o café - Hum, está um pouco frio, mas... - Ela torceu o lábio, voltando a atenção pra ele - Escute Neal, quando o contratei confiei na sua competência e na sua entrevista, mas não me desafie a esquecer disso, fui clara? Não repita mais o que presenciei, você tem pouco tem aqui. Não posso permitir maus exemplos, se é que me entende.
- A senhora foi bastante clara, Sra. Lewis. Como disse, não vai acontecer novamente.
- Ótimo! Então pode ir. - Ela respondeu voltando a beber seu café.
Ele apenas assentiu e se virou de costas, saindo da sala.
Amanda respirou fundo e continuou a trabalhar. Bella lhe trouxe os memorandos no tempo determinado. Amanda apenas pega os papéis das mãos dela e pede que saia da sala. O expediente encerrou as seis horas. A presidente cruza com seu funcionário no elevador, juntos vão até o estacionamento sem dizer uma palavra. Amanda entra no seu carro e Neal no dele e se vão sem o típico sorriso desejando "até amanhã".
“Capítulo 10”
Mandy esperava ansiosa no apartamento da irmã. Queria contar a loucura que foi o seu dia com o professor temperamental e a compra do seu belo carro novo. Depois de pegar um pouco de transito Amanda chega no apartamento. Entra como um vendaval e joga a bolsa com força no sofá.
- Eu sou uma grande idiota... - Resmungava com raiva. - Uma completa idiota...
- O que? - Mandy perguntou se sentando no sofá. - Amanda, sobre o que está falando?
- Sua irmã é uma besta, Mandy, apenas isso. Sabe o Caffrey? Peguei ele de conversinha com a Bella... No horário de expediente. Ai que ódio... - ela rangeu os dentes - E a tonta aqui achando que... Argh!! - Ela arrancou os sapatos dos pés e sentou do lado da irmã.
- Como assim de "conversinha"? - Mandy perguntou se virando pra ela. - Não me diga que... Que ele estava dando em cima dela?
- Estava. E quase peguei um beijo... - Amanda balança a cabeça - Eu não sei o que me deu pra sentir atração por um cara desse. Que raiva, Mandy, que raiva!
- Que... Escroto idiota! - Mandy esbravejou. - Fala sério, ontem estava bem claro que ele estava a fim de você, eu vi os olhares dele e agora ele vai dá em cima da loira sem sal que é a Bella? Ele é um ridículo, Amanda!
- Tive vontade de comer o coração dele, Mandy. Ele é tão cara de pau que ainda fez gracinha com aquele sorriso idiota quando o mandei voltar ao trabalho. Ah... Mas eu me enfezei, minha irmã! No mesmo instante mandei ele ir comprar meu café. Eu nem queria aquela droga, mas tinha certeza que isso ia afeta-lo com o currículo que ele tem.
- Você fez isso? - Mandy olhou pra ela e riu. - Não acredito, Amanda! E como ele reagiu?
- Fiz mana e devolvi o mesmo sorriso maldito. - Ela ri ao lembrar-se da cena. - Ele mudou a cara na hora, mas eu respondi que não tinha perguntado nada, eu apenas queria meu café descafeinado com adoçante e leita.. E Rápido, na minha sala.
- Uau... - ela murmurou. - Gostei de vê, mostre a ele quem manda, mana. E tem outra... Mostre a ele a mulher maravilhosa que ele perdeu.
- Mostrar quem manda eu vou mostrar com certeza, mas não sei se quero ele Mandy. O cara deu encima da minha secretária, debaixo do meu nariz... - Ela suspira - Esse Caffrey... Acho que vou acabar arrumando sarna pra me coçar.
- Ora, mesmo assim, ele ainda é gostosão... - ela disse sorrindo de lado para a irmã. - E não tem nada haver você esfregar na cara dele o quão linda você é. Lembra do que eu disse: sexo sem compromisso? - ela arqueou uma sobrancelha pra irmã.
- Eu não vou transar com ele. Ficou maluca? - Amanda arregalou os olhos.
- E por que não? - Mandy perguntou, colocando as mãos nas cinturas.
- Porque... Porque.... Ah Mandy, você imagina coisas demais irmãzinha. - Ela levantou do sofá inquieta - Você quer um suco?
- Eu não imagino nada, você que está sendo boba em se segurar perto dele. Não precisa namorar com ele, nem nada... Apenas se divirta. - Mandy disse a seguindo até a cozinha.
Amanda abriu a geladeira pegou o suco e pôs sobre o balcão. Pegou copos e serviu as duas.
- Aqui está seu suco. - ela entrega o copo a irmã - Mana, você acha que... Isso daria mesmo certo? Se eu talvez... Brincasse com ele?
- Bem... Ele é bonito, te olha como se fosse devorar você, mesmo dando em cima da Bella, como você mesma disse. Então... Eu não vejo mal nisso, apenas não se apaixone. Se vê que está gostando demais dele ao invés do sexo com ele, caia fora.
- Entendi. - Ela assentiu - Vou ver o que fazer, por enquanto só quero o meu café e algumas coisinhas. - Ela riu de lado dando um gole no suco - Hey, me conta como foi com o professor. Estou confusa até agora... Você desligou e tal.
Mandy suspirou e revirou os olhos.
- Ele é meio louco, sabe? Hoje no começo da aula ele me puxou e me pediu desculpas, dizendo que não havíamos começado bem e disse que queria uma trégua. Eu não iria dar essa trégua, mas acabei cedendo. A aula foi boa, ele me usou como exemplo, só pra você ter uma ideia da mudança. No final da aula eu recusei a carona de Meg, porque eu iria direto a concessionária e estava quase saindo da sala quando ele me ofereceu uma carona.
Mandy fez uma pausa, esperando pra vê o que Amanda tinha a dizer sobre tudo até ali.
- Ofereceu carona, o ridículo? Não acredito Mandy e você aceitou porque? Você estava soltando fogo pelo nariz..
- Eu aceitei porque ele estava sendo legal, estava me chamando de princesinha sem ironia e eu estava afim de tirar aquela animosidade entre nós dois. Vai que ele marca a minha cara e resolve me repetir no meu último ano? Deus me livre! - ela fez o sinal da cruz. - Mas, continuando... Ele me levou de moto até a concessionária, fomos conversando e lá ele me ajudou a escolher alguns carros, então ele me indicou um Saab. Eu pedi pro gerente nos deixar fazer um test-driver e então ele me levou até uma sorveteria. Ficamos conversando numa boa, ele me contou um pouco da vida dele e eu contei um pouco da minha, até que você me ligou...
Ela fez outra pausa e dessa vez Amanda apenas fez um sinal para que ela continuasse.
- Bem... Ele escutou o que você disse sobre o fato de eu ter feito um escândalo e xingá-lo. A coisa desandou e ele ficou com um bico do tamanho do mundo, voltou a ficar distante e me tratar mal! - ela disse, completamente ofendida. - Tem noção disso? Fala sério, nós estávamos em um clima tão legal e de uma hora pra outra ele ficou de mal humor!
Amanda Torce o lábio vendo que pisou na bola com o comentário do telefone.
- Nossa Mandy, eu... Sinto muito, minha irmã. - Disse sentida - Não imaginei que ele pudesse ter ouvido. Seu telefone estava no viva voz?
- Não, mas ele ouviu mesmo assim. E a culpa não foi sua, irmã, não entendo até agora porque ele ficou com tanta raiva, se eu estava o chamando de professor irritante o tempo todo, na frente dele! Tudo o que eu tenho que falar pra uma pessoa, eu falo na cara dela e você sabe disso, mas ele agiu como se eu tivesse o vangloriado na frente dele e logo depois o apunhalado pelas costas!
- Sim mana, sua sinceridade é assim mesmo. Agora eu também fiquei confusa com a reação dele. Das duas, uma. Ele é bipolar ou está gostando de você. - Amanda disse terminando o suco. - Ninguém fica estressado assim por nada. Fiz isso hoje.. - ela disse e revirou os olhos.
- Que gostando o que, Amanda! E mesmo se tiver, comigo ele não vai conseguir nada. Se não se lembra, eu tenho namorado!
- Eu sei baby, eu não estou falando pra você ficar com ele.. Só que ele pode estar gostando de você. Mamãe sempre dizia: "Quem desdenha sempre quer comprar". - Ela disse com um sorriso de lado.
- Bem... Contanto que ele não volte a me tratar mal, está tudo certo, porque, se ele voltar... Eu não respondo por mim, você sabe. - ela disse, revirando os olhos. - Vamos mudar de assunto. Depois que sai da concessionária eu fui vê uns apartamentos aqui por perto... Achei alguns muitos bons.
- Ah sério? - Amanda sorriu empolgada - E você escolheu algum?
- Eu vi três, mas gostei de um que fica mais ou menos próximo a faculdade. Ele é bom porque só tem mais um apartamento no mesmo andar, ou seja, não terei muitos vizinhos chatos, apenas um. - ela riu. - Tem duas salas, uma de estar e uma de jantar, um escritório, um lavabo e a cozinha na parte de baixo, em cima tem dois quartos e um estou pensando em fazer de sala de dança, com espelhos enormes e uma área de pole dance... O que acha?
- Vai ficar ótimo, Mandy! Já estou curiosa pra conhecer esse apartamento. - Ela sorriu - Ele já vem decorado?
- Sim, mas eu vou mudar algumas coisas... Estou pensando em chamar o Fred, você sabe se ele ainda está em Nova York? Ele fez um ótimo trabalho aqui no seu apartamento...
- Oh Fred é maravilhoso! Ele está sim, vou te passar o contato dele. Ain mana estou tão feliz por você... - Amanda sorriu - Só falta o Jack pra completar a turma.
- Verdade! - ela sorriu. - Eu estou com tanta saudade dele... Do abraço dele, dos beijos dele... - ela suspirou.
Mandy sorriu e concordou. As irmãs conversam mais um pouco e depois Amanda sai para tomar banho enquanto Mandy começa a preparar o jantar.
Na manhã seguinte elas tomam café juntas e saem para seus compromissos diários. Cada uma com seu carro. Mandy chega à faculdade indo direto pra sala de aula. Entrou na rodinha de amigas e começou a conversar. Meg falava com ela, mas ainda pensava no dia anterior. O professor estava a vontade demais com sua melhor amiga. Michael entra na sala dez minutos depois. Chama a atenção de todas e começa sua aula. Hoje ele não estava tão familiarizado com Mandy e nem a chamou de princesinha. Quando solicitou sua atenção, foi usando seu nome. No fim da aula as meninas saem e Meg vai falar com o professor. Sentia que tinha de fazer logo o que estava pensando se não ia enlouquecer. Michael atendeu prontamente. Meg começou a conversar com ele e tocava em seu braço de vez em quando. Michael sorria de lado. Mandy sabia no que aquilo ia dar, ela saia muito bem do que Meg era capaz quando queria um homem. Ela simplesmente se cansa de esperar para se despedir da amiga e vai embora com vai daquilo. E fiquei mais furiosa por causa daquele sentimento.
No trajeto para a casa da irmã, ela liga para o corretor e marca de encontra-lo verificar se a documentação do imóvel estava pronta. Ele confirma que sim e ela fica satisfeita. Em seguida liga para o decorador Fred. Ele a atendeu com sua alegria exagerada fazendo até Mandy sorrir e esquecer um pouco da raiva. Ele pediu que ela visitasse o seu escritório imediatamente, se fosse possível. Como tinha a tarde livre, Mandy concordo e foi direto pra lá.
Na empresa Amanda estava cheia de atividades. Bella, sua secretária estava bem murcha depois da bronca que levou. Apenas falava o necessário e respondia sempre que era solicitada. Caffrey conversou com Bella na hora do almoço. Pediu desculpas por aquela situação e disse que não traria mais problemas pra ela. Sugeriu que mantivessem o contato fora dali para a "patroinha" não se irritar de novo. Bella sorri e concorda com ele. Fazendo alguns comentários a secretária desabafa com ele. Dizia que Amanda não era má pessoa, mas que seu temperamento era muito difícil. Ela acha que é falta de homem. Caffrey ouviu aquilo e guardou pra si.
Duas semanas se passam e Neal já estava com a cabeça bem cheia. O que ele pensou que seria passageiro, se repetiu durante todos os dias. Amanda o mandava comprar seu café, seu almoço e até mesmo um copo d'água. Ele queria contestar e estava lutando para fazer isso, mas ainda estava se segurando.
Ainda, não sabia até quando seria capaz de suportar aquilo. O único lado bom de todo aquele abuso, era que a cada dia Amanda ia mais provocante para a empresa. Ele praticamente babava quando ela passava por ele, com aquele perfume doce e roupas ousadas. Houve um dia que ela foi com um vestido que era fechado na frente, mas tinha um decote quase profundo nas costas, seus cabelos estavam trançados para o lado e toda a sua pele branca como leite estava a mostra, um convite silencioso para que ele se aproximasse e passasse toda a sua boca por ali.
Ele estava enlouquecendo! Odiava o que ela o mandava fazer, mas fazia qualquer coisa para vê-la todos os dias - inclusive ligar para Bella pra ver se patroa não iria querer nada naquele dia.
Na escola a situação não mudou muito naquelas duas semanas. Mandy tinha aula todas as segundas, quartas e sextas, com Michael e durante todo esse tempo ele a estava o ignorando - principalmente depois que ela fez questão de aparecer com um Mercedes Vermelho Conversível e mostrar a ele que ela não tinha comprado o Saab.
O pior de tudo era ter que ouvir de sua amiga Meg que ela e o professor estavam mais íntimos que nunca e que sim, ela tinha ido pra cama com ele e não fora só uma vez. Mandy odiava ouvir aquelas histórias, mesmo sem saber o porque daquele sentimento todo. Durante as aulas ela fazia questão de ficar atenta e não falar com Michael. Se ele a estava ignorando, ela também faria o mesmo. Mas se ele abrisse a boca para falar qualquer coisa, também iria ouvir muito dela.
Em casa falava com Jack todos os dias pelo telefone daqui a duas semanas ele iria visitá-la. Ela estava contando os dias, além da saudade que sentia do namorado, ela queria provar a si mesma que seu mal era carência e que era por isso que ela estava se importando tanto com a vida sexualmente ativa de sua amiga e seu professor.
Capítulo 11
O dia de sua mudança chegou. Era em um dia ensolarado de sábado e ela acordou cedo junto a Amanda. Precisava está no apartamento ás nove da manhã para receber os móveis que havia comprado. Seu apartamento estava do jeito que ela sempre sonho. Cada canto decorado do jeito que ela queria. Principalmente a sala de dança, que tinha espelhos do chão ao teto, barra de balé e uma área para pole dance.
- Promete não morrer de saudades de mim? - ela perguntou para Amanda, quando terminaram de colocar a última mala em seu carro. - E que não vai passar fome e nem comprar essas comidas congeladas?
- Claro sua boba, já sinto sua falta minha irmãzinha. - ela sorriu com manha - O assunto comida é um dilema pra mim, mas vou tentar me cuidar. Prometo. - Amanda faz juramento beijando os dedos cruzados sobre a boca.
- Qualquer coisa você sabe que é só passar lá em casa que eu faço um rango pra você. - ela diz piscando. - Vamos? Quero acompanhar cada detalhe das montagens dos móveis que faltam. Fred deixou apenas meu escritório sem a montagem dos móveis, porque ele teve uma viajem de emergência...
- Oh sim, vamos lá, mas antes me deixe fazer uma ligação... - Amanda pega o celular. Mandy fica curiosa.
- Vai ligar pra quem a essa hora da manhã?
- Para o funcionário multi-uso, baby. Precisamos de uma mãozinha aqui, não é? - Ela sorri escutando os toques da chamada
- Eu não acredito! Você é louca! - Mandy riu, balançando a cabeça.
Neal escutava um barulho ao fundo, mas estava submerso ao sono. Quando o barulho ficou incômodo demais, ele se sentou na cama e pegou o celular.
- Alô? - ele perguntou com voz de sono.
Amanda coloca o telefone no viva a voz e Mandy fica atenta segurando o riso.
- Neal, bom dia, é Amanda. - Ela disse com a voz calma. - Te acordei?
- O que você acha? - ele perguntou sarcástico. - O que quer, Amanda...?
- Nossa, que humor! - Ela segura o sorriso e continua - Bom, é que minha irmã está se mudando hoje e precisamos de ajuda por aqui... Temos algumas caixas... Você sabe. Posso contar com você? - Conclui fazendo uma voz sedutora.
- O que? - ele gritou. - Está louca? Pelo amor de Deus, são sete da manhã de sábado e você quer que eu saia da minha cama para ajudar na mudança da sua irmã? Vocês são ricas, podem muito bem alugar um caminhão de mudança e eu sou pago para ser designer da sua empresa e não um burro de cargas!
- Tudo bem, não precisa ficar nervoso. Eu só achei que seria uma boa oportunidade para uma trégua, além do mais, você trabalha pra mim e nao nos conhecemos direito... - Ela diz e morde a língua vendo Mandy ficar boquiaberta.
- Nos conhecer direito comigo carregando caixas nas costas? - ele perguntou mau humorado.
- Não, me refiro a um almoço depois da mudança... Que tal? - Ela insiste já esperando uma resposta negativa.
- Porra Amanda... - ele suspira e passa as mãos pelos cabelos. - Onde é o apartamento da sua irmã? Encontro vocês em quarenta minutos.
- O apartamento fica na 42nd street. Obrigada Neal... Até mais.
- Até. - ele diz e desliga.
- "Não, vamos almoçar depois da mudança..." - Mandy imitou a voz da irmã e depois começou a rir. - Adorei ouvir isso, sério, estava me coçando pra não falar que você estava quase derretendo aqui...
- Que? Não mana, isso é pura encenação, imagina. - ela dá os ombros - Sou digna de um oscar, é que ainda descobrir este meu talento. - Amanda riu - Você viu como ele está um doce? Tratamento de choque, meu bem. Sempre funciona.
- Nossa, percebe-se que ele está um doce! - ela disse rindo. - Vamos embora porque seu docinho chegará em quarenta minutos...
Amanda apenas riu e entrou no carro com a irmã. Vinte minutos depois estavam em frente ao prédio de luxo. O porteiro pediu para que os seguranças as ajudassem a subir com as malas.
- Hei... Veja se gosta... - Mandy disse para a irmã, abrindo a porta do apartamento.
Amanda entrou e olhou em volta, vendo a sala decorada com marrom claro e branco.
- Uau Mandy ficou perfeito! - Amanda diz olhando cada detalhe da sala - Fred se supera a cada trabalho. Acho que vou reformar o apartamento de novo. - ela brinca.
- E eu acho que Fred vai adorar reformar tudo de novo... - ela disse, ouvindo o interfone tocar. Ao atender, ela ouviu o porteiro e sorriu. - Claro, pode deixá-lo subir. - ela desligou e se virou para Amanda. - Caffrey está subindo. Ele é pontual!
- Sério? - Amanda responde sem conter o sorriso. - Nossa, ele é mesmo.
- Abra a porta, eu vou lá em cima... Não estrangule ele! Quer dizer... Não aqui n meu apartamento! - ela sorriu e piscou, indo em direção as escadas
- Pode deixar, não vou manchar seu lindo tapete de sangue. - Ela riu vendo a irmã subir.
Amanda respira fundo e logo escuta a campainha tocar. Ela segue até a porta, abre-a.
- Bom dia Neal...
- Bom dia, Amanda. - ele sorri de lado e a olha de cima a baixo.
- Entre, por favor. - Ela diz dando passagem. - Obrigada por vir.
Neal entrou e olhou tudo ao redor.
- Tem certeza que há algo pra fazer aqui? O apartamento está todo mobiliado. - ele disse se virando pra ela. - E onde está Mandy?
- Mandy está arrumando o quarto dela. Oh tem algumas caixa um pouco pesadas pra nós, mulheres. São pertences da cozinha e caixas com livros. Estão no cômodo aqui ao lado... Vem comigo... - Ela disse seguindo para o escritório. - Aqui é o único lugar que ainda falta decorar, por isso acho que vamos ficar mais na cozinha.
- Entendo... - ele diz entrando no escritório com ela, que esava repleto de caixas
Amanda andou em direção a uma das caixas e se abaixou empinando o bumbum sem perceber. Ela mexia em alguma coisa lá dentro, mas Neal se perdeu na visão das costas e da bunda dela. Aquilo era excitante! Engolindo em seco ele se aproximou dela sem que ela percebesse e de repente Amanda se levantou, suas costas batendo no peitoral de Neal.
- Opa! - Neal sorriu e pousou as mãos na cintura dela. - Acho que isso foi um movimento errado... Ou certo, talvez.
Muito sem graça Amanda engoliu em seco.
- Desculpa, eu não vi que você estava.. Tão perto...
- Ah baby, não se preocupe... - ele sorriu de lado e aproximou a boca do ouvido dela. - Sabe o que eu tenho vontade de fazer agora?
Ela sentiu a barriga dar um nó e tentou não demonstrar emoções.
- O que? - Respondeu ela.
Neal desceu no nariz pelo pescoço de Amanda e plantou vários beijos enquanto voltava a sua orelha.
- Beijar você... - ele sussurrou e logo depois sugou o lóbulo de sua orelha.
Amanda sente o rosto aquecer.
- Neal... Temos que... Arrumar essas coisas na cozinha. - Ela disse tirando lentamente as mãos dele de sua cintura
Neal suspira e se afasta dela, relutante.
- Certo... Por onde começamos? - perguntou.
- Cozinha. - Ela respondeu se compondo e fazendo um coque no cabelo.
- Então, vamos pra cozinha! - ele disse pegando a caixa que estava mexendo.
Amanda assenti e juntos vão pra cozinha, começar a organizar as coisas no armário. Enquanto conversavam amenidades, iam colocando talheres e copos em seus lugares.
- Hei! - Mandy chamou, aparecendo na cozinha. - Como vai, Neal? - perguntou se aproximando dele.
- Estou bem, Mandy... E você, como vai? - ele perguntou, apertando a mão dela.
- Ótima... Amanda te fez acordar cedo em pleno sábado? - ela sorriu se afastando e começando a ajudá-los.
- Sim... Estou começando a achar que ela que não consegue mais passar um dia sem me mandar fazer alguma coisa... Ou sem está na presença. - ele sorriu de lado.
Amanda dá risada e continua arrumando as taças na cristaleira.
- Tem gente que se acha. - ela murmura.
- Baby... Estou apenas falando a verdade aqui! - ele riu. - Se não fosse isso, pra que me ligaria as sete da manhã?
- Acho que ele tem razão... - Mandy murmura.
- Viu, até sua irmãzinha concorda.
- Pois é, minha irmãzinha é um anjo. - Diz rindo irônica - Ele ligaria sim, quem mais traria me delicioso café descafeinado. - Sorriu forçado pra ele.
- Oh, baby... Eu sei que sou o único que traz o seu café no ponto certo. Sabe, Mandy, todos os dias eu chego na empresa e vou direto a Starbucks, comprar um delicioso café descafeinado, com adoçante e e leite pra minha querida chefe. Que mais tarde com certeza me mandará comprar seu almoço...
- Falando assim pareço pior que a madrasta da branca de neve. - Amanda comenta ouvindo ele falar.
- Oh baby... Não é não. Você é mais bonita do que ela. - ele disse.
- Eu amo essa troca de elogios entre vocês. É maravilhosa essa interação chefe/funcionário, que vocês mantém... Na empresa deve ser muito saudável. - Mandy comenta
- Você não imagina o quanto, querida! Mas vai ter uma hora que eu vou mostrar a sua irmã como é que se joga esse joguinho de gato e rato... - Neal disse.
Parando imediatamente o que estava fazendo ela olhou pra ele pousando a mão na cintura.
- Gato e rato? Agora sim estou conhecendo quem é Neal Caffrey....
- Vou encarar isso como um elogio... - Neal ri.
As horas passam depressa e logo os montadores terminam de decorar o escritório de Mandy. Ela prepara um almoço rápido para os três, que durante toda a refeição continuaram a se provocar. Isso arrancava boas risadas de Mandy, adorava alfinetar ainda o "casal".
Ás três horas Neal vai embora e ao se despedir de Amanda ele a abraça e beija seu pescoço discretamente, enquanto sussurra em seu ouvido que estava ansioso para que a segunda-feira chegasse. Amanda percebeu naquele momento que nada mais seria como antes e que agora Neal estava realmente entrando no jogo dela.
Capítulo 12
Quando se veem sozinhas, Mandy se joga no sofá e sorri.
- Sabe, eu gosto dele! Ele tem o humor sórdido que só nós sabemos como lidar... - ela diz, olhando pra irmã
- Sim, ele tem malandragem e isso me assusta. - Ela sorri. - Pensei que ele não ficaria aqui cinco minutos, mas me enganei.
Amanda morde o lábio e relembrar o momento que tivesse no escritório e ri sozinha causando curiosidade em Mandy.
- Você está me escondendo alguma coisa... Pode falando agora, Amanda Lewis!
- Neal... Quase me beijou.. No seu escritório... - ela murmura a notícia.
- O que? - Mandy disse em quase um grito. - Não creio.. E como assim "quase beijou"? Por que não beijou logo de vez?
- Mandy! - Ela disse quase aguda - Eu estou na sua casa ajudando na mudança, como vou ficar de agarramentos? .... E com ele?
- Era só um beijo, sua medrosa... - ela riu e tacou uma almofada na irmã. - Mas pelo o que eu pude perceber, ele ainda quer esse beijo... Se prepare na segunda-feira.
Amanda fica sem graça e continua.
- Sei e estou pensando nisso. Na verdade, foi quase um acidente. Eu fui mexer numa caixa e quanto levantei bati minhas costas no peito dele... Ele segurou minha cintura e falou que queria me beijar e disse isso bem no meu ouvido, Mandy... - Ela fica vermelha. - Eu não sabia o que fazer.
- Tinha que ter falado "então me beijei". Foi assim que tudo entre Jack e eu começou... - Mandy disse, se lembrando de seu passado com o namorado.
- Ai Mandy, mas você e Jack são diferentes, foram feitos um pro outro. Eu e o Neal, sei lá... Não consigo ver um futuro, sinceramente. E ainda tem que ele é nosso funcionário. - Ela suspira.
- Bem, eu não vou ficar repetindo o meu discurso pra sempre, então, essa é a última vez: viva o momento, Amanda. Não se liga no futuro, se não você vai acabar ficando sozinha. Deixa as coisas acontecerem
Amanda sabia que sua irmã estava certa, mas tinha medo de se envolver profundamente. Ela havia feito isso com Thomas e se arrependeu profundamente. Não queria mais sofrer, mas talvez se aventurar num romance sem compromisso era o que estava precisando. Sua vida era certinha demais. Um sorriso leve nos lábios ela abriu.
- Tudo bem senhorita, você venceu pela persistência. Vou "me jogar" nessa aventura. Como você diz.
- Até que enfim! - Mandy riu, levantando as mãos para o céu.
Uma semana após a mudança, Mandy estava muito a vontade no novo apartamento. Amanda ia lá sempre que podia e contava as novidades sobre a pé andava seu romance com o designer bonitão. Eles agora até almoçavam juntos quando dava, porém o beijo não havia rolado. Mandy reclama com a irmã por enrolar assim, mas Amanda diz que tudo isso faz parte de seus planos. Mandy ri e diz que a irmã está saindo melhor que a encomenda.
Na quinta feira daquela mesma semana, a caçula recebe uma mensagem do namorado em seu celular dizendo o seguinte: "Não aguento mais de saudades de você, amor. Quero te ter em meus braços. Falta pouco, minha baixinha... Muito pouco pra isso acontecer. Te amo demais. Até breve, minha vida." A mensagem deixa Mandy toda boba e sorridente. Ela também não via a hora de encontra-lo e matar toda a saudade que sentia. Ela desliga o celular e termina sua compras. Pega o carro no estacionamento e sai do shopping cheia de ideia para quando o namorado chegasse na semana que vem, como tinha prometido. O resto da tarde passa depressa. Mandy escuta o celular tocando novamente, outra mensagem.
"Está chegando a hora meu anjo... Quanta ansiedade! E você como está? Já posso sentir o gosto do seu beijo... E o seu corpo quente no meu... Quanta saudade!"
Mandy leu sentindo o corpo aquecer. Ela sorri e responde a mensagem dele também usando palavras quentes para se expressar. Ele responde de volta apenas com sorriso e um "Te vejo em breve". Ela riu o achando muito misterioso. Deve ser a carência que está enlouquecendo esses dois amantes. Deixando o celular sobre a mesinha de centro foi fazer o jantar. Preparou legumes cozidos e um filé de frango grelhado. Uma delicia aos olhos e o paladar. Ela janta e depois liga para Amanda. Queria saber se a irmã havia desempacado aquele beijo. As duas falam por uma hora e dão boas risadas. O beijo? Nada ainda. O interfone do apartamento toca e Mandy pede licença a Amanda e termina a conversa. Quando atendeu o porteiro diz que tinha visita pra ela, Sr. Peterson, ele disse. Mandy quase grita de felicidade e rapidamente autoriza a subida dele.
Jack pega o elevador e segue para o apartamento dela e toca a campainha. Mandy dá um pulo do sofá e corre até a porta, abrindo-a de uma vez. Ao vê-lo nem permitiu que a cumprimentasse, pulou direto sobre ele abraçando e beijando-o com força e muita saudade. Ele a segurou firme em seus braços fortes. Colocou-a em sua cintura, ainda com beijos para entrarem em casa. Quando o fôlego se fez necessário, eles se afastam um pouco.
- Quanta saudade eu estava de você, meu anjo. Eu não podia mais esperar. - Ele disse acariciando o rosto dela.
- Muito menos eu, Jack! Caramba, quase surtei quando o porteiro disse que estava la embaixo... Você quer me matar, amor? - ela perguntou o abraçando
- Te matar de susto não era minha intenção, amor, mas de outras maneiras será ótimo. - Ele sorriu lindo pra ela. - E a senhorita gostou de me ver uma semana mais cedo?
- O que você acha? Eu estava aqui contando as horas e os minutos pra te ver... - ela sorriu - Eu amei a surpresa, mas se soubesse que viria, iria fazer uma recepção melhor...
Ele a abraçou mais forte pela cintura.
- Você sabe que amo estar com você e isso já basta pra mim. Só você me importa agora, minha baixinha... Que ficou mais gostosa ainda. - Falou passando a mão no bumbum dela e apertou - O que andou aprontando sem mim, hum? - Deu um tapinha leve ali.
Ela sorriu e mordeu o lábio.
- Aprontei sim... - ela murmurou olhando pra ele. - Dancei muito pra ficar ainda mais gostosa pra você...
- Ah é? - Ele colou a boca no ouvido dela - E posso saber se a minha gostosa vai fazer uma apresentação especial pra mim? - Disse sedutor com ela em seu braços.
- Hm, vejamos... O senhor veio uma semana mais cedo... Talvez eu possa fazer alguma pra você. - ela diz piscando pra ele.
Ele sorriu de lado.
- Certo. E o podemos fazer agora?
- Bem, você sabe que eu tenho uma sala de dança la em cima.. Se quiser, podemos ir pra la e eu apresento algo a você. - ela sorriu de lado e passou os braços pelo pescoço dele. - Que tal?
Jack suspirou mordendo o lábio olhando nos belos olhos castanhos da namorada. Por impulso, a pegou no colo de uma vez.
- Onde fica essa sala? - Perguntou rouco de desejo.
Mandy mordeu o lábio para segura o riso que queria escapar de sua garganta. Seu namorado estava apressado.
- La em cima, primeira porta a direita. - ela murmurou
Jack sorrindo de lado a beijou mordendo seu lábio ao final. Se dirigiu a escada subindo degrau por degrau até chegar no corredor, e mais adiante chegando na porta da sala de dança. Mandy estica a mão para abrir a porta, eles entram. Jack fica bobo com o clima daquele ambiente. Era lindo e sexy como Mandy. Tudo ali tinha um detalhe especial só dela.
- Essa sala é linda, Mandy. - Ele disse pondo ela no chão - Embora eu não goste dessa coisa de dança, devo admitir que esse lugar ficou ótimo.
- Não gosta que eu faça faculdade de dança, mas adora que eu dance pra você... - ela disse sorrindo de lado pra ele. - Você é o ser mais contraditório que eu já vi, amor.
- Fazer o que, minha baixinha, eu sou assim. - Ele deu os ombros - E tem razão, eu adoro muito ver você dançar pra mim e estou ansioso para vê-la começar. - Sorriu.
- É mesmo? - ela perguntou, vendo-o assentir. - Então... Sente-se aqui, por favor. - ela disse o empurrando levemente para se sentar em uma cadeira.
Jack senta e suspira.
- Te amo, amor.. - Ele diz
- Eu também te amo, querido... - ela disse se afastando dele.
Mandy foi até a aparelhagem de luz e deixou a sala as escuras, deixando apenas um refletor iluminando o meio da sala. Colocou seu iPod na aparelhagem de som e colocou uma música sexy. Arrastou uma cadeira até o meio iluminado e a colocou ali, virando-se para Jack e começando a dançar.
Quando a música começou a tocar, Manduy começou a coreografia sensual, dançando para seu namorado.
Jack começou a observa-la atentamente. Cada movimento era registrado por seu olhar clínico e desejoso. Mandy interagia com ele através do olhar e a coreografia sensual que realizava. Ele sabia o que ela era boa nisso, e por esse motivo não queria vê-la dançar diante dos outros. Queria que fosse toda sua, apenas. Era impossível não se excitar ao vê-la mexer lentamente seu lindo quadril, rebolando e rebolando. Seu sangue começa a ferver nas veias. Era gostosa demais e ele a queria logo. Não aguentando o calor tirou a jaqueta e escorregou sentando mais relaxado com as pernas abertas.
Balançava a cabeça e passa a mão sobre o queixo tenso de tesão. Ele aguentaria muito tempo assim. Quando percebeu que a música estava terminando levantou indo até ela. A pegou possessivamente pela cintura e encostou suas costas no poste de pole dance. Cheirou seu pescoço e soltou uma respiração quente e rouca aquecendo a pele.
- Você ainda vai me enlouquecer, baixinha.. - Gemeu.
- Isso quer dizer que você gostou? - ela sussurrou no ouvido dele.
- Demais. Por isso falo pra você que não concordo em vê-la dançar por aí... - Beijou o pescoço dela e deu mordidas leves - Quero você assim só pra mim, Mandy, só minha.
Ela sorriu e mordeu o lóbulo da orelha dele, passando as mãos pelas suas costas.
- Eu sou só sua, meu amor... Faça de mim o que quiser.
- Então me diz onde é o seu quarto... - Disse pra ela.
- No fim do corredor. - Ela responde sem tirar os olhos dele.
- Perfeito!. - Ele diz pegando a mão dela.
Juntos saíram da sala direto para o quarto dela. Quando adentram Jack não pensou duas vezes por tomar o corpo a namorada. Começou a beija-la com vontade despindo-a peça por peça. Mandy faz o mesmo com ele. Logo as roupas estão no chão e os dois na cama. Jack aprofunda o beijo sentindo o doce sabor dos lábios dela. Desceu pelo corpo provando cada pedacinho dela. Estava ansioso e cheio de saudades. Não hesitou em dar o seu melhor nessa noite tão especial. A enlouqueceu com beijos molhados e carinhos na sua intimidade. Ela implora por ele. Jack estava visivelmente pronto pra ela. Deitou com costas no colchão e puxou Mandy para cima dele.
- Quero você aqui, amor... - Disse esfregando seu membro nela.
Ela não o responde com palavras, mas o beijo foi a melhor resposta de todas. Sem perder tempo, ele tomou posse da cintura dela com as duas mãos colocou-a sobre si invadindo lentamente no início. Quando estava todo nela se moveu para frente. Mandy o acompanhava. Ele fixa seus olhos nos dela e continua, mais e mais fundo. Ela geme tão lindo o deixando mais rígido. O ritmo do casal acelera. Jack puxa a namorada para beija-la e ir além. Agora que geme rouco é o empresário. Dando investidas profundas se entregava sentindo ela o apertar.
- Oh Mandy.... Eu te amo, amor... - Ele gemeu rouco as palavras.
- Eu também te amo, Jack... Mais! - ela grita, se movimentando nele.
Ele aumenta a fazendo gritar mais alto.
- Isso meu amor... Grita pra mim, grita... - Pediu, ele.
- Ah... Jack! - ela gemeu alto, arranhando o peito dele.
- Oh meu amor.... Eu te amo... - Ele grita alto sentindo que estava quase lá.
- Você o que? - ela perguntou, desacelerando o ritmo de seu quadril e olhando pra ele.
- Eu te amo, minha gostosa....Continua, por favor. - Implorou.
Mandy sorriu e pegou a mão dele, a levando até sua intimidade, em cima de clitóris.
- Então me ajuda, amor... - ela disse, começando a se mover em cima dele. - Oh Jack, eu amo você!
- Com todo prazer... - Ele diz massageando ela enquanto a invadia. - Te amo mais, gostosa.... Minha gostosa.
Os dois trocam carinhos e gemidos altos. Não demorou muito para se entregarem ao prazer total num único grito de prazer. Jack acolhe o corpo trêmulo da namorada sobre ele. Suas pernas estavam frágeis também, então ele puxa o queixo dela, dá um beijo suave em seus lábios e deita a cabeça da moça em seu peito.
- Isso foi... Uau! - Mandy suspirou, sorrindo. - Estava mesmo com saudades de mim, Sr. Peterson.
Ele sorriu de volta.
- Eu vivo sem você, senhorita Lewis. Já disse isso, amor. Você é minha e não vejo a hora que de tê-la pra sempre. Te amo tanto.. - ela alisou o cabelo até chegar ao rosto.
- Eu também te amo muito, baby... - ela disse puxando o rosto dele para beijá-lo. - Você gostou do pouco que viu do meu apartamento? Quer dizer, se é que prestou atenção em outra coisa que não tenha sido eu e meu corpo... - ela disse, rindo.
- Gostei sim amor, depois você me leva pra fazer um tour. Mas eu já tenho um cantinho favorito aqui...
- É mesmo? E que canto seria esse?
- Promete que não vai rir?
- Claro amor. Me diz. - ela diz, olhando pra ele.
-Ok. Gostei da sala com os postes de pole dance... - Ele disse sabendo a veria rir.
Mandy olhou pra ele e riu, colocando a mão na frente da boca.
- O que? Eu não acredito que ouvi isso de Jack Peterson, o namorado mais ciumento do mundo...
- Você prometeu não rir. - Ele disse sorrindo - É, eu admito que gostei, mas só um pouco e porque tive um ótimo incentivo.
- Sei... Depois eu te dou um outro incentivo, pra você passar a adorar a minha sala...
- Vou adorar seu incentivo, amor. Pode apostar. - Ele disse sorrindo e a beijou. - Vamos tomar um banho gostoso agora?
- Só tomar banho? - ela perguntou, beijando o pescoço dele.
- O banho pode ser o começo de muita coisa, minha baixinha fogosa. - Passou a mão no bumbum dela.
- Hm... Então eu acho melhor irmos logo, algo em sua voz me diz que temos muito a fazer nesse banho... - ela sorriu, se sentando na cama. - Vamos, Jack Peterson!
Ele sorriu levantando com ela.
- Agora mesmo, Mandy Lewis.
No apartamento ao lado o dono esbravejava irritado.
- Eu não acredito nisso! Agora vou ser obrigado a ouvir vizinho depravado gritando. Era só isso que me faltava! - Ele disse saindo do quarto.
Caminhou até a cozinha resmungando. Abriu a geladeira e pegou água gelada. Abriu a garrafa e virou na garganta sentido o líquido estupidamente gelado descer pela garganta. Um pouco escore por sua boca e ele limpa com as costas da mão.
- E que gritaria foi aquela da garota? Rum. Tudo bem que... Dá o maior tesão ouvir mulher gemendo, mas porra! Era melhor se fosse eu com uma gatinha e não os outros. - Ele disse indo por o copo na pia - Ah, mas de amanhã não passa. Vou falar com o dono dessa birosca e ponto. Vou acabar com a farra dele ou não me chamo Michael Jackson! - Disse ele voltando pro quarto para tentar dormir.
Capítulo 13
A noite do casal Mandy e Jack foi maravilhosa e regada de amor. Adormeceram abraçados e satisfeitos. No dia seguinte Mandy desperta com seu grande amor ao lado. Ela sorriu feliz e beijou o rosto dele com carinho. Jack desperta lentamente com o beijo dela, mas finge que dorme. Ela continua a beija-lo bem de leve no pescoço para acorda-lo, porém do nada ele a agarrou colocando debaixo do seu corpo. Beijou-a com amor desejando bom dia com um sorriso iluminado. Mandy devolveu o sorriso e palavras doces. Namoram um pouco e ela pede para ver as horas. Seu coração deu um pulo. Era oito horas. Ela estava bem atrasada. Pulou da cama rapidamente. Jack não entende nada. Se vestindo rapidamente Mandy explica que tinha se atrasado e que tinha de ir correndo para a faculdade. Jack então levanta e veste a cueca box, diz que vai preparar algo pra ela comer no caminho enquanto se arruma. Ela o beijou agradecida.
Um pouco perdido na cozinha Jack pegou algumas coisa na geladeira e fez um lanche. Mandy desce correndo as escadas. Ele a adverte que não corresse tanto, já estava atrasada mesmo. Ela estava uma pilha de nervos, odiava se atrasar. Ele pede calma a namorada.
- Me espere aqui. Vou vestir minhas roupas e vou com você. Preciso passar no hotel e pegar minhas coisas. - Ele diz.
- Amor, não dá tempo, eu estou atrasada mesmo e é aula de uma professora super rigorosa! Balé, sabe como é... - ela chega perto dele e o beija. - Prometo te recompensar depois, ok? Te amo, príncipe.
- Tudo bem amor, então vá com cuidado. - Ele foi até ela e beijou seus lábios com carinho - Não esquece o lanche, deixei sobre o balcão da cozinha, ok? Vou cobrar a recompensa, viu baixinha? Também te amo. Agora vai lá, anda. Não quero ser culpado por mais atrasos da senhorita. - Ele sorriu de lado.
- Está certo! - ela riu e o beijou. - Até mais tarde...
- Até amor... Se cuida.
Mandy saiu correndo e foi direto para faculdade. Quando chegou na sala de ensaio, todas as meninas já estavam se alongando e depois de olhá-la com reprimenda, Sra. Jones a deixou entrar na sala. Ela se junta as meninas e começa a se exercitar, entrando no ritmo da aula rapidamente.
Na hora do intervalo, ela narra detalhadamente como foi a sua noite. Todas ali sabiam que ela e Jack eram fogo puro e estava em polvorosa para saberem sobre tudo. Meg não perdia a chance de dizer com todas as letras que o "seu professor Michael" também era maravilhoso, mas naquele momento todas já estavam enjoadas de ouvirem a sua história.
Depois da aula, ela ligou para Jack dizendo que ia dar uma passada no apartamento da irmã e depois iria direto pra casa. Ele reluta um pouco, mas quando Mandy diz que era para ajudá-la a se arrumar para um encontro. Ele ri diz pra ela ir e depois lhe contar todos os detalhes de quem seria "a vítima da vez".
Mandy ri e depois de desligar o telefone, vai direto para o apartamento da irmã.
Jack desliga o celular e ouve a campainha tocar em seguida. Estranhou por não saber que Mandy esperava por visitas. Ele segue até a porta para atender. Ao abrir a porta de cara com homem mais ou menos da idade dele com cabelos compridos em cachos. Era moreno e magro.
- Pois não? - Jack disse olhando pra ele.
- Você mora aqui? - perguntou Michael olhando aquele cara enorme na sua frente.
- Moro sim, porque? - Jack disse sem se sentir intimidado. Será que Mandy estava tendo contato com ele? Pensou em fração de segundos.
- Beleza! - Respondeu Michael - Eu sou o vizinho do apartamento ao lado. Podemos conversar?
- Claro, estou ouvindo. - Jack responde cruzando os braços com cara de poucos amigos.
Michael o olha bem e começa:
- Olha, eu nunca me meti na vida de ninguém por que odeio que façam isso comigo, porém o que aconteceu eu não podia ficar quieto. Ontem a noite eu estava tentando dormir e não consegui por conta dos barulhos que vinham daqui...
- Que barulhos? - Jack ergueu uma sobrancelha.
- Cara, eu não quero ser grosso, mas são barulhos que todo mundo sabe o que é quando escuta. Você e sua namorada podem se divertir a vontade, não ligo. Só que eu peço gentilmente que façam isso um pouco mais baixo. Cara, eu trabalho de manhã. Hoje eu tive sorte porque tirei uma folga, mas geralmente não é assim. Então, vim aqui educadamente pedir só um pouco mais de silêncio, apenas isso. Pode ser?
Jack ficou observando o cara na sua frente. Seus santo não bateu com o dele de imediato. Aquela fala dele era irritante e que diria então da sua folga em pedir que ele e Mandy fizesse amor em silencio? Que absurdo!
- Cara, o que eu faço com minha namorada cabe a nós dois, realmente. Pra começo de conversa nem foi tanto assim, mas já que está pedindo... - Ele o olha com superioridade.
Michael respirou fundo. O grandão era marrento pra burro. Deve ser outro FDP filhinho de papai. Concluiu com a mente.
- Obrigado. Eu agradeço muito se puder dormir essa e todas as noites seguintes. - Michael responde.
- Claro. Mais alguma coisa?
- Não, era isso. - Mike responde.
- Então passar bem. - Jack disse entrando de volta no apartamento.
Quando ele fechou a porta Michael revirou os olhos e bufando entrou no apartamento dele.
Mais tarde o apartamento de Amanda o clima era de expectativa. Com o closet aberto ela escolhia junto com a irmã Mandy, o melhor vestido para aquela noite especial.
- O que você acha de preto, Mandy? - Amanda pergunta passando a mão pelos modelos.
- Preto é pra velório... - Mandy disse, mexendo no closet da irmã. - Que tal vermelho?
- Fatal demais... - ela responde.
- Hm... - ela mexeu mais um pouco e acho um vestido verde esmeralda, decotado nas costas. - O que acha desse?
Amanda olha com cuidado e nega com a cabeça.
- Pensei numa coisa mais clássica mana. Algo com a minha cara, sabe...
- Entendo... - ela diz. - Poxa, Amanda, mas isso tá difícil em!
- Eu sei mana... Imagina como está minha cabeça? Me uma adolescente idiota. - Ela desabafa
Mandy ri.
- Calma, é só um jantar...
- Tem razão. É só um jantar.. Entre dois adultos... - Amanda diz não muito segura. Ela continua a mexer no closet e acha algo bom. - Acho que encontrei o que quero. Vou provar e você me diz se ficou legal, tá?
Mandy assentiu e Amanda correu para colocar o vestido. Minutos depois ela volta alisando o mesmo sobre o corpo.
- E então? Como ficou? - ela para diante da irmã e sorri. Amanda havia escolhido um modelo branco coberto por renda na mesma cor. Era lindo e justo ao corpo.
- Uau... Eu amei! Sério, mana... Caffrey não vai conseguir nem jantar, vai ficar só olhando pra você. - Mandy disse, sorrindo.
Amanda deu uma boa risada.
- Sempre exagerada, dona Mandy. Mas eu também gostei, me sinto bem nele. - Disse se olhando no espelho. - Agora só falta a maquiagem e o perfume. Ele disse que ia me ligar quando chegasse aqui.
- Então eu acho melhor andarmos logo com isso... - ela disse, indo até a mesa de maquiagens da irmã
Amanda concordou indo atrás de Mandy. Ela fez uma maquiagem leve com os olhos mais marcados. Um batom suave cobriu os lábios e se perfume com aroma de flores e frutas. No cabelo ela deixou lio=so e solto sobre os ombros. Sua marca registrada.
- Enfim, pronta! - Falou diante do espelho.
- Uau! Está linda, irmã!
- Obrigada, anjinho! Espero que ele também ache o mesmo. - Ela sorri. Se celular toca - Falando nele... - Ela sorri e atende - Oi...
- Olá, baby... Estou em frente ao seu prédio. Quer que eu suba ou você desce?
- Eu desço em dois minutos. Tudo bem? Me espere no hall.
- Okay, estou te esperando. - ele diz e desliga.
Amanda desliga sorrindo.
- Minha hora chegou. Vamos descer maninha.
- Vamos! - Mandy disse sorrindo para a irmã
Cada uma pega sua bolsa. Elas saem o apartamento direto para o Hall do prédio. Neal estava de pé perto de uma pilastra. Amanda respira fundo ao vê-lo de longe. Mandy ri balançando a cabeça. Neal estava casual, lindo e sem terno. Na mente Amanda já aprovava o estilo escolhido por ele. Quando estão frente a frente ela sorriu pra ele.
- Boa noite... - Diz Amanda.
- Boa noite, Amanda... - ele diz, pegando a mão dela e dando um beijo. Virando-se para Mandy, ele disse: - Como vai, Mandy?
- Muito bem, Caffrey... - ela sorri e se aproximou da irmã, dando um beijo em seu rosto. - Aproveitem a noite e cuide bem da minha irmã, Neal.
- Pode deixar. - ele disse, sorrindo de lado.
- Obrigada mana. Manda um beijo pro grandão. - Ela sorri pra irmã.
- Grandão? - Neal perguntou, olhando pras duas.
Mandy riu.
- "Grandão" é o meu namora, Neal... - ela disse, se afastando. - Tenham uma boa noite.
Quando Mandy sumiu pelo hall do prédio, Neal se virou para Amanda.
- Você está perfeita, Amanda.
- Obrigada, Neal. Você também está perfeito. Podemos ir. - ela sorriu.
Neal assentiu e a levou pela mão até o seu carro. Foram até o restaurante conversando amenidades, enquanto uma música baixa tocava na rádio. Quando chegaram ao Palace Gourmet, o maitre os levaram até a mesa que Neal havia reservado. Depois de fazerem seus pedidos, Neal começa a puxar assunto.
- Eu realmente estou curioso com uma coisa, Amanda... - ele disse, bebendo um pouco de seu vinho.
- Curioso? Com o que? - Ela pergunta calma.
- Eu não quero ser prepotente ou metido, mas o motivo de me fazer de gato e sapato na empresa foi por causa da conversa intima que eu estava tendo com Bella, ou talvez porque sentiu... Ciúmes da minha conversa intima com Bella?
- Neal... - Ela cora um pouco e continua - Desde que tomei posse da presidência preciso manter a ordem, você sabe. Aquele dia creio que me excedi mais do que gostaria. Não gosto que façam as coisas pelas minhas costas. Apenas isso.
- Hm... Isso ainda não responde minha pergunta, baby...
- E se fosse? - Ela disse arqueando a sobrancelha e deu um gole no vinho.
- Seria bem interessante, visto que me conhecia há apenas alguns dias... - ele riu de lado.
- Não se glorie por isso ainda Caffrey, temos um jantar inteiro pela frente. Sei o que está pensando com esse sorriso. - Ela disse mantendo a pose.
- Está certo, Amanda... - ele sorriu. - Então me fale mais sobre você.
- Bom, a parte empresarial você conhece bem. Na parte pessoal sou muito reservada. Tanto que pouco se ouve sobre mim por aí. Tenho uma irmã maravilhosa que você conhece. Gosto de ler, ouvir jazz, blues... Um pouco de rock alternativo e adoro a Amy Winehouse. - Ela sorriu - Sério, adoro essa mulher. Enfim, sou uma nerd descolada. - Falou divertida. E você, o que tem pra mim?
- Nada demais. Eu sou de Los Angeles, meu trabalhava para uma concessionária de automóveis e minha mãe era dona de casa. Eles sempre batalharam muito para que eu tivesse uma educação de qualidade, entende? Tudo que sou eu devo a eles. - ele disse. - Tenho certeza que eles têm orgulho de mim, de onde estiverem.
- Eu também devo tudo que sei a meus pais. Principalmente a minha mãe. Ela é minha heroína. Já fazem dois anos e... Sempre sinto falta dela. - Amanda disse com um suspiro leve.
- Eu sei como é, baby... - ele posou a mão sobre a dela, em cima da mesa. - Mas de onde eles estiverem, estão olhando por nós.
- Com certeza, também penso assim. - Assentiu sorrindo.
Neal sorriu de lado e começou a passar a ponta dos dedos pela mão dela, até chegar em seu pulso.
- Eu não consigo acreditar que uma mulher tão linda como você esteja sozinha...
Amanda engoliu em seco, estava nervosa. Isso nunca aconteceu antes com outros, apenas com Neal.
- Também acho curioso que não tenha companhia. Quando o entrevistei tive certeza do contrario. - ela disse corando um pouco.
Neal sorriu.
- Eu sou muito seletivo com mulheres, baby... Não é qualquer uma que me atrai, e você me atrai. Muito. - ele disse, olhando pra ela.
Ela sente um salto no peito e aquelas borboletas no estômago.
- Obrigada por ser paciente comigo, sei que não sou fácil. Mandy vive dizendo que sou chata. - ela sorri.
- Paciência é uma virtude, Amanda. Costumo pensar que a espera só nos levará a um ótimo resultado. Pense nas pedras que usa em suas jóias. Demoram anos, as vezes milênios para que estejam prontas, mas no fim... A espera é recompensada. Será assim com você também. A espera irá recompensar muito, baby. Pode acreditar. - ele sorriu de lado.
- Nossa Neal.. Agora você me deixou sem jeito.. - Ela morde o lábio e suspira olhando pra ele torcendo que não repare na cor rubra em suas bochechas quentes.
Neal sorriu e o garçom chegou com seus pedidos. Começaram a comer entrando em uma conversa agradável, mas Neal sempre falava algo a mais para fazer com que Amanda suspirasse e ficasse vermelha. Quando pediram a sobremesa, Amanda já estava um pouco mais relaxada por conta do vinho e Neal começou a fazer suas investidas.
- Hm... Sorvete de baunilha... Isso me remete a muitas coisas, sabia? - ele perguntou.
- Sério? Eu sei, lembra infância não é? Esse sempre foi meu sabor favorito. - Disse solta.
Neal riu.
- Não, baby... Pelo menos a mim é algo bem longe da infância... - ele se curvou sobre a mesa e se aproximou dela. - Sabe qual é o meu maior desejo nesse momento?
- Nem posso imaginar, senhor Caffrey?
Ele passou um dedo pelo sorvete dela e levou a sua boca, lambendo sensualmente.
- Hm... Meu maior desejo nesse momento é comer esse sorvete, no seu corpo... - ele sussurrou pra ela.
O rosto dela fica vermelho. Seu coração disparou no peito. Ela respira profundamente e bebe mais vinho antes de falar.
- Bem, isso realmente não faz parte da infância. - riu corada e tomou coragem para ousar mais, como Mandy sempre dizia - Você é muito persuasivo, Neal, mas eu também sou. - Ela repete o gesto dele e pisca sorrindo.
- É mesmo? - ele perguntou. - Eu adoraria experimentar a sua persuasão, na minha cama... Somos dois adultos, Amanda, nos desejamos... Então eu realmente acho que estamos perdendo muito tempo aqui, sentados nesse restaurante.
- Hum... Pode ser, mas tome seu sorvete antes que... Derreta. Está quente aqui, sabe... - Amanda o respondeu com um sorriso lascivo
- Bem... Já disse que quero tomar em outro lugar, querida... - ele sorriu e sinalizou o garçom, pedindo a conta.
- Tudo bem, você é quem manda Sr. Caffrey. - Ela sorri terminando seu vinho.
Capítulo 14
Após pagar a conta, Neal e Amanda saíram do restaurante. No carro o clima superficial se foi e Neal a todo momento passava a mão pela coxa de Amanda enquanto dirigia. Quando chegaram ao seu prédio, Neal estacionou em sua vaga e abriu a porta para Amanda, dirigindo-se ao elevador.
Apertou o número de seu andar e olhou para Amanda com um sorriso no canto dos lábios, se aproximando dela até que ela estivesse encostada na parede do elevador.
- Você se importaria se eu a beijasse aqui dentro, Sra. Lewis? - perguntou beijando seu pescoço.
- Nem um pouco Sr. Caffrey. Acho que já esperamos demais por isso, não? - ela autoriza.
- Concordo plenamente, baby...
Neal sorriu e subiu seus lábios, passando pelo pescoço, queixo, até chegar a boca de Amanda. Mordeu seu lábio inferior de forma sexy e a puxou para si pela cintura, dando-lhe um beijo de tirar o fôlego. Fez questão de sua língua passear por todos os cantos daquela boca que ele desejava a tanto tempo.
Amanda o puxou para si pelo cabelo e esfregou seu corpo no dele, sentindo a necessidade de senti-lo ainda mais. Soltou um pequeno gemido ao sentir a ereção dele se formando em sua barriga.
Apenas quando o barulho do elevador soou, Neal se afastou dela. Amanda estava vermelha e ofegante e assim que saíram do elevador, Neal não pôde deixar de comentar:
- Sinceramente, estou doido vê-la vermelha e ofegante... Abaixo de mim - sussurrou no ouvido dela, enlaçando sua cintura.
- Você me quer frágil, que sem vergonha. - ela ri.
Neal sorriu e abriu a porta de seu apartamento.
- Frágil não, baby... Quero você entregue, gozando bem gostoso abaixo de mim... E em cima de mim também.
Amanda riu passando por ele.
- Isso só depende de você... Baby. - ela o imita.
Neal mordeu o lábio e em um rompante a pegou no colo.
- Ótimo... Prepare-se para ter a melhor noite de sua vida, querida.. - ele disse, indo em direção as escadas.
Neal subiu com Amanda em seu colo e foi direto para o seu quarto. A colocou sentada na beirada de sua cama.
Neal se ajoelhou e tirou os sapatos de Amanda, correndo as mãos pelas pernas dela até chegar a barra de seu vestido. Amanda suspirou e abriu suas pernas, fazendo com que os dedos de Neal adentrasse seu vestido, quase chegando em sua calcinha.
- Eu te desejo tanto, Amanda...
- Eu sei, também desejo você, Neal..
Neal olhou pra ela e levantou seu vestido, despindo-a completamente. Amanda não usava sutiã e seus seios fez com que Neal praticamente salivasse.
- Deite-se, baby... Vou pegar minha sobremesa.
Amanda obedeceu sentindo a ansiedade lhe corroer por dentro.
Neal saiu do quarto e desceu, indo até a cozinha. Pegou um pote de sorvete de baunilha no congelador. Tirou sua camisa social e seus sapatos ali na cozinha e desabotoou sua calça jeans, logo depois subindo de volta. Amanda estava deitada olhando para a porta e quando o viu com o peitoral nu ficou difícil segurar o gemido. Principalmente por conta do enorme volume em sua calça.
Ele subiu e se ajoelhou na cama, ao lado do corpo de Amanda, mostrando o pote de sorvete a ela.
- Está vendo isso, baby? Eu disse que iria provar em seu corpo... Mas preciso de sua permissão... - ele disse, olhando pra ela. - Eu posso?
- Fique a vontade.. - ela suspira mordendo o lábio.
Neal colocou o pote de sorvete na mesinha de cabeceira e se ajoelhou no meio das pernas de Amanda. Abriu o pote e com a ponta do dedo, pegou um pouco do sorvete e colocou em seu seio, logo depois colocou no outro. Amanda se contorceu em cima da cama e Neal pegou mais um pouco do sorvete, fazendo um caminho pela sua barriga até que chegasse a calcinha.
Por último, sujou mais um pouco os seus dedos e encostou aos lábios de Amanda, sujando-os.
- Ouça bem, Amanda... Você não pode se mexer enquanto eu estiver comendo minha sobremesa, certo? Se não o sorvete vai escorregar pelo lençol e sujar tudo... E eu vou ter que colocar mais sorvete em você para continuar de onde fui interrompido... Entende? - ele perguntou, passando os dedos pelos lábios dela.
- Entendi, mas está muito gelado, Neal... - ela murmurou manhosa.
Ele sorriu.
- Vai esquentar, baby... Você vai ver.
Neal olhou pra ela e lambeu os próprios dedos sujos de sorvete. Amanda gemeu e quase se contorceu com a visão, mas parou ao se lembrar da ordem dele. Neal se aproximou dela e lambeu seus lábios sujos de sorvete, sentindo-a os entreabrir para que ele pudesse beijá-la, mas ao invés disso, ele desceu os beijos para o seu pescoço até chegar em seus seios sujos de sorvete.
O creme estava quase derretendo, algumas gotas escorriam pela barriga dela e isso fez Neal soltar um murmuro de prazer. Passou a língua ao redor de seus seio e quando chegou ao mamilo, ele sugou a sobremesa, chegando ao bico intumescido de Amanda. Ela gemeu alto e segurou firme nos lençóis da cama, impedindo o movimento que seu corpo queria fazer.
Aquilo sim era um teste de resistência.
- Que delícia você é, baby... Com sorvete ficou ainda melhor. - Neal disse, olhando pra ela.
Sem dar tempo de resposta, Neal trilhou o caminho para o outro seio e repetiu o mesmo gesto. Ele lambou e sugou até o final, ouvindo Amanda ofegar e gemer. Aquilo estava o levando a loucura também e ele não via a hora de experimentá-la lá em baixo.
