Autora: Tay Jackson
Quando
entrei para a família Jackson nunca pensei que minha vida viraria de
cabeça para baixo dessa forma. Nunca achei que as consequências de um
amor me faria sofrer tanto como sofri. Mas eu ainda tinha uma vida,
tinha um amor. E nada que vier contra nós nesse momento seria capaz de
nos destruir, não mais, não nesse momento. Michael era meu e eu era
dele, mas não posso dizer que não havia pessoas querendo acabar com
tudo, pessoas que confiei e que até mesmo achei que fosse a favor da
nossa felicidade, mas não. Ela faria de tudo, até mesmo contestar a
paternidade de Louise, apenas para que Luke a tire de nós. Um homem
louco, vingativo e odioso. Quando é que teríamos paz?
Quando me apaixonei por Michael Jackson há alguns anos atrás eu tive a certeza que minha vida mudaria drasticamente, e esse drasticamente definitivamente não foi o sentido bom da palavra. Michael era uma pessoa difícil, complicada e intensa demais.
Muitas coisas acontecerem nesse período de tempo e muita delas mudaram também. Mas elas me proporcionaram o auto conhecimento, o conhecimento das pessoas ao meu redor e principalmente me fizeram crescer. Pessoas que eu achei que fossem uma coisa se tornaram outra completamente diferente, tanto para o mal quanto para o bem. Me vi em vários momentos encurralada, fui torturada pelo homem que achei que tinha um caráter excelente, mas que no final das contas desencadeou um problema mental que o levou para um sanatório de loucos.
Mas eu ainda sou feliz, casada com o homem da minha vida, o amando loucamente assim como antes. Temos um filho, e outra a caminho. Minha barriga de nove meses está enorme, e Michael continuava ali ao meu lado, o mesmo idiota de sempre, o mesmo impossível e o mesmo encantador. Acho que criei uma família que sempre desejei, tirando os problemas que toda família tinha éramos felizes do nosso próprio jeito.
-Como ele está?
Quando Michael disse que voltaria à Los Angeles fiquei um pouco apreensiva, tudo ainda estava muito recente e de certa forma havia causado traumas em nós. Mas conheço Michael, mesmo ele dizendo que não queria de forma alguma se meter mais com Luke, ele se compadeceria, ainda mais depois das inúmeras ligações em que Jane dizia que o irmão estava cada vez pior. Dei total apoio para que o visitasse e tiraria de vez essa mágoa que tanto nos faz mal.
Ele estava de volta agora, me deixando aliviada e aflita ao mesmo tempo.
-Ele está pior. _Michael me abraçou e eu sabia o quanto se sentia mal por tudo isso. -Parece um bicho encurralado naquele quarto branco, preso. Nunca pensei que isso um dia aconteceria.
-Luke mereceu. Se não fosse lá, seria no cemitério agora, ou em uma penitenciária. De qualquer forma está melhor. _Eu queria fazer qualquer coisa para que Michael não sentisse culpa quando não era o culpado. Mas acho que a sensação ali era outra.
Michael é o irmão mais velho, ele se sentia responsável por Luke e querendo ou não se sentia culpado por ter se envolvido comigo. Coisa que jamais deveria. Nos apaixonamos e esse era o preço.
-Papai! _Lui apareceu pela sala se jogando no colo do pai, morrendo de saudade.
-Depois conversamos sobre isso ok? _Balbuciou para mim antes de pegar Lui no colo. -Sentiu saudades garotão?
-Muita. _Michael bagunçou o cabelo do filho. Aquela cena me deixava tranquila me fazendo saber que dentro de casa as coisas eram bem diferentes. -Louise se mexeu de novo, papai. Bem forte dessa vez. _Relatava com os olhos repletos de emoção e admiração.
-Louise está quase nascendo, é por isso. Está doida para conhecer o mundo. Promete que será um ótimo irmão? _Lui assentiu freneticamente. -Ela precisa de cuidados e um irmão que afaste todos os marmanjos de perto dela. _Balancei a cabeça sabendo que aqueles dois homens faria da vida de Louise um tormento quando chegasse na idade de namorar.
-Eu vou cuidar da Louise papai, muito. _Sua convicção era muito comovente.
-Esse é o meu garoto. _Bagunçou o cabelo dele mais uma vez e Lui saiu correndo pela casa.
-Estou vendo o que será de Louise quando atingir os seus 12 anos. Pobres garotos com dois homens como vocês.... Como o pai eu quero dizer.
-12? _Michael franziu o cenho e riu irônico. -Não, Louise não irá me dar trabalho aos 12 anos, nem que pra isso precise tranca-la em uma torre bem distante onde só receberá água e comida. _Dei um tapa no ombro dele.
-Que horror Michael!
-Estou falando sério. Já vejo que essa menina vai me render cabelos brancos logo cedo. _Me aproximei dele o abraçando. Aquilo seria divertido até demais.
-Não quanto o pai dela me dá, então está tudo certo. _Seus lábios se aproximaram do meu.
-E você adora. _Assenti concordando, com uma expressão maliciosa.
Minha boca foi tomada de um jeito forte que só ele sabia me beijar. Sua língua se movia junto com a minha e sua mão acariciava minha barriga enorme.
-Mamãe quer que voltamos à Los Angeles para o nascimento da Louise. Sabe não sabe? _Disse assim de repente. Me soltei dele, me sentindo desconfortável.
Eu não queria voltar pra lá, apesar de querer muito que Louise nascesse em território americano, ela teria uma boa babá que falasse nossa língua além da avó por perto. Mas tudo aquilo me causava lembranças ruins, principalmente aquela casa.
-É só até você se recuperar do resguardo Vick. Eu também não quero voltar pra lá, não quero morar naquela cidade e muito menos ter que relembrar. Mas combinamos isso e será bom para nossa bebê. _Michael me abraçou por trás beijando a minha nuca. -Vai dar tudo certo.
Ele sempre me dava forças, Michael sempre estava lá fazendo o seu papel de super herói sempre que estou apreensiva demais.
-Eu te amo, amo a nossa família e nunca faria nada que nos machucasse. _Olhei para ele ainda medrosa, mas confiando no homem que escolhi para amar.
-Eu sei, eu também amo você. Mas estou sensível, com medo, trauma. Não quero relembrar.
-Não precisa relembrar. Luke não está lá, as coisas não serão como antes. Confia em mim? _Tentei espantar aquele desconforto repentino, não tinha nada a ver ficar paranoica agora, e eu precisava ser forte.
-Eu sei. E se isso fará com que meu parto seja mais tranquilo e Louise possa ser americana eu farei sim. _Ele riu para mim e nos beijamos novamente.
Luke estava sem condições alguma em uma clínica, acho que não causaria problemas em seis meses que temos que ficar com Jane em sua casa para o nascimento da nossa filha.
Nossas malas estavam todas prontas e tudo já estava dentro do carro para levarmos para o avião. Eram tantas malas que achei que estávamos de fato voltando à Los Angeles para ficarmos por longos dias, e isso me deu um pouco de medo.
Minha barriga estava enorme e Michael me ajudava a caminhar segurando a minha mão e no colo o Lui. Eu sabia que ele estava apreensivo, sabia que ter que voltar com a sua família, sua mulher e filhos para aquele lugar, causava dolorosas lembras. As coisas estavam maravilhosas na Suíça, fomos felizes como jamais fomos antes. Lui estava na escola e Michael trabalhando pelo computador no escritório, eu fazia o papel de mãe e esposa em tempo integral e estava tudo ótimo assim. Até que por pura consciência pesada, Michael precisou ver o irmão, saber como estava e... de uma certa forma achei ótimo, não queria ver o meu marido o tempo inteiro se perguntando se estava mesmo fazendo a coisa certa ou não.
E agora estávamos aqui diante do grande portão de aço com um designer antigo da enorme mansão Jackson. Ficar aqui durante 6 meses enquanto eu me recuperava do resguardo com a minha sogra não seria tão mal, eu adorava a Jane, mas eu sabia o quanto encheria a cabeça de Michael para que cuidasse do irmão. Ela fazia isso de lá, porque não aqui?
Senhora Margô nos levou para o quarto de hóspedes enquanto os outros empregados nossas malas. A suíte tinha uma cama de casal king size e o berço de Louise ao lado. Já Lui tinha um quarto ao lado repleto de mimos e brinquedos que Jane fez questão de comprar para ele.
-Está mais tranquila? _Disse Michael sentando-se ao meu lado.
De certa forma eu estava sim, as coisas ali para a minha bebê e minha recuperação estava ao nosso favor, Lui já havia dito com euforia o quanto gostava de estar na casa da vovó e o quanto amava o clima ameno. Se eles estavam bem eu também estava.
-Sim. _Senti um beijo cálido no meu olho e eu segurei com firmeza as mãos grandes de Michael. -Só espero que Louise possa nascer logo.
-Ela vai nascer logo, tão forte quanto a mãe. _Aquela frase foi pela força que eu estava demonstrando naquele momento, de ter que voltar depois de tudo que passei. -Doutor Mercure já está ciente que a qualquer momento Louise vem ao mundo e está tudo pronto para isso. _Assenti.
(...)
Louise mal esperou que chegássemos, logo senti uma dor forte enquanto dormia e eu já sabia que minha filha vinha ao mundo. Acordei Michael depressa ao qual me levou rapidamente para o hospital. Entrei em trabalho de parto com o homem da minha vida a todo momento ao meu lado. Logo nossa menininha estava no mundo tão linda quanto um anjo.
Nunca me senti tão exausta dando a luz a Lui quanto eu senti dando a luz a Louise. Ela era uma menina enorme e forte, parecia até que tinha nascido já com seis meses de idade. Foi bastante impactante, mas nos deixou feliz, ela era saudável e desposta. Seus olhos expressivos me lembrava o pai.
-Ela é linda. _Murmurou ele rente ao meu ouvindo, me fazendo acordar.
Olhei ao redor ainda estava em um quarto internada, ansiosa para pegar a minha filha no colo e amamenta-la.
-Se parece com você. _Sussurrei baixinho por conta o soro que eu tomava na veia. -Pude notar enquanto a beijava, ainda suja de placenta.
-Claro que se parece comigo, por isso é tão linda. _Fiz careta para ele, batendo de leve em suas mãos e depois rimos.
-Convencido você. _Encostou seu nariz no meu chacoalhando fazendo gracinha.
(...)
Amamentei Louise pela primeira vez, o amor que sentir por aquele ser tão frágil em minhas mãos foi de aquecer o coração, e eu tenho certeza que com o Michael foi o mesmo. Ele amou a sua princesinha logo de cara, sempre grudado com ela, mostrando-a a Lui quando chegamos em casa. Louise parecia de fato uma joia, pois todos queriam pegar e mima-la.
Terminei de arrumar sua roupinha depois de Michael ter me ajudado a dar banho nela. Estava sozinha no quarto enquanto Michael na varanda conversando com Terry e brincando com Lui. Achei que Jane estivesse com eles, mas percebi que não quando entrou no quarto com um sorriso contido nos lábios e sentou ao meu lado na cama enquanto terminava de vesti-la.
-Ela é linda. _Acho que ouvi aquela frase milhões de vezes desde que nasceu e eu concordava.
-Sim, e fofa também. _Cheirei sua pele de bebê e a coloquei de volta no berço.
Sentei ao seu lado da cama, assim que Louise estava acomodada tentando conversar um pouco com a minha sogra.
-Ela se parece demais com o Michael, mas também demais com o Luke. _Senti uma insinuação em seu tom de voz, fiquei um pouco apreensiva, mas não levei aquilo adiante. -O mesmo sinal que Luke tem nas costas ela também tem.
-Eles são irmãos, tem o mesmo sangue. É bem normal, às vezes acho o Lui parecido com o Luke. _Levantei da cama tentando arrumar algumas poucas bagunças que havia na cômoda, até mesmo para fugir desse assunto.
-Então nunca passou pela sua cabeça que, talvez.... _Respirei fundo, incomodada com essas perguntas.
-Vem cá Jane qual é a sua? _Sim, engrossei a voz.
-Calma Vick. _Levantou as mãos em rendição. -É só uma pergunta normal. Você transou com o Luke, foi para Suíça com o seu marido e de repente estava grávida. Acho muito estranho você não ter dúvidas sobre isso.
