quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

FanFic: Quench My Desire [+ 18]

Autora: Afrodite

Um homem bem sucedido e orgulhoso... Uma mulher confiante com palavras diretas...
Ambos cheios de desejo e bem dispostos a se aventurar em um relacionamento sem compromisso.



Nota da autora: Nesta proposta Michael não é o famoso cantor e Rei do Pop. Ele é um empresário rico, sedutor e misterioso.

Capítulo 1

Bar à meia luz... Há um homem sentado em uma mesa solitária.

Aquele rosto estava me tirando o sono há dias.
Ele sempre senta no mesmo lugar. Canto direito, na parte mais escura do bar.
Veste terno clássico em tons escuros. De longe eu o observava.
Pele morena... Cabelos cacheados quase a tocar os ombros...
Mãos grandes e dedos longos...
Olhos grandes escuros, grandes e bem marcados...
Delícia de se ver.



Suas bebidas não eram variadas. Sempre pedia Vinho branco ou Dry Martini.
E em dias que presumo ser mais “pesado” ele sorvia muita vodca sem gelo.
Seu semblante era austero e orgulhoso.
Despertara meus desejos mais profanos e aflorava meu instinto mais selvagem.

Será amor? Não! Definitivamente, não sou dessas que sonham acordada.
Também não acredito em príncipes. Eles são chatos demais, aff.

Um pouco de mim: Se sou sagaz? Sim. Perseverante? Sempre.
Obsessiva? Um pouco. Ok, tá legal, eu sou obsessiva.
Gostosa? Isso com certeza.

Só sei que essa noite ele vai ser meu... Ah, se vai!

Peguei um guardanapo e pedi uma caneta emprestada ao barman de gravata borboleta que me atendia.
Escrevi algo que causaria sua curiosidade e propositalmente, o atrairia a mim.

- Hey, rapaz, venha cá... – chamei o garçom de semblante jovem – Entregue isto àquele homem ali de terno azul marinho – apontei com o olhar - e leve também um Dry Martini por minha conta.

Ele assentiu e foi pegar a bebida. Depois, colocou a taça na bandeja junto ao bilhete e levou até o alvo.

[Conteúdo do Bilhete]
“A vida é tão cruel! Como duas pessoas atraentes e lindas,
como você e eu podem estar sozinhas nesse bar?
Espero que não se irrite por lhe enviar mais uma bebida,
é que não pude deixar de observá-lo e descobrir pelo menos um de seus gostos.
Caso queria agradecer a gentileza, estou no bar trajando um belo vestido vermelho.
XX.”


Assim que o rapaz se aproxima e diz alguma coisa “ele” vira o rosto na minha direção.
Pega o papel das mãos do garçom, lê, agradece ao rapaz e acenou fazendo-o sair.
Eu estava louca para ler seus pensamentos.
Queria saber o que tinha causado nele.

Reparo que ele lê o papel mais de uma vez.
Respirou fundo, pega a taça na mão. Levanta e se dirige até o bar.
Seus movimentos ao caminhar diante dos meus olhos estavam em câmera lenta.
“Que homem é esse?” pensava eu, aturdida com seus encantos.
 

Capítulo 2

Ele senta no banco a minha frente e disse.

- Muito inteligente mandar um bilhete. Mas acho que esse gesto deveria ser meu e não da senhorita. Ele diz educado.

Óh Deus as palavras saem dos lábios dele como música.

- Os tempos mudaram! – disse com um sorriso sorrateiro - Como se chama o cavalheiro à moda antiga?

- Me chamo Michael Jackson.

Me veio um estalo de quem ele era.

- O dono da “Jackson Interprices”?

- O próprio!

- Wow... – Eu disse com certo espanto.

- Porque o espanto senhorita? – Falou curioso.

- Desculpe, mas não achei que fosse tão jovem. – Digo com o peculiar “sorri amarelo”.

- Pensou que eu fosse um velho gagá que carrega aparelhos respiratórios e uma babá a tira colo, não é? – ele riu e eu também – Não se preocupe todos dizem a mesma coisa. – ele franze o cenho - Perdão, mas a senhorita ainda não disse seu nome.

Sorri com a curiosidade dele.

- Meu nome hoje é Afrodite Hart!

- Afrodite... - Ele diz com um sorriso safado nos lábios - A deusa do Amor!

- Sim. - sorri – Meu pai era amante da mitologia grega.

- Ele foi muito sábio na escolha. O nome condiz perfeitamente com sua beleza.

Ótimo! Consegui a atenção dele. Agora vamos para a parte dois do plano “O flerte”.

- Condiz? – sorrio displicente - Bem, os deuses não foram generosos somente com meus pais. Você também foi privilegiado com beleza.

- Mas no seu caso, linda senhorita, eles capricharam em demasia. A esta altura, a deusa Afrodite deve estar muito enciumada por haver alguém na terra tão bela como você.

Merda! – digo a mim em pensamento - Meus pés saíram do chão com essa. Não posso perder a cabeça. Não posso!

Tomo um gole da minha bebida favorita e coloco a taça de volta no balcão. Ergo a mão para tirar a mecha de cabelo que cai em meus olhos. Mas antes que eu o faça, Michael me interrompe.

- Com licença... – ele diz se aproximando.

Ele pegou a mecha de cabelo pôs atrás da minha orelha e propositalmente desliza a mão pelo meu pescoço ao retira-la. Lanço nele meu olhar sedutor. Ele retribui.

- Obrigada. – Digo com um sorriso curto.

- Foi um prazer. Ele responde.

O olhar dele em mim está tirando meu fôlego, que droga! Nunca fiquei assim por homem algum. Hoje ele tem que ser meu!

- Posso lhe fazer uma pergunta, senhorita?

- Claro.

- Notei que ao se apresentar, a senhorita disse que seu nome “hoje” é Afrodite. Por quê?

Dou um sorriso e mordo levemente meu lábio inferior.

- Uma mulher pode ter muitos mistérios, meu caro Jackson. Deixemos como está. Tudo bem pra você?

Ele ergue uma das sobrancelhas e me encara.

- Mistérios podem ser desvendados, senhorita Hart. E devo confessar que sou um ótimo caçador.

Quê? Ele está usando o mesmo jogo. Merda! Tenho que virar isto a meu favor... E o farei agora!

Passo a língua em meus lábios para umedecê-los. Ele segue novamente o movimento labial com os olhos. Mordo-me de leve e o vejo respirar tentando disfarçar o que causei.