Deixando seu seio, ele lambeu e trilha de sorvete que havia feito em sua barriga e chegou ao cós de sua calcinha. Olhando em seus olhos, ele pegou colocou a barra de sua calcinha na boca e a tirou com os dentes, até que estivesse fora de seu corpo. Amanda ofegou com o movimento tão habilidoso e separou as pernas para que ele pudesse ficar no meio delas.
Neal se ajoelhou e sujou seus dedos de sorvete mais uma vez.
- Agora eu quero provar a minha sobremesa no lugar mais especial do seu corpo, baby... - ele murmurou. - Você está molhada pra mim?
- Hurum... - ela assentiu obediente. - Você ainda vai me matar assim.. - Sorriu pra ele.
- De prazer, talvez... - ele sorriu e passou os dedos sujos de sorvete por toda a intmidade de Amanda, ouvindo-a gemer razoavelmente alto. - Isso é bom, baby?
- Hum... Muito... - Ofegou.
- De prazer, talvez... - ele sorriu e passou os dedos sujos de sorvete por toda a intmidade de Amanda, ouvindo-a gemer razoavelmente alto. - Isso é bom, baby?
- Hum... Muito... - Ofegou.
- Vai ficar melhor... - ele murmurou, passando a boca pela parte interior de suas coxas. - Principalmente quando minha boca tiver limpando todo esse sorvete... Eu vou comer tudo até você gozar pra mim, baby.
Amanda se apoiou em seus cotovelos e o observou beijar o interior de suas coxas até chegar em sua virilha. Com a ponta da língua, Neal fez um caminho até chegar em sua intimidade coberta pelo sorvete, que já estava começando a derreter. Ele separou os grandes lábios com a ponta dos dedos e começou a lamber desde sua entrada até chegar em seu clitóris, pegando um pouco do sorvete com a língua.
Amanda gemeu alto e se jogou na cama, sentindo Neal começar a chupá-la com vontade. Ele murmurava em sua intimidade, fazendo com que as vibrações de sua voz chegasse a seu clitóris. Ela ofegava e dessa vez não conseguiu se segurar, começou a se contorcer na cama e rebolar pra ele, sentindo-o a invadir com a língua. O sorvete já havia ido embora e agora ela podia sentir ainda mais o calor da boca dele em sua intimidade.
Neal rodeou o clitóris dela com a língua e a chupou, fazendo-a chamar por seu nome. Não houve espera e logo Amanda estava gemendo e gozando em sua boca, enquanto de contorcia inteira pela cama. Quando finalmente conseguiu se acalmar e abrir os olhos, viu que Neal estava sentado, acariciando sua barriga e sorrindo pra ela.
- Será que a senhora ainda tem fôlego pra mais? - ele perguntou, olhando para o grande volume em sua calça.
- Pra ser sincera eu não sei mais o que é ter fôlego, mas adoraria continuar. - Ela sorriu. - Acredito que tenha como me surpreender ainda mais, não tem?
Ajoelhou na cama, tirando a calça e a cueca que estava usando. Amanda suspirou ao vê-lo totalmente nu a sua frente.
Neal abriu a pequena gaveta na mesa de cabeceira e tirou o preservativo, mostrando-o a Amanda.
- Você poderia me ajudar com isso, baby? - perguntou.
- Claro. - Ela disse pegando o envelope da mão dele. Senta na cama se inclinando pra ele o beijou descendo a mão pelo peito barriga e pélvis. O tocou sentindo seu coração bater forte. Neal gemeu na boca dela e Amanda o mordeu levemente. Afastando o rosto dele prestou atenção o que tinha de fazer. Olhando pra ele rasgou o envelope e começou a vesti-lo. A mão de Amanda descia carinhosamente sobre ele. Neal tinha a boca entreaberta quase não contendo a própria rigidez. Ela termina sua tarefa o olhando docemente.
- Pronto. - Ela diz.
Neal a olhou com devoção e a beijou, deitando-a na cama e se deitando por cima dela. Acomodou-se no meio de suas pernas e antes de penetrá-la a olhou com atenção:
- Está preparada, baby?
- Sim Neal, quero você.
Ele colocou o membro na entrada da intimidade e a penetrou lentamente, entrando e entrando até que estivesse todo lá dentro. Amanda se contorceu e arranhou as costas dele assim que ele começou a se movimentar. Neal a olhou e Amanda começou a acompanhar seus movimentos com o próprio quadril.
Olhando-a nos olhos, Neal se ajoelhou e pegou as duas pernas dela, colocando seus pés em seu pescoço, começando a se mover com força. Nessa posição ele ia ainda mais fundo, alcançando-a em todos os lugares. Gemiam alto, principalmente quando Neal murmurava o quão gostoso era está dentro dela, dizendo que ficaria viciado nela.
Amanda se contorceu, sentindo todo o seu interior se apertar envolta dele. Com uma mãe livre, Neal começou a acariciar seu clitóris.
- Goza pra mim, baby... - ele pediu em um tom rouco.
Não precisou de muito mais do que aquele incentivo, para que Amanda se entregasse a ele e gozasse com força. Neal a penetrou mais algumas vezes e logo depois se libertou junto a ela, soltando suas pernas e caindo deitado em seus seios.
- Baby... Isso foi incrível. - ele disse, ofegante.
- Oh Neal... Você é maravilhoso. - Ela ofegou.
- Nós somos, baby... Juntos somos perfeitos... - ele disse, saindo dentro dela lentamente.
Neal tirou a camisinha e a descartou em um lixo ao lado da cama, se deitando e colocando Amanda em seu peito em seguida.
- Durma aqui? - ele perguntou. - Não tem problema se chegarmos mais tarde na empresa amanhã, não é?
- Não tem problema não, tenho certeza que sua chefe não vai reclamar. - Ela brinca - E vou aceitar o seu convite, a noite foi bem agitada. - Sorriu.
- Minha chefe está muito bem realizada agora.... Com certeza ela não iria reclamar... - ele riu.
- Exato, mas ela tem mais uma exigência....
- E qual seria?
- Mais um beijo como aquele do elevador... O senhor é bom em tudo que faz, eu realmente não me enganei naquela entrevista.
Neal sorriu.
- Seu desejo é uma ordem, Sra. Lewis.
Neal puxou o rosto dela para cima e começou com um beijo doce, se prolongando no meio e a deixando sem fôlego no final. Satisfeitos com a intensa noite que viveram, aninharam-se e em poucos minutos entraram em sono profundo, um abraçando o outro.
Capítulo 15
O sol nasce agradável em Manhattan. No apartamento de Neal, Amanda despertava lentamente devido a claridade que ultrapassou a persiana do quarto. Movendo-se na cama ela sentou-se sentindo sua cabeça quase explodir. Resmungando baixo passou a mão nos cabelos, sonolenta. Ela pensava estar em casa, mas ao olhar do seu lado Neal dormia profundamente. Amanda levou a mão em sua boca aberta. Estava confirmado, eles tinham dormido juntos. Respirando fundo percebeu que estava nua. Ela pensa que seria melhor levantar e assumir a situação. Não imaginou que seria tão rápido e aos poucos a noite anterior vem a tona. Enquanto pensava olhando para o horizonte Neal desperta e sorrindo pra ela a saudou:
- Bom dia, baby... - ele disse, se espreguiçando. - Dormiu bem?
- Hum? - Murmurou saindo da inércia - Oh sim, dormi bem sim. Bom dia Neal... - Ela disse tímida e pensativa.
Ele se sentou e se aproximou dela, beijando seu pescoço.
- Por que está tão quieta, hm?
- Estou pensando... - ela suspira - Penso em como será de agora em diante..
- Como assim? - ele olhou pra ela.
Amanda ajeita o lençol sobre o corpo e o olha com atenção.
- Penso em nós, Neal. Sou sua chefe e... Isso é tão novo. Nunca me envolvi com alguém da empresa... Não sei como lidar com isso, mas não se ofenda, por favor. Estou apenas, confusa. - Revelou com sinceridade.
- Eu entendo o que quer dizer, baby... Olha, com certeza é muito cedo para o relacionamento sério, então... Acho que podemos continuar saindo, dentro da empresa nada precisa muda e ninguém precisará saber de nós, se isso a deixa mais confortável. - ele disse, passando a ponta dos dedos pelo braço dela.
- Eu seria muito grata se isso acontecesse. Não quero pedir o controle das coisas. Obrigada por entender. - Ela sorriu de leve tocando a mão dele com carinho.
- Então, chefe e funcionário dentro da empresa... Amantes fora dela. - ele sorriu e a puxou para si, acomodando-a debaixo de seu corpo. - Isso é excitante, sabia?
Ela sorriu também.
- Parece que sim, mas quero saber se vai se comportar quando me ver pelos corredores, Sr. Caffrey. Não esqueça que já tem um ponto no meu caderno por mal comportamento... Levar outro seria intolerante. - Amanda diz com pose executiva.
- Eu não posso prometer nada... - ele murmurou, beijando seu pescoço e passando a mão pelo seu corpo. - Mas só irei te atacar ou me insinuar, quando estivermos sozinhos... Assim posso ir até o fim.
- Quanta prepotência! Sou uma mulher séria, não faço insinuações. Quando quero de verdade, eu digo e faço... Exatamente como farei agora - Ela diz no ouvido dele. - Quero mais de você, Neal...
- Hm... - ele saiu de cima dela e se deitou na cama. - Então venha, baby... Sou todo seu.
Amanda o olhou altivamente e logo depois o atacou, fechando a manhã com chave de ouro.
Ao chegar em casa, Mandy sentiu da porta o cheiro da carne assada que vinha do forno. Jack estava sem camisa na cozinha, preparando um jantar pra eles. Jack a mandou tomar banho, pois logo jantar seria servido. A refeição estava deliciosa, Mandy sabia que Jack tinha uma bela mão para cozinha, costumava brincar que se o negócio em Vegas desandasse, ele poderia abrir um restaurante e ficaria rico novamente.
Durante a refeição, Jack comenta sobre o vizinho abusado. Mandy escuta tudo atentamente e no final começa a rir, dizendo que o vizinho deveria ser um louco que estava com inveja, pois não tinha ninguém para poder transar com ele. Jack ri e concorda com ela, dizendo que para todos os efeitos ele era o dono do apartamento, para que o vizinho chato não lhe importunasse.
Como sempre, a noite do casal foi repleta de amor e por mais que tentassem, não conseguiram maneirar o tom de voz enquanto se amavam. Se o vizinho estivesse acordado, certamente estaria com raiva por Jack não ter cumprido com sua palavra.
Duas semanas passam rapidamente e infelizmente Jack teve de ir embora. A despedida do casal foi melancólica como sempre e Mandy voltou pra casa bastante cabisbaixa. Passou a tarde jogada no sofá e quando deu nove horas, sentiu sono suficiente para dormir. Mas foi só se deitar na cama, que ela começou a ouvir.
- Isso... Isso... Acaba comigo, cachorrão! - Gritava uma voz estridente.
Mandy sentou na cama com o cenho franzido e olhou pra parede atrás de sua cama, de onde vinha o barulho.
E os barulhos continuaram. Ela não podia acreditar, a garota era pior que uma sirene. Gritava e gemia feito louca. Uma voz masculina também foi ouvida, e urrava o tesão que estava sentindo. Mandy se irritava mais a cada grito deles. Furiosa levantou da cama e bateu na parede com força pensando em faze-los parar. Isso funciona por um momento, mais depois o casal recomeça. Aqueles dois pareciam gatos no cio. A irmã de Amanda queria mata-los, como ia conseguir levantar cedo na manhã seguinte?
Com raiva ela pega seu travesseiro, edredon e vai tentar dormir no quarto de hóspedes.
Algum tempo depois e depois de um belo urro de êxtase o casal se comporta não fazem mais um ruído. Uma pena Mandy já estar dormir, se não poderia tranquilamente voltar ao seu quarto. No outro dia, ela levanta com a cabeça pesada, toma café da manhã e um comprimido para dor de cabeça. Segue para a faculdade e encontra com as amigas por lá. As garotas se espantam com a aparência cansada dela.
- Nossa Mandy, parece que trator passou por cima de você! O que aconteceu? - Wanda comenta.
- A porra do meu vizinho ficou... Transando com com uma garota durante horas... E o pior, a parede do quarto dele é grudada na minha, então eu ouvia todos os gemidos, houve até mesmo batida da cama na parede! - ela massageou a têmpora. - Eu mereço, tive que dormir no quarto de hóspedes, porque no meu quarto era impossível!
As meninas riram com pena dela.
- Poxa Mandy, eu imagino a raiva que você ficou... Acho que eu tinha ido lá e batido na porta dele mandando parar com a putaria. Gente sem noção, affs! E você sabe o nome desse cara pelo menos?
- Não. E sabe o que estou achando? Que é vingança! No dia que Jack chegou lá em casa, nós, bem... Vocês sabem, nós transamos e no dia seguinte o infeliz foi lá falar com Jack, mandar a gente fazer menos barulho. Com certeza ele acho uma garota qualquer na rua e levou pra casa pra fazer todo o barulho possível e me impedir de dormir!
- Também acho isso aí, viu Mandy. - Denise falou - Homem é tudo sem vergonha. Não pode ver uma cachorra que fica barraca levantada. Tenho tanto ódio disso! Se eu fosse você ia fazer um B.O, esse imbecil tem que saber com quem ele está mexendo. - Disse a mais esquentada da turma.
- Se na próxima vez fizer esse barulho todo, pode ter certeza que eu vou mesmo chamar a polícia, ainda vou mandar bater na porta do apartamento dele pra acabar com o clima do casal! - ela diz, sorrindo para as amigas.
Elas sorriem e veem Meg chegando as pressas na sala. Colocou sua bolsa e foi se juntar ao grupo.
- Olá meninas, o que eu perdi? - ela diz.
- Nada demais, dona Meg atrasilda. - Falou Wanda - Sorte sua o professor não ter entrado na sala, senão você ia ficar pra fora.
- Ai meninas que exagero, nem me atrasei tanto vai... - ela disse com o sorriso largo - Ontem tive a melhor noite da minha vida, só isso. Morram de inveja. - ela se exibe.
- Sem querer ofender, Meg, mas... Toda a vez que você transa com o professor, você fala que foi a sua melhor noite... Já estamos enjoadas disso! - Mandy disse, revirando os olhos.
- Vocês estão com inveja, mas nem ligo. O que importa é que ele é gostoso e me fez gozar muito, tá? - Meg responde mexendo o pescoço e chegou perto do ouvido de Mandy - Acho que você não é mais a queridinha por aqui, amiga. - Ela pisca e vai se aquecer no outro lado da sala.
- O que? - Mandy foi até ela e parou na sua frente. - Amorzinho, me perdoe, mas tenho que te lembrar uma coisa... Eu tenho um namorado, quase noivo, que você passou a vida inteira secando. Enquanto você tem o que mesmo? Ah sim, as migalhas que o professor te da, porque se você não sabe, ele tem você pra comer, e mais meia dúzia, ou seja, você é aquela que ele pega de vez em quando, quando está enjoado das outras que ele enrola! - Mandy disse, pondo a mão na cintura.
Meg deu uma risada amarga.
- Como você é ressentida, Mandy? Você se acha a boazona em tudo, se liga garota! Quem garante que o seu "noivinho" não está debaixo de uma dançarina agora mesmo, hum? Aprende a cuidar da sua vida que o do professor, cuido eu! - Ela diz com superioridade.
- Eu sei que você adoraria que Jack estivesse me traindo, principalmente se fosse com você, não é? - Mandy sorriu. - Não perca seu tempo, amor, eu tenho confiança o suficiente pra arrumar um homem e tê-lo só pra mim, enquanto você não tem competência nem de fazer um professor ficar transando só com você. Sinto muito por isso, respeito sua dor. - ela diz, sarcástica.
Meg bufa sabendo que aquilo tinha boa parte de verdade. Ela tinha atração por Jack, mas ele nunca deu bola pra investidas dela, pois sempre amou Mandy com todas as suas forças. Já para Michael, Meg era apenas uma aventura. Nada mais que isso. Sentindo que a amizade delas havia uma rachadura profunda, ela se calou e saiu da sala pisando duro jurando nunca mais falar com a amiga a partir deste dia.
Capítulo 18
Enquanto Mandy passava apuros na faculdade, alguém muito conhecido de Amanda chega à empresa. Na verdade conhecido até demais por ela. Thomas Belford, o ex-namorado da empresária volta para uma visitinha surpresa. Recém chegado da França, o herdeiro mais rico do país está louco para saber como ela está. Queria saber se ainda tinha alguma chance com ela depois de tanto tempo. Depois de atravessar a segurança e pegar o elevador até a cobertura pediu a Bella que fosse anunciado. Em sua sala Amanda e Caffrey conversavam sobre as ideias dela para uma nova coleção. Neal estava anotando tudo para depois começar a desenhar.
Amanda recebe o aviso e gela quando escuta o nome do ex. Relutante, ela autoriza a entrada dele. Thomas se levanta do sofá da sala de espera seguindo para o escritório da presidência.
Ao abrir a porta ele desenhou um enorme sorriso nos lábios. Caminhando com elegância veio diretamente abraçar Amanda com intimidade.
- Amanda... Você está tão bonita! Se soubesse disso teria voltado antes, mon cher. Como está? - Disse olhando pra ela.
Amanda não sabia onde se esconder. Neal olhava a cena com atenção não gostando nada daquela intimidade com sua chefe/amante.
- Obrigada. Estou bem, mas... Que surpresa. - Ela disse com um sorriso sem graça e foi logo apresentando Neal a ele - Thomas, este é Neal Caffrey, nosso designer mais habilidoso...
Thomas esticou a mão para cumprimenta-lo.
- Prazer em conhecê-lo, Caffrey, sou Thomas Belford. - Ele disse somente.
- Igualmente, Belford. - Neal responde sério.
Usando de ousadia Thomas fala a Neal:
- Se importaria de nos dar licença um momento, por favor? Preciso falar a sós com sua chefe.
- Hm... Eu sinto muito, Sr. Belford, mas Amanda e eu estávamos no meio de reunião... Não é mesmo, Amanda? - Neal perguntou olhando pra ela
- Sim, é verdade. Estamos em reunião, Thomas. - Ela completa. Por dentro ela rezada para que Neal não se exaltasse por causa do ardor que via crescer nos lindos olhos azuis dele.
Thomas não gostava de ser ignorado e com certeza não desistiria tão fácil.
- Tudo bem, então volto pra pega-la no almoço. Pode ser? - ele insiste.
Amanda discretamente olha pra Neal, que tinha a cara não muito boa. Ela tenta contornar a situação.
- Eu não sei que horas vamos terminar aqui Thomas, eu...
Thomas a interrompe.
- Tudo bem gracinha, eu venho outra hora. Aliás, vou fazer melhor. Vou deixar meus contatos com sua secretária e quando for almoçar você me liga, ok? Precisamos por a conversa em dia, minha cara. - Ele despontando um sorriso de lado.
Amanda engoliu em seco vendo o maxilar de Neal fica tenso.
- Certo, depois marcamos Thomas. - ela responde, sem muita certeza.
- Perfeito! - Thomas chega perto de Amanda e a abraça forte - Foi ótimo te ver, gracinha. Espero que não demore muito a me ligar ou eu venho atrás de você. - Ele beijou o rosto dela demorado e se afastou - Até mais, gata.
- Até... Thomas. - Ela responde o vendo sorrir galanteador e sair porta a fora.
Ela senta respirando fundo retomando o que diziam antes dele chegar:
- Certo... Eu pensei em fazer em coleção para a época do natal, o que você acha? - Ela disse a Neal.
- Quem é o filho da puta? - Neal perguntou, indo direto ao ponto.
Amanda fica surpresa com o vocabulário dele. Ela até chega a franzir a testa.
- Como? - ela diz aturdida.
- Você sabe muito bem. Estou falando desse idiota que acabou de sair daqui. Quem é ele?
- Neal... - ela suspira - Não quero que fique pensando besteira. Esse cara não é ninguém, acredite. Não quero que fique assim... Fica calmo, ele já foi.
- Claro. Obviamente um "ninguém", entraria na sua sala desse jeito, com toda essa intimidade, te chamando de gata... - ele disse, revirando os olhos. - Não sou idiota, Amanda. Quem é ele? Essa é a última vez que pergunto, se não me responder, eu vou ter que descobrir sozinho. - ele diz, sério
Uau, ele estava mesmo nervoso com aquilo. Amanda respira fundo e decide contar quem Thomas Belford era realmente.
- Ele é um ex-namorado ou como disse antes, ninguém. Porque está tão preocupado? Eu não quero papo com ele. Tenho alguém muito melhor agora... - Ela sorriu pra ele.
- Se ele realmente fosse apenas um "ex", não estaria aqui dessa forma, como se estivesse bastante acostumado a fazer isso. Ele é um ex que pegava você de vez em quando, é isso? - Caffrey perguntou, tirando suas próprias conclusões
- Não, quem pensa que eu sou Neal? Saiba que não sou disso. - Amanda diz se sentindo ofendida - Thomas e eu namoramos por um tempo, há anos atrás. Antes dele me largar e sumir. Não sei o que ele faz aqui ou o que quer comigo, estou tão surpresa quanto você. - Ela disse olhando pra ele.
- Ótimo. Me perdoe se fui grosseiro, mas ele deu a entender isso... - ele se levantou e deu a volta na mesa, parando perto da cadeira dela. - Levante-se, baby.
Amanda se levantou e Neal passou a ponta dos dedos pelo rosto dela, com carinho. Beijou seu pescoço e desceu as mãos pela lateral de seu corpo até chegar à cintura, onde, com um gesto rápido, a colocou sentada em cima da mesa.
Levantou o vestido que ela usava e o enrolou na cintura, separando as pernas dela e se colocando no meio delas.
- Ouça bem, baby... Eu sei que não temos um compromisso certo, mas eu quero que saiba de uma coisa: eu sou totalmente possível. E no momento você é minha. Aquele filho da puta pode até pensar, mas não vai tocar em você. - ele passou a ponta dos dedos pela meia 3/4 que ela usava. - Só eu posso fazer isso... - ele subiu a ponta dos dedos até o meio das pernas dela, tocando em sua intimidade por cima da calcinha, circulando bem em cima de seu clitóris. - Apenas eu, certo? Totalmente possessivo.
- Ai Neal... Não faz isso. Estamos no escritório... - Murmurou fechando os olhos.
- Você ainda mão me respondeu, Amanda... - Ele afastou a calcinha dela de circundou sua entrada, penetrando-lhe com dois dedos.
- Neal... - murmurou novamente - Hum... Isso é covardia. Você sabe que eu sou sua... - Ela disse se entregando ao prazer que sentia.
- É tão bom ouvir isso, baby.. - ele moveu seus dedos dentro dela e com a mão livre, apertou o botão do telefone. - Bella, suspende todas as ligações e visitas para Amanda, por meia hora. Estamos tendo uma reunião importante.
Antes de esperá-la responder, ele tirou o dedo do botão e puxou a cabeça de Amanda para si, a beijando com força e possessão. Deixou que toda sua língua trabalhasse ali, tirando o fôlego de sua garota. Quando se afastaram, ele tirou os dedos de dentro dela e os levou até a sua boca, chupando-os.
- Você é tão deliciosa, baby... Sou completamente apaixonado por seu gosto, mas não temos muito tempo... Prometo recompensá-la em nosso próximo encontro... - ele sorriu e se aproximou do ouvido dela. - Te chuparei com tanta vontade, que você vai implorar por mais.
- Você é terrível, sabia..... - Amanda disse e mordeu o lábio.
Neal apenas sorriu e puxou sua cabeça para beijar seus lábios novamente. Com pressa, Amanda abriu sua braguilha e abaixou sua calça junto com a cueca. Neal estava pronto pra ela, como sempre.
Ele se afastou e a beijou no pescoço, puxando seu corpo para a beirada da mesa e a penetrando de uma só vez. Naquela hora os dois não pensaram em nada, apenas em satisfazer aquele desejo insano que sentiam um pelo o outro. Amanda gemeu, jogando a cabeça para trás e Neal a segurou pela cintura, começando a se mover dentro dela rapidamente.
Ele adorava vê-la daquela maneira, totalmente entregue aos seus encantos. Aumentando a velocidade das estocadas, Neal tocou em suas coxas, subindo pelas suas pernas até chegar em seu clitóris. Quando a tocou ali, Amanda se jogou em cima da mesa, deitando-se por cima de papéis e derrubando objetos. Neal estava levando-a a loucura.
- Isso, baby... Eu adoro quando geme desse jeito pra mim... - ele disse, metendo com pressa. - Porra, Amanda, você é deliciosa... Tão apertada!
- Hummm... Eu fico louca com você, Neal... Continua, isso... Isso... - Ela gemeu mordendo o lábio inferior.
Neal sorriu e se inclinou sobre ela, na mesa, metendo forte e circundando seu clitóris ao mesmo tempo. Amanda o agarrou, arranhando-o por cima do terno. Quando a sentiu apertá-lo por dentro, Neal rebolou dentro dela, fazendo um círculo completo e estocando mais uma vez, fazendo-a gozar pra ele, enquanto ele se desfazia junto a ela.
- Baby... Isso fica cada vez melhor... - Neal murmurou, se levantando e ajudando-a a se sentar. - Acho que fizemos uma pequena bagunça nos papéis da reunião... - ele riu.
- Também acho. - Ela riu se ajeitando - Será que devo fazer algo a seu respeito, Sr. Caffrey? Sinto-me assediada... - ela brinca.
- Eu aceito uma punição, Sra. Lewis... - ele disse, ajeitando o vestido dela. - Principalmente se ela acontecer na sua cama... Ou na minha... - ele sorriu de lado
Amanda riu e lhe deu um beijo rápido.
- Melhor voltarmos a trabalhar, mocinho... - Ela diz sorrindo.
Amanda e Neal conseguem terminar todo o projeto que visa a época do natal. Era começo de ano ainda, mas eles tinham que se adiantar.
************************************************
A tarde passa depressa e Mandy aproveitou para dar uma geral no escritório. Organizou documentos, papéis e pastas da faculdade. Deu um trabalhão, mas a noite ela estava livre. As palavras rodeavam seu pensamento. Tentava esquecer, mas nada funcionava. Depois do banho ela ligou para o namorado. Conversou muito, porém não disse nada sobre o que aconteceu com Michael. O casal mata um pouco da saudade e Jack promete voltar assim que puder. Desliga o telefone e continua inquieta. Pegou um filme na estante e começou a assistir. Quando o filme estava pela metade a campainha toca.
Ela dá um sobressalto no sofá. Põe a mão sobre o peito e balança a cabeça se repreendendo. Levantou do sofá e foi atender.
- Boa noite senhorita Lewis... - Diz Nilo, o porteiro.
Mandy fica alguns segundos olhando pra ele, mas logo depois cai em si.
- Ah.. Oi, senhor Nilo. O que deseja? - ela perguntou, solicita.
- Desculpa incomodar, mas é que chegou essas revistas pra senhorita... - Ele diz entregando a encomenda dela.
- Oh, sim... Eu tinha até esquecido delas... - ela sorri e pega as revistas. - Obrigada, Sr. Nilo.
- De nada, senhorita. - Ele sorri afável - Boa noite.
Mandy retribui o cumprimento vendo o porteiro sair.
Ela abre o pacote e começa a ver as revistas que tinha encomendado e nem se lembrava mais. Minutos depois a campainha toca novamente. Mandy levanta imaginando ser o porteiro. Ao abrir a porta foi invadida com o sorriso encantador e largo de Michael.
- Oi.... - Ele diz.
- Oi. - ela diz, se encostando-se ao batente da porta cruzando os braços. - Não vai me dizer que veio pedir açúcar? - soou sarcástica
Ele sorriu.
- Você não esqueceu o que eu disse, né?
- Não que seja algo importante, mas não é todo dia que uma pessoa tem o professor safado como vizinho... Então eu acho que certas coisas ficam na mente, e isso foi uma dessas coisas, infelizmente.
- Hurum, entendo. - ele segurou o sorriso - E vamos conversar aqui mesmo ou posso entrar?
- Você não quer apenas um pouco de açúcar? Pode ficar aqui que eu pego pra você. - ela diz, se preparando para entrar no apartamento.
Michael dá um passo à frente e põe a mão na porta antes dela sair.
- Espera... Eu prefiro esperar aí dentro, prometo não fazer nada. - ele diz.
Mandy respira fundo e revira os olhos.
- Entra, Jackson. Aproveite que estou sendo boazinha. - ela diz, sorrindo sem humor.
- Hoje é meu dia de sorte. - Ele sorri entrando no apartamento.
Sentou-se no só enquanto Mandy foi à cozinha. O filme estava passando e Michael começou a assisti-lo. Ele erguia a sobrancelha e ria de lado com as cenas. A princesinha não era tão inocente assim.
Minutos depois Mandy volta com a xícara de açúcar na mão.
- Pronto. - ela diz, erguendo a xícara pra ele. - Sugiro que amanhã você passe no mercado aqui embaixo e compre açúcar, professor. - ela sorri de lado.
- Claro. Vou fazer isso sim. - Ele diz - Me responde uma coisa... Você costuma ver muito esse tipo de filme? - Perguntou segurando o sorriso.
- Depende do meu humor... - ela diz, olhando pra televisão. - Por quê? Não sabia que esse tipo de filme te interessava... Homens dançando, semi-nus... Se soubesse tinha te chamado pra assistir comigo, professor. - ela diz em um inocente.
Michael franze a testa e ri.
- Não foi isso que eu quis dizer, sua maluquinha. Falei de VOCÊ gostar de strip-tease...
- AH sim... Por um momento achei que você era gay. - ela sorriu e se sentou ao lado dele. - Bem... Ninguém nunca fez um strip-tease pra mim, então... - ela deu de ombros.
Michael assentiu sentindo as ideias ferverem.
- Como se chama o filme?
- Magic... Hm.. Magic Mike. - ela diz, sabendo que ele usaria aquele nome para alguma coisa.
- Ah... Agora eu entendi tudo... - Ele ri. - Eu não sabia que podia influenciar tanto a mente feminina. - ele diz rindo
- Ah, pelo amor de Deus... O nome é apenas uma coincidência... - ela diz, revirando os olhos.
- Pode até ser, mas duvido que você não lembrou de mim. - Ele sorri.
- Por que eu me lembraria de você? - ela pergunta, cruzando os braços.
- Fora a coincidência do nome, você lembrou porque sabe que sei mexer melhor do que esses caras aí. - Ele diz cruzando os braços, a imitando.
- Sei? - ela perguntou, erguendo uma sobrancelha.
- Diz que não é verdade, que te deixei molhadinha na aula hoje. Diz? - Michael a encarou esperando resposta.
- Coisas íntimas desse jeito não tem que ser ditas, professor. - ela diz, sem querer da o braço a torcer.
- Então você ficou... Sim ou não? - Insistiu, ele.
- Por que quer saber?
- Sim ou não? - Michael se mantém firme.
- Caraca, sim! Sim, professor, eu fiquei molhada com aquilo. Satisfeito? - ela pergunta, sem paciência.
- Ótimo! O objetivo era esse. - Michael sorriu largamente.
- Por que o "objetivo" era esse?
- Porque eu precisava saber se você sentia o mesmo que eu. - Michael senta mais perto dela - Mandy, eu gosto de você e me sinto atraído. Eu não sei explicar com palavras, mas... É muito forte a química que rola entre a gente. Eu gostaria de poder te conhecer melhor, não como professor, entende... - Revelou sincero.
- Mas eu tenho namorado, Michael... - ela diz, olhando nos olhos dele.
- E... ? - ele diz.
- "E" que não pode acontecer nada entre nós. - ela fala o óbvio.
- Não estou pedindo que tenha dois namorados, só quero poder te conhecer melhor... Eu quero você, Mandy. - Ele fitou os olhos dela. - Me dá uma chance, vai?
- Você quer a mim e a várias ao mesmo tempo... Conheço muito bem homens do seu tipo, Michael! - ela diz, revirando os olhos.
- Eu não tenho mil garotas na minha cama como você pensa. Tinha uma, mas terminei e ela ficou toda nervosa de ver com você hoje. Não quero mais esse tipo, agora quero "A garota". Você é diferente, eu já disse.
- Ah sim... E por que eu acreditaria em você? Até ontem você me odiava...
- Eu nunca te odiei! A única vez que fiquei irritado foi no dia que sua irmã disse pelo telefone o que você pensava de mim. Fiquei bem chateado, não vou negar. Mas depois passou e continuei a gostar de você cada vez mais, principalmente quando batia de frente comigo. - Ele sorri. - É louco isso, mas é a verdade.
- Você ficou chateado por eu ter falado a verdade? Você foi um pé no saco no primeiro dia de aula, tem que concordar comigo... - ela sorriu. - E eu odeio ser ignorada, então falei um monte de coisas para irmã. Agora eu só mantenho a parte do "irritante". O resto eu dos elogios eu descarto. - ela piscou pra ele.
Michael assentiu com um pequeno sorriso.
- Tudo bem, eu perdoou você, dessa vez. E quanto a minha chance?
Ela volta ficar séria e suspira.
- Não tem chance, Michael. Eu namoro e, realmente, Jack não merece uma traição.
Tomando coragem Michael preferiu responder da melhor maneira que sabia. Quem sabe assim ela pensaria melhor. Ele acabou com o espaço entre eles debruçando sobre Mandy a beijando de surpresa.
Capítulo 19
Suas mãos tomaram posse daquele corpo tão bem esculpido debaixo dele. Michael a beijava forte não permitindo que a garota recuasse. Ela reluta um pouco, mas ele persiste e acaba conseguindo o que quer. Os corpos estão colados um no outro. Carícias sobem e descem pelas mãos habilidosas de Michael. Mandy segurava o cabelo dele com força o fazendo gemer em sua boca. Percebendo que ela gostava de uma pegada mais forte, ele começou a atende-la apertando sua coxa e bumbum. Em seguida deslizou para a intimidade dela, por baixo da minissaia a tomou massageando em cima do clitóris fazendo a garota se gemer baixinho. Ele afasta apenas um pouco a calcinha e toca os lábios maiores, fazendo a mesma massagem.
Colou a boca no ouvido dela dizendo rouco de desejo:
- Me deixa te mostrar o melhor de mim, princesa... Deixa, vai... - Pediu, ele.
- Michael... - ela gemeu, jogando a cabeça pra traz e mexendo os quadris. - Eu não posso ir até o fim...
- Pode sim princesa, seu corpo está pedindo e o meu também... - Sussurrou colocando um dedo dentro dela - Você está tão molhadinha... Eu preciso disso...
- Michael... Por favor... - ele geme, abrindo mais as pernas pra ele.
Esse gesto dela foi mais que uma aprovação. Ela o desejava e o queria agora. Então Michael tirou o dedo de dentro dela e falou em seu ouvido:
- Aqui ou na minha casa?
- Eu não sei... Isso realmente faz diferença? - ela pergunta, ofegante.
- Pra mim não, mas pra você vai. Podemos ir pro meu quarto, lá será melhor, princesa linda. - Ele sugeriu sorrindo
- Okay.. - ela diz, assentindo pra ele.
Os dois se levantam. Mandy não pode deixar de notar como Michael estava excitado pelo volume na calça dele. E era muita excitação. Ela disfarça ajeitando a roupa e sai com ele. Logo estão no apartamento de Michael. A decoração é linda e bem masculina. Tudo bem sóbrio.
- Seja bem vinda ao recanto do plebeu, princesa. - Ele disse rindo.
- É um recanto muito bonito, Sr. Jackson... - ela diz, sorrindo pra ele.
- Obrigado. - Ele agradece e pega na mão dela sorrindo - Agora a melhor parte...
Michael a levou pelo corredor até a escada de uns poucos degraus saindo na porta do quarto. Michael a abriu deixando Mandy entrar primeiro.
- Uau... - ela olha ao redor. - É muito bonito, professor... Foi você quem decorou?
- Sim, o próprio. - Disse orgulhoso a abraçando por trás - A cama é exclusiva, não existe no mercado. Mandei projeta-la pra ser o mais confortável possível... Gosto muito de conforto, sabe?
- Ah sim... Obviamente você a fez pensando exclusivamente no seu conforto... E das suas acompanhantes também.
- Você não perde nada hein? - Ele riu da provocação - Penso primeiro em mim. Sou dançarino profissional, tenho que ter conforto quando meu corpo inteiro dói depois de uma apresentação. O intuito verdadeiro é este.
- Claro que sim. Como não pensei nesse motivo? - ela sorriu de lado, mesmo sabendo que ele não poderia vê-la.
Michael a virou pra si.
- Bobinha, você fica linda com ciúmes.. - ele sorriu - Mas não quero perder mais tempo quando podemos fazer coisa melhor, né? - Disse tocando a cintura dela por baixo da blusinha.
- Eu não estou com ciúmes... Nem tive tempo de sentir o que está acontecendo aqui... Como vou sentir ciúmes?
- Sério? Se não sentiu ainda então temos que fazer algo a respeito, princesa. - ele diz sedutor erguendo a blusa dela até tira-la.
Vislumbrou a lingerie cor de rosa descendo até a saia. Abriu o pequeno zíper e tirou a peça. Michael começou a beijar as pernas de Mandy desde os tornozelos subindo até as coxas e inclinando um pouco para o lado encostou a boca em sua intimidade. Por cima da calcinha deu mordidas leves para excitá-la. Mandy gemeu e se pôs a tocar a cabeça dele para que continuasse. Pegando as laterais da lingerie deixou escorregar até sair pelos tornozelos.
Voltando de onde estava ele pode prova-la com mais fervor. Michael afastou um pouco as pernas dela e se pôs o meio dela para chupa-la como desejava desde do dia em que dançaram. Ele muita habilidade nos lábios e a língua. Mandy geme cada vez mais, sentindo as pernas vacilarem com as sugadas fortes que ele fazia. Ela segura os cabelos dele, Michael faz aquela carícia intensificar quando segura o quadril dela sobre ele afundando a língua ali. Mandy se contrai toda por dentro e goza intensamente.
Michael se afasta com um sorriso satisfeito nos lábios.
- Nós só estamos começando, ouviu? - Diz ele.
- Tem certeza? - ela pergunta, ofegante e sorrindo.
- Você vai ver... - Michael deu um belo sorriso a levando pra cama com um beijo de tirar o fôlego.
Entre beijos e carícias o casal se despiu. Michael sussurrava palavras quentes contra a pele de Mandy a fazendo arrepiar. Ele dizia o quanto ela era linda e o quanto a desejava. Beijando seus lábios desceu pelo pescoço, colo e parou nos seios. Os massageando Michael molhou os lábios e os mordeu contendo a excitação. Logo se pôs a beija-la ali com delicadeza. Dedicou massagem e carícias molhadas a cada um depois com a língua fez uma trilha pelo chamado "caminho da felicidade". Olhando a linda intimidade voltou seu olhar pra Mandy que ansiosa arfava de desejo. Ele sorriu de lado e cheio de ótimas intenções escorregou a mão para toca-la novamente naquele ponto. Queria que Mandy estive tão louca quanto ele. Colocou um dedo primeiro. Vendo como a garota se contorcia querendo mais, colocou outro. Ele também ofega sentindo seu membro latejar.
Quando ela começou a apertar seus dedos Michael os tirou vendo Mandy franzir a testa em reprovação. Ele sorriu indo beija-la nos lábios.
- Calma princesa, o melhor vem agora. Vem aqui comigo... - Ele disse deitando na cama puxando o corpo dela pra si.
Mandy vai pra ele como se estivesse enfeitiçada. Tomando o rosto dela com as duas mãos Michael a beijou demorado sentindo ela sentar sobre ele. O casal se beijava abduzido um pelo outro. Ele desce as mãos pela lateral do corpo dela puxando para acomodar-se nela. Entrou lento dentro dela, quando estava no fundo segurou-a pelo bumbum induzindo que rebolasse. Mandy correspondeu do jeito que ele queria. Baixinho, os dois começam a gemer.
- Assim princesa... Assim... Você está ótima. - Michael gemia.
Mandy fica mais excitada ao vê-lo tão vulnerável. Onde estava o cara tão cheio de si? Estava gemendo abaixo dela totalmente a mercê de sua vontade. Com um sorriso nos lábios ela o provocou:
- É só isso que sabe fazer, professor? - ela perguntou, movendo-se lentamente em cima dele. - Ficar quietinho me deixando fazer o trabalho todo... Sozinha?
Michael sorriu daquela provocação deliciosa.
- Estou me aquecendo, princesa. Mas se você quer podemos pular essa parte? É que achei justo permitir que você mande um pouquinho... - Soou atraente e tentador.
- Ah sim... Por que será que não acredito em você? - ela se abaixou e beijou todo o peitoral dele até chegar em seu queixo. - Pra começo de conversa, se você é professor... Acho que deve me ensinar alguma coisa diferente, não acha? - ela pergunta, lambendo o queixo dele e acelerando um pouco o movimento de seus quadris.
Michael gemeu mais com o movimento feito por Mandy. Ficaram nesse ritmo por um tempo até Michael parar de mexer induzindo que mudasse de posição.
- Agora é minha vez... E preste bem atenção porque eu não falo duas vezes, entendeu princesa? - Disse olhando pra ela.
Mandy olhou pra ele e assentiu, sorrindo de lado.
Rindo maliciosamente Michael a fez sair dele. Ele vai para perto os pés da cama e chama por ela. Mandy chega perto dela atenta.
- Quero que você deite de barriga pra baixo, na direção do espelho... - Pediu, ele.
Com ansiedade no olhar, ela obedece.
- Isso... - Ele diz - Você pode nos ver ali?
- Posso... - ela responde em um sussurro.
- Perfeito. - Assentiu passando a mão sobre o bumbum dela - Agora levanta essa delicia pra mim, olhando no espelho...
Mandy obedeceu mordendo o lábio de leve.
Michael sorriu vendo o estado de sua linda aluna. Ele beijou e fez muitos carinhos no bumbum dela. Colocou o dedo na boca para molhar e desceu traçando uma linha da nuca até o fim da coluna. Todos os poros da pele dela arrepiaram.
- Me dá um segundo, princesa... - ele pede indo até a gaveta. Tirou um preservativo e levou até a cama novamente. Vestiu seu comprimento diante espelho vendo Mandy morde o lábio com força. Ele sorri alisando o bumbum dela.
- Está pronta? - Ele diz rouco.
- Sim... - ela murmura, olhando pra ele através do espelho.
Michael sorrindo piscou pra ela se pondo de maneira adequada atrás dela. Alisou e beijou seu bumbum macio. Sua pele toda era tão macia... Era quase impossível deixar de toca-la. Escorregando o dedo para a intimidade o afundou para ver se ainda havia lubrificação. E sim, ela estava muito molhada pra ele. Então Michael trocou o dedo por seu membro latejante. Mandy suspira e geme sentido tudo entrar gostoso e lento.
- Não fecha os olhos... - Ele a repreende com um sorriso lascivo - Quero que veja o que seu professor sabe fazer.
Ela ofega voltando o olhar para o reflexo deles. Michael se manifesta novamente:
- Agora você vai saber descobrir o porquê dos gritos...
Sem esperar que Mandy respondesse, Michael se moveu dentro dela rebolando lento fazendo seu comprimento entrar e sair dela. Conforme o movimento Mandy o acompanha querendo mais. Com as duas mãos ele aperta o bumbum com força. Era tão grande e tão bom. Mandy aumenta mais um pouco o volume da voz. Rígido ele precisava de mais. Agora a segurou invadindo fundo. Ele geme junto com ela sentindo um calor absurdo lhes queimar por dentro. Mandy começa murmurar o nome de Michael, implorando, feito uma gata. Ele sabia o que sua princesa estava pedindo. Num gesto rápido a puxou pra si fazendo Mandy ficar de joelhos na cama, mas ainda sobre ele. Michael livrou o pescoço da jovem dos cabelos, segurou seu corpo com firmeza voltando a invadi-la com força, com direito a beijos e mordidas na nuca.
Ela agora entendia tudo. Entendia porque as garotas gritavam tanto, pois ela também estava na mesma situação. Durante o ato Michael sussurra o quão gostosa ela é e que nunca mais queria sair do seu corpo. Mandy implora que ele terminasse com aquela tortura deliciosa. Sorrindo ele mordeu o ombro e disse que ela teria o seu final feliz. No mesmo instante ele escorregou a mão sobre o clitóris, pressionando-o fazia movimentos circulares arrancando gemidos altos dela enquanto dava suas últimas investidas. Não demorou e Mandy chama alto o nome de Michael... Ele também chama o nome dela com devoção e juntos explodem numa onda arrasadora de prazer.
Assim que gozam seus corpos ficam pesados e pedem o conforto do colchão. Michael sai dela para se deitarem. Ofegante o casal deita frente a frente. Seus olhos estão brilhando como estrelas e um sorriso desponta nos lábios de Michael.
- Você está bem? - ele disse tocando o rosto dela com carinho.
- Estou... - ela sorri. - Muito bem, na verdade. - ela morde o lábio.
- Eu tinha certeza disso, mas só queria ouvi-la dizer. - Michael sorriu convencido.
Ela revira os olhos e ri.
- Por que você é tão metido? Fala sério...
Ele ri.
- Porque você me adora desse jeito. Sou gostoso pela confiança que tenho, gata. Aguente, se puder!
- Eu adoro? Não me lembro de ter falado que te adorava...
- Ah não? Então vamos recapitular o que ouvi agora há pouco.... - Ele ameaça brincando.
Ela ri.
- Eu realmente não me lembro, professor... - ela diz, manhosa. - Seria muito bom se recapitulássemos cada etapa... Estou sofrendo de perda de memória recente.
- Opa... - Michael sorriu largamente chegando perto dela, com a mão na cintura da jovem - Podemos começar agora, se você quiser... - Sussurrou ele.
- Seria ótimo... - ela diz, chegando perto dele e mordendo seu lábio inferior. Beijando-o logo em seguida.
O casal vira a noite repetindo a mesma loucura de minutos atrás. Quando se sentem realmente saciados, o corpo pede o tão merecido descanso e juntos, adormecem um nos braços do outro.
Capítulo 20
Mandy desperta com os primeiros raios de sol que perpassavam a cortina do quarto. Sem abrir os olhos, ela sente um braço segurando-a possessivamente pela cintura e pernas entrelaçadas as suas. Ela sorriu e acariciou o braço que a apertava, por um momento pensando ser Jack.
Apenas por um momento. Levou questão de segundos para que sua mente começasse a relembrar de cada segundo vivido há poucas horas atrás. Mandy abriu os olhos rapidamente e se deparou com Michael dormindo serenamente ao seu lado. Seu corpo reagiu instantaneamente ao vê-lo, mas seu peito se encheu de culpa. Ela fez o que mais temera: tinha traído Jack e aquilo não tinha volta. O pior de tudo é que, apesar da culpa, ela não conseguia se arrepender de tudo o que fizera. Michael a levou a loucura literalmente, o que ele havia feito com ela naquela cama, nenhum homem havia feito até então.
Ela começou a se perguntar como conseguiria seguir a sua vida agora que estava sentindo-se completamente dividida. Seria capaz de ficar com Jack depois daquela noite? Seria capaz de manter silêncio e não contar nada? Seria capaz de nunca mais ir para cama com seu professor? Ela não tinha respostas. Decidindo que seria melhor se levantar e ir pra casa, ela começou a tirar suas pernas do meio das pernas de Michael e depois, cuidadosamente, tentou tirar o braço dele de sua cintura. Ele a prendeu e resmungou, voltando a dormir. Quando tentou de novo, ele afundou o rosto em seu pescoço e disse:
- Onde a princesa pensa que vai? - Murmurou.
- Pra casa... - ela respondeu no mesmo tom.
- Não vai não, ainda está cedo... - Disse manhoso, apertando-a contra o seu corpo.
- Mas eu preciso ir, Michael... Eu preciso ficar sozinha pra pensar em tudo o que aconteceu.
Ele suspira quente no pescoço dela.
- Foi por isso eu preferi te trazer pra cá... Por causa disso que você está sentindo agora.
- Eu sei... Mas acho que eu sentiria isso independente do lugar onde nós... Hm... Fizéssemos... - ela diz, sem saber como falar aquilo.
- Amor... - ele completa olhando pra ela. Levou a mão no rosto de Mandy a acariciando - Eu sei que você está mal agora, mas... Pensa em como foi bom, hm? Ontem foi a melhor noite que já vi e só foi assim por era com você, Mandy. Você é diferente das outras... Isso me enfeitiçou, princesa e depois do que aconteceu.. Não quero mais ficar sem você. - Michael disse direto e sem meios termos. Ele era assim quando gostava de alguém.
- Não pode mais ficar sem mim? Isso quer dizer o que, Michael? Que vou ser mais uma das mulheres que você enrola?
- Para de falar isso, por favor, Mandy. Não tem mais "outras mulheres"... Eu quero só você... Apenas você. - Repetiu olhando em seus olhos. - Quando vai acreditar em mim?
- É difícil pra mim em vários sentidos, Michael. A começar por Jack. Eu namoro com ele há tanto tempo... - ela murmura desviando o olhar.
Michael puxou Mandy pra si a abraçando forte e beijou sua cabeça.
- Não fica assim, minha princesa... Eu sempre vou estar aqui, ouviu?
Mandy se acomoda no peito de Michael e suspira.
- Eu não queria magoar Jack... Ele não merece, entende? Eu não me arrependo do que fizemos... Mas eu estou me sentindo muito culpada.
- Eu sei, isso é normal. Mas tenta relaxar e não pensar nisso agora, tá? - ele beija a cabeça dela.
- Okay.... - ela murmura e olha pra ele. - Aliás, que horas são? Você tem que trabalhar e eu tenho que estudar, professor Jackson. - ela sorri de lado.
- Bem lembrado, minha aluna dedicada. - Ele sorri - Vamos tomar banho e um bom café da manhã, não quero que sem se alimentar. Sua aula será pesada hoje depois de todo esforço de ontem a noite... - Michael sorriu malicioso.
- Realmente, fizemos muito esforço. Então, eu acho melhor o senhor não abusar de mim durante a aula... Ainda estou bastante cansada...
- Fazendo corpo mole, senhorita Lewis? - ele arqueou a sobrancelha - Só por isso vou passar trabalho pra casa. - Brincou.
- E que trabalho seria esse? Achar um parceiro de dança para praticar sua modalidade? - ela o provoca.
- Nada disso. E nem vem com gracinhas, - ele riu - eu sou seu único consultor. Qualquer dúvida é só chamar. - Piscou.
- Tudo bem... - ela diz, olhando para o relógio de cabeceira dele. - São seis e meia... Acho melhor levantarmos, porque eu demoro um ano para me arrumar.
- Mulheres... - Ele murmura rindo ao levantar da cama.
- Sim, mulheres! - ela exclama, rindo pra ele.
Os dois seguem para o banheiro e apesar de todas as investidas, Mandy não faz amor com Michael no chuveiro. Ela sabia que se aquilo acontecesse, eles não terminariam nem tão cedo e ela não queria se atrasar para a faculdade. Depois do banho, eles tomam café da manhã e Mandy segue para o seu apartamento para terminar de se arrumar.
As vinte para as oito eles saem juntos do prédio e quando chegam a faculdade, cada um segue para o seu canto, sem deixar que os alunos percebessem o quão próximos eles estavam depois da noite de ontem.
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Uns três dias após rever sua tão linda ex-namorada, Thomas esperava uma ligação de retorno, ligação essa que ele pessoalmente solicitou a ela. Provavelmente Amanda ainda estaria magoada por ele ter deixado o país sem avisa-la enquanto namoravam; e poucos meses depois seu rosto estava estampado nos jornais ao lado de uma super modelo alemã. O título era garrafal que os dois tinham algo mais que amizade. Thomas pensava em tudo aquilo e não entendia porque tanto rancor se foi apenas uma aventura e nada mais. Decido a dar a volta por cima, ele dá alguns telefonemas. Duas horas depois ele já tinha o endereço e o telefone de Amanda. Sorrindo foi até sua adega particular, escolheu o melhor vinho e saiu convicto que naquela noite sua ex cairia em seus braços e suas graças.
Em seu apartamento Amanda lia alguns documentos no escritório. Burocracias da empresa, que ela chamava de "papel de gente grande" quando era criança e via sua mãe trabalhar. Ela vestia uma camisola de seda branco pérola coberto por um hobby da mesma cor. Estava um pouco tarde e o cansaço começou a bater, mas Amanda não desistia. Leria aqueles documentos e os assinaria até o fim. E assim se fez. Quando já havia desligado sua mente do mundo para dar conta do trabalho, escutou a campainha tocar. Assustou-se e logo que se recompôs vendo as horas. Era quase dez da noite. Sorriu e levantou da cadeira crente que Neal estaria do outro lado com aquele sorriso perigoso que sempre a desarmava para mais uma noite de incrível em sua visitinha surpresa.
Quando abriu a porta o sorriso que tinha se desmancha e logo franziu a testa confusa com aquele visitante inesperado.
- Thomas? - Ela disse.
- Olá, gata... - ele sorriu e mordeu o lábio inferior, olhando-a de cima a baixo. - Uau... Você está maravilhosa.
Amanda apertou o hobby contra o seu corpo tentando esconde-lo do olhar faminto do ex-namorado.
- O que faz aqui? Como conseguiu entrar? Aliás, como conseguiu meu endereço? - ela dispara séria.
- Gata, esqueceu quem eu sou? Thomas Belford, meu bem... E eu consigo exatamente tudo o que eu quero. - ele sorriu. - Não vai me convidar pra entrar?
- É... Infelizmente, sei muito bem quem é você. - ela disse o olhando com a velha mágoa no ar - Está tarde para visitas Thomas e estou trabalhando agora. Volte outra hora, no escritório, depois de marcar com minha secretária.
- Ah, princesa, não... Olha, eu vim em missão de paz. - ele diz, erguendo o vinho pra ela ver. - Vamos conversar? Quero saber tudo o que aconteceu no tempo em que estivemos afastados.
Ela cruza os braços e seu rosto fica irônico.
- Você quer saber de mim, agora? Ha ha ha... - riu sem humor - Me poupe do teatro, ok Thomas? Você nunca quis saber de mim durante todos esses anos... O que é? A Muriel te deu um pé no traseiro e você veio correndo pra ver se eu me derreto, foi?
- Não é nada disso, amor. - ele se aproximou dela e tocou em seu rosto. - A verdade é que, eu posso estar com qualquer mulher, pode ser a mais bela modelo... Você, Amanda, sempre vai ser a única que vai rodear meus pensamentos. Eu me afastei de você porque você estava querendo entrar em meu coração, eu fique assustado e fugi... Mas agora eu entendo que com certas coisas, não adianta lutar. - ele suspirou e balançou a cabeça. - Bem, eu estou aqui, no corredor do seu prédio, expondo meus sentimentos, mesmo sem você querer ouvir... Acho melhor eu ir embora, não quero atrapalhar você. - ele diz, pronto para se virar e sair dali.
- Droga, porque ele tem que fazer isso? – Amanda pensou. Suspirou já se odiando pelo que ia fazer. - Espera... - ela diz chamando a atenção dele e o viu se virar pra ela. - Você tem quinze minutos e nada mais.
Thomas assentiu e entrou no apartamento de Amanda. Ela o levou para sala e pediu para que ele se sentasse.
- Você tem taças? - ele perguntou, colocando o vinho da mesa de centro.
- Tenho, mas prefiro me manter sóbria perto de você. - Ela disse com sua acidez familiar sentando na poltrona ao lado do sofá. - Então, o que veio me dizer?
- Não digo enquanto não pegar as taças. - ele diz, encostando-se no sofá e cruzando uma perna sobre a outra. - E uma vez que estou aqui dentro do seu apartamento, gata... Nada vai me fazer sair daqui. - ele sorri
Amanda revira os olhos, e respirou fundo sabendo que aquilo era verdade. Ela levanta e vai pegar as taças na cristaleira da cozinha. Volta e as coloca sobre a mesa de centro.
- Aqui estão as taças, Thomas... Enfim, você pode continuar seu assunto.
Ele abre o vinho e coloca nas taças, dando uma para Amanda e pegando a sua, tomando um gole.
- Primeiramente... O que tem feito durante esse tempo, Amanda?
- Eu trabalhei. Minha mãe faleceu e agora trabalho mais ainda. - Ela diz curta e grossa. - E você, fez o que nesse tempo fora azarar o universo inteiro das super modelos?
- Amanda, desse jeito você me ofende! - ele diz, sorrindo de lado. - Eu viajei, tive tomar conta de algumas coisas da empresa do meu pai... Mas a verdade é que durante todo esse tempo, você não me saiu da cabeça. O que fez comigo, Amanda?
- Eu? Eu não fiz nada. - Disse alto e depois murmurou bebendo o vinho – Eu fazer alguma coisa com você... Até parece. - Voltando à atenção pra ele, disse - Seus pais como estão?
- Estão bem... Também sentem a sua falta. Viu só? Você contagia a todos, Amanda... E me enfeitiçou, completamente.
Amanda cruza a perna e suspira com um sorriso sem humor.
- Você é muito cara de pau, Thomas...
- Eu? Por quê?
- Vir aqui e se declarar todo apaixonado depois de três anos longe... Desculpa Tom, mas quem não te conhece que te compre, querido. - Ela disse dando um gole no vinho, pois estava uma delicia. O filho da mãe sabia escolher vinhos como ninguém.
Thomas sorriu e saiu da poltrona onde estava sentado, indo em direção a Amanda e sentando-se ao lado dela.
- Mas eu estou sendo sincero, Amanda... - ele disse sério, puxando o rosto dela para que se olhassem nos olhos. - Eu sinto tanto a sua falta, gata...
Amanda suspira brevemente olhando pra ele. Memórias de um passado retornam fortes junto com a imagem do presente, Neal. Ela engole em seco.
- Eu... Eu não posso Tom, não mais. - Ela diz, sentindo o coração pesar a imagem de Neal, sua escondida aventura de amor.
- Não pode o que, Amanda? - ele perguntou, passando as pontas dos dedos pela perna dela.
- Você... Nós... Eu não quero sofrer mais Tom, já superei traumas demais na minha vida. - Ela disse afastando a mão dele - Não vou passar por aquilo de novo.
Thomas chega perto dela e beija seu pescoço lentamente, subindo até chegar a sua orelha.
- Ah, gata... Eu prometo que não irá se arrepender...
Amanda só tem tempo de soltar um suspiro, antes de Thomas tomar seus lábios. Ele começou lentamente, sugando seu lábio inferior, até começar a beijá-la com vontade, colocando a mão em sua nuca e massageado seu couro cabeludo, do jeito que ele sabe que ela gosta.
Quando o ar se fez necessário, ele se afastou e desceu os lábios por seu pescoço, passando a mão por suas pernas e subindo um pouco a sua camisola.
- Diz pra mim que você não quer, Amanda... Diz... - ele sussurrou contra a pele dela
- Eu... Eu nã... - Ela tentou dizer, mas a velha chama e as memórias a impediam de ser racional agora.
- O que? Eu não escutei, Amanda... - ele sussurrou, subindo as mãos até tocar em sua intimidade por cima da calcinha.
- Tom, não.... - ela disse afastando a mão dele dali e levantando da poltrona aturdida e completamente confusa. - Acho que está na hora de você ir...
Thomas se levanta e vai atrás dela. Ao vê-lo se aproximando, Amanda dá dois passos pra trás se encosta a parede próximo a escada. É a deixa para Thomas. Ele se aproximou lentamente, olhando para ela com todo o desejo que sentia naquele momento. Quando ficou a centímetros perto do corpo de Amanda, ele a pegou pela cintura, grudando seus corpos.
- Eu sei que você quer, Amanda... E você também sabe disso... Apenas vamos esquecer o passado e pensar apenas no presente. Eu preciso de você.
Olhando pra ela mais uma vez, Thomas aproximou seus rostos e a beijou com carinho e fogo, sentindo as mãos dela irei direto para sua nuca, puxando-o para si. Ali ele já sabia que ela estava totalmente entregue a ele.
Sentindo a necessidade mais, ele desfez o laço de seu hobby e o tirou, jogando-o no chão. Passou a mão por toda a lateral do corpo dela, sentindo como a textura da mais fina seda combinava perfeitamente com aquela pele macia. Desceu os lábios pelo pescoço dela, indo até os ombros, onde desceu cada alça da camisola. A mesma desceu com facilidade pelo corpo de Amanda, indo para o chão rapidamente. Agora ela usava apenas uma calcinha de renda branca, que não cobria quase nada.
- Parece que os anos a deixou ainda mais sexy, Amanda. Porra... Eu vou ficar louco desse jeito, baby!
Ela apenas sorriu e o puxou para si, despindo-o da camisa e logo depois indo em direção a calça, onde se desfez da braguilha com dificuldade, por conta da enorme ereção de Thomas, que já fazia a calça se esticar para comportar sua excitação. Ele a puxou para si novamente, beijando-a e com um impulso rápido, colocando-a em seu colo. Amanda circundou a cintura dele com suas pernas e puxou o cabeço dele próximo a nuca, fazendo-o olhar para ela. Sem esperar mais nada, o beijou com força, colocando ali tudo o que tinha reunido dentro de si.