E eu tinha dúvidas sobre isso, tinha muitas para ser sincera, quando descobri que estava grávida de Louise tive um medo danado, mas medo esse que logo desapareceu diante do amor em que Michael e eu tínhamos.
-Eu não transei com o Luke, ele me violentou, vária e várias vezes. _Senti meus olhos se encherem de lágrimas por essas lembranças.
-Exatamente por isso que eu falo Vick.
-Também transei com o Michael e no mesmo dia que fomos pra casa. Fizemos amor de reconciliação, Louise pode ser, e é filha dele.
-Mas pode ser do Luke também. _Comprimi os lábios sentindo raiva dela.
-Por favor Jane, pare com isso. Não tente se meter na minha vida com o meu marido, só porque estamos em sua casa. Não traga ainda mais dor a minha vida.
-Eu não falo isso por mal Vick. _Segurou meu rosto afável e seu tom menos venenoso. -Acho que vocês dois merecem saber, até mesmo a Louise.
-O Michael é o pai dela Jane, eu sei que sim. Seu filho tentou me destruir, mas não à esse ponto.
-Você que sabe. Não vou mais me meter nisso. _Ela se retirou do quarto me deixando tão insegura quanto antes de vir para cá.
Jane ainda me culpava por ter ficado com Michael invés de Luke, ainda não superou. E sabendo que o filho mais novo está internado em um sanatório enquanto eu estava feliz com o meu marido que por sinal era filho dela também, acho que não se conformou e agora achou uma brecha pra ficar passando na minha cara.
Fiquei mais apreensiva naquele dia do que fiquei antes de saber que voltaria para lá. Eu tinha tanto medo, tanto medo das minhas suspeitas serem verdadeiras, tanto medo de que tudo que construí fosse por água a baixo por conta daquela dúvida. Michael percebeu o meu distanciamento, percebeu que estava pensativa, pois nem vi quando ele voltou do quarto de Lui quando o colocou para dormir, nem quando colocou o pijama e se deitou. Eu permanecia olhando para o espelho em uma tentativa falha de pentear os meus cabelos sem ter mais o que pentear.
Senti as mãos quentes e protetoras de Michael me envolver deliciosamente. Seus lábios beijarem a minha nuca, me fazendo derreter e despertando desejos pelo meu homem. Mas eu sabia que era cedo demais para fazermos amor, então me desviei. Olhei para ele, Michael estava apenas com uma calça azul do pijama, abdômen definido e branquinho de fora, seu pênis saliente na calça folgada. Eu adorava admira-lo.
-Não podemos. _Sorri de leve, e a expressão frustrada dele foi a melhor.
-Eu sei que não podemos. _Abracei o seu corpo, querendo beija-lo, mas não apenas pelo desejo que sentia, mas também por sentir o seu carinho aplacar as minhas dúvidas. -Mas percebi o quanto está incomodada, queria entender o porquê. Porque eu tenho certeza que não é por causa da casa, não é por causa do Luke, até porque ele não está aqui. Quer conversar a respeito?
Não, eu não queria conversar a respeito, não queria colocar essa dúvida sobre ele, não, de jeito nenhum.
-Não é nada. Só não consigo dormir, apenas isso. É uma cama diferente, travesseiros diferentes, ainda não tem o nosso cheiro, é só isso. _Michael levantou a sobrancelhas como se não acreditasse muito no que eu falei.
-Se fosse só isso, deitaríamos juntos, ficaríamos namorando, você deitaria no meu peito, ficaria cada vez mais tranquila e logo pegaríamos no sono. _É realmente horrível ter um homem que te conhece tão bem, você simplesmente não consegue mentir.
Algumas lágrimas formaram dos meus olhos e acho que eu precisava contar para ele de uma vez por todas, ou eu explodiria. Se Jane percebeu, por que ele não perceberia?
-Louise se parece com o Luke, ela é loirinha. Tem os olhos negros, mas é loirinha. _Deixei o meu choro sair de vez e joguei as palavras em cima dele.
Michael me abraçou com força, e eu senti o alívio perpassar o meu corpo mesmo que fosse minimamente.
-Luke me violentou naquela dia Michael, muitas vezes. Louise pode ser..._Eu não conseguia falar, definitivamente.
-Shiiiii! _Sua boca beijou minha cabeça, ele estava tentando me consolar. -Nós também transamos aquela noite não foi? _Ele me fez olha-lo.
-Eu sei mas....
-Quantas vezes? _Me interrompeu. -Quantas vezes transamos aquela noite Vick? Só me diz.
Ele queria que pensasse outra possibilidade também, mas estava difícil. Tentei reconsiderar.
-Quase a noite toda. _Eu me sentia mal em confessar isso. Luke havia me violentado e mesmo assim eu ainda estava disposta a transar com o meu marido. Mas ele era o homem que eu amava e estava me dando carinho, estávamos voltando a nossa vida, eu estava tão feliz que acabou acontecendo.
-Louise pode ser filha dele, mas também pode ser minha, e esse é um motivo grande para que eu não pensasse o contrário. _Franzi o cenho.
-Então você pensou nessa possibilidade? _Ele assentiu. -Por que não me disse nada?
-Porque achei que não valesse a pena. Louise é minha filha, sendo do Luke ou não. Acha mesmo que vou querê-lo perto de vocês? Então não se preocupe.
Eu estava mesmo pensando onde foi que eu achei um homem tão maravilhoso quanto o Michael. Como fui ter a sorte de estar ao seu lado e me sentir tão forte dessa forma.
-Não quer fazer um DNA e tirar essa história a limpo?
-Não! Não quero. Ela é minha filha, assim como Lui é. _Me joguei nos braços do homem que eu amo e apertei com força, sentindo o seu cheiro, beijando a sua boca com avidez.
-Eu te amo tanto Michael! Tanto, mais tanto...
-Eu também amo você. _Ele limpou as minhas lágrimas.
-Mas Jane já jogou isso na minha cara, amor. Tenho certeza que Jane ainda acha que sou a causadora de todas as coisas que aconteceram ao seu filho, tenho medo dela ficar usando isso contra mim.
-Eu vou conversar com a minha mãe, vou pedir que fique fora desse assunto e nos deixar resolver as coisas da melhor forma, eu prometo. _Achei que só isso não seria o suficiente.
-Vamos embora? Voltar pra casa seria melhor, nós não deveríamos ter voltado. _Michael fez uma cara que sinceramente me incomodou, era como se havia um motivo pelo qual ele não poderia voltar.
-Não posso. _Veio a confirmação. -Conversei com o Terry e parece que as coisas não estão bem na empresa eu devo ficar. _Um frio sombrio e inquietante perpassou todo o meu corpo.
Eu não conseguia acreditar que nós ficaríamos ali de novo e que Michael voltaria à empresa, coisa que prometeu que não faria de novo.
-Michael e toda aquelas coisas que disse? Disse que não queria voltar a empresa, disse que aquele não era o seu lugar. Mas simplesmente você não consegue não é? A empresa sempre está de puxando de volta. _Fiquei um pouco irritada.
-Gracinha não é isso! _Passou a mão na cabeça sem paciência. - Eu não posso deixar que a empresa do meu pai venha a falir, eu não posso. Preciso assumir, pelo menos por enquanto. _Bufei.
-Seu pai, seu pai...._Desdenhei. - Ele nem liga pra você, nunca ligou. _Me repreendeu com o olhar.
-Gracinha olha. _Segurou os meus cabelos, olhando dentro dos meus olhos. -Luke está em um sanatório, não precisamos nos preocupar com ele. Ele nunca chegará perto de você novamente, eu... não... vou.... deixar. _Enfatizou, mas não me convenceu.
-Eu não quero ficar nessa casa. _Fui firme.
-Tudo bem, compraremos uma casa nova. Nos mudaremos para lá e você fica longe da minha família. _O acordo por mais que me deixava chateada era melhor do que ficar ali. Vendo Jane me passar na cara mesmo que indiretamente que sou a causadora dos problemas de sua família, por mais que não era isso que dizia, mas eu sabia que era o que pensava.
-Tudo bem.
-Vai dar tudo certo eu prometo. _Ele me abraçou mais uma vez e por mais louca que fosse aquela situação, me senti segura.
Michael, e o seu poder de me deixar segura, mesmo que o caso me fale que eu devia me preocupar. Só esperava que ele tinha razão e que tudo desse realmente certo.
Eu terminava de arrumar as minhas coisas para sairmos de vez daquela casa, e como não achei Michael por lá, fui até o jardim chama-lo para que terminasse de colocar as coisas dentro do carro. Nossa casa nova já havia sido comprada e eu estava ansiosa para me mudar de vez, já que ficar em Los Angeles não era uma escolha e sim se tornou uma obrigação.
A cena que presenciei assim que cheguei até a porta dos fundos onde dava para o jardim me encheu de amor. Lui estava sentado em uma cadeira de varanda ao lado de Michael que colocou Louise deitada em seus pernas e brincava com ela, fazendo barulhos na boca e ela ria como nunca. Michael se mostrava a cada dia um ótimo pai, coisa que eu nunca duvidei que seria, ele sabia lidar com nossos filhos de um jeito calmo e brincalhão. Michael não era só o homem que eu amava, ele era o centro do meu mundo e daqueles meninos também, eu tinha certeza.
Senti uma mão me cutucar por trás me tirando daquele estado de graça, me virei assustada e encontrei a expressão pálida de Jane.
-Podemos conversar? _Assenti.
Jane caminhou em direção ao escritório e eu fui atrás, quando entramos fechou a porta me mostrando que aquela conversa seria a mais desagradável de todas.
-Não precisam ir embora..._Continuou com a mão na porta se debruçando nela com um certo pesar. -... Pelo o que eu disse. _Virou-se para mim caminhando em minha direção.
-Não é pelo o que disse, não podemos ficar aqui. Você sabe tanto quanto nós.
-O que eu disse foi apenas verdades. _É, ela ia começar com aquilo de novo. -Se Louise for filha do Luke, ele merece saber. _Aquela afirmação me deixou com tanta raiva...
Eu estava revoltada com Jane, com raiva por ela está fazendo isso comigo, com nós, sabendo de tudo que o filhinho dela fez.
-Ele não merece nada! _Bradei. -Luke não merece nada Jane, ele é um verme desgraçado. Já esqueceu do que ele fez comigo? Do estado em que me deixou me fazendo passar por vadia diante do meu marido! _Os lágrimas de raiva e angustia saia dos meus olhos.
-Não é isso que estou falando Vick. Luke está naquela clínica, ele já está pagando por tudo que fez, talvez com Louise ele possa melhorar e..._Franzi meu cenho diante daqueles absurdo em que eu estava ouvindo.
-Eu não acredito que estou ouvindo isso.
Jane queria mesmo que eu usasse a minha filha para trazer um pouco de alegria a vida de Luke, para que eu possa está ao lado dele depois de tudo que fez?
-Eu não vou usar a minha filha para ajudar o Luke. _Fui enfática, carregada de dor injúrias. O que Jane pensa que é para vim até mim e pedir uns absurdos desses?
-Acontece que Luke é o meu filho Victória e eu tenho todo o direito de querer o melhor para ele.
-O Michael também é o seu filho! Mas você não se importa não é? Acha que tudo que Michael fez ao seu filho mais novo não chega nem perto de toda a merda que veio a fazer nesses últimos meses. Luke me violentou Jane, tentou matar o seu filho, tentou destruir a minha vida e mesmo assim você se acha no direito de vim até a mim dizer que se Louise for mesmo filha dele, eu devo usa-la para cura-lo?
Aquilo parecia contraditório demais, como uma mãe quer ajudar um filho com todos os pecados do mundo ferindo o outro?
-É o certo a se fazer. _Ri sem humor, caminhando pelo espaço daquele escritório com a mão na cabeça. Parecia que tudo que eu estava ouvindo eram meras loucuras vindo de uma mulher insana.
-Vai a merda Jane! _Gritei.
-O que está acontecendo aqui? _Eu estava tão nevosa que nem me dei conta da porta se abrindo e Michael entrando. -Dá pra ouvir os gritos de lá de fora.