- Isto é uma proposta senhor Jackson?

- A senhorita gosta de brincar a mente alheia, não é?

Juro agora daria uma gargalhada se ele não fosse tão sedutor.

- Gosto de fazer muitas coisas senhor Jackson. – Digo e tomo mais um gole da minha bebida – Acaso esteja interessado... Posso lhe mostrar como me divirto.

Essa sou eu baby, direta e fatal.

Sorrindo ele abaixa a cabeça. Depois voltou seu olhar no meu com outra expressão. Seus olhos tinham chamas ardentes. Ele se aproxima do meu ouvido e sussurra.

- Estou muito... Muito interessado senhorita Hart. Podemos resolver isso agora mesmo se quiser.

Droga! Mil vezes droga! Como ele consegue ser tão persuasivo? Mas o farei pagar por isso.



Capítulo 3


Levanto do banco e me ponho de pé. Levo minha mão no queixo dele. O toco com o polegar e o indicador. Ele mantém nosso contato visual.

- Venha comigo... – Digo deslizando a mão no rosto dele e saio.

Sigo em frente pelo corredor pouco iluminado. Ele me segue discretamente. Amei isso. O safado é esperto. Caminhamos até o banheiro. Abri a porta e olhei para trás. Sim, ele ainda estava lá. Sorri mordendo os lábios para demonstrar minhas intenções. Entrei deixando a porta aberta. Ele se aproxima, olha em volta e entra. Assim que Michael atravessou a porta passei a chave para não sermos incomodados e o ataquei. O peguei pela lapela de seu terno azul marinho e prensei na parede enquanto o beijava com intensidade. As mãos dele apertam minha cintura contra seu corpo. Sinto sua ereção crescer em minha coxa, gosto disso. Afastei meus lábios dele e comecei a despi-lo com urgência. Seu terno caro e a camisa de linho macio vão ao chão como um pano qualquer sem valor. Nosso desespero sexual era angustiante. Ele tem fome e eu também. Já de peito nu, Michael ergue meu vestido até a cintura e aperta meu bumbum quase como um beliscão. A sensação do aperto foi tão prazerosa que arfei e gemi audível.

Desejoso ele me pega no colo e pôs sentada sobre a fria bancada do lavatório de mármore. O choque de temperaturas arrepia meu corpo incandescente. Diante de mim o vejo terminar de se despir. Oh Deus, ele mais perfeito do que imaginei! Que corpo! Penso e arfo mais.
Michael agora tinha outra expressão. Estava voraz e faminto como um lobo. Atacou meu pescoço beijando, lambendo e mordiscando. Comecei a gemer. Com uma das mãos e o braço, Jackson abraçou minha cintura e ergue-me um pouco para tirar minha calcinha. Sua tentativa não dá certo. Não satisfeito Michael estoura a lateral do tecido e num golpe arranca-a do meu corpo. O olhei surpresa respirando profundamente. Ele finalmente tira sua box preta; pega na carteira um preservativo, o vestiu e voltou pra mim. Abriu minhas pernas e me tocou a intimidade. Eu já estava pronta desde a conversa no bar quando me tocou o pescoço.

- Assim que eu gosto baby, bem molhadinha pra mim. – Ele sussurra.

Seu toque é habilidoso. Ondas extasiantes percorrem meu corpo e fecho os olhos de prazer. De repente ele pára. Abri os olhos e o encarei com reprovação. Ele ri de lado. Maldito! O infeliz me tinha nas mãos. Jackson me puxou para a beirada e afastou minhas coxas para se encaixar em mim. Seu membro rígido penetra minha carne de uma vez. Ele abafa meu grito com seus os lábios. Inicia deliciosos movimentos de vai e vem. Minha mente por hora vagueia até sentir duas mãos fortes apertarem meu bumbum. Inclino-me para frente me afundando nele. A cabeça dele pende para trás. Sentimos o efeito de nossos corpos unidos. Me apoio no pescoço dele segurando firme em seus cabelos. As investidas ficam mais fortes e selvagens. Ele pareceu gostar do que fiz. Eu sorri. Procurei sua boca e deferi beijos alucinantes enquanto era devorada por meu admirado.

Nossos corpos reagem ao clímax que vem. Minhas entranhas o apertam. Essa pressão o faz urrar de excitação... E eu o sigo. Explodimos juntos.

Michael tira os cabelos do meu rosto e murmura ofegante.

- Você é muito gostosa baby.

- Eu sei. – respondo no mesmo estado – Você também é uma delícia, senhor Jackson.

Ele sorri saindo de mim. Buscou a cueca e vestiu suas roupas. Desço da bancada e me viro de frente ao espelho. Ajeito meu vestido no lugar enquanto ele se arruma. Abro minha pequena bolsa tiro um lencinho e seco o rosto. Michael também se põe diante do espelho e refaz o nó da gravata.

- Gostei de você Afrodite. Você transa muito bem. – Ele diz – Precisamos nos ver novamente.

- Isso é um elogio? – pergunto olhando nossos reflexos no vidro.

- Vindo de mim, pode acreditar que sim, baby. - Ele sorri de lado.

- Vamos nos encontrar com certeza, baby, - o imito – você me deve uma lingerie nova.

Michael vira pra mim surpreso. Ele estourou minha lingerie, pow! Cobro na cara dura. Sou assim!

- Está certo. – ele sorri sem mostrar os dentes – Lhe devo uma lingerie nova. Mas a senhorita também tem uma dívida comigo.

- Devo o quê? – Digo franzindo o cenho.

- Seu telefone. – Ele diz com aquele sorriso safado.

Abro um sorriso e pego meu cartão na bolsa e entrego.

- Pronto senhor Jackson, já não lhe devo mais nada... E até nosso próximo encontro. – Falo e saio em direção à porta.

Toco a maçaneta e giro a chave destrancando-a. Michael pega minha lingerie rasgada na mão e vem ao meu encontro.

- Não está esquecendo nada, senhorita Hart?

Viro meu corpo pra ele. Aproximo meu rosto e beijo levemente seus lábios dizendo...

- Pode ficar. Aproveita e começa uma coleção baby, virá muito mais de onde saiu essa.

Pisco pra ele e saio com um sorriso maroto nos lábios.


Capítulo 4

Após a aventura no banheiro do bar, o que eu sentia pelo homem da mesa solitária triplicou. Agora penso nele todo o tempo. Sua imagem não sai da minha mente. Minhas noites são angustiantes, pois quando penso nele ainda sinto seu corpo invadindo o meu com firmeza. Eu tinha de tê-lo novamente. Comecei então uma pesquisa sobre ele. Descobri o suficiente até para chantageá-lo se quisesse. Minha busca agora seria implacável. Michael Jackson seria meu... Custe o que custar!