Thomas sorriu diante da raiva que ela colocou no beijou e foi andando em direção as escadas.
- Onde é seu quarto, gata?
- Lá em cima... À esquerda.. - Ela responde, ofegante.
Thomas seguiu a direção em que ela indicou, beijando seu pescoço. Abriu a porta do quarto e a fechou com o pé, andando em direção a cama, onde a colocou deitada. Amanda se posicionou nos travesseiros e olhou para Thomas, vendo-o se despir da calça e dos sapatos, ficando apenas de cueca boxer preta. Ela suspirou; aqueles anos sem se vê o fez ficar ainda mais bonito. Sorrindo de lado, ele subiu na cama e engatinhou, parando em seus pés. Ele beijou cada um deles, subindo pelos tornozelos e pernas, passando pelas coxas e plantando um pequeno beijo em sua intimidade, por cima da calcinha, como se dissesse que ainda voltaria ali para levá-la a loucura. Subiu pela barriga dela e chegou aos seus seios.
Ele sempre gostou deles e fazia questão de deixar isso bem claro quando faziam amor. Lambendo os lábios, ele os beijou e acariciou com as mãos. Primeiro um e depois o outro, chupando-os até estar com os mamilos arrepiados, coisa que não demorou muito. Amanda gemia e ofegava a cada vez que ele mordia, lambia e depois assoprava, vendo-a se contorcer. Aquela área específica de seu corpo era bastante sensível e Thomas sabia disso. Ele se aproveitava de cada uma de suas fraquezas.
Olhando pra ela, Thomas e virou e deitou-se sobre a cama, vendo Amanda suspirar sem entender.
- Eu quero que você tire sua calcinha e se ajoelhe aqui, amor... - ele disse, apontando o lado de sua cabeça. - Agora.
Amanda estreitou os olhos pra ele e sorriu balançando a cabeça. O safado não tinha mudado em nada. Fazendo o jogo dele Amanda desceu a calcinha bem devagar vendo os olhos dele brilhar pra ela. Ao ficar livre ela se posiciona como ele pediu.
A cabeça de Thomas agora estava no meio de suas pernas. Amanda conseguia sentir a respiração quente dele bem perto de sua intimidade.
Amanda olhou para baixo e o colocar a língua pra fora para lambê-la. O gemido que escapou de sua garganta foi alto, a partir do momento em que ele começou a chupá-la, pondo a mão em sua cintura. Ela movia os quadris de encontro a ele, esfregando-se em sua boca e sentindo o prazer tão bom que ele estava lhe proporcionando. Apoiando-se na cabeceira da cama, ela chamou por seu nome em alto e bom som quando ele segurou em seu bumbum e a puxou para baixo, penetrando-lhe a língua. Amanda rebolou pra ele e Thomas gemeu, fazendo a vibração de sua voz chegar ao clitóris dela. Foi o estopim. Amanda sentiu tudo por dentro se remoer, enquanto gozava desesperadamente pra ele.
Sentindo o corpo mole por conta do forte orgasmo, Amanda saiu da posição com a ajuda de Thomas, que a colocou deitada a seu lado. Ele sorriu ao vê-la tão vulnerável e beijou seu pescoço com lentidão.
- Isso foi bom, gata? - perguntou em seu ouvido.
- Eu te odeio... - murmurou sorrindo, ofegante.
- Isso quer dizer que foi muito bom? - ele riu
- Você sabe que sim... - Ela disse não querendo dar o braço a torcer. - Você diz que fiquei mais sexy com os anos, mas você ficou mais safado... - Ela riu de lado.
- Eu sei disso, gata... - ele murmurou, passando a ponta dos dedos pelo seu mamilo rígido. - Adoro vê-la toda louca pra mim...
Ela sorriu daquele descaramento, até sentia falta dele durante o tempo que esteve sozinha. Thomas era especial porque tinha sido “o primeiro”. Amanda consumou sua maturidade sexual com a ajuda do na época namorado. Então como esquecê-lo? Amanda agora olhava sem acreditar que o deixou entrar e muito menos estar ali.
- Você é um sem vergonha, Tom... Um sem vergonha que eu não consigo me livrar... - Ela diz tocando o rosto dele e apertou no fim da frase.
- Eu sei, gata... E você nunca vai se ver livre de mim.
Sorrindo, ele tirou a cueca e pegou um preservativo que estava no bolso de sua calça. O vestiu na frente Amanda, deixando-a ver o quanto ele estava excitado por causa dela. Amanda suspirou e o viu se sentar ao seu lado, perto da cabeceira da cama.
- Sente-se aqui, amor... - ele chamou, apontando com o olhar para o seu membro.
Como se tivessem apertado um controle de comando, Amanda se levantou e foi em direção a Thomas, acomodando-se em seu colo. Ele a segurou pela cintura e forçou seu quadril para baixo, encaixando-a em seu membro rígido. Gemeram e ofegaram quando ela começou a se movimentar sobre ele, sentindo-o pulsar dentro de si. Cada célula de seus corpos estavam em alerta, fazendo-os sentir todo o prazer que aquele ato poderia oferecer.
Pegando em sua cintura, Thomas começou a comandar os movimentos, fazendo-a subir e descer em seu colo. Ele ia fundo naquela posição e Amanda se segurou em seus ombros para pegar o ritmo, praticamente voando em seu colo. Tudo era intenso demais para os dois. Quando ele começou a alternar o ritmo de seus quadris com mais pressão, Amanda jogou a cabeça pra trás e gemeu alto, sentindo-o ir e voltar rapidamente no ponto que a deixava louca. Foi demais pra ela. Movendo-se rapidamente, ela sentiu tudo dentro de si se repuxar e contrair, enquanto sentia o orgasmo a tomar por completo. O prazer dela foi o seu prazer e Thomas rugiu alto ao gozar junto a Amanda.
Amanda caiu sobre o peito de Thomas, que a abraçou docemente.
- Isso sim foi bom, amor... - ele sorriu, ofegante
- Hurum... - Ela concorda suspirando e sentindo o perfume gostoso emanar dele.
Thomas sorriu pela preguiça dela e cuidadosamente a tirou de cima de si, colocando-a deitada na cama. Ele tirou a camisinha e a descartou no pequeno lixo que tinha ao lado da cama de Amanda e se deitou com ela, acariciando seu rosto.
- Acho que alguém está com sono... - ele murmurou, olhando pra ela.
- Culpa sua... - Ela murmura de olhos fechados pelo peso do sono.
Ele sorriu e a abraçou.
- Então eu acho melhor fazer alguém dormir... Eu vou embora quando você pegar no sono, certo? - ele disse.
Amanda apenas assente com a cabeça. Estava sem forças pra responder qualquer coisa, verbalmente.
Thomas espera até que ela comece a respirar normalmente e isso acontece alguns minutos depois. Ele dá um beijo leve em seus lábios e se levanta, vestindo a roupa. Dando mais uma olhada nela, ele sai de seu quarto lentamente e logo depois de seu apartamento.
Capítulo 21
Amanda desperta ao toque alto de seu despertador. Ainda com a mente apagada pelo sono, ela se levanta e segue para banheiro. Apenas quando se olha no espelho e nota algumas pequenas manchas vermelhas em seus seios, é que ela se lembra exatamente da noite anterior. Havia transado com Thomas, o cara que a havia abandonado a três anos atrás.
Bem... Não era um erro, né? Ou era? E não foi de todo ruim... Na verdade, não teve nada de ruim. Thomas estava muito melhor do que antigamente, isso ela tinha que admitir. Lembrou-se de Neal e sentiu o coração se retesar, mas ficou leve ao pensar que ele não saberia de nada. E também não fora uma traição de qualquer forma, visto que, como ele mesmo dizia, eles tinham um caso "sem compromisso", ou seja, não era um namoro e ela podia sim transar com quem quisesse. Foi direto para o box e tomou um banho calmo. Vestiu-se e maquiou-se, descendo logo depois e tomando um café tranquilamente. Quando viu que estava na hora, seguiu para a empresa. A manhã foi preenchida por reuniões e só na parte da tarde ela teve um descanso. Depois de almoçar, ela voltou ao escritório e foi direto para o banheiro, retocar a maquiagem e escovar os dentes.
Neal passou por Bella e lhe desejou uma boa tarde sem ser respondido. Ela não era idiota, sabia muito bem que Neal estava transando com sua chefe e aquilo a deixava irritada. Até ontem ele estava dando em cima dela, como podia trocá-la de uma hora pra outra?
Sem se importar com a falta de educação da secretária de Amanda, Neal entrou no escritório e viu a luz do banheiro acesa por debaixo da porta. Sentou-se em uma das poltronas e segundos depois ouviu batidas na porta. Sabendo que Amanda não ouviria, ele se levantou e atendeu.
- Olá, Bella... - ele sorriu de lado, mas franziu o cenho ao vê o enorme buque de rosas vermelhas e brancas que ela segurava em seus braços. - O que é isso?
- Um buquê, não está vendo? - ela respondeu, ríspida e logo depois respirou fundo. - É para Sra. Lewis.
- Hm... Certo, eu entrego a ela.
Bella entregou o buquê nas mãos de Neal e saiu andando sem ao menos pedir licença. Neal revirou os olhos; realmente ele tinha mais o que fazer para se preocupar com a secretária rebelde de sua amante. Foi até a mesa de Amanda e colocou o buquê lá em cima, vendo o cartão branco que estava entre as flores. Sem mais poder resistir, ele pegou o cartão e o abriu.
"Querida Amanda, a noite de ontem fora simplesmente incrível. Ficar ao seu lado e ter seu corpo junto ao meu depois de tanto tempo é algo que me deixa incrivelmente esperançoso por mais. Espero que possamos repetir isso por muito mais vezes, gata. Você sabe, adoro você. Beijos de um cara apaixonado e fissurado em você. Thomas Belford."
Amanda sai do banheiro ajeitando a saia lápis azul royal junto a camisa branca com laço na gola. Logo que ergueu seus olhos, eles encontraram os de Neal. Estavam em chamas e não era de desejo. Rapidamente ela percebeu o porquê quando viu as lindas flores na mesa e um cartão branco nas mãos dele. Engolindo em seco não conseguiu dizer uma única palavra, apenas observava o clima que rapidamente ia ferver.
- Olá, Amanda... Olha, flores pra você. - ele diz, sorrindo sem humor e logo depois voltando a ficar sério. - E veio com um cartão bem interessante.. Sua noite foi boa?
Amanda respira fundo. Ela tinha que enfrentar o que viria. Silenciosa foi sentar-se em sua cadeira macia de couro negro.
- Minha noite foi... bem, Neal. Obrigada por receber minhas flores e ler o meu cartão.. - ela disse, olhando pra ele.
- De nada, querida... - ele diz, olhando pra ela. - Bom saber que sua noite só foi "bem", como você diz. Isso me prova que na cama, eu sou muito melhor do que esse merdinha! - ele jogou o cartão com força em cima da mesa. - Da próxima que for pra cama com ele, me avise, assim eu posso fazer o mesmo com qualquer outra mulher. Direitos iguais, não é?
O que estava querendo dizer com direitos iguais? Será que ele já tinha outra? Amanda sentiu o sangue ferver nas veias com aquelas palavras.
- Neal, pare com isso, eu não premeditei nada! Você mesmo disse que nossa relação era "sem compromisso" e que poderíamos ficar juntos sempre que desse vontade... Agora você fica aí todo estressado? Sinceramente eu não entendo isso. - ela diz o encarando firme.
- Ontem esse filho da puta veio aqui e eu disse a você que eu não queria que você transasse com ele. Eu estou apenas com você durante esse tempo todo, Amanda e você sabe disso. Não deveria ter ido pra cama com ele, por mais que não tenhamos um compromisso firmado. Como iria se sentir se qualquer mulher chegasse aqui e falasse que a nossa noite tinha sido ótima? Indiferença, com certeza, não seria uma coisa que você iria sentir!
Amanda se sente mal por ele, mesmo sabendo das condições que tinha. Ela não achava que Neal estava somente com ela depois do episódio com sua secretária, mas ouvir da boca dele isso, doeu lá dentro. Ele não tinha outra.
- Eu sinto muito por isso, Neal... Eu não sei o que dizer, é tanta coisa... - Amanda busca palavras que pudessem consertar a situação, mas ele a interrompe.
- Ah sim, eu posso entender você, Amanda. - ele diz em um tom sarcástico. - Mas já entendi como você vê o nosso relacionamento... Vou passar a fazer o mesmo. - ele diz, se levantando. - Se precisar de mim, profissionalmente, me chame, Sra. Lewis. - ele diz e sai da sala sem esperar pela resposta dela.
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Michael aplica sua aula, dessa vez sem demonstrações com Mandy. Ele não era tolo, sabia muito bem quem Mandy era e o que representava aos olhos de todos. Uma coisa era pegar a desconhecida da Meg e todos saberem. Outra bem diferente era ficar com Mandy Lewis, que ainda por cima, namorava Jack Peterson.
Mesmo sem chamá-la para uma demonstração, ele sempre olhava pra ela e sorria e recebia resposta. Meg ficava de longe os observando e sabia muito bem que algo estava acontecendo ali. No fim da aula, todas as meninas saem da sala de dança e Mandy acaba ficando por último, enquanto mexia em sua bolsa a procura de seus fones de ouvido. Concentrada em sua busca, ela apenas presta atenção ao redor quando sente os braços de Michael em sua cintura e sua voz sussurrada em seu ouvido:
- A princesa já quer fugir, é?
Mandy riu.
- Sim, eu vou... Por que, vai me prender até depois do horário, professor? - ela perguntou, olhando pra ele de relance.
- Quem sabe... - ele diz beijando o pescoço dela - Poderíamos repassar alguns passos, hum? O que você acha? - Falou sexy no ouvido.
- Eu acho que o senhor gosta de correr riscos... Estamos na escola, esqueceu? - ela murmura arrepiada com os beijos dele.
- O perigo é gostoso, princesa... Vem dançar comigo, vem... - Ele passa a mão pela coxa de Mandy.
- Michael.. - ela morde o lábio. - Não faz isso, mais tarde dançamos lá em casa...
Michael a pega pela mão virando pra ele. A encarou bem e puxou para o centro da sala. Em posição de dançar, Michael alisou o corpo de Mandy. Fez com se projetasse para trás.
Mandy joga o corpo com os olhos fechados. Quando retornou aos olhos de Michael, eles queimavam.
- Você é perfeita... Toda perfeita... - Michael disse a segurando firme pela cintura.
Mandy suspirou e Michael sorriu. Ele aproxima o rosto chegando bem perto dos lábios dela. A jovem novamente suspira ansiosa esperando o beijo, mas ele faz uma breve pausa. Mandy franze a testa e Michael sorri acabando com o espaço entre eles. O beijo já começa quente desde o início. Mandy o abraça pelo pescoço levantando os pés. Seus corpos vão se encaixando mais e logo o casal estava encostado no espelho dando amassos quentes.
O casal está tão concentrado em si que não percebe a entrada de alguém na sala. Meg fica perplexa com a cena, mas ao mesmo tempo sente uma confirmação para suas suspeitas. Michael está pegando sua ex melhor amiga. Com inveja e raiva ela começa a bater palmas e ironicamente fala:
- Parabéns... Linda apresentação de vocês! Merecem um prêmio...
Michael e Mandy se separam no mesmo instante e encontram Meg cruzando os braços. Ela sorria cinicamente. Sem ter o que falar, Mandy olha pra Michael, ouvindo-o dizer:
- E você deveria bater antes de entrar. O que quer? - ele diz, sério.
- Eu vim buscar minha jaqueta, mas... Acho que te atrapalhei, né? - ela olha pra Mandy agora - Ei, as aulas particulares são ótimas, aposto que seu noivinho vai adorar o resultado disso.
- Pelo o que eu saiba você não tem nada haver com a minha vida, muito menos com minha relação com Jack. - Mandy diz, sem se abalar
- É ai que você se engana, fofa.. O que eu vi aqui é fato e nunca vai voltar atras. Jack não te merece, você o traiu com esse ai... - olhou para Michael dizendo ressentida - Vocês se merecem.
- Meg! - Michael falou alto - Pega sua jaqueta e saia daqui, por favor.
- Eu vou mesmo e podem continuar os amassos de vocês... Eu não vou mais atrapalhar. Adeus, fofos. - ela pega sua jaqueta, sorri de lado e sai da sala com um plano maligno na mente.
Quando Meg sai, Mandy se vira pra Michael, aflita.
- Ela vai contar pra Jack, Michael. - ela disse, com medo.
- Não, ela não seria louca a esse ponto... - Michael fala tentando acalma-la.
- Ah, ela seria sim. - Mandy riu sem humor. - Principalmente porque ela sempre quis ficar com Jack. Ela não vai perder essa oportunidade, Michael.
- Então saiba que estou com você, independente do que aconteça... - ele diz passando segurança.
Mandy assentiu e o abraçou.
- Eu vou pra casa agora... Vou ligar pra Jack e tentar conversar com ele antes que Meg consiga isso. - ela diz.
- Okay. Você está de carro?
- Estou... - ela diz, pegando sua bolsa. - Nos vemos mais tarde?
- Claro, eu apareço lá mais tarde. - ele toca o rosto dela com carinho - Fica bem, ta? Você não esta sozinha.
- Tudo bem.... - ela sorri de lado e da um beijo no rosto dele, tímida. - Até mais tarde, professor.
- Ate mais tarde, minha princesa. - ele disse e deu um selinho nos lábios dela.
Mandy vai embora com o coração pesado. Meg estava certa em uma coisa: Jack não merecia aquilo. Entrou no carro e colocou a música bem alta, tentando dissipar seus pensamentos, mas nem isso conseguia mudar o rumo de seus pensamentos. Chegou em casa e a primeira coisa que fez foi se jogar no sofá e pegar seu celular. Discou o número de Jack e seu coração pulou no peito quando ouviu a voz grave dele:
- Oi. - respondeu seco.
Mandy fechou os olhos e suspirou. Só pelo tom dele ela já tinha certeza de que ele sabia de tudo.
- Oi, Jack... - ela murmurou, sem ter muito o que dizer. - Tudo... Hm... Tudo bem?
- Deveria, mas não está. - disse duro e se pôs a falar - O que você estava pensando, hum? Acaso achou que o romance ia durar e o trouxa aqui nunca fosse descobrir, não é?
- Jack... Me deixa explicar... - ela tenta falar mais ele a interrompe
- Explicar o que Mandy? Eu vi tudo! Vi o quanto você se dedica a essa porra de faculdade de dança, que eu sempre odiei sem saber por que. - ele fala com raiva - Agora está explicado porque você adora, você um caso com o filho da puta do professor, não é? E o pior é que eu não acreditei, não queria ouvir que a mulher que eu amava, a mulher que seria minha esposa estava se entregando a outro... - Jack toma fôlego - Eu só acreditei ao ver as malditas fotos que a vadia da sua amiga me mandou.. Só por isso.
- Meg te mandou fotos? - ela perguntou, atordoada. - Jack, isso não vem acontecendo há tanto tempo, na verdade, começou ontem e eu... Eu ia te ligar e contar o que estava acontecendo, eu estou tão confusa e com os sentimentos divididos... Eu sei que você não merece nada disso, eu sei, mas eu sinto muito... - ela diz, começando a chorar. - Eu nunca quis te magoar, Jack, eu juro...
Jack sente a dor da raiva aumentar.
- Você sente? O traído fui eu, Mandy! Fui feito de idiota por alguém que eu confiava plenamente. Não me interessa se foi um dia ou um ano, você fez! - ele disse sentindo as lágrimas descerem - O que eu te fiz, hã? Faltou alguma na relação? Anda, me diz!
- Não faltou nada, Jack... - ela diz, chorando também. - Eu sei que o que eu fiz não tem perdão e eu não vou pedir isso a você, porque sei que é muito mais do que pode me dar. Eu só... Sinto muito, Jack, eu nunca quis te causar dor, você não merece isso e eu sei. Eu espero que você encontre alguém que dê a você o valor que você merece, porque eu só fui uma idiota que te magoou...
Jack a ouve sentindo o coração se partindo em mil pedaços. Silenciosamente ele chorava.
- Eu amei e amo você, mas isso foi demais pra mim, Mandy. E eu preciso ficar sozinho agora...
- Okay... - ela murmura. - Eu gosto muito de você, Jack. Fica bem... - ela diz.
Ele suspira engolindo o choro na despedida.
- Não estou agora, mas vou ficar... Adeus, Mandy. - Ele diz com a garganta apertada
- Adeus, Jack... - ela sussurra, desligando o telefone.
Jack também desliga o telefone desabando em seguida. Ele chora compulsivamente, pois tinha ouvido da própria namorada que aquele pesadelo era verdade e isto doía demais. Chorou a tarde toda, mas quando se recompôs tentar pensar como sua vida iria pra frente a partir de agora.
Amanda segue com os compromissos do dia com o perfeccionismo de sempre. Na reunião com os designers acompanhou as novas ideias e apontou mudanças necessárias em outras. Neal se manteve em silencio e respondeu apenas quando solicitado. A magoa estava estampada em sua testa. Amanda o observava atenta, será que seus sentimentos eram verdadeiros? Será que ele sairia mesmo com outras apartir de agora? Este pensamento a pegou ate o fim do expediente. Na saída ela o viu conversando com Bella. Ela o encarou firme, mas não fez reação alguma, Neal pelo contrario, tocou o braço da secretária com intimidade. Amanda respira fundo e se dirige pro seu carro com um nó na garganta.
No trajeto de volta pra casa sentiu uma vontade enorme de ligar para a irmã. Sentia que Mandy precisava dela. Então ela liga o celular no dispositivo de vivaz a voz do carro e depois de quatro toques sua irmã finalmente atende:
- Alô? - ela responde com a voz sussurrada e chorosa.
- Mandy, sou eu. Senti vontade de ligar aí e... Você estava chorando? - ela diz percebendo o tom dela.
- Jack descobriu tudo, Amanda... - ela disse, voltando a chorar com mais força.
- Como assim May... Ele descobriu o que?
- Que Michael e eu transamos...
- Vocês o que? - Ela disse com a voz aguda - Que loucura é essa, Mandy? O que esta acontecendo pelo amor de Deus. - Amanda fala aflita.
- Aconteceu ontem, mana... - ela diz. - Ele veio aqui em casa e... Eu juro que tentei, mas eu não resisti. Quando vi, já estava acordando na cama dele.
- Jesus amado, Mandy! - falou perplexa - Mas... Oh Deus... Estou indo aí e você vai me explicar tudo. Chego em quarenta minutos, o transito esta enorme aqui.
- Okay, eu te explico melhor quando chegar aqui. - ela diz.
Amanda desligou o telefone e continuou presa no trânsito por mais meia hora. Quando finalmente chegou ao apartamento de Mandy, foi recebida com a cara de choro da irmã.
- Entre... - Mandy diz, dando espaço pra ela passar.
Amanda já suspira ao vê-la.
- Vim o mais rápido que pude... - Amanda fala.
Mandy assentiu e voltou a se deitar no sofá, abraçando a almofada.
Amanda se sentou em uma poltrona na frente dela e a olhou com atenção, falando:
- Como aconteceu, May?
- Michael veio aqui em casa... Nós ficamos conversando e como sempre ele desviou o assunto e me pediu uma chance, disse que eu era diferente e isso o encantava... Eu disse não, Amanda, eu juro que disse, mas então ele me beijou... Nós fomos pro apartamento dele e... Sexualmente falando, aconteceu a melhor noite da minha vida. - ela diz.
- Mandy, mas e o Jack? Vocês eram namorados, praticamente noivos... - Ela diz trazendo a realidade de volta.
- Eu sei. Eu estou muito dividida, Amanda, eu ia ligar pra ele hoje e dizer que precisava de um tempo, mas aí... Depois da aula, Michael me chamou pra dançar e acabamos nos beijando na sala de dança. Meg entrou e viu tudo. Eu vim correndo pra casa porque eu sabia que ela ia contar a ele, mas quando cheguei em casa foi tarde demais. Ela não só contou, como mandou fotos... Ele estava arraso, Amanda, de um jeito que nunca vi. Eu não queria magoá-lo, você sabe disso.. Ouvi-lo daquele jeito acabou comigo.
- Eu posso imaginar, minha irmã e confesso que estou com muita raiva desse Michael, e não é de hoje, você sabe. Meg foi uma sem vergonha, mas ele fez pior... Acabou com seu namoro... Olha, se eu encontrar com ele nem sei o que vou fazer... - Amanda falou com raiva.
- A culpa não é totalmente dele, Amanda. Eu fui pra cama com ele porque quis, ele não me obrigou a nada. - ela diz.
Amanda levanta encarando a irmã.
- Eu não acredito que esteja defendo ele, Mandy! Se estiver, olha... - ela respira fundo.
- Eu não estou defendendo, Amanda, mas também não estou o culpando. Ele poderia dar em cima de mim o quanto quisesse, não é ele que tem um compromisso, sou eu. Eu é quem não deveria me sentir atraída por ele, muito menos ter ido pra cama com ele. E, sinceramente? Eu não consigo me arrepender de ter... Transado com ele. Eu me arrependo por ter magoado Jack.
- Meu Jesus... - ela exclama e olha pra caçula - Esse cara te drogou, Mandy? Pra te dar uma fissura dessas só fazendo alguma coisa, um feitiço, sei lá...
- Sim, ele fez. Ontem a noite, ele me enfeitiçou. Amanda... Ele é muito bom nisso, agora eu entendi porque as vacas ficam gritando a noite inteira! - ela revira os olhos. - E ele é um cara legal também. Primeiramente não parece, porque ele é irritante também, mas ele é muito legal. Eu gosto dele...
Amanda passa a mão nos cabelos e senta novamente.
- Já que ele fez tudo perfeito... Até te convencer que aquele baixaria eram inofensiva ele conseguiu, meu Deus. - suspirou - Bem Mandy, eu como sua irmã tenho que alerta-la a tomar cuidado com esse cara, por que ele seja ''legal'' e faça um bom sexo... Ainda é um estranho e não sabemos quem ele é...
- Eu sei disso, Amanda, não é como se eu fosse entregar a minha vida pra ele... - ela murmura. - Mas vamos mudar de assunto? Quero sair um pouco desse clima... Como você e o Grey estão? Fogo puro, ainda?
- Fogo... rum! Ele virou um vulcão hoje. Te contei que o Thomas voltou?
- Thomas voltou? Como assim? - Mandy pergunta, sentando-se no sofá. - Quando essa coisa apareceu?
- Semana passada, no escritório. Eu estava em reunião com Neal e ele aparece de repente. Quase morro, eu não sabia o que falar ou dizer. Neal mudou a cara na hora porque, você sabe como Thomas se comporta né? - Ela revira os olhos e continua - Pois bem, o fantasma voltou mana e pra completar.... Ele foi em casa ontem... - Amanda faz uma pausa nervosa e morde o lábio, tensa.
- E... - Mandy a induz a continuar.
Amanda respira fundo.
- Ele levou um vinho e... Falou umas coisas... - Ela morde o lábio novamente - Eu não o que esse maldito faz comigo Mandy... Ele... Argh! Nós transamos. Pronto, falei.
- Vocês o que? - Mandy pergunta, atordoada. - Amanda, você é louca? Depois de tudo que aquele infeliz fez, depois de ter sumido durante três anos, você vai pra cama com ele? O que deu em você?
- Eu não sei o que aconteceu Mandy... Ele falou tanta coisa.. - Ela murmura. - Me sinto tão idiota, mas o pior não foi isso... - ela pausa e continua - Ele me mandou flores no escritório, só que eu estava no banheiro escovando os dentes e quem as recebeu foi o Neal.... E tinha um cartão junto praticamente "desenhando" como foi a noite de ontem...
- Ah meu Deus do céu... Vai me dizer que perdeu o gostoso do Neal, Amanda? - ela pergunta, cruzando os braços. - O que você tem na cabeça? Obviamente, Neal não gostou nada daquilo, né?
- Não, ele não gostou nada e me senti péssima com o que disse. Mas ele mesmo disse que não tínhamos um compromisso mana... Eu sinceramente não achei que estivesse levando isso a sério. Eu te contou o que aconteceu com a Bella, lembra? Então, daí quando ele viu o cartão foi como se estivéssemos namorando, sei lá... Acho que sou uma idiota completa, só isso. - Ela diz desanimada e triste.
- Amanda, vocês estão ficando a quase dois meses, é normal que ele fique com ciúmes e que comece a gostar de você. Tudo começa assim, por mais que vocês já estejam em um nível avançado do relacionamento, é óbvio que ele ficaria magoado com isso. Como tenho certeza que você também ficaria magoada se fosse ele com outra garota.
- Ele disse isso pra mim também... - ela murmura com o olhar baixo. - Eu gosto dele também May e não é só por causa daquilo... Gosto do que ele causa em mim, sabe... Ele tem mistérios e um certo perigo nos olhos... Eu gosto disso. Gosto do perigo, você sabe. - Amanda fala corando.
- É, eu sei. Mas no momento eu acho que você deve conversar com Neal e tentar resolver essa situação. Tenho certeza que logo estarão bem de novo e dê um basta pra lá de vez no Thomas! Assume a empresária que há em você e o trate como se fosse um contrato rompido.
A noite com Thomas tinha sido perfeita, como nunca antes. Neal se mostra o rebelde que a tirou da prisão de si mesma. O que fazer... O que fazer? Amanda engole em seco e suspira.
- Eu não sei o que fazer mana... Adoro o Neal, ele é muito especial pra mim, mas Thomas ter voltado e ter me tratado como fez ontem foi... Bom. - Mandy muda até a expressão ao ouvi-la - Não me olha assim vai... Me sinto como uma garota inconsequente...
Mandy revira os olhos e suspira.
- Amanda, trocar Neal por Thomas é sim uma coisa inconsequente. Poxa, você sabe como Thomas é, sabe o que ele fez. Aí você volta pra ele, ele some e você perde o Neal... Como fica? É melhor você nem pensar em ficar com ele, eu juro que bato em você se fizer isso!
Amanda arregala os olhos e pisca duas vezes. Sua irmã parecia falar bem sério e Mandy tinha razão. Thomas não era um cara de se "amarrar" a ninguém.
- Certo May, você tem razão. Eu vou conversar com Neal e pedir desculpas pelo que aconteceu. Espero que ele não tenha feito nenhuma besteira porque, quando eu estava saindo da empresa o vi conversando com a Bella e quando me viu fez questão de me provocar com aquele olhar desafiador. Minha vontade foi de ir lá, mas o cartão de hoje me tirou a razão para reclamar de qualquer coisa. Que merda!
- Ainda bem que você sabe que não tem que reclamar de nada. - Mandy diz. - Eu não sei porque, mas sempre nos complicamos com homens... - ela murmurou, voltando a ficar tristonha. - Faz chocolate quente pra gente enquanto eu tomo banho? Estou triste e você sabe que quando fico assim, só chocolate pra ajudar...
- Ai mana, somos duas mulheres sem sorte. Graças a Deus que chocolate é nossa salvação. - Amanda disse levantando da poltrona - Vai lá baby, quando voltar nossas xícaras estarão prontas.
Mandy foi para o seu quarto tomar um banho quente e demorado, enquanto Amanda seguia para a cozinha. Estava pegando as coisas para fazer o chocolate quente, quando ouviu a campainha tocar. Foi até a porta e sem.
Capítulo 22
Foi até a porta e sem olhar pelo olho mágico, a abriu, encontrando um homem que nunca tinha visto.
- Boa noite... É.. Mandy está? - Michael diz olhando aquela mulher diferente na porta.
- Boa noite, ela está sim, mas... Quem é você? - Amanda diz olhando-o.
- Me chamo Michael. - Ele diz abrindo um sorriso.
Michael... Ah Michael. Esse nome ressoa na mente de Amanda como alarme de incêndio. Ela o encara de cima abaixo vendo a curiosidade dele também analisa-la.
- Hum, Michael... Sou Amanda Lewis, irmã de Mandy. Você por acaso é o vizinho dela? - Perguntou para confirmar suas indagações.
- Sou... Por que? - ele responde desconfiado, erguendo a sobrancelha.
- Então é você quem transformou a vida da minha irmã num furacão, não foi? - Amanda fala sem rodeios.
Michael fora pego de surpresa. Se a irmã dela estava ali, portanto a coisa tinha ido além do que ele imaginara. Engolindo seco ele a respondeu:
- Desculpe, senhorita Amanda. Eu não fiz furacão algum na vida de sua irmã... Eu gosto dela e disse o que sentia com relação a isso...
Amanda o interrompe.
- Espere aí um segundo... Michael. Primeiro, me chame de Srta. Lewis, por favor, pois eu ainda não o conheço. Segundo, minha irmã estava quase noiva quando você aparece dando uma de Romeu apaixonado e não aprovo em nada o que fez e está fazendo com ela. Saiba que Mandy é uma mulher incrível e tinha um homem maravilhoso que nunca ia magoa-la. Caso contrário de você, que mostrou pouca credibilidade quando assediou uma aluna e comprometida. Bom pra resumir... Michael... Se você magoar Mandy ou fazê-la sofrer... - Ela o encara com superioridade - Tenha certeza que vou encontra-lo e vou fazê-lo se arrepender de cada lágrima que ela derramar. Você em entendeu?
Michael escutou tudo aquilo em silêncio. Amanda só estava fazendo o trabalho dela, embora não precisasse ser tão arrogante e presunçosa. Como ela mesma disse, eles ainda não se conheciam. Michael não imaginava um confronto tão precoce, mas se aconteceu ele não se sentiria intimidado. Agora era a sua vez de falar.
- Entendi bem, Amanda. Vou te chamar assim porque não costume usar termos tão formais com pessoas menores de cinquenta anos. Embora você aparente ter esta idade considerando a maneira como falou comigo agora. Primeiramente, acredito que sua irmã não é mais uma garotinha ingênua que não sabe se cuidar. Tive muitas provas disso, posso garantir. Segundo, não trato Mandy como uma aventura se é o que pensa. Gosto dela e pretendo lutar com que for para estar ao seu lado. E em terceiro lugar... Você realmente não me conhece para tirar conclusões tão equivocadas sobre mim e honestamente Amanda, você está sendo sem modos por tratar um assunto destes na porta do apartamento... - Ele disse retribuindo o olhar de raio laser que recebia dela. - Portanto, posso entrar ou não? - Disse cruzando os braços a encarando.
Amanda nunca viu tanta petulância numa pessoa só. O cúmulo para ela ouvir de um cara desconhecido palavras tão duras. Ela engole com força as palavras pesadas que sua boca gostaria de soltar sem freio algum. Ela apenas se vira de lado e dá passagem.
- Obrigado. - Ele diz passando por ela, escondendo um sorriso vitorioso.
Amanda fecha a porta o encarando com o rosto duro.
- Espera na sala, vou chama-la. - Ela diz.
- Okay. Eu espero. - Ele responde vendo-a sair dali.
Amanda sobe as escadas seguindo pro quarto da irmã. Ela bate a porta e entra pisando duro de cara fechada. Mandy se trocava no closet.
- Mandy, você tem visita lá embaixo... - Amanda fala.
- Visita? Quem? - ela pergunta, saindo do closet e vendo a expressão da irmã. - Que cara é essa?
- Acabei de conhecer o demônio... - ela diz cruzando os braços - E ele está esperando você na sala.
Mandy fez uma careta.
- Vocês brigaram?
- O que você acha? Ele é um idiota, mana. Se namorar ele eu... Eu vou marcar horário pra vir aqui. Eu me recuso a falar com esse.. Esse... Grosso! - Ela diz birrenta.
- Fica calma, Amanda... Isso é só primeira impressão, tenho certeza que depois vocês se darão bem...
- Se for num ringue, será perfeito. Assim desconto o que estou sentindo. Ai May, me desculpa, mas depois dessa eu prefiro ir pra casa... Preciso esfriar minha cabeça pra ligar pro Neal ainda hoje. - ela diz suspirando pesado.
- Tudo bem, irmã... Liga pra Neal e tenta resolver toda essa história, ok? Quero vocês juntos. - Mandy diz, a abraçando.
Amanda retribui o abraço apertado.
- Certo maninha, também espero que dê certo essa história maluca. Obrigada por me ouvir mesmo com os seus problemas. Se cuida com o ogro lá embaixo, qualquer coisa me liga e venho correndo. Ok?
- Ok, mas pode guardar as armas e luvas de box, não será preciso nada disso. - Mandy diz, sorrindo.
- Certo... Mas elas sempre estarão aqui, você sabe. - Amanda sorriu.
- É, eu sei... - ela riu.
As duas saíram do quarto e desceram. Michael estava sentado no sofá, e sorriu ao vê Mandy descendo, quando viu Amanda, fechou a cara. Mandy levou a irmã até a porta.
- Me ligue mais tarde pra me contar sobre sua conversa com Caffrey. - Mandy diz para a irmã;
- Eu ligo, mana. Pode deixar. - Amanda assente e beija a face da irmã - Até mais maninha.
- Até mais, irmã.
Elas se abraçam de Amanda vai embora. Se virando para Michael, Mandy se senta no sofá, ao lado dele:
- Quer dizer que você e minha irmã se amaram a primeira vista? - ela pergunta, sorrindo de lado.
- Me desculpa falar, mas tenho sorte de ser vacinado. Sua irmã quase me mordeu, Deus me livre! - Ele disse sorriu de lado
- Ela é muito protetora, mas daqui a pouco ela se acostuma com você. - ela riu. - É questão de tempo.
- Tomara, ou vou ter que contratar seguranças antes de vir. - Ele riu indo perto dela. - E você como está? Consegui falar com ele?
O sorriso dela se desfez, enquanto ela assentia.
- Sim, mas foi tarde demais. Meg não só contou pra ele, como mandou fotos. Ele estava... Arrasado, chorando. Aquilo acabou comigo. - ela murmurou com a voz embargada. - Eu não queria fazê-lo sofrer.
Michael não sabia muito o que dizer, pois a culpa desta confusão era sua. Ele então a abraçou forte repousando a cabeça dela em seu peito.
- Eu sei, mas ele vai ficar bem e você também. Vou ajuda-la a se recuperar, viu? - Michael beija a cabeça dela - Como disse a sua irmã, eu enfrento quem for pra estar com você... Até os caninos afiados dela. - ele brinca para vê-la sorrir.
- Ah, para... Você não disse isso a ela, mentiroso. - ela sorriu
- Eu disse sim. - ele confirma olhando pra ela - Por que acha que ela me adora? Pelo meu charme irresistível é que não é. - ele riu.
Mandy ri.
- Vocês se odeiam agora, mas vão se gostar... Eu também te odiava no começo...
- Ah, só que você é diferente princesa... - ele a abraça pela cintura - Você me achava gostoso demais e isso te deixava a mil. Agora veja como está calminha depois que provou do paraíso... - ele sorriu malicioso.
- Oi? Cara, você é muito metido! Eu não achava nada disso, te achava irritante, apenas isso. - ela diz, balançando a cabeça.
- Hurum, sei. - Michael começa alisar a cintura dela, devagar. - Irritantemente gostoso é o termo correto, Mandy. Parece que temos de aprimorar seus ensinamentos, minha linda aluna.
- Já? Acabamos de sair da escola, acho que não tem muito mais o que me ensinar, professor.
Michael sorriu de lado.
- Você é que pensa, princesa. Sempre há o que aprender. - Ele morde o lábio e pisca.
- Se você diz... - ela da de ombros, como se estivesse desinteressada.
- Adoro quando me desafia assim... - Ele sorriu e a beijou de surpresa, começando lento aos poucos seguindo para a profundeza de seus sentimentos. A abraçou forte erguendo-a do chão alguns centímetros. Depois a devolveu ali, sem fôlego.
Mandy sorriu e balançou a cabeça.
- Você tem que parar com essas coisas de me pegar de surpresa, Michael!
- Okay, então se a princesa quer, eu paro. - ele diz dando soltando-a dando um passo para trás, contendo o riso.
- Também não é pra ser tão radical assim... - ela disse, o puxando pela mão.
Michael riu.
- Que princesa instável, meu Deus! Acho que sou um brinquedo em suas mãos, não?
- Talvez... Ainda não me decidi... - ela sorri.
Michael riu e a puxou para um beijo, encerrando aquela "discussão".
Amanda saiu do apartamento de Mandy soltando fumaças pelos ouvidos. Ainda não acreditava na forma como Michael a havia tratado. Agora ela entendia porque Mandy o odiou em princípio, só não entende como ela conseguiu gostar dele. Entrou em seu carro e deu graças aos céus por não ter mais trânsito. Em vinte minutos estava saindo do elevador de seu prédio, indo em direção ao seu apartamento.
Abriu a porta e tirou os sapatos tranquilamente, jogando a bolsa em cima da mesa do hall, com preguiça de ser organizada e se arrastou para a sala. Queria se jogar no sofá e ficar por lá até reunir coragem o suficiente para tomar banho. Ela realmente faria isso, se não tivesse alguém sentado em seu sofá, olhando fixamente pra ela. Neal estava lá, com apenas a luz do abajur acesa.
Amanda reprimiu um grito de susto e colocou a mão no coração, exclamando logo em seguida:
- Neal, pelo amor de Deus! Você quase me matou se susto... Como entrou aqui?
- Eu tenho meus métodos, baby... - ele disse, balançando uma taça de vinho. - Esse foi o vinho que o tal do Thomas trouxe? Se for, é horrível! Por isso que você foi pra cama com ele... Com toda a certeza, ficou bêbada antes do tempo, visto que isso aqui contém mais álcool do que outra coisa.
- Ora Neal... - Amanda fica sem jeito. - Por que veio aqui e está me falando isso?
- Sabe, Amanda... Eu realmente poderia está no apartamento de Bella, transando alucinadamente com ela. Mas eu não estou. Sabe por que?
- Por que?- Ela repete cruzando os braços erguendo a sobrancelha.
Ele se levantou e foi andando até ela. Com ele em pé, Amanda pôde perceber que toda a sua camisa social estava desabotoada, assim com sua calça. Ela tinha uma visão totalmente privilegiada do peitoral dele.
- Porque eu preferi vim até aqui, tomar aquele vinho terrível e esperar por você. Pra tacar você em cima da porra daquele sofá e transar com você. Marcar você como minha, eu não quero que você seja de outro, Amanda e hoje você vai perceber que, se por um acaso aquele merdinha voltar aqui pra querer comer você, você não vai transar com ele, porque só conseguirá fazer isso comigo. - ele disse, seu hálito batendo no rosto dela.
Amanda olha para Neal atônita e sem palavras. Sua garganta apertou com todas aquelas palavras tão diretas. "Marcar você como minha" se repetia sem parar em sua cabeça.
- Mas hoje eu vi você bem a vontade com Bella no estacionamento.... - ela disse com a coragem que venho naquele momento.
- Sinceramente, Amanda, creio que você não está em posição de falar algo, agora. Você está errada, querida e sabe disso. O que eu estava fazendo com Bella ou não, não vem ao acaso agora... - ele passou a ponta dos dedos sobre os ombros dela, abaixando a alça fina de sua blusa. - O que importa é o que nós vamos fazer agora.
Amanda passa o dedo indicador por baixo da alça a colocando no lugar.
- Se você for me marcar como sua, exijo meus direitos, Neal. Temos que ser justos. Eu colaboro se você colaborar. - Ela disse repousando as mãos na cintura.
- É mesmo... E como seria isso?
- Você não transa com aquela loira e eu... Eu não bebo mais vinho do ex. Este são os critérios, você topa? Business are business, baby! -ela diz.
- Eu não transo com a Bella e você vai dar um chute de uma vez por todas na porra da bunda daquele filho da puta. É pegar ou largar. - ele diz, arqueando uma sobrancelha.
- Não transar e nem fica de conversinha. - Ela completa o encarando - Se for assim... Podemos ter um acordo, Sr. Caffrey.
- Okay, temos um acordo. Mas se eu vê aquele cara indo na empresa e te tratar com a intimidade na qual lhe tratou aquele dia, eu arrasto Bella na mesa hora e transo com ela no meu carro, eu juro, Amanda! - ele diz com raiva.
- E se você fizer isso, eu faço você ter que ouvir meu ex gemendo meu nome de onde você estiver.... - ela disse serrando o maxilar. - E eu não estou blefando, Neal.
- Muito menos eu, Amanda... - ele estende a mão. - Estamos resolvidos?
- Estamos de acordo. - Ela aperta a mão dele com firmeza.
- Ótimo. - ele diz, aproveitando que a mão dela estava firmemente presa a sua e a puxando para um beijo tirar de fôlego.
[ Trilha sonora da cena ]
Amanda nem mesmo teve tempo de reagir. Apenas sentiu a língua de Neal a invadir, enquanto a mão dele descia o fecho de trás de sua saia. Quando a mesma chegou aos seus pés, Neal a pegou no colo e colocou a sentada no sofá, sem desgrudar sua boca da dela.
Ele diminuiu o beijo e no final sugou o lábio dela lentamente, ouvindo um grave suspirou escapar pela garganta. Seus lábios desceram pelo pescoço dela, lambendo e sentindo o cheiro doce que exalava de sua pele. Ele simplesmente amava o seu cheiro. Puxou a barra da blusa dela e a tirou jogando no chão, logo depois desabotoando seu sutiã.
Beijou todo o seu colo, ajoelhando-se no chão e aplicando beijos leves em seus seios, logo depois mordendo o mamilo com certa força, vendo-a jogar a cabeça pra trás e gemer. Amanda sabia que por mais que a noite com Thomas tivesse sido boa, ele jamais saberia alternar com tanta maestria a dor e o prazer. Neal deu toda a sua atenção aos seios dela, deixando-o os mamilos tesos e pesados ao começar a fazer uma trilha de beijos por sua barriga.
Quando chegou a sua calcinha, ele separou as pernas dela e puxou a renda delicada com o dente até que a mesma se partisse em duas. Amanda sorriu levemente quando ele olhou pra ela e lambeu seu monte de Vênus, separando os grandes lábios com as mãos e descendo a língua por seu clitóris. Ela prendeu o cabelo dele em suas mãos e gemeu alto quando ele mordiscou sua intimidade e começou a penetrá-la com dois dedos, fazendo círculos completos lá dentro. Não precisava de palavras naquele momento, o prazer o clima falava por eles.
Ela estava molhada e ele gostava disso, gostava da forma como ela se entregava a ele, e ele queria que aquilo fosse só dele. Ninguém tinha o direito de fazer com que ela se excitasse e gemesse daquela maneira, somente ele! Com esse pensamento na cabeça, Neal se afastou. Amanda soltou um gemido alto de frustração e abriu os olhos, vendo-o tirar a camisa social e abaixar a calça juntamente com a cueca. Seu membro totalmente ereto pulou pra fora e isso a fez suspirar, totalmente desejosa.
- Baby... Quero que você se levante, vire-se de costas e se ajoelhe no sofá... Segure-se no encosto... - ele disse, se tocando na frente dela.
Amanda ofegante e sem dizer nada, o obedeceu.
Neal se aproximou dela e tocou em suas costas com a ponta dos dedos, descendo pela coluna, passando pelo bumbum até chegar em sua intimidade, onde ele acariciou a entrada, colocando apenas a ponta do dedo e tirando. Ela se apertava pra ele, molhando seus dedos.
- O que você quer, Amanda? - ele perguntou, baixinho.
- Você, Neal... - ela murmura, quase inaudível.
- Só a mim?
- Não... Quero você todinho... - consertou, ela.
- Isso quer dizer que você deseja apenas a mim, Amanda? - ele perguntou, substituindo seus dedos por seu membro.
Ele colocava apenas um pouco lá dentro e rapidamente tirava quando Amanda começava a apertá-lo e mover os quadris, ávida por mais contato.
- Por favor... É só você que eu quero, Neal... Só você... - Implora manhosa.
- Fala mais alto, baby... Eu não consegui escutar... - ele diz, colocando-se mais dentro dela
- Eu quero você, Neal! - Ela diz rouca de desejo agarrada ao encosto do sofá - Quero muito você em mim... Por favor..
Ele sorriu.
- É tão linda te vê enlouquecida desse jeito, baby...
Sem mais prolongar a tortura, Neal se coloca todo dentro dela em um golpe duro e forte. Amanda geme e o aperta intensamente dentro dela, sabendo que aquilo foi tão certeiro que ela poderia gozar com apenas aquele movimento.
Neal a pegou pela cintura e começou a se mover, primeiro lentamente, ouvindo-a implorar mais um pouco, depois ele foi aumentando, movendo-se rápido e indo até o fundo, as vezes rebolando dentro dela. Seus gemidos se misturavam e ás vezes eram tão altos, que eles sabiam que os vizinhos poderiam escutá-los. Mas quem liga pra isso quando está se amando? Sem se importar com mais nada, eles se entregavam um ao outro.
Amanda começou a acompanhar o movimento de Neal com os seus quadris e sentiu tudo dentro de si se apertar ao recebê-lo. Ela estava bem perto de Neal sabia disso. Levando sua mão ao meio das pernas dela, ele começou a acariciar seu clitóris com movimentos circulares, enquanto sussurrava em seu ouvido o quanto ela era gostosa e dele. Bastou apenas mais dois movimentos para que Amanda gozasse com força pra ele, gemendo alto o seu nome.
Neal beijou sua nuca e seu pescoço, cessando os movimentos por alguns segundos, esperando-a se acalmar da forte sensação. Quando ela parou de tremer, ele segurou com força em seu bumbum e começou a penetrá-la com mais ímpeto, buscando não só o seu próprio prazer, como dela novamente. Amanda sentiu tudo dentro de si se reconstruindo e quando Neal rugiu alto gozando dentro dela, ela explodiu pra ele no mesmo instante.
Ofegante, Neal saiu de dentro de Amanda e se sentou no sofá, puxando-a para se deitar em seu colo. Ela tinha a face corada e um sorriso marcado nos lábios. Amanda se aninha no pescoço de Neal e suspira recuperando o fôlego. Sentia os braços fortes dele a sua volta, dando certeza e a segurança de que precisava.
Amanda nem mesmo teve tempo de reagir. Apenas sentiu a língua de Neal a invadir, enquanto a mão dele descia o fecho de trás de sua saia. Quando a mesma chegou aos seus pés, Neal a pegou no colo e colocou a sentada no sofá, sem desgrudar sua boca da dela.
Ele diminuiu o beijo e no final sugou o lábio dela lentamente, ouvindo um grave suspirou escapar pela garganta. Seus lábios desceram pelo pescoço dela, lambendo e sentindo o cheiro doce que exalava de sua pele. Ele simplesmente amava o seu cheiro. Puxou a barra da blusa dela e a tirou jogando no chão, logo depois desabotoando seu sutiã.
Beijou todo o seu colo, ajoelhando-se no chão e aplicando beijos leves em seus seios, logo depois mordendo o mamilo com certa força, vendo-a jogar a cabeça pra trás e gemer. Amanda sabia que por mais que a noite com Thomas tivesse sido boa, ele jamais saberia alternar com tanta maestria a dor e o prazer. Neal deu toda a sua atenção aos seios dela, deixando-o os mamilos tesos e pesados ao começar a fazer uma trilha de beijos por sua barriga.
Quando chegou a sua calcinha, ele separou as pernas dela e puxou a renda delicada com o dente até que a mesma se partisse em duas. Amanda sorriu levemente quando ele olhou pra ela e lambeu seu monte de Vênus, separando os grandes lábios com as mãos e descendo a língua por seu clitóris. Ela prendeu o cabelo dele em suas mãos e gemeu alto quando ele mordiscou sua intimidade e começou a penetrá-la com dois dedos, fazendo círculos completos lá dentro. Não precisava de palavras naquele momento, o prazer o clima falava por eles.
Ela estava molhada e ele gostava disso, gostava da forma como ela se entregava a ele, e ele queria que aquilo fosse só dele. Ninguém tinha o direito de fazer com que ela se excitasse e gemesse daquela maneira, somente ele! Com esse pensamento na cabeça, Neal se afastou. Amanda soltou um gemido alto de frustração e abriu os olhos, vendo-o tirar a camisa social e abaixar a calça juntamente com a cueca. Seu membro totalmente ereto pulou pra fora e isso a fez suspirar, totalmente desejosa.
- Baby... Quero que você se levante, vire-se de costas e se ajoelhe no sofá... Segure-se no encosto... - ele disse, se tocando na frente dela.
Amanda ofegante e sem dizer nada, o obedeceu.
Neal se aproximou dela e tocou em suas costas com a ponta dos dedos, descendo pela coluna, passando pelo bumbum até chegar em sua intimidade, onde ele acariciou a entrada, colocando apenas a ponta do dedo e tirando. Ela se apertava pra ele, molhando seus dedos.
- O que você quer, Amanda? - ele perguntou, baixinho.
- Você, Neal... - ela murmura, quase inaudível.
- Só a mim?
- Não... Quero você todinho... - consertou, ela.
- Isso quer dizer que você deseja apenas a mim, Amanda? - ele perguntou, substituindo seus dedos por seu membro.
Ele colocava apenas um pouco lá dentro e rapidamente tirava quando Amanda começava a apertá-lo e mover os quadris, ávida por mais contato.
- Por favor... É só você que eu quero, Neal... Só você... - Implora manhosa.
- Fala mais alto, baby... Eu não consegui escutar... - ele diz, colocando-se mais dentro dela
- Eu quero você, Neal! - Ela diz rouca de desejo agarrada ao encosto do sofá - Quero muito você em mim... Por favor..
Ele sorriu.
- É tão linda te vê enlouquecida desse jeito, baby...
Sem mais prolongar a tortura, Neal se coloca todo dentro dela em um golpe duro e forte. Amanda geme e o aperta intensamente dentro dela, sabendo que aquilo foi tão certeiro que ela poderia gozar com apenas aquele movimento.
Neal a pegou pela cintura e começou a se mover, primeiro lentamente, ouvindo-a implorar mais um pouco, depois ele foi aumentando, movendo-se rápido e indo até o fundo, as vezes rebolando dentro dela. Seus gemidos se misturavam e ás vezes eram tão altos, que eles sabiam que os vizinhos poderiam escutá-los. Mas quem liga pra isso quando está se amando? Sem se importar com mais nada, eles se entregavam um ao outro.
Amanda começou a acompanhar o movimento de Neal com os seus quadris e sentiu tudo dentro de si se apertar ao recebê-lo. Ela estava bem perto de Neal sabia disso. Levando sua mão ao meio das pernas dela, ele começou a acariciar seu clitóris com movimentos circulares, enquanto sussurrava em seu ouvido o quanto ela era gostosa e dele. Bastou apenas mais dois movimentos para que Amanda gozasse com força pra ele, gemendo alto o seu nome.
Neal beijou sua nuca e seu pescoço, cessando os movimentos por alguns segundos, esperando-a se acalmar da forte sensação. Quando ela parou de tremer, ele segurou com força em seu bumbum e começou a penetrá-la com mais ímpeto, buscando não só o seu próprio prazer, como dela novamente. Amanda sentiu tudo dentro de si se reconstruindo e quando Neal rugiu alto gozando dentro dela, ela explodiu pra ele no mesmo instante.
Ofegante, Neal saiu de dentro de Amanda e se sentou no sofá, puxando-a para se deitar em seu colo. Ela tinha a face corada e um sorriso marcado nos lábios. Amanda se aninha no pescoço de Neal e suspira recuperando o fôlego. Sentia os braços fortes dele a sua volta, dando certeza e a segurança de que precisava.
Capítulo 23
No apartamento de Mandy, o casal prepara o jantar junto. Ela custou a acreditar que Michael sabia fazer mais que fritar ovos com bacon, mas o rapaz se sai muito bem fazendo um risoto de frango com brócolis que aprendeu na época da faculdade. Era uma comida simples e muito saborosa. Quando ficou pronto se serviram no balcão mesmo, sem muita frescura. Mandy elogia a comida fazendo Michael muito orgulhoso por impressiona-la. Ao terminarem ele lava a louça e a dona da casa, guarda.
Foram pra sala com o intuito de ver um filme. Michael queria anima-la de qualquer jeito, porém o filme começou a ter umas cenas que faziam o casal recordar o que estavam passando. Michael imediatamente desliga tendo uma ideia que o fez sorrir na mente. Ele pede licença a Mandy para buscar uma coisa que ele esqueceu em casa. Ela pergunta o que era, mas ele não diz a deixando bicuda e curiosa. Após um selinho carinhoso e sai dizendo que volta logo. Ela assente. Minutos depois ele volta e Mandy não está mais na sala. Ele chama por ela e a voz doce de sua garota ressoa no andar de cima. Subindo as escadas correndo ele a encontra saindo do quarto.
- Voltei princesa... - Disse sorrindo - Sua sala de dança está disponível? - ele pergunta.
- Sim... - ela diz, olhando pra ele, desconfiada. - Por que?
- Por nada, princesa curiosa. - ele ri - Mas falou daquela com os postes...
- Por que, professor? Quer fazer pole dance? - ela pergunta, sorrindo de lado.
- Prefiro não responder, ainda. - ele diz se mantendo firme. - Podemos usa-la ou não?
- Tudo bem, podemos... - ela diz, desistindo de descobrir o que ele queria.
- Ótimo. - Ele diz pegando a mão dela e levando para a sala que citavam.
Michael abriu a porta deixando Mandy passar na frente. Ele passa em seguida e pega a poltrona, puxa pra frente colocando apenas a certa distância dos postes.
- Sente-se aqui... - ele pede.
Mandy sentou-se e olhou pra ele com curiosidade.
- Quero que fique quietinha aí e não se mexa até eu mandar. - Disse ele - Você vai querer sair, mas não vai poder até o meu comando autoriza-la. Eu posso te tocar, mas você não pode me tocar. Você entendeu?
- Sim... - ela diz, obediente.
- Perfeito! - Ele assente se dirigindo ao aparelho de som. Plugou o pendrive e escolheu a música. aumentou o som ouvindo a música começar.
[ Trilha sonora da cena ]
Michael se dirigiu para o meio dos postes e olhando Mandy disse:
- Um dia desses você falou que nunca tinha ganhado um striptease... Bom, desde então venho preparando isso pra você e espero que goste, por essa apresentação é única e exclusiva. - ele disse com os olhos inflamando de desejo.
Mandy morde o lábio de ansiedade. Ele se concentra e começa. Michael se pôs a dançar lento como os acordes da canção. Movia o corpo de um lado para o outro. Pegou em sua jaqueta preta fazendo que ia tira-la, mas não. Apenas brincava com ela. Caminhou entre os postes, dançou e finalmente tirou a jaqueta pondo num canto por ali. Continuou sua dança puxando a camisa de dentro da calça lentamente... Por cima do tecido tocou o próprio corpo desde o peito até o cós do jeans.
Mandy mantinha os olhos atentos, Michael não tirava o seu dos dela.
Ele se aproxima dela, ficando de frente levantou a camisa e novamente deslizou sua mão do peito até o cós da calça e pouco mais. Ela suspirou quando ele quando encosta em seu membro. Michael tira a camiseta por cima da cabeça e joga de lado. Vislumbrando o físico atlético de Michael Mandy começa ater uma vontade incontrolável de toca-lo, ao perceber isso Michael se afasta. Ele vai para lado dos postes novamente dançando no meio deles. Depois usando um de cada vez fazendo movimentos sexualmente masculinos que deixam a podre aluna incômoda na poltrona.
Michael sabia a reação que estava causando nela, sorrindo de lado ele continuou sua dança. Ele faz caras e bocas que representam puro prazer. Ele volta a se aproximar de Mandy pegando a pela mão, puxou para ficar de pé. Mandy o acompanha até os pontes. Michael a encostou num deles e disse:
- Fique paradinha aí e não de mexa...
Michael deu um passo para trás pondo a mão no cós do jeans. Lentamente abriu o botão abrindo minimamente a calça. Veio ao encontro de Mandy e a agarrou pela cintura, colando os corpos. Fez com que rebolassem frente a frente bem gostoso como se estivessem fazendo amor. Não aguentando Mandy ia apoiar seus braços o pescoço dele, mas foi repreendida com um não sério e silencioso. Como punição ele a virou de costas com as mãos juntas para o alto, segurando o poste. Michael abaixou-se e tocou seus tornozelos subindo lentamente pelas pernas e coxas. Quando chegou ao bumbum apertou com gosto.
Um som familiar ela escuta atrás de si. Ele se livrava da calça. Mandy arfou sentindo seu interior pulsando... O querendo. Michael voltou a colar seu corpo no dela. Segurou a cintura dela na direção da sua, rebolando gostoso e lento. Ela se empina pra ele automaticamente. Michael coloca mais pressão no movimento e de repente a vira de frente pra si. Mandy ofegava e suas pupilas estavam dilatadas. Ele abriu os botôes da blusinha dela. O sutiã ficou a mostra dando uma linda paisagem. Beijando o pescoço deu início a melhor parte do que tinha planejado. Desceu com mordidas até o colo. Pôs as mãos no fecho o abrindo com facilidade. Tirou-a de todas as peças de cima.