-Conta pra ele Jane. _A olhei desafiadoramente. -Diz ao Michael o seu plano de salvar o seu filhinho. -Michael olhou para Jane sem entender muito, mas dava pra ver que estava ficando nervoso.
-Do que ela está falando mamãe? _Jane ficou séria, sem dizer uma palavra.
-Ela quer que eu use a Louise pra formar a família perfeita com o Luke, e tirá-lo da loucura. _Michael soltou um riso que mais parecia incrédulo do que outra coisa.
-Não acredito que está mesmo fazendo isso mamãe. _Balançou a cabeça colocando a mão na cintura. Ele parecia tranquilo, mas eu sabia pela forma de travar o maxilar que estava furioso.
-Tenho o direito de querer ajudar o meu filho de alguma forma. _Michael ficou sério de repente diante dessa declaração.
-Acontece que eu também sou o seu filho, droga! _Uma cadeira que estava perto dele foi ao chão. -Mas você não se importa com isso não é? Só se importa com o manezão, porque é filho do homem que você ama. Já eu mamãe...
-Não se trata disso Michael, não se trata disso. Eu apenas acho que Luke merece saber. _As desculpas daquela mulher só serviam para piorar as coisas.
-Luke não merece porra nenhuma! _Bradou Michael cuspindo. -O que aquele otário merece é ficar trancafiado naquele quarto de malucos até aprender. _Eu sabia que Michael havia se arrependido da forma que falou, mas sua mãe não lhe deu opção. -Não quero que se meta nos meus assuntos e nem na minha família mamãe. Deixa Vick e meus filhos fora disso. Louise é minha filha e mesmo que não for, Luke não vai ousar chegar perto dela. Nunca, entendeu? _Jane bufou irritada e saiu pela porta, respirei aliviada.
Corri até o meu marido abraçando-o, ele era realmente a minha força a minha proteção e eu não o largaria por nada desse mundo.
-Vamos embora logo amor, por favor. _Supliquei. Michael maneou a cabeça ainda em choque.
(...)
Nossa casa nova era impecável. Ampla, aconchegante e bastante inspiradora. Havia uma piscina no jardim e alguns play grouds para Lui brincar que logo se animou assim que viu. Eu não estava totalmente feliz, mas daria para levar até o dia que pudéssemos voltar para Suíça. Primeiro voltamos para Los Angels por conta do nascimento de Louise, mas agora teríamos que permanecer por causa da empresa. Isso me frustrava, mas se teria que ser assim, assim seria.
Mas por incrível que pareça as coisas estavam indo bem. Michael voltava seu trabalho árduo na empresa do pai e eu continuava sendo a dona de casa de sempre, cuidando dos meus filhos que para mim era a melhor parte. Ver o crescimento de Louise me enchia ainda mais de amor, ela era um anjo, linda, perfeita e adorável. Sorria de tudo e nunca dava trabalho, nunca chorava atoa. Michael é louco com ela, de todas as formas possíveis e eu ficava como uma mãe boba só babando.
Seis meses passaram tão rápido que nem me dei conta. As coisas pareciam está bem, não havia notícias de Luke e nem de Jane, e eu até estava me acostumando a viver ali novamente. Nossas vidas se limitavam a brincadeiras e sorrisos, parecia muito igual aos meses que passamos na Suíça, sendo assim, eu estava menos apreensiva e muito mais relaxada.
Michael estava lavando a louça depois da bagunça que fizemos na sala naquela noite. Fizemos chocolate de panela ao qual todos se lambuzaram, até mesmo Louise. Claro que só experimentou um pouco, mas pela cara que fez, adorou. Acontece que ele havia perdido um jogo ao qual eu entrei na competição, quem perdesse lavaria a louça e bem, ele havia perdido. Depois que Louise e Lui foram dormir me sentei em cima do balcão enquanto via o perdedor arrumar tudo.
-Da próxima, quem vai perder vai ser você. _Reclamou ele esfregando a esponja em um prato. -Acha mesmo que vou deixar barato?
Ele era tão lindo reclamão, se ele soubesse o quanto aquilo me deixava louca, não me provocaria dessa forma.
-Nossa, lavar a louça é tão ruim assim? _Ri da cara dele, Michael estava engraçadíssimo todo bravinho fazendo o serviço sozinho enquanto eu apenas observava.
-Não, mas não vou deixar barato você verá. _Seu sorriso misterioso me fez ver o quanto eu "pagaria" por aquele ato.
-Mas isso não é uma vingança, você já está pagando pelo jogo que perdeu. _Balançou o dedo cheio de espuma ao ar.
-Não, não. Vai ter troco gracinha e da forma mais gostosa. _O olhar que me lançou foi tão sedutor que me arrepiou.
-Uau! Então eu devo ficar ansiosa, e não temer? _Maneou a cabeça, já enxugando a pia terminando o trabalho.
-Pode ter certeza. _Deu uma piscadela.
Michael colocou o pano de prato em cima do fogão e caminhou até mim, se posicionando entre minhas pernas, segurei seus ombros um de cada lado, admirando aquele peito de fora, todo definido.
-Não arrancou pedaço, viu só? _Mordeu o lábio me olhando com desejo agora.
-Mas quero arrancar o pedaço de certo alguém, aos beijos. _Sua voz rouca rente ao meu ouvido já começava a me dar tesão, e uma leve mordida na minha orelha se deu. -Já fizeram seis meses e já faz um tempo que não fazemos amor, por conta de gravidez e do resguardo e...
-Sim. _Ri cobrindo minha cabeça com a mão, me sentindo envergonhada por ter demorado tanto para Michael e eu termos nosso momento íntimo. -Foi o nosso record.
-Nem com o Lui demoramos tanto. _Assenti.
Suas mãos migraram para minhas coxas trazendo meu corpo para mais perto dele, senti seu membro já ereto roçar minha intimidade por cima do meu baby doll.
-Vê o tamanho do meu tesão? _Assenti mordendo os lábios. -Não vai fazer nada quanto a isso?
Minha intimidade pulsava cada vez mais, a medida que ele esfregada sua ereção em mim, e eu me sentia tão molhada e não havia nenhuma razão para não transar com o meu marido. Eu precisava daquele corpo, precisava senti-lo dentro de mim, me possuindo, me pegando do jeito que só ele sabia fazer, do jeito que sabia como eu gostava.
Michael sabia o quanto estava mexendo comigo, sabia o efeito que causava em mim sempre que me encurralava assim, por isso nem ouviu a minha resposta e já tomou minha boca para si. Sua língua macia chupava a minha boca, e eu os seus lábios. A mão dele encontravam os meus seios e eu me entreguei com ânsia ao meu homem. O sabor gostoso da sua boca me motivava, o seu toque me inspirava, e o modo que se esfregava em mim me deixava cada vez mais pronta.
Enfiei minha mão dentro da sua calça colocando seu pau para fora, enquanto beijava meu pescoço observei seu membro teso, grosso, com veias alteradas por todo ele, e a glande rosada. Comecei a masturba-lo ouvindo seus gemidos e seus contorcionamentos, e era bom demais saber que tem o poder de agrada-lo. Parei por um instante apenas para levantar os braços enquanto ele tirava minha blusa. Michael admirou meus seios com luxuria.
-Caramba gracinha... Nem ao menos parece que pariu dois filhos, continua a mesma gostosa pelo qual eu me apaixonei. _Sorri satisfeita.
Terminei de tirar meu short com sua ajuda até ele se posicionar melhor entre minhas pernas e me possuir com delicadeza. Seu membro adentrando gradualmente dentro de mim me enlouquecia, atingindo pontos sensíveis que aumentava o meu tesão. Afastei os meus lábios sugando o ar pelo prazer a medida que se movimentava um pouco e parava. Era isso que fazia, entrava fundo me levando a beira do orgasmo e depois parava ficando estático dentro de mim.
Segurei com força seu ombro quando me estocou um pouco mais forte, aquilo definitivamente estava me enlouquecendo. Sua boca tomou a minha mais uma vez com fome, mordendo os meus lábios, sugando minha língua. Os movimentos dele se tornavam agora frenéticos, e meus gemidos já ecoava pela sala, obrigando Michael a manter nossos beijos para abafa-lo.
-Oh amor! _Gemi sôfrega em seu ouvido em um momento que soltou os meus lábios e isso foi estopim para que continuasse estocando com mais rapidez.
Eu iria gozar, faltava só mais um pouco para que me desfizesse para ele. Michael sabendo disso prendeu-se dentro de mim me fazendo suga-lo completamente paralisados, preso dentro de mim, absorvendo tudo de si. Eu o sugava com tanta força que senti os espasmos do orgasmo destruindo as minhas forças, fazendo meu corpo inteiro sentir os seus efeitos, atingindo completamente os meus nervoso, arrepiando o meu corpo, consumindo a minha alma. Meus olhos piscavam com frenesi involuntariamente e eu me prendia ao máximo para manter aquela sensação que aumentava cada vez mais. Esse efeito também levou Michael ao orgasmo, franzindo o cenho, mordendo os lábios e apertando minha pele com força. Me joguei em seu corpo estabilizando o meu depois daquele sucumbir que meu corpo havia sofrido, sentindo beijar minha testa.
-Oh amor! _Gemeu ele beijando a minha testa. -Eu necessito do seu corpo sabia disso? Hum? _Chupei seu queixo e depois assenti com a cabeça, concordando com tudo que falava.
-Você continua tão gostoso quanto na nossa primeira vez. _Comentei me sentindo mais uma vez excitada.
-Quando eu te provoquei ao máximo e você acabou se entregando a mim?
-Exatamente. _Sorri ainda entorpecida. -Está o mesmo homem delicioso de sempre, mas ainda melhor, porque conhece exatamente como meu corpo funciona. E, meu amor... ficar esses meses sem o seu pau dentro e mim me deu saudade.
-Imagina eu sem sua vagina, que aliás continua apertada como sempre, nem parece que pariu dois filhos. O que você faz, hein baby? _Ri com vontade.
-Acho que a culpa é sua. Seu pau é tão grande que não nota se minha vagina se alargou ou não. _Gargalhamos juntos.
-É melhor pararmos com isso, porque já estou cheio de tesão de novo.
-Engraçado porque eu também estou.
-Então vamos pra cama, e fazer amor a noite inteira vamos? _Levei meus lábios rente ao seu ouvido.
-Só se for ago
ra.
Michael e eu corremos para o quarto e lá... ah lá! Continuamos o nosso amor a resto da noite. Uma deliciosa noite cheia de orgasmos, amor, e cumplicidade.
O dia havia amanhecido e com ele uma sensação de paz me invadia por inteiro, o cheiro do meu homem espalhado pelo meu corpo, impregnado no suor da minha pele me fez sorrir extasiada. Nos embolamos nos lençóis a noite inteira, seus beijos ainda estava marcados em mim. Eu ainda podia sentir o seu toque e todas a sensações daquela noite de amor. Mas meu sorriso se desfez quando ele apareceu em pé no quarto todo polido de terno e gravata preparando para ir a empresa. Me cobri com o lençol e o encarei chateada.
-Já vai?
-Sim. _Bufei me jogando na cama de novo.
-É só o que queria, não é? Aplacar sua luxuria nos braços de sua mulher e ir embora. _Ele riu diante da minha cena.
-Para de drama gracinha. Fizemos amor a noite toda e dormimos juntinhos com o meu pau dentro do seu traseiro. Eu não abandonei você. _Olhei para ele com cara de tédio.
-Mas vai lá pra aquela empresa, invés de continuar na cama comigo. _Ele subiu em cima da cama, aproximando sua boca da minha com tanta sensualidade que por um momento achei que reconsideraria.
-Nem você vai poder ficar na cama, gracinha. _Sussurrou em um tom sacana. -Lui tem aula hoje. _Dei um pulo de repente procurando o relógio.
-Que horas são? _Isso foi um grito e Michael voltou a mesma posição de antes colocando o relógio em seu pulso.
-São quase sete da manhã, ele está um pouco atrasado, sabe? _Michael se divertia com a minha dispersão. Coloquei a mão na cabeça.
-E a Louise? _Meu Deus eu havia perdido totalmente a noção de tudo. Era isso que aquele homem causava em mim, eu esquecia do mundo só para ficar em seu corpo mais uma vez.