Esperei... E meu maldito telefone não tocou aquela semana. Ele não ligou. Porque ele não ligou? Será que arrumou uma vagabunda? Não, ele não pode ter feito isso! Argh, que tortura! Mil perguntas rondam minha cabeça. Termino uma garrafa de vinho tinto. Estou alterada e mal vejo um palmo diante do nariz. E a culpa é dele, Michael. Dele e daquele corpo maravilhoso que me possuiu. Eu vou dar um jeito nisso! Prometi a mim mesma.



Naquela semana... Quinta feira. Sentindo-me como uma espiã da CIA sai de casa. No trajeto eu olhava o endereço do prédio onde Michael é o Manda-Chuva. Dirigi até o centro da cidade. Procurei o estacionamento mais próximo do prédio, deixei o carro e segui a pé até lá. Cruzei a porta giratória, pedi informações no balcão sobre o dono da empresa. O homem disse que ele estava na sala da presidência e que era na cobertura. Agradeci e sai em direção aos elevadores. Entrei e apertei o botão do último andar. Ao sair do elevador dou de cara com dois seguranças sem humor algum na face. Havia uma secretária no fundo do corredor. Respirei fundo e segui em frente. Eles encaram-me, mas passo sem problema. Com certeza aqueles seguranças tontos me deixaram passar por causa da minha beleza física e pelas boas roupas que visto. Idiotas!

Parei diante da mesa da secretária. Uma loira com cara enjoada, aff.

- Quero falar com o senhor Jackson. – Digo.

Ela me olha de cima abaixo e fala com uma voz irritante quase estridente.

- A senhora tem hora marcada?

Senhora, é a sua avó! – Pensei mordendo a língua – Respira Afrodite, respira. Não ponha tudo a perder agora. – Me corrigi.

- Senhorita, por favor. – Respondi moderada – Sim, eu tenho um encontro com ele.

Menti claro.

- Como a senhorita se chama? – Disse a secretária.

- Afrodite Hart. – respondi.

- Um momento, por favor... – ela diz e começa a digitar no computador.

Eu a interrompo.

- Não precisa conferir, pois você não vai encontrar meu nome aí. O seu patrão me ligou pessoalmente marcando este encontro.

- Mas ele está em reunião desde cedo! – ela diz olhando torto e desconfiando de mim.

Merda de reunião! Pensa rápido, Afrodite, pensa!

- Sim, ele disse que estaria em reunião, mas mesmo assim pediu que eu viesse. Conhecendo Michael como eu conheço, não seria inteligente incomoda-lo na reunião apenas para perguntar sobre uma pessoa, no qual ele já espera. – disse firme e sem gaguejar – Não concorda, Louise? Disse ao ler o crachá na lapela do seu terninho creme.

A mulher paralisa alguns segundos e pensa. Michael detestava ser incomodado quando estava em reunião. A secretária analisa primeiro os pós e contra da minha presença e então autoriza minha entrada, mas pede que eu espere ali seu chefe voltar. Assenti e sentei no sofá preto daquela sala. Peguei uma revista comecei a folhear. Meia hora depois ouço vozes masculinas. O som fica cada vez mais próximo até que o vejo entre alguns homens de meia idade e outros aparentemente com mais de 50 anos. Ele é o mais jovem do grupo.

Michael era o mais imponente deles. Já senti meu corpo reagir só em vê-lo tão poderoso daquela maneira. Hoje vestia terno em tom de cinza. Respirei fundo. Ele entra à passos largos em sua sala e a secretária entra em seguida. Segundos depois ela sai e pede que eu entre. Levanto-me e agradeço. Sigo em linha reta e atravesso a porta. O fecho atrás de mim e o avisto em sua cadeira de patrão revestida de couro negro.

- Que ótima surpresa! – ele disse com seu sorriso sedutor - Sente-se, por favor. - Sorri de volta e sentei na cadeira de frente pra ele – Como está, senhorita...?

- Hart. – completei amarga.

Não é possível que já tenha esquecido-se de mim. Pensativa indaguei.

- Sim, senhorita Hart. Me desculpe a memória. Acabei de sair de uma reunião e minha cabeça ainda processa documentos e ações. No que posso ajudar?

No que posso ajudar? Que porra é essa? Ele só pode estar de brincadeira.

- Nossa, já vi que não se lembra mais de mim. – disse olhando nos olhos dele – Ou está apenas tentando fugir da dívida.

Ele franze o cenho sem entender. Mas rapidamente sua memória o acusa.

- Droga, é verdade. Que memória! Tenho uma dívida com você e sei bem do que se trata. Te devo uma lingerie, senhorita deusa do amor. Ele diz com um sorriso familiar.

- Aleluia! – Disse e sorri.

- Por acaso veio me cobrar? – ele diz arqueando a sobrancelha.

- Não. Vim apenas saber como está e perguntar se tem a noite livre. - Falei com naturalidade.

- Novamente passando a minha frente, senhorita Hart. - Sorriu de lado - Não, desta vez a pergunta é minha. – Sorrio. Ele apoia os braços sobre a mesa e me encara – A senhorita aceita jantar comigo?

- Aceito com prazer senhor Jackson. Que horas?

- Às oito está bom? – ele diz.

Levanto da cadeira e debruço sobre a mesa de vidro temperado .

- Perfeito. – respondo com o rosto quase colado ao dele – Senhor Jackson, estou louca de vontade de beija-lo. – Digo sem rodeios.

- E porque não o fez? – Christian disse aproximando-se mais.



Aquelas palavras estalam em minha mente um fogo. Completei os milímetros de distancia que nos separavam. Nossos lábios se tocam. Com a língua ele pede mais passagem em minha boca. Não me faço de rogada e me entrego. Ele começa a me puxar pra si. Entendi seu recado. Paramos de beijar, dei a volta na mesa e ele me pôs sentada em seu colo. Voltou a me beijar, só que mais intensamente.

- Eu te quero agora, Afrodite. – Murmurou em meus lábios.

Mal acabou de dizer e sua mão procurava passagem por baixo da minha blusa.

- Só se for agora Jackson. Murmurei de volta.