Dedicou-se a beijar e lamber um seio enquanto massageava o outro. Ela geme pra ele ouvir. O volume em sua cueca box azul marinho estava bem grande, o tecido mal podia conte-lo. Michael desceu os beijos pelo tronco e até a calcinha. Logo livrou Mandy do lindo pedaço de renda a deixando nua em sua frente. Michael arfou sentindo seu membro lateja de desejo. Levou a mão na intimidade dela e facilmente a penetrou com dois dedos, fazendo que ela gemesse alto pedindo o corpo dele, pois ela não resistiria mais em não poder toca-lo. Michael parou de excita-la assim e pôs um dedo em sua boca, chupando com vontade. Mandy morde o lábio com força. Em seguida ele leva o outro dedo molhado a boca de Mandy e sussurrou:
- Sente só como você é gostosa, princesa... Chupa devagarinho e sente... -ele diz.
Mandy o obedecendo acolheu o dedo de Michael na boca. Chupou devagar, mas aos poucos sugou mais e mais forte. Michael fecha os olhos geme ficando arrepiado e extremamente excitado. Minutos depois ele não aguentava mais.
- Chega amorzinho... - Ele disse olhando pra ela com os olhos em chamas. - Preciso do seu corpo, agora!
Mandy o soltou e foi levada até o espelho. Num gesto rápido Michael a moça no colo com as pernas enlaçadas na sua cintura. Apoiando as costas dela no vidro.
- Você já pode me tocar como quiser, princesa. Vou cuidar de você bem gostoso agora.... - Ele disse pondo o membro rígido na entrada dela. Enfiando aos poucos até ir tudo.
Quando atingiu o limite Michael começou a se mover forte dentro dela. O corpo de Mandy subia e descia sobre ele. Os dois gemiam mais e a cada gemido uma investida mais intensa era feita. Mandy que estava apoiada nos ombros dele rebolada de encontro aos movimentos. Seu quadril fora muito bem treinado pelo anos de dança do ventre, para Michael isso era um delírio total porque nenhuma garota nunca mexeu tão gostoso assim. A música tinha terminado a algum tempo e outras começaram, mas o casal nem ligavam, o único som ali eram seus gemidos e gritos altos de prazer. Quando Mandy começou aperta-lo Michael investiu tão forte que era um pouco dolorido e isso foi o suficiente pra ela gozando gritar o nome dele e ela a seguir fazendo o mesmo.
Ofegantes eles respiram fundo. Michael dá um tempinho e sai dela devagar para coloca-la no chão, pois suas pernas tremiam de cansaço e satisfação. Sorrindo os dois deitaram sobre o tapete. Michael a beijou docemente nos lábios e acolheu o corpo cansado de sua garota junto ao seu.
Um mês depois.
Amanda e Neal estavam conseguindo levar adiante o "acordo" que estabeleceram. Amanda finalmente tinha mandando Thomas embora, dizendo que aquela noite tinha sido um erro. Ele insistiu, dizendo que ela estava equivocada e que estava deixando que a mágoa que ainda sentia falasse mais alto, mas Amanda foi dura e irredutível. Ela já tinha errado com ele uma vez e não estava disposta a errar de novo, ainda mais quando tinha Neal ao seu lado como seu... Amante. Sendo assim, sentiu-se completamente aliviada quando Thomas saiu com raiva de seu escritório, mas dizendo que depois de ter sido "chutado" daquela maneira, nunca mais a procuraria.
Quando viu Thomas saindo da sede presidencial praticamente soltando fogo pelos ouvidos, Neal sorriu. Ele soube naquele momento que Amanda tinha cumprido com sua parte no acordo, colocando Thomas de uma vez por todas para fora de sua vida. Era assim que ele gostava, que tudo fosse ao seu modo.
Quando Jack anunciou a imprensa que seu relacionamento com Mandy Lewis havia terminado, as especulações começaram com força. Como eram conhecidos por ser um casal com forte potencial a formarem uma família, a mídia fez questão de inventar várias histórias para suprir a curiosidade do público. Nenhuma dela fora confirmada por ambas as partes, que ficaram sendo assediadas por paparazzis por quase todos os lugares em que passavam. Quando a poeira finalmente abaixou, depois de duas semanas de matérias em jornais, revistas e programas de fofocas, Mandy pôde respirar mais aliviada e continuar a viver sua vida da forma que queria.
Seu namoro com Michael, apesar de ser totalmente escondido de todos, estava indo muito bem. O fogo que sentiam só fazia aumentar, e o sentimento também. Mandy sabia que gostava de Jack e, enquanto estava com ele, pensava que o amava. Agora ela via que amar era algo bastante diferente. O que ela sente por Michael é muito maior do que um dia sentiu por Jack. Ás vezes ele a irritava, brigava com ela, mas ela sabia que não poderia viver sem ele. E Michael mostrava que sentia o mesmo por ela, fazendo-a se sentir confiante àquele relacionamento.
A empresa Luxor & Lewis estava a espreita de uma nova pedra rara havia dois anos. Quando Amanda soube por seus mineradores que eles finalmente encontraram a nova pedra, ela começou a trabalhar em cima do design junto com Neal e toda a sua equipe. Lua Azul era o mais novo lançamento da empresa, desde Turmalina Paraíba. Era uma pedra rica de beleza e única em sua magnificência, sendo rara e muito, muito cara. Quando a primeira joia ficou pronta - um colar de ouro branco, com diamantes e uma linda Lua Azul em forma de coração cravejada no centro da joia - Amanda avisou a publicidade que uma festa em comemoração tinha de ser feita.
Toda a imprensa ficou em polvorosa para saber como era a joia que a Luxor & Lewis mantinham em tanto mistério. Muitas revistas pediram diretamente a Amanda para que lhe concedesse uma entrevista. Chegaram até mesmo a pedir para que Mandy lhes contasse o segredo, mas nada fora dito. Todos iriam descobrir nessa noite de sábado como era a nova joia, que Mandy iria ostentar na festa de divulgação.
O dia fora atarefado. Ao invés de está se arrumando, como seria o natural de todas as mulheres antes de uma grande festa, Amanda estava tomando conta de cada detalhe da decoração da festa, que seria feita na mansão de sua mãe. Só quando se certificou de que estava tudo do jeito que queria, Amanda saiu e foi direto para o SPA, encontrar sua irmã. Sera um baile de gala, ao qual todos os convidados deveriam estar vestidos à caráter.
Quando ficou pronta, Amanda saiu do SPA com o seu motorista. Neal estava no banco de trás do carro e não dispensou elogios ao vê como Amanda estava linda. Beijaram-se e seguiram para festa. Ao passarem pelo tapete vermelho, todos os fotógrafos ficaram em polvorosa e até mesmo perguntaram se os dois eram um casal. Amanda olhou para Neal e deu um sorriso, dizendo que ele era, além de seu acompanhante, o design da joia que seria apresentada naquela noite.
Ao citar a joia, o assunto foi desviado para Mandy. Todos queriam saber a que horas ela chegaria, para que pudessem vê a tão linda joia. Amanda sorriu ante a curiosidade deles e disse que logo Mandy chegaria.
Mandy saiu do SPA e foi direto para o seu apartamento, onde Michael a esperava. Ela sairia de lá junto com ele e com uma escolta de seguranças particulares, para não correr risco no meio do caminho. Entrou em seu apartamento e Michael sorriu ao vê-la, indo ao seu encontro e dizendo o quanto estava linda. Ela sorriu e agradeceu, dando-lhe um beijo antes de ir ao seu quarto para pegar a joia. Ao descer, ela foi até ele e abriu a caixa.
- Você pode colocar pra mim? - ela perguntou.
- Uau, que joia incrível Mandy! - Michael exclamou encantado com uma jóia tão imponente. - Claro que coloco. - ele pousa as mãos no colar e se pôs atrás da namorada. Passou o colar a frente dela envolta do pescoço e fechou. Agora ele vislumbra como as duas combinavam - Melhor impossível, meu amor. Combinam perfeitamente, você e essa jóia. - ele diz carinhoso.
Mandy sorriu.
- Tô achando que você gostou mais da joia do que de mim... - ela disse, brincando.
- Que isso amor.. - ele riu sem graça - Só pensei que poderíamos aproveitar ela depois da festa, sabe... - Michael encosta os lábios no ouvido dela, sussurra - Você, eu... Sem roupas e essa preciosidade.. Que tal?
- Vou vê com a Amanda se ela me deixa ficar com a joia essa noite... - ela murmura e pisca pra ele. - Vamos? Tenho certeza que os convidados e a imprensa devem está a ponto de arrancarem os cabelos de tanta curiosidade.
- Pede com jeitinho que ela deixa, princesa. - Ele sorriu. - Sua irmã sempre te atende.
- Por que você não pede? Tenho certeza que ela vai deixar na mesma hora. - Mandy disse rindo, abrindo a porta de seu apartamento.
- Por que você não pede? Tenho certeza que ela vai deixar na mesma hora. - Mandy disse rindo, abrindo a porta de seu apartamento.
- Ah sim, sua irmã me ama tanto... - Diz irônico e ri a seguindo. - Aposto sairia de olho roxo da festa.
Mandy riu alto e juntos saíram do apartamento, sendo escoltados até a festa.
Na festa Amanda e Neal conversavam com algumas pessoas de grande influência no mercado VIP. Manolo Gomez era um poderoso aliado de Luxor na América do Sul. Neal expressa bem seus interesses e ideias como designer. Manolo fica impressionado e até brinca com Amanda que vai levar o promissor funcionário da Luxor para o novo mundo. Ela sorri e diz que Caffrey era a alma dali e que não o perderia por nada. Neal sorriu pra ela e beijou sua mão fazendo elogios a patroa.
A conversa estava divertida, mas Amanda sentiu algo estranho mexer em seu estômago. Discretamente ela pede que Neal a acompanhe para tomar um pouco de ar no jardim. Lá fora, respirou profundamente sentindo as mãos esfriando rapidamente. Amanda se apoiava no braço de Neal.
- Acho que minha pressão está caindo, Neal.. Sinto um frio estranho.. - ela murmura.
- Oh, Amanda... Venha, sente-se aqui. - ele pediu, levando-a até um banco para que se sentasse - Quer que eu pegue água pra você?
- Por favor.. - ela assentiu.
Neal assentiu e lhe deu um beijo na testa antes de sair. Ele pediu a um garçom para que lhe trouxesse um copo d'água bem gelado e logo foi atendido. Ao voltar para o jardim, encontrou Amanda respirando devagar.
- Tome, baby... - ele deu o copo a ela. - Se não melhorar, te levarei ao hospital.
- Obrigada, mas acho que hospital não vai ser necessário. - Ela disse bebendo a água aos poucos. Amanda olhou bem para aquele homem lindo a sua frente. Seus preocupados olhos azuis a fascinavam.. - Sabe Neal... Você ficou ótimo nesse estilo black tie. Combina com você. - Sorriu, ela.
- E o que dizer de você? Está perfeita nesse vestido, baby... Minha vontade é de passar meus lábios por toda essas suas costas nuas... Mas vou fazer isso quando formos embora. - ele sorriu de lado. - Está melhor?
Ela sorriu tímida.
- Sim, estou bem agora. Deve ter sido apenas a pressão. Ah, hoje vou te apresentar ao namorado "pervertido" da minha irmã. Não sei como ela o aguenta... - Amanda revira os olhos - Aquele cara não me desce.
Neal riu.
- E eu já perdi a conta de quantas vezes você fez a caveira dele pra mim, Amanda. - ele olhou em seu relógio. - Aliás, eles já não deveriam ter chegado? Daqui a pouco os convidados ficarão entediados com a demora...
- Verdade, essa minha irmã... Mandy adoro deixar a imprensa louca. É típico dela. - Amanda sorriu. - Mas falo a verdade querido, tem algo nele que me deixa com o pé atrás... Porém, você tem razão acho que devo estar exagerando. - ela encolheu os olhos - Vou dar uma chance a ele por sua causa, Sr. Caffrey. - ela sorriu.
- Graças à Deus! O pobre do homem deve ter medo de você... - Neal riu e e estendeu a mão pra ela. - Vamos voltar?
- Vamos. - ela pegou a mão dele - Que nada! Michael é um desaforado. Ele me provoca de propósito, mas a minha irmã ama ele, então... - ela dá os ombros.
- Então você tem que aceitá-lo e deixar essa birra de lado... - ele diz. voltando com ela pra festa.
- Vou tentar... Mas só por que você pediu. - Ela sorriu de leve.
- Bom saber que minha opinião pode te fazer mudar de ideia... - ele diz, sorrindo e vendo uma aglomeração na entrada da festa. - Acho que sua irmã chegou
Amanda sorriu vendo a loucura dos fotógrafos disparando flashes como loucos em suas máquinas.
- Com certeza é ela. - Confirmou vendo Mandy aparecer no meio dele e logo depois acenar pra ela, em seguida vendo-a seguir em sua direção. As duas se abraçam. - Mandy você está linda, minha irmã! A jóia ficou perfeita em você. - Disse Amanda.
- Oh, baby, você também está maravilhosa. - ela disse, sorrindo. - Quase não conseguimos sair do tapete vermelho, os flashes nos cegaram. - ela riu. - Como vai, Neal?
- Estou muito bem, Mandy. Você está linda. - ele disse, beijando a mão dela.
Amanda olha para Michael e dá o primeiro passo, como tinha dito que faria.
- Boa noite, Michael.
- Boa noite, Amanda. Como está? - ele respondeu com um ligeiro sorriso.
- Muito bem, obrigada. Espero que goste da festa. - disse simpática, fazendo Mandy erguer a sobrancelha pra ela.
- Tenho certeza que sim, Amanda. Obrigado. - ele disse.
Mandy sorri de lado ao vê a irmã se familiarizando com o novo namorado.
- Neal, esse é Michael, meu namorado... - Mandy diz. - E Mike, esse é Neal... Designer da Luxor.
- Prazer em conhecê-lo, Neal. - Michael estende a mão para ele - Estas duas falam bem de você.. Principalmente Amanda.. - Michael sorriu travesso.
- É mesmo? - ele sorriu de lado. - É bom saber que gosta de meus serviços, Amanda.
Amanda forçou um sorriso e fulminou Michael com os olhar. Michael apenas riu.
- Estou brincando cunhadinha, não precisa ficar brava. - Ele diz natural - Neal sabe que você aprecia o bom trabalho que está fazendo na empresa. - Agora Michael se vira apara Neal - E exatamente por falar nisso quero parabeniza-lo por esta joia tão bem feita. Você tem um talento e tanto, cara!
- Obrigado, Michael. Sei que é professor de Mandy e ela também o elogia muito. Diz que é um ótimo profissional e você aparenta isso.
- Obrigado Neal. São anos de esforço e prática, além da paixão que tenho pela profissão. Sem paixão nada que fazemos sai perfeito,mas... Ter uma linda mulher, como Mandy também ajuda muito. - Michael disse enlaçando a cintura dela, discretamente.
- Sei muito bem o que você quer dizer... - Neal disse, sorrindo para Amanda.
- Nós realmente adoramos elogios, garotos, mas acho que temos que circular pela festa... Vocês podem fazer isso melhor quando formos embora... - Mandy disse, sorrindo
- Concordo irmã, estou ficando corada já. - Amanda sorriu.
Michael se dirigiu para o meio dos postes e olhando Mandy disse:
- Um dia desses você falou que nunca tinha ganhado um striptease... Bom, desde então venho preparando isso pra você e espero que goste, por essa apresentação é única e exclusiva. - ele disse com os olhos inflamando de desejo.
Mandy morde o lábio de ansiedade. Ele se concentra e começa. Michael se pôs a dançar lento como os acordes da canção. Movia o corpo de um lado para o outro. Pegou em sua jaqueta preta fazendo que ia tira-la, mas não. Apenas brincava com ela. Caminhou entre os postes, dançou e finalmente tirou a jaqueta pondo num canto por ali. Continuou sua dança puxando a camisa de dentro da calça lentamente... Por cima do tecido tocou o próprio corpo desde o peito até o cós do jeans.
Mandy mantinha os olhos atentos, Michael não tirava o seu dos dela.
Ele se aproxima dela, ficando de frente levantou a camisa e novamente deslizou sua mão do peito até o cós da calça e pouco mais. Ela suspirou quando ele quando encosta em seu membro. Michael tira a camiseta por cima da cabeça e joga de lado. Vislumbrando o físico atlético de Michael Mandy começa ater uma vontade incontrolável de toca-lo, ao perceber isso Michael se afasta. Ele vai para lado dos postes novamente dançando no meio deles. Depois usando um de cada vez fazendo movimentos sexualmente masculinos que deixam a podre aluna incômoda na poltrona.
Michael sabia a reação que estava causando nela, sorrindo de lado ele continuou sua dança. Ele faz caras e bocas que representam puro prazer. Ele volta a se aproximar de Mandy pegando a pela mão, puxou para ficar de pé. Mandy o acompanha até os pontes. Michael a encostou num deles e disse:
- Fique paradinha aí e não de mexa...
Michael deu um passo para trás pondo a mão no cós do jeans. Lentamente abriu o botão abrindo minimamente a calça. Veio ao encontro de Mandy e a agarrou pela cintura, colando os corpos. Fez com que rebolassem frente a frente bem gostoso como se estivessem fazendo amor. Não aguentando Mandy ia apoiar seus braços o pescoço dele, mas foi repreendida com um não sério e silencioso. Como punição ele a virou de costas com as mãos juntas para o alto, segurando o poste. Michael abaixou-se e tocou seus tornozelos subindo lentamente pelas pernas e coxas. Quando chegou ao bumbum apertou com gosto.
Um som familiar ela escuta atrás de si. Ele se livrava da calça. Mandy arfou sentindo seu interior pulsando... O querendo. Michael voltou a colar seu corpo no dela. Segurou a cintura dela na direção da sua, rebolando gostoso e lento. Ela se empina pra ele automaticamente. Michael coloca mais pressão no movimento e de repente a vira de frente pra si. Mandy ofegava e suas pupilas estavam dilatadas. Ele abriu os botôes da blusinha dela. O sutiã ficou a mostra dando uma linda paisagem. Beijando o pescoço deu início a melhor parte do que tinha planejado. Desceu com mordidas até o colo. Pôs as mãos no fecho o abrindo com facilidade. Tirou-a de todas as peças de cima.
Dedicou-se a beijar e lamber um seio enquanto massageava o outro. Ela geme pra ele ouvir. O volume em sua cueca box azul marinho estava bem grande, o tecido mal podia conte-lo. Michael desceu os beijos pelo tronco e até a calcinha. Logo livrou Mandy do lindo pedaço de renda a deixando nua em sua frente. Michael arfou sentindo seu membro lateja de desejo. Levou a mão na intimidade dela e facilmente a penetrou com dois dedos, fazendo que ela gemesse alto pedindo o corpo dele, pois ela não resistiria mais em não poder toca-lo. Michael parou de excita-la assim e pôs um dedo em sua boca, chupando com vontade. Mandy morde o lábio com força. Em seguida ele leva o outro dedo molhado a boca de Mandy e sussurrou:
- Sente só como você é gostosa, princesa... Chupa devagarinho e sente... -ele diz.
Mandy o obedecendo acolheu o dedo de Michael na boca. Chupou devagar, mas aos poucos sugou mais e mais forte. Michael fecha os olhos geme ficando arrepiado e extremamente excitado. Minutos depois ele não aguentava mais.
- Chega amorzinho... - Ele disse olhando pra ela com os olhos em chamas. - Preciso do seu corpo, agora!
Mandy o soltou e foi levada até o espelho. Num gesto rápido Michael a moça no colo com as pernas enlaçadas na sua cintura. Apoiando as costas dela no vidro.
- Você já pode me tocar como quiser, princesa. Vou cuidar de você bem gostoso agora.... - Ele disse pondo o membro rígido na entrada dela. Enfiando aos poucos até ir tudo.
Quando atingiu o limite Michael começou a se mover forte dentro dela. O corpo de Mandy subia e descia sobre ele. Os dois gemiam mais e a cada gemido uma investida mais intensa era feita. Mandy que estava apoiada nos ombros dele rebolada de encontro aos movimentos. Seu quadril fora muito bem treinado pelo anos de dança do ventre, para Michael isso era um delírio total porque nenhuma garota nunca mexeu tão gostoso assim. A música tinha terminado a algum tempo e outras começaram, mas o casal nem ligavam, o único som ali eram seus gemidos e gritos altos de prazer. Quando Mandy começou aperta-lo Michael investiu tão forte que era um pouco dolorido e isso foi o suficiente pra ela gozando gritar o nome dele e ela a seguir fazendo o mesmo.
Ofegantes eles respiram fundo. Michael dá um tempinho e sai dela devagar para coloca-la no chão, pois suas pernas tremiam de cansaço e satisfação. Sorrindo os dois deitaram sobre o tapete. Michael a beijou docemente nos lábios e acolheu o corpo cansado de sua garota junto ao seu.
Um mês depois.
Amanda e Neal estavam conseguindo levar adiante o "acordo" que estabeleceram. Amanda finalmente tinha mandando Thomas embora, dizendo que aquela noite tinha sido um erro. Ele insistiu, dizendo que ela estava equivocada e que estava deixando que a mágoa que ainda sentia falasse mais alto, mas Amanda foi dura e irredutível. Ela já tinha errado com ele uma vez e não estava disposta a errar de novo, ainda mais quando tinha Neal ao seu lado como seu... Amante. Sendo assim, sentiu-se completamente aliviada quando Thomas saiu com raiva de seu escritório, mas dizendo que depois de ter sido "chutado" daquela maneira, nunca mais a procuraria.
Quando viu Thomas saindo da sede presidencial praticamente soltando fogo pelos ouvidos, Neal sorriu. Ele soube naquele momento que Amanda tinha cumprido com sua parte no acordo, colocando Thomas de uma vez por todas para fora de sua vida. Era assim que ele gostava, que tudo fosse ao seu modo.
Quando Jack anunciou a imprensa que seu relacionamento com Mandy Lewis havia terminado, as especulações começaram com força. Como eram conhecidos por ser um casal com forte potencial a formarem uma família, a mídia fez questão de inventar várias histórias para suprir a curiosidade do público. Nenhuma dela fora confirmada por ambas as partes, que ficaram sendo assediadas por paparazzis por quase todos os lugares em que passavam. Quando a poeira finalmente abaixou, depois de duas semanas de matérias em jornais, revistas e programas de fofocas, Mandy pôde respirar mais aliviada e continuar a viver sua vida da forma que queria.
Seu namoro com Michael, apesar de ser totalmente escondido de todos, estava indo muito bem. O fogo que sentiam só fazia aumentar, e o sentimento também. Mandy sabia que gostava de Jack e, enquanto estava com ele, pensava que o amava. Agora ela via que amar era algo bastante diferente. O que ela sente por Michael é muito maior do que um dia sentiu por Jack. Ás vezes ele a irritava, brigava com ela, mas ela sabia que não poderia viver sem ele. E Michael mostrava que sentia o mesmo por ela, fazendo-a se sentir confiante àquele relacionamento.
A empresa Luxor & Lewis estava a espreita de uma nova pedra rara havia dois anos. Quando Amanda soube por seus mineradores que eles finalmente encontraram a nova pedra, ela começou a trabalhar em cima do design junto com Neal e toda a sua equipe. Lua Azul era o mais novo lançamento da empresa, desde Turmalina Paraíba. Era uma pedra rica de beleza e única em sua magnificência, sendo rara e muito, muito cara. Quando a primeira joia ficou pronta - um colar de ouro branco, com diamantes e uma linda Lua Azul em forma de coração cravejada no centro da joia - Amanda avisou a publicidade que uma festa em comemoração tinha de ser feita.
Toda a imprensa ficou em polvorosa para saber como era a joia que a Luxor & Lewis mantinham em tanto mistério. Muitas revistas pediram diretamente a Amanda para que lhe concedesse uma entrevista. Chegaram até mesmo a pedir para que Mandy lhes contasse o segredo, mas nada fora dito. Todos iriam descobrir nessa noite de sábado como era a nova joia, que Mandy iria ostentar na festa de divulgação.
O dia fora atarefado. Ao invés de está se arrumando, como seria o natural de todas as mulheres antes de uma grande festa, Amanda estava tomando conta de cada detalhe da decoração da festa, que seria feita na mansão de sua mãe. Só quando se certificou de que estava tudo do jeito que queria, Amanda saiu e foi direto para o SPA, encontrar sua irmã. Sera um baile de gala, ao qual todos os convidados deveriam estar vestidos à caráter.
Quando ficou pronta, Amanda saiu do SPA com o seu motorista. Neal estava no banco de trás do carro e não dispensou elogios ao vê como Amanda estava linda. Beijaram-se e seguiram para festa. Ao passarem pelo tapete vermelho, todos os fotógrafos ficaram em polvorosa e até mesmo perguntaram se os dois eram um casal. Amanda olhou para Neal e deu um sorriso, dizendo que ele era, além de seu acompanhante, o design da joia que seria apresentada naquela noite.
Ao citar a joia, o assunto foi desviado para Mandy. Todos queriam saber a que horas ela chegaria, para que pudessem vê a tão linda joia. Amanda sorriu ante a curiosidade deles e disse que logo Mandy chegaria.
Mandy saiu do SPA e foi direto para o seu apartamento, onde Michael a esperava. Ela sairia de lá junto com ele e com uma escolta de seguranças particulares, para não correr risco no meio do caminho. Entrou em seu apartamento e Michael sorriu ao vê-la, indo ao seu encontro e dizendo o quanto estava linda. Ela sorriu e agradeceu, dando-lhe um beijo antes de ir ao seu quarto para pegar a joia. Ao descer, ela foi até ele e abriu a caixa.
- Você pode colocar pra mim? - ela perguntou.
- Uau, que joia incrível Mandy! - Michael exclamou encantado com uma jóia tão imponente. - Claro que coloco. - ele pousa as mãos no colar e se pôs atrás da namorada. Passou o colar a frente dela envolta do pescoço e fechou. Agora ele vislumbra como as duas combinavam - Melhor impossível, meu amor. Combinam perfeitamente, você e essa jóia. - ele diz carinhoso.
Mandy sorriu.
- Tô achando que você gostou mais da joia do que de mim... - ela disse, brincando.
- Que isso amor.. - ele riu sem graça - Só pensei que poderíamos aproveitar ela depois da festa, sabe... - Michael encosta os lábios no ouvido dela, sussurra - Você, eu... Sem roupas e essa preciosidade.. Que tal?
- Vou vê com a Amanda se ela me deixa ficar com a joia essa noite... - ela murmura e pisca pra ele. - Vamos? Tenho certeza que os convidados e a imprensa devem está a ponto de arrancarem os cabelos de tanta curiosidade.
- Pede com jeitinho que ela deixa, princesa. - Ele sorriu. - Sua irmã sempre te atende.
- Por que você não pede? Tenho certeza que ela vai deixar na mesma hora. - Mandy disse rindo, abrindo a porta de seu apartamento.
- Por que você não pede? Tenho certeza que ela vai deixar na mesma hora. - Mandy disse rindo, abrindo a porta de seu apartamento.
- Ah sim, sua irmã me ama tanto... - Diz irônico e ri a seguindo. - Aposto sairia de olho roxo da festa.
Mandy riu alto e juntos saíram do apartamento, sendo escoltados até a festa.
Na festa Amanda e Neal conversavam com algumas pessoas de grande influência no mercado VIP. Manolo Gomez era um poderoso aliado de Luxor na América do Sul. Neal expressa bem seus interesses e ideias como designer. Manolo fica impressionado e até brinca com Amanda que vai levar o promissor funcionário da Luxor para o novo mundo. Ela sorri e diz que Caffrey era a alma dali e que não o perderia por nada. Neal sorriu pra ela e beijou sua mão fazendo elogios a patroa.
A conversa estava divertida, mas Amanda sentiu algo estranho mexer em seu estômago. Discretamente ela pede que Neal a acompanhe para tomar um pouco de ar no jardim. Lá fora, respirou profundamente sentindo as mãos esfriando rapidamente. Amanda se apoiava no braço de Neal.
- Acho que minha pressão está caindo, Neal.. Sinto um frio estranho.. - ela murmura.
- Oh, Amanda... Venha, sente-se aqui. - ele pediu, levando-a até um banco para que se sentasse - Quer que eu pegue água pra você?
- Por favor.. - ela assentiu.
Neal assentiu e lhe deu um beijo na testa antes de sair. Ele pediu a um garçom para que lhe trouxesse um copo d'água bem gelado e logo foi atendido. Ao voltar para o jardim, encontrou Amanda respirando devagar.
- Tome, baby... - ele deu o copo a ela. - Se não melhorar, te levarei ao hospital.
- Obrigada, mas acho que hospital não vai ser necessário. - Ela disse bebendo a água aos poucos. Amanda olhou bem para aquele homem lindo a sua frente. Seus preocupados olhos azuis a fascinavam.. - Sabe Neal... Você ficou ótimo nesse estilo black tie. Combina com você. - Sorriu, ela.
- E o que dizer de você? Está perfeita nesse vestido, baby... Minha vontade é de passar meus lábios por toda essas suas costas nuas... Mas vou fazer isso quando formos embora. - ele sorriu de lado. - Está melhor?
Ela sorriu tímida.
- Sim, estou bem agora. Deve ter sido apenas a pressão. Ah, hoje vou te apresentar ao namorado "pervertido" da minha irmã. Não sei como ela o aguenta... - Amanda revira os olhos - Aquele cara não me desce.
Neal riu.
- E eu já perdi a conta de quantas vezes você fez a caveira dele pra mim, Amanda. - ele olhou em seu relógio. - Aliás, eles já não deveriam ter chegado? Daqui a pouco os convidados ficarão entediados com a demora...
- Verdade, essa minha irmã... Mandy adoro deixar a imprensa louca. É típico dela. - Amanda sorriu. - Mas falo a verdade querido, tem algo nele que me deixa com o pé atrás... Porém, você tem razão acho que devo estar exagerando. - ela encolheu os olhos - Vou dar uma chance a ele por sua causa, Sr. Caffrey. - ela sorriu.
- Graças à Deus! O pobre do homem deve ter medo de você... - Neal riu e e estendeu a mão pra ela. - Vamos voltar?
- Vamos. - ela pegou a mão dele - Que nada! Michael é um desaforado. Ele me provoca de propósito, mas a minha irmã ama ele, então... - ela dá os ombros.
- Então você tem que aceitá-lo e deixar essa birra de lado... - ele diz. voltando com ela pra festa.
- Vou tentar... Mas só por que você pediu. - Ela sorriu de leve.
- Bom saber que minha opinião pode te fazer mudar de ideia... - ele diz, sorrindo e vendo uma aglomeração na entrada da festa. - Acho que sua irmã chegou
Amanda sorriu vendo a loucura dos fotógrafos disparando flashes como loucos em suas máquinas.
- Com certeza é ela. - Confirmou vendo Mandy aparecer no meio dele e logo depois acenar pra ela, em seguida vendo-a seguir em sua direção. As duas se abraçam. - Mandy você está linda, minha irmã! A jóia ficou perfeita em você. - Disse Amanda.
- Oh, baby, você também está maravilhosa. - ela disse, sorrindo. - Quase não conseguimos sair do tapete vermelho, os flashes nos cegaram. - ela riu. - Como vai, Neal?
- Estou muito bem, Mandy. Você está linda. - ele disse, beijando a mão dela.
Amanda olha para Michael e dá o primeiro passo, como tinha dito que faria.
- Boa noite, Michael.
- Boa noite, Amanda. Como está? - ele respondeu com um ligeiro sorriso.
- Muito bem, obrigada. Espero que goste da festa. - disse simpática, fazendo Mandy erguer a sobrancelha pra ela.
- Tenho certeza que sim, Amanda. Obrigado. - ele disse.
Mandy sorri de lado ao vê a irmã se familiarizando com o novo namorado.
- Neal, esse é Michael, meu namorado... - Mandy diz. - E Mike, esse é Neal... Designer da Luxor.
- Prazer em conhecê-lo, Neal. - Michael estende a mão para ele - Estas duas falam bem de você.. Principalmente Amanda.. - Michael sorriu travesso.
- É mesmo? - ele sorriu de lado. - É bom saber que gosta de meus serviços, Amanda.
Amanda forçou um sorriso e fulminou Michael com os olhar. Michael apenas riu.
- Estou brincando cunhadinha, não precisa ficar brava. - Ele diz natural - Neal sabe que você aprecia o bom trabalho que está fazendo na empresa. - Agora Michael se vira apara Neal - E exatamente por falar nisso quero parabeniza-lo por esta joia tão bem feita. Você tem um talento e tanto, cara!
- Obrigado, Michael. Sei que é professor de Mandy e ela também o elogia muito. Diz que é um ótimo profissional e você aparenta isso.
- Obrigado Neal. São anos de esforço e prática, além da paixão que tenho pela profissão. Sem paixão nada que fazemos sai perfeito,mas... Ter uma linda mulher, como Mandy também ajuda muito. - Michael disse enlaçando a cintura dela, discretamente.
- Sei muito bem o que você quer dizer... - Neal disse, sorrindo para Amanda.
- Nós realmente adoramos elogios, garotos, mas acho que temos que circular pela festa... Vocês podem fazer isso melhor quando formos embora... - Mandy disse, sorrindo
- Concordo irmã, estou ficando corada já. - Amanda sorriu.
Capítulo 24
Os casais riram e saem para circular, como Mandy havia dito. Todos admiram a beleza do belo coração feito da Lua Azul. Seu cordão de diamante branco são um toque especial a peça. Ostentando do o glamour que toda mulher merece. Michael e Mandy eram sorrisos o tempo todo. Amanda e Neal se comportam como bons parceiros de trabalho, mas quando se viam afastados dos demais era possível trocam algum beijo. Os dias adoravam correr riscos.
Os convidados estão espalhados pela casa e uns poucos pela varanda e o jardim. No horário marcado Amanda, Neal, Mandy e o acionista mais velho de Luxor, o Sr. Clark Devlin sobem ao palco para apresentar a peça mais luxuosa e cara da empresa. Clark faz as honras e apresentações. Mandy dá alguns passos a frente posando com a joia. Neal se dirigiu ao microfone começando a explicar como o modelo fora produzido. Ao final, Amanda anuncia que aquela peça era única. Não haveria outro coração feito da estonteante pedra Lua Azul. Está obra prima foi produzida no intuito de começar uma importante campanha em favor das mulheres com câncer de mama. No telão atrás do palco a imagem de Elizabeth aparece bela e grande. Suas filhas suspiram e Amanda continuam firme em seus discurso. Após a festa seria marcado um leilão de joias para arrecadar fundos para a campanha de conscientização e tratamento das pacientes deste problema.
O projeto havia começado por iniciativa de Elizabeth, porém antes de partir ela pede que as filhas sigam com o mesmo. Elizabeth queria que todas as mulheres tivessem o direito de serem diagnosticadas com antecedência para serem cuidadas a tempo, antes que a doença estivesse longe demais quando fosse feita a descoberta.
Após o discurso emocionado, os convidados ovacionam com uma salva de palmas de quase três minutos. Amanda e Mandy se abraçam no palco, orgulhosas por estarem atendendo o desejo da mãe.
Uma hora depois quando Amanda, Mandy, Michael e Neal estavam conversando bem a vontade em suas mesas, Neal pede licença para se ausentar um pouco. Todos assentem. Mandy faz o mesmo um pouco depois, pois estava apertada para ir ao banheiro. Ela pede licença e sai. Na volta ela passa perto do escritório da mãe e vê a porta entreaberta. Neal e mais dois homens de terno conversavam lá dentro. Neal parecia estar dando ordens ou comandos aos homens. Curiosa Mandy se aproxima da porta para ouvi-los sem ser vista
[Trilha sonora da cena]
- Escutaram bem o que eu disse? Vocês irão se aproximar de Mandy quando ela estiver sozinha no jardim. Ela tirará fotos daqui a dez minutos e os quero lá antes disso. Você, John, irá se aproximar por trás e tampar a boca dela enquanto você, Peter, arrancará o colar do pescoço dela. Somem depois disso, ouviram? Se vocês forem pegos e derem com a língua nos dentes, eu faço questão de acabar com a raça de vocês.
Mandy colocou a mão na boca, fazendo com que um grito fosse interrompido. Neal estava armando pra roubar a joia e nem ela e nem sua irmã haviam desconfiado de nada.
- Entendemos perfeitamente, Grey. - um deles disse, sorrindo. - Vai ser como tirar doce da mão de uma criança.
- Eu sei que sim, e espero que façam isso direito. - Neal disse, mexendo na gravata borboleta. - Vou voltar pra festa agora. Hajam com tranquilidade e só ataquem na hora certa.
Mandy saiu do lado da porta e se escondeu dentro da sala ao lado do escritório. Grey? Que diabos de nome era aquele que ela nunca ouviu falar? Será que Neal mentia sobre sua identidade também? Com esses pensamentos, ela viu Neal sair do escritório.
Ela esperou alguns segundos e saiu logo atrás dele. Tinha de contar aquilo Amanda antes que o plano dele se concretizasse. Quando ela saiu da sala, ouviu passos atrás de si e andou normalmente, como se não soubesse de nada. Não olhou pra trás.
- Srta. Lewis? - ela escutou alguém chamar por ela. Era a voz do mesmo cara que estava com Neal. Sem responder, ela continuou andando. - Srta. Lewis, espere, preciso falar com a senhorita.
Sentindo-se apavorada, Mandy olhou pra trás e começou a correr em direção ao jardim. Tudo estava vazio e a única coisa que ela queria era encontrar alguém, qualquer pessoa que fosse, mas ninguém aparecia e pra ir pro meio da multidão, ela teria que passar por eles, algo que ela bem cogitava.
- Mandy... - ela escutou mais passos e a voz mais perto. - Se continuar a correr, isso não vai acabar bem... Acho melhor parar agora.
- Vocês não vão pegar a joia! - ela gritou, começando a correr mais rápido.
Foi o tempo de apenas dar mais um passo e um barulho alto foi ouvido por todos os convidados da festa, ultrapassando até mesmo a musica alta. O barulho de um tiro.
Amanda olhou ao redor e segurou no braço de Neal, falando:
- Meu Deus, isso foi um tiro? Cadê a Mandy?
- Tiro? - Neal perguntou, olhando ao redor e procurando por seus capangas. - Eu acho que não, baby... Mandy não tinha ido ao banheiro?
Os convidados olhavam ao redor com medo e alguns se abaixaram. Todos sabiam que aquilo tinha sido um tiro, por mais que a hipótese fosse remota.
- Tinha.. Oh meu Deus eu vou atrás dela.. - Amanda levantando da cadeira.
- Amanda, espera... - ele disse indo atrás dela.
Michael, preocupado, os seguiu também. Quando Amanda estava se aproximando da entrada da casa, ela viu alguns seguranças virem correndo em sua direção.
- Sra. Lewis... - Wayne a chamou com os olhos arregalados.
- O que aconteceu Wayne, pelo amor de Deus.. Espere, que cara é essa? -ela disse sentindo o sangue gelar.
- Eu peço que tenha calma, senhora... - ele disse, olhando pra ela com atenção. - A Srta. Mandy foi baleada no jardim e arrancaram a joia do pescoço dela. Assim que ouvimos o barulho nós corremos pra la, mas os bandidos já tinham fugido... Nós já ligamos para a ambulância e eles estão a caminho.
- Baleada... - Neal murmurou pra si mesmo, engolindo em seco. Alguma coisa havia dado muito errado.
Amanda sente o chão sair de seus pés. Seu rosto fica pálido e a boca perde a cor. Michael arregala os olhos e sai correndo em direção ao jardim. Amanda enche os olhos d'água.
- Onde ela está precisamos leva-la ao hospital, meu Deus! - Ela diz ao segurança em plenos pulmões, até esquecendo que Neal estava ali.
- Ela ainda está no jardim, senhora.. Eu sugiro que espere e não vá ve-la agora... - Amanda o interrompe.
- Como? - Ela franze a testa pra ele - Eu preciso ver a minha irmã, seu louco? - Disse alto. - Ela está ferida e...
Neal a interrompe tentando acalma-la.
- Amanda, eu sei que isso é terrível, baby, mas é melhor esperar pra vê-la no hospital...- ele diz, tentando segurá-la ali.
- Neal, é a minha irmã que levou um tiro, pelo amor de Deus! Não me peça o impossível. - Ela disse tentando se desvencilhar dele.
- Okay... - ele murmura, dando-se por vencido e indo atrás dela em direção ao jardim.
No jardim Michael estava ao lado do corpo desacordado de Mandy. Ele está em choque, aquilo nunca fez parte do plano deles. Agora a única garota que o amou de verdade estava ali ferida e por culpa dele. Michael faz carinho na cabeça dela e sussurra:
- Isso não era pra ter acontecido... Você não tinha nada a ver, era só... A maldita joia e pronto... - murmurou ficando choroso - Você é tão linda e... Não merecia isso... - ele a observava
Michael começa a chorar temendo que o pior aconteça. Pela primeira vez o amor que nem sabia sentir por Mandy fez com que se arrependesse de ter participado daquilo. Ah se o tempo voltasse!
Pouco depois Amanda chega correndo e se joga ao lado da irmã e Michael. Tinha sangue no vestido e pescoço uma marca roxa do puxão que os ladrões deram para arrancar o colar dela. Amanda chama pela irmã não tendo resposta. Ela puxa Mandy pro seu colo e a abraça com força dizendo:
- Mandy acorda minha irmãzinha... Não faz isso comigo, por favor... Acorda.. - Ela chora vendo Michael se levantar sem dizer nada.
Neal estava perto em silencio, só olhando. O socorro chega e Amanda segue junto à ambulância para o hospital. Michael e Neal seguiram de carro, porém, assim que todos saíram e os dois ficaram sozinhos, Michael pode se soltar.
- Porra, Christian que merda foi essa? Hã? Combinamos que ninguém ia sair machucado... - Ele caminha de um lado pro outro - Agora a menina levou um tiro por culpa da sua incompetência. Eu estou puto de raiva, cara! Puto mesmo!
- A culpa não foi minha, Michael! Eu disse a John e Peter que era apenas pra arrancarem o colar dela, não pra atirarem! - ele passa as mãos pelos cabelos - Como eu ia saber que isso ia acontecer?
- Devia ter pensado, porra! - Michael respondeu com raiva - Se eu soubesse que ia,dar merda, tinha feito sozinho e ninguém seria prejudicado, mas não.. Fui confiar no gênio! - Se acontecer alguma coisa com ela Christian, você vai arcar com as consequências porque eu estou fora! Entendeu? Não quero mais saber de você e seus planos falidos. Pra mim já deu!
- Ah, agora está tirando o corpo fora, Michael? Na hora de entrar naquela porra daquela faculdade pra ser professor dela e ficar comendo a patricinha,você quis, mas na hora que a coisa aperta você quer fugir? Se pensa que eu vou me ferrar sozinho, está muito enganado! Você é tão culpado quanto eu!
Num acesso de raiva Michael empurra Christian pelo colarinho pra parede da varanda.
- Você lava a sua boca pra falar da Mandy, seu imbecil! - ele grita - Você também transou com a irmã dela. Eu sei de tudo Christian, Mandy me contou as coisas absurdas que propôs a Amanda.
Christian riu e não fez o mínimo esforço pra retribuir o ataque de Michael.
- Você tá apaixonado... - ele riu alto. - Não acredito que a porra daquela patricinha mimada conseguiu amarrar você...
- É, prendeu e dai? - disse Michael o soltando - Você não tem nada a ver com quem saio ou transo. Somos parceiros apenas em interesses. E você, duvido que não sente nada pela Amanda. Lá dentro você tava todo derretido.
- Não, eu não estou! - ele disse, ajeitando o colarinho da camisa. - Eu tenho mais o que fazer, pra ficar me apaixonando, Michael. Ao contrário de você, eu coloco os nossos interesses em primeiro lugar. Então eu realmente acho melhor irmos pro hospital e torcer muito para que Mandy fique bem. Apesar de saber que você vai torcer de qualquer maneira, visto que foi idiota e se encantou pela mimadinha.
- Você às vezes me assusta, Christian! - Michael disse o encarando enojado - Vamos sim e reze pra Amanda não ficar sabendo ainda hoje sobre o plano, se não vamos passar a noite vendo a lua atrás da jaula. - Michael disse sério.
Christian riu e passou por ele.
- Não tem como ela saber, a não ser que um certo cara apaixonado, abra a porra do bico!
Michael respira fundo para não manda-lo ir logo pr'aquele lugar. Sério, o seguiu até o carro e se dirigiram para o hospital.
Com a imprensa de Nova York estava completa na festa, rapidamente a noticia do atentado seguido de roubo explodia nas redes de comunicação e mídias sociais. O sobrenomes das jovens em poucas horas já era o top no Twitter. Em Las Vegas Jack Peterson saia de uma reunião quando foi avisado por sua secretária que Mandy, sua ex-namorada foi baleada no evento da empresa. Chocado e tomado por um sentimento forte, Jack pede a secretária que lhe reserve um voo particular o mais depressa possível, pois ele iria a Nova York ainda naquela noite.
A secretaria faz o que pode, mas o único voo disponível seria apenas pela manhã. Ela repassa o recado ao patrão e este é obrigado a esperar pelo dia seguinte para ver pessoalmente como Mandy está. Mais tarde ele liga para Amanda, mas não obteve resposta. Imaginou claramente o caos que se instalava por lá.
Falando em caos.... Assim que Neal e Michael chegam ao hospital uma multidão de câmeras, repórteres e fotógrafos os cercam para saber o que realmente aconteceu na mansão. Os dois nada respondem e com dificuldade adentram o lugar. Seguem para a recepção e se identificam. A recepcionista os indica o caminho a sala de espera. Amanda estava sentada chorando em silencio com seu lindo vestido de festa. Assim que viu Neal e Michael entrarem, se levantou e se lançou nos braços de Neal o abraçando o mais forte que pode.
- Graças a Deus você chegou... - Ela diz chorosa - Estou com tanto medo, Neal...
- Oh, baby... - ele a abraçou com força e beijou sua testa. - Nada de ruim vai acontecer, Amanda... Tenha fé. Você precisa ser forte para ficar ao lado de sua irmã.
- Eu sei... Ela precisa de mim.. - Ela disse respirando fundo voltando seu rosto para olha-lo - Quem poderia fazer uma coisa dessa conosco, Neal? Que eu saiba não temos inimigos tão furiosos... - Ela enche os olhos d'água novamente - Quem faria uma maldade assim? Quem?
Neal olhou discretamente para Michael, pela primeira vez expressando pesar no olhar.
- São bandidos, Amanda... Talvez, balear Mandy não estava nos planos e... Só tenha acontecido por acaso... - ele murmura, sem saber o que dizer.
Michael olha os dois e para Amanda naquele estado. Sentiu seu coração pesar mais do que se fosse feito titânio.
- Deus do céu, isso é um pesado Neal... - Ela disse chorosa - E eu só quero acordar dele com minha irmã sã e salva.. - Murmurou caindo nos braços dele novamente.
Michael encara Neal sem que Amanda o veja. Ele se aproxima deles e toca o ombro dela passando força dizendo:
- Um dia todos vão pagar o que fizeram, Amanda... Todos... - Michael disse.
- Isso mesmo, baby... Todos! - Neal diz, olhando pra Michael por cima do ombro dela.
Uma hora depois, a angustia estava estampada no rosto Amanda e Michael. Ele estava mesmo preocupado com ela. Jamais quis o seu mal, mesmo quando o intuito era rouba-la. No momento ele apenas lamenta tê-la conhecido por este meio. O médico do plantão entra na sala e todos se levantam.
- Amanda Lewis.. - ele chama.
- Sim doutor, sou eu... - Ela se levanta indo até o médico. - Como minha irmã está? - Perguntou aflita.
- Sua irmã já está fora de perigo. Foi necessário uma cirurgia para a retirada da bala, que ficou alojada na cintura. Por sorte não afetou nenhum órgão vital, apenas alguns músculo sofreram o trauma. Ela agora dorme com sedação, mas você pode visita-la.
- Oh Senhor, obrigada. - ela agradece aos céus com lágrimas nos olhos - Deus ouviu minhas preces, doutor. Eu vou sim ver minha irmã. Muito obrigada por cuidar dela. Que Deus o abençoe.
- A nós todos, Amanda! - respondeu o médico - Agora vou indo, pois o plantão está cheio. Qualquer coisa me chamem. - ele diz.
- Certo, doutor. Obrigada mais uma vez. - ela diz se despedindo.
O médico sai e Michael vai atrás dele pedindo atenção:
- Doutor, espere... - ele diz e o médico vira para trás - Eu posso visita-la também?
- O senhor é? ...
- Namorado. - Michael completa.
- Pode, mas não fique muito, a paciente acabou de sair de uma cirurgia. - Alertou o médico.
- Okay, eu entendi doutor. Obrigado.
- Não há de que. - responde o médico.
Os dois se separam e Michael volta a sala de espera. Amanda agora sorria mais aliviada e agradecida por ter sua irmã de volta.
- Escutaram bem o que eu disse? Vocês irão se aproximar de Mandy quando ela estiver sozinha no jardim. Ela tirará fotos daqui a dez minutos e os quero lá antes disso. Você, John, irá se aproximar por trás e tampar a boca dela enquanto você, Peter, arrancará o colar do pescoço dela. Somem depois disso, ouviram? Se vocês forem pegos e derem com a língua nos dentes, eu faço questão de acabar com a raça de vocês.
Mandy colocou a mão na boca, fazendo com que um grito fosse interrompido. Neal estava armando pra roubar a joia e nem ela e nem sua irmã haviam desconfiado de nada.
- Entendemos perfeitamente, Grey. - um deles disse, sorrindo. - Vai ser como tirar doce da mão de uma criança.
- Eu sei que sim, e espero que façam isso direito. - Neal disse, mexendo na gravata borboleta. - Vou voltar pra festa agora. Hajam com tranquilidade e só ataquem na hora certa.
Mandy saiu do lado da porta e se escondeu dentro da sala ao lado do escritório. Grey? Que diabos de nome era aquele que ela nunca ouviu falar? Será que Neal mentia sobre sua identidade também? Com esses pensamentos, ela viu Neal sair do escritório.
Ela esperou alguns segundos e saiu logo atrás dele. Tinha de contar aquilo Amanda antes que o plano dele se concretizasse. Quando ela saiu da sala, ouviu passos atrás de si e andou normalmente, como se não soubesse de nada. Não olhou pra trás.
- Srta. Lewis? - ela escutou alguém chamar por ela. Era a voz do mesmo cara que estava com Neal. Sem responder, ela continuou andando. - Srta. Lewis, espere, preciso falar com a senhorita.
Sentindo-se apavorada, Mandy olhou pra trás e começou a correr em direção ao jardim. Tudo estava vazio e a única coisa que ela queria era encontrar alguém, qualquer pessoa que fosse, mas ninguém aparecia e pra ir pro meio da multidão, ela teria que passar por eles, algo que ela bem cogitava.
- Mandy... - ela escutou mais passos e a voz mais perto. - Se continuar a correr, isso não vai acabar bem... Acho melhor parar agora.
- Vocês não vão pegar a joia! - ela gritou, começando a correr mais rápido.
Foi o tempo de apenas dar mais um passo e um barulho alto foi ouvido por todos os convidados da festa, ultrapassando até mesmo a musica alta. O barulho de um tiro.
Amanda olhou ao redor e segurou no braço de Neal, falando:
- Meu Deus, isso foi um tiro? Cadê a Mandy?
- Tiro? - Neal perguntou, olhando ao redor e procurando por seus capangas. - Eu acho que não, baby... Mandy não tinha ido ao banheiro?
Os convidados olhavam ao redor com medo e alguns se abaixaram. Todos sabiam que aquilo tinha sido um tiro, por mais que a hipótese fosse remota.
- Tinha.. Oh meu Deus eu vou atrás dela.. - Amanda levantando da cadeira.
- Amanda, espera... - ele disse indo atrás dela.
Michael, preocupado, os seguiu também. Quando Amanda estava se aproximando da entrada da casa, ela viu alguns seguranças virem correndo em sua direção.
- Sra. Lewis... - Wayne a chamou com os olhos arregalados.
- O que aconteceu Wayne, pelo amor de Deus.. Espere, que cara é essa? -ela disse sentindo o sangue gelar.
- Eu peço que tenha calma, senhora... - ele disse, olhando pra ela com atenção. - A Srta. Mandy foi baleada no jardim e arrancaram a joia do pescoço dela. Assim que ouvimos o barulho nós corremos pra la, mas os bandidos já tinham fugido... Nós já ligamos para a ambulância e eles estão a caminho.
- Baleada... - Neal murmurou pra si mesmo, engolindo em seco. Alguma coisa havia dado muito errado.
Amanda sente o chão sair de seus pés. Seu rosto fica pálido e a boca perde a cor. Michael arregala os olhos e sai correndo em direção ao jardim. Amanda enche os olhos d'água.
- Onde ela está precisamos leva-la ao hospital, meu Deus! - Ela diz ao segurança em plenos pulmões, até esquecendo que Neal estava ali.
- Ela ainda está no jardim, senhora.. Eu sugiro que espere e não vá ve-la agora... - Amanda o interrompe.
- Como? - Ela franze a testa pra ele - Eu preciso ver a minha irmã, seu louco? - Disse alto. - Ela está ferida e...
Neal a interrompe tentando acalma-la.
- Amanda, eu sei que isso é terrível, baby, mas é melhor esperar pra vê-la no hospital...- ele diz, tentando segurá-la ali.
- Neal, é a minha irmã que levou um tiro, pelo amor de Deus! Não me peça o impossível. - Ela disse tentando se desvencilhar dele.
- Okay... - ele murmura, dando-se por vencido e indo atrás dela em direção ao jardim.
No jardim Michael estava ao lado do corpo desacordado de Mandy. Ele está em choque, aquilo nunca fez parte do plano deles. Agora a única garota que o amou de verdade estava ali ferida e por culpa dele. Michael faz carinho na cabeça dela e sussurra:
- Isso não era pra ter acontecido... Você não tinha nada a ver, era só... A maldita joia e pronto... - murmurou ficando choroso - Você é tão linda e... Não merecia isso... - ele a observava
Michael começa a chorar temendo que o pior aconteça. Pela primeira vez o amor que nem sabia sentir por Mandy fez com que se arrependesse de ter participado daquilo. Ah se o tempo voltasse!
Pouco depois Amanda chega correndo e se joga ao lado da irmã e Michael. Tinha sangue no vestido e pescoço uma marca roxa do puxão que os ladrões deram para arrancar o colar dela. Amanda chama pela irmã não tendo resposta. Ela puxa Mandy pro seu colo e a abraça com força dizendo:
- Mandy acorda minha irmãzinha... Não faz isso comigo, por favor... Acorda.. - Ela chora vendo Michael se levantar sem dizer nada.
Neal estava perto em silencio, só olhando. O socorro chega e Amanda segue junto à ambulância para o hospital. Michael e Neal seguiram de carro, porém, assim que todos saíram e os dois ficaram sozinhos, Michael pode se soltar.
- Porra, Christian que merda foi essa? Hã? Combinamos que ninguém ia sair machucado... - Ele caminha de um lado pro outro - Agora a menina levou um tiro por culpa da sua incompetência. Eu estou puto de raiva, cara! Puto mesmo!
- A culpa não foi minha, Michael! Eu disse a John e Peter que era apenas pra arrancarem o colar dela, não pra atirarem! - ele passa as mãos pelos cabelos - Como eu ia saber que isso ia acontecer?
- Devia ter pensado, porra! - Michael respondeu com raiva - Se eu soubesse que ia,dar merda, tinha feito sozinho e ninguém seria prejudicado, mas não.. Fui confiar no gênio! - Se acontecer alguma coisa com ela Christian, você vai arcar com as consequências porque eu estou fora! Entendeu? Não quero mais saber de você e seus planos falidos. Pra mim já deu!
- Ah, agora está tirando o corpo fora, Michael? Na hora de entrar naquela porra daquela faculdade pra ser professor dela e ficar comendo a patricinha,você quis, mas na hora que a coisa aperta você quer fugir? Se pensa que eu vou me ferrar sozinho, está muito enganado! Você é tão culpado quanto eu!
Num acesso de raiva Michael empurra Christian pelo colarinho pra parede da varanda.
- Você lava a sua boca pra falar da Mandy, seu imbecil! - ele grita - Você também transou com a irmã dela. Eu sei de tudo Christian, Mandy me contou as coisas absurdas que propôs a Amanda.
Christian riu e não fez o mínimo esforço pra retribuir o ataque de Michael.
- Você tá apaixonado... - ele riu alto. - Não acredito que a porra daquela patricinha mimada conseguiu amarrar você...
- É, prendeu e dai? - disse Michael o soltando - Você não tem nada a ver com quem saio ou transo. Somos parceiros apenas em interesses. E você, duvido que não sente nada pela Amanda. Lá dentro você tava todo derretido.
- Não, eu não estou! - ele disse, ajeitando o colarinho da camisa. - Eu tenho mais o que fazer, pra ficar me apaixonando, Michael. Ao contrário de você, eu coloco os nossos interesses em primeiro lugar. Então eu realmente acho melhor irmos pro hospital e torcer muito para que Mandy fique bem. Apesar de saber que você vai torcer de qualquer maneira, visto que foi idiota e se encantou pela mimadinha.
- Você às vezes me assusta, Christian! - Michael disse o encarando enojado - Vamos sim e reze pra Amanda não ficar sabendo ainda hoje sobre o plano, se não vamos passar a noite vendo a lua atrás da jaula. - Michael disse sério.
Christian riu e passou por ele.
- Não tem como ela saber, a não ser que um certo cara apaixonado, abra a porra do bico!
Michael respira fundo para não manda-lo ir logo pr'aquele lugar. Sério, o seguiu até o carro e se dirigiram para o hospital.
Com a imprensa de Nova York estava completa na festa, rapidamente a noticia do atentado seguido de roubo explodia nas redes de comunicação e mídias sociais. O sobrenomes das jovens em poucas horas já era o top no Twitter. Em Las Vegas Jack Peterson saia de uma reunião quando foi avisado por sua secretária que Mandy, sua ex-namorada foi baleada no evento da empresa. Chocado e tomado por um sentimento forte, Jack pede a secretária que lhe reserve um voo particular o mais depressa possível, pois ele iria a Nova York ainda naquela noite.
A secretaria faz o que pode, mas o único voo disponível seria apenas pela manhã. Ela repassa o recado ao patrão e este é obrigado a esperar pelo dia seguinte para ver pessoalmente como Mandy está. Mais tarde ele liga para Amanda, mas não obteve resposta. Imaginou claramente o caos que se instalava por lá.
Falando em caos.... Assim que Neal e Michael chegam ao hospital uma multidão de câmeras, repórteres e fotógrafos os cercam para saber o que realmente aconteceu na mansão. Os dois nada respondem e com dificuldade adentram o lugar. Seguem para a recepção e se identificam. A recepcionista os indica o caminho a sala de espera. Amanda estava sentada chorando em silencio com seu lindo vestido de festa. Assim que viu Neal e Michael entrarem, se levantou e se lançou nos braços de Neal o abraçando o mais forte que pode.
- Graças a Deus você chegou... - Ela diz chorosa - Estou com tanto medo, Neal...
- Oh, baby... - ele a abraçou com força e beijou sua testa. - Nada de ruim vai acontecer, Amanda... Tenha fé. Você precisa ser forte para ficar ao lado de sua irmã.
- Eu sei... Ela precisa de mim.. - Ela disse respirando fundo voltando seu rosto para olha-lo - Quem poderia fazer uma coisa dessa conosco, Neal? Que eu saiba não temos inimigos tão furiosos... - Ela enche os olhos d'água novamente - Quem faria uma maldade assim? Quem?
Neal olhou discretamente para Michael, pela primeira vez expressando pesar no olhar.
- São bandidos, Amanda... Talvez, balear Mandy não estava nos planos e... Só tenha acontecido por acaso... - ele murmura, sem saber o que dizer.
Michael olha os dois e para Amanda naquele estado. Sentiu seu coração pesar mais do que se fosse feito titânio.
- Deus do céu, isso é um pesado Neal... - Ela disse chorosa - E eu só quero acordar dele com minha irmã sã e salva.. - Murmurou caindo nos braços dele novamente.
Michael encara Neal sem que Amanda o veja. Ele se aproxima deles e toca o ombro dela passando força dizendo:
- Um dia todos vão pagar o que fizeram, Amanda... Todos... - Michael disse.
- Isso mesmo, baby... Todos! - Neal diz, olhando pra Michael por cima do ombro dela.
Uma hora depois, a angustia estava estampada no rosto Amanda e Michael. Ele estava mesmo preocupado com ela. Jamais quis o seu mal, mesmo quando o intuito era rouba-la. No momento ele apenas lamenta tê-la conhecido por este meio. O médico do plantão entra na sala e todos se levantam.
- Amanda Lewis.. - ele chama.