-Ela ainda dorme, mas daqui a pouco chora querendo mamar. _Tirei o lençol do meu corpo de repente e fiquei de pé.
-Uau, que traseiro bonito! _E lá estava ele, me provocando nos piores momentos.
-Não começa amor, eu estou super atrasada.
Entrei no banheiro depressa para tomar um banho, para conseguir despertar direito e conseguir seguir o dia.
No final das contas eu estava pronta e Michael havia aprontado Lui para mim, e trocado a frauda de Louise, só faltava mesmo eu amamenta-la para sairmos.
Michael seguiu em seu carro para o trabalho, absurdamente lindo e charmoso e eu morrendo de preocupação mais uma vez. Dei um "Boa sorte" para ele coloquei meus amores dentro do meu carro. Louise na cadeirinha sorria como nunca para o irmão.
-Olha mamãe, Louise está sorrindo. _Olhei pelo retrovisor enquanto dirigia, me permitindo abrir um sorriso para aquela cena. -Oi Louise, sou o Lui o seu irmão. _Ele pegou nas perninhas branquinhas daquele bebê lindo e ela sorria ainda mais fazendo barulhoso fofos.
-Ela sabe que você é o irmãozinho dela. Vê como ela sorrir pra você? _Ele assentiu feliz. -Ela sabe que você será o protetor dela, a pessoa que vai ensinar tudo o que sabe.
-Vou ensina-la a jogar vídeo game. _Abri um sorriso, por saber o quanto meu filho era inocente.
-Ensine, ela vai adorar. _Lui piscou para mim e eu pisquei de volta.
(...)
Quando Lui estava devidamente em sua sala de aula me permiti caminhar um pouco com Louise pelo parque. Seu carrinho de neném estava no banco de trás e eu a coloquei empurrando-a até chegarmos à uma pracinha. Haviam várias crianças brincando, e se divertindo. Peguei meu bebê no colo brincando com ela, dando beijinhos de esquimó e fazendo barulhos com a boca. Estava um clima agradável e tranquilo. Olhei para o lado e percebi uma pessoa no meu campo periférico da visão, essa pessoa parecia me encarar, estava determinada a isso e eu comecei a senti uma arrepio perpassara o meu corpo. Eu não queria olha-la e ter uma confirmação que eu não estava querendo, mas eu precisava fazer isso. Eu necessitava entender porque me olhava tanto, mas quando me virei para vê-la novamente havia sumido. Achei estranho, porque parecia que a pessoa estava me encarando, e de repente se escondeu. Tentei espantar essa impressão e me focar no fato de que haviam muitas pessoas ali e que poderia ser apenas impressão minha.
Continuei brincando com Louise. Depois amamentei outra vez, coloquei para dormir e em fim voltamos para casa. Quando chegamos Louise já estava acordada de novo e com fraudas sujas.
-Por favor Nancy. _Chamei a nova babá que Michael havia contratado para Louise. Era uma mulher de meia idade, baixinha, com expressão alegre. -Prepara o banho da Louise, sim? Ela chegou suja e eu preciso limpa-la.
-Sim. _Respondeu prontamente. -A senhora quer que eu dê banho nela?
-Oh, não. Só prepare a banheira, eu mesmo dou banho nela. _Ela assentiu.
Dar banho em Louise significava ficar mais um tempo com ela e o quanto isso me permitia, eu não desperdiçaria nem um momento.
-Ah, senhora Jackson! _Nancy me chamou de volta.
-Sim?
-Um rapaz veio aqui procurando a senhora. _Minha expressão que estava calma se transformou em em puro desespero.
-O que? Quem? _Não havia ninguém que pudesse me procurar. Os únicos que que podiam vim até mim, seria o meu pai, Terry, Michael e... Luke. Mas meu pai e minha mãe se mudaram para França, Terry estava na empresa com Michael. Michael era o meu marido e morava naquela casa, Nancy o conhecia bem e...Só me restava. -Como ele era Nancy? _Fiquei esbaforida, eu havia visto uma pessoa me vigiando no parque, alguém que se escondeu de repente quando olhei. Com certeza era mal intencionado, não da pra ter boas intenções se escondendo. Meu coração estava acelerado, parecia que todo o tormento voltaria novamente.
-E..eu não sei. _Nancy ficou nervosa diante do meu nervosismo, e aquilo a deixou sem reação. -Eu não o vi, foi pelo interfone, só disse que queria falar com a senhora. _Eu precisava descobrir mais coisas, eu tinha ter certeza se era o mesmo o Luke atrás de nós.
-E a voz dele? Era rouca, grossa, fina, era como? _Eu necessitava de informações, mas isso só fazia com que Nancy ficasse ainda mais nervosa e preocupada. -Era o irmão do meu marido? _Respirei fundo. As vozes de homem em sua maioria tinha o mesmo tom da de Luke, era impossível que Nancy me informasse com precisão e ela não conhece o irmão do Michael, é óbvio que se foi ele, não diria. -Desculpe Nancy, eu estou nervosa. Só me diga imediatamente quem veio procurar por mim e por favor olhe pelas câmeras de segurança o rosto dele. E não abre a porta para ninguém, pra nenhum parente do Michael e isso inclui a sua mãe. _Ela assentiu freneticamente, olhos arregalados. Ela não estava entendendo nada e provavelmente imaginando que aquela família era problemática, assim como de fato era. Talvez tentando encontra um motivo pelo qual eu agisse dessa forma.
-Não se preocupe Senhora Jackson, ninguém entra sem a sua permissão. _Me senti um pouco aliviada, mas não o suficiente para me acalmar.
Eu tinha medo de Luke, medo de tudo que ele fez comigo e de ter saído daquele sanatório para cobrar dívidas, só de pensar eu ficava louca.
Dei banho em Louise com os meus pensamentos torturantes, mas tentei não pensar muito nisso. Quando Michael chegar conversaríamos e tudo se encaixaria, pois eu sei que me diria algo pelo qual me tranquilizasse.
Vesti Louise com cuidado e quando estava pronta coloquei-a em meus braços para nina-la. Ela tinha um furo no centro do queixo como pai, seu sorriso bonito encantador. Ela tinha que ser filha dele, se parecem tanto. Eu não sei se algum dia iríamos esclarecer essa dúvida, mas enquanto esse dia não chegue prefiro pensar que Luke não me destruiu totalmente.
O jantar inteiro eu não disse uma só palavra, meus pensamentos estavam longe demais para me concentrar em Michael enchendo o saco de Lui para ver quem joga melhor e brincando com Louise que sentava na cadeirinha. Eu sabia que ele tinha percebido o meu distanciamento, pois de vez ou outra me olhava com desconfiança e eu sempre tratava de dar um sorriso sem graça só para disfarçar. Mas eu conhecia meu marido o suficiente para saber que mais tarde iria me perguntar.
Eu estava sem apetite, apenas revirava o prato, pensando em mil possibilidades sobre quem era a pessoa do parque e a pessoa que veio até a minha casa me procurar. Não sei se havia alguma ligação. Na minha cabeça aterrorizada havia sim e o meu medo que fosse Luke era latente.
Eu nem quis ficar até tarde com os rapazes assistindo filme, assim que Louise mamou e dormiu eu fiz questão de fazer o mesmo. Da cama dava pra ouvir o barulho de TV ligada no filme de terror que estavam vendo. Assim que Michael viesse pra cama eu iria reclamar com ele de colocar esse tipo de filme para Lui assistir, depois não quer que o garoto fique com medo e durma conosco por causa dos pesadelos. Acho que por conta disso e da minha preocupação, não consegui pregar o olho, andava de lado para o outro, colocava a mão na cabeça, me olhava no espelho da penteadeira em frente a cama, deitava de novo até a hora que Michael subiu. Ele me encontrou penteando os cabelos mesmo que não tivesse mais o que pentear. Acho que desenvolvi um tipo de tique nervoso.
Fui envolvida por trás, e beijada na nuca, tão gostoso que por um instante achei que meus problemas haviam acabado. As mãos ousadas de Michael subiram pelos meus seios, e sua boca migrando para a orelha, dando uma sensual mordida. Gemi um pouco.
Fiquei de frente para ele agarrando seu pescoço já tomando sua boca para mim em um beijo forte, com direto a chupões e mordidas.
-Onde está Lui? _Perguntei entre um beijo e outro.
-Já está dormindo, dormiu no meio do filme, e eu tive que carrega-lo para cama. _Sorriu.
-Não quero que ele veja esse tipo de filme, amor. _Me desvencilhei do seu braços e caminhei pelo quarto. - Ele vai ficar impressionado.
-Ah gracinha ele adora. Não se preocupe, não é algo que ele se impressionaria. _Balancei a cabeça. -Aliás, quero mesmo te perguntar umas coisas. _Xii sabia que essa hora chegaria. -Você está muito estranha hoje. Não tocou na comida, ficou desconfiada. Está escondendo alguma coisa, ou tem algo que está te incomodando? _Respirei fundo, tentando tirar coragem para lhe dizer. Eu não queria esconder nada dele, até porque fiz isso uma vez e só trouxe problemas, acabei fazendo com que Michael desconfiasse de mim, e definitivamente eu queria o meu marido mais perto de mim do que nunca.
-Está bem. _Me sentei na cama. -O Luke saiu.
-O que? _Foi mais um grito. -Como você sabe? Ele veio até você? O que ele fez Victória, diz? _Michael ficou tão nervoso quanto eu quando Nancy me disse sobre alguém me procurando.
-Não, eu não o vi. Relaxa! É que eu estava no parque com a Louise depois de deixar Lui no colégio e tive uma... uma sensação ruim de alguém me vigiando, como se tivesse na espreita. Quando olhei de soslaio vi um vulto de alguém se afastando e não consegui ver mais nada. _Caminhei para o outro lado do quarto. -Quando cheguei em casa Nancy disse que um homem veio aqui me procurar. É óbvio que pensei no Luke. Tão óbvio que não sei o que fazer.
-Se esse desgraçado vier atrás de você, eu não irei polpa-lo de novo. _Fechei meus olhos sentindo a angustia me dominar.
-Eu não sei amor, estou tão assustada. _Michael caminhou até a mim e me abraçou apertado.
-Pode não ser ele, sei lá. Luke está internado Vick, pelo que eu saiba estava mal, não acho que de repente saiu para vir atrás de nós.
-Acontece que já são seis meses que não temos notícias do caso. Não sabemos nada Michael. Pode ser sim que já saiu da clínica.
-Terry não me disse nada. Aliás eu o proibi de dizer qualquer coisa do meu irmão, então pode ser que se sentiu sem jeito de comentar. Não da pra saber. _Balancei a cabeça concordando.
-Só não sei como sabe onde moramos. Talvez seja a Jane que lhe disse onde nos encontrar. Sei lá sua mãe enlouqueceu com isso. Quer que Luke tem uma vida normal, quer que ele tenha alguma esperança com Louise. Não sei porque está fazendo isso, depois de tudo que viu Luke fazer conosco.
-Mamãe acha que somos culpados que vida de Luke está dessa forma. Acha que eu não mereço ser feliz como sou hoje as custas do meu irmão. Sempre com aquela cara de felicidade e votos de felicitações, mas. _Soltou um riso irônico. -Tá na cara que torce pelo filho do Roy! _Desdenhou a última palavra e eu voltei a abraça-lo sabendo que provavelmente Michael sempre iria carregar esse fardo a vida toda, o que era uma pena.
-Somos sua família, amor. Lui, Louise e eu. Acho que não precisa do resto dos Jacksons e seus problemas.
-Ainda bem que tenho você. _Acarinhou os meus lábios com ternura. -Tentaram destruir tudo que construímos, mas nunca conseguirão.
-Nunca. _Sussurrei. -Nosso amor é algo intenso demais. Eu sou apaixonada demais por você. Não sei se conseguiria seguir sem você ao meu lado, acho que não tinha como.
-E muito menos eu. _Riu. -Acho que ficaria perdido no mundo, sem rumo. Nos pertencemos.