Ele sorri e me pede um segundo. Sem me tirar do seu colo ele aperta a tecla do aparelho telefônico em cima da mesa. A secretária responde instantaneamente. Ele pede que ela não permita a entrada de ninguém pela próxima uma hora e meia. “Ninguém mesmo, entendeu Louise?” disse categórico. Eu amei. A secretária confirma a ordem e ele desliga.

Michael fechou a persiana e voltou à atenção em minha blusa. Tirou-a e jogou no chão. Pediu que eu sentasse-se à mesa e de frente pra ele. Obedeci. Será um fetiche dele transar assim? Pensei. Ele fica de pé, beija minha boca e toca meus seios. Seus lábios mudam o trajeto para o pescoço e descem ao colo. Eu já coloco as mãos para trás e abro o zíper da saia lápis que visto deixando escorregar e cair aos nossos pés. Ele tira o paletó, o colete. Eu folgo o nó da gravata e tiro-a. Sua camisa é aberta por nós dois. Sem demora ele abre o fecho do sutiã de cetim branco e põe sobre a mesa. Com beijos ávidos Jackson invade meus seios novamente. Eu gemo baixo. Ele pende meu corpo deitando-o na mesa. Terminou de se despir totalmente. Arfei com sua pressa. Ele lê meus pensamentos. Suas mãos tiram minha calcinha e tocam-me sem pedir permissão. Adoro essa ousadia. Fiquei anestesiada com suas carícias. Logo o senti colocar seu comprimento dentro de mim. Michael se move firmemente. Gemi um pouco mais alto agora. Ele põe o dedo indicador sobre meus lábios e levemente franziu a testa estreitando os olhos. Balançou a cabeça e pediu silêncio. Porra, como vou fazer silêncio quando um homem tão gostoso me toma? Suas investidas aumentam e tenho mais vontade de gritar. Aqueles olhos atentos não permitam nem um deslize de minha parte. Fico mais excitada. Se ele for tão controlador nos negócios, como é no sexo, tá explicado o porquê sua empresa ser o império que é.

- Jackson... Eu vou... – Eu gemi.

- Não, baby! Ainda não. – Ele disse com o rosto sério.

- Mas estou quase... – Eu disse e ele interrompe.

- Eu disse não! – Christian fala apertando meu bumbum.

Este gesto causa-me um prazer enlouquecedor. Mordo os lábios e gemo entregando-me ao êxtase que invade minha alma. Jackson estreita mais os olhos quando sente meu corpo apertar o dele. Penetrou-me mais rápido como punição; seguiu até suas forças o deixarem. Tínhamos a mesma respiração escassa.

- Você não me obedeceu, não é? – Ele diz olhando em meus olhos.

- Como obedecer? Seja menos gostoso então, Jackson? – Retruco e retribuo o mesmo olhar.

Eu jurava que sorriria por tê-lo chamado de “gostoso”. Mas se controlou. Ele sai de mim, ergue meu corpo sentando-me à mesa.

- O quem tem de errado em obedecer, senhorita Hart? Seria mais vantajoso, garanto. - Michael fala.

- Não costumo receber ordens, senhor Jackson.

- Não é? Vamos ver. – Ele diz com um sorriso de lado.

Não gostei daquela expressão, mas era linda e excitante; como tudo nele. Vestimos nossas roupas e arrumei meus cabelos no lugar.

- Por acaso você conhece o restaurante , Le France? - Michael pergunta.

- Sim, conheço. – Respondo.

- Ótimo, pois nosso jantar será neste lugar. – Ele disse.

Uau, este restaurante é caríssimo! O conheço por causa de um ex-namorado.

- Você tem bom gosto, hein? - Falei sorrindo.

Ele sorriu junto.

- Gosto de cultivar o lado bom da vida, senhorita Hart. – Ele se aproxima mais e fala a milímetros do meu rosto – E gosto mais ainda quando estou no controle delas.

Oh Meu Deus, vou ficar excitada de novo! Este homem transpira perigo, eu amo isso!

- Eu também gosto, senhor Jackson. – Eu disse e o beijei com fervor – Até a noite, baby.

Michael sorriu.

- Até a noite... Deusa do amor.



Dou um último sorriso e me dirijo à porta. Sinto o olhar dele tirar minhas medidas. Christian abre a porta dando passagem. Saio dali com descrição e elegância. Tá pensando o quê? Tenho classe, não sou uma qualquer.
Capítulo 5

Cheguei em casa e fui direto pro chuveiro. Ao me despir senti o perfume dele em minha pele e roupa. Nem após o banho aquele perfume delicioso não saiu de mim. Não que eu quisesse tira-lo, mas o aroma cítrico, forte e amadeirado me excita mesmo sem a presença de seu dono. Depois do banho e ainda enrolada na toalha felpuda, abri o closet. Passei a vista em geral.

- Onde está você meu bem... – Disse procurando meu vestido favorito.

Era novo. Só usei uma vez, quando o comprei. Tecido acetinado, macio ao toque e de um vermelho radiante. Tinha dois cordões em X que deixavam as costas à mostra. Um modelo perfeito para matar qualquer homem de excitação. Meu objetivo era este! Mata-lo de tesão antes mesmo que me tocasse. Após revirar o armário lembro que o guardei numa caixa na prateleira superior do mesmo armário. Minha memória é uma merda às vezes, fazer o que. Peguei a caixa levei até a cama e destampei. Tirei o vestido dentro e o estiquei sobre o colchão. Voltei ao closet, peguei um par de sandálias e coloque-as ao lado do vestido. Arrumei o cabelo, fiz uma bela maquiagem e me troquei. Fiquei diante do espelho para uma checagem final.



- Gata... Linda... E gostosa... Perfeito, Afrodite. Vamos à caça! – Disse a mim e pisquei.

Peguei a bolsa e desci pra sala. Meu celular toca. Olhei no visor... Era ele. Atendi.

- Boa noite Senhor Jackson. – Disse com voz sexy.

O ouvi sorrir antes de responder.

- Está pronta? – Ele diz.

- Sempre estou, querido.

- Ótimo. – ele diz – Estou em frente a sua casa e...

O interrompi perplexa. O filho da mãe me surpreendeu.

- Em frente a minha casa? Co... Como descobriu onde moro?

Novamente o ouvi sorrir discretamente.

- Também tenho minhas fontes, senhorita Hart. Agora venha, nossa reserva não pode esperar.

Não resisti e acabei sorrindo com o jeito mandão dele falar.

- Está com pressa, senhor Jackson?