- Sim doutor, sou eu... - Ela se levanta indo até o médico. - Como minha irmã está? - Perguntou aflita.
- Sua irmã já está fora de perigo. Foi necessário uma cirurgia para a retirada da bala, que ficou alojada na cintura. Por sorte não afetou nenhum órgão vital, apenas alguns músculo sofreram o trauma. Ela agora dorme com sedação, mas você pode visita-la.
- Oh Senhor, obrigada. - ela agradece aos céus com lágrimas nos olhos - Deus ouviu minhas preces, doutor. Eu vou sim ver minha irmã. Muito obrigada por cuidar dela. Que Deus o abençoe.
- A nós todos, Amanda! - respondeu o médico - Agora vou indo, pois o plantão está cheio. Qualquer coisa me chamem. - ele diz.
- Certo, doutor. Obrigada mais uma vez. - ela diz se despedindo.
O médico sai e Michael vai atrás dele pedindo atenção:
- Doutor, espere... - ele diz e o médico vira para trás - Eu posso visita-la também?
- O senhor é? ...
- Namorado. - Michael completa.
- Pode, mas não fique muito, a paciente acabou de sair de uma cirurgia. - Alertou o médico.
- Okay, eu entendi doutor. Obrigado.
- Não há de que. - responde o médico.
Os dois se separam e Michael volta a sala de espera. Amanda agora sorria mais aliviada e agradecida por ter sua irmã de volta.
Capítulo 25
Pouco depois, Amanda estava no quarto com Mandy. A caçula dormia pesado por causa da anestesia e medicamentos pra dor. Amanda sente o coração apertar, nunca pensou em ver seu anjinho rebelde numa situação dessas. Se sua mãe estivesse viva morreria de tristeza ao vê-la. Ela demora um pouco lá dentro e depois sai para dar lugar a Michael.
Ele entra no quarto olhando atentamente para a garota na capa. Ele suspira pesado e se aproxima, pega a mão dela com carinho e beija. Confiando nos analgésicos e calmantes, Michael desabafou:
- Eu não queria isso... Não queria te machucar. O que vivemos desde que te conheci foi tão legal e importante... Ninguém nunca me tratou assim... Na verdade, nunca amei ou fui amado de verdade... - ele lacrimeja e respira fundo - Eu não sabia o quanto gostava de você até hoje, quase te perdi... Eu agora tenho certeza Mandy... Eu amo você princesa... Amo muito... - Ele aproxima a mão dela dos seus lábios - Espero que um dia você me perdoe de tudo o que fiz...
Michael beijou a mão dela e depois os lábios com doçura e amor. Um amor desconhecido por ele até este momento. Ele a admirou por alguns minutos e saiu pronto para aceitar as consequências de seus atos. Sejam eles, quais forem.
As duas da manhã, Amanda, Neal e Michael saíram do hospital. Amanda queria passar a noite ali, mas o médico não permitiu, dizendo que não seria preciso acompanhante enquanto Mandy estivesse sedada. Ao sair do hospital, Amanda pediu para que Neal falasse com a imprensa e informasse que Mandy estava fora de perigo e que mais informações seriam dadas pelo pessoal da empresa.
Ao fazer o que foi mandado, Neal colocou Amanda no carro e se despediu dela com um beijo. Michael foi embora sem falar com ninguém e ao chegar em seu apartamento, olhou melancolicamente para a porta do apartamento de Mandy. Com um suspiro, ele entrou em sua casa, esperando pelo o que o dia seguinte iria reserva r a ele.
Sem conseguir dormir por conta de todas as emoções da noite anterior, Amanda saiu da cama cedo e tomou um banho. Arrumou-se e comeu alguma coisa antes de seguir para o hospital. Ela queria está lá quando Mandy acordasse. Meia hora depois, Michael chegou e em seguida Neal passou por ele e sentou-se ao lado de Amanda. O médico disse que em uma hora Mandy iria acordar e que depois que a olhasse, chamaria por todos os eles.
Amanda olhava para o relógio de cinco em cinco minutos, mas foi interrompida pelo telefone da sala de espera. Ela atendeu e foi informada pela recepcionista que Jack Peterson estava querendo visitar Mandy e se poderia liberar sua entrada. Amanda sentiu o coração ficar um pouco aliviado ao saber que seu ex-cunhado estava ali e que não estava chateado ao ponto de se preocupar com o estado de saúde de sua irmã. Sorrindo minimamente, ela permitiu a entrada dele e desligou o telefone.
- O que foi, baby? - Neal perguntou, apertando sua mão.
- Jack, está aqui. - ela disse - Ele era o namorado de Mandy antes do Michael. - Explicou.
- Ah... Mas se ele é ex... O que está fazendo aqui? - ele perguntou, olhando pra Michael com um sorriso discreto no canto dos lábios.
- Pelo jeito ele ainda se importa com ela. - Amanda fala - Bom, espero que eles não se enfrentem aqui. Seria horrível demais! E você... Pensei que fosse ir embora comigo ontem?
- Você queria que eu fosse, baby? Eu sinto muito, pensei que quisesse ficar sozinha... - ele murmurou.
- Eu sempre o quero perto de mim... Mas tudo bem, já foi. - Ela suspira pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Neal a abraçou pela cintura e beijou o pescoço dela com carinho.
- Desculpa baby, eu realmente fui um insensível ao te deixar ir sozinha... Hoje eu lhe faço companhia, tudo bem?
- Tá bom. - ela assentiu sorrindo de leve pra ele.
Michael queria morrer ao ver como Neal tratava Amanda. Ele sabia que era fingimento e só traria mais sofrimentos, mas quem poderia mudar a cabeça dura de Neal Caffrey? Cansado daquilo, Michael pediu licença e foi respirar lá fora. Segundos depois Jack entra. Amanda levanta e vai recebê-lo:
- Jack... - ela diz e o abraçou forte.
- Oi, Amanda... - ele a abraçou de volta na mesma intensidade. - Como Mandy está? Eu estou desesperado e a cada hora sai uma notícia diferente...
- Fica calmo, Mandy está bem. Foi um pesadelo terrível, mas o pior já passou. Graças a Deus! Venha, vamos sentar... - Ela o leva até os assentos - Jack, este é Neal Caffrey, meu... Namorado. - Ela disse olhando para Neal com um sorriso tímido.
- Ah sim... Mandy chegou a me falar de você... - Jack sorriu, apertando a mão de Neal. - Obrigado por desencalhar minha cunhada...
- De nada... - Neal riu. - Cunhada? - ele franziu o cenho.
- Oh sim... Independente de qualquer coisa, Amanda sempre será minha cunhada... Essa garota me adora... - Jack disse, batendo de leve na cabeça de Amanda.
- Ai! - reclamou do tapinha - É... Adoro mesmo e você insiste em me envergonhar na frente dos outros, hein Jack. - Ela riu sem graça. - Só você pra me fazer rir nessas horas, seu bobo.
Jack sorriu.
- Sim, eu sei que você me ama, Amanda... - o sorriso dele diminuiu. - Mandy já acordou? Eu quero muito vê-la.
- Ainda não, estamos esperando a liberação do médico do plantão. - Amanda responde.
Ele assente e se sentaram continuando a conversar. Michael volta minutos depois. Aproximou-se dele e cumprimentou Jack com a cabeça. Amanda se levanta fazendo as devidas apresentações:
- É... Jack.. Este é Michael Jackson, namorado de Mandy. - ela diz olhando para a reação dos dois.
- Ah... Então além de vizinho você é o professor da Mandy? - Jack perguntou, olhando pra ele.
- Sou. Mas cada coisa no seu tempo. - Michael responde firme com o mesmo olhar. - E você deve ser o magnata dos cassinos, não?
- Sou. - Jack disse, olhando-o de cima a baixo. - Como é a sensação de... Roubar a mulher dos outros?
- Jack, calma. Por favor... - Amanda sussurra.
Michael cruza os braços para respondê-lo a altura.
- Não há sensação alguma, aconteceu porque tinha que acontecer. A vida é assim, um mistério. - Ele diz e dá os ombros - É uma pena que as pessoas ainda não saibam aceitar as coisas como elas são.
- É meio difícil aceitar quando se perde uma mulher como Mandy... Principalmente pra um cara como você.
- Entendo. Deve ser difícil não conseguir satisfazer uma mulher como ela, não é? Hum... Deve ser frustrante. - Michael diz com ironia.
Jack olhou pra Michael com uma sobrancelha arqueada e riu.
- Não satisfazer Mandy? Essa era uma das melhores coisas que eu sabia e sei fazer. Eu sei o jeito como ela gosta de ser tocada, de ser tratada, não só na cama como também na vida. Algo que será um pouco difícil pra você saber, porque só de olhar pra você, eu sei que tudo isso é algo passageiro.
- É aí que você se engana, meu caro. Mandy está marcada no meu futuro e ninguém, muito menos, você pode mudar isso. E outra, eu só não faço uma lista agora mesmo do que a MINHA princesa gosta por respeito a situação dela e sua irmã que está entre nós. Senão, o mauricinho ia ver só como as pessoas melhoram seus gostos. - Michael diz com lâminas na língua.
- Sabe o que eu acho? - Neal interrompeu a briga dos dois. - Que isso não os levará a nada, então eu acho melhor parar por aqui, até porque, estamos em um hospital e não estamos a fim de saber sobre a vida sexual dos dois com a Mandy.
- Concordo plenamente! - Amanda fala. - Obrigada Neal. Se vocês dois querem o bem da minha irmã, se comportem, por favor. - disse ela com firmeza.
Michael fungou e foi sentar-se no outro lado da sala. Jack o fulminou com os olhos e se sentou também. Alguns minutos depois o médico entrou na sala e disse que Mandy estava acordada, falando pelos cotovelos e implorando pela presença da irmã no quarto dela.
Mandy falando pelos cotovelos? Essa sim era Mandy Lewis. Amanda se levanta e rapidamente segue o médico com um sorriso no rosto.
Ao chegar no quarto de Mandy, Amanda encontrou a irmã deitada na cama, mudando os canais da televisão. Primeiro ela ficou apenas em silêncio, observando como a irmã estava distraída, logo depois falou:
- Me disseram que tem uma anjinha rebelde muito faladeira por aqui, sabe... - Ela sorriu.
Mandy se virou e viu sua irmã ir a sua direção, com um sorriso enorme. Ela também sorriu e apertou o botão ao lado da cama, para que pudesse ficar sentada. Quando Amanda chegou perto dela, as duas se abraçaram com força.
- Nem deu tempo de sentir saudade... - Mandy disse, rindo.
- Claro que deu May, e não faça mais isso, por Deus.. Você não é a mulher maravilha!. - Amanda sorriu e beijou com carinho o rosto da irmã - Como você está? Fiquei tão desesperada...
- Eu estou bem... - ela murmurou. - E eu sou quase a mulher maravilha, é que o cara me pegou desprevenida... - ela riu e piscou.
Amanda ri alisando a cabeça dela.
- Certo, mas nada de repetir essa loucura, entendeu? Ou eu mesma cuidarei de seus atos heroicos como a mamãe fazia.
- Tudo bem... - ela sorriu e então ficou séria. - Eu tenho uma coisa pra te contar, mana... Sobre o que aconteceu ontem... Sobre o que aconteceu de verdade.
- Hurum.. Tudo bem, May. Pode se abrir... - Amanda disse sentando na beirada da cama.
- Lembra que antes de tudo acontecer, eu tinha ido ao banheiro? - ela perguntou e viu Amanda assentir. - Então... Quando eu saio do banheiro, quis passar no escritório de mamãe para vê algumas de nossas fotos que ela sempre mantinha lá, mas quando eu me aproximei, tinha gente lá dentro... Neal estava lá com mais dois caras de terno preto e... Ele estava dando ordens a eles, ordens de como roubar a joia de mim.
Amanda franziu a testa, confusa.
- Como assim, roubar a joia de você, May?
- Ele estava falando pra eles, detalhadamente, como tinham que arrancar a joia de mim. Quando eu fosse para o jardim tirar as fotos, um iria me pegar por trás e tampar a minha boca, enquanto o outro arrancaria a joia do meu pescoço. - ela disse, decepcionada. - Ele falava tudo aquilo de um jeito tão frio, Amanda, nem de longe parecia o mesmo cara que estamos acostumadas. E um dos caras o chamou de Grey, o que me fez ficar confusa quanto a identidade dele. - ela olhou pra irmã. - Quando ele saiu do escritório, eu sai logo atrás dele, eu queria ir até a você e contar sobre tudo o que ouvi, mas os caras vieram atrás de mim e eu fiquei desesperada, então saí correndo pro jardim enquanto eles me chamavam. Depois disso eu só me lembro de sentir muita dor na região do quadril e... Acordar aqui. Neal mandou roubar a joia, Amanda.
Amanda fica em silencio por vários minutos pensando e só depois fala:
- Mandy eu... Eu não sei o que dizer... Neal estava comigo o tempo todo e não entendo porque ele faria isso... - ela levanta e começa a andar pelo quarto, aturdida. - Neal roubando a joia, santo Deus...
- Amanda, eu sei que é difícil de acreditar, se me contassem eu também duvidaria... Mas eu sei que era ele, eu vi Amanda e ouvi também. - ela disse, olhando pra irmã. - Acredita em mim, irmã, eu sei que gosta dele, mas ele é um bandido e é muito perigoso... Ele nos enganou e continua enganado...
Um nó se faz na garganta de Amanda. Aquilo fez seu mundo balançar mais do que já estava. Além de ladrão Neal indiretamente quase tira a vida de Mandy. Porém, aquilo também poderia ser um estresse pós-traumático justo como o médico a tinha preparado. Ela não sabia o que fazer ou em quem acreditar. Amanda amava os dois.
- Tudo bem meu anjo, não precisa ficar nervosa... - Amanda volta para perto da irmã e pega sua mão. - Vamos descobrir quem fez isso e vamos fazê-lo pagar, seja quem for. Tá bom?
- Amanda, eu sei que não acredita em mim... Mas quando a polícia vier me interrogar, eu vou contar isso a eles e eles vão investigar Neal. Eu sei que você o ama, irmã, você não tem culpa de amá-lo, mas... Infelizmente, ele não é o que aparenta ser. - ela murmura, com pesar.
Amanda queria muito acreditar em Mandy, mas não conseguia. Culpa do amor. Amor tão profundo que a tornara cega tendo o óbvio diante dos seus olhos. Ela sente o coração doer e pousa a cabeça sobre a mão da irmã.
- Eu só quero acordar desse pesadelo, May. É só isso que eu quero... - Murmurou Amanda com lágrimas nos olhos.
- Eu sei, eu também quero... - Mandy murmura, chorosa. - Mas isso vai passar mana. - ela beijou a cabeça da irmã. - Ele está aí?
- Está... E nem sei como encara-lo agora...
- Eu não quero vê-lo... Se ele quiser vir aqui, não deixe. Se eu olhar pra ele vou querer falar tudo e... Isso seria arriscado, então é melhor não. - ela diz. - Temos que ser fortes, Amanda. Eu sei que é difícil, mas temos que tentar...
Ela ergue a cabeça e limpa as lágrimas.
- Certo. Temos que ser fortes e serei, minha irmã. Pode confiar. - Amanda diz, mas por dentro tentava convencer a si mesma disso. - Neal esteve aqui ontem, mas... Farei o que me pediu. Ele não irá vê-la mais.
Mandy assentiu.
- Michael está aí? - perguntou.
- Está sim e tem mais alguém que veio te ver... - Amanda sorriu de lado fazendo suspense. - Adivinha?
- Não faço a mínima ideia... Quem é? - ela perguntou, rindo do suspense da irmã.
- Ah não é ninguém especial sabe... Só um tal de.. Jack Peterson. - Ela diz fingindo indiferença.
- O que? - ela gritou. - Tá brincando que Jack está aqui! É sério?
- Não estou brincando não. Ele está aí e com palavras quase se atracou com o Michael. Você está muito disputada viu maninha? - Amanda ri.
- Oh droga... Deve tá um clima péssimo lá, né? - ela pergunta, vendo a irmã assentir. - Quem eu peço pra entrar primeiro?
- Ai mana, eu não sei... Só sei que Jack está mais bonito do que nunca. - Amanda sorri e pisca pra irmã.
Mandy revira os olhos e ri.
- Ei, eu tenho certeza que ele veio aqui com meu amigo. E mesmo se fosse por outro motivo... Eu estou com Michael agora, Amanda e você sabe disso.
- Hurum... Quero só ver sua cara quando ele entrar aqui. - Amanda riu. - Bom, então quem eu chamo, o Romeu Peterson ou o Pirata Jackson?
- Ah... Escolha na hora, eu realmente fico com medo de decidir essas coisas. - ela diz. - Ah, adorei os apelidos! – Mandy sorriu.
- Eu sei, adoro ver você sorrir, maninha. - Disse carinhosa - Certo, vou chamar um dos bonitões lá fora. Depois eu que sou enrolada... - Amanda ri e beija o rosto da irmã. - Até mais, mana.
- Até mais, irmã. - ela diz, sorrindo.
Na sala de espera o silencio é total. Amanda logo aponta por lá e chama por Michael. Ele sorri de lado olhando para Jack seguindo para o quarto de Mandy. Jack fecha a cara pra ele cruza a perna para esperar sua vez. Neal continua no mesmo lugar e sorri vendo Amanda se aproximar. Tudo que Mandy revelou em a tona quando o vê. Sentou se ao lado dele com um sorriso leve e ele logo pergunta o estado da irmã. Jack se junta na conversa ao ouvi-los falar.
Capítulo 25
Michael entra devagar no quarto. Vê Mandy olhar pra ele com um sorriso apaixonado fazendo sua culpa interior aumentar.
- Cheguei minha princesa... - ele diz carinhoso, se aproximando da cama.
- Oi... - ela sorri e bate na cama. - Senta aqui.
Michael sentou-se ao lado dela.
- Como se sente?
- Eu estou bem, sabe, sou dura na queda. - ela riu. - Tá pensando que aquilo ia consegui me derrubar?
- Nem brinca com isso, princesa. Ele podiam ter te machucado de verdade e... Eu não ia suportar... - ele diz fazendo carinho no rosto dela.
- Oh, amor... - ela sorriu e beijou a mão dele. - Mas eu já estou aqui e nada de ruim aconteceu. Tudo está bem.
Michael desce a mão até a nuca de Mandy, chegando mais perto repousou um beijo cálido em seus lábios. Lentamente pediu passagem com a língua mantendo a ternura do beijo daquele momento. Michael sabia que sua felicidade estava com os dias contados partir daquele evento. Então ele ia aproveitar ao máximo cada segundo que pudesse.
Depois do beijo Michael olha dentro dos olhos dela sentindo seu coração batia acelerado e forte.
- Me dá sua mão... - Mandy estica a mão pra ele e Michael a coloca em seu peito, bem sobre o coração. - Está sentindo? - perguntou.
- Michael... - ela murmura, espantada. - Por que está assim? O que está acontecendo?
- É que... - ele respira fundo - Eu... te amo Mandy e... Só de imaginar ficar sem você sinto morrer uma parte de mim... - Ele murmura pensando como será quando a verdade for revelada.
- Oh, Michael... - ela sorriu de leve e passou a mão pelo rosto dele. - Mas está tudo bem agora e eu não vou a lugar algum. Não quero que fique pensando assim, seu bobo. E eu também amo você, professor. - ela sussurrou no final, sorrindo pra ele.
Uma lágrima desce do rosto dele e Michael suspira. Sem conseguir dizer mais nada a abraçou como se ele próprio fosse morrer ali e Mandy seria sua única fonte de salvação.
Mandy o abraçou e passou a mão por seus cabelos.
- Michael... Eu não estou entendendo, por que está desse jeito? É por causa do que aconteceu? Você ficou com medo?
Michael assente com a cabeça sentindo a dor da culpa aumentar. Mandy estava completamente inocente, mas se ele contasse a perderia pra sempre. Bom, de qualquer modo ele ia perdê-la pra sempre. E pensar nisso era terrível e faz com que Michael chore em silêncio. Mandy apenas o abraçou e o deixou desabafar em seu ombro. Sabia que o amava, mas nunca imaginou que Michael sentisse o mesmo por ela, não nessa intensidade. Ele realmente estava com medo de perdê-la. Michael chorou por mais um tempo até ficar mais calmo daquela tensão. Mandy estava preocupa com essa reação tão explícita da parte e nesse tempo juntos ele nunca revelou que a amava. Não usando as três palavrinhas mágicas. Ele logo se recompôs e deu um beijo casto nos lábios dela e sorriu de leve.
- Está melhor? - ela perguntou, olhando pra ele.
- Não se preocupe comigo, minha princesa. Eu vou ficar bem, okay? Foi apenas o choque da situação. - Michael disse.
- Espero mesmo que fique bem, porque eu estou aqui, muito viva e você não vai se ver livre de mim tão cedo, professor Jackson.
- Vou me agarrar nisso, minha princesa. Você é minha e eu amo você, pra sempre. - Ele disse do fundo do coração. - Bem, acho que vou indo... Tem mais gente querendo te ver... - Ele diz cruzando os braços e mudando o semblante. - O seu ex está aí.
- Eu sei... Amanda me contou que vocês não se deram muito bem. - ela disse.
- O cara é só mais um mauricinho, princesa. Sou vacinado já. - ele dá o ombro, sem admitir o ciúme.
- É mesmo? - ela perguntou, vendo-o assentir. - Então, nada de ciúmes com Jack? Não ligará se ele vier aqui e me abraçar...
Ele respira fundo.
- Só abraçar com respeito e sem terceiras e quartas intenções, pode. Nada de beijinhos ou “dejavú” dos velhos tempos. Isso aí é papo furado!
- Isso foi um sim? - perguntou, prendendo o riso.
- Um "talvez" por que estou abalado. Em outros dias seria "nunca". - Ele diz fazendo cara séria.
- Ah, tadinho do meu professor... - ela sorriu e o beijou. - Para de ser bobo, eu só tenho olhos pra você.
- Bom saber, minha princesa. - ele disse - Vou indo nessa pra ele vir logo e sair rápido. Qualquer coisa me chama, vou estar aqui do lado, viu?
Mandy riu ao vê a careta de Michael. Com mais alguns beijos ele se despediu e saiu do quarto dela.
Pouco depois a porta se abre novamente. Uma silhueta alta e forte faz presença dentro do quarto. Jack era como uma bela miragem do passado se fazendo realidade... E de cabelo mais curto ele estava tão bonito. Amanda estava certa. Mandy o viu se aproximar da cama com o olhar mais carinhoso e preocupado que já vira.
- Mandy... - Ele fala o nome dela como um sussurro - Tentei vir assim que soube, mas só consegui um voo para hoje. Você está bem?
- Sim, Jack, eu estou... E estou muito contente com a sua visita. - ela diz, sorrindo pra ele.
- Eu também estou feliz em te ver e mais ainda por estar bem. - Ele sorriu discretamente, mudando o assunto. - Amanda segurou mesmo o cara, né? Até que enfim, finalmente vamos vê-la se casar. - ele ri.
- Eu acho que não vai ser dessa vez... - Mandy fez uma careta. - Eu pensava que seria, mas esse cara... Descobri uma coisa sobre ele que fez mudar tudo.
- Sério? - Ele desfez o sorriso demonstrando preocupação - O que ele fez? É grave?
- Foi grave sim... Mas não quero falar sobre isso agora. - ela disse, dando um sorriso. - E como você está depois de... Tudo?
Ele assente.
- Eu... Estou trabalhando muito. Abriremos uma boate em Los Angeles. Será tudo no estilo Vegas. - Disse orgulhoso - Quando você puder, quero que conheça. Você vai gostar.
- Sério? Isso quer dizer que você vai ficar aqui ou... Vai colocar alguém pra tomar conta de tudo?
- Em Vegas tenho alguém de confiança que pode tomar conta, mas aqui em Los Angeles não. Vou passar uns tempos por aqui e também tem aquele ditado que diz: "O olho do dono é que engorda o gado". - ele sorriu - Preciso fazer meu gado crescer, não é?
- É verdade e eu tenho certeza que você vai conseguir. Sabemos que você é muito competente. - ela sorri e pisca pra ele.
- Obrigado. Depois dessa vou ter sucesso garantido. - Jack sorriu - E você como está com o... Ele? - Disse se referindo a Michael.
- Eu estou bem, Jack. Michael é um cara muito legal e eu gosto dele... - ela diz. - Eu só não queria que tudo entre nós acabasse daquele jeito... Os anos que passei com você foram os mais felizes da minha e eu gosto muito de você. Te respeito muito e não queria te magoar...
- É... Pra mim também foram muito especiais. Quase nos casamos... - ele forçou um sorriso, mas soou triste - Bom, acho que não era pra ser. Confesso que... Fiquei bem magoado por muitos dias, mas passou. Agora estou aqui e... dou graças a Deus que esteja bem. Fiquei muito preocupado com o que aconteceu, Mandy. Você ainda é importante. - Jack disse sincero, olhando pra ela.
- Você também é muito importante pra mim, Jack... Venha aqui me dá um abraço. - ela diz, abrindo os braços para recebê-lo.
Jack sorriu e a abraçou com muito cuidado.
- Estou te machucando? - ele pergunta perto do ouvido dela.
- Não... - ela murmura, sentindo o cheiro dele.
Jack suspira com ela em seus braços.
- Sinto sua falta baixinha... - ele sussurrou sem pensar.
- Eu também sinto sua falta, Jack... - ela diz fechando os olhos e depois sorri. - E eu não sou baixinha.
- É baixinha sim, e disso eu me lembro bem. - ele sorriu no ouvido dela e beijou sua face com carinho e disse ao ouvido novamente - Fica bem, tá?
- Você também e não esquece de mim, ok? Me avise quando estrear a boate aqui em Los Angeles.
- Aviso sim, quero esteja na inauguração. - Jack se afasta para olha-la. - Acredito que será no mês que vem. Então, se prepare. - Ele diz animado.
- Ótimo! Eu marcarei presença, com certeza. - ela sorri. - Obrigada por ter vindo, Jack.
- Imagina, eu não te deixaria sozinha numa hora dessas. - Sorriu ele - Vou te esperar mesmo baixinha e leve a Amanda junto, certo?
- Levarei. - ela sorriu, vendo-o se aproximar da porta. - Até mais, Jack.
- Até breve, baixinha. - Jack piscou pra ela e saiu.
Mandy ficou internada por mais dois dias e logo recebeu alta. Ao chegar em seu apartamento, Amanda avisou que ela receberia a visita da polícia, que precisava interroga-la. Ao ficar frente a frente com o delegado, Mandy contou a ela tudo o que havia dito a Amanda, que estava ao seu lado ouvindo tudo com atenção.
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Ao perceber que a irmã não titubeava em nenhuma resposta e descrevia toda a cena do mesmo jeito que descrevera a ela no hospital, Amanda sentiu o coração pesar. O médico havia dito que Mandy poderia está com a mente confusa por conta dos acontecimentos, mas que isso era passageiro e logo ela se lembraria de tudo. Ao vê que a irmã não mudava nada em tudo o que falava, ela percebeu que aquilo poderia ser verdade e que Mandy estava mesmo descrevendo tudo o que vivera naquela hora.
Com o coração pesado, Amanda viu a polícia ir embora, se preparando para que o pior acontecesse. O que não demorou muito.
Ao ser chamado pra depor, Neal disse que desconhecia toda aquela história e que no mínimo, Mandy havia o confundido com alguém. Mas ao ser perguntado onde estava na hora em que Mandy havia ido ao banheiro, Neal ficou sem palavras. Ele não tinha nenhum álibi para dizer onde estava, o que o prejudicou ainda mais.
Se vendo sem saída, Neal respirou fundo e mudou todo o seu discurso, falando a verdade e revelando que o que Mandy depôs era verdade. Ao terminar, Neal foi levado para diretamente para cela depois de contatar seu advogado.
Ao saber que foi preso e confessou o crime, Amanda vê seu mundo desabar de vez. Todos os momentos felizes que viveu com ele eram mentira. Todas as vezes que estiverem juntos, era uma farsa. Nada que Neal tenha feito foi espontâneo... Tudo fazia parte de um maldito plano. A jovem empresária se vê num beco sem saída e chora por sua má sorte. Mandy ficou ao seu lado o tempo todo e Jack também. Michael participou um pouco mais distante temendo ser pego também. Ao fim de uma semana de agonia e lágrimas, Amanda se conforma e recobra as forças para enfrentar Neal cara a cara. Ela queria uma explicação da parte dele. Queria saber porque fez isso.
Ao chegar na delegacia, Amanda pediu para que o delegado a deixasse falar com Neal. O delegado pediu para que ela se sentasse, pois tinha mais novidades sobre o caso dele. Para começo de conversa, o nome de Neal Caffrey era, na verdade, Christian Grey e que o mesmo já tinha passagem pela polícia por furtos caros e era conhecido como um grande vigarista. Ele arrumara uma identidade falsa justamente para que seus antecedentes criminais ficassem escondidos. Sobre a joia, a polícia já estava no encalço de John e Peter e o pegariam mais cedo ou mais tarde.
Chocada com a mente perversa do homem que conheceu como Neal, Amanda engoliu em seco e pediu para vê-lo. Atendendo ao pedido dela, o delegado pediu para que um policial a levasse na sala de visita enquanto ele mandaria chamar Grey. Após ficar dez minutos sentada em uma sala fechada e fria, a porta se abriu e Amanda viu Christian entrar com as mãos algemadas, usando uma roupa da prisão.
O policial liberou as mãos dele da algema e saiu da sala depois que ele se sentou em frente a Amanda. Ele ficou em silêncio, esperando que ela começasse a falar.
- Eu nem sei por onde começar... - ela murmura e respira fundo - Acho que você imagina por que estou aqui, não é?
- Eu sei perfeitamente o porque de você estar aqui, Amanda... - ele murmurou, desviando o olhar.
- Olha pra mim, Neal... Quer dizer, Christian. - Ele volta o olhar pra ela e Amanda continua - Porque tudo isso? Eu nunca fiz nada pra você.. Pelo contrário, dei minha vida e meu coração em suas mãos... Me diz porque?
Ele fechou as mãos em punho e fechou os olhos, cerrando o maxilar.
- Porque eu pensei que esse seria o jeito mais fácil de ficar rico, Amanda. - ele diz, abrindo os olhos e olhando pra ela. - Eu estava cansado de viver uma vida miserável e queria mudar de uma vez por toda, queria que fosse rápido... Eu só... Só não contava que fosse me apaixonar por você. - ele disse com a voz sumindo no final.
Amanda sentiu sua barriga dar um nó e o estômago revirar com aquela revelação.
- Você... Se apaixonou... Por mim? - Ela repete sem acreditar.
- Sim, Amanda. - ele apoiou os cotovelos na mesa e passou as mãos pelos cabelos. - Ou você acha que eu me entregaria a polícia por causa de que? Eu poderia muito bem continuar mentindo... Mas não me levaria a nada. Eu não sou digno de nada, apenas disso aqui. Eu mereço estar aqui, por tudo o que eu fiz à você, à Mandy... Porra, Amanda, eu amo você! Eu lutei muito pra não sentir nada por você, mas eu não consegui!
Amanda permanece em silencio olhando pra ele até que uma lágrima teimosa desce pelo rosto dela. Quando respirou fundo mais lágrimas vieram a tona sem controle.
- É uma pena que... Eu também tenha amado você, Neal.. Droga! - ela suspira e se corrige. - Christian! É uma pena que não tenha desistido no meio do caminho, se realmente me ama como diz. Você podia ter desistido, se quisesse, mas não o fez porque foi egoísta e ganancioso... - Ela fla com a voz cortada pelo choro - Eu não sei por que fui tão ingênua. Eu devia ter percebido antes...
- Sim, eu fui egoísta, Amanda... Eu não queria amar você, porque eu sabia que isso iria atrapalhar tudo... Também não queria que você me amasse, mas tudo o que houve entre nós foi forte demais. Nisso eu não fingi em nenhum momento, tudo foi intenso de verdade. - ele pegou nas mãos dela. - De um jeito que nunca foi mulher alguma, eu juro, Amanda.
Entre lágrimas amargas ela puxa a mão de volta pra si.
- Não me toque, por favor. - Ela murmura enxugando o rosto com a mão e ficando séria. - Não sei se posso acreditar em você.. Christian. Embora eu diga o mesmo. O que tivemos foi forte demais. Demais como um belo pesadelo que termina triste. Você me machucou profundamente e vou levar um tempo para me recuperar, mas farei isso por mim. Preciso esquecê-lo e o que tivemos. Peço que faça o mesmo e esqueça que eu existi algum dia. Vai ser melhor assim.
- Amanda, não... - ele pede com os olhos se enchendo de lágrimas. - Não me peça pra esquecer a única mulher que eu já amei, isso seria impossível! Eu sei que o que eu fiz foi horrível e que pedir perdão é demais, mas mesmo assim eu peço. Eu peço perdão por tudo, Amanda. Você é uma mulher incrível e eu te machuquei por tão pouco... - ele balançou a cabeça e as lágrimas começaram. - Eu nem sei quando vou sair daqui, então... Eu peço que me perdoe e que seja feliz. E que se um dia eu sair daqui, eu vou ser um novo homem e prometo que vou lutar pra te reconquistar e te merecer.
Amanda se mantém firme na frente dele, mas por dentro estava morrendo.
- Se vai mudar de vida, é ótimo. Será bom pra você e pra quem estiver ao seu lado. E ficarei feliz por você... Christian. – ela diz ainda tentando se acostumar com o novo nome dele.
- Se você não estiver ao meu lado, Amanda, então não haverá ninguém. - ele murmura em um tom triste
- E sua família?
- Que família? - ele soltou uma risada amarga. - Eu não tenho família.
- Então o que disse sobre seus pais.. Era verdade? - disse olhando nos olhos dele.
- Seria bom se fosse... - ele olhou pra ela e suspirou - Minha mãe era uma prostituta drogada... Eu tomava mais conta dela do que ela de mim e tinha o cafetão dela... O hobby favorito dele era espancar a nós dois. Quando completei doze anos e minha mãe morreu, eu fugi da casa do cafetão dela e comecei a viver pelo mundo...
- Eu... Sinto muito por sua mãe, Christian... - Amanda diz imaginando a infância terrível que ele viveu e as coisas medonhas que presenciou. - E sinto também pelo sofrimento que passou... Mas agora é a chance de você fazer diferente. Você não precisar ter um final triste, você pode mudar. Todo ser humano pode mudar.
- E eu vou mudar... Por você eu vou mudar. - ele disse.
Amanda assentiu e quando abriu a boca pra falar algo, o policial entrou na sala.
- Fim da visita, senhorita... - ele disse, indo até Christian e o algemando.
- Se cuida, Christian... - Ela disse olhando nos pares de olhos azuis de Grey.
- Digo o mesmo a você, baby... - ele disse, sendo levado da sala. - Eu te amo. - sussurrou olhando pra ela, antes de ir embora.
Amanda agradece o delegado e sai as pressas da delegacia. Quando esta sozinha dentro do carro ela desaba a chorar. Chorou até se sentir mais aliviada. Ela secou as lagrimas e jurou não mais sofrer por Christian, esse era seu verdadeiro nome.
Capítulo 26
Dias depois quando finalmente conseguiram achar John e Peter, tentando passar a divisa da cidade em um carro roubado, o delegado fez questão de colocá-los frente a frente com Christian. Uma briga começou a rolar no meio da conversa, mas logo os policias intervieram e daí por diante, mas revelações. Christian, que até o momento não tinha entregue seu amigo, percebeu que se ele estava se regenerando, seu amigo tinha que fazer o mesmo. Quando Peter e John terminaram de falar, Christian revelou que Michael Jackson também era um dos mandantes do roubo.
Peter e John confirmaram. Tendo mais um suspeito em mente, o delegado exigiu que um mandato de prisão fosse feito as pressas. Seu maior medo naquele momento era de que mais um bandido tentasse fugir. Com o mandato de prisão pronto, o delegado e mais dois polícias foram para o apartamento de Michael, enquanto outros policias foram encarregamos de mandar um aviso a todas as fronteiras, aeroportos e rodoviárias dos EUA.
Mandy e Michael e estavam abraçados no sofá, assistindo a um filme quando ouviram a campainha tocar. Michael franziu o cenho e Mandy olhou pra ele, estranhando que o porteiro não tenha interfonado antes.
- Está esperando alguém?
- Não... - Ele responde sentindo o coração disparar. - Deve ser o porteiro.. O interfone não tocou. Eu vou ver quem é e já volto, minha princesa. - Michael a beija e levanta para atender a porta.
Ao abrir a porta ele dá de cara com dois policiais e um homem de terno a frente deles com um papel nas mãos.
- Pois não? - Michael disse solicito.
- Senhor Michael Jackson? - o delegado perguntou.
- Sim... - Ele responde baixo. Seu coração bate cada vez mais forte, pois sua hora tinha chegado.
- Michael, quem é? - Mandy perguntou, aparecendo no hall e parando ao vê a polícia. - O que eles querem?
- Olá Mandy... Creio que se lembra de mim, não é? - o delegado perguntou.
- Sim, delegado Gary... O senhor quer falar comigo? - ela perguntou, se aproximando da porta e parando ao lado de Michael.
- Não dessa vez, Mandy. Na verdade, meu assunto é com o senhor Jackson. - ele diz, virando para Michael. - Tenho um mandato de prisão contra o senhor.
- Tem o que? - Mandy perguntou, franzindo o cenho. - Acho que está enganado, delegado... Um mandato contra Michael? Por que?
- Encontramos os dois bandidos que atirou em você, Mandy... E eles, junto a Christian Grey, revelaram que o senhor Michael Jackson é um dos mandantes do roubo.
- Como? - Mandy riu e balançou a cabeça. - Mas é lógico que isso é mentira, delegado... Michael nem conhece esse tal de Christian... Não é, Mike?
Michael enfim não tinha mais saída. Ele pensa em inventar alguma coisa, mas isso pioraria as coisas. Os olhos de Mandy caíram sobre ele com enorme peso. A única opção que tinha era dizer a verdade nua e crua, mesmo que o preço fosse perder para sempre a mulher sua vida.
Michael suspira e responde:
- Eu preferia nunca tê-lo conhecido... Não nas circunstâncias em que aconteceram...
- O que? - Mandy pergunta, se afastando dele. - O que quer dizer com isso, Michael?
"Continuar é tão difícil!" Pensou Michael. Ele passa a mão pelos cabelos respirando fundo.
- Eu conheço Christian há um certo tempo, Mandy e... Santo Deus, eu me arrependo tanto! - Murmurou triste - Ele e eu... Nós planejamos o roubo a joia... - Ao dizer isso os olhos dela arregalam em choque. Apavorado ele tenta aliviar o que dizia - Mandy eu juro pra você que a violência não foi planejada. Era apenas pegar o colar e sumir, mas algo saiu errado...
- Não... Não! - ela grita, sentindo as lágrimas invadirem seus olhos. - É mentira! Para de mentir pra mim!
Michael sente as lágrimas virem aos seus olhos.
- Eu gostaria que fosse mentira meu amor, mas... Eu cometi o maior erro de toda a minha vida! Mandy, eu amo você... Comecei de um jeito torto, mas eu te amo... - Ele disse a vendo chorar nervosa.
Mandy olhou pra ele sentindo algo dentro de si se quebrar. Era como se ao ouvir aquilo ele tivesse se transformando em outro pessoa. Uma pessoa que ela não conhecia e jamais queria conhecer.
- Você quer dizer que... Tudo foi premeditado? Você se tornar meu professor, se aproximar de mim, me fazer gostar de você... Tudo? - ela pergunta, chorando.
- Não tudo... Eu só precisava que... Confiasse em mim.. - Ele diz com dor e pesar - O que aconteceu depois foi totalmente fora dos planos. Eu nunca imaginei que você amar você, Mandy. Nunca achei que pudesse ser capaz de sentir amor, mas senti quando estava do seu lado. Você me mexeu demais comigo! Todas as vezes que eu disse que você era diferente e especial, era verdade. Eu juro! Eu é que nunca prestei e sinto muito por tudo... - Disse choroso.
- Você... Eu não posso acreditar! - ela grita e com raiva parte pra cima dele, começando a socá-lo no peito. - Como você pôde fazer isso comigo? Por que? Por dinheiro? Eu mudei a minha vida por você! - ela grita mais alto e continua socá-lo, sem obter qualquer reação dele para pará-la. - Eu acreditei em você e você me enganou, continua me enganando! Você não me ama, eu não acredito em você! - ela para e olha pra ele, ofegante com lágrimas descendo por seu rosto. - Eu poderia ter morrido... Tudo porque você é um filho da puta egoísta! Eu odeio você, Michael Jackson! Odeio você!
- Eu sei, você tem todo o direito de me odiar. Eu sou um desgraçado filho da puta que nunca mereci o seu amor... - Ele chora enquanto fala - Mas eu não posso negar te amei, Mandy. Minha vida sempre foi uma desgraça. Vivo na escória e é assim que vou terminar os meus dias... Mas o que mais vai doer eternamente é o fato de ter feito você e sua irmã sofrerem, sobretudo você a quem tanto amo. - Ele respira e continua - Você é minha tábua de salvação, Mandy e por sua causa me arrependo de tudo que fiz... E serei eternamente grato.
- Eternamente grato por ter acabado com a minha vida? Que ótimo! - ela diz, engolindo o choro e se virando para o delegado. - Bem, ele é um criminoso, não é? Leve-o daqui, delegado... Eu nunca mais quero vê esse homem na minha vida.
- Não Mandy! Você não entendeu... Eu mudei por sua causa. Eu te amo.... - Ele tentou continuar, mas o delegado o interrompeu.
- Chega disso, senhor Jackson. - ele disse, mandando o policial ir algemá-lo.
Mandy virou o rosto e fechou os olhos para não vê aquela cena. Quando ouviu passos, ela abriu os olhos e viu Michael com as mãos algemadas para trás.
- Nada do que você diga vai mudar o que você fez... - ela murmurou. - Então... Até nunca mais, Michael.
Michael olhou dentro dos olhos dela vendo a dor e o vazio que ele tinha causado aquela mulher maravilhosa que amava. Não havia prisão ou penitência pior do que a imagem daquela expressão gravada em sua mente para sempre. Ele apenas chora enquanto é arrastado pelo corredor a fora. Deus sabe como estava doendo para o dois aquela situação. Desde que Michael se apaixonou por Mandy se arrependia do plano ambicioso que arquitetou com Christian.
Agora o destino fazia a devida justiça, mas será que ele previa o que aqueles jovens corações sentiam?
Da porta Mandy olhou envolta do apartamento. As lembranças dos momentos que ela e Michael passaram estavam naquele lugar. Os jantares, filmes, a primeira noite do casal. Toas essas recordações fazem Mandy fechar a porta e sair as pressas dali. Ela entra em seu apartamento aos prantos. Chorando compulsivamente caiu no sofá e agarrou com força a almofada. Gritava porque ele tinha feito aquilo. Porque tinha mentido? Porque permitir que quase lhe tirassem a vida por causa de um maldito colar?
Ao lado do sofá, na mesinha havia uma fotos deles sorrindo. Mandy pega o porta retrato na mão e observa. Estavam tão felizes! Pelo menos pensava que era. Com raiva e tristeza arremessou o quadro na parede o espedaçando em mil partes. Ela se encolhe no sofá abraçada as próprias pernas lamentando cada minuto que passou ao lado de Michael.
Quando consegue se recompor um pouco Mandy liga para Amanda e desabafa o que aconteceu. Amanda fica surpresa com a prisão de Michael pelo mesmo motivo que levou Christian a prisão. Ela sempre teve o pé atrás com ele, mas jamais pensou que estivesse envolvido no roubo da joia. Ela se dirige ao apartamento da caçula e a consola a irmã com palavras e muitos abraços de força. As duas irmãs novamente estão unidas pela mesma dor. Elas precisavam ser fortes. Precisavam erguer suas cabeças e seguir em frente. Precisavam apagar as marcas profundas que Christian e Michael fizeram em seus corações.
O tempo com certeza seria um grande aliado e a cura de todo o mal que receberam.
Na manhã seguinte os jornais e revistas estamparam a tragédia que as envolveu. Novamente o terror se prolongava por culpa do sensacionalismo. Amanda e Mandy mal podiam dar um passo fora de casa que eram bombardeadas pelas mesma perguntas. Como conheceram aqueles homens? Qual era o grau de relação entre eles? E o que sentiram ao saber de toda a verdade. Não suportando mais essa situação as jovens entraram com uma intimação judicial para sua defesa. Sendo estipulado que nada deste assunto fosse publicado sem a autorização delas. Claro que, se a ordem fosse desrespeitada a punição seria severa de acordo com a lei.
Pronto! O burburinho foi dispersado e graças a Deus elas começaram a ter um pouco de paz para colocar as ideias no lugar. Jack espera a poeira baixar e liga para Mandy. Ela estava no banho e não atende. Ele deixa para mais tarde. Ao sair do banho, ela vê a ligação perdida dele e sorriu. Vestiu a roupa e retornou sua ligação. No segundo toque ele atende:
- Oi baixinha... - Jack disse quase sorrindo.
- Oi, Jack... - ela sorri. - Vi uma ligação perdida sua... Eu estava no banho, desculpa.
- Imagina, não esperei tanto assim. Eu liguei por dois motivos. Primeiro quero saber como você está? Sei que passou por dias difíceis..
- Eu estou melhor... Você sabe, foi uma grande decepção, mas eu estou superando... - ela disse, se deitando na cama. - Obrigado por se desculpar, Jack.
- Sempre vou me preocupar com você, Mandy. Você precisa se cuidar mesmo não vale a pena sofrer pelo passado. Olha, eu fico muito contente de saber que está bem e falando nisso vem o segundo motivo. Liguei pra avisar que a boate está pronta e a inauguração é neste sábado.. E nem adiantar dizer que tem compromisso porque você prometeu presença, ouviu baixinha? - Ele sorri.
- Ora, como se eu fosse recusar esse convite... - ela disse, rindo. - É claro que eu vou! Pode confirmar minha presença, baby... E como você está? Ansioso?
- É bom que venha ou eu iria busca-la. - Ele ri - Estou muito ansioso e empolgado também. Sempre fico feliz quando vejo as coisas saem como planejei, você sabe. Ah, por favor avise a Amanda por mim, por favor. Eu ligaria pessoalmente, mas estou muito ocupado com os últimos detalhes, patrão trabalha em dobro.
- Eu aviso sim, pode deixar. E eu sei como você fica enrolado com essas coisas, me lembro muito bem que o senhor nem me dava atenção por causa disso... - ela diz, em tom de acusação.
- Que comentário maldoso, baixinha! - Disse fingindo choque - Eu sou um homem de negócios, mas nunca esqueci de você e pelo que me lembro... A senhorita era muito bem recompensada depois. - Disse sedutor.
- É? Eu não me lembro disso... - ela disse, com voz inocente.
- Ah não? Hum... Então temos que conversar sobre isso quando você vier no sábado. - Ele continuo com a sedução - Estou ansioso pra te ver, Mandy. Mal posso esperar...
- Também estou ansiosa pra vê você, Jack... Mas só vou com uma condição.
- Qual? - Diz curioso
- Que você dance comigo. Ao menos uma música você vai ter que dançar comigo.
- Ah não..... - Ele fica sem graça - Mandy, você sabe que sou péssimo em dançar. Você vai passar vergonha.
- É mesmo? - ela pergunta. - Então eu não vou.
- Isso é chantagem, Mandy, e o pior é que sempre cedo. - Ele riu - Mas só uma dança, ouviu? Você está conseguindo um milagre, pode acreditar.
- Jack, você sabe que sempre consigo o que quero... - ela disse, prendendo o riso.
- Sei sim, e se você entrar para o ramo do entretenimento vou ter que tomar providências. Você é perigosa, garota! - Ele disse sorrindo.
- Vou pensar sobre assunto... Pelo menos eu já tenho onde me apresentar, o que você mais tem são boates famosas. Tenho certeza que me ajudará, não é?
- Vou pensar no seu caso. Não sei se posso deixar uma mulher tão bonita dançar em público... Seria muito alvoroço. - Ele finge falar sério.
- Eles fariam mais alvoroço por eu ser quem sou, do que pela minha dança... - ela diz, bufando no final
- Duvido muito, com todo respeito, mas.... Sendo maravilhosa e sexy como sei que é, eles não fazer outra coisa a não ser olhar pra você, baixinha.
- Ah sim... Eu esqueci que você é mestre em falar sobre isso, visto que eu já perdeu a conta de tantas... Danças particulares que eu já fiz pra você...
- Bons tempos... - ele disse sorrindo - Eu adoraria vê-la dançar de novo, acho que esqueci um pouco como era, sabe...
Mandy riu.
- É impressão minha ou está insinuando que me deseja, senhor Peterson? - ela perguntou com segunda intenção na voz.
- Sempre desejei, senhorita Lewis. Desde de quando te vi pela primeira vez. - Respondeu no mesmo tom.
- É... Mas no começo você se fez de tímido, me lembro muito bem.
Jack ri alto.
- Você ainda lembra disso? Bom, era um pouco de charme e você é tão bonita que intimida... - Ele disse vendo sua secretária entrar. - - Amorzinho, infelizmente estão me chamando aqui, tenho que ir. Você vem mesmo no sábado, não é?
- Claro que eu vou... Um cara muito especial vai dançar comigo, ele prometeu e eu não irei embora até ter a minha dança. - ela diz sorrindo. - Vai lá, homem ocupado. Resolva tudo para me dá atenção no sábado.
- Sim, senhorita mandona! - Ele sorriu - A dança esse cara não garante muito, mas a atenção vai exclusiva. Pode apostar! Se cuida e fica bem, tá? Adoro você. - Disse carinhoso.
- Vou me cuidar sim e se cuida também. Eu também te adoro, Jack... Estou ansiosa pra sábado... - ela riu. - Beijos.
- Eu também estou. - Sorriu - Vou me cuidar sim, pode deixar. Beijos linda.
- Beijos, Jack. - ela diz, desligando o telefone.
Não sabia realmente o que estava acontecendo, mas ela pôde perceber o clima que se instalou naquela ligação. Será que estava em seu destino voltar pra Jack e ficar com ele? Confusa, Mandy colocou o celular na mesinha de cabeceira e suspirou, pensando em como seria sua noite de sábado.
Capítulo 27
Obviamente, Amanda sabia que Mandy não desistiria tão fácil, mas quando a irmã deu a ideia de ela chamar Thomas para acompanhá-la, ela a chamou de louca. Onde já se viu, chamar Thomas para ir com ela? Depois de ter dando um fora nele e depois de tudo o que ele havia feito? Mandy disse que ela não tinha nada a perder e precisava de uma companhia masculina pra sair da tristeza em que estava. Depois de tanto ouvir, Amanda suspirou e disse que pensaria no assunto, fazendo a irmã comemorar e cantar vitória, Após desligar o telefone, ela foi direto para o chuveiro e começou a considerar a ideia louca que a irmã havia dado.
Após o banho colocou um vestido confortável e sandália rasteirinha. Foi para o escritório trabalhar nos projetos que ficaram para trás assim que Christian não estava mais na empresa. Amanda tenta manter a mente longe, mas as coisas que Mandy falou mexeram com ela e a caçula tinha certa razão. O máximo que Thomas poderia fazer era dizer não e pronto. Ela já estava ferrada mesmo. Tentar não custa nada. Pensando assim, guardou os documentos e desenhos de joias nas pastas e subiu para o quarto vestir algo melhor.
Quinze minutos depois ela estava pronta. Pegou a bolsa e seguiu para a mansão onde Thomas morava com seus pais. Meia hora depois, ela chega e se apresenta no portão. Sua entrada é liberada. Amanda estaciona o carro em frente a entrada. Caminha até a porta que adentrava o hall da mansão. É recebida pela mãe de Thomas, Georgina Belford. Após abraços e palavras saudosas a bela senhora conduz a moça a sala de jogos, deixando-a na porta com um sorriso leve no rosto. Amanda dá três batidas.
Thomas estava mexendo no celular, deitado no sofá, quando ouviu batidas na porta. Estranhando ser incomodado, ele se levantou e ao abrir a porta ficou extremamente surpresa ao ver sua ex.
- Amanda?
- Oi... - respondeu tímida. - Posso falar com você um momento?
Thomas chegou para o lado, dando passagem para que ela pudesse entrar. Depois de sentarem-se no sofá, ele a olhou com atenção:
- Sou todo ouvidos.
- Eu vim me desculpar... - Ela olha pras mãos sem graça por estar ali - Queria me desculpar pela coisas que disse pra você da última vez que conversamos. Acho que fui dura demais com você...
Thomas riu e balançou a cabeça.
- Você acha? Pois eu tenho certeza, Amanda. Eu sei que fui um péssimo namorado pra você, eu admiti isso desde quando eu voltei, eu disse que te amava de verdade e que queria me redimir, mas você não fez nem questão de me chamar pra ter uma conversa civilizada. Quando eu cheguei na sua empresa, você me tratou com toda frieza do mundo, como se estivesse lhe dando com um contrato de negócios. Eu não sou um objeto que você pode manipular a se bel prazer, Amanda!
Amanda escuta sabendo que ele tinha razão. Por estar com Neal ela foi muito rude aquele dia. Ela suspira.
- Eu sinto muito por ter sido tão grossa com você. Eu estava com a cabeça a mil naquela época. Você com certeza deve saber o que aconteceu a mim e minha irmã, apareceu pro mundo todo... - ela torce o lábio - Mas eu não vim falar sobre isso. Quero saber o que posso fazer pra me redimir? Não quero que se sinta mal por algo ruim que fiz, hm? Tem algo que eu possa fazer por você? - ela disse olhando pra ele com os ombros encolhidos.
- Creio que você não pode fazer muita coisa, Amanda. Você deixou bem claro que não me quer mais como namorado, eu entendi. - ele disse, sério. - E você praticamente desenhou que não me queria por perto.
Ela morde o lábio, nervosa. Estava na cara que ele estava magoado e que o "Não" era a resposta óbvia da noite.
- Eu disse coisas horríveis pra você, eu sei. Se eu pudesse voltar no tempo... - ela passa a mão nos cabelos colocando-os pro lado. - Acho que você vou indo... Você quer ficar sozinho. Foi bom ver você Tom e... Me desculpe por incomodar. - ela disse levantando do sofá
Thomas vê Amanda se levantar e por um momento pensou em deixá-la ir. Mas seu sentimento por ela falou mais alto e antes que ela pudesse tocar a maçaneta da porta, ele a chamou:
- Amanda... Espera. - ele se levantou e foi até ela, virando-a pra si. - O que você realmente quer vindo aqui?
- Me desculpar e... Perguntar se você gostaria de sair comigo. - Ela olhando pra ele com receio.
Thomas a olhou, ficando em silêncio por alguns segundos.
- E depois? Você vai me enxotar como fez da primeira vez?
- Não. - Disse negando com a cabeça - Podemos recomeçar, se você quiser. - Ela diz sincera
- Está falando sério? - ele perguntou arregalando os olhos, surpresos.
- Sim, é sério. Acho que merecemos um novo começo agora que somos mais experientes. - ela sorriu tímida - Então... Você aceita?
- Eu aceito, Amanda... - ele sorri de lado. - Eu gosto muito de você e estou disposto a tentar por nós, mais uma vez.
- Sério? - Ela sorriu por tê-lo imitado - Desculpa, é força do hábito. Isso soou estranho, parece até que estou pedindo sua mão em casamento. - Ela ri corando as maçãs do rosto.
- Não... Essa parte deixa que eu faço... - ele riu e a abraçou pela cintura. - Será que posso beijar minha... Namorada?
Amanda sorriu sentindo alívio e felicidade.
- Claro que pode... Meu namorado. - Ela disse.
Os dois se olharam nos olhos e sorriram como um casal apaixonado. Thomas se aproximou e devagar tomou os lábios dela nos seus, a beijando com amor e cuidado. Amanda sabia que não o amava, mas precisava esquecer o homem que a tinha magoado tão profundamente... Ela sabia que conseguiria isso apenas com um novo amor, então, estava dando a si mesma a chance de ser feliz de verdade, estando com Thomas.
Depois que fez as pazes com Thomas, Amanda volta a sorrir. Mandy estava ansiosíssima para a inauguração da boate de Jack. Ela convida a irmã para irem as compras escolher uma roupa bem bonita para agradar seus acompanhantes. Na loja as duas se divertem provando primeiro os modelos mais improváveis e depois os que realmente valem a pena. Um dia antes do evento elas passam o dia no spa relaxando e fazendo todos os tratamentos de beleza que tinham direito. Da raiz dos cabelos até os pés.
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[ Look de Mandy e Amanda ]
[ Look de Jack e Thomas ]
No dia do evento Amanda e Mandy se arrumam para impressionar! Queriam mostrar a todos que haviam superado o passado e que agora seguiriam adiante. Lindas, Morenas e Perfeitas, as duas seguem de limosine seguem de motorista até o aeroporto para pegarem o jatinho particular direto para Los Angeles. No caminho as duas comentam com ansiedade o que poderiam esperar daquela noite. Uma hora depois o avião pousa. O hotel onde ficariam hospedadas depois da festa já estava reservado. De limousine elas seguem para o evento. A mídia inteira estava na porta clicando as celebridades que prestigiavam a inauguração. Jack foi chega causando alvoroço em todos. O carro de Amanda e Mandy chega pouco depois e o trio se encontra no tapete vermelho. Jack abre um sorriso enorme as para as duas.
- Que bom que você vieram! - ele diz abraçando primeiro Amanda e depois Mandy, mais demorado - Você está fantástica, Mandy. - Ele disse ao ouvido dela e sorriu quando se olharam.
- Obrigada, Jack... - ela sorri. - Você também está um gato, baby.
- Obrigado, amorzinho. - Ele sorriu ficando ali, a admirando.
Amanda chama a atenção sorrindo.
- Gente... Eu ainda estou aqui...
Jack riu.
- Tem razão cunhadinha, desculpe. Vamos entrar meninas... - ele disse dando o braço para as duas irmãs.
Amanda e Mandy seguram no braço dele seguindo boate adentro. Foram direto para a área VIP. Muitas celebridades famosas, jogadores de basquetes e pessoas influentes estavam ali prestigiando a festa. Logo que chegam a mesa reservada Jack pede que sirvam bebidas da qual quiserem. A despesa delas seria por conta da casa.
Enquanto escolhiam as bebidas os três conversam animadamente. Jack é claro, aproveita a chance para provocar Amanda.
- E o cadê o galã cunhadinha? Já assustou ele, é?
- Claro que não, seu bobo. Ele deve estar chegando daqui a pouco, ele mandou uma mensagem dizendo que está perto daqui. - Ela responde.
- Hum... Sei. Está nervosa? Você sabe né.. Primeiro encontro é aquela pressão. - ele brinca.
- Para Jack! Vou ficar uma pilha de nervos por culpa sua. - Amanda riu- Mandy dá um jeito no grandão aí, vai.
- Jack, deixa a minha irmã... Você sabe, ela precisa desencalhar e dessa vez vai! - ela diz, entrando na brincadeira.
Amanda encara a irmã em silencio por três estreitando os olhos pra ela.
- Não sei por que ainda peço sua ajuda. - Ela diz rindo.
- Você sabe que eu sou ótima em ajudar, mana... - ela ri e aponta pra frente. - Thomas está vindo...
Thomas passa por algumas pessoas, as vezes cumprimentando algumas e logo depois chega na mesa deles. Aperta a mão de Jack e da um beijo em Mandy. Quando sentou-se perto de Amanda, a abraçou pela cintura e deu um beijo carinhoso em seus lábios.
- Demorei?
- Não amor, nós também chegamos há pouco tempo. Quase nos encontramos, praticamente. - Ela sorri.
- Fala a verdade cunhadinha, você já estava em cólicas esperando o seu love só porque ele demorou cinco minutos. - Jack fala rindo.
- Jack! Não foi assim não... - Ela vira para Thomas - Ele está com graça amor, eu tava quietinha aqui.
- Não precisa mentir, gata... Eu sei que sente a minha falta. - ele sorriu e passou o braço pelo pescoço dela. - Mas eu prometo te recompensar mais tarde, pela minha demora... - sussurrou no ouvido dela, logo depois voltando-se para Jack. - Cunhada? Então quer dizer que voltou a namorar Mandy, Jack?
- Estamos vendo isso ainda, Tom. Tudo depende do que acontecer essa noite. Não é, amorzinho? - Jack fala e sorri de lado pra Mandy.
- Eu não sei de nada... - ela murmura, sorrindo e colocando o cabelo pro lado.
- Você viu só o charme, Tom? - Jack falou - Vou ter um trabalhão, hein.. - ele sorriu.
- Estou percebendo... Eu já tenho a minha garantida, cara, é melhor voltar pra sua logo, pra gente fazer alguma coisa, viajar... - ele sorri e se vira pra Amanda. - Vamos dançar, amor? Assim deixamos os pombinhos se resolverem sozinhos...
- Vamos amor, assim o Jack para de me perturbar. - Amanda fala rindo.