Trouxe seu corpo mais próximo do meu fungando o seu pescoço, dando alguns selinhos e mordiscando sua pele a seguir. Definitivamente Michael era a minha força, meu porto seguro, minha tábua de salvação. Acho que é por causa da sua presença na minha vida que eu não pirei ainda.
Fui erguida me pendurando em seu pescoço beijada na boca com gana e levada para a nossa cama, tudo delicadamente. Mas isso mudou quando senti as mãos possessivas do meu homem alisar meu corpo, das coxas até minha bunda, quando se acomodou sobre mim.
-Faça amor comigo amor. _Sussurrou ele entre meus lábios. -E finge que não há mais nada lá fora, a não ser nós.
Era tudo que eu queria, ama-lo como e não existisse mais nada. Ama-lo como se dependesse disso para sermos felizes. Era esse tipo de relacionamento que Michael e eu construímos durante esses anos, um amor puro, sensível e companheiro.
Sua forma de tirar a minha blusa e apalpar os meus seios era perfeitamente carinhosa. Olhar em seus olhos e saber que o homem ao qual eu sou verdadeiramente louca está sentindo o mesmo sentimento que você não tinha preço. Senti sua primeira investida assim que nos encontrávamos nus, seu membro cada vez mais fundo, seus beijos cada vez mais intensos, boca, queixo, pescoço, tudo que nos dava vontade. Sua grossura atingiu-me em um ponto tão sensível que me contorci a baixo dele, gemendo baixinho somente para que ele ouvisse. Segurei sua nuca guiando seus beijos em meus seios, os movimentos cada vez mais intensos e deliciosos. Girei por seu corpo ficando agora sobre si, comecei a quicar sobre seu membro na tentativa de gozar desesperadamente, mas Michael guiou-me a me debruçar sobre o seu corpo. Ficamos coladinhos, voltamos a nos beijar.
-Eu amo você. _Aquela declaração me encheu de amor me fazendo gozar em seguida, o levando comigo.
-Eu também amo você. _Respondi sem fôlego.
(...)
-Quem é que faz aniversário na próxima semana mesmo? _Perguntei divertida circulando seu peito com as pontas dos meus dedos, e minha perna em cima do seu corpo. Michael riu.
-Não acredito que você lembrou disso.
-Como não? É o dia que o homem da minha vida nasceu. Não vou lembrar por qual motivo?
-Mas também é o dia em que o homem da sua vida se torna mais velho. _Balançou o meu maxilar de um lado para o outro. -O que significa que estou mais perto de cabelos brancos
-Sério? Nem parece. Quanto mesmo? Ah...46? _Maneou a cabeça em uma expressão de lamento. -Pois parece jovem para mim. Continua ainda mais lindo, ainda mais vigoroso e... gos...to...so. _Tentei um som sensual e ele mordeu o lábio.
-Ah isso é verdade. _Deu de ombros e eu gargalhei.
-Convencido como sempre, isso nem a idade apaga. _Fez biquinho negando. -Mas falando sério, eu quero comemorar. Esses anos você sempre deixava passar, sempre só um café da manhã com Lui trazendo alguma lembrancinha, nós três juntos o dia inteiro em casa, ou uma volta por ai. Quero fazer algo legal. Chamar o pessoal da empresa, algumas amigas que já tinha aqui que faz tempo que não falo. Acho que seria bacana, o que acha? _Aquela expressão de que não era uma boa ideia estava estampada em sua face, e isso me entristeceu.
Michael nunca comemorava seu aniversário, nunca se preocupou com isso. Para ele aniversários só servia para isso mesmo...fazer você ficar mais velho e consequentemente mais próximo da morte. Eu até entendo, levando em conta os longos aniversário solitários que teve a vida inteira. Mas acho que estava na hora de esquecer isso e saber que tem uma vida melhor e estamos todos ao seu lado.
-Não sei. _Se levantou da cama ficando sentado a beira. -Acho desnecessário. _Levou sua mão na nuca, um visível sinal de incômodo.
-Amor, olha, escuta. _Eu tentaria convence-lo. -Nós temos uma vida diferente hoje, temos dois filhos, nos amamos, estamos aqui ao seu lado. Acho que você merece sim uma festa comemorando essa data. Lui ia adorar me ajudar com os preparativos, ele adora fazer as coisas pra você. Por favor vai? _Perpassei minhas mãos em suas costas nuas. -Por mim? _Michael me olhou com mais serenidade e isso me fez saber que estava começando a reconsiderar.
-O que eu não faço por você, hein? _Sorri empolgada, beijando sua boca.
Aquele momento era especial e eu não podia deixar passar. E eu faria de tudo pra que desse tudo certo. Tudo seria feito com amor, e dedicação. Além de eu está ansiosa, pois seria a primeira festa que ele comemorava o seu aniversário, então tinha ser tudo com perfeição, como um verdadeiro marco.
No dia seguinte, fiz a minha rotina diária. Michael estava na empresa e Lui não havia ido para escola, estava comigo me ajudando a arrumar Louise para o seu passeio. Lui era tão carinhoso com ela que eu babava. O jeito que arrumava as roupinhas, o jeito que dava carinho a ela. Ele realmente amava Louise, isso estava estampado em seus olhos negros brilhantes.
-Louise golfou mamãe. _Lui correu até o armário de Louise buscando a frauda. Eu não havia visto, pois ela estava com a cabeça deitada no meu ombro, mas ele viu e foi o mais atencioso possível.
Levou a frauda a boca da linda bebê que sorria como se visse algo mais lindo do mundo, a limpou com cuidado e afagou sua cabecinha.
-Posso segura-la mamãe?
-Mas é claro que pode. Louise é sua irmã, e você tem todo o direito de tê-la nos braços. _Sorri com ternura para aquele menino doce.
Me ajeitei na cama, posicionando Louise ao colo de Lui que logo estendeu suas mãozinhas juntas para frente para recebê-la nas mãos.
-Ui! Ela é um pouco pesada. _Ele contorceu a boca, como se estivesse em apuros e eu ri.
-Segura ela com força e com cuidado. Segura também a cabecinha para que ela não tombe-a para trás, porque pode machuca-la. Eu estou te ajudando.
Lui a colocou em seus braços de uma forma confortável para ambos, e eu mais uma vez olhava para os meus dois filhos com ternura.
-Você é tão cheirosa Louise! Tem uma pele tão macia e eu adoro o seu sorriso. Não quero que cresça tão rápido, mas quando crescer eu sei o quanto será linda. _Segurei as lágrimas para não descerem, Lui era realmente fofo e eu o amava tanto por isso.
Quado engravidei de Louise por mais que soubesse o quanto Lui sempre foi evoluído para a sua idade, eu tinha medo que tivesse algum tipo de ciúmes. Sabemos que essas coisas de ciúmes entre irmão sempre foram comum nesse idade, e nós tínhamos um exemplo disso bem vívido na nossa casa. Mas ao ver Lui eu tive certeza que não deveria nunca me preocupar.
Ouvi a porta do quarto bater e logo Nancy entrar o quarto.
-Com licença Senhora Jackson. _Sua expressão estava temorosa, um pouco desconfiada. -Mas aquele moço que veio procura-la ontem, está ai de novo. _Senti o meu corpo todo gelar como se eu estivesse em um dos invernos devastadores da Suíça. Meus olhos arregalaram e o que era amor de poucos instantes, vi se transformar em desespero.
Me levantei depressa da cama com expressão de pavor. Mas eu não quis fazer alerde disso, não na frente de Lui.
-Querido me dê a Louise, irei lá fora um instante. Mas você pode ficar aqui com ela, cuidando dela, sim? _Ele assentiu.
Peguei Louise no colo e a coloquei no carrinho. Deixei Lui olhando a irmã enquanto eu acompanhava Nancy até lá em baixo.
Eu mal conseguia andar, minhas pernas estavam trêmulas, meu coração acelerado. Eu andava lentamente até a entrada de casa. Eu precisava saber se Luke tinha mesmo essa ousadia de aparecer na minha casa depois de tudo, eu precisava encarar a sua face de novo e ovaciona-lo com as minhas injúrias, lhe dizer como foi capaz de aparecer na minha casa à minha procura depois de todo o horror que me fez passar. Eu estava cansada de tudo isso, exausta daquele jogo que não acabava mais, só queria voltar a ser feliz. Será que eu não podia? Será que eu iria sempre pagar por ter me apaixonado?
-Nancy... _A chamei quando estava quase chegando até a porta. -Volte lá para o quarto, fique com Lui e Louise e tranque a porta. Se eu demorar mais de meia hora, chame a polícia e não abra a porta a menos que eu mande está bem? _Nancy arregalou os olhos, provavelmente pensando nas seriedade do que seria um pouco da minha vida. Ela queria perguntar algo, mas decidiu não fazer, apenas assentiu sua cabeça freneticamente e rumou para o quarto.
Me virei novamente em direção a porta, tentando procurar algum tipo de coragem para abri-la. Não sabia se estava cem por cento preparada para encarar Luke de novo, mas eu precisava fazer, tentar acabar logo com aquilo. Segurei a maçaneta trêmula, com um aflição latente dentro de mim. Meus olhos se fecharam e eu a abri de vez, olhando com angustia a figura a minha frente.
-Olá Senhora Jackson. _A imagem da pessoa a minha frente nem de longe se parecia com a de Luke. Era um senhor de idade com um sorriso simpático no rosto. Franzi meu cenho não conseguindo entender mais nada, porém aliviada o suficiente para respirar.
-O..olá. _Tentei abrir um sorriso depois da tensão que vivi.
-Meu nome é James eu sou o novo jardineiro. Se lembra que a senhora me contratou há algumas semanas atrás? _Meu Deus, é claro. Eu havia contratado sim um jardineiro e nem me lembrava mais disso.
-Cla..claro. Eu lembro. _Menti apenas para disfarçar a minha aflição. -Foi o senhor que veio ontem?
-Sim, foi eu sim, mas a senhora não estava. _Assenti calmamente desconstruindo toda aquela ideia fixa de Luke está atrás de mim.
-O jardim fica ali. _Apontei para os fundos da casa. -Preciso que faça exatamente o que o senhor achar melhor. Sabe? Podar, regar e essas coisas.
-Não se preocupe Senhora Jackson, deixarei seu jardim lindo como a senhora. _Sorri com a simpatia do homem, me obrigando a achar que sou a mulher mais paranoica do mundo.
(...)
-Um jardineiro, você acredita? _Me achei uma idiota contando isso para o meu marido que ria da minha cara, como se fosse a melhor piada. Bom, a situação foi realmente patética.
-Queria ter visto a sua cara. _O fuzilei com os olhos me sentando na cama, enquanto ele colocava o pijama.
-Não tem graça Michael. Deus eu fiquei apavorada. Até recomendei Nancy em trancar a porta e cuidar das crianças. _Michael caminhou até mim se ajoelhando entre minhas pernas. Senti suas mãos acarinha o meu rosto.
-Gracinha, Luke não se atreveria a vir aqui. Ele não vai voltar, pare de se preocupar tanto. Luke está em um sanatório de loucos, está estático parecendo um zumbi, sem condições alguma. Terry me disse hoje que a situação do meu irmão só piora. Ele deve saber, não é? Convive com a minha mãe...Não quero que os demônios do passado impeçam você de viver. _Ele tinha razão, eu deveria parar, deveria esquecer e seguia a minha vida, mas...
-E aquela pessoa que me vigiava no parque? Ainda tem ela. _Michael balançou a cabeça se ponto de pé.
-Gracinha aquele parque tem milhões de pessoas passando o tempo todo. Vai ver que estava mesmo olhando para você, mas o fato de ter saído justo quando você a olhou, foi apenas coincidência. _Pensando assim...
-Desculpe. _Abaixei a cabeça me sentindo péssima, uma idiota medrosa que estava querendo colocar barreiras em um pouco de felicidade que estávamos tendo. -É só que... As coisas não foram fáceis, há muito trauma em tudo isso. Quando decidimos ir à Suíça estava tudo ótimo, mas depois que voltamos e Jane com essa ideia fixa de Louise ser filha do Luke. Você não imagina o quanto eu tenho estado aflita com isso. Jane irá fazer de tudo para ver o filho melhor, até mesmo usar Louise pra isso. E eu não posso deixar isso acontecer. _Comecei a me desesperar com a ideia, uma lágrima apontou na minha bochecha e lá estava Michael para me consolar.