- Não senhorita Hart, mas restaurantes deste porte não costumam esperar pelos clientes. Assim como eu, eles não gostam de perder tempo. Entende?

- Uau, vai com calma, caubói! Só fiz uma pergunta. – Eu disse indo até a janela e abri a cortina – Seu carro é um modelo R8 vermelho?

- Sim. - Ele respondeu.

- Estou saindo. – Falo e desligo o celular.

Pego minhas chaves e saio. Tranco a porta e caminho pelo revestimento até chegar ao R8 de Michael.



A porta do motorista se abre e ele desce. Dá a volta no carro para ser cavalheiro. Olhou-me de cima abaixo antes de pegar a maçaneta da porta.

- Você está exuberante, Afrodite! – Ele disse correndo os olhos em minhas curvas.

- Obrigada, Michael. – Respondi e senti seu olhar me devorar.

Propositalmente estiquei a perna ao entrar no veículo. O tecido subiu alguns centímetros em minha coxa torneada. De relance o vi morder o lábio desejoso. Sorri e deslizei o vestido para baixo. Ele fechou a porta e entrou em seguida. Dentro, ele para e tira minhas medidas com os olhos.

- Alguém problema Michael? – Disse quase inocente.

- Nenhum. – ele diz e continuou a me olhar. Mirou minhas coxas quase desnudas. Tocou-as e se aproximou do meu pescoço. – Tão cheirosa... – Sussurrou em minha pele.

Arrepiei no mesmo instante. Michael deu vários beijos leves na lateral do meu pescoço enquanto sua mão passeava atrevida. Lição número um: O melhor sempre DEVE ficar pra sobremesa num jantar. Merda, eu tinha que resistir até o jantar, pelo menos.

- A reserva não pode esperar Sr. Jackson, lembra? – Eu disse para relembra-lo.

Michael lentamente se afasta com um sorriso lascivo.

- Está certo! O melhor fica pra depois. – Disse e ligou o carro.

Partimos. Minutos depois estávamos no restaurante. O Maitre nos leva a mesa que fora reservada na área VIP e longe do burburinho. O garçom puxa uma cadeira para mim, eu sento. Michael senta logo depois. Com o cartão de vinhos e bebidas em mãos meu acompanhante fez o pedido da melhor safra da adega. Um prato pré-entrada foi oferecido; aceitamos. Nossa bebida chega em seguida. Enquanto provamos o prato e bebemos começamos a trocar afinidades. Michael me falou com orgulho de sua empresa. Contou suas metas e planos para um futuro promissor. "Tão jovem e tão poderoso" pensei. O adorei mais. Interessado, perguntou sobre mim. Revelei que minha vida não era tão heroica como a dele. Não construí um império. Na verdade, eu recebi uma boa herança de uma tia que mal sabia que existia; e sendo a única parenta mais adequada, fui privilegiada. Fiz o dinheiro multiplicar e hoje vivo muito confortável. Falei também sobre minha briga com o tutor de herança. Ele quase aplaudiu a forma firme e decidida que usei para defender o que me pertencia. Ficou surpreso quando disse que era formada em Direito Legais. Agora foi minha vez de se sentir poderosa. E um olhar de aprovação da parte dele recebi.

O serviço do Le France é divino. Pedimos o prato principal e este, foi servido com rapidez. Mudança de prato, mudança de assunto.


- Quero saber mais sobre você Afrodite. - Ele disse.

Meus lábios e olhos sorriram.

- O que Michael Jackson gostaria de saber? Já falei tanto... – Respondo sedutora.

- Sim, mas ainda não disse o que eu gostaria de ouvir. Quero saber... Tudo! Quero saber quais são os desejos mais profundos de uma deusa, como você.

- Nossa... – disse sorrindo – Quantos elogios em apenas numa frase.

- Você os merece. Ei, quer saber algo curioso?

- Claro. – Digo interessada.

- Você é primeira ruiva com quem me relaciono tão profundamente. Normalmente, só tenho algo com loiras. Gosto delas. Mas aquele dia no bar, foi diferente. Me senti atraído e... Gostei muito da sua maneira ousada de abordagem. Aguçou minha libido, senhorita Hart.

- Uau, então sou uma mulher de sorte! Conquistei o tão poderoso Michael Jackson com um bilhete no guardanapo. Olha, essa me surpreendeu. Eu jurava que você tinha gamado em mim por causa do que fizemos no banheiro. – Falei divertida.

Ele contém um riso.

- É... Isso também foi predominante senhorita Hart. – ele me encara com seus olhos negros e sedutores - E pude constatar que realmente as ruivas são mulheres muito quentes. – Michael fala a última frase tocando minha perna discretamente por baixo da mesa.

Puta merda! Sinto algo estremecer em minha lingerie. Oh Deus, ele está afiado hoje.

- Senhor Jackson, o que pensa estar fazendo me tocando assim por baixo da mesa? Sorri e franzi o cenho.

- O que a senhorita sugere? – Ele diz com o mesmo olhar.

- Pela sua cara... Acho que quer me deixar excitada em público. Acertei? – Falo direta.

- Não era a intenção, mas já que tocou no assunto... - Ele dá um sorriso safado e sobe a mão um pouco mais - Gostaria muito de ver sua resistência em público, senhorita Hart.

Filho da... Mãe dele! Ele ficou maluco?

- Você não vale nada, Jackson! - Eu disse.

Michael ri e sobe a mão por dentro do vestido até tocar a renda da lingerie. Dou um leve sobressalto e olho pra ele. Sua expressão é tão cínica que dá vontade de lhe dar umas boas palmadas. Ele acaricia-me lentamente e minha respiração muda instantaneamente. A carícia continua. Quando pensei que me daria um fôlego, devido ao garçom que passou próximo a nossa mesa, o sem vergonha estica o braço sobre meu ombro e encosta a boca em meu ouvido.

- A diversão só está começando baby... – Ele sussurrou com a voz rouca.

Meu coração parou. O que ele ia fazer? Céus, essa adrenalina está me deixando louca! Louca e molhada. Olhei pra ele e meus olhos diziam que era loucura demais. Ele ri não dando a mínima aos meus sinais. O infeliz queria mesmo me testar. Por um segundo e pela primeira vez um homem consegue me intimidar. Merda, Eu estava ficando frouxa!

Michael me abraça de lado. Sua mão toca-me por cima do tecido fino da calcinha. O movimento é lento e firme. Sinto o ar cada vez mais curto e inspirar, cada vez mais difícil.

- Michael... Eu... - respiro forte - Aqui não é lugar... pra isso... - Murmuro.