Os dois saem da mesa e Mandy ri, encostado-se no assento da cadeira.
- Não pensei que eu esqueci da sua promessa, ok? - ela diz, tomando um gole de seu coquetel.
- Que promessa, baixinha? - ele brinca.
- A promessa que o senhor me fez, sobre dançar comigo! - ela diz, arqueando uma sobrancelha. - Vai dizer que não se lembra dessa minha condição?
- Lembro sim amorzinho e você lembra da minha proposta? - Ele disse erguendo uma sobrancelha.
- Que proposta?
- A minha dança particular, mocinha esquecida.
- Ah sim... Mas você ainda não merece uma dança particular... - ela disse, fazendo bico.
- Por que não?
- Por que ainda não cumpriu sua promessa... Se não dançar comigo, eu não danço pra você, amor. - ela diz, sorrindo de lado no final.
Jack levanta imediatamente estendendo a mão pra ele.
- Não seja por isso. Você aceitar dançar comigo, linda?
Mandy ri e coloca a mão sobre a dele.
- Vou fingir que você está indo porque quer e não porque eu vou dançar pra você depois disso...
- E se for um pouco dos dois? - ele sorri levando ela na pista.
- E é um pouco dos dois ou esta me enrolando?
- Vamos dançar e eu te mostro a resposta. - Ele diz finalizando o papo assim que entram na pista.
O casal fica frente a frente começando a dançar. A pista estava cheia e o contato com outras pessoas era inevitável. Sendo assim Jack pegou Mandy pela cintura com as duas mãos voltando a dançar. Ele mantinham os olhos fixos nela. Mandy fazia o mesmo. Ela repousa os braços no pescoço dele rebolando o quadril. Jack a puxa mais pra si acompanhando o movimento. Depois ele pega a mão dela girando junto ao corpo permitindo que as costas dela colem em seu peito. Ele mexe a cintura atrás dela. Não demorou muito e Mandy sentia a excitação se fazer presente em seu bumbum.
- Estou indo bem, amor? - ele sussurra no ouvido dela.
- Muito bem... - ela sussurra de volta. - Andou fazendo sula de dança, baby?
- Segredo, baixinha. - as mãos dele descem até as coxas e voltam a cintura - Ficar me ensinou muita coisa, sabia?
- É mesmo? Como o que, por exemplo? - ela perguntou, mexendo o quadril mais forte.
- Hum... Eu prefiro te mostrar em outro lugar, amorzinho. Você aceita?
- Aceito... - ela diz, sorrindo diante de toda aquela loucura.
- Então vem comigo.. - ele sorri pegando a mão dela saindo dali.
Seguiram por um corredor longo até final dele onde havia uma porta. Nela havia plaquinha escrito "Mr. Peterson". Ao entrarem Mandy percebe que ali era o escritório dele. Jack fechou a porta e agarrou a ex namorada por trás cheirando seu cabelo:
- Como eu senti saudades de você, amor?
- Eu também senti saudades de você, Jack... - ela sussurra, fechando os olhos.
Jack tira afasta os cabelos de Mandy do pescoço. Beijando a área ele desliza a mão pela cintura e volta no zíper do vestido. O desceu devagar beijando cada pedaço de pele que ficava a mostra. Escorregou as duas mãos pelos ombros dela fazendo o vestido deslizar até o chão. Ele solta um suspiro pesado.
- Você é muito perfeita... - murmurou a virando pra si.
Jack tocou o rosto dela com carinho lembrando-se de todos os momentos bons que passaram juntos. A triste separação e... Novamente ela era sua. Ele sorriu.
- Eu amo você Mandy...
- Oh, Jack... - ela apenas suspirou e o beijou.
Jack a acolheu em seus braços erguendo no ar. Repousou o corpo dela sobre o sofá e tomou distancia para se despir. Enquanto era assistido tirou a camisa, em seguida o cinto e a calça. Se aproximou de Mandy tornando a beija-la com fervor.
O beijo do casal é quente e cheio de saudade. Embora Mandy não consiga esquecer Michael, ela queria seguir adiante e ter Jack em seus braços era o que precisava agora. O quadril dele pressiona o dela demonstrando o quanto a desejava.
- Eu quero tanto você, amor...
- Eu também te quero muito, Jack... - ela gemeu
Ele sorriu voltando a beija-la. Os beijos percorrem todo o corpo dela com devoção ate a intimidade. Jack a despiu da calcinha e logo se despiu de sua cueca box branca. Arfou enquanto admirava o corpo de sua amada. Ergueu as pernas dela com carinho, beijando cada uma deitando sobre ela. Acomodou-se e a penetrou devagar. Beijou sua boca mexeu no ritmo que mais gostava.
- Ah Mandy... Como é bom amar você.. - Sussurrou beijando-lhe o pescoço.
- Jack... - ela gemeu no ouvido dele, arranhando suas costas. - Mais forte, amor...
- Tudo que voce quiser, meu bem... - ele diz aumentando a intensidade, gemendo pra ela.
- Assim... Oh, Jack, você é tão bom nisso.. - ela gemeu alto, acompanhando o movimento dele.
Para ainda mais prazer a ela, Jack ergueu as pernas de Mandy sobre os ombros investindo forte e fundo, com ela mais gostava. Eles gemem e ele a beija para abafar os gritos do seu grande amor.
Não demorou muito e Mandy começou s aperta-lo por dentro. Jack morde o lábio dela se entregando totalmente aquele pedido silencioso. Desceu as mãos para o bumbum segurando firme investindo tudo de si. Mandy gritou o nome de Jack e ele urrou de prazer quando explodiram. O coração deles bate a mil com o êxtase latejando em seu sexo. Ele beija a boca dela com amor e repousa sorrindo ofegante sobre o peito dela.
Mandy suspirou e acariciou os cabelos dele, sorrindo.
- Jack... Eu acho que vão estranhar que o dono tenha sumido justamente na hora da inauguração da boate... Não acha?
- Ah eles esperam... - ele sorriu erguendo a cabeça - Você é o que mais me importa agora, meu anjo.
- Jack... - ela murmurou, passando a mão pelo rosto dele. - Você está mesmo disposto a voltar comigo depois de tudo... Que eu fiz?
Ele olhou dentro dos olhos dela.
- Mandy, eu sofri bastante, Deus sabe. Mas ficar revivendo isso pra sempre não vai apagar o que aconteceu e, eu não quero isso. Dentro de mim eu já te perdoei e por causa desse perdão quero estar com você porque eu te amo. Amo você assim de tudo e qualquer coisa. Você nasceu pra mim, baixinha e quero terminar os meus dias ao seu lado...
- Ah Jack... - ela murmura com os olhos cheios de lágrimas. - Eu sinto muito, eu fui uma idiota ao trocar você por... Por aquele cara que só me fez mal. Se você soubesse o quanto eu me arrependo... - a voz dela some no final, quando as lágrimas começam a cair.
- Meu amor, não fica assim, já passou. - ele acaricia o rosto dela - Eu sei que foi ruim pra nós dois, mas vamos recomeçar, hum? - ele da um selinho amoroso nela.
- Tudo bem... - ela murmura, limpando as lágrimas. - Vamos recomeçar e dessa vez será pra sempre.
- Vamos meu amor.. - ele sorri e a beija - Sua irma deve estar louca te procurando.
- Eu acho que não, Thomas deve está mantendo-a bem ocupada. - ela ri.
- Você tem razão. - ele riu junto e se levantou - Mas nós temos que ir. Quem mandou s senhorita sequestrar o dono da festa. - Jack brinca.
- Eu sequestrei? Não me lembro disso... Na verdade, só consigo me lembrar de você me trazendo pra cá praticamente no colo. - ela diz, se levantando e procurando por suas roupas.
- Tá bom, essa parte eu assumo, mas foi bom não foi? - Ele diz fechando a calça.
Enquanto Mandy e Jack se divertiam no escritório, Thomas fazia Amanda rodopiar e dançar ao seu redor. Mandy era dançarina profissional, mas Thomas havia acabado de comprovar que a dança era algo que, inegavelmente, vinha no sangue dos Lewis.
Capítulo 28
Amanda estava mais sexy do que nunca, rebolando os quadris até o chão e subindo lentamente, fazendo questão de escorregar seu corpo pelo corpo de Thomas. E seus beijos? Estava o enlouquecendo completamente! Ele estava tentando ser elegante, mas estava realmente difícil segurar a ereção que estava se formando sob sua calça, ao vê sua namorada rebolando tão convidativa daquela forma.
- Você está me enlouquecendo, sabia? - ele sussurrou no ouvido, puxando sua cintura para colar seus corpos. Amanda agora podia sentir toda a excitação dele em sua bunda.
- Que bom amor, isso significa que você gostando da minha coreografia. - Ela sorriu mordendo o lábio. - Você quer descansar um pouco?
- Não mesmo... - ele sorriu e a virou para si, colando os lábios em seu pescoço. - Eu estou tão... Duro, Amanda! Você realmente está me enlouquecendo...
- Sério? Sabia que eu gosto de você assim... Prontinho pra mim? - Ela sussurra no ouvido dele.
- Amanda... - ele rugiu em um aviso, sorrindo de lado. - Você já transou em um banheiro de boate, gata?
- Não... - ela disse olhando pra ele - Mas por que está dizendo isso? Por acaso não pensou em... - ela deixa a frase no ar.
- Ah, eu estou pensando sim, amor... - ele sorriu de lado e grudou a boca na orelha dela. - Eu prometo que será tão gostoso como se estivéssemos na cama...
Amanda mordeu o lábio olhando pra ele e logo respondeu no ouvido:
- E o que estamos esperando?
- Adoro quando você é determinada assim, Amanda...
Ela sorriu.
- Mas eu sempre fui assim, gatinho...
Pegando em sua mão, Thomas começou a passar por entre as pessoas. Quando chegou ao corredor do banheiro, procurou pelo banheiro para deficientes físicos, onde ele sabia que poderia ficar tranquilamente. Ao achar, ele saiu em direção a ele com Amanda ao seu lado, assim que entraram, ele a prensou contra a parede, tomando seus lábios em um beijo de tirar o fôlego.
- Amanda... Você me enlouquece... - ele murmurou ao largar a boca dela, descendo por seu pescoço.
Amanda apenas gemeu, arranhando as costas de Thomas por cima da camisa. Aquela loucura estava a excitando demais e ela não via a hora de senti-lo dentro de si.
Thomas desceu as mãos pela lateral do corpo dela até chegar a barra de seu vestido, onde ele levantou até a cintura. Mordendo o lábio de Amanda, ele rasgou a calcinha dela, ouvindo um suspiro surpreso vindo dela.
- Acho que não iríamos precisar dela, não é mesmo? - ele perguntou, sorrindo divertido.
- Agora não mais, né... - Ela sorriu.
- Nem pelo resto da noite... Porque isso aqui é apenas o começo, princesa... - ele sussurrou no ouvido dela, começando a tocá-la.
Amanda soltou um gemido alto quando ele a penetrou com dois dedos. Ela estava tão molhada que ele entro sem dificuldade alguma, começando a penetrá-la com os dedos enquanto falava o quanto ela estava quente por dentro e que não poderia esperar nem um segundo para estar dentro dela.
Apressando-se para senti-lo em si, Amanda desabotoou a calça dele, abaixando-a junto com a box azul que ele usava. Ela mordeu o lábio ao vê o quão excitado ele estava. Thomas sorriu de lado e puxou seu queixo para cima, beijando-a enquanto a impulsionada para que colocasse as pernas envolta de sua cintura.
A música estava alta, mas tiveram certeza que se tivesse alguém no corredor, eles ouviram os gemidos de Amanda quando Thomas a penetrou com força, indo até o fundo, da maneira como ela gostava. Eles se beijaram para abafar os gemidos, mas a cada estocada o prazer aumentava dentro deles.
Amanda arranhava suas costas e Thomas praticamente não a segurava, enquanto a prensava contra a porta do banheiro. Seus movimentos ficavam cada vez mais rápidos e seus gemidos mais altos. Quando sentiu Amanda apertá-lo por dentro e jogar a cabeça pra trás, ele aumentou o ritmo.
- Goza pra mim, Amanda... Goza bem gostoso, amor... - ele gemeu.
Amanda gemeu alto e o apertou com mais força, sentindo-o ir ao fundo enquanto ela explodia em um orgasmo forte, gritando o nome dele. Thomas escondeu sua cabeça no pescoço dela e se movimentou com mais vigor, buscando o seu próprio prazer e abafando seu gemido na pele dela, quando gozou com força.
Ofegantes, Thomas a segurou quando o seu corpo ficou mole. Ele sorriu e levantou a cabeça, beijando-a com leveza.
- Isso foi uma experiência boa, não é mesmo?
- Boa... Demais... - Amanda sorriu, ofegante. - Você sempre me levando a fazer novas experiências, não é?
- Sempre amor... Estamos aqui para inovar... - ele disse, colocando-a no chão. - Agora terá de ficar sem calcinha... Isso é um problema?
- Um pouco, mas posso sobreviver a isso. - ela sorriu - Precisamos voltar, gatinho. Estou com sede e minhas pernas ainda tremem - Amanda riu ajeitando o vestido.
- Vamos voltar porque isso só foi uma rapidinha, amor... - ele a abraçou pela cintura e abriu a porta do banheiro. - Recupere a energia porque quando chegarmos ao hotel... Teremos muita coisa a fazer.
Depois de recuperados de toda a loucura, os casais se encontram na mesa como se nada tivesse acontecido. Mas Amanda e Mandy se olham e sorriem, confirmando a si mesmas a loucura que haviam acabado de cometer. Alguns fotógrafos chegam perto deles e tiram fotos e os casais não se incomodam. Durante todo o tempo ficam juntos, conversam e dançam mais um pouco, até verem que era hora de ir embora. Mandy fica com Jack e diz irá pra casa dele e Amanda e Thomas seguem para o hotel onde estão hospedados.
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Thomas e Amanda chegam ao hotel com sorrisos e carinhos. Depois de pegar o elevador até a cobertura entraram no quarto. Ela foi tirando a sandália dos pés. Thomas a abraçou por trás dizendo que a melhor parte da noite estava começando. Amanda riu tentando se desvencilhar dele. Quando consegue, vai até a porta do banheiro brincando de seduzi-lo convidando-o para o banho. Thomas sorri de lado caminhando até sua linda namorada demonstrando que o convite estava mais que aceito. Os dois namoram durante o banho e desfrutam um do outro com carinho.
Horas mais tarde quando já tinham dormido pesado, Amanda acorda com um dor insuportável de estômago. Sentia que estava sendo corroída por dentro e ansiava forte. Levantou-se rapidamente da cama e correu para o banheiro já erguendo a tampa do vaso caindo de joelho diante dele, pondo para fora tudo que tinha ingerido. Seu estômago dava voltas, e a cada uma Amanda se inclinava ali. Thomas se move na cama procurando o corpo da namorada, mas ela não esta ali. Abriu os olhos com dificuldade e logo ouviu ruídos de alguém passando mal. Muito mal, na verdade.
- Amanda... – ele disse a si mesmo. Vestiu a cueca rapidamente indo ao banheiro. Ao chegar viu Amanda sentada no chão ao lado vaso. Estava pálida como folha de papel. – Oh meu amor... O que foi? – Murmurou abaixando perto dela.
- Eu... Acho que eu bebi demais... – Ela sussurra chorosa.
Thomas fez carinho na cabeça dela.
- Tudo bem amor, isso vai passar... Eu vou cuidar de você. – Ele pega as mãos dela. – Vem, eu te ajudo a levantar...
- Eu... Estou muito tonta... - Ela disse dando a mão pra ele.
Ao ver que ela ao menos conseguia ficar de pé, Thomas a pegou no colo, levando-a até a cama, onde a colocou sentada.
- Eu acho melhor irmos ao hospital, amor... Não podemos brincar com essas coisas, se algo atacou seu estômago, é porque ele já estava sensível antes... Não queremos que você piore. - ele disse, passando a mão de leve pelo rosto dela.
- Está tudo rodando... - ela disse fechando os olhos e os abriu lentamente - Acho que não consigo me trocar sozinha... Você me ajuda?
- Claro... Espere um segundo. - ele disse, se distanciando.
Thomas foi em direção a mala de Amanda e pegou um vestido leve, junto a um casaco e um par de sapatilhas. Ele a ajudou a se vestir e quando ela estava pronta, ele ligou para a recepção, pedindo para que lhe aprontassem um carro com motorista.
A pegando no colo, Thomas saiu do carro e pegou o elevador. Quando desceu, um dos seguranças do hotel o levou até o carro. Colocando Amanda sentada, ele se sentou logo em seguida, pedindo para que o motorista os levassem para o hospital particular mais próximo que tivesse. Encostando a cabeça dela em seu peito, ele deu um beijo em sua testa.
- Já, já, chegamos ao hospital, amor... - ele sussurrou, vendo-a suspirar baixinho. - Você ainda está enjoada?
- Hurum... Sinto que meu estômago está todo machucado por dentro... - ela murmura. Amanda pega a mão dele com carinho - Obrigada por estar aqui, Tom...
- Eu sempre estarei aqui, meu bem... - ele disse, beijando de leve os lábios dela.
Amanda se aninhou nos braços de Thomas e observou a madrugada iluminada daquela cidade através do vidro do caso. Minutos mais tarde eles dão entrada no hospital. Ela estava abraçada a cintura do namorado. Ele a coloca no assento e se dirige para fazer a ficha. Enquanto esperava atendimento Amanda sente a cabeça dar uma tontura muito forte a ponto de fazê-la bambear na cadeira e cair lentamente para o lado sobre uma senhora que ali estava.
A senhora consegue pegar Amanda não permitindo que caia no chão. Ela chama por enfermeiros fazem todos olharam pra si. Thomas deixou o balcão e foi correndo até a namorada.
- Ela desmaiou.... - Disse a senhora - Graças a Deus ela não caiu no chão...
- Oh Deus... Amanda... - ele murmura e beija o rosto da namorada. - Muito obrigada, senhora. Algum enfermeiro poderia vir aqui? Minha namorada desmaiou, por favor, alguém... - ele chama em voz alta.
Não demorou muito até vir as pressas uma enfermeira de roupa azul. Era loira e alta. Ela se dispõe assim que está diante deles:
- O que aconteceu com ela? - Falou olhando a moça desacordada.
- Ela acordou com estômago enjoado e vomitou muito... Ela ficou o tempo todo tonta, mas desmaiou agora. Eu estou preocupado! - ele diz, olhando pra enfermeira com desespero.
- Certo! Não se preocupe, vamos cuidar dela agora. - Respondeu a enfermeira - Vou buscar uma cadeira de rodas. Espere um minuto.
Ela se ausenta brevemente e retorna empurrando a cadeira de rodas. Eles colocam Amanda na cadeira e saem depressa para a sala do médico de plantão.Na sala, deitam a paciente na maca e a enfermeira sai para chamar o médico. Thomas fica ao lado de Amanda o tempo todo, segurando sua mão e a beijava sussurrando que tudo ficaria bem.
Uma médica entra no quarto entra no quarto. Era asiática de cabelos compridos castanhos com mechas cor de mel nas pontas.
- Boa noite. Sou a doutora Silvia Sayuri. - ela disse a Thomas. - Você é o que da paciente?
- Olá doutora... - ele apertou a mão dela. - Me chamo Thomas... Sou namorando de Amanda. - ele disse, amigável
- Ótimo! - Silvia chega perto de Amanda e checa o pulso - A enfermeira me disse que ela passou mal em casa, não é?
- Muito mal... Ela vomitou muito e desmaiou aqui no hospital. Estamos achando que é algo que ela possa ter bebido hoje... Saímos mais cedo e ela possa ter exagerado... - ele diz, acariciando a mão dela.
- Entendo. Bom, vou medica-la por via intravenosa e logo sua namorada ficará bem. Pedirei também exames de sangue para como está a taxa de açúcar. Você sabe que horas ela se alimentou a ultima vez?
- Hm... Provavelmente antes de sairmos, então acho que foi por volta de umas oito e meia da noite...
- Ok! Ela ficará de observação por conta do desmaio, mas após os exames podemos libera-la, certo? - ela disse o vendo assentir - Vou atender outros pacientes, mas qualquer coisa me chame.
me chame imediatamente*
Thomas assentiu, vendo-a sair logo depois.
A enfermeira Cassie, que os atendeu no corredor, volta com a bandeja de injeções e soro. Ela coloca os remédios no soro e aplica o mesmo na veia de Amanda deixando o pendurado num suporte próprio. Sorrindo de leve ela mostra tranquilidade a Thomas e também se dispõe para ser chama quando precisar.
Conforme o remédio faz efeito Amanda começa a acordar. Ao seu Thomas estava como o rosto um pouco turvo, mas ela sabia que era ele.
- Amor... - ela murmurou - Eu desmaiei?
- Oi, meu bem... Você desmaiou sim, mas a médica já aplicou um remédio em você e colheu seu sangue para exames... Devem ficar prontos daqui a pouco... - ele passou a mão pelos cabelos dela. - Você está melhor?
- Hum... Pra qual dos dois eu respondo? - Ela brinca sorrindo de leve. - Estou melhorando, mas a visão ainda está estranha.
- Deve ser por causa do remédio, tem que terminar de fazer efeito. - ele sorriu. - Quer que eu chame a médica agora?
- Não amor, estou bem. - Ela sorri - Já comecei a te dar trabalho não é?
- É né... E me deixar louco de preocupação.
- Ah... Me desculpa.. Acho que exagerei na diversão. - Disse envergonhada - Mas aquela parte depois da dança foi bem legal... - ela ri um pouco grogue.
- É mesmo, mocinha? - ele riu. - Você adora aprontar, garota... Aí abusa demais. Da próxima vez, serei bem mais cauteloso e farei tudo devagar. - piscou
- Hm...Tá bom... - ele pisca com sono e boceja - Acho que vou dormir um pouquinho amor... Deita aqui comigo?
Ele sorriu.
- Deito, amor... - ele disse, esperando ela chegar para o lado. Se deitou e a colocou em seu peito. - Durma, eu não vou sair daqui.
Amanda adormece rapidamente com o efeito dos medicamentos. Thomas fazia carinho na cabeça dela sentindo aroma de seus cabelos. Era parecia tão frágil em seus braços. Ele reflete a ideia de que esses anos longe serviram para que aprendesse a descobrir a si próprio. Após um beijo suave na testa da amada ele também relaxou se entregando ao sono.
Capítulo 29
Mais tarde, a doutora Silvia o desperta com papéis nas mãos. Ele sorri sem graça por estar deitado na cama da paciente e se desculpa. Dra. Silvia disse que não havia problema quanto a isso. Confessou que era bonito um casal jovem tão unido assim. Seu sorriso era confortável e terno enquanto falava.
- Eu trouxe os resultados dos exames. - Ela disse com papéis nas mãos.
- Ótimo - ele sorriu e chegou perto do ouvido de Amanda, murmurando: - Amor, acorda... Seus exames ficaram prontos...
- Hum... Exames? - Ela repete despertando.
- Isso... A médica esta aqui. - ele disse, vendo-a despertar.
- Olá, bom dia Amanda... - A médica sorriu vendo a paciente sentar na cama para prosseguir - Seus exames ficaram prontos. Sente-se melhor?
- Bom dia doutora. - Amanda responde - Estou bem, obrigada. Até dormi. - ela sorri.
- Ótimo! Dormir é normal no seu estado. Bom, nos exames a sua taxa de açúcar estava muito baixa e o teor de álcool no seu sangue não é recomendado. Você não está em condições de fazer esse tipo de extravagância, Amanda. É prejudicial para o bebê ingerir bebidas alcoólicas durante a gestação....
Amanda ouve a palavra "gestação" e interrompe imediatamente a médica.
- Espera aí doutora, a senhora disse... Gestação?- ela pergunta confusa.
- Sim falei. - Dra. Silvia diz convicta. Amanda e Thomas arregalam os olhos - E a julgar pela expressão dos dois, você não sabiam disso?
- Eu... Não... Não pode ser... - Amanda murmurou em voz alta levando a mão na boca - Grávida? Deus do céu...
- Tanto pode como você está, Amanda. - Thomas disse, engolindo em seco. - A senhora tem alguma noção de quanto tempo ela possa estar, doutora?
- Segundos os exames, Amanda está com dois meses de gestação. Peço que procurem o ginecologista dela e este encaminhará para o obstetra. Ela precisa fazer o pré-natal o mais rápido possível. - Dra. Silvia os orienta.
Thomas olhava atônito aquela notícia tão inesperada. Seu coração era uma mistura de sentimentos. Estava com medo, mas ao mesmo muito surpreso. Amanda tem os olhos lacrimejando e olha pra ele sem saber o que dizer. Parecia tão impotente quanto seu namorado.
Dando mais algumas orientações, a doutora diz que Amanda já está liberada e pede para que a enfermeira tire o soro dela. Quando saem do quarto, Thomas se distancia de Amanda e anda de um lado para o outro, parando logo depois, de frente pra ela.
- Esse filho... É daquele cara que foi preso, não é? O tal de Neal Caffrey... - ele murmura. - Eu já desconfiava que vocês tivessem tido um caso, mas eu não perguntei por que eu não queria me aprofundar nisso, ele já fazia parte do passado e estava preso, mas agora... Você está grávida dele... - ele passa as mãos pelos cabelos, sem ter mais o que dizer.
Amanda sente o coração gelar com a ideia de ter um filho de Neal em seu ventre. Dois meses... Ela só estava com Thomas a um mês portanto, pelas contas a criança era mesmo do cara que a enganou. Ela tenta achar palavras que expressem aquela situação, mas não as encontra como gostaria.
- Eu não sabia que... Estava grávida. Me desculpa Tom, eu não... Eu não sei o que dizer... - Ela fala com a voz embargada e lágrimas nos olhos.
- Eu também não sei, Amanda... - ele disse, em um tom decepcionado. - Você me dispensou pra ficar com ele... Ele te enganou, você veio correndo de volta pra mim, mas agora está grávida... Dele! É muita informação na minha cabeça...
Amanda sente o choro apertar sua garganta. O sufoco se estende pelos pulmões. Mesmo longe ainda a fazia sofrer, como era possível? E assistir Thomas daquele jeito estava acabando com ela.
- Thomas eu fui uma idiota por acreditar naquele cara. Me arrependo de cada minuto que passei com ele.. - Disse chorosa - Mas você tem razão é muita informação e... Você não tem obrigação de continuar, se não quiser. Eu vou entender... - ela disse sentando na primeira cadeira que viu por perto.
- Você... Ainda tem algum contato com ele ou algo do tipo?
- Não. Só o vi uma única vez logo que foi preso, depois disso nunca mais. Nem para visitas. - Ela disse olhando nos olhos dele.
- Pretende vê-lo?
- Não. - Ela balança a cabeça.
- Sabe, Amanda... Essa criança não tem culpa do cara que a fez... E eu tenho certeza que ela não merece nascer sem um pai. Eu amo você, e o cara com quem você se relacionou está preso. Eu simplesmente não conseguiria deixar a mulher que eu amo sozinha e com um bebê. Então... Eu não vou me separar de você. - ele se aproximou dela e pegou sua mão. - Se você permitir, eu gostaria de ser seu marido e pai desse bebê.
Amanda mal podia acreditar no que estava ouvindo. As lágrimas descem por vontade própria pelo rosto. Seu coração está completamente derretido com tanta bondade e amor da parte dele. Ela pega a mão dele e beija como afeto.
- Oh Deus Thomas.... - Ela chora emocionada segurando firme a mão dele contra o seu peito. - Eu te amo tanto...
- Eu também te amo muito, meu bem... - ele sorriu e a abraçou com carinho. - Prometo cuidar muito bem de você e de nosso bebê.
Ela o abraça o mais forte que pode. Era surreal e lindo o que Thomas estava fazendo por Amanda. Ela beija o pescoço dele em seguida pegou o rosto dele com as mãos e beijou seus lábios com amor.
Amanda e Thomas sairão do hospital com a esperança de serem felizes dali em diante. Levar um filho de Neal era uma realidade imutável, mas saber que Thomas estaria ao seu lado mesmo nessas condições fez toda a diferença pra ela. Ao chegarem no hotel conversaram melhor sobre o assunto e ele confirma que estaria presente e seria um bom pai para o bebe. Amanda novamente recai na emoção e aos prantos diz que seria a melhor mulher do mundo pra ele.
No dia seguinte, Amanda entra em contato com a irma e as duas combinam de se encontrar no apartamento de Jack para conversarem. Mandy sente a apreensão na voz da irmã e pergunta o que houve, mas Amands não adianta o assunto preferindo dizer pessoalmente. Mandy sem ter o que fazer assente aguardando o que viria.
Thomas deixa a namorada em frente ao prédio dizendo que passaria a noite para pega-la. Amanda assente e mais uma vez o agradece por estar ali. Os dois se beijam com carinho na despedida. Segui para a recepção para ser anunciada. O porteiro interfona no apartamento e pouco depois Amanda toca a campainha.
Mandy estava na cozinha com Jack, terminando de preparar um lanche, quando ouviu a campainha tocar. Dando um beijo no namorado, ela pediu licença e foi abrir a porta.
- Oi, irmã... - ela a abraçou Amanda com força. - Entra.
- Oi May, desculpa vir assim, mas.. Eu não podia esperar. - Amanda disse ao abraça-la.
Mandy assentiu e a levou para o sofá, sentando-se ao lado dela.
- Então me conte tudo, baby. - ela pegou a mão da irmã.
Amanda suspira.
- Ontem depois que a gente foi embora da boate Tom e eu fomos pro hotel e dormimos... Quando foi de madrugada eu acordei passando mal. Meu estomago estava em carne viva e veio uma ânsia insuportável. Sai correndo pro banheiro e me desfiz toda... Quando dei por mim o Tom estava de pé na porta, com os olhos arregalados perguntando o que aconteceu. Depois disso quando chegamos no P.S e eu desmaiei lá...
Amanda faz uma pausa e suspira.
Uma médica me atendeu e fez vários exames, inclusive o de sangue. E por causa desse exame eu estou aqui, minha irmã. Eu... Estou grávida... - Ela disse num tom de voz baixo.
- Como? - Mandy perguntou quase em um grito, assustada. - Amanda... Por Deus, você está grávida do... Caffrey? Ou melhor... Grey?
- Acho que sim Mandy... Segundo o exame, estou gravida a dois meses e estou com o Tom a um mês... E o Tom estava junto quando a médica falou o resultado...
- Oh meu Deus... E como foi a reação dele?
- Ele... Ele ficou muito atordoado sabe.. Fiquei péssima mana... - Amanda sente as lagrimas chegando - A gente estava tão bem... Mas o que mais me surpreendeu foi ele perguntar se eu tinha contato com Grey e depois que eu disse que não, ele ficou do meu lado mana... - ela disse deixando o choro sair.
- Ele... Você está me dizendo que Tom aceitou tudo isso? - ela perguntou, chocada. Nunca pensou que Thomas, o homem que abandonara sua irmã há alguns anos atrás, fosse capaz de um ato como esse.
- Aceitou... E disse que vai ser um pai pro nosso bebê... Ele chamou de ''nosso bebê'', Mandy.. Tem noção disso?
- Deus, eu estou chocada! - ela murmurou, balançando a cabeça. - É muita informação. Você grávida do Grey, Thomas dizendo que ficará ao seu lado... E eu serei tia! - ela sorriu, por fim. - Amanda... Você está feliz com tudo isso, irmã?
- Estou, mas... - ela passa a mão sobre a barriga - ... Estou com medo Mandy eu nunca fui mãe e como você disse, é muita informação, minha irma..
- Hei, ninguém nasce sabendo ser mãe, bobinha... - ela sorriu, colocando a mão por cima da mão da irmã. - E eu tenho certeza que você será uma ótima mãe. E eu serei uma ótima tia, como Thomas provavelmente será um mega pai. Esse bebezinho vai ser muito amado!
- Oh Mandy... - Amanda murmurou com sorriso - Eu já o amo tanto, é engraçado isso.
- O que é tão engraçado? E por que você está chorando, Amanda? - Jack fala ao entrar na sala.
Amanda apenas olha Mandy pedindo que respondesse a pergunta do cunhado.
- Porque Amanda está grávida! - ela diz contente, se levantando e indo abraçar o namorado. - Vamos ter um sobrinho, amor!
- Mas já? - Jack disse surpreso - O Tom é ligeiro mesmo hein? - ele riu vendo Amanda se encolher no sofá. Estranhando a reação dela se virou pra namorada - Por que a Amanda está assim?
Mandy olhou pra irmã, pedindo com o olhar, permissão para contar a verdade ao namorado. Amanda assentiu. Ela saia que poderia confiar em Jack.
- Porque... Thomas não é o pai do bebê. - Mandy murmurou em um tom baixo. - Assim como eu, Amanda também foi enganada... Ela se envolveu com o Neal, que na verdade se chama Grey e... Ela está grávida dele.
Jack arregala os olhos e senta no sofá. Respirou fundo olhando para a cunhada.
- Isso é sério, Amanda? - ele diz.
- Sim Jack... Descobri ontem..
- Meu Deus, então se você esta.... - ele passa com força a mão pelos cabelos. Respirou fundo olhando a namorada imaginando que poderia acontecer com eles também- Será que... Nós?
- O que? - Mandy arregalou os olhos e logo depois balançou a cabeça em negativa. - Não, eu não estou grávida, Jack... Eu tomo remédio, lembra? Tenho certeza de que não estou. Não precisa se preocupar.
- Tudo bem, é que eu pensei.... Me desculpa ta amor? - ele diz pondo Mandy em seu colo
- Não precisa se desculpar, amor... Eu entendo sua preocupação. - ela sorriu de leve e o beijou. - Thomas vai ficar ao lado de Amanda... Isso não é uma prova de amor?
- Ele vai? Uau...
- Sim, e disse que vai ser um pai pro nosso bebe... - Amanda completou, sorrindo.
- Porra! O Tom é o cara mesmo, hein. Ele te ama muito Amanda.
- Eu sei Jack... E vou fazê-lo muito feliz, ele merece. - Amanda responde sincera.
- Vocês serão muito felizes, eu tenho certeza! - Mandy disse, batendo palmas. - E quando será o casamento? Precisamos pensar em tudo, Amanda... Temos que pensar no vestido, no buquê, na comida... Tem também o bolo e, claro, a festa tem que ser na casa da mamãe! Oh meu Deus, são tantos detalhes...
- Hey amor, falta o pedido do Tom né? - Jack riu. - E logo depois vai ser o nosso senhorita, se prepare..
- Nosso casamento ou... Nosso bebê? - ela pergunta, sorrindo de lado.
- Os dois meu amor, mais um de cada vez. - ele sorriu
- Sim, senhor certinho... - ela ri e vira-se para a irmã. - Quero sabe logo se vai ser menino ou menina para que eu possa encher de brinquedos!
Amanda sorriu com a animação deles.
- Tá bom mana, mas vai com calma.. Não quero filho mimado demais, viu? -ela ri.
- Mana.. Eu sou mimada... Eu vou mimá-lo muito, pode apostar! - ela riu. - Assim como vou mimar muito o meu filho.
- Tudo bem, eu também não vou resistir quando meus sobrinhos chegarem... - Amanda sorri.
- Então pronto, senhorita... - ela sorriu. - Quando vai se consultar com a médica? Quero ir na primeira ultra
- Vou na semana que vem. E a doutora disse que vai dar pra ver o bebe, pequenininho, mas vai dar pra ver...
- Ah eu quero ir junto. - Jack falou empolgado - Será que dá pra saber o sexo?
- Não sei grandão... Mas se der, vai ser muito bom. Quero escolher um nome lindo..
- Eu vou ajudar a escolher o nome também... - Mandy riu. - Ah, eu estou tão feliz... Dar pra perceber?
- Um pouco amor, quando o nosso vier só não surta, ta? - Jack diz segurando o riso.
- Vai ser um pouco difícil... Eu vou ficar eufórica! - ela riu. - Mas por enquanto, vamos curtir muito nosso sobrinho ou sobrinha!
Eles riram e começaram a fazer planos para o primeiro herdeiro da família. Durante a tarde Thomas liga no celular da namorada pra saber como estava. Com alegria Amanda fala que sua irma e o cunhado ficaram muito felizes e mal podiam esperar pelo casamento. Thomas riu dizendo que seria muito em breve. Ela fica sem fala e se derrete ao telefone. Depois de alguns mimos ele promete pega-la mais tarde, Amanda sorri dizendo que vai espera-lo.
Capítulo 30
Assim que a história haja sido esclarecida Amanda pode respirar aliviada. Esperaria a chegada do bebê com um homem maravilhoso a seu lado. Homem que ela nunca imaginou agir como agiu. Thomas era aventureiro demais. Ninguém o controlava. Porém, ele tinha mudado de verdade. O tempo em que ficou afastado fez com que desse valor ao que realmente importava, e Amanda estava no topo desta lista.
Com a ajuda da Mandy, Amanda começou os preparativos do casamento. Jack ofereceu presenteá-los com a festa, que segundo ele seria a maior do século. O casal aceita com alegria o presente. Thomas vai atrás da parte cerimonial e burocrática. A correria de todos para fazer o melhor é grande; e enquanto isso, o bebê crescia saudável e amado no ventre da jovem mãe. No mês seguinte Amanda Lewis e Thomas Belford se casaram na Igreja de Santa Mônica, em Los Angeles. Eles estavam lindos! Mandy e Jack testemunharam juntos aos pais do noivo a união do casal. No momento dos votos foi impossível não ir às lágrimas com a declaração que fizeram um ao outro. Na troca das alianças Thomas brinca como se tivesse as esquecido fazendo Amanda olha-lo assustada, mas logo ele tira a caixinha do bolso trazendo a todos os presentes risos de alívio. Quando o ritual se encerra, o padre pede que o novo casal sele a união com um beijo. Sorrindo os noivos se aproximam lentamente, como na cena de um filme romântico. Thomas leva a mão no rosto de Amanda e dá um beijo apaixonado nos lábios dela, em seguida abaixou-se e beijou a barriga de três meses dela. A recém-esposa não pode conter as lágrimas de emoção quando ele se volta pra ela novamente o abraçou dando um selinho nele.
A festa foi preparada apenas para amigos, familiares e pessoas íntimas. A mídia tentava a todo custo conseguir uma foto casal celebrando sua felicidade, mas não era possível. A equipe de segurança que Jack contratou era a melhor no ramo e tratava perfeitamente de eventos desse porte. Havia celebridades e pessoas muito importantes ali. Amigos ilustres dos noivos que também precisavam de privacidade para curtir uma boa festa de casamento. Os noivos chegam depois que todos estão bem a vontade. São ovacionados com palmas, gritos e assobios. A recepção é muito calorosa e eles são dirigidos a sua mesa juntos com os familiares e padrinhos. Mandy e Jack são os primeiros cumprimenta-los seguidos de Marsha e Frank Belford. Mais tarde o casal circula entre os convidados e a conversa segue agradável com todos. No momento da valsa o casal escolhe a música “Stand by Me” de John Lennon. Fazem uma romântica coreografia salpicada de beijos e sorrisos.
Depois que cortaram o bolo e o buque voar pelos ares nas mãos de uma prima de Thomas o casal se despede para a Lua de Mel. Mandy e Jack se despedem calorosamente deles mais uma vez desejando muita alegria e felicidade. O casal passará dez dias em lua de mel na Tailândia. Sugestão do noivo que adora aquele lugar. Segundo ele, o clima exótico trará mais paixão a eles.
Ainda naqueles dias que o amor estava no Jack aproveita para refazer o grande pedido a Mandy, o amor da sua vida. Ele prepara um dia todo especial. A mandou para um SPA pedindo que lhe descem todos os tratamentos de uma rainha. Mandy agradece muito ao namorado este belo presente e usufrui de tudo com prazer. Mas ela não sabia que o mais esperado viria depois. Quando a noite caiu Jack pede que Mandy se vista algo formal, pois sairiam pra jantar num lugar especial. Toda curiosa ela pergunta o porquê dos mimos e ele nada revelou, a deixando mordida de ansiedade.
Ao busca-la no apartamento quase caiu de costas por vê-la tão perfeita daquele jeito. Mandy se vestiu para matar o namorado de amor. Ele suspira profundamente e a beija perguntando se estava pronta para irem. Ela assente que sim. No trajeto Jack ora ou outra olha pra Mandy causando nela sorrisos.
- Por que você fica me olhando desse jeito, Jack? Tem algo errado aqui? – ela pergunta rindo pra ele.
- Não! Pelo contrário, você está linda demais. Por isso não consigo parar de olhar, minha linda. – Ele diz encantado.
Mandy sorri pra ele e o beija no rosto para não atrapalhar enquanto dirigia. Poucos minutos depois eles estão no restaurante. O ambiente era luxuoso e requintado, como ela adora. Pelo maitre são levados a mesa que estava reservada. Depois de olhar a carta de vinhos, um vinho tinto dos mais antigos foi o escolhido. O jantar do casal segue tranquilo e muito agradável. Além do amor de homem e mulher que sentem um pelo outro, Jack e Mandy tem uma relação de amizade estreita.
Ambos sorriam e trocavam alguns beijos durante a refeição. Após a sobremesa eles se dirigiram a varanda que estava a disposição dos clientes. A lua estava fantástica e o céu repleto de estrela. Tudo conspirava para o momento. Mandy encosta o corpo no balaustre de concreto. Jack a abraçou por trás envolvendo seus braços na cintura dela. Os dois olham em silencio a paisagem da cidade iluminada. Nova York podia ser muito bela daquele ângulo. Um tempo depois Jack a virou pra si sentindo o coração acelerar. A hora tinha chegado.
- Mandy... Meu amor... Eu pensei muito e planejei muito o que dizer pra você. Fiz mil discursos diante espelho e... Agora as palavras que eu ensaiei sumiram... - Ele sorri nervoso - Bom, eu quero dizer que a amo, amo demais. Que eu sou o homem mais feliz do mundo por ter você do meu lado e ver a Amanda e o Thomas casando foi algo que me fez pensar que eu não podia mais esperar, então... - Ele suspira profundo vendo os olhos dela fitando os seus. Devagar ele tira uma caixinha preta e abre ficando de joelho diante dela - Mandy Lewis.... Você aceita se casar comigo?
Mandy o observou ajoelhado a sua frente, a olhando em expectativa. Naquele momento um filme passou em sua mente, desde o momento em que se envolveu com Michael, até o dia de hoje. Ela amava Michael, mas também amava Jack e sabia que Jack era o homem certo pra ela, o homem que a amava de verdade, que a aceitou de volta mesmo depois de ela ter errado tanto. Emocionada, ela respondeu:
- Oh, Jack... - ela sorriu, os olhos cheios d'água. - Eu aceito, é claro que eu aceito!
Jack abre um sorriso aliviado.
- Oh graças a Deus... Me dê a sua mão... - Pediu e Mandy estendeu a mão pra ele. Jack coloco lindo anel de diamante na mão dela dá um beijo e volta a ficar de pé. - Obrigado por aceitar meu amor, eu te amo tanto... - Disse emocionado - Nós vamos ser muito felizes, eu prometo.
- Eu também te amo muito, Jack... Obrigada por me dar uma segunda chance. - ela sorriu, o abraçando.
Ele carinhosamente pega o rosto dela com as mãos olhando em seus olhos.
- Esqueça o que passou, meu anjo... Agora você vai ser só minha, pra sempre. - Ele sorri. - E quando for a hora certa vamos ter nossos filhos e seres uma família perfeita.
- Sim, nós seremos... - ela pegou o rosto dele em suas mãos e ficou na ponta dos pés, beijando-o com amor. - Obrigada por me fazer tão feliz, Jack.
- Você, é quem me faz feliz, minha baixinha... - ele completa pegando ela de surpresa pela cintura dando um beijo intenso e apaixonado.
Uma semana depois.
Roger Miller passou pelo detector de metais e logo foi levado para a sala de visitas. Sendo advogado de Michael e Christian, ele os visitava quase sempre que tinha notícia de coisas que realmente valesse a pena contar. E isso era algo que valia a pena ser contada. Alguns minutos depois a porta foi aberta e Michael e Christian entraram. Eles se sentaram em frente ao advogado.
- Vamos, Roger... Diga que tem algo de bom pra contar! - Christian disse, visivelmente ansioso.
- Tenho, mas acho que vocês não vão gostar muito... - Respondeu o advogado.
- Ihh... Eu não gosto dessa cara, Roger o que foi dessa vez. É alguma cisa sobre nossa sentença? - Michael fala cruzando os braços.
- Sobre a sentença estou conseguindo abrir um processo que pode liberta-los daqui a um ano, se vocês tiverem um bom comportamento e o juiz for o quem eu estou pensando... Então peço que vocês colaborem, por favor.
- Um comportamento melhor do que o nosso? Você não precisa se preocupar com isso, nós mudamos, Roger! - Christian disse na defensiva.
- Sim, nós mudamos de verdade, Roger. Pode ficar tranquilo. - Michael completou.
- Assim espero. Confio em vocês! - Roger respondeu - Mas como pediram notícias, peço que vocês se preparem...
- Fala logo, Roger! Esse suspense é ridículo.
O advogado suspira colocando a pasta sobre a mesa e tira duas revistas entregando nas mãos de cada um. Na capa da primeira estava estampada a foto de Amanda e Thomas no dia do casamento. O casal sorria feliz saindo da igreja. Amanda estava radiante naquele vestido branco que marcava sua barriga protuberante. Na segunda revista Mandy estava na capa dando um beijo significativo em Jack. A legenda de letras garrafais explode nas vistas de Michael. "Mandy Lewis e Jack Peterson O próximo casal do ano".
Vendo a expressão decepcionada dos dois, Roger disse:
- Desculpem... Mas eu falei que elas seguiriam suas vidas,,,
- Eu não posso acreditar... - Christian balançou a cabeça, olhando para a foto. E seguiram bem rápido, porque.. Amanda está grávida! - passou as mãos pelos cabelos, exasperado. - Isso não pode está acontecendo, eu tinha esperanças, pelo amor de Deus!
- Christian... Eu pedi a você que não guardasse esperanças sobre ela. O mesmo disse ao Michael. Amanda e Mandy seguiram em frente e vocês devem fazer o mesmo. É melhor assim, Acredite! - Roger os aconselhou.
- É muito fácil falar, Roger... - Christian murmurou.
- Verdade... Você só fala assim por que é nosso advogado e nos quer livres de problemas, mas no fundo só Christian e eu sabemos o que foi conhecer essas mulheres. É impossível esquece-las, Roger. Simplesmente não dá. - Michael diz colocando com força a revista sobre a mesa.
- Michael tem toda a razão, Roger! - Christian disse, suspirando. - Mas pra mim é o fim da linha. Amanda está grávida e se casou... Tenho que me acostumar com a ideia de que eu a perdi.
Roger respirou fundo.
- Christian e Michael... Estou aqui como advogado de vocês, mas o que falei está fora dos meus deveres, falo como amigo. Não ter que ficar relembrando o que aconteceu no passado, mas me digam com sinceridade.. Depois de tudo vocês acham mesmo que Amanda e Mandy os aceitariam de volta como se nada tivesse acontecido? - Ele diz calmo e sincero. Christian e Mike ficaram em silêncio. - Foi o que pensei. Se sabem a resposta procurem pensar em vocês. O que farão assim se conseguirmos o processo em liberdade. Gente, isso é uma chance de vida nova.. Não joguem fora ficando presos ao passado.
- Você pode até estar certo, Roger, mas você não conseguiria entender... Fizemos muito mal a elas, descobrimos que a amamos tarde demais... É mais do que ter a necessidade de voltar, é também ter a necessidade de ser perdoado. Eu não vou consegui viver em paz enquanto Amanda continuar me odiando.
- Eu entendo Christian, mas...
- Roger, por favor, você não vai entender. Esquece! - Michael disse o interrompendo - Agradeço sua preocupação e seu empenho em nos tirar daqui, só que esse assunto é delicado. Eu pelo menos não quero falar mais nele, se for possível.
- Tudo bem Michael, não vou tocar no assunto a não ser que me peçam. - Roger disse encerrando aquela conversa - Eu vou falar com alguns colegas para sondar o que mais posso fazer para adiar o processo, certo? Vamos pensar positivo e tudo vai dar certo. Vocês precisam de alguma coisa?
- Tem cigarro? - Michael disse.
- Só tenho uma carteira que acabei de comprar, serve?
- Serve. - Ele responde.
Roger abre o paletó e tira a carteira de cigarro e entrega a Michael.
- Você está fumando agora, Michael? - Disse surpreso, o advogado.
- Não, é só pra um colega de cela que está encrencado. Odeio cigarro.
- Tudo bem. E você Christian, precisa alguma coisa?
- Apenas ficar sozinho... - ele disse. - Obrigado pela sua visita, Roger, apesar de não ter trago notícias tão boas assim.
- Não agradeça, fiz porque me preocupo e eu sinto por isso, mas eu não podia esconder a verdade. - Roger falou tomando a pasta nas mãos.
- Obrigado por nos ajudar Roger e desculpa qualquer coisa. Acho que ainda preciso pensar sobre minha vida.
- Tudo bem Michael, não me ofendeu. - Roger disse olhando pra ele - Pense em você a partir de agora, ok? Vai se sentir melhor.
- Vou fazer isso sim Roger. Obrigado mais uma vez. - Michael assente.
O advogado também assentiu e levantou da cadeira.
- Vou ajuda-los a recuperar suas vidas, apenas colaborem. Só isso e nos veremos lá fora em breve. - Roger fala antes de sair.
- Esperamos por isso, Roger... - Christian disse. - Até mais.
- E vocês terão. Até mais. - Disse Roger e sai dali.
Quando voltam para cela os dois estão calados. Permanecem um bom tempo pensando naquelas fotos que virão na capa da revista. Michael não consegue tirar da cabeça a maneira como Jack estava com Mandy em seus braços.. Beijando a boca dela como ele já havia feito. Aquilo doeu tanto! Michael esperava que o sentimento que nasceu entre ele e a herdeira Lewis fosse forte o bastante para superar o que tiveram, mesmo ele sabendo que ela não o perdoaria por tê-la enganado. Michael imaginava que talvez tivesse chance quando seu tempo na prisão fosse cumprido. Ele ainda a amava, e muito. Porém as coisas tinham que mudam. Mandy seguiu sua vida e Michael seguiria o mesmo caminho.
Christian pensava quase o mesmo, mas estava chocado, decepcionado. Nunca pensou que Amanda correria direto para o braços de Thomas e logo engravidaria e se casaria. Aquilo fora um golpe enorme nela, algo que tinha exterminado suas esperanças por completo. Mesmo com o coração doendo, ele teria de seguir com sua vida, como Amanda fizera.
Em meio a faculdade e arranjos para o casamento da irmã, Mandy e Jack ainda conseguiam tempo para ficar juntos. Agora com ele morando em Los Angeles por conta da nova boate, eles se viam com mais frequência do que antes.
Sem Michael por perto, Mandy tinha mais certeza sobre seu relacionamento com Jack. Ela sabia que ficar com ele era o certo e estava investindo todas as fichas nesse relacionamento. Com o passar dos meses ela se sentia cada vez mais ligada a ele, se apaixonando com todo o seu jeito doce e amoroso. Ela o amava - não com a mesma intensidade com a qual amava Michael - mas mesmo assim, ela o amava e era com ele que ela iria ficar.
Amanda e Thomas se entendiam mais a cada dia. A gravidez dela já não era mais uma lembrança do passado para o casal. Eles entendiam aquele bebê como um novo começo para os dois. Thomas cercava Amanda de cuidados chegando a ter certos exageros paternos. No dia do nascimento do pequeno herdeiro a felicidade foi geral. Mandy e Jack vem correndo para o hospital assim que Thomas em lágrimas ligou para a cunhada. Conrad Belford Lewis nasceu belo e forte. Seus lindos olhos azuis encantaram a todos no hospital. As enfermeiras diziam que ele seria um bebê modelo, com certeza. Amanda apenas sorria orgulhosa do filhote. Após estar em casa o desafio estava lançado para os pais de primeira viagem. Todos os dias, meses eles aprendiam coisas novas. Conrad era um bebê tranquilo, não dava trabalho, facilitando muito a vida dos pais. Mandy e Jack são os mais babões do mundo. Sempre que visitam o sobrinho levam presentes e enchem o garoto de mimos.
Embora a alegria estivesse plena na vida deles, Amanda não tinha como esquecer de Christian quando olhava para o filho. Aqueles olhinhos eram dele. Incrivelmente até a maneira de olhar era a do pai. A mãe do pequeno muitas vezes suspirava e procurava livrar sua mente das lembranças de um amor que ainda se faziam frescas na memória.
No fim daquele ano a festa de Natal foi feita na mansão da mãe das irmãs. Amanda e Mandy prepararam uma linda festa para a família toda. Convidaram parentes e encheram a casa. Todos celebravam alegres o primeiro natal em família após a despedida de Elizabeth. As irmãs foram parabenizadas pela atitude de reunir a família. Jack e Mandy eram só amor e sorrisos. Amanda e Thomas formam um casal perfeito e Conrad os completava. Meses depois o pequeno herdeiro faz um ano de vida. Novamente a família se reúne para celebrar. A festinha foi na feita num salão muito bonito e todo decorado com tema de super heróis. Os mais famosos estavam presentes em covers reais. As crianças deliram ao ver pessoalmente o Batman, Super Homem, Homem Aranha entre outros.
Neste período de alegrias para a família Lewis, Michael e Christian passavam pelo tribunal mais uma vez. Roger, o advogado deles, conseguiu abrir o processo em liberdade para os dois. Com esperança esperavam o veredicto do juiz para enfim recomeçar suas vidas. Aquele ano atrás das grades fez com que refletissem se as atitudes de antes valiam a pena. Definitivamente, não valiam. Michael e Christian só imaginavam quanto tempo foi perdido cometendo crimes para benefício próprio. Cada golpe, cada situação.... Meu Deus aquilo tinha que parar! E para o bem da sociedade eles haviam mudado. Os dois agora só queriam reconstruir aquilo que perderam. Assim que todos voltam do intervalo, o juiz proclama a sentença: Christian Grey e Michael Joseph Jackson estão em liberdade condicional por um ano. Não podem sair do país e deveram se manter na linha ou voltaram para a cela imediatamente.
Eles mal puderam conter o sorriso no rosto. Finalmente estavam livres!
Ps.: Christian e Michael estão soltos \o/ A história vai ficar bem interessante amores :p Aguardem!
Capítulo 31
Assim que são libertos Christian e Michael se dirigem ao apartamento que Roger arrumou pra eles se ajeitarem até arrumar um emprego e se estabelecer. Agradecidos, os ex-vigaristas prometem seguir sua vida de uma maneira totalmente nova. Começaram então a procurar trabalho. Embora o currículo de ambos fosse perfeito a questão terem sido presos fez com que ouvissem muitos não até serem admitidos em vagas muito inferiores ao que estavam acostumados. Christian trabalhava como assistente numa pequena empresa de contabilidade e Michael conseguiu trabalho numa academia como professor substituto das aulas de dança.
Três meses passam... Michael e Christian continuam dividindo o mesmo apartamento para poupar despesas. As coisas iam bem pra eles e isto os alegrava em parte. Em parte, porque sempre que descobriam alguma notícia sobre as duas irmãs as recordações voltavam.
Amanda levou cedo naquela manhã. Thomas não estava mais na cama. Vestiu o hobby e foi fazer a higiene matinal. Em seguida vai ao quarto de Conrad ver se estava dormindo bem. O bebê dormia feito um anjo. Ela sorri e o beija na cabeça, logo sai sem fazer barulho e encosta a porta. Desceu na cozinha e o marido tomava café da manhã.
- Bom dia meu amor, não precisava levantar tão cedo. – Thomas disse vendo a esposa se aproximar.
- Bom dia amor, eu não consegui ficar na cama... Tive um sonho conturbado essa noite. - Depois de um beijo cálido nos lábios dele ela respondeu sentando na cadeira, ficando de frente.
- Oh meu bem, você ainda está preocupada com a minha viagem? – Ele disse calmo – Não se preocupe, será mais rápido que a do mês passado. Prometo?
- Mas não tem como alguém ir no seu lugar? Sinto um aperto no peito toda vez que penso nessa viagem... – ela suspira.
Thomas segura a mão dela com carinho.
- Meu amor, não vai acontecer nada. E não tenho como enviar ninguém, eu mesmo tenho que resolver. São coisas da empresa do meu pai... Você me entende?
- Entendo... – Ela disse após um longo suspiro.
Amanda começa a sentir uma dor no peito e sua garganta se fecha. Um choro repentino lhe toma. Rapidamente seus olhos ficam molhados. Thomas olha para a esposa com compaixão. Levanta-se da cadeira indo abraça-la com força.
- Ah Thomas... Eu te amo tanto... – Amanda disse baixinho no ouvido dele.
- Eu amo você Amanda... Pra sempre... – Ele sussurrou de volta.
Os dois permanecem abraçados por um tempo. As mãos de Thomas deles pelas costas de Amanda subindo até a nuca; segurando firme tomou seus lábios num beijo lento e possessivo. Ela corresponde na mesma medida que Tom a coordenava. Amanda se agarra com força nos braços do marido como se pudesse prendê-lo. O beijo se aprofunda e o casal sai da cozinha direto para o quarto.
Antes de deitar Thomas despiu a esposa do hobby e a camisola de seda rosa claro que usava. Repousou o corpo dela sobre o colchão deitando-se encima dela, beijando seu pescoço e colo. Amanda empurra seu quadril contra o dele mostrando que o desejava. Ele corresponde pressionando seu corpo também demonstrando como ela o excitava. Amanda tira a camiseta do marido. Mudando as posições ela se pôs sobre ele começando a beijar seus lábios, pescoço descendo pelo tronco e barriga parando no cós da calça de moleton que vestia. Lentamente também o despiu de todas as peças, voltando a deitar-se sobre ele. O casal se beija de maneira intensa. Thomas segura os cabelos de Amanda e logo mudas às posições novamente. Com ele no domínio ela estava totalmente entregue.
Acariciando os seios, os beijou... Os mordeu sem machucar e os sugou fazendo-a gemer.
Desceu por aquele lindo corpo esquio beijando cada pedacinho do corpo dela. Chegando a intimidade deu o devido tratamento. Amanda faz carinho na cabeça do marido enquanto o sente se deliciando ali. Ele volta à boca dela e coloca dois dedos dentro dela. Gemendo ela implora para tê-lo por inteiro, urgente. Thomas atende ao pedido da esposa sem pestanejar. Com o corpo pediu espaço entre as pernas dela encaixando-se perfeitamente. Projetando-se para frente Amanda o sentia mais e mais fundo. Eles gemem começando a se mover. Ele a penetrava lento e profundo, degustando a pele cheirosa da esposa. Ela se agarra no corpo ele. Aperta seus braços escorregam as mãos para as costas arranhando-o com as unhas. O desejo deles estava intenso naquela manhã. Se amavam como se não houvesse amanhã. Num gesto rápido Thomas se põe sentado trazendo Amanda junto consigo. A invadia forte segurando sua cintura. Os braços dela envolvem o pescoço dele buscando apoio. Quase saltando no colo do marido o interior dela vai se fechando sinalizando que o orgasmo chegava.
- Isso amor... Isso... Vem pra mim... - Thomas gemeu inclinando-a um pouco para trás, penetrando mais fundo.
Amanda se entregou ao que sentia. Ele ao mesmo tempo cresce dentro dela chegando a tocar-lhe no ponto mais sensível de prazer. Amanda já não podia se conter e sem inibições gritou o nome dele quando explodiu de êxtase. Thomas a seguiu logo depois dando mais duas investidas fortes e um urro de prazer. Ofegantes o casal se beija e abraça com um sorriso satisfeito nos lábios.
- Ah eu te amo, Tom.... Amo muito... - Amanda o beija docemente.
- Eu te amo muito mais, meu bem... - ele beijou o pescoço dela. - Prometo não demorar nessa viajem, você vai apenas piscar os olhos e eu estarei de volta para você e Conrad... E estarei dentro de você novamente... - ele sussurrou no ouvido dela.
- Hum... Então vou espera-lo com mais ansiedade, meu gatinho. - Ela sorri mordendo o lóbulo da orelha dele. - Eu nem deixei você terminar o seu café, não é?
- O que fizemos aqui foi muito melhor do que qualquer café da manhã... - ele riu e se virou para o lado, olhando o relógio digital. - Hm... Eu tenho que ir, amor - ele faz uma careta. - Não posso me atrasar pra pegar o voo.
Novamente o aperto no peito sufoca o coração de Amanda. Ela o abraça o mais forte que pode.
- Promete que vai voltar pra mim? Por favor? - Ela diz sem ao menos saber o porquê estava falando.
- Meu bem, é claro que vou voltar pra você. - ele segurou o queixo dela e o levantou, fazendo-a olhar em seus olhos. - Eu amo você não vou a lugar algum.
- Tudo bem, mas, só promete... - ele insiste com os olhos marejados.