-Isso não vai acontecer, entendeu? _Seu olhar penetrado no meu estava determinado a me convencer. -Louise é minha filha, e isso é tão claro Vick.
-Não é tão claro assim Michael... _Me levantei da cama ficando de costa para ele, algumas lágrimas teimosas insistiam em cair.
-É, é sim. _Senti o meu homem me abraçar por trás, fazendo a paz aquecer o meu coração, seus beijos me excitarem e eu ter um pouco de calma. -Ela é minha, ponto final.
Me virei para ele, o encarando com os olhos medrosos, e imaginando o porque tinha tanta certeza assim.
-Como pode ter tanta certeza? Luke me violentou e não foi só uma vez.
-Luke é estéril! _Bradou. - Esse é um motivo grande não é? _Fiquei estática com tamanha revelação.
-O que? _Sibilei alto, e ele riu de lado.
-Sim, Vick. Luke é estéril, mas não sabe.
Senti minha cabeça girar, mas não posso dizer que isso não me tranquilizou, pois eu estaria mentindo. Ter certeza absoluta de que Louise era filha do homem que eu amo, aplacou todo o medo que me invadia.
-E como você sabe de tudo isso e ele não? _Michael tinha uma forma incomum em descobrir tudo que precisa e às vezes isso me assustava um pouco.
Ele sentou-se à poltrona cruzando uma perna em cima da outra, seu abdômen de fora estava relaxado, mostrando sua definição perfeita.
-Quando visitei Luke naquele sanatório, assim que mamãe saiu eu voltei. Paguei o médico para que me desse todas as informações sobre o caso dele. _Franzi o cenho.
-Você é irmão dele, por que teria de pagar pra saber uma coisa dessas?
-Pois é. _Ergueu os ombros. -Aparentemente parece que mamãe cuidou para que eu não soubesse de nada. Dr, Raydom, não colaborou em nenhum momento, a menos quando o ofereci o dobro que mamãe pagou. _Aquilo estava estranho até demais, as coisas ali não estavam certas.
Parece até que Jane estava escondendo algo sobre o filho para que nós não soubéssemos e usaria isso contra nós. O que me fez saber que Jane também sabia do problema reprodutor do filho.
-Fiquei sabendo que Luke é estéril e que um dia pode se recuperar totalmente do estado catatônico, pois a loucura dele foi ocasionada por estresse agudo, e com o tratamento adequado ele podia se recuperar rápido como se nada houvesse. _Essas palavras me deixou novamente tensa. A qualquer momento Luke poderia vim atrás de nós, e pelo que Michael deu a entender tudo era um plano.
-Sua mãe quer mesmo tirar a Louise de nós não é? _Aquele possibilidade me entristecia. Uma mulher que se dizia torcer por nós e nos amar, fazer uma coisa dessas era realmente doloroso. Se era doloroso para mim imagina para Michael, seu próprio filho.
Michael assentiu pesadamente, mas incrivelmente tranquilo. Eu não sabia de onde Michael tirava tanta tranquilidade, mas o mundo poderia está desabando e ele mesmo assim seguia a vida. Único momento que o vi desabando foi quando achou que eu estava contra ele, talvez me perder o deixava mal. Agora os outros, acho que eram apenas os outros, ao qual estava acostumado lidar durante toda a vida, como se já esperasse sua traição.
-É o que parece.
-E você fala isso assim? Michael a sua mãe vai fazer de tudo para aquele filho da puta tire Louise de nós e você fala assim?
-Vick, escuta. _Ele se levantou de vez, me encarando com uma expressão dura, como se não aguentasse mais aquela situação. -Eles não vão conseguir, entendeu? _Aquela frase não causava mais nenhum efeito em mim, considerando o fato de que já vi Luke conseguir o que quer, ainda mais com Jane lhe apoiando.
-Você sabe tanto quanto eu, que não devemos subestimar o Luke.
-Mas também não devemos superestimar. O máximo que Luke fará é tentar se aproximar de Louise, enfiar na cabeça dele que ela é sua filha. Tentar me atingir com isso e achar que está causando algum tipo de efeito. Mas não. Eu sei de tudo e ele é o que não sabe de nada. Eles acham que estão no controle, mas não estão. _Senti as lágrimas quentes rolarem pelos meus olhos. Mas de alguma forma Michael poderia estar certo.
Quando passamos na frente do nosso inimigo somos capazes de virar o jogo contra eles quando nos é conveniente, e isso os torna fracos. Eu aprendi isso com o Michael, ele havia me falado muitas coisas sobre manipular as pessoas e se fosse dessa forma, o jogo estaria ao nosso favor. Mas não sei, algo dentro de mim me mandava ter cuidado.
-Ah gracinha relaxa, por favor? _Meus dois ombros foram segurados com firmeza, sua áurea e a convicção que me mandava relaxar por um instante me fez realmente acreditar que estava tudo sob controle. E eu gostei de me sentir assim. -Eu nunca vou deixar nada acontecer com você, ouviu? Nem com você, ou com Lui, ou com Louise. Isso está fora de questão. Vão ter que passar por cima de mim primeiro. _Sorri de leve, sem vontade. Tentando ao menos estabilizar a minha insegurança. -Você precisa de um banho. _Constatou. -Posso ajuda-la nisso. _Levantou uma sobrancelha sugestivamente.
E era tudo que eu precisava, de um banho e do corpo dele junto ao meu. Sua pele macia, seus beijos entorpecedores e seus toques arrebatadores. Acho que era isso que eu precisava em cada momento ruim que eu por ventura passei. Só o amor dele já me bastava.
A água quentinha escorria pelo meu corpo e a minha frente o corpo nu escultural do meu marido. Não conseguia parar de admirá-lo, aquele corpo esquio inteiramente definido, seu pênis ereto apontando para a minha direção me fazia salivar. Aquele rosto delicado, seu olhar terno, mas ainda sim com um aspecto de luxuria admirando o meu corpo igualmente, me excitava.
Meu marido deu dois passos em minha direção aproximando nossos corpos, sentindo a textura escorregadia dos nossos corpos molhados e juntos, me excitou ainda mais.
Minha boca foi tomada imediatamente e explorada centímetro por centímetro por sua língua macia. Minhas mãos apalpavam o seu corpo incrivelmente duro, em um deleite sem igual. Nossos sexos se juntaram de uma forma única, mas sem que ele me penetrasse. Eu queria e precisava fazer uma coisa antes. Então dei uma ultima chupada em seus lábios e desci o meu corpo pelo seu, perpassando minhas mãos a medida em que eu descia, sem deixar de olha-lo.
Peguei seu pau entre os dedos apertando com força, notando a expressão de Michael se contorcer de prazer. Comecei a masturba-lo com maestria ouvindo-o gemer, seus quadris remexendo ao meu ritmo. Aquilo me inspirava a ir com mais rapidez, determinada em faze-lo gozar. Mas só toca-lo não estava me satisfazendo eu precisava de mais, por isso inclinei minha boca até sua glande alterada me preparando para chupa-lo.
-Ohh Gracinha!! _Seu gemido rouco e estridente me mostrava o quanto apreciava. Comecei a suga-lo com força levando-o cada vez mais para dentro da boca. Levantei minhas vistas e o vi encostar suas mãos abertas no azulejo úmido pelo vapor. Sua boca estava aberta enquanto gemia alto. Eu adorava dar prazer para aquele homem completamente molhado e apetitoso, meus movimentos aumentava junto com suas reboladas para dentro de mim. Michael transava com a minha boca de uma forma sensual ao qual em pouco segundos senti os jatos do seu gozo invadir a minha garganta.
Ele estava tão ofegante, mas mesmo assim me levantou de suas pernas e tomou minha boca para si.
Continuamos nosso amor na cama, com Michael me penetrando com força me estocando, me possuindo, me comendo. Seu membro grosso me preenchia inteira, me tocando em pontos sensíveis que me dava prazeres maravilhosos. Segurei com força em sua nuca, beijando sua boca enquanto fazíamos amor. Quando Michael e eu nos amávamos era sempre intenso demais, me permitindo me desfazer em seus braços com nossos corpos queimando, repleto de suor.
(....)
Aquela amanhã estava linda, ensolarada e os pássaros alegravam com a sua cantoria. Já era o dia do aniversário de Michael e eu juntamente com os empregados e Lui ajeitávamos os preparativos.
Ficamos o dia inteiro organizando tudo, até a chegada do bufê e de outras equipes da festa. Meu sorriso era o maior de todos, eu estava realmente muito feliz com aquele momento. As coisas pareciam realmente está entrando nos eixos e quando meu amor chegou do trabalho no final do dia o recebi com beijos quentes em nosso quarto.
-Feliz aniversário meu amor. _Disse entre seus lábios.
-Hum. _Recebi um selinho. -Obrigado. _Recebi mais outro. -Parece que as coisas estão maravilhosas lá em baixo não é? _Constatou.
-Fiz um ótimo trabalho, modéstia parte. _Ergui os braços. -Mas você merece, merece cada esforço. _Rocei meu rosto em sua barba por fazer, aquele lindo cavanhaque que havia se formado. -Sua roupa está ali. _Apontei para o Smoking espalhado na cama. -Toma um banho e vista-se. Os convidados já vão chegar. _Apertei sua bunda com força ao qual fez biquinho para mim, me olhando com malícia.
-Que ousada. _Mordi meus lábios e ele foi para o banho.
Terminei de arrumar Lui e depois Louise, quando percebi o salão estava repleto de convidados, bebendo, conversando e comendo. Mas ainda assim continuei preparando os meus amores. Ajeitei a gravata de Michael e dei o último selinho em seus lábios.
-Você está muito gostosa. _Seu olhar desejoso para mim me mostrava o quanto ainda conseguia fazer Michael sentir algum tipo desejo por mim, o que me deixava aliviada.
Ás vezes quando se é casado há algum tempo os homens tendem a perder o interesse pela sua mulher, isso me assustava. Tinha medo de acordar e de repente Michael não ser capaz de sentir mais nada daquilo por mim. Mas a cada dia me mostrava o quanto estava errada.
-Você nem se fale. Mais tarde irei dar um trato em você. Espera para ver. _Ele piscou para mim e depois mordeu meu lábio, pegando minha boca para um beijo calmo, mas sensual.
-Vamos descer aniversariante, os convidados te aguarda.
Michael e eu descemos as escadas de mãos dadas enquanto o pessoal da empresa o ovacionava com aplausos e felicitações. Peguei Louise do colo de Nancy e Lui ficava ao lado do pai, parecendo uma cópia perfeita de terno e gravata. Éramos uma família feliz do nosso próprio jeito.
Mas não gostei nada daquelas secretárias olhando para Michael como se fosse uma bomba de chocolate apetitoso. Eu sempre fui uma mulher ciumenta e isso não diminuía com o passar dos tempos, muito pelo contrário. E vê-las admirando o meu marido me deixava a ponto de explodir.
-Quantos anos mesmo, 30 anos? _A loira azeda perguntava a Michael e eu me controlando ao máximo para não lhe dar uma resposta.
-Ah que isso! _Ele era irritantemente convencido. - 46. _Aquele sorriso de homem safado estava lá estampado em seu rosto e ele não fazia ideia do quanto me irritou. Ele gostava disso, gostava que as mulheres o elogiasse, era um tipo de ego masculino.
-Uau! Você é sortuda Vick, ter um homem tão conservado e lindo com o Michael. _Olhei com desdém para aquela idiota.
-Sorte essa que você nunca terá, não é mesmo? _Ela desfez o sorriso e Michael me olhou com uma expressão de "ferrou". Mais tarde ele iria ouvir.
Foi quando ouvi um estrondo e a porta da entrada ser aberta de uma vez. Quase não acreditei na figura de Jane adentrado o salão. Segurei Louise com força no meu colo e apertei as mãos de Michael, porque a imagem a seguir realmente me deixou sem forças. Luke vinha a seguir com um sorriso estampado em seu rosto, impecável de terno, como se nunca esteve doente na vida.
-Não me convida para o aniversário do meu próprio filho Vick? _Jane tinha um olhar bem distinto do que eu havia acostumado notar. Era desafiador, egocêntrico e mesquinho.