- Está desistindo tão cedo Afrodite? Onde está sua auto-confiança? - Falou desafiador.

- Está... aqui... - Sussurro.

- Perdão, eu não escutei. - Ele me tocou mais forte - Poderia repetir?

- Nunca... perdi a confiança Jackson. Só.. estou numa... situação delicada.. agora. - Arfei.

Ele sorri afastando a lingerie. Minha intimidade fica quase exposta. Michael não perde tempo em piorar o desafio. Sinto seus dedos tocando em círculo meu ponto fraco. Fecho os olhos e respiro mais e mais fundo. Ele com certeza está adorando brincar com a minha mente. Meu coração batia desesperado. Repeti o que ele queria ouvir. Na verdade, eu "gemi" as palavras. Tocou-me mais forte quando outro garçom passa perto de nós. Michael avalia meu comportamento. Deplorável, de certo. Mas não me deixei frágil. Fiz minha melhor expressão de paisagem até o lerdo rapaz se arrastar diante de nós. Sozinhos novamente, Jackson aproveita para me tirar o juízo ali mesmo. Não levou muito tempo e explodi em silêncio... e em público.

- Terminamos. Você foi aprovada, senhorita Hart. É uma mulher forte. - Disse Michael voltando a posição anterior.

Ele sorri satisfeito e bebe um gole de vinho.

Eu tinha o semblante anestesiado. Ele bebe e quem fica com cara de abduzida sou eu. Michael Jackson me pagaria por essa!

Capítulo 6

- Você não tem juízo? - Digo olhando pra ele incrédula com o que acabara de acontecer.

- Cuidado com as palavras, a senhorita não pode dizer muito sobre quem tem ousadia ou não. Eu apenas dei uma amostra do que sou capaz. - Ele diz naturalmente

O Pior é que ele tinha razão. Somos muito parecidos. Ousadia é meu sobrenome.

- Okay, por hoje você venceu. Mas vai ter troco, Jackson! - Falei marcando minha promessa com um sorriso perverso.

- Esperarei ansioso por sua vingança, baby. - Michael fala e pisca no fim.

- Ah, e você ainda tem uma dívida. – O lembrei depois de um longo gole de vinho.

- Claro, a lingerie. Como eu poderia esquecer?

Ele sorriu e continuamos nosso jantar. Michael é o homem mais atraente e confiante que já conheci. E o mais bonito também. Só de imaginar que aquele deus grego me possuiu, oh céus, tenho orgasmos mentais. Conversa agradável, ótima companhia, comida excelente e tesão nas alturas. Assim se resume o jantar que tive com ele.

Depois deste, houve outros encontros. Michael e eu fomos criando algo muito forte e em comum. Nosso apetite era avassalador. Desejávamos um ao outro incessantemente. Poderiam nos definir como fogo e gasolina. Jovens, bonitos e bem sucedidos. Mistura perfeita. Estávamos muito bem até que algo inesperado aconteceu. 



A empresa de Michael abriu uma filial em outro estado e por ventura sua presença era essencial por lá. Me senti traída pelo destino. Uma tremenda sacanagem dos deuses, que merda!

Tentei de várias formas persuadir e inventar alternativas, mas não tinha jeito, ele tinha que ir. Marcamos um encontro em seu apartamento. Tivemos um belo jantar e depois uma “sobremesa” memorável. Como sempre deliciosa. Prometemos nos falar sempre que possível. Estávamos ligamos, era pra sempre.
 



- Droga! Eu virei mesmo uma boba apaixonada. Afrodite, Afrodite... Esta definitivamente não é você. - Eu dizia diante do espelho um mês depois que Michael se mudou.

Sentia falta dele. Do seu perfume em minha pele. Do seu jeito mandão em me dominar. Sua pegada forte e gostosa quando transávamos. O tempo foi passando. Como previ nossos horários e agendas começam a não bater mais. Ligamos cada vez menos um pro outro.

Dias, meses, anos passam. As notícias que tive dele eram apenas o que via nos jornais. O danado cresceu a empresa e se tornou predominante no mercado comercial. Seu rosto está estampado em todos os jornais. Michael estava diferente. Em aparência e comportamento. Estava mais fechado que antes, quando nos conhecemos. Vê-lo mesmo por meios de comunicação remete minha mente aos bons momentos. Mais um bom tempo se passou.

Conheci outra pessoa e me casei. Um homem bom que faz todas as minhas vontades. Tom é o sonho de quase toda mulher. Digo quase porque sou a exceção dessa lista. Meu sonho de homem passou muito rápido e eu faria qualquer coisa para tê-lo novamente.

Meu casamento como era de se esperar não durou mais de dois anos. Tom e eu nos divorciamos por motivos irreconciliáveis. Depois de conhecer Michael em minha mente não cabia outro. Apenas Michael me fazia livre. Pois bem, divorciada e ainda com tudo em cima decidi me dedicar apenas ao trabalho. Afundei de cabeça me tornando uma profissional gabaritada de minha área.

Mais um fim de semana chega e opto por um passeio no shopping. Não sou consumistas lunática, mas gosto de estar sempre atenta ao que há de melhor e bonito. Faço meu próprio estilo, os outros que me copiam. Caminhando até próximo a praça de alimentação parei debaixo da cúpula de vitral colorido.

Olhei atentamente cada desenho. Era lindo e enchia os olhos de encantamento. Adoro arte. Passei vários minutos admirando-o até que sinto uma fina pontada no pescoço.

- Será que fiquei tão velha que nem posso admirar uma boa arte? - resmunguei irritada passando a mão no pescoço.

Enquanto estava absorta na beleza do que via. Não reparei na pessoa que estava atrás de mim fazendo o mesmo. Quando virei minha surpresa e espanto foram instantâneas.



- Afrodite??- ele disse.



- Michael?? - Disse no mesmo tom.


Capítulo 7 (Último Capítulo)

Sorrimos um pro outro. O destino nos unira novamente.  Michael vem em minha direção. Me envolve em si em um apertado abraço. Seu perfume ainda era delicioso e sedutor. Um flash do passado faz meu corpo tremer com as lembranças. Ele beijou minha face devagar e me encarou.
 
- Quanto tempo, Afrodite, e você ficou mais linda! –ele disse.
 
Suas palavras me fazem sorrir como uma adolescente idiota.
 
- E você sempre sedutor, hein Michael. Como vai você?
 