- Não chore... - ele beijou os olhos delas, quando ela os fechou. - Eu prometo, meu anjo... Prometo tudo o que quiser.
Amanda abriu os olhos lentamente. Sua visão estava um pouco turva pelas lágrimas, mas ela gravou aquela expressão do marido em sua mente. Acariciou o rosto dele e o beijou com todo amor que sentia. O beijou como nunca mais fosse fazê-lo.
Amanda levou o marido até a porta de casa junto a Conrad em seu colo. Ele deu um beijo amoroso nos dois e disse que os amava intensamente, antes de entrar no carro. Ela sentiu o peito se apertando cada vez mais ao vê o carro se distanciando, até desaparecer pelos grandes portões de ferro que adornavam a casa onde moravam.
No aeroporto, um segurança acompanhou Thomas até uma sala privativa, onde ele e mais alguns acionistas da empresa fretariam um jatinho particular, cedido por seu pai. O tempo do lado de fora era de chuva e isso fez com que o voo se atrasasse por uma hora. Ele já estava impaciente e prestes a cancelar a viagem por conta do mal tempo, quando uma comissária disse que eles já poderiam ir para o avião de pequeno porte. Assim que entraram e se acomodaram, o piloto se identificou e disse que o tempo havia melhorado. Desejou uma boa viajem a tripulação e seus passageiros, dando início a decolagem.
Eles só não esperavam que uma tempestade forte voltaria a cair, sem aviso algum.
Amanda estava em casa com Conrad, com o coração ainda aflito. Eram quase seis da noite e ela sabia que a viajem até Atlanta demorava menos de três horas. Seu marido havia saído de casa ás dez da manhã, seu avião havia decolado ás onze e meia. Seu coração lhe dizia que algo havia dado errado, mas ela se mantinha firme, com o pensamento positivo. O celular de Thomas só dava desligado e até mesmo de alguns acionistas que ela era mais próxima.
Quando o relógio marcou sete da noite, ela já estava desesperada, até que ouviu o telefone de casa tocando. Sem nem mesmo esperar a empregada ir atender, ela correu pegou o telefone. Seu sogro estava do outro lado da linha, tinha a voz embargada e se silenciou ao contar a nora que o jatinho que levava seu filho para Atlanta tinha caído e que não restara nenhum sobrevivente.
Aquela notícia fez Amanda entrar em choque completamente. Ela tinha sentido, ela sabia. Largando o telefone bruscamente o deixou cair no chão. O sogro chamava por mais ela estava inerte. Por alguns segundos sua mente travou. A dor e as lágrimas começaram a botar tão forte que sentiu-se sufocada e caindo de joelhos no chão se pôs a chorar compulsivamente. Quase sem ar ela queria gritar e não conseguia. Deus, Thomas estava morto! Isso não podia ser verdade. Ela repetia sem parar. A empregada escuta o choro e entra as pressas na sala. Amanda estava no chão chorando com as mãos agarradas aos cabelos. Devagar a empregada se aproxima perguntando o que estava acontecendo. A patroa não responde seu olhar estava mortificado e perdido. Uma nuvem negra cobria a casa naquela noite. Doroty oferece água a ela, mas não há resposta alguma, apenas choro e choro. Com o coração partido ela viu o telefone fora do gancho. Coloca no ouvido e não a ligação tinha caído.
Tomando conta da situação a empregada disca para a irmã da patroa. Mandy atende no segundo toque. Doroty pede se era possível que ela viesse até a casa dos patrões. Ao que parece Amanda tinha recebido uma ligação e agora estava no chão chorando muito. E a patroa não respondia a nenhuma pergunta. Mandy diz que tinha acabado de se arrumar para ir lá, mas que não tardaria a chegar. Doroty agradece e desliga. Mandy fica com o coração aflito. A imagem da irmã latejou o dia todo em sua mente. Estranhamente, isso fez com que fosse visita-la assim que terminasse seus projetos para a nova academia de dança que estava montando.
Quarenta minutos depois de sair do apartamento, Mandy chega a casa da irmã. Doroty a recebe adiantando o estado de Amanda. Mandy instantaneamente fica triste ao se deparar com a irmã sentada no sofá da sala em estada catatônico. Exatamente como a empregada disse.
- Ela está assim desde que parou de chorar, senhorita Mandy. - Falou Doroty. - Não aceitou nem o copo d'água que ofereci. Veja se a senhorita consegue algo, estarei na cozinha, se precisar.
Mandy assentiu e se aproximou da irmã, ficando parada na frente dela. Ela não sabia muito bem como proceder, apenas algumas informações que tinha guardado na memória, depois de ler um livro inteiro sobre psicologia. Estava na hora de pôr uma daquelas ações em práticas. Parada em frente a irmã, ela olhou diretamente para seus olhos e disse em voz alta:
- Amanda, acorde. - ela gritou, vendo a irmã piscar várias vezes e sacudir a cabeça de leve. Ela estava retomando a consciência. Ajoelhando-se em frente a irmã, ela colocou as duas mãos em seu rosto e perguntou:
- Irmã... O que foi que aconteceu?
- Thomas... Está... Morto... - Ela murmurou com o olhar escuro de tristeza.
- Como? - ela perguntou, atordoada
- O avião caiu e... Ele morreu... - As lágrimas voltam a brotar nos olhos dela - Ele prometeu que ia voltar pra mim, Mandy... Ele prometeu e o perdi pra sempre...
Amanda cobre o rosto com as mãos começando a chorar novamente.
- Oh meu Deus... - Mandy diz atordoada, sentando-se ao lado da irmã. - Mas como isso aconteceu, Amanda?
- Eu não sei, Mandy... - Disse entre lágrimas voltam a lembrar as palavras do sogro - Acho que foi a chuva... A chuva maldita que levou meu marido de mim.. - Ela chora deitando a cabeça no colo da irmã.
- Oh meu bem... - Mandy acaricia seus cabelos, sentindo os olhos marejarem. - Eu nem sei o que dizer, irmã... Eu sinto tanto...
As duas choram juntas, Mandy tenta consolar a irmã, mesmo sem saber como. Ela aprendera a gostar muito do cunhado, principalmente depois de tudo o que ele tinha feito por sua irmã. Era uma grande perda.
Capítulo 32
Do outro lado da cidade Michael assistia tevê comendo um lanche. Christian estava na cozinha preparando o seu lanche quando o noticiário urgente entrou no ar. As legendas que corriam na tela diziam que o herdeiro da maior empresa do país havia morrido num acidente de avião devido ao mal tempo. Michael fica de olhos arregalados ao reconhecer o marido de Amanda na foto.
- Christian... Christian corre aqui cara! Vem ver o que estão falando na televisão... - Michael disse alto, chocado.
Christian largou o que estava fazendo na cozinha e foi em direção a sala. Fotos de Thomas ao lado de Amanda e do bebê deles aparecia na televisão, enquanto a repórter falava sobre o acontecido.
- Deus... - ele murmurou, escutando a notícia. - Michael, será que isso é verdade?
- É sim Christian, estão falando disso em todos os canais. Coitada da Amanda... - Michael murmura, sentindo pena da irmã do seu grande amor.
- Sim... - ele disse, sentando-se no sofá - Por mais que eu não gostasse desse cara... Ele parecia fazer Amanda feliz. Deus, meu anjo deve está arrasado.
- Poxa cara, imagina o clima da casa? É fogo perder o pai cedo... Estou pensando no garotinho.. - Michael comenta - Perdi meu pai na mesma idade dele.
- E eu nem tive pai... - Christian balançou a cabeça, amargurado. - Eu espero que Amanda se recupere logo... Ela já passou por tanta coisa, não merecia isso.
- Verdade, tomara mesmo. - Michael completou. - Mandy deve estar na casa dela. Christian, eu tive uma ideia maluca... Acho que eu vou no funeral desse cara... Preciso ver a Mandy, pelo menos saber se está bem.
- Mike... Está louco? Com certeza o funeral será fechado, cara, nunca conseguiríamos entrar!
- Tem como se usarmos disfarces, mas se quiser podemos ir de cara limpa mesmo. Eu não vou fazer nenhuma besteira, prometo! - Michael disse olhando bem pro amigo.
- E eles vão muito nos deixar entrar de cara limpa! - Christian revirou os olhos e logo depois sorriu de lado. - Mas eu aceito a ideia de irmos disfarçados.
- Fechado! Então vamos ver o que conseguimos até amanhã. - Michael sorri travesso.
Na manhã seguinte na casa de Amanda o clima era pesado. Familiares do casala estavam presentes. Doroty tomava conta de servi-los com o auxílio de mais empregadas que Mandy chamou para dar conta das pessoas. Jack como sempre era mais que um cunhado. Estava por perto para o que precisasse. Conrad pediu o colo da mãe assim que acordou. Amanda abraça e beija o filho tendo-o como seu maior consolo naquele momento.
Quando chegou perto do meio dia todos se dirigiram para onde seria o funeral. Carros de luxo negros cruzam a cidade. A mídia acompanha cada movimento dos familiares até cemitério memorial de Nova York. Como Christian havia digo a cerimônia era fechada apenas para parentes e amigos. Disfarçados como funcionários, os dois conseguem adentrar o cemitério sem problema. Lá dentro eles entram numa sala e trocam as roupas por ternos pretos e óculos escuros, assim como os parentes do falecido. Se misturam facilmente quando começam a conversar com as pessoas. Minutos depois o carro de Amanda estaciona. Jack desceu com o sobrinho nos braços. Mandy desce seguida por Amanda sai do carro, que se apoia na irmã. Sua expressão era de uma dor profunda quando ela tirou os óculos escuros e olhou envolta respirando fundo, começando a caminhar. Michael e Christian estavam sozinhos e virão à viúva entrar no recinto.
- Meu Deus, pobre Amanda... - Michael murmurou. - Ela está arrasada.
- Sim... - Christian sussurrou, com uma expressão de dor. - Minha vontade é de pegá-la no colo e livrá-la desse pesadelo, Mike.
- Eu sei meu amigo, eu sei. - Michael murmurou triste.
Amanda se aproxima donde o caixão do marido estava. Suas pernas tremiam ao encarar aquela realidade. Thomas estava morto, isso era fato. Todos os presentes assistem o momento. Amanda volta a chorar silenciosamente soltando-se do braço de Mandy deu mais alguns passos até sua mão tocar na madeira de cedro envernizado. Um filme começa a passar em sua cabeça. Todos os momentos juntos desde que se conheceram naquela festa de gente rica há anos atrás. Thomas estava tão bonito com seu cabelo rebelde e sorriso traiçoeiro e sedutor. As lágrimas rolam grossas enquanto as mãos de Amanda deslizam fortemente sobre a madeira. Ela queria toca-lo... Queria beija-lo uma última vez, mas não era possível. A violência do acidente fez com o caixão fosse lacrado.
- Ah Thomas... Porque eu não te obriguei a ficar? Porque eu não te amarre comigo? - Amanda disse debruçando sobre o caixão. Seu corpo todo formigava.
A mãe de Thomas chorava em silencio sentada no banco da frente, ao lado do marido. Mandy recosta a cabeça no ombro de Jack. Com um braço ele segurava o sobrinho Conrad e com o outro acolhia Mandy, afagando sua cabeça. Amanda passou vários minutos ali chorando, até ser retirada por alguém para tomar um pouco de ar.
Do lado de fora, Amanda senta num banco e a pessoa que a acompanhava buscou uma garrafinha d'água e a ofereceu.
- Obrigada... - Ela murmura quase sem voz. Deu dois goles e engoliu duramente. - Porque as coisas tem que ser assim? Por que o tiraram de mim? - Ela disse com a cabeça baixa segurando a garrafa nas mãos.
A pessoa se sentou ao lado de Amanda e tocou em sua mão. Ela sentiu todo o corpo se arrepiar, conhecia aquele toque, mesmo que se passasse mil anos.
- Oh, baby... Eu sinto tanto... - Christian murmurou, tocando a mão dela com mais força.
Amanda virou o rosto bruscamente vendo quem estava a seu lado. Mesmo estando diferente ela o reconheceu imediatamente.
- Christian? - Disse surpresa - O que está fazendo aqui? Você devia estar... - Ela não completa a frase, apenas o olhava incrédula.
- Eu não devia... - ele murmurou, passando a ponta dos dedos pela mão dela. - Eu estou esperando o processo em liberdade, Amanda. - quando a olhou, viu seus olhos assustados. - Eu tentei me manter afastado o máximo possível, você estava feliz com seu marido e filho... Eu torço muito pela sua felicidade, mesmo que isso não aconteça ao meu lado. Mas, ao receber essa notícia... Eu precisava vir te ver de perto, meu anjo. Segurar sua mão e dizer que eu realmente sinto muito, Amanda.
- Você sente... Você não sabe nem a metade do que estou sentindo, Christian! Eu perdi o único homem que me amou de verdade. - Ela disse dolorida engolindo o choro que queria voltar.
- Eu também te amei de verdade, Amanda. Eu sei que é muito difícil acreditar, mas é a verdade... - ele balançou a cabeça e suspirou. - Mas eu não vim falar sobre isso, na verdade, eu não vim falar sobre nada. Em um momento como esse, tudo o que precisamos é ter a presença de alguém que goste de nós, alguém que nos proteja e suporte nossa dor. Eu estou aqui pra isso.
Um nó se fez na garganta dela. Aqueles olhos azuis iguais aos do seu filho mexeram ainda mais seu coração. Apenas por estar ali Christian não tinha ideia do impacto causado nela. Amanda o olhou por alguns segundos permitindo o choro vir à tona com força total. Ele a abraçou forte sentindo-a soluçar em seu ouvido. Amanda não se repele, estava sensível demais para rebater ou discutir.
- Eu amo você, bebê... E vou está aqui sempre que precisar de mim. - ele sussurrou no ouvido dela, a abraçando mais forte.
Amanda ainda o abraçava quando lembrou como Christian e Conrad eram parecidos. Os dois eram a cópia um do outro. Ela não sabia o que fazer agora que ele estava por perto, sem Thomas ao seu lado. A verdade um dia viria à tona. Lentamente ela se afasta dele e respira fundo.
- Obrigada, mas... Preciso ver como meu filho está. Ele depende de mim. - Ela disse olhando pra ele.
- Tudo bem... Se você precisar de mim, eu estou trabalhando aqui. - ele deu um cartão pra ela. - É só me procurar, seja quando for.
- Certo Grey. - Ela assente pegando o cartão. Se recompôs enquanto levantava do banco - Obrigada mais uma vez e cuide-se.
- Você também, baby... - ele deu um beijo na mão dela. - Até qualquer dia... - e do jeito misterioso que viera, ele se fora.
Capítulo 33
Michael discretamente observava Mandy. Ela estava com Jack e eles pareciam felizes de verdade. Com o coração partido ele olhou pra ela mais uma vez pensando em ir abraça-la como todos ali estavam fazendo, mas era arriscado. Christian já tinha abusado pelos dois. Então ele se conformou apenas em olha-la e também se foi do mesmo jeito que veio.
A cerimônia começa. Muito parentes e amigos sobem no púlpito para falar sobre Thomas. O discurso mais emocionante foi de Amanda. Ela colocou seu coração à vista de todos. O funeral segue para o sepultamento. Mandy não saiu nem um segundo ao lado da irmã. Conrad estava no colo da mãe. O mesmo padre que fez o casamento deles com visível tristeza fazia os orações finais. O choro torna a vir com força quando o caixão descia na sepultura. Amanda fecha os olhos brevemente agarrada ao filho. Conrad vê a mãe chorando e chora também, sem saber muito o que estava acontecendo.
Horas depois, quando tudo teve seu fim Amanda estava em casa. Todos já tinha ido embora. Mandy e Jack dormiram na casa, mas ela queria ficar sozinha. Precisava daquele momento. Em seu quarto ela abre o closet e vê todas as roupas dele. Pegando uma camisa vermelha xadrez, uma de suas favoritas a vestiu. Abraçando o próprio corpo queria poder sentir os braços dele envolta do seu corpo. Mais lágrimas silenciosas escorrem por seu rosto. Amanda deita na cama. Do lado que o esposo dormia. Ainda era possível sentir o perfume dele ali, como na manhã que se amaram antes de toda aquela tragédia. Agarrando o travesseiro ela chorou até cair no sono.
Algumas semanas depois da morte do cunhado, Mandy viu sua irmã se reerguer. Ela precisava seguir em frente, por mais doloroso que fosse ficar sem seu marido, o homem que ela aprendeu a amar. Quando viu que a irmã já estava melhor depois do acontecido, Mandy voltou para casa de Jack.
Agora que já tinha se formado na faculdade, ela estava com um projeto de abrir uma academia de dança. Jack a apoiava, dizendo que, apesar de ela não gostar de negócios, ela tinha aquilo nas veias e hora ou outra isso viria a tona, e agora veio. Tinha uma visita marcada a uma das maiores academias de Nova York, que estava á venda. Apesar de a negociação ser estritamente sigilosa, com a ajuda de Jack, ela conseguiu descobrir quem estava dando o maior lance pela academia, e ela dobrou seu preço. Logo os donos ficaram interessados e ela resolveu visitar a academia.
Juntas, começaram a caminhar sobre a dependência, visitando salas e turmas que estavam tendo aula. Mandy se sentia cada vez mais excitada por aquilo, o sorriso se ampliava a cada história que a senhora contava. Quando chegaram ao segundo andar, uma das secretárias apareceu, chamando por Martha. Havia uma visita agendada pra ela naquele momento. Pedindo desculpas por ser interrompida, Martha disse que pediria para que Ashley acompanhasse Mandy. Ela recusou, dizendo que poderia andar sozinha por ali, era bom que poderia tirar notas e conhecer cada canto do lugar. Martha sorriu e disse que voltaria até ela assim que sua visita fosse embora. Assentindo, Mandy a viu ir junto a secretária
Mandy continuou a andar pelo corredor, e ali no segundo andar havia salas bastante vazias, o que a fez ter mais atenção. Entrando na sala de pole dance, ela começou a tirar umas fotos pelo celular, pensando que teria que fazer alguns reparos na sala. Estava concentrada em uma das fotos, quando percebeu no fundo da sala havia uma pessoa virada de costas para ela. Ela franziu o cenho. Parecia conhecer aquela pessoa de algum lugar, mas apenas balançou a cabeça, pensando ser um dos funcionários ou aluno da academia. Resolvendo puxar conversa, ela se aproximou:
- Olá... - ela chamou. - Hm... Tudo bem?
Virando rosto para ver quem chamava a pessoa de maneira simpática foi dizendo:
- Tudo, no que posso ajudar?
Mandy abriu a boca para falar, mas as palavras simplesmente a faltaram, enquanto sentia a garganta ficar seca. Foi inevitável não franzir o cenho, ou impedir que seu coração batesse de maneira frenética.
- Michael?
- Mandy? - Ele disse surpreso e logo abriu um sorriso leve - Você faz exercícios aqui?
- O que? Não... - ela olhou pra ele, confusa. - Você não estava preso?
- Estou em liberdade condicional. - Ele diz um pouco envergonhado - Estou começando do zero. Trabalho aqui, agora. Você precisa de alguma coisa?
- Você trabalha aqui... - ela murmurou mais pra si mesma do que pra ele. - Eu... Eu só estava andando por aqui, conhecendo. Sra. Martha estava me acompanhando, mas teve que atender uma pessoa. - ela pôs as mãos nos bolsos e o olhou. - Eu acho que vou comprar academia... - murmurou
- Comprar a academia? - repetiu preocupado - Bom, espero que tudo certo. Qualquer coisa que precisar é só falar, Mandy. - Disse solicito.
- Okay. - ela diz, melhorando a postura. - Então, eu vou indo, Michael, ainda tenho muita coisa pra conhecer. Até mais.
- Quer companhia? - Michael disse corajosamente.
- Não é preciso, Michael. Logo Sra. Martha se juntará a mim.
- Hum... Então tá bom, mas se precisar já sabe. - Ele sorri e piscou pra ela voltando aos afazeres.
Mandy engoliu em seco e suspirou, virando-se para ir embora. O que estava acontecendo com ela? Sentia o coração acelerado, como se fosse a primeira vez que o visse. Apesar de ter sido um reencontro inusitado, não era pra tanto. Ela tinha que aprender a se controlar. Antes de sair, sua curiosidade bateu mais alto e ela se virou novamente.
- E o seu amigo? Também está solto?
Michael vira-se de volta pra ela.
- Christian está em condicional também. Por quê? - Perguntou curioso.
- Por nada... - ela murmura. - Só acho que é realmente muito simples, cometer um crime e logo depois está solto novamente... Tem certeza de que não fugiram? - ela pergunta, cruzando os braços e soltando sua farpas.
- Mandy, eu sei que fui um imbecil com você e sua família, mas acho que a punição que estou recebendo já é o suficiente. - Ele disse tentando se defender. - E não se preocupe, seus pertences vão estar intactos quando sair daqui.
- Eu acredito que uma pessoa possa se regenerar, Michael. Realmente espero que você e seu amigo sejam uma dessas pessoas. - ela disse, olhando intensamente para ele. - Nenhuma garota, seja rica ou pobre, merece ser enganada da forma que vocês dois nos enganaram. Eu espero que tenham aprendido com isso.
- Concordo com você, Mandy. - ele disse indo até ela - Garanto a você que mudamos completamente. Se não porque eu aceitaria um emprego que não é nem metade do que meu currículo oferece? Linda, eu mudei de vida. Aquele Michael que enganava as pessoas morreu. Ficou para trás.
- Todos merecem uma segunda chance, Michael, e a vida está te dando uma segunda chance com esse emprego e saindo da cadeia... Não deixe isso passar, é sério. - ela diz.
- Eu sei e sou agradecido por isso. Martha foi fantástica em me ajudar quando todos me diziam "não". - ele disse olhando pra ela - Agora estou bem e só quer ser feliz com o que tenho. - Michael sorri suavemente.
- Eu fico muito feliz por você.- ela conseguiu sorrir. - Tenho certeza que vai conseguir crescer novamente e arrumar algo melhor. Você é bom no que faz, acima de tudo.
- Obrigado Mandy. Ouvir isso de você me fez ganhar o dia! - Ele lança um lindo sorriso aberto.
Mandy sorriu pra ele e estava prestes a responder quando ouviu alguém limpando a garganta. Com as palavras presas, ela se virou e arregalou os olhos ao vê Jack entrando na sala.
- Jack? O que faz aqui?
- Vim fazer uma surpresa, mas quem recebeu uma fui eu. - Jack fala com o semblante sério - O que esse cara está fazendo solto e com você, Mandy?
- Calma, Jack, desse jeito parece que estamos fazendo algo de errado. - ela diz, olhando pra ele. - Eu vim visitar a academia, como disse a você, e acabei encontrando com Michael. Ele trabalha aqui na academia. Está em liberdade condicional.
Jack cruza os braços olhando para os dois.
- Eu não estava pensando nada, porque eu pensaria? Ele já roubou você de mim uma vez pra fazer de novo não custa. - Jack fala alto.
- O passado já foi, Jack. Eu não quero mais confusão com você e nem com ninguém, certo? - Michael disse em defesa.
- Ah meu Deus do céu... - Jack riu sem humor - Vai me dizer que você ficou bonzinho depois de uma temporada na cadeia? Essa eu pagaria pra ver. Ser filho da puta está no sangue, Michael, não adianta escapar. Você ser sempre o que é. - Ele disse alterado.
- Hei, Jack... Contenha-se, ok? - Mandy diz, pegando na mão dele. - Acho melhor irmos embora.
- Você está defendendo ele, Mandy? - Jack falou olhando a noiva com escuridão.
- O que? Não, Jack, eu só estou falando que é melhor irmos embora. Não queremos uma briga, não é mesmo? Não foi pra isso que eu vim aqui.
- Ah claro, você veio aqui pra falar oi pro seu amiguinho presidiário. - Ele responde com amargura.
- Hey cara, pega ele com ela! - Michael fala calmo.
- Jack, pelo amor de Deus! Eu nem sabia que Michael estava solto, quanto mais que estava trabalhando aqui.
Jack ignora Mandy e se dirige a Michael.
- Cala a boca, porra! A mulher é minha e eu falo como que quiser aqui dentro. Aliás, se eu quiser eu compro essa merda e te ponho na rua. Entendeu? - falou furioso.
Michael apenas engoliu calado aquela ofensa. Estava no horário de trabalho e por sua situação ser delicada, temeu que a polícia fosse envolvida se revidasse.
- Jack! - Mandy o segura pelo braço. - Para já com isso, eu estou falando com você! Você está vendo coisas onde não existem. Vamos embora, agora. - ela diz com um tom de voz firme.
Jack encarou Michael com fogo nos olhos, soltou seu braço da mão de Mandy e sai dali furioso. Michael suspira.
- Me desculpa por essa situação, Mandy eu não queria te trazer problemas... - Michael fala envergonhado.
- Eu sei, Michael. - ela diz, dando um suspiro cansado. - É melhor eu ir atrás dele. Até mais.
- É.... Vai lá. Boa sorte. - Ele sorriu de leve. - Até mais, Mandy.
Ela apenas assentiu e saiu da sala.
Capítulo 34
Ela apenas assentiu e saiu da sala. Encontrando uma das secretárias que estava indo ao seu encontro, ela diz que precisa ir embora, pois tinha recebido uma ligação. A secretária diz que estava tudo bem que avisaria a Martha sobre o imprevisto dela. Mandy agradece e desce as escadas correndo, conseguindo chegar ao estacionamento a tempo de vê Jack se aproximando do carro. Ele andava com pressa, ela sabia que ele ainda estava furioso.
- Jack, espera! - ela grita, indo até ele, alcançando-o. - Espera, por favor.
Jack vira bruscamente na direção dela. Estava fervendo de raiva.
- Esperar o que, Mandy? Ver vocês se beijando? Não, obrigado! - Ele diz pondo a chave na porta do carro.
- Para com isso, Jack! Eu errei uma vez e já disse que não vou errar mais. Eu jamais faria aquilo com você de novo... Você disse que confiava em mim. Cadê essa tal confiança? Eu não estou vendo! - ela diz, alterando a voz também.
- Para com isso, Jack! Eu errei uma vez e já disse que não vou errar mais. Eu jamais faria aquilo com você de novo... Você disse que confiava em mim. Cadê essa tal confiança? Eu não estou vendo! - ela diz, alterando a voz também.
- Em você eu confio, Mandy, nele não! Só de ver ele perto de você me dá vontade de.... - Jack bate na lataria do carro, assustando a noiva - Eu não suportaria de perder pra ele de novo, Mandy. Duas vezes não.
- Jack... Eu não vou a lugar algum. - ela responde, se afastando um pouco por conta da reação dele. - Eu jamais faria a besteira de te deixar pra ficar com ele, eu não sou louca. Falando desse jeito, parece que você acha que eu sempre vou te deixar quando aparecer outra pessoa. Eu aprendi com o meu erro.
Jack respira fundo antes de responder.
- Quando eu perdoe você, Mandy, eu perdoei de coração. Deus sabe. Mas esse Michael aí, ele destruiu nossas vidas por um bom tempo, principalmente a sua. Eu não quero você perto dele... - Ele suspira - Você pode fazer isso, por nós?
- Tudo bem, Jack... Eu vou manter distância dele, isso você nem precisa pedir duas vezes. Eu sei o que ele fez comigo, sei do que ele é capaz. Jamais darei a chance dele repetir o que fez. - ela suspirou e se aproximou dele, o abraçando. - Eu só não quero brigar com você... Por favor, não faça isso com a gente.
Jack a abraçou forte.
- Tudo bem, minha baixinha. - Ele suspira - Também não quero brigar com você, mas tome cuidado, por favor.... Amo muito você.. - Ele disse beijando a cabeça dela.
- Eu também te amo muito, Jack... - ela ficou na ponta dos pés e o beijou com carinho. - E você fica muito sexy quando está com raiva... - sussurrou baixinho só pra ele ouvir.
Ele sorriu.
- Você gosta de me deixar maluco, né baixinha?
- Eu gosto sim... - ela correu as mãos pelas costas dele. - Você fica muito mais gostoso quando está louco por mim, Jack.
- Hurum, sei...... - Jack estreitou os olhos sorrindo de lado. - E você é gostosa o tempo todo, minha baixinha. Pensa na minha situação, hum. - Ele disse encostando no carro puxando o corpo dela pro seu.
- E como é sua situação? - ela sussurrou no ouvido dele, mordendo o lóbulo, enquanto arranhava de leve a sua nuca.
- Minha situação está.... Bem complicada... - Com as duas mãos Jack puxou a noiva pelo bumbum pressionando seu quadril contra o dela. Estava ficando excitado. - Mas você pode me ajudar a resolver, que tal?
- Eu posso sim... Mas vai ter que ser aqui... Quer correr esse risco comigo, sr. Peterson?
- Aqui? - Ele repete sorrindo surpreso - Claro minha baixinha, com você o lugar é um mero detalhe. - Sorriu sexy pra ela.
- Ótimo... Sra. Martha me disse que não a câmeras no estacionamento e hoje a academia esta vazia... Acho que não seremos incomodados. - diz, tocando-o levemente por cima da calça.
Ele se respirou fundo sentindo a mão dela aperta-lo de leve.
- Vai ser onde você quiser, minha gata. - ele murmura.
Mandy apenas sorriu e pegou a chave que estava na mão dele, abrindo a porta traseira. Ela entrou primeiro e o chamou. Quando entrou no carro, Jack viu sua noiva levantando o vestido, deixando as pernas aparecer.
- Eu preciso de você, Jack... - ela murmura, manhosa.
- Oh minha baixinha, você me deixa maluco... - ele disse entrando no carro, sentou ao lado dela fechando a porta. Ligou o ar condicionado. - Agora sim podemos começar minha delicia... - Deslizando a mão sobre a coxa dela.
Tomando partido Jack puxou a noiva pra si colocando-a em seu colo, de frente pra ele. Invadiu seus lábios num beijo cheio de desejo. Como ele ama essa mulher! Suas mãos escorregam ousadas até o bumbum e apertando forte fazendo Mandy soltar um gemido abafado em sua boca. Ele desce o beijo para o pescoço e colo. Mordiscou a pele quente dela enquanto descia as alças do vestido beijando cada ombro. Mandy volta a beijar a boca dele com vontade abrindo os botões da camisa. Com o peito exposto é a vez dela fazê-lo gemer. Descendo dos lábios arranhou o peitoral definido do noivo. Beijou-o em pontos aleatórios até chegar a barriga. Dando mordidas leves desceu até o cós da calça. O membro de Jack lateja de excitação fazendo-o deitar a cabeça para trás. Livrando o botão e zíper Mandy o deixou de cueca box cinza escuro. Ela arfou ao vê-lo tão pronto.
Jack não podia esperar mais. Queria estar dentro dela com urgência. Puxando-a de volta para um beijo aproveitou a oportunidade. Levantou o vestido até a cintura, pegou nas finas laterais da calcinha e as estourou jogando a peça rasgada de lado. Mandy sorriu mordendo os lábios pra ele. Jack acariciou aquela intimidade que era só dele, penetrando um dedo sentiu como estava molhada pra ele.
- Eu quero você agora Mandy. - Ele murmurou - Senta aqui no meu colo, de costas pra mim, vem...
Mandy o livrou da box vendo o membro saltar pra ela. Sem demora ela fez o que foi pedido fazendo o noivo gemer conforme se mexia. Jack movia dentro dela um vai e vem delicioso. Atingia o fundo e voltava. Mordendo o lábio com força ela se apoiou as mãos no encosto dos bancos da frente. Rebolou sobre ele aumentando a intensidade.
- Ah Mandy.... Você é demais, minha gata... - ele murmura segurando a cintura dela - Continua... Continua...
Maliciosamente Mandy alternou primeiro movimento de "vai e vem" com o rebolado traiçoeiro que estava levando Jack Peterson a verdadeira loucura. Invadindo a mais forte quis retribuir o prazer que recebia. Ela geme mais alto e abafa os gritos próprios gritos mordendo o lábio inferior. Quando ela começou a aperta-lo Jack deitou o corpo dela sobre o seu tomando os seios da amada com as duas mãos, massageando e sussurrando no ouvido que ela se liberta-se. Isso foi o limite para a caçula dos Lewis. Gemendo com força gozaram juntos, exaustos e suados.
- Jack... - Mandy suspirou, sorrindo. - Isso sim foi uma loucura, amor...
- Foi sim amor... Mas foi gostoso demais, não é? - Ele sorri ofegante.
- Foi sim... Estou pensando seriamente em te deixar com ciúmes, mas vezes, para logo depois termos esse gás todo. Gás extra, porque o que já temos já é perfeito... - ela sorriu.
Jack riu e mordeu as costas de Mandy até ouvi-la gemer sentindo uma dorzinha fina.
- Isso é pra você não me provocar mais, baixinha danada. - Ele ri. - Mas concordo em repetirmos a dose. Fazer amor com adrenalina é bem gostoso.
- Tudo bem, eu não provoco mais... - ela disse, desencaixando-se dele e virando para se sentar em seu colo. - Na nossa lua de mel, quero fazer em todos os lugares possíveis... Vamos batizar cada canto da Itália... - ela riu.
Jack riu, ficando animado ao vê como Mandy estava excitada para o casamento deles. Mas as semanas que se seguiram, tudo piorou.
Brigavam pelos mais remotos motivos e, querendo ou não, tudo se seguia para o passado, para o modo como terminaram pela primeira vez, ou para Michael. Jack sempre soltava algo ácido quando Mandy comentava com alguém sobre seus planos de comprar a academia e isso sempre desencadeava outra discussão. As pessoas que já os conheciam se entreolhavam de forma alarmada, pois nunca viu o casal se tratar de outra forma, a não ser com carinho e respeito.
Jack estava cada vez mais afastado, sempre chegava tarde em casa, ou arrumava uma desculpa para ficar na boate, quando estava claro que sua presença era desnecessária. Mandy ainda tentava uma aproximação, mas ele estava diferente, ela podia sentir. Tratava a todos de maneira igual, mas com ela era frio e distante. Quando tudo ficou insuportável, ela engoliu o orgulho e foi conversar com a irmã. Amanda, que já estava se recuperando da perda do marido, disse a Mandy que também havia percebido que os dois estavam estranhos um com o outro. O amor parecia não mais existir.
Ela apenas assentiu e saiu da sala.
Mandy ficou alarmada. Era o fim do seu relacionamento com um dos homens mais incríveis que ela já conhecera. Mas sabia que, talvez, fosse melhor assim. Talvez ela e Jack não foram feitos para ficarem juntos. Decidindo que precisava tomar uma atitude quanto àquilo, Mandy se arrumou e foi até a boate. Era começo de tarde e ela sabia que a essa hora, Jack estava com pouca coisa a fazer. Chegou a boate e falou com todos que estavam ali, logo depois pegou o elevador e foi até o último andar, onde era o escritório de Jack. Ela escutou as risadas antes mesmo de chegar perto da porta, que estava entre aberta. Quando se aproximou, viu Jack e uma moça loira sentados lado a lado no sofá, conversavam perto e sorriam a todo momento. Ela conhecia aquela mulher de algum lugar, mas não conseguia se lembrar de onde. Um sentimento de impotência a tomou, quando viu que Jack olhava para mulher da mesma forma que olhava pra ela - com carinho e amor.
Respirando fundo, ela bateu na porta para chamar a atenção para si. O casal parou de sorrir ao vê-la.
- Hm... Desculpa atrapalhar, Jack, mas... A gente pode conversar um pouco? A sós? - ela perguntou, quase tímida.
- Claro. - ele respondeu pra Mandy e olhou para a loira - Com licença, não demoro.
A loira assente. Jack levanta-se do sofá e sai dali com a noiva para um lugar reservado.
- Pronto Mandy., aconteceu algumas coisa? - Ele disse olhando pra ela.
- Vem acontecendo, Jack... - ela murmurou, enfiando as mãos no bolso, algo que só fazia quando ficava nervosa. Não sabia como começar. - Você gosta dela... Não é? - perguntou, indecisa
- Dela quem, Mandy? - ele pergunta
- Dessa moça que está la dentro. - ela apontou com a cabeça para o escritório dele. - Eu vi a forma como você estava olhando pra ela... Era como você olhava pra mim, antes do nosso relacionamento desmoronar.
- Ah Mandy, por favor... - Ele revira os olhos - Não vamos começar com isso de novo. Marisa está fazendo uma matéria sobre mim, apenas isso. Por que está tão preocupada com nosso relacionamento?
- Porque não é como antes, Jack... Porque simplesmente não está dando certo. - o tom de voz dela diminuiu. - Você não é cego, Jack... Sabe que nós nunca fomos de brigas e agora... Parece que só fazemos isso, só brigamos por tudo.
Jack suspirou entendendo a situação crítica da situação deles.
- Você tem razão. Também percebi que as coisas mudaram entre nós. Parece que não somos os mesmos há um bom tempo... - Ele engole em seco e cruza os braços - Então, o que você acha que devemos fazer? Quer um tempo?
- Não.. - ela suspirou, se entregando. - Acho que devemos parar por aqui, Jack. Definitivamente. Você é um dos caras mais incríveis que eu já tive o prazer de conhecer. Eu não quero perder a sua amizade, nunca, você esteve ao meu lado em todos os momentos bons e ruins. Acho que devemos ficar com as lembranças boas, apenas. Se continuarmos, iremos perder tudo de bom que já construímos e eu acho que não é isso que a gente quer.
Nunca imaginou que chegariam a tal ponto, mas o desgastes das inúmeras brigas os levaram a esse momento. Ele respira fundo e dá um suspiro pesado.
- Mandy... Eu nunca quis ficar longe de você, mas creio que isso já acontece há tempos, não vou culpa-la, sei muito bem o que houve no passado, mas... Desde de que esse Michael entrou nas nossas vidas não sentia mais que você era minha. Eu lutei demais por nós dois. Te perdoei e continuamos, mas como disse, acho que chegamos num ponto que não dá mais... Você ainda ama aquele cara, não ama? - Ele pergunta, engolindo seco.
Mandy olhou para baixo, sem saber o que deveria responder.
- Eu vou ser sincera, Jack... Sim, eu ainda o amo. - ela disse em um sussurro. - Mas quero que seja sincero comigo também. Eu vi o modo como olhou pra ela, Jack... Você esta gostando dela, eu posso sentir isso. Eu espero que você seja muito feliz, seja com ela ou com outra pessoa.
- Sinceramente, eu gosto da Marisa mas não a amo... Amor de verdade eu só senti com você Mandy. Planejei uma vida pra nós dois, você sabe. - Ele suspira - Mas eu não quero que sejamos um casal depressivo e reprimido que mal se entende na cama. Quero que você seja feliz com alguém que te mereça de verdade Mandy. Você merece isso! Acho que não tive essa sorte, não é? - ele disse escondendo a decepção e o fracasso que sentia.
- Mas nós tentamos, Jack... Tentamos muito e o tempo que passamos juntos sempre estará dentro do meu coração. E eu também espero que você encontre alguém que te mereça, porque você mais do que ninguém merece isso. - ela sorriu de lado e se aproximou dele, o abraçando. - Obrigada por me dá os melhores anos da minha vida, Jack.
Ele a segurou firme, em silêncio alguns segundos.
- Eu digo o mesmo, Mandy e que você seja muito fez em seu caminho. - Disse com o coração apertado.
- Você também, Jack. - ela disse, sentindo-se igualmente triste. - E não se afaste de mim. Quero sempre ser sua amiga.
- Tudo bem, você e sua irmã também podem contar comigo sempre. - ele a apertou em seus braços. - Se cuida baixinha...
- Você também, Jack... - em um impulso, ela deu um último beijo nos lábios dele, com carinho.
Jack retribuiu o beijo segurando o rosto dela, alisando-o. Os dois sentem a despedida através daquele gesto derradeiro. Após o beijo ele segurou a cabeça dela com as duas mãos e beijou demoradamente sua testa.
- Adeus baixinha... - Murmurou, ele.
- Adeus, Jack...
Depois da despedida, Jack e Mandy se afastaram. Ele volta a reunião com Marisa e Mandy segue para a academia e enfim acertar a negociação e assinar os contratos como proprietária. Naquela tarde Michael dava aulas quando a jovem empresária estava indo embora. Ao passar pela porta de vidro os dois trocaram olhares quase sem querer. Michael abriu um sorriso leve e a saudou com um aceno. Mandy fica corada e de volta acena com a cabeça. Dando mais um sorriso pra ela Michael voltou a se concentrar na aula que ministrava. Mandy ficou ali por alguns minutos e depois foi pra casa.
Capítulo 35
Amanda soube na mesma semana sobre a separação da irmã. Ficou triste pelos dois, mas concordou com os argumentos de Mandy. Do jeito que estava não dava pra continuar e se eles chegassem a se casar como seria? E quando viessem os filhos? Infelizmente aquela relação não teve um final feliz.
Dias depois Amanda consegue colocar Conrad numa escolinha e volta aos trabalhos em Luxor. Todos na empresa sentiam sua falta. Aquele lugar não era o mesmo sem a presença dela. Conrad estava cada mais espertinho e balbuciava algumas palavrinhas que trazia sorrisos a família, mas ninguém conseguia entender. O que saia direito era a palavra “mamã”. Quando Amanda vai busca-lo na escolinha ele repete isso muitas vezes com os braços esticados pra ela pedindo colo.
Quando chegou o sábado estava um dia lindo e ensolarado. Não fazia aquele calor absurdo, então Amanda pensou que seria uma ótima ideia para levar seu filho para um passeio ao ar livre. Junto com arrumou a bolsa com os brinquedos favoritos dele e o vestiu com uma roupa leve. Short, camiseta com desenho do seu super herói favorito e tênis. Levando o bebê consigo voltou ao seu quarto o colocando na cama e foi se trocar. Vestia também uma roupa leve. Um vestido floral de tecido fino esvoaçante, na cor azul claro. Pegou os óculos escuros, a pequena bolsa de documentos e desceu para o hall. Doroty estava com o carrinho de passeio preparado e após um delicioso café da manhã eles saíram. Era cedo e o sol estava agradável.
Mãe e filho caminharam até o parquinho que ficava próximo a casa. Thomas havia escolhido aquela localidade pensando justamente no bem estar do bebê e no quanto brincaria com ele depois que nascesse.
Naquele mesmo dia Christian levantou cedo para fazer corrida. Vestiu o moleton tomou um café leve e saiu. Correu por vinte minutos e alternou com caminhadas por mais meia hora. Quando seu corpo sente os músculos começarem a ficar cansado ele faz uma pausa. Comprou uma garrafinha d’água para se refrescar e bebeu metade dela com avidez, fazendo o líquido escorrer sem querer para fora da boca.
Christian caminhou mais dois metros e sentou num banco do parquinho. Por causa do clima agradável o lugar estava cheio de mães brincando com seus bebês e babás fazendo o seu trabalho. Observando o movimento imaginou quando seria sua vez de construir uma família e ser feliz. Não muito longe de onde estava Amanda estava com Conrad. O bebê brincava na caixa de areia com seus brinquedos. A mãe o ensinava a fazer castelinhos. Os dois se divertiam e davam risadas quando conseguiam fazer mais um castelinho de areia.
Cansando de ficar apenas sentado, Christian se levantou, decidindo ir até perto do lago. Passou por algumas mães e crianças, sorrindo para algum bebê que gritava para ele. Já estava perto do lago quando, agora mais perto, viu uma mulher sorridente com um bebê sentado ao seu lado. Seu coração se acelerou. Ele conhecia muito bem aquele sorriso, aqueles olhos... Engoliu em seco ao constatar que era Amanda com seu bebê. O que ele deveria fazer? Se aproximar? Passar direto?
Tomando coragem, ele respirou fundo e se aproximou. Amanda dava para Conrad um brinquedo, quando ouviu uma voz que fez o seu coração dar um pulo. Ela ergueu o olhar vendo aquele rosto tão conhecido olhando pra ela. De moleton ele ficava diferente e bonito. Ela fica surpresa, e disfarça o suspiro ao vê-lo.
- Olá, Christian...
- Como... Hm... - ele limpou a garganta, sem saber como proceder. - Como você está? - perguntou, observando que o garotinho olhava para ele com aqueles olhos azuis curiosos.
- Estou bem, na medida do possível. E você... Como vai?
- Bem, também... - ele se abaixou diante do menino e sorriu pra ele, tendo um sorriso com dois dentinhos retribuídos. - E você, garotão, como está? Você é um lindo garoto, sabia?
Como resposta, Conrad gritou e sorriu, pegando um brinquedo e jogando para Christian. Os dois sorriram e Christian se aproximou do menino, dando outro brinquedo a ele.
- Ele é lindo, Amanda... - ele disse, enquanto via o menino mexer na areia, quando ele ia por uma das mãozinhas na boca, ele segurou seus dedinhos com cuidado. - Não, não... Não pode colocar na boca, sua mãozinha está suja, rapaz.
Conrad riu e o obedeceu prontamente, voltando a brincar com seus pequenos bonecos.
Amanda sentiu seu coração tremer com a interação imediata dos dois. Ela não sabia o que dizer e suas pernas vacilaram. Por sorte estava sentada para observa-los.
- Sim... Ele é... - Ela murmurou.
Christian sorriu pra ela e se sentou ao lado de Conrad. Os dois riam e brincavam, enquanto faziam castelo de areia. A forma como interagiram foi tão rápida, que Amanda ficou sem ar. Christian cuidava dele com carinho, repreendia com cuidado e o ensinava a fazer algumas coisas ou novas brincadeiras. Ela não sabia o que fazer; pai e filho brincavam na sua frente, sem um saber o que realmente significava para o outro.
- Você... Mora aqui por perto? - Ela pergunta vendo os dois brincar.
- Sim... Divido um apartamento com Michael a uma quadra daqui. - respondeu, olhando pra ela. - Você também mora por aqui?
- Sim... Na casa branca da esquina... - Disse também olhando pra ele. Os dois ficaram assim por alguns segundos. Até Conrad parou de brincar e olhou pra eles, curioso.
- Obrigada por ter... Me tirado pra respirar aquele dia do funeral. - Ela disse mantendo o olhar nele. - Eu não estava em mim.
- Eu entendo... Vi que você precisava sair um pouco daquilo, para... Voltar a si mesma. - ele disse, olhando pra ela. - Como você está depois de tudo?
Amanda suspira.
- Estou levando como posso... Ele precisa de mim. - Ela fala tocando a cabeça do filho com carinho - Mas sei lá, tem horas que tudo volta como um filme e... Eu encontro a realidade e tenho que encara-la como é. Por Conrad, eu continuo lutando, mas confesso que sozinha é duro.
- Eu posso imaginar, Amanda... - ele murmurou, olhando pra ela. - Quando eu estava na cadeia e meu advogado levou um exemplar do jornal para que eu soubesse que você tinha se casado e estava grávida, a única coisa que pensei é que você finalmente seria feliz. Eu fiquei arrasado porque ainda te amava e pensava que quando saísse de lá, conseguiria voltar pra você... Mas ao mesmo tempo eu fiquei muito aliviado ao saber que você estava seguindo em frente. Por isso eu sinto ainda mais, por tudo. Você já perdeu muita gente, tenho certeza que Thomas foi... Um porto seguro quando eu fiz toda aquela besteira. Perdê-lo deve ter sido muito duro e eu sinto muito, muito mesmo.
Ela acolheu cada palavra que Christian e se surpreendeu que mesmo estando preso ele mantivesse sentimentos por ela; e mesmo agora ele não estava se jogando pra cima dela.
- Foi, foi muito duro sim e eu também sinto pelas pessoas que amei e me deixaram, sinto por tudo... - ela suspira engolindo a dor - Prometi a mim mesma que de agora em diante não quero mais fazer planos, apenas vou viver o que a vida proporcionar. Poxa, sempre que penso em como as coisas vão acontecer e desenvolver, levo uma rasteira... Mas a vida é assim, altos e baixos, não tem como prever. - Ela disse e passa a mão nos cabelos, colocando-os para o lado direito.
- Sim, eu também estou a mesma linha de pensamento, agora.. - ele disse, colocando Conrad sentado no seu colo. O bebê tinha os olhinhos profundos, estava com sono e ele o deitou. - Você sabe como eu era, então... Eu sempre pensava em tudo, do começo ao fim. E no final, acabei me ferrando completamente, mas isso aconteceu para abrir meus olhos para o que verdadeiramente importa. - ele disse, vendo Conrad fechar os olhos devagar. - E o que importa nesse momento, é usar minha inteligência para o bem e não para o mal, mudar tudo o que eu fui durante uma vida inteira... Deixar que o destino tome conta das coisas e me surpreenda de verdade. Sem planos. Sem tramoias. Apenas serei um Christian diferente de tudo o que já fui.
Amanda assentiu com um sorriso sútil.
- Fico contente por você Christian. O mal não leva a nada, realmente, apenas leva para mais malefícios. Você é muito inteligente! Continue com este pensamento e tudo vai mudar ao seu redor. Coisas boas sempre atraem coisas melhores. - ela disse observando o filho suspirar e adormecer no colo de Christian.
- Sim, eu sei disso... - Christian sorriu de lado e olhou para Conrad adormecido. - Posso perguntar uma coisa? - Ela assente disse olhando pra ele. - De onde vieram os olhos azuis de Conrad?
Amanda engoliu em seco. Seu coração veio à boca imediatamente batendo como louco. O que ela diria? A verdade? Assim... Na rua? Em mente ela rezou pedindo a Deus uma resposta que o convencesse.
- Hum... É de família.. Da parte do Thomas. - corrigiu rapidamente - Ele tem europeus na família, então... - Ela disse passando a mão nos cabelos.
- Hm... Você sabe que... Se Conrad for meu filho, Amanda, seria no mínimo uma injustiça você esconder isso. - ele murmurou, sem julgamentos, apenas falando algo que sentia dentro de si. Ele passou a mão pelo rostinho de Conrad, sorrindo docemente. - Devo confessar que ficaria muito feliz em ser pai. Ser pai de um filho seu, a única mulher que amei na vida e continuou amando... E que amarei pra sempre. - por fim, ele a olhou. - Pode ter certeza que eu lutaria até o fim da vida para ser o melhor pai que uma criança pode ter, um pai que eu nunca tive, mas que sempre sonhei em ter. Se ele for meu... Não o prive de ter um pai. E não me prive de ter um filho, Amanda.
Os batimentos cardíacos de Amanda aumentaram a um nível muito elevado. Sentiu o sangue sumir das veias como se fosse desmaiar. Sem saber Christian revelava o maior segredo daquela mulher que tanto amou. Ela põe a mão no estômago, tentando manter a mente sã. Respirou fundo para respondê-lo.
- Eu... Eu não sei por que está me dizendo isso se... Foi há tanto tempo, Christian. - Ela disse com um tom de voz diferente, procurando não se mostrar afetada - Conrad, está bem comigo.. Agradeço sua preocupação, mas ele já tem tudo que precisa...
- Amanda... Não precisava dar tantas voltas para responder um simples: "Sim, Christian, ele é seu filho", ou um não... - ele disse, olhando nos olhos dela.
- Christian... - Ela olhou nos olhos dele - Eu preciso ir... - Murmurou, ela.
- Amanda... - ele segurou o braço dela. - Você não pode simplesmente... Virar as costas e ir embora. Me responda isso, por favor.
Ela suspira profundamente. Christian implorava a verdade com o olhar e seu coração também pedia aquilo. Não dava mais pra esconder aquele segredo. A hora da revelação tinha chegado.
- Então, você pode me acompanhar até em casa? - Ela disse recolhendo os brinquedos de Conrad. - Acho que não precisamos falar disso aqui...
- Claro. - ele disse, levantando-se com cuidado para não acordar Conrad.
Assim que recolheu todos os pertences do filho, Amanda colocou a bolsa dentro do carrinho se seguiu com Christian e Conrad para casa. Quando adentram o lar foi recebida por Doroty. Ela pegou o filho dos braços do pai e entregou a empregada pedindo que cuidasse dele. Doroty sai com o pequeno nos braços.
- Vamos conversar na sala... - Amanda disse para Christian, o vendo assentir e seguir atrás dela. Assim que sentaram no sofá um de frente pro outro, ela respira fundo. - Então... Você quer saber a verdade?
- Com certeza. - ele disse, olhando pra ela.
- Então está bem. - Ela disse tomando fôlego - Quando aconteceu toda aquela confusão e você foi preso achei uma você só seria uma memória do passado. Alguém que conheci e que eu queria esquecer. Aquele dia que fui falar com você na prisão foi para cumprir o que pensei ser o certo. Eu queria recomeçar e precisa me reerguer. Por mais que nossa relação tenha sido sem compromisso, acho que havia mais, mesmo que eu odiasse admitir... - Eu também amava você. - Tomando mais fôlego ela continua - Depois disso voltei com Thomas e vivemos muito bem até o dia que passei mal e fui para o hospital... Lá eu descobri que estava grávida de dois meses. Pensei na hora que o mundo ia desmoronar na minha cabeça, mas Tom foi um homem maravilhoso e... - ela fica com a voz embargada e os olhos marejam. - Ele disse que ia cuidar de minha e do bebê, como se fosse dele. E foi assim até o dia que... que ele me deixou, então... - Ela respira com lágrimas descendo pelo rosto - Conrad é seu filho... Você é pai, Christian Grey.
- Oh meu Deus, Amanda... - ele sorriu. - Tem noção do que é essa notícia pra mim? - ele sorriu e balançou a cabeça, extasiado. - É muito mais do que eu mereço, é... Eu nem sei o que dizer. Eu estou tão feliz!
- Você... Gostou? - Ela diz surpresa, limpando as lágrimas.
- Mas é claro que sim! Obviamente, se eu recebesse essa notícia há algum tempo atrás, eu certamente não gostaria, mas agora... Amanda, eu estou radiante! Nós temos um bebe, meu amor...
Em um impulso, Christian puxou Amanda e a beijou. Um beijo com gosto de saudade, felicidade, recomeço... Todos os sentimentos bons que poderiam sentir. Quando a soltou, ficou surpreso ao ver que ela também tinha um pequeno sorriso nos lábios.
- Ah... Desculpa, Amanda... Acho que me empolguei... - ele murmurou, passando a mão pelo cabelo.
- Você é louco... - Ela murmurou sorrindo. - Mas tudo bem.. Bom, pelo mesmo eu acho né? – Mordeu o lábio.
Christian sorriu e pegou a mão dela na sua, entrelaçando seus dedos.
- Eu não quero criar expectativas sobre nada, mas eu tenho esperança, Amanda. Se você estivesse casada eu jamais me aproximaria, jamais colocaria sua felicidade em risco, mas você esta viúva e eu não tenho ninguém... Possivelmente jamais ficarei com outra pessoa que não seja você... Então... Eu tenho esperanças quanto a nós dois, ainda mais agora que temos um filho. Você estaria disposta em dar tempo ao tempo, sem se impedir de algo que venha a acontecer entre nós?
Amanda o encarou buscando a verdade por trás daquele cristalino par de olhos azuis, azuis como os do seu filho. Sim, eles tinham um filho juntos e teriam que cuidar dele sendo bons pais. Ela numa fração de segundos pensou em tudo. Como seria o futuro se Grey estivesse disposto como disse. Mas como tinha dito a si mesma, as coisas iam rolar naturalmente.
- Christian... Eu quero acreditar em você. Quero acreditar que pode ser diferente, um homem novo, mas... - Ela faz uma pausa e o olhar de Christian muda, entristecido. Ele sabia a resposta a seguir. Aos poucos foi soltando a mão dela, porém antes que o fizesse ela segurou firme a dele, mantendo juntas. - E é por ver que a mudança esta acontecendo que vou te dar outra chance... Mas vamos deixar acontecer, certo? Sem pressão, por favor. - ela sorri natural pra ele.
Ele sorri de leve, a esperança começando a se fortalecer.
- Está certo, sem pressão. - sorrindo, ele se aproxima dela e toca seu rosto. - Eu posso beijar você, Sra.. Lewis?
- Pode sim, Sr. Grey. - Ela sorriu vendo a felicidade estampada no rosto dele.
Devagar, Christian se aproximou e colou os lábios nos dela. Eles sorriram em meio ao beijo, que se aprofundou devagar, logo ficando forte e depois mais lento, terminando com selinhos. Dessa vez eles sabiam: tudo daria certo.
Capítulo 36
Depois do termino do seu noivado com Jack, Mandy voltara para seu antigo apartamento. Cada canto daquele lugar tinha um pouco do passado que ela estava aprendendo a lidar e ao olhar para porta da frente era impossível não conter um sorriso. Apesar de tudo ela ainda amava Michael e não sentir a falta dele era algo que ela não sabia impedir.
Agora que estava quase terminando sua compra da academia, ela ia pra la todos os dias, aprendia o máximo que podia com Martha, que adorava ajuda-la. Já conhecia todos os professores e estava a disposta a mante-los em seus empregos, pois Martha sempre falava bem deles e de seus trabalhos. Estava absorvendo tudo o que podia.
Já eram quase nove da noite quando o ultimo aluno e professor saiu da academia. Pensando estar sozinha, Mandy colocou seu iPod no aparelho de som e começou a se alongar, dançando logo em seguida. Estava totalmente absorta na música e na dança, que só quando a mesma acabou que ela percebeu que Michael estava ali, sentado em uma cadeira perto da porta, olhando-a fixamente.
- A quanto tempo esta ai? - ela perguntou, olhando-o pelo espelho.
- Desde a metade da coreografia. - Ele sorriu - Você ainda dança muito bem, Mandy.
- Obrigada... - ela fez uma reverência tal qual uma princesa, rindo em seguida. - Professor Jackson.
Michael sorri levantando da cadeira, indo na direção dela.
- Você ainda lembra do que te ensinei na faculdade? - ele disse.
- Sim, me lembro... Por que?
- Por nada... É que deu vontade de dançar. - ele sorriu pra ela - Você acompanha?
- Claro... Vamos aproveitar que eu já estou no clima. - ela sorriu
Assentindo Michael foi até o aparelho de som e colocou a música " What Goes Around...Comes Around" de Justin Timberlake. Coincidentemente aquela letra tinha tudo a ver com eles. Michael voltou para perto e estendeu para Mandy no exato momento que o cantor disse:
"Hey Garota, ele é tudo o que você queria em um homem? Você sabe que eu te dei o mundo. Você me teve na palma da sua mão. Então porque o seu amor se foi?”
Ela sorri torto pra ele e pega em sua mão. Michael começa a cantar junto com a música enquanto puxa Mandy para os seus braços. Ficando frente a frente, eles balançam seus corpos de um lado para o outro, lentamente.
"Não quero pensar sobre isso Não quero falar disso Eu estou tão cansado disso Não acredito que acabou desse jeito Muito confuso sobre isso Sentindo as dores disso Eu apenas não posso ficar sem você Me diga, isso é justo?"
Tomando as mãos dela ele brinca de afasta-la e puxar para si, e o faz três vezes. No último puxão ele a vira rapidamente colando as costas em seu peito. Mexendo os quadril de um lado para o outro devagar, rebolou cantando perto do ouvido dela:
"O que se vai, se vai, se vai Faz todo o caminho de volta O que se vai, se vai, se vai Faz todo o caminho de volta O que se vai, se vai, se vai Faz todo o caminho de volta O que se vai, se vai, se vai Faz todo o caminho de volta Yeah"
Mandy suspira fechando os olhos sentindo realmente a que sentia por ele voltar a queimar dentro dela. Michael continua sua coreografia especial. Sempre era assim quando estava com ela. Aquela garota o inspirava as melhores coisas. Dançaram como nos velhos tempos e a sintonia continuava perfeita. No final da música ele segurou a mão dela e a beijou.
- Obrigado pela honra, senhorita. - Ele disse sorrindo.
- O prazer foi meu, Sr. Jackson. - ela sorriu, um pouco ofegante
- O prazer foi meu. - Ele responde - Quer beber alguma coisa? Eu conheço uma lanchonete ótima e é 24 horas... - Michael diz de sopetão que até ele fica surpreso com o que fez.
- Seria ótimo. - ela disse, pegando sua bolsa em cima da mesa. - Você me espera alguns minutos? Vou só trocar de roupa.
- Espero, claro. - Disse empolgado. Ela sorri saindo da sala.
Quando Mandy sumiu de suas vistas ele comemorou com as mãos para o alto.
Mandy foi em direção ao banheiro feminino e enquanto trocava a roupa de dança por um vestido curto, ficou pensando no que aconteceu há alguns minutos atrás. Parecia que tinham voltado aos velhos tempos e ela estava adorando aquilo, por mais maluco que poderia parecer. Terminando de se ajeitar, guardou suas coisas e voltou pra sala.
- Estou pronta.
- Você está linda, Mandy! - Disse olhando pra ela com admiração.
- Ah... - ela sorriu. - Obrigada, Michael.
Ela corada era raro, disso ele podia lembrar.
- Podemos ir no seu carro? Com aquelas coisas eu fiquei sem minha moto.. - ele disse envergonhado.