-Nancy, leva Lui e Louise lá para cima, por favor? _Nancy assentiu pegando Louise do meu colo e caminhando para cima segurando na mão de Lui que olhava a cena bastante desconfiado e assustado.
-Então esse lindo bebê que é minha filha? _Luke falou tão alto que todos olharam para a nossa direção. Provavelmente chocados com a revelação bombástica.
-Cala a boca seu idiota! _Michael cuspiu as palavra com irritação. -Não vai estragar a minha festa.
-Você também estragou o meu noivado, lembra?
-Foda-se, você não vai estragar a minha.
Aquilo estava longe demais. Os burburinhos dos convidados me deixava bastante apreensiva, e eu tive que fazer alguma coisa.
-Vamos lá para fora. _Comentei de maxilar travado. -Não quero confusão aqui.
Seguimos os quatro para fora, Michael parecia nervoso e eu nem se fale. Encarar Luke depois de tudo era perturbador, só que mais perturbador era não enxergar nenhum resquício de loucura.
-Não acredito, mamãe. _Começou Michael indignado. -Que você trouxe esse desgraçado para cá, no meu aniversário!
-Somos uma família meu amor. _Jane tocou no rosto de Michael ao qual desvencilhou com rapidez. -Devemos sim comemorarmos juntos. _Riu ironicamente achando sua mãe mais louca que nunca. Talvez a doença do filho foi transferida a ela.
-Você só pode está brincando.
-46 anos meu irmão. Como você está ficando velho... _Luke desdenhou enquanto Michael o encarava com aquele costumeiro sorriso de deboche.
-Viu só Luke? 46 anos e ainda sou melhor que você, otário. _Luke tentou enfrentar Michael depois do insulto, mas Jane o segurou. Provavelmente não seria o momento de confronto.
-Vim buscar o que é meu de direito. _Entendi que se tratava de Louise, sabia que se Luke voltasse seria somente para isso.
-Aqui não tem nada que lhe pertence irmãozinho. Tudo que há aqui é meu, tanto a casa quanto Vick e meus filhos.
-Não me refiro a Vick. _Me olhou com asco. -Ela não me interessa mais. Mas sim a minha filha. _Michael gargalhou balançando a cabeça. Era divertido para ele saber a verdade e ver Luke tão confiante em algo que não existe.
-Louise não é sua filha! _Bradei enfiando meu dedo em sua cara. -Você pode até ter tentar destruir a minha vida Luke, mas não à esse ponto. _Michael segurou meu braço me colocando para trás dele.
-Deixa que eu resolvo isso gracinha. _Talvez ele não quisesse que eu abrisse a boca naquele momento. -Há quanto você acha que Louise é sua filha Luke? Um por cento ou um por cento e meio? _Entortou a boca lhe dando algumas opções.
-Do que você está falando?
-Não porque se for um por cento e meio, há uma grande probabilidade de você ficar com ela. Agora se for um por cento, bom. _Deu de ombros. -De qualquer jeito, continua não sendo a sua filha. -Luke tentou enfrentar mais uma vez Michael, mas de novo Jane o impediu. Ele detestava quando Michael usava de seu sarcasmo para coloca-lo para baixo, e eu adorava isso.
-Michael, Luke apenas quer ver a filha, ok? _Michael olhou tão depressa para mãe, com um olhar tão fulminante que até mesmo eu fiquei com medo.
-Que feio Senhora Jackson! _Balançou a cabeça em lamento. -Muto feio mentir sabia? Logo você, a rainha da moralidade, mulher do grande Roy Jackson ao qual você sempre amou. Ele deve está com vergonha agora.
-Do que ele está falando mamãe? _Luke bradou sem paciência.
-Não é nada Luke. _Ela encarava Michael como soubesse que o filho tinha sido mais esperto do que os dois juntos e sabia de toda a verdade. O que foi um grande ponto para nós. Com certeza Jane não quer que o filho saiba, pelo menos não agora.
-Conte pra ele mamãe, ou eu mesmo conto. Agora saia da minha casa imediatamente, senão chamo a polícia por invasão. E quando me perguntarem se a senhora aqui presente é minha mãe... falarei que é sim, mas adora me ferrar só porque não sou filho legítimo do homem que ela amou.
-Isso não é verdade. _Comprimiu os lábios com força.
Jane só queria salvar o ponto que restava de Luke, por isso tomou uma decisão tão drástica. Ficando frente a frente com ela e a olhando nos olhos pude ter a certeza disso claramente. Talvez ela Não quisesse mesmo o mal do filho mais velho, mas usando sim a forma mais duvidosa para salvar o outro.
Devia ser horrível para aquela mulher saber que o filho ao qual ela sempre jugou correto e de bom caráter, se transformar em um insano e capaz de tudo para conseguir o que quer. Com Michael ela já esperava, mas Luke jamais.
-Ah não? Nada disso aqui é verdade, não é mamãe? _Michael apontou para a saída com os olhos vidrados nos dois, ao qual recuaram imediatamente.
Deixei o choro sair como um alívio e abracei Michael com força. Ele tem sido a minha fortaleza e eu adorava isso. Senti seus dedos longos acarinharem o meu rosto e o beijo cálido nos meus lábios. Esse pesadelo estava sendo contornado por ele e eu agradecia aos céus por ter me dado um homem tão vencedor como Michael era.
(...)
Voltamos a festa como se nada tivesse acontecido, comemos e bebemos enquanto Lui ficava brincando com as outras crianças. Percebi que Michael estava conversando com Terry e eu me aproximei dos dois para saber do que se tratava.
-Jane se afastou demais de mim. Quase não fala muito, sempre está no telefone com Luke sussurrando para que eu não ouça. Talvez ela saiba que não concordo com nada disso e que se eu ouvisse o mínimo que seja eu contaria para vocês. _Michael colocou a mão na nuca e balançou a cabeça.
-Não sei o que pretendem, mamãe está perdendo a cabeça por causa dele. Até pra ele está mentindo. Uma tentativa inútil de faze-lo melhorar, mas ouça o que eu digo Terry, isso só vai piorar a situação dele, e ela sabe disso.
-O que devemos fazer Terry? _Perguntei suplicante. -Só quero que Jane e Luke ficam longe de Louise, minha filha não merece ser tão perseguida assim.
-O que resta agora é esperar Vick. Ficar de olho e esperar. _Suspirei. -Sabe Jane não é uma mulher má, ela só quer salvar o filho, a única coisa que restou de Roy. Sou marido dela hoje, mas eu sei o quanto ela amou esse homem. É complicado eu sei, mas ainda assim acho que é uma medida desesperada de uma mãe desesperada.
Fiquei pensando a respeito, talvez se eu estivesse em seu lugar eu faria sim algo drástico para salvar Lui ou Louise. Uma mãe sempre é capaz de fazer qualquer coisa para o filho, mas definitivamente tentar destruir a vida de outro filho para salvar um, eu não seria capaz. Sendo assim Jane não estava sendo justificada por mim.
-Por que está com ela Terry? _Michael perguntou. -Como ficar com uma mulher que não se consegue lidar?
-Por que você está com a Vick, Michael? _A pergunta ficou no ar,mas entendemos muito bem e Michael confirmou com a cabeça.
(...)
Depois da meia noite cantamos parabéns a Michael e cortamos o bolo. Acho que ele não esperava uma festa como essa, com tantas afrontas, mas com muitas alegrias apesar de tudo. Creio que pensava em algo melhor para esse dia, mas eu tenho certeza que apreciou cada detalhe ainda mais porque sua mulher e seus filhos estavam ao seu lado.
Quando todos foram embora ainda tomávamos um vinho na sala. Coloquei minhas pernas em seu colo enquanto acariciava. Ele estava lindo com a camisa meio aberta e a gravata completamente frouxa.
-Eu amo você. _Comentei com a boca bem próxima da sua. -Sabe disso não é? _Ele assentiu com um sorriso de canto.
-Eu sei. E é exatamente por isso que ainda teremos a chance de comemorar meu aniversário da melhor forma. _Levantei uma de minha sobrancelha. Michael tirou um folheto do bolso que nem sei como colocou lá.
O peguei em minhas mãos e vi que se tratava de um Motel.
-Resolvi me da esse presente. _Deu de ombros, bebericando um gole do seu vinho. -Já reservei o quarto e tudo mais. Quero você para mim essa noite inteira. _Sorri com malícia, pensando em várias possibilidades, criando muitas expectativas.
Tomei sua boca em um beijo forte, com direito a sugadas e lambidas. Eu amava aquele homem, sentia desejos intensos por ele e me sentia a mulher mais completa e feliz de todo mundo.
Quando a porta do quarto de hotel foi aberta tive uma visão bastante agradável daquele lugar, estava tudo impecavelmente decorado. A cama com lençóis vermelhos e algumas pétalas de rosas jogadas, champanhe em um balde com gelos em cima da mesinha e luzes na penumbra. Estava um clima de romance que me deixou emocionada. Michael fechou a porta atrás de nós e eu me permiti abrir a boca extasiada. Michael nunca havia feito uma coisa dessas para mim, não que eu me lembre, apenas na nossa lua-de-mel, mas isso era de se esperar. Agora em uma noite como aquela, ainda mais no seu aniversário?
-Isso é incrível. _Senti seus lábios molhados beijarem a pele da minha nuca com suavidade, me fazendo fechar os olhos.
-Quem disse que eu não teria o melhor aniversário de todos? _Levantou a sobrancelha sugestivo, depois caminhou até o balde com as garrafas de champanhe. -Está servida? _Ergueu as duas taças que havia pegado do lado.
-Michael a gente já bebeu demais por hoje, daqui a pouco seremos dois bêbados aqui.
-Pelo que vamos fazer hoje, acho que uma bebida vai cair muito bem. _Ele retorceu o arame para desprender a rolha, chacoalhou e a empurrou com o dedo. Logo se ouviu um estrondo e a rolha pulou fora, derramando espumas pelo chão. Batia as palmas pelo feito.
Me estendeu a taça assim que encheu de uma quantidade generosa.
-E o que vamos fazer hoje? _É óbvio que eu sabia o que faríamos naquela noite, não sou tão ingênua assim. Mas eu queria ouvir de sua boca, queria que pronunciasses as palavras corretas, pois soa tão sexy no tom rouco que sempre fazia questão de nivelar.
Caminhou graciosamente em minha direção, sem tirar os olhos dos meus. Aquele olhar desejoso, queimando em chamas que me fazia sentir despida, estavam lá. Seus lábios vermelhos convidativos me atraíam com veemência ao qual encostou em minha orelha, pude até sentir o seu hálito fresco de champanhe.
-Coisas. _Sussurrou me fazendo arrepiar-se inteira e logo mordeu o lóbulo da minha orelha.
Michael segurou minhas mãos me guiando até a janela daquele quarto, me pedindo para olhar para céu.
-Vê aquela estrela lá ao longe? _Sim eu a via, era enorme e muito brilhante. Eu nunca havia visto tamanha estrela antes. Confirmei com a cabeça. Michael se posicionou atrás de mim, me envolvendo pela cintura. -Pois então... ela é a única que brilha mais, vê? Todas as outras ao redor são apagadas, ou menores. Mas ela se destaca. _Só queria saber onde ele queria chegar. -É como você Vick! Depois de tantas dificuldades ao redor, de tanta provação você ainda continua como aquela estrela. Brilhante e se destacando dos demais. _Senti a emoção daquelas palavras me invadirem. Me virei para Michael e nos olhamos com ternura.
Olhar para aquele homem depois de tudo que vivemos, quem ele foi e quem ele é, assim tão romântico e o jeito que me conhece tão bem, era grandioso. Não sei o que fiz para merecer aquele amor, mas sinto que é tão grande que cada vez mais os problemas diminuem. Me sinto forte, capaz de enfrentar qualquer coisa e me faz saber que posso acabar com qualquer dor que porventura viesse contra nós.
-Eu o amo tanto Michael! _Ele sorriu de lado, deixei um pingo de lágrima escorrer dos meus olhos ao que ele limpou rapidamente, chupando o dedo molhado.