- Estou bem, mas fiquei muito melhor agora. Você já almoçou? – balanço a cabeça em resposta negativa – Gostaria de me fazer companhia? – sugeriu ele.
 
- Claro, será um prazer. – Eu disse.
 
Seguimos para um restaurante elegante dali. Enquanto comíamos colocamos todo o papo em dia. Michael pergunta sobre o que fiz neste tempo que passamos separados. Contei de minhas desilusões e conquistas. Em seguida perguntei o mesmo pra ele. Michael me disse que também teve decepções, e acrescentou uma confissão. Depois de se envolver com outras mulheres ele confirmou a si mesmo que apenas procurava a mim dentre elas.


Fiquei feliz e emudecida. Eu sentia o mesmo e revelei a ele. Michael sorriu tão lindamente que pode-se dizer que o ambiente onde estávamos não precisaria mais de luz elétrica. Ele pegou minha mão com carinho e beijou-lhe as costas.
 
Oh Deus, seus lábios fervem sob minha pele instantaneamente arrepiada. Em seguida ele me beija tão amoroso e quente como antes. Depois do almoço demos uma volta no shopping. Entramos em algumas lojas e depois seguimos para o estacionamento. Ele disse que mandaria buscar meu carro. Assenti e saímos no carro dele. No caminho de volta Michael pegava a avenida principal no sentido contrário ao que me levaria em casa, como indiquei.
 
- Pra onde vamos? – Pergunto curiosa.
 
- Ao meu apartamento. – Ele responde sem tirar os olhos do tráfego.
 
- Hum... Interessante. E vou conhecer seus pais também? Espero que sua mãe goste de mim. – Brinco.
 
Ele solta uma risada deliciosa.
 
- Minha mãe com certeza gostaria de você baby, mas ela está bem longe agora.
 
Eu até perguntaria do pai, só que a maneira dele ignora-lo em minha frase disse tudo. Ele nunca tocara no assunto, então deixei pra lá. Minutos depois chegamos ao destino. Ele estaciona o carro e subimos de elevador privativo até a cobertura. Após o sinal as portas se abrem e estávamos dentro do apartamento.




Minha visão periférica percorre o ambiente. Era um ambiente luxuoso e de alta classe. Coisa que nem gosto, sabe. Abri um sorriso e proferi elogios. Ele agradece orgulhoso e me leva até o sofá pedindo que ficasse à vontade. Sentei cruzando as pernas e coloquei minha pequena bolsa ao meu lado.





 - Você toca há muito tempo? – Perguntei olhando o piano.
 
- Sim. Sempre pratico. É bom para acalmar os ânimos e descarregar a energia. – Ele responde.
 
- Hum, entendi. E que tal você me dar o privilégio de uma apresentação particular?
 
- Agora? – perguntou surpreso.
 
- Claro! – Respondo sorrindo – Quero saber os dotes artísticos, além de ser tão sedutor.
 
Ele conteve o riso.
 
- Bons argumentos, senhorita Hart. Vou fazer o que pediu.
 
Michael levanta do sofá e senta no banco do piano. Abre a tampa onde estavam as teclas. Estralou os dedos da mão e começou a tocar. Seus dedos deslizam pelos botões como se voassem. Fiquei apaixonada. Me aproximei. Michael dá espaço me deixando sentar ao seu lado. O observei até a canção terminar. Ao fim bati palmas e ele sorriu.
 
- Onde você não é perfeito Michael? Caramba, eu amei isso! – Disse a ele sorrindo.
 
- Ah baby, a perfeição é um mero detalhe. Piano ou qualquer coisa que façamos exige prática se queremos o melhor resultado.
 
- Uau, isso foi profundo. – Sorri – Concordo com você, a prática leva a perfeição.
 
- Você toca algum instrumento, Afrodite?
 
- Não, eu só observo. – respondi – Tenho dom pra outras coisas e não pra música.
 
- Isso com certeza você tem. - Michael sorriu com terceiras intenções.
 
- O que está insinuando, Jackson? – Falo com os olhos serrados.
 
- Essa sua expressão irritada é uma delícia, sabia? – Ele diz para me desarmar.
 
- Não mude de assunto... – Digo impassível.
 
- Oh baby, você está me deixando excitado...
 
Michael morde o lábio me encarando como um lobo faminto. Seu olhar inflama o meu. Sinto aquela corrente elétrica deliciosa subir. Ele aproxima nossos rostos.
 
- Eu quero você Afrodite... - Disse rouco de desejo e subindo o vestido.
 
- Oh Jackson... Onde fica seu quarto? – Murmurei.
 
- Vamos começar aqui senhorita Hart. – Disse firme.
 
- Na sala? – Falei.
 
Ele sorri com os olhos e fala:
 
- No piano, baby.
 
Meus olhos arregalaram e logo sorri. Adoro novidades! Levantei e caminhei a até a calda do piano. O chamei com o dedo indicador. Ele levanta e vem. Começo a despí-lo tirando primeiro o terno. Afrouxo o nó da gravata e a jogo o chão. Tiro a camisa e faço o mesmo. Michael me agarra com firmeza beijando meu pescoço e busto. Ele senta de volta no banco do piano e me chama.

- Vem cá... – ele disse batendo duas vezes em seu colo.
 
Aproximo-me. Sou pega por suas mãos fortes e posta sentada de frente pra ele. Michael tira o vestido e fico só de calcinha. Ele passa a língua nos lábios e ataca meus seios com avidez. Gemo audível e instintivamente mexo a cintura. A ereção dele cresce abaixo de mim. Ele me faz levantar para terminar de se despir. Minha lingerie é tirada e em seguida sou convidada a sentar sobre a parte plana no piano.  Obedeço cheia de ansiedade. Michael abre minhas pernas. Toca-me com a mão, depois me tortura no mesmo lugar com beijos. Meus gemidos são mais altos quando me suga e morde levemente meu ponto fraco. Quando faço que vou deitar ele me impede dizendo:
 
- Não deite agora. Quero estar dentro do você, senhorita Hart.

 “Oh my, com esse jeito mandão ele vai me fazer "feliz" antes do ato." Pensei.

Com ajuda desço do piano. Michael senta no banco, convidativo. Ao invés de fazer direto o que ele diz, tenho outra ideia. Abaixo o corpo ficando de frente com seu sexo.

- O que está pensando em fazer? – ele diz me olhando curioso.

- Irei fazer o que pediu. Vou coloca-lo em mim, senhor Jackson. – Disse me fazendo de boba.