- Claro. - ela disse, pegando a chave e dando na mão dele. - Estou sobre sua guarda, Michael Jackson, me leve pra onde quiser. - piscou e sorriu
- Uau.. Quanta responsabilidade! - Ele sorriu pegando a chave - Okay, então vamos senhorita Lewis, vamos nos divertir. - Michael disse dando o braço pra ela.
Sorrindo ela enrosca seu braço no dele. Na saída Mandy fecha a porta de entrada da escola e seguem para o estacionamento. Na direção Michael pode sentir a liberdade de uma forma completa. Estar naquela situação com Mandy a seu lado depois de tudo, era surreal demais, porém muito bom. Estava feliz pela chance que a vida estava devolvendo a ele. Quinze minutos depois que saíram da academia, ele para o carro no estacionamento da lanchonete. Ela era grande e tinha um letreiro verde e azul piscando. Michael desceu primeiro e abriu a porta pra ela. Mandy desceu com um sorriso gentil.
Quando entram no local o ambiente era todo decorado no estilo dos anos 50 e 60. Até as garçonetes tinham o uniforme personalizado inspirado na época e o mais legal é que elas usavam patins. O casal senta no banco e uma das moças se aproxima:
- Boa noite, noite e sejam bem vindos ao Rock N’ Bar! - Disse simpática entregando o cardápio - Vocês podem escolher a vontade e depois me chamem. Meu nome é Candie, ok?
- Okay, vamos escolher aqui. Obrigado. - Michael respondeu simpático. Quando a moça sai ele olha pra Mandy. - Aqui eles tem todos os lanches que você imaginar. Eu sou fã do cachorro quente deles. - Sorriu, ele.
- Sabe... Isso não é comum, mas estou com vontade de comer um cheseburger enorme... - ela ri. - Vai acabar com a minha dieta. - faz beicinho
- Imagina, você não precisa de dieta. É linda sempre! - Ele diz olhando pra ela - Eu vou no cachorro quente especial. Você vai ver porque ele é especial. - Michael ri - Pra beber o que você quer?
- Vou de coca zero pra balancear as coisas... - ela riu. - E obrigada pelo elogio.
- Por nada, só falei a verdade. - ele pisca - Achei ótima sua ideia vou equilibrar meu dog especial com uma bebida leve. - Se fez sério, mas riu em seguida.
- A verdade é que somos dois medrosos e estamos com medo de enfiar o "pé na jaca". - ela riu
Michael gargalhou.
- Pode crer. Mas então por que não abusamos de uma vez? Topa pegar uma coca-cola normal? - ele ri feito criança.
- Por que não pedimos logo um milk shake gigante e dividimos enquanto comemos? - arqueou uma sobrancelha
- Eu topo! - Ele disse empolgado. - Vou chamar a garçonete.
Michael esperou que Candie olhasse na direção deles e a chamou. A moça anota os pedidos e pouco depois traz os lanches. O cachorro quente dele era mesmo especial. Enorme para ser exato. Servia um batalhão nas vistas de Mandy. Ambos escolherem milk shake de morango para compartilhar em dois canudinhos. Sorrindo Michael disse:
- Viu só como meu dogão é especial? Vou me acabar. - Ele ri.
- Eu estou vendo! - ela diz, rindo pra ele. - Você vai é passar mal... Mas eu não posso falar nada, olha o tamanho disso... - ela aponta pro hambúrguer. - E olha pra essas batatas... Enormes!
Michael continua rindo.
- E ainda temos esse litrão de milk shake pra beber. Sabe de uma coisa? Acho vamos sair daqui rolando...
- Acho a mesma coisa...
Os dois começam a comer e bebem o milk shake, rindo um para o outro. Quem olhava de longe dizia que era um casal, sem a menor sombra de dúvidas. Já estavam no final do lanche quando começou a tocar uma música animada, estilo anos 60... Jailhouse Rock de Elvis Presley.
- Ah, caramba! Eu amo essa música. - ela diz, colocando o guardanapo em cima da mesa. - Vem dançar comigo, Michael!
Michael acaba de engolir o pedaço do lanche levantando do sofá.
- Só se for agora, princesa... - ele sorriu
Os dois seguem para um espaço que tinha próximo a jukebox. Michael começa a dublar o rei do rock imitando perfeitamente sua coreografia. Mandy começa a acompanha-lo na mesma empolgação. Os clientes se viram para assisti-los e logo todo o bar era a platéia. Michael pegou Mandy pela cintura puxando pra si. Segurou sua mão elevando acima da cabeça e a girou rápido três vezes deixando que caísse em seus braços propositalmente. Ela sorri sentindo o coração bater rápido pela energia da dança.
Ele devolveu a ela um sorriso arrasador. Colocou a parceira sentada sobre o balcão do bar e começou a performar sozinho fazendo todos gritarem alucinados. Era um show de profissionais! Michael encara sua parceira e morde o lábio inferior. Ela finge desfalecer e desce do balcão num pulo, indo até os braços dele terminaram a coreografia com uma postura clássica onde a moça repousa sobre a perna do rapaz.
- Você é perfeita demais... - Michael disse trazendo Mandy a posição normal, de pé em sua frente.
- Eu sou? Fala sério, Michael, você é mil vezes melhor! - ela riu, escutando as palmas. - Somos uma dupla e tanto.
- É, eu sou bom sim. - Confirmou sorrindo - Mas eu prefiro você, mil vezes. - Ele disse a encarando um pouco mais sério.
O silencio se durante alguns segundos até Candie quebra-lo com um grito:
- Beija ela logo! - Disse a moça em expectativa.
Logo todos a acompanharam dizendo a mesma coisa. Michael olhou em volta deles e disse se voltando pra Mandy:
- E agora, o que faremos?
Mandy se virou pra todos e disse:
- Não tem problema, pessoal... - ela disse, sorrindo - Eu beijo ele.
Piscando pra todos, ela se virou o abraçou pelo pescoço, ficando na ponta dos pés para beijá-lo.
Michael sorriu segurando a cintura dela. Sentiu aqueles lábios macios e quentes tocarem os seus. O coração começou a saltar no peito. O beijo foi digno dos finais felizes que lemos nas fábulas. Quando se pensava que estavam terminando novamente o casal coloca vigor no beijo fazendo o bar inteiro assobiar e gritar de animação. Após o beijo, Michael olhou pra Mandy de uma forma diferente, vendo-a sorrir totalmente relaxada e alegre. Eles pagam a conta e depois de se despedir do "público", vão para o carro. Não conseguiam parar de sorrir.
- Hey, você tem algo importante pra fazer em casa, agora? - Mandy perguntou, colocando os pés sobre o painel do carro e olhando pra Michael.
- Não linda, por que? - ele respondeu pondo a chave no contato.
- Que tal darmos um pulo na praia?
- Você é quem manda! - ele disse sorrindo.
Michael ligou o carro e deixou o estacionamento da lanchonete. Conversando e rindo os dois se divertiam no caminho para a praia. Levaram cinquenta minutos, mas chegaram lá com expectativa. Pareciam crianças indo conhecer o mar pela primeira vez. Michael estaciona perto da areia. desce do carro e vai abrir a porta pra ela. Mandy desce com um sorriso no rosto. Eles caminham até ficar a alguns metros do mar. Michael sentou e puxou Mandy para sentar na sua frente.
- Pronto querida, estamos na praia... - ele disse a abraçando envolta de seus braços.
Ela sorriu e se recostou no peito dele.
- Olha essa lua, Mike... - ela murmura, vendo a lua cheia iluminar toda a praia. - Perfeita, não é?
- Sim... Acho que ela quer dizer alguma coisa pra nós... - ele suspirou profundamente a abraçando mais forte cheirando o cabelo dela - Obrigado por me dar outra chance. Você não imagina como me sinto em saber que posso consertar o mal que causei a você.
- Sabe, Mike... Eu voltei com Jack, em parte pra tentar esquecer você. Eu pensei que tudo entre Jack e eu voltaria a ser como antes, mas eu percebi que nada será como antes. - ela fez uma pausa, fechando os olhos. - Porque eu amo você e sinto que você não é o mesmo cara de antes. Meu coração está pedindo pra te dar uma chance e eu estou o seguindo.
- Eu sofri tanto quando soube que você tinha voltado com o seu noivo. Fiquei revoltado comigo mesmo pensando em como fui idiota em deixar uma mulher tão perfeita escapar, mas... Acho que tenho alguém lá encima que gosta muito de mim.. - ele sorriu de leve - E sabia que em todo esse tempo na prisão, eu nunca deixei de amar você. Nunca, nem um dia eu esqueci a mulher que conheci.
Mandy sorriu e se virou pra ele, limpando a lágrima que ele tinha derramado,
- Ah, Mike... - ela suspirou. - Acho que devemos apenas esquecer o passado e seguir em frente. Um ano se passou, estamos mais maduros e sabemos o que queremos de verdade. Eu quero comprar a minha academia e ficar com você, ponto final. - ela o olhou, esperançosa.
Michael sorriu com um nó sufocando sua garganta.
- Eu amo você Mandy Lewis... Amo mais que a minha vida... - Ele disse emocionado e outras lágrimas desceram. - Pronto agora abriu a cachoeira. - Falou limpando o rosto com as mãos.
- Oh, Mike... - ela sorriu e beijou seus lábios com amor, limpando suas lágrimas. - Eu também te amo muito, muito e muito! - se afastou e se levantou, ficando de frente pra ele. - Que tal vir pro mar comigo, hm? - perguntou, começando a se despir de seu vestido.
- Mandy.... - Michael a olhava absorto em seu corpo. Quanta saudade sentia dele. - Você tem certeza? - Murmurou.
- Absoluta. - ela diz, tirando a sandália e o sutiã. - E se você não correr, vou entrar antes de você... Vai perder a corrida, Mike.
Ele precisava confiar em si mesmo e se perdoar, assim como Mandy havia feito. Tomando coragem ele levanta se despindo das roupas e sapato.
- Perder pra você seria uma prazer gata, e pra sua sorte hoje estou muito bonzinho. - ele sorri mais aliviado.
- Ah, é mesmo? - ela coloca a mão na cintura e prende um sorriso. - Então corre atrás de mim, professor...
Rindo, ela corre em direção ao mar, ouvindo os passos dele atrás dela, junto a sua risada.
Assim que entraram na água Michael abraçou Mandy pela cintura e com posse a beijou na boca.
Descendo as mãos pelos corpo com dedicação repousando a mão sobre a intimidade dela. Massageou devagar ouvindo ela gemer baixinho em seu ouvido. O coração de Michael novamente acelera. Há mais de um ano ele não sentia como era estar como uma mulher. Beijando o pescoço dela arfou com desejo.
- Ah Mandy... Que saudade eu senti do seu corpo, amor... – Sussurrou entre os beijos.
- Eu também senti muito a sua falta, Michael... - ela confessa, rendida.
Colando os corpos ela sentiu o quanto ele ficou excitado em pouco tempo. Cuidando da intimidade dela a levou a loucura, exatamente como fazia quando namoravam, porém, hoje o gosto da paixão estava mais apurado. Beijando do pescoço desceu ao colo. Tocou nos seios dela com posse, os sugou com avidez até ouvi-la gemer alto. Num gesto rápido ele a pôs com as pernas em volta da sua cintura. A penetrou sem aviso. Michael estava ávido para tê-la em si. Mandy se agarrou no corpo dele ajudando nos movimentos. Ele investia fundo soltando gemidos e respirando de maneira falha.
- Você é tão gostosa meu amor... - Murmurou. - Quero ficar dentro de você pra sempre, minha delicia...
Mandy sorriu. Aquele era o Michael que ela conhecia.
- Você também é delicioso, Mike... - ela segurou o cabelo dele próximo a raiz. - Não me deixa, nunca mais!
- Nunca mais, minha vida... Nunca... Mais... - ele falou aumentando a intensidade, fazendo ela subir e descer no seu colo.
Mandy segurou mais forte nos cabelos dele. Michael correspondeu apertando seu bumbum deixando uma marca avermelhada visível assim que saíssem d'água. Ela fecha os olhos se deixando levar pelo prazer. Michael estocou sentindo o interior dela aperta-lo. Tratou então de usar suas últimas forças arrancando da garganta de ambos um urro de êxtase e relaxamento quando explodiram juntos.
- Está muito em forma, Sr. Jackson. - Mandy murmurou, risonha, escondendo o rosto no pescoço dele.
- Trabalhamos pra isso, gata! - Ele sorriu beijando o pescoço dela - Nossa amor, eu te machuquei? Eu estava há tanto tempo sem... - ele disse tímido.
- O que? Não... - ela riu e olhou pra ele. - Pelo contrário, foi muito, muito bom... E fico feliz em saber que não teve outra. - ela sussurrou.
- Outra jamais, meu amor, só tenho olhos pra você. - Disse olhando pra ela - E fica tranquila, o meu companheiro aqui só levanta pra gata que eu mais amo no mundo. - ele sorriu de lado.
Mandy riu, jogando a cabeça pra trás.
- Sabe, por um momento, eu pensei que você tinha perdido sua boca suja... - ela diz, passando a ponta dos dedos pelos lábios dele.
Ele riu. Chupou o dedo dela e deu um beijo antes de soltá-lo.
- Se você quiser que eu pare... É só falar, mas acho que vai ser difícil já que me conheceu assim.
- Não, eu não quero que mude. Eu gosto muito da sua boca suja, seja falando ou... Fazendo outras coisas. - ela sorriu.
- Ah... Então se prepare gatinha, estou louco pra usar minha boca de outras maneiras... De um jeito bem gostoso, sabe..
- É mesmo? - ela mordeu o lábio, ansiosa. - Eu mal posso esperar por isso...
- Não vai ser preciso esperar, pode ter certeza. - Ele sorriu - Agora me deixa usar a minha boca pra devorar a sua, hum?
- Fique a vontade, professor...
Sem precisar falar mais nada, Michael tomou os lábios dela com vontade e paixão. Acariciou o rosto dela durante o beijo e no íntimo era eternamente grato pela nova chance que a vida lhe dava, Quando viram que tinha passado tempo suficiente ali, namorando... O casal sai da água e veste suas roupas que ficaram na areia. Naquela noite Michael deixou Mandy em casa e voltou para o apartamento de taxi. Ela insistiu para leva-lo, mas Michael recusou dizendo que a volta poderia ser perigosa, pois era muito tarde.
Capítulo 37
Christian ainda estava acordado pensando no dia que teve ao lado de Amanda e seu filho. Minha nossa, ele era pai! Essa ideia latejava sem parar em sua cabeça juntamente com o perdão de Amanda. Que mulher! Ele não se achava digno dela, mas ela o queria pra si. Queria o novo homem que ele se tornou. Enquanto estava absorto nestes pensamentos Michael entrou no apartamento como um sorriso que não cabia no rosto. Se jogando no sofá ele suspirou com ar de felicidade.
Christian o observou, estranhando a felicidade do amigo.
- Que bicho te mordeu?
Michael olhou pra ele sorrindo feito bobo.
- Não foi bicho cara, foi uma gata... Uma gata linda e gostosa.
- Oi? Como assim, cara? - ele olhou pra Michael com atenção. - Fala sério, Michael... Não vai me dizer que caiu nos braços de uma qualquer? Logo agora que Mandy está solteira? Que burrice, cara!
- Mas de que gata você acha que eu estou falando, Christian Grey? - Disse rindo - Hoje foi o melhor dia da minha vida! - Michael põe as mãos atrás da cabeça apoiando no encosto do sofá.
- Está querendo dizer que você e a Mandy... - ele deixa a frase vaga no ar.
- Sim... Eu e a Mandy voltamos. E voltamos com tudo, oh boy! - Ele ri novamente - Foi tão bom que a noite terminou de um jeito que jamais pensei. Nós transamos na praia... Aliás, no mar pra ser exato. Cara, foi muito gostoso! Depois de tanto tempo eu pensei que ia explodir de tanto tesão quando ela me tocou.
Christian olhou pra ele, boquiaberto.
- Está falando sério? - ele perguntou, rindo no final. - Como assim, Mike? Quer dizer... Até ontem você me disse que ela não tinha demonstrado nenhum tipo de interesse em voltar.
- Pois é, e ela estava assim mesmo. Eu respeitei e tal, mas hoje... - ele sorriu - Hoje foi demais! Agora sim sou um homem completo, Christian. Com a Mandy do meu lado eu enfrento o mundo e estou na torcida por você também, irmão. Uma hora dessas a Amanda também vai te dar outra chance, vai por mim. - Michael disse deitando no sofá.
Christian sorriu de lado, sabendo que Amanda já tinha dado essa chance a ele.
- Eu também tenho novidades, Mike... Muitas, na verdade. - ele disse, vendo o amigo o olhar com curiosidade. - Eu encontrei com Amanda hoje, sem querer... Estava correndo e a vi sentada com Conrad, perto do lago. Ele é um garoto fantástico, Michael. - ele sorriu. - Ele é meu filho.
Michael sentou de uma vez no sofá, estupefato com a informação.
- Como é que é? O garotinho é seu filho? - Ele repetiu vendo Christian assentir com um sorriso largo - Puta merda, cara! Parabéns! Nossa, que loucura... - Michael o abraçou rindo feliz pelo amigo - Bem que você comentava que sentia isso do menino. Estou feliz por você, de verdade, você sabe. Mas e você a Amanda? Conseguiram algum progresso?
- Sim, claro... - ele sorriu de lado. - Não fomos tão rápidos como você e Mandy, estamos apenas dando tempo ao tempo, sabe? Não queremos apressar as coisas, mas sinto que esse momento está cada vez mais próximo. - ele passou a mão pelo cabelo, ansioso. - A verdade é que eu não vejo a hora de ficarmos juntos pra valer, nos tornarmos uma família de verdade.
- Isso vai acontecer, Christian, pode confiar. Olha, Mandy e Amanda são irmãs, quem sabe ela não muda de ideia também, hm? - Michael sorriu de lado.
- Assim espero, cara, assim espero... Seca de um ano é muito pra mim! Não que eu esteja pensando só no sexo, mas... É difícil. - ele faz careta
- Te entendo, cara. É barra mesmo, mas não esquenta. Quando menos você esperar vai acontecer. - Michael disse o aconselhando. Em seguida se espreguiçou - Ai, eu vou tomar um banho e cair na cama, estou um caco, mas estou feliz. Você vai dormir agora?
- Não, vou ficar pensando mais um pouco, daqui a pouco eu vou... - ele disse, deitando-se no sofá. - Sonhar acordado com a minha mulher e meu filho.
- Falou então... - Michael sorriu - Boa noite, paizão! - ele diz batendo na cabeça dele.
- Boa noite cara... Futuro pai, já que voltou pra mulher amada... - Christian riu.
- Voltei sim e você também vai voltar pra sua. -Michael disse rindo, saindo da sala.
- Se Deus quiser... - Christian murmurou pra si mesmo, sozinho na sala.
Em casa Amanda visita o quarto do filho para ver se estava dormindo bem. O pequeno dormia profundamente, até o peito levantava com a respiração. Olhando o filho por alguns minutos reparou em cada parte do corpinho dele e suspirou. Até dormindo ele era parecido com o pai. Sorrindo depositou um beijo na cabeça da criança e desceu para a cozinha. Tomou um copo d'água recostada na pia, pensativa. Pensou em como foi seu dia com Christian e o que conversaram. Era praticamente uma loucura o que aconteceu entre eles e ainda se sentirem atraídos um pelo outro. O fato do arrependimento foi determinante para que ela o perdoasse e aceitasse em sua vida novamente. Ele talvez merecesse isso, aliás, os dois mereciam.
A semana passa e Amanda continua pensando em Christian. Era sexta feira quando ela teve a ideia de ligar pra ele. Então pegando o cartão que recebeu no dia funeral de Thomas, ela discou do celular quando estava no escritório. No terceiro toque ele atende.
- Escritório de Contabilidade Georges, quem deseja? - responde em um tom de formalidade
- Boa tarde, eu gostaria de falar com Christian Grey. Diga que é Amanda Lewis, por favor. - Ela disse educadamente.
Christian sorriu, sem conseguir conter a animação.
- Olá Amanda, sou eu. - ele respondeu, demonstrando que estava feliz pela ligação. - Esta tudo bem?
- Está sim, obrigada por perguntar. - Ela sorriu - E você, como está?
- Estou bem melhor agora, pode acreditar. Como está Conrad?
- Ele está ótimo e mais esperto. Acho que em breve vai começar a andar... Já posso imaginar que vou correr muito atrás desse garoto. - Ela riu.
- Vamos correr, senhorita, não me exclua dessa. - ele riu. - Estou morrendo de saudades dele, parece que não, mas o pequeno tempo que passei com ele já fez com que eu me tornasse um pai babão. - ele sorriu, falando a verdade.
- Eu imagino... – ela sorri - Ah eu agradeço muito Christian, assim podemos revesar as pernas. Bem, você dever estar curioso pela minha ligação, não é?
- Com certeza.
Ela suspira tomando coragem.
- Então... É que eu gostaria de saber se você compromisso para hoje à noite. Eu pensei que você e Conrad poderiam passar mais tempo juntos, sabe...
- Somente Conrad e eu? E quanto a passar tempo com você, baby? - ele se encostou em sua cadeira reclinável, imaginando o rubor tomar conta do rosto adorável Amanda
Ela morde o lábio e fica vermelha como pimenta. Sorriu tentando disfarçar.
- Olha só... Você também, hein... Sempre me deixa sem graça. Estou pensando em nosso filho, seu bobo.
- E eu estou falando dele e de nós dois. - ele sorriu. - A que horas eu tenho que ir ai?
- As oito está bom para um jantar? - Ela disse mordendo o lábio.
- Está perfeito, baby. Estou ansioso pra vê vocês dois... - ele disse, vendo seu chefe aparecer na porta de sua sala, gesticulando que tinha que falar com ele com urgência. - Baby, estão me chamando aqui... Nos vemos a noite, tudo bem?
- Sim, tudo bem. Não vou te atrapalhar mais. - Sorriu sem graça - A noite nos vemos. Até mais, Christian.
- Você nunca atrapalha. Até mais, baby. Beijos. - ele se despediu, desligando o telefone.
Amanda desliga o telefone respirando aliviada e com um sorriso na face. Guardando o celular de volta na bolsa já começou a pensar no que ia vestir e como ia se comportar. Aquela ansiedade fazia se sentir como uma adolescente de novo.
A tarde passa depressa com tanto trabalho a fazer. Amanda sai da empresa duas horas antes do fim do expediente e passou no salão para fazer o cabelo e uma maquiagem leve somente para não ficar de cara limpa. Pegou Conrad na escolinha e foi pra casa. Era sete e meia da noite quando desceu na cozinha atrás de Doroty. Ao encontra-la perguntou se estava tudo pronto. A emprega afirma que sim e disse que a babá estava de prontidão caso precisasse. Amanda ficou vermelha. Doroty era como um membro da família pra ela. Sorrindo ela disse que torcia pela felicidade da patroa e do pequeno Conrad. Amanda apenas a abraçou de surpresa, muito agradecida.
No horário marcado Christian chega à propriedade. Amanda estava brincando com o filho quando foi avisada da chegada dele. Rapidamente ela levantou ajeitando o vestido preto e sutilmente justo e foi atendê-lo. Seus longos cabelos tinham ondas grandes moldando o rosto dela.
- Você esta magnífica, baby... - Christian disse, chegando perto dela e dando um beijo suave em seus lábios. - Estou encantado.
- Obrigada. - Sorriu levemente - Você também está ótimo. Conrad está na sala... Você quer beber alguma coisa, antes do jantar?
- É melhor deixarmos as bebidas para depois, mocinha. - tocou o queixo dela com uma promessa pervertida no olhar. - Vamos lá, quero ver meu filho.
- Certo. - ela riu de leve. Ah essas promessas. - Vamos lá... - Amanda fala saindo na frente. Christian a segue.
Quando chegaram à sala a babá sai discretamente após receber o sinal de Amanda. Conrad olha pra o pai e abre um sorriso e seus olhinhos azuis brilham.
- Oi meu garotão! - Christian o pegou no colo, sorrindo. - Como você está? Estava morrendo de saudades... - murmura, dando um beijo no filho.
Conrad deu uma risada gostosa sentindo cócegas sentindo o roçar da barba de Christian em sua pele. Quando se encaram, o bebê segura a face dele e olha curioso para os pelos do rosto do pai.
Christian sorri pra ele dizendo que um dia ele teria uma barba como a dele. Amanda senta no sofá observando os dois. Eram tão lindos juntos! Enquanto isso, Doroty prepara tudo na sala de jantar. Preparou a mesa do jeito que a patroa gostava. Com flores frescas e glamour nas peças de louça. O toque com velas bonitas foi ideia pessoal que ornou perfeitamente com o clima daquela noite. A empregada sorri ao se deparar com as atitudes de cupido que estava tomando em favor do casal. Meia hora depois quando estava tudo perfeito, Doroty entra na sala avisando que o jantar estava servido.
A babá vinha com ela pegando o bebê nos braços. Amanda pede que ela alimente o filho e o coloque e depois o traga de volta quando terminarem. A moça assente e sai discretamente da sala. Levantando do sofá Amanda levou Christian até a sala de jantar. Sentam-se a mesa ajeitando os guardanapos no colo. Ele elogia encantado aquele requinte e não perde a oportunidade de dizer se aquilo tudo era apenas pela visita dele. Amanda fica corada e diz que visitas especiais merecem tratamento adequado. Eles sorriram vendo a comida ser servida. Uma entrada leve de salada com legumes cozidos no vapor. O prato principal era carne assada com batatas e pure de abóbora. Para beber, um delicioso vinho tinto descia suave pelas gargantas sedentas do casal, que não parava de trocar olhares enquanto conversavam saboreando a refeição.
Capítulo 38
Após o jantar, Amanda estava mais relaxada e convidou Christian para ver a noite na varanda da casa. Ele assente e sugere que poderiam terminar o vinho lá em cima. Ela sorri dizendo que era uma ótima ideia. Pegam garrafa e taças, sobem para o terraço. A varanda é linda. Tinha algumas plantas verdes e uma mesa com cadeiras brancas e duas espreguiçadeiras de vime do outro lado. Amanda deposita as taças na mesa e Christian serve mais vinho.
Amanda bebeu um gole do vinho voltando a conversar.
- O jantar estava bom?
- Sim... Mas a companhia estava ainda melhor... - ele disse, se aproximando dela. - Eu amei tudo, baby.
- Que bom! As velas foram ideia da Doroty, ela adora essas coisas. - Amanda sorri sem jeito.
Ele pousou as taças na mesa e tocou o rosto dela com as duas mãos.
- E você foi ideia de Deus. Ele a fez especialmente pra mim, sem mais e nem mesmo. - ele disse baixinho, para que só ela ouvisse. - Eu amo você, Amanda.
Sorrindo Amanda sentiu o coração acelerar. Ele a olhava com tanta admiração.
- Ah Christian... - murmurou baixinho - Também amo você, sempre amei.
- Eu sei disso... - ele sorriu de lado e a abraçou, beijando seu pescoço. - Eu sempre soube, baby... Há coisas em mim que são irresistíveis.
Amanda riu abraçando ele de volta.
- Hurum... E sabe por que o amo mais? Por ser assim tão metido. Sim, você é muito metido Christian Grey.
- Mas se eu mudasse, talvez, você não veria tanta graça em mim. - ele correu os lábios pelo pescoço dela e apertou seu bumbum, de leve. - Eu sinto tanta saudade de você, Amanda...
- Também sinto saudades e você tem razão... Prefiro você do jeito que é e sabe de uma outra coisa? Acho que deveríamos ser apresentados de novo, já que estou com um novo homem em minha frente. O que acha, hum? - Sussurrou no ouvido dele e o beijou ali.
- Sermos apresentados em que sentido, baby? - ele perguntou, os lábios a centímetros dos dela.
- Em todos, querido. Quero saber quem é Christian Grey em detalhes. Acho que depois desse jantar eu mereço, não é... Baby? - Ela disse passando o dedo indicador na camisa pelos botões da camisa.
- Com certeza... - ele murmurou, sentindo a excitação ficar ainda mais evidente no ar. - Eu adoraria começar agora... - beijou o ombro dela, as alças caindo para o lado.
Amanda fechou os olhos e respirou com dificuldade devido ao toque quente dos lábios em sua pele. Seu ser começava a queimar de paixão novamente.
Levando aquilo como um sim, Christian tomou os lábios de Amanda em um beijo longo e cheio de saudade. Ele estava saudoso; tinha fome dela, mas acima de tudo, queria ser carinhoso. Era a "primeira vez" deles depois de muito tempo, e ele queria que aquilo ficasse na memória de ambos, para sempre.
Ainda com os lábios nos dela, ele levantou seu vestido até que ficasse acima da cintura e com um impulso a colocou em cima da mesa. As taças e a garrafa de vinho foram ao chão e os dois riram como dois adolescentes que estavam fazendo algo escondido dos pais. Amanda abriu as penas e deixou que Christian se acomodasse no meio delas. Ela já podia sentir o quanto ele estava excitado, se esfregando nela, enquanto abaixava a parte de cima de seu vestido e beijava seus seios, um por um.
- Baby... Eu estava morrendo de saudades de você, de sentir seu gosto... - ele a tocou por dentro da calcinha, acariciando sua intimidade. - De sentir você assim, molhadinha pra mim...
Amanda apenas gemeu, jogando a cabeça para trás. Naquele momento estava incapaz de falar qualquer coisa. Levou as mãos à camisa dele e abriu os botões até tirá-la. Mordeu o lábio quando viu seu peitoral nu, ainda mais definido do que antes. Gemeram juntos, ela por sentir as caricias dele e ele por ver seu olhar o devorando.
Empurrando seu tronco, Christian a fez se deitar na mesa. Percorreu todo o corpo dela com os lábios, descendo pela barriga e aproveitando para tirar o vestido e a calcinha de uma só vez. Ao vê-la nua, um gemido baixo escapou por seus lábios. A gestação de Conrad parecia ter acentuado ainda mais suas curvas, deixando-a ainda mais gostosa pra ele.
Com saudade de seu gosto, Christian voltou sua atenção para sua intimidade. A acariciou com os lábios, sentindo seu sabor novamente. Amanda se contorcia sobre a mesa, gemendo por ele e movimentando seus quadris, sentindo a língua de Christian percorrer cada terminação nervosa que havia lá embaixo. Quando ele lhe penetrou um dedo e começou a movimentá-lo, ela sentiu todo o seu interior se apertar, o orgasmo sendo anunciado. Ele acelerou seus movimentos e circundou o clitóris com a língua, fazendo-a explodir em sua boca.
- Ainda mais deliciosa do que antes, baby... - ele murmurou com a voz rouca, ajudando-a a se sentar sobre a mesa. - Eu amo você, Amanda.
- Hum... E você perfeito como sempre, meu amor... - Sorriu sem perder tempo, ela é tomada por um impulso o puxando pela camisa para um beijo ardente. - Podemos ir pro meu quarto, se você quiser... A cama é confortável. - ela sussurrou na boca dele.
- Pra que irmos para cama, quando eu posso amar você aqui, tendo a lua como testemunha, baby? - ele perguntou, mordendo o lábio inferior dela.
Ela sorriu.
- Você ama o perigo, não é?
- Sim, ainda mais quando estou junto a você... - ele sorriu. - Por que você não me ajuda, hm? - perguntou, olhando pra sua calça.
- Certo. Então vamos do meu jeito...
Ela o puxou para um beijo quente descendo pelo pescoço, mordendo aleatoriamente a pele dele. Com as unhas desceu o fazendo arrepiar até o cós da calça. Sem tirar os olhos dele abriu o cinto. O botão da calça e depois o zíper. Ele vestia uma linda cueca box preta que era impossível resistir. Mordendo o lábio tornou a beija-lo e aproveitou para toca-lo carinhosamente em seu sexo.
Sem mais conseguir aguentar, Christian tirou a mão dela de seu membro e a beijou carinhosamente, começando a penetrá-la devagar. Gemeram juntos, o tesão do momento atingindo a níveis altos, enquanto matavam a saudade que estava sentindo. Christian começou a se mover lentamente, aproveitando cada segundo e gravando cada parte da mulher amada, mas depois de ouvir o apelo de Amanda para que fosse mais rápido, ele começou a acelerar os movimentos, sentindo a namorada o prender por dentro.
- Baby, que saudade eu estava sentindo de você... - ele gemeu alto. - Tão apertada, tão gostosa, tão minha... - murmurou, levando a mão até o meio das pernas dela, começando a acariciar seu clitóris.
Amanda gemeu o nome dele, arranhando suas costas. Sentia cada célula do seu corpo se acomodar na parte de baixo da sua cintura, enquanto apertava ainda mais Christian dentro de si.
- Isso, Amanda... Goza pra mim, amor, goza comigo. - ele rugiu, tomando os lábios dela.
Como se ele tivesse controle sobre seu corpo, Amanda explodiu, enlaçando suas pernas ao redor do quadril dele para mantê-lo ainda mais lá dentro, no fundo. Christian também gemeu alto, movendo-se mais algumas vezes antes de também encontrar sua libertação.
Ofegante, Christian sorriu, pegando o rosto de Amanda em suas mãos.
- Eu amo você, Sra. Lewis.
- Também te amo, Sr. Grey. - Ela sorriu, cansada e satisfeita.
- Hm... Acho que tem alguém com sono aqui. - Christian riu e saiu de dentro dela, lentamente. - Vou vestir você e te colocar na cama, tudo bem?
- Tudo bem... Vai cuidar de mim agora? - ela sorriu.
- Com certeza, amor... - ele disse, passando o vestido pela cabeça dela.
Os dois se vestiram em meio a risos e beijos e desceram discretamente do terraço. Passaram pelo hall e depois de a babá dizer que Conrad já estava dormindo no berço, Amanda a mandou se recolher. Foram direto para o quarto de Amanda, que se deitou na cama, chamando Christian para se deitar ao seu lado.
- Quer que eu fique aqui até você dormir? - ele perguntou carinhoso, dando um beijo nos lábios dela.
- Hum, quero sim... Deita comigo? - disse manhosa.
- Claro... - ele se deitou ao lado dela e a colocou deitada em seu peito. Está bom assim?
- Hurum. - Ela se aninha e suspira - Sabe... Estes dias pensei bastante sobre você, nosso filho e... Acho que vocês deveriam passar mais tempo juntos. Conrad precisa de referência paterna.
- Eu também acho, amor.... - ele concordou, mexendo de leve no cabelo dela. - Tenho certeza que ele vai se acostumar ainda mais comigo se ficarmos mais tempo juntos. E eu também morro de saudades dele quando estou longe.
- Vai se acostumar sim. Ele precisa muito de você, principalmente nessa idade. É por isso que pensei bastante durante a semana e eu quero fazer um convite. - Ela ergue a cabeça para olha-lo nos olhos – Você... aceita vir morar conosco?
Christian ficou em silêncio por uns segundos, pensando ter escutado errado.
- Você... Está falando sério?
- Muito sério. - Amanda confirma. Ela passa a mão na lateral do rosto dele descendo pela barba. - Conrad e eu precisamos de você, Christian Grey...
- Amanda... - ele sorriu, sentindo um nó se formar em sua garganta. Pigarreou e olhou pra ela com atenção. - Deus, é claro que eu aceito, amor... Eu prometo, do fundo do meu coração, que vou fazer de você e do nosso filho, as pessoas mais felizes do mundo!
- Eu sei meu amor... Eu também vou fazê-lo feliz e Conrad também. Seremos uma família completa. E daqui a algum tempo quem sabe... Eu mude minha assinatura para Sra. Grey Lewis, hum? - Ela sorriu.
Ele sorriu e se virou, ficando por cima dela.
- Ah, mas pode ter certeza que você vai mudar... Vai ser a futura Sra. Grey. - ele sorriu. - Obrigado por tudo, Amanda. Pelo nosso filho, por está me dando outra chance... Eu nunca vou agradecer o suficiente.
- Oh meu amor, não precisa agradecer, apenas continue lutando por sua nova vida e fique por perto. Christian... Quero ver você feliz e completo. O destino nos apresentou de um jeito estranho, mas acho que era pra ser assim. Ele queria que você fosse do jeito que está agora e só tinha uma maneira de fazê-lo mudar. De certa maneira, minha irmã e eu fomos convidadas a salvar você e o Michael. Acho que cumpri bem a missão, não é? - Sorriu carinhosa. - Eu te amo muito, meu bem e apartir de hoje não quero que fique mais longe de mim, está bem?
Christian sorriu, emocionado pelas palavras de Amanda.
- Eu nunca mais vou ficar longe de você, meu amor... Nunca mais.
Ele a beijou com carinho e logo o fogo se reacendeu, fazendo com que repetissem tudo de novo, dessa vez com mais calma e muito mais amor.
Amanda e Christian curtiram com muito o resto da noite. No sábado deram um passeio no parque com o pequeno Conrad e se divertiram a beça tentando fazer o bebê sujar até os cabelos de sorvete.
Capítulo 39
Algumas semanas passam. Michael e Mandy estão mais que apaixonados. O contrato da academia estava nas mãos dela e só faltava assinar para poder ter a propriedade em seu nome. Michael a incentivava para assinar logo, mas ele sempre dava um jeito de deixar pra depois e ele não sabia porque. Todos estavam felizes e tranquilos. Nem parecia os mesmo casais que a um ano atrás choraram uma dolorosa separação. Com a ajuda de Christian, Amanda se inscreveu num curso culinário e se deu muito bem. Depois que o mundo ia além de congelados e comida rápida. Quando se sentiu pronta, marcou um jantar em sua casa para sua família, Mandy e Michael. A caçula estava ansiosa para ver como sua irmã se saiu sozinha no fogão.
No sábado em que todos estavam livres, todos de reuniram na casa de Amanda, que agora também era de Christian. Mandy chega com Michael. Ela toda alvoroçada e ele super tímido.
- Oi maninha, que bom que vocês vieram! Estão animados para serem minha cobaias? - Amanda disse com um sorriso largo, enquanto a abraçava.
- Eu estou super ansiosa! Confesso que nunca esperei tanto para comer algo... - ela riu, abraçando a irmã. - Onde está Conrad e o Grey?
- Ai que bom, irmã. Assim vocês podem me avaliar como mestre cuca. - Ela sorri - Chris está trocando ele e desce já.
Ela e Michael se entreolham por alguns segundos.
- Michael.... - ela diz.
- Amanda... - Ele responde, olhando pra ela.
Os dois permanecem assim três segundos, mas logo Amanda o abraçou e abriu um sorriso.
- Seja bem vindo! - ela disse recebendo o abraço dele.
- Obrigado. - Respondeu.
- Vamos pra sala gente! Vocês querem beber alguma coisa antes? - Amanda disse.
- Eu adoraria um suco.. Você me acompanha, Mike? - Mandy perguntou, pegando na mão dele
- Claro amor. - ele responde.
- Certo, vou pedir pra Doroty trazer o suco. Volto já.
Ela sorri saindo da sala. No caminho encontrou Christian descendo as escadas com o filho nos braços. Ela para perto dele dizendo:
- Conseguiu trocar o nosso fujão, amor?
- Eu sou um pai quase experiente, baby... Trocamos uma ideia enquanto o troco, não é garotão? - Conrad riu, como se concordasse. - Viu? - Christian riu. - Michael e Mandy já chegaram?
- Vocês dois juntos.. - ela sorriu - Chegaram sim e Michael está todo tímido. Vai lá na sala enquanto pego suco pra eles, por favor?
- Claro... Ele vai perder essa timidez rapidinho, você vai vê, é só conhecer Conrad. - ele sorriu e deu um beijo leve nos lábios da namorada. - Volta logo, Sra. Grey.
- Está bem. - ela sorriu indo pra cozinha.
Na sala o casal conversava....
- Ainda bem que sua irmã não está mais irritada comigo. - Michael disse a namorada - O que você fez pra ela ficar assim?
- Eu? Por que acha que eu fiz algo? - Mandy perguntou, sorrindo de lado.
- Não sei amor, você é boa em convencer. - Ele disse sorrindo.
- Mas dessa vez eu não fiz nada, seu bobo, eu juro... Minha irmã percebeu que não foi só p Grey quem mudou, ela sabe que você também mudou e assim como eu, esta te dando uma chance. - ela sorriu pro namorado - Você pode se soltar mais, sabe... Amanda não morde, amor.
- Ah... Entendi. - ele sorriu de leve - Okay, vou me soltar mais. Pode deixar.
- Obrigada.. - ela o beijou de leve, vendo Christian entrar na sala com Conrad no colo. - Oh meu Deus, Conrad, como você cresceu, meu amor! - ela disse, saltando do sofá e indo até o sobrinho, que abria os bracinhos para que ela o pegasse o no colo. - Ah, vem cá... Esta com saudades da tia, nao é? Eu também estava morrendo de saudades... - ela o pegou colo e o beijou várias vezes. - Olá grande Grey, como você está?
- Estou muito bem, Mandy... E você? - ele murmurou um pouco contido
- Estaria muito melhor se você não estivesse me tratando como uma estranha. - ela sorriu pra ele. - Fala sério, Christian... Você me conhece, não precisa ser tímido. Sou sua cunhada, garoto.
- É que eu pensei que... Depois de tudo o que aconteceu, que você não ia gostar de me ver.
Mandy revirou os olhos e se virou pra Michael.
- Acho que podemos relaxar, cara... - Michael disse com um sorriso tranquilo - Estamos bem agora.
- Amor, você pode segurar Conrad por um segundo? - ela perguntou, vendo Michael assentir com um sorriso no canto dos lábios. Dando o sobrinho para Michael, ela se virou para Christian. - De certo, Grey, eu te odiei em alguns momentos, principalmente depois de tudo, mas você mudou e eu não sou o tipo de pessoa que guarda ressentimentos, então... Ta na hora de você deixar essa cara de menino certinho e vir aqui me da um abraço, porque, pelo o que eu me lembre fui eu que coloquei a minha irmã na sua fita e ainda não recebi meus agradecimentos por isso. - ela disse, sorrindo de lado.
Christian olhou pra ela com os olhos arregalados mas logo depois sorriu, indo abraça-la.
- Esta certo, Mandy... Muito obrigado e me desculpe por tudo que aconteceu.
- Não tem de que, querido. Somos uma família agora. - ela riu e se afastou. - Tudo certo?
- Totalmente. - rindo ele olhou para Michael. - Cara.. Sua mulher é uma figura.
- Ela é demais, cara. Por isso me apaixonei. - Michael respondeu sorrindo - E o seu garotão está enorme, nossa. Parece que cresce mais do que você tinha dito.
- Está mesmo! E está na hora de fazer o seu, Mike!
- Filhos? - Ele riu sem graça - Sim, vamos ter filhos, mas na hora certa, né amor?
- Isso! - Mandy assentiu,um pouco sem graça também. - Você e Amanda que foram apressados!
- Rum... O que tem meu nome, maninha? - Amanda disse entrando na sala com o suco deles nas mãos. Entregou o de Michael em seguida o da Mandy.
- Mandy disse que fomos apressados ao fazer Conrad... Não mesmo, nós fizemos Conrad de um jeito bem gostoso e prazeroso, várias vezes, aliás... Ai nasceu esse menino lindo... Não é, amor? - ele perguntou, enlaçando a cintura da namorada
- Sim amor, foi desse jeito mas as visitas não precisam saber né? - Amanda riu corada.
- Estão vendo esse rosto vermelhinho? Ah.. Eu amo essa mulher! - Christian disse, beijando a boca de Amanda em seguida. - A comida já está pronta, amor?
- Está pronta sim, baby. Doroty terminando de por a mesa. - ela sorri responde ao namorado. - Como está a academia, May?
- Muito bem, só falta assinar o contrato. Pedi pra que meu advogado desse mais uma revisada, para ajustar alguns pontos.
- Ah sim, que ótimo, irmã! Luxor também está indo muito bem, mas acho que vamos precisar contratar mais funcionários, a exigência aumentou sabe. - Amanda comenta.
- Entendo, mas gente competente é o que não falta. - ela disse, piscando para que a irmã entendesse do que ela estava falando. Doroty pediu licença e disse que a mesa esta pronta, Mandy bateu palmas. - Ótimo! Vamos comer, gente!
- Vamos sim queridos e espero que gostem. - Amanda disse indo na frente com Christian e Conrad. Michael e Mandy os seguiram.
Sentaram-se à mesa e a comida foi servida. Amanda havia preparado um risoto de frango com molho brando e legumes no vapor. Preparou também uma salada mista de folhas variadas regadas com azeite e ervas finas.
- O cheiro está delicioso Amanda! - Michael comentou.
- Está mesmo amor. - Christian disse, sorrindo pra ela.
- Que orgulho, minha irmã não esta mais sobrevivendo de comida congelada. - Mandy murmurou, rindo pra irmã.
Amanda riu.
- É verdade mana, agora tenho uma família pra cuidar. Não posso alimenta-los de congelados e macarrão instantâneo.
- Glória a Deus que você percebeu isso... - Mandy disse, terminando de se servir. - Vamos provar os quitutes?
Amanda apenas sorriu começando a se servir também. Christian e Michael se serviram em seguida.
Christian fez as honras, sendo o primeiro a experimentar. Amanda olhava pra ele com grande expectativa.
- Hm... Baby, isso está fantástico! - ele disse, sendo sincero. - Realmente, esta muito bom.
- Jura? - Amanda responde feliz.
- Está muito bom mesmo, Amanda. - Michael disse sorrindo - Vou até repetir depois.
Amanda olhou para Mandy com a mesma expectativa. Ela mastigava, sentindo seu estômago se revirar violentamente. Engoliu e forçou um sorriso.
- Esta... Maravilhoso, mana! - ela disse, ficando pálida
- Mandy... Você está... bem? - Amanda falou olhando bem pra ela. - Parece meio pálida...
- Eu... - ela foi impedida pela ânsia de vômito. Jogando o guardanapo em cima da mesa, Mandy saiu correndo em direção ao banheiro.
- Oh meu Deus.... Dá licença, gente...- Amanda se assusta e sai atrás da irmã.
- Minha nossa, será que a Mandy vai ficar bem? - Michael disse preocupado a Christian - Ela estava normal quando fui busca-la no apartamento.
- Eu não sei, Mike.. Parece que ela ficou mal de repente... Acho que não foi a comida, quer dizer, nem deu tempo dela comer. - ele murmurou, ficando preocupado também
- Oh Deus, será que está doente? - disse mais preocupado - Amanhã vou leva-la ao médico. Minha garota não pode ficar assim...
- É melhor leva-la mesmo Mike. Vamos torcer pra que não seja nada demais!
- Sim, tomara que não seja mesmo... - Michael suspirou.
Enquanto isso no banheiro Mandy tira revirado o estômago do avesso. Amanda lhe arrumou uma escova de dentes e após fazer a higiene bucal Mandy se sentou na tampa no vaso sanitário.
- Você está melhor, minha irmã? - Amanda perguntou preocupada.
- Eu não sei... - ela jogou a cabeça pra trás, respirando fundo. - Parece que meu estômago vai criar vida própria e sair do meu corpo a qualquer momento.
- Você está se alimentando bem ultimamente?
- Sim, quer dizer... Nas duas últimas semanas eu tenho ficado enjoada de algumas coisas.. Eu não suporto sentir nem o cheiro de chocolate! - ela faz uma careta - Mas não foi nada tão forte como hoje.
- Hum, entendi... - Amanda murmura suspeitando o que aquele mal estar repentino significava. Ela passou pela mesma coisa há um pouco mais de uma nos atrás. - E só pra saber, como está sua menstruação esse mês?
Mandy voltou a ficar ereta, estranhando a pergunta da irmã. Alguns segundos depois, tudo começou a fazer sentido.
- Está... Atrasada. - ela respondeu em um sussurro
- Quanto tempo de atraso? - Amanda ergue a sobrancelha com um sorriso contido.
- Três semanas. - ela respondeu com receio
- Olha Mandy... Eu não quero te assustar e nem adiantar nada, mas... Acho que você está grávida, irmã. - Amanda disse sorrindo levemente.
- Oh meu Deus... - ela murmurou, assustada. - Amanda... Será?
- É provável, mas faça um exame detalhado. - Amanda começa a olha nas gavetas e portas no armário do banheiro - Poxa, eu não tenho mais teste de gravidez aqui porque voltei a tomar remédio, mas você pode comprar um na farmácia, é só pedir...
- O que? Agora? Não, Amanda, caramba... Eu estou com medo, e se eu estiver grávida? Michael deixou bem claro que não quer um filho agora e... Meu Deus, eu não tenho nada planejado pra ter um bebe agora... Droga, eu vou ser uma péssima mãe ! - ela disse tudo ao mesmo tempo, ficando chorosa no final.
Amanda vai perto dela e a abraça forte.
- Ei ,ei... Fica calma Mandy, eu estou aqui minha irmã... Calma. - Ela passa a mão nas costas dela - Você não está sozinha e não se preocupe com Michael, ele vai entender. Não sabemos se é gravidez realmente... - ela voltou a olha-la - Mas se for, vai ser uma criança linda e você vai ser uma mãe maravilhosa, May. Vejo como se comporta quando está com Conrad... - el sorriu de leve - Não se preocupa, o que precisar eu estarei aqui pronta pra ajudar, em qualquer coisa, certo?
- Ta bom... - ela sussurrou - Ah meu Deus... Acho que vou ser mãe... Que loucura! - ela riu, apesar do medo
- Sim, é loucura, mas é a melhor loucura do mundo. Você vai ver! Agora vamos voltar? Pedirei que Doroty faça um caldo bem leve pra você não ficar sem jantar.
Mandy assentiu, sabendo que seria inútil contestar com a irmã.
Capítulo 40
Saíram juntas do banheiro e encontraram Christian e Michael no corredor, indo em direção à elas.
- Até que enfim... - Christian murmurou. - Como você está, Mandy?
Mandy olhou pra irmã, sem saber o que dizer. Com o olhar, ela pediu para que Amanda respondesse.
- Ela está bem amor, só foi um mal estar. - Amanda responde e olha para a Mandy.
Michael se aproxima delas. Pega as mãos da namorada com carinho.
- O que aconteceu, meu anjo? Estou preocupado... Quer ir no médico, hum? - ele disse.
- Não é preciso, Mike... Foi só um mal estar, acho que alguma coisa atacou meu estômago. - ela murmurou, olhando pra sua mão entrelaçada a de Michael.
Ele não fica muito convencido, mas prefere concordar no momento.
- Tudo bem amor, mas se sentir aquilo de novo me avisa. Não quero ver você doente. - Disse carinhoso.
- Está bem, senhor preocupação... Eu aviso. - ela sorri, dando um beijo de leve nos lábios dele.
- Hum... Acho que podemos terminar o jantar, não é Mandy? Você não comeu nada. - Amanda sorriu pegando a mão de Christian.
- Por mim tudo bem. - ela assentiu.
O quarteto voltou para a sala de jantar e depois de pedir para que Doroty preparasse uma sopa para Mandy, voltaram a comer. O clima ficou melhor e todos conversavam animadamente, como se tudo o que tinham passado não tivesse acontecido. As irmãs realmente não guardavam ressentimento, o que animou muito os homens. Tudo estava voltando a seu devido lugar.
Dias depois do jantar, Mandy decide ir ao médico e terminar de uma vez por todas com aquele suspense. Passava mal quase todos os dias, sem contar as tonteiras constantes e alguns desejos que estava começando a sentir. Assim que acordou ela se arrumou e foi até a uma clínica. Fez o exame de sangue e duas horas depois pegou o resultado.
Entrou no carro e ficou olhando para o envelope branco em seu colo. Seu coração batia rápido tanto pelo medo, quanto pela ansiedade. Depois de alguns segundos, tomou coragem e abriu o envelope, e perto do final da folha estava escrito "Positivo", para gravidez. Primeiramente ela sorriu, uma emoção diferente tomou o seu coração, um amor enorme e suas mãos foram em direção a sua barriga. Um filho seu e de Michael em tão pouco tempo de namoro... Aquilo era incrível. Logo depois sentiu o medo tomá-la outra vez. E se Michael não gostasse da notícia? De certo ele ficaria assustado, como ela também estava, mas... E se ele realmente não quisesse o bebê?
Balançando a cabeça e respirando fundo, ela ligou o carro e começou a dirigir pelas ruas movimentadas de Nova York. Quanto antes contasse a notícia a Michael, mais rápido ela saberia sobre a reação dele. Estacionou no prédio onde Michael morava e deu bom dia ao porteiro, subindo direto. Respirou fundo e tocou a campainha, logo ouvindo os passos de Michael pelo apartamento.
Alguns segundos depois, a porta se abriu e Michael apareceu, usando somente uma calça de moletom.
- Oi... Te acordei?
- Não amor, eu estava lendo... - ele a abraçou pela cintura e beijou suavemente nos lábios. - Que surpresa boa, entra... - ele disse ficando de lado dando passagem.
Mandy entrou e se sentou no sofá, esperando que ele se sentasse ao seu lado. Ela estava tensa e Michael percebeu.
- Aconteceu alguma coisa, Mandy? - ele disse sentando ao lado dela. - Foi algo na academia?
- Não, está tudo bem na academia... - ela murmurou. - É que, eu fui a uma clínica hoje, por causa dos enjoos que estava sentindo. Fiz um exame de sangue.
- E...? - ele murmuroum, apreensivo
- E... Eu estou grávida. - ela disse em sussurro, olhando para as próprias mãos.
Michael ficou parado olhando pra ela alguns segundos. Quando voltou a respirar direito disse:
- Está falando sério? - murmurou.
Mandy assentiu e abriu a bolsa, tirando o exame de dentro dela.
- Aqui. - ela deu pra ele. - Tá escrito positivo lá embaixo.
Pegando o papel nas mãos, o leu atentamente até o final constando que a gravidez era verdadeira. Ele não sabia como reagir ou o que dizer. Ser pai era uma novidade que não esperava tão de repente. Mandy o olhava com expectativa e medo. Certamente, estava recordando tudo o que ele disse até ali sobre filhos. Então ele põe o papel sobre a mesinha de centro e senta mais perto, ficando com os rostos muito próximos.
- Vamos ter um bebê... - ele repete começando a acariciar o rosto dela. Lentamente sua mão desceu até a barriga da namorada. - Ele está aqui... Meu filho.... - sorriu abobalhado.
- Você... Você gostou? - Mandy perguntou, surpresa, soltando o ar que nem sabia que estava prendendo.
- Bom, foi uma surpresa mas eu adorei, meu amor... Adorei mesmo! - ele pega as mãos dela carinhosamente. - Faz tempo que você desconfiava?
- Não. Amanda que abriu meus olhos na noite do jantar. - ela disse. - Eu também estou surpresa, Michael, mas estou muito feliz. É um bebê... Nosso bebê. - ela sorriu
- Sim amor... Nosso bebê... - Michael sorriu mordendo os lábios.
Pegou o rosto dela com as duas mãos e para beija-la. Ele expressa toda a sua emoção num beijo amoroso e profundo. Mandy se entrega aliviada ao carinho do namorado. Quando se afastam um pouco, sorriem por estar sem fôlego. - Obrigado pelo presente meu amor. Você me fez o homem mais feliz do mundo, viu? - Disse carinhoso.
- Você também me faz a mulher mais feliz do mundo, Mike e vai me fazer muito mais feliz se aceitar uma proposta que quero fazer a você... - ela disse misteriosa, com um sorriso enorme no rosto.
- Proposta? - ele sorriu desconfiado - Mandy, Mandy... O que está aprontando?
- Bem... Você sabe que eu estou prestes a assinar os papéis para possuir a academia, certo? - ela o viu assentir. - Então... Eu quero saber se você aceita ser... Dono, comigo.
- Hã? Como assim dono, amor? - repetiu surpreso.
- É amor, dono... Cinquenta por cento meu.. Cinquenta por cento seu. Comandar o negócio comigo. Você aceita?
- Fiquei sem graça agora.... - Ele ri passando a mão na nuca.
- Mas... Por que?
- Eu nunca fui dono de alguma coisa, Mandy. Não quero que se decepcione. - Falou tímido. - Se você prometer me ajudar...
- Então nós somos dois.. - ela riu, pegando na mão dele. - Eu ajudo você e você me ajuda, que tal? Tenho certeza que vamos nos sair muito bem.
- Então tudo bem. - ele sorriu. - Não entendo muito de negócios, acho que vamos ter que pedir uma luz da sua irmã.
- E pro Grey também... - ela sorriu e o abraçou. - Mas o que não falta são pessoas boas para nos ajudar. Obrigada por aceitar, Mike. Eu amo você.
- Ah meu amor, eu que amo você demais... - ele disse tomando ela nos braços - O que você acha da comemorarmos as nossas conquistas, hum? - Falou sorrindo lascivo.
- Hm... Eu acho ótimo. - ela sorriu pra ele do mesmo jeito. - O que você tem em mente, professor?
- Fazer amor com você até ficar exausto.. - disse sem rodeios, com um sorriso safado nos lábios.
- Eu aprovo os seus planos. - ela riu. - O que estamos esperando?
--- Quatro anos depois ---
Christian amostrava orgulhoso para Mandy, Michael e a pequena Lizzie de três anos, sua mais nova princesa, Angeline Grey Lewis, que havia acabado de nascer. Uma menina linda, tinhas os cabelos ralinhos e olhos azuis do pai. Lizzie, que estava no colo do pai, sorria encantada ao vê a prima e espera como era, dizia que não via a hora de vê seu irmãozinho nascer também. Mandy estava grávida de cinco meses, e Lizzie esperava ansiosa pela vinda seu irmão, Brian Jackson Lewis.
A família estava em festa e a mídia em polvorosa para ter ao menos uma foto do mais novo herdeiro. Depois de dois dias de espera, a assessoria de imprensa da Luxor & Lewis enviou uma foto da família. Amanda segurava a pequena Angelina, sentada a uma cadeira de maternidade e Christian segurava Conrad - de cinco anos de idade - em seu colo. A família era o retrato da felicidade, e não poderia ser diferente, depois do casamento íntimo que fizeram apenas para familiares e conhecidos.
O casamento de Michael e Mandy ocorreu logo depois. Lizzie tinha um ano e meio quando enfim o casal teve a benção de Deus. A Academia Jackson & Lewis era um sucesso, tinha filais na Europa, onde Mandy e Michael deixaram um amigo de confiança tomar conta do negócio. Agora com mais um herdeiro para nascer, o casal era só felicidade junto com a pequena e espera Elizabeth, que todos chamavam carinhosamente de Lizzie. Uma menina espera com grandes olhos castanhos e cabelos negros, lisos e cacheados na ponta. Tinha personalidade mista, um pouco da mãe e um pouco do pai, e também era apaixonada por dança.
Quanto a Jack, Mandy e ele se afastaram um pouco, mas mantinham contato. Ele se casou Heloísa, uma jornalista conceituada que trabalhava para o The New York Times. Tinham uma linda menina e estavam extremamente felizes. Enfim ele tinha descoberto que amor de verdade era o que sentia por Heloísa; Mandy sempre estaria em seu coração, mas como uma eterna amiga e uma parte feliz do seu passado.
Tinham filhos maravilhosos e alguns ainda estariam por vir. Tinham paz, respeito e o essencial: Amor. Nada poderia está melhor, na verdade, só tinha o que melhorar. Finalmente Amanda e Christian, Michael e Mandy, encontraram o caminho da tão sonhada felicidade.
***Fim***
Esperandoo :)
ResponderExcluircapítulos novos :) Boa Leitura ;)
ResponderExcluircontinuuuuaaa
ResponderExcluircapítulos novos :) Boa Leitura ;)
ResponderExcluiraii noussa continuuaa ta mt divo !!
ResponderExcluircapítulos novos :) Boa Leitura ;)
ResponderExcluircontinua por favor :D *o*
ResponderExcluircontinuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaa
ResponderExcluircapítulos novos :) Boa Leitura ;)
ResponderExcluirCap. 26 ao 35
continua \o
ResponderExcluirVamos continuar hoje (25 de Julho de 2014) , assim que voltarmos a entrar mais tarde. já actualizamos 1 fic e Remodelamos o blog, como falei mais tarde mais ainda hoje ai depois de almoço +- actualizamos o resto.
ExcluirMt obg
Capítulos 36,37,38,39 e 40 já postados, Boa Leitura :) Acabou de ser Finalizada :) Gostaram???
ResponderExcluiradorei , caramba perfeito o.o parabens
ResponderExcluirrealmente boa
ResponderExcluirMt obg a todos por acompanharem :D
ResponderExcluirMuito obrigada por acompanharem, meninas!
ResponderExcluirFicamos muito felizes com todos os comentários, viu?
Mil beijos! <3
Gente que lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, desta vez foi a vez de eu ler, parabens Tamires
ResponderExcluirFic maravilhosa! Amei! Parabéns ;)
ResponderExcluirObrigada por ter acompanhado :)
ExcluirOlá crianças... Também quero agradecer a todas por acompanharem nossa estória. Obrigada de coração. Todos os comentários só fazem aumentar nosso amor pela escrita e nos incentiva a criar sempre mais. Beijos enormes a todos <3
ResponderExcluirOi Annie, parabens pela a fic a vc e a tamires, de mais, o que o amor nao faz heehee de mais
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