Em minhas mãos pego o sexo dele. Michael estreita os olhos tocando meu rosto e sorri de lado.

- Você é uma garota muito rebelde, Afrodite. Nunca fará o que mando não é?

- Não Jackson. Adoro desafia-lo.  – sussurrei mordendo o lábio inferior.

Recebi em troca um olhar flamejante. O deixei cheio de tesão. Tenho certeza porque seu membro pulsou.  A excitação dele me deixa mais acesa. O aperto de leve em minhas mãos. Umedeço meus lábios com a língua. Beijo seu sexo, lentamente permito recebê-lo em dentro da boca. Acaricio com língua e mãos. Michael começa a gemer alto. Sinto-me incentivada a incendiar as coisas. E é o que faço. Ouço-o delirar frases desconexas com meu nome. Gemendo forte agarrou-me pela nuca com firmeza pendendo minha cabeça para trás, assim podia encara-lo.

- Levante e vire de costas... - Ele diz autoritário.

Como hipnotizada não hesitei. Levantei e fiquei de costas, como pediu. Ele fecha a tampa das teclas do piano.

- Agora, apoie as mãos sobre a tampa e se exponha pra mim...

Eu sabia o que ele desejava. Meu coração disparou. Ansiedade fica a mil. Minha intimidade estremece ao sentir o sexo dele se apossar do meu corpo sem cerimônia. Uma corrente de prazer invade minha alma. Michael me segura pela cintura investindo com mais força, fazendo com que gritasse por mais. Nunca senti tanto tesão na vida. Ondas de calor e êxtase vem. Jackson me proporciona vários orgasmos seguidos. Ele continua os movimentos até em seu último gemido ficar saciado. Exausto sentou-se no banco do piano. Sentei de lado em seu colo seguida arrumando meus cabelos desalinhados.

- Minha nossa... - sussurrei ofegante - Você é... É muito perfeito, cara. Veja, meus músculos estão trêmulos... - Disse reparando em meu estado deplorável.

Ele sorriu satisfeito e disse.

- Meu objetivo é te satisfazer, baby!

- Ah isso é mesmo, porque estou... Muito... - prolonguei a palavra - satisfeita, mas... Não saciada. - Conclui.

Michael arregala seus olhos negros pra mim.

- Não está? Por quê?

-Ah baby, você sabe... - enlaço-me no pescoço dele - Nós, ruivas, temos fogo nas veias. Apaga-lo é um tarefa impossível, mas eu gostaria de vê-lo tentar. O que acha? - Sugeri com um sorriso malicioso.

Ele se faz pensativo. Sorri com malícia e responde.

- Adoro desafios, baby!

Mordi o lábio e o beijei feliz. Enfim, ele era meu, assim como desejei.

Depois deste jantar, outros aconteceram em seguida. E como podem imaginar a sobremesa era sempre um novidade diferente. Banheiros, carros, estacionamentos, elevadores... Oh céus, os elevadores são minha perdição.

Um ano se passou e nosso namoro continuava firme e quente. A rotina nunca foi problema pra nós. Mike é um homem astuto e sempre surpreende. Esta semana em nosso aniversário ele me leva pra jantar. Após a refeição fomos pra casa dele. Transamos todas as maneiras que o desejo nos guiou. Tomamos um bom banho e voltamos pro quarto.

- Tenho algo pra você, baby. - Michael fala - Sente aqui... - Apontou para a cama.

- Pra mim Michael? O que você aprontou? - Falei sorrindo.

Ele ri e busca o algo no closet. Volta com uma caixa nas mãos e pára diante de mim.

- Baby, nesta caixa está o pagamento de uma dívida que fiz há algum tempo contigo... - Eu fico curiosa e ele continua - Mas ela também contém uma pergunta sem resposta. Abra-a e responda a pergunta com sinceridade.

As palavras dele me deixam uma pilha de tanta curiosidade. Pego a caixa de suas mãos. Era leve. Abri a caixa. Coloque-a sobre a cama e tirei os conteúdos. 




A lingerie. Isso mesmo, Michael finalmente paga seu débito. Comecei a rir por ele ainda lembrar disso.

- Oh Mike você ainda lembra...

- Nunca esqueci baby. - ele fala - Agora responda a pergunta, por favor...

- Okay. - peguei o envelope e o abri - Oh meu Deus...




Titubeio as palavras devido a emoção que me invade. Michael estava me pedindo em casamento. Apreensivo, espera uma resposta firme de minha parte.

- Isso é sério, Michael? - pergunto assustada.

- Sim, Afrodite. Agora diga logo sua resposta... Estou impaciente e nervoso... - Ele diz.

Sorri sentindo meu coração inundar de alegria. O desejei tanto, tanto que agora eu não sabia o que dizer. Minha doce obsessão tornou-se minha alegria eterna. Respiro fundo... Ele me olha... Fico de pé na frente dele...

- Sim, Michael Jackson. Eu aceito me casar com você! - Sorri abertamente.

Michael me abraçou tão forte que cortou parte do oxigênio que respiro. Em seguida procurou meus lábios e os beijou com ardor.

- Oh baby, agora vou te farei minha deusa pra sempre. Obrigada por aceitar...

- Oh querido, você sempre foi meu. Sabe o que poderíamos fazer agora?

- Hum... O que? - Ele murmura sorrindo.

 - Estou louca pra estrear esta lingerie. Quem sabe um certo gostosão a estoure novamente... - Falei com fogo e desejo nos olhos.

- Ótima ideia, baby. É bem provável que perca sua lingerie, senhorita Hart...

- Ah baby, Adoro quando me chama assim... - Murmuro.

- Então vista a lingerie senhorita Hart, pois Michael Jackson irá lhe arrancar todos os gemidos.

Nossas intimidades pulsam de tesão... E esta será a primeira de muitas noites inesquecíveis com minha doce Obsessão... Michael Jackson.




*************** Fim **************





5 comentários:

  1. Uou muito bom ^O^
    "- Pode ficar. Aproveita e começa uma coleção baby, virá muito mais de onde saiu essa." preciso de maaaais e maaais Mike é td de bom, to tão viciada q tenho até invejinha de personagens affe rsrsrsrs

    Fernanda

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  2. Gente que lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, desta vez fui eu a ler, parabens...

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  3. Não o texto tá escrito Cristian e eu gostaria de saber quem é esse cara!!! MAS FORA ISSO AMEI MUITO A ESTÓRIA BEIJOS AMO SUA ESTÓRIAS BEIJOS ♡♥♡♥♡

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