Seus lábios se aproximaram dos meus e nos beijamos com ganância, nossas línguas experimentando uma a outra, minhas mãos apertando sua nuca, nossas cabeças girando de um lado para o outro. A medida que o ritmo do beijo aumentava, mais a urgência e o desejo me possuía. Eu queria muito mais, queria tê-lo para mim, queria senti-lo dentro de mim. Separamos nossos lábios e Michael migrou para o meu pescoço, com as vistas baixas notei uma protuberância entre suas pernas, sorri entorpecida.
Michael interrompeu aquele momento caminhando até o criado mudo ao lado da cama, fiquei sem entender muito, até ele abrir a gaveta e tirar de lá algemas e vendas. Abri minha boca com admiração diante da imaginação que veio em minha cabeça.
-Pronta pra brincar gracinha? _Aquela cara de cafajeste que fez, fez minha vagina pulsar e gritar para ser tocada urgentemente.
(...)
Tudo estava escuro, meus braços levantados ao ar e meus pés esticados presos por algemas. Meu corpo despido e uma sensação gostosa no meio de minhas pernas ao qual eu não sabia ao certo o que poderia ser.
-O que é ? _Ergui minha cabeça para tentar olhar pelas frestas da venda, mas não obtive sucesso.
-Tá gostoso? _Senti meu clitóris ser capturado e puxado, depois massageado com delicadeza. E aquilo era sem dúvida muito gostoso.
Senti um arrepio bom me atingir entre a minha virilha e reverberar pela minha entrada me lubrificando ainda mais. Tive uma necessidade maior de mais um toque.
-Oh está sim! _Agora senti algo gelado e molhado caminhando pelo meu corpo, da virilha até os meus seios lentamente. O que me enchia de expectativas e minha vagina liberando mais lubrificação.
Senti sua boca perpassando pelo local onde acabava de caminhar o que provavelmente seria o gelo e quando pairou nos meus seios, ele abocanhou o direito chupando com força como se beijasse minha boca em um ímpeto magistral. Gemi com força, eu precisava de um toque dele no meu lugar sensível agora mesmo, precisava tirar essas algemas, toca-lo, beija-lo, sentir seu pênis grosso e escorregadio dentro de mim.
-Michael me toque. _Minha voz saiu pelo fio, considerando a intensidade dos meus desejos.
-Calma gracinha, assim não tem graça! Preciso de mais tempo. Aliás quero me divertir muito hoje. Acha que não quero me enterrar nessa sua vagina apertada e gulosa? Claro que quero, mas assim não será divertido. Só lhe peço que não goze antes da hora. _Assenti freneticamente.
Eu sabia que eu teria um dos melhores prazeres naquela noite, sabia que Michael me levaria à um orgasmo inédito para ambos, e mesmo que minha ansiedade por conta do forte tesão que eu sentia eu precisava relaxar e deixar a brincadeira começar.
E agora eu senti mais uma vez um objeto adentrando-me, capturando o meu clitóris, e me sugar completamente. Senti uma sucção tão forte que me levou a beira do orgasmo, mas me contive ao máximo para não estragar tudo, mas não deixei de liberar um gemido alto da minha garganta.
Agora senti a língua quente de Michael me lamber inteira, como se fosse sua comida predileta e eu daria tudo para olhar sua expressão luxuriosa, enquanto fazia. Era crueldade da parte dele me vendar e não me permitir admirar aquele corpo perfeito que com certeza estava nu.
-Hum... que gostosa! _Se eu sou tão gostosa, então por que parou de me chupar?
-Continua amor, continua... _Supliquei.
Mas invés disso ele começou a me soltar, tirou a venda dos meus olhos e meio atordoada com a luz forte no meu rosto pude contemplar seu corpo gostoso nu. O pênis de Michael estava tão duro e com veias alteradas, já no ápice do tesão. Quando me encontrei solta me ajoelhei na cama como ele e me joguei em seus braços beijando lhe a boca, que correspondeu prontamente, puxando meus cabelos com força.
-Fica de quatro, baby. _O tom autoritário dele, me fez querer fazer exatamente como me pediu. -E empina bem.
Apoiei minhas mãos e meus joelhos na cama e empinei minha bunda para ele, como me pediu. Achei que seria preenchida por seu membro imponente, mas estava redondamente errada. Invés disso sua boca me abocanhou mais uma vez por trás, sugando a minha bunda com força, soltei um grito alto.
-Michael. _Passei a movimentar minha bunda ao encontro de sua boca com rapidez. Eu estava perdendo as forças, meu corpo estava trêmulo e reverberava tudo dentro de mim. Os movimentos ritmados aumentavam gradualmente, senti uma bomba me atingir sem aviso prévio e eu gozar com os espasmos do orgasmo explodir completamente meus órgãos sexuais. Gemi com força apertando os meus olhos e caindo na cama.
Michael continuou beijando meu corpo enquanto eu recuperava o meu fôlego. Quando isso aconteceu, olhei para ele que sorria de lado, seu membro continuava ereto me lembrando que eu precisava fazer alguma coisa ali.
Abocanhei seu peito duro chupando sua pele com fome dele, o mordi descendo cada vez mais a minha boca, ouvindo gemer alto de tesão. Parei em sua virilha experimentando meu marido já me preparando para abocanhar o seu pau, mas me impediu.
-Não senhora, faremos isso juntos. _Mesmo depois de ter gozado ainda me sentia excitada, ele estava lindo nu e o fato de saber que ainda não gozou me deixava ainda mais.
Michael se levantou da cama pegando uma espécie de vibrador para casais. Ele se prende na pélvis do homem e veste o pênis e quando estiver dentro de mim, ambos se deleitaria com o seu poder vibratório. Me enchi de expectativas.
Michael me deitou na cama vindo por cima de mim, se encaixou nas minhas pernas ligando o aparelho e me penetrou de uma só fez. Seu gemido gutural era uma evidente prova do prazer que sentia, me fazendo saber a sua capacidade igualmente. Meus nervosos vaginais vibravam de uma forma intensa, eu sentia prazer em lugares que nem achava possível. A expressão contorcida e entorpecida do meu marido era um deleite. Seus olhos semicerrados de desejo, sua boca uma ora aberta enquanto se enfiava em mim, e outra mordendo seus próprios lábios. Um choque gostoso me peguei em um ponto bastante sensível e isso me fez gritar mais uma vez.
-Michael me come! _Michael aumentou ainda mais as estocadas.
-Ai cacete, esse negócio é muito bom! _Pendeu a cabeça para trás se entregando ao poder do vibrador.
O suor escorria por seu peito, mas uma estocada junto com mais uma vibração e eu me desfaria. Dito e feito... Os espasmos do orgasmo me atingiu certeiramente me explodindo mais uma vez naquele noite, levando Michael logo em seguida, me preenchendo com o seu gozo quente.
Quando terminamos aquele clima de prazer, tudo estava uma bagunça e eu completamente descabelada. Michael beijou minha boca com ânsia mais uma vez me fazendo perder o fôlego.
-O aniversário é seu, mas quem ganha o presente sou eu? _Circulei meu dedo em seus cabelos.
-Nesse caso, nós dois ganhamos o presente. _Confirmei com a cabeça.
Enfiei minha língua em sua boca querendo mais dele para mim, suas mãos desceram pelos meus seios me fazendo uma massagem gostosa.
-Não achei que meu marido andava passeando em sexshops. _Ergui uma sobrancelha. -Sempre disse que não precisava usar artifícios para me dar prazer. _Soltou uma gargalhada graciosa.
-E não preciso mesmo. Mas não é ruim querer apimentar mais a nossa relação, não é? _Neguei com a cabeça.
Minha boca foi tomada de novo com a mesma fome das outras vezes, o corpo de Michael começou a vir para cima de mim, senti seu pênis me penetrar de novo, só que calmamente. Os primeiros movimentos calmos eram dados, me fazendo pender a cabeça para trás. Cada transa com aquele homem me levava a loucura, era uma delícia senti-lo grande dentro de mim, me alargando e tomando o seu espaço de direito. Mas o clima foi quebrado com os primeiros toques de celular.
-Ah Não. _Ele riu bravo. -Agora não, poxa. _Michael hesitou a atender e não parou de transar comigo. Eu também não queria que acabasse, estava bom demais e eu queria gozar mais uma vez, mas insistiu de novo e eu comecei a me preocupar.
Normalmente não há muita gente para ligar para Michael uma hora daquela, apenas se o assunto fosse de trabalho, mas era o seu aniversário, então poderia ser alguém lhe dando parabéns. Mas também podia ser Nancy, com alguma notícias de nossos filhos, isso me deixou apreensiva e eu não consegui mais relaxar.
-Pode ser urgente. _Me desvencilhei-me de sua boca. -Atende amor. _Michael não me deu ouvidos aumentando ainda mais os movimentos, mas como eu não estava mais relaxando começou a me machucar e eu consequentemente me travar.
-Não deve ser nada Vick, são apenas pessoas querendo me parabenizar, amanhã eu retorno. Relaxa gracinha! _Ele tentou, mas não conseguiu me convencer.
-Ao menos olha, por favor. _Não me deu ouvidos de novo continuando com o prazer dele. -Michael..._Parou com os ritmos rapidamente saindo de dentro de mim tão brusco que senti um leve ardor.
-Caramba Vick, destrava! _Ele perdeu a paciência como o esperado. -Não deve ser nada. Mas já que me tirou do clima, vou olhar.
Se levantou da cama com rapidez capturando o telefone no bolso da calça jogada pela chão. Sua expressão preocupada apareceu e eu fiquei nervosa.
-O que foi?
-É ligação de casa. _Me levantei depressa.
-Ai Meu Deus Louise! _Foi o que meu desespero me fez falar.
-Alô...o que!...Não é possível Nancy. _Michael estava alterado e eu fiquei inquieta. -Como você não sabe?... onde ela está? _As lágrimas já começaram a sair dos meus olhos.
-Michael o que foi pelo amor de Deus, fale logo!
-Já estou indo pra casa imediatamente. _Ele desligou o telefone.
-O que aconteceu Michael, fale!
-Vick você precisa ser forte. _Meu sangue deve ter sumido do meu corpo diante dessa frase.
-O que aconteceu, cadê a minha filha? _Meu corpo estava tremendo e eu me joguei pra cima dele e o sacudir até falar algo coerente.
-Ela sumiu. _Fiquei tonta, tudo começou a girar e eu perdi a consciência.
-Vick, acorda! _Senti tapas de leve no meu rosto, eu estava meio zonza, não sabia ao certo o que aconteceu comigo. -Vick pelo amor de Deus acorde. _Comecei a me situar com o som da voz de Michael. Um clique havia me despertado o motivo que me levou ao desmaio.
-Minha filha! Cadê minha filha? _Me levantei em um sobressalto. Percebi que estava em casa, e vestida.
Nancy chorava do lado, mas não consegui ver Lui, talvez estivesse dormindo e nem se deu conta do que estava havendo. Ou talvez Lui também estivesse sumido.
Michael provavelmente me vestiu e me trouxe de volta às pressas. Eu estava com tanto medo... Com certeza Luke estava com Louise, e se isso tiver acontecido eu nem sei o que faria.
-Foi o Luke, Vick. _Me deu a notícia com um pesar estampado no rosto e eu comecei a chorar de novo. Aquele pesadelo que tanto temia de fato aconteceu.
-Michael...
-Vamos até a casa da minha mãe, ela com certeza sabe onde o filho da puta está com a minha filha.
-E eu farei ela dizer. _Digo entre dentes.
Puxei Michael com força sem me importar que eu havia tido um desmaio a poucos minutos e que eu podia ter uma nova recaída. Michael pegou uma arma de dentro da mesinha e coloco na lateral da calça. Saímos em direção ao seu carro. Havia algumas viaturas de polícia enfeitando o nosso jardim o que me fez ter certeza absoluta de que tudo aquilo era realmente real.
-Vamos procurar em toda cidade Sr. Jackson, traremos sua filha de volta. _Disse o delegado para Michael.
-Desculpa não confiar tanto na polícia assim, senhor delegado. Mas minha Louise estará em minha casa de um jeito ou de outro. Com ou sem os seus esforços. _Concordei com ele, Michael já teve experiências demais com a polícia para confiar que eles farão de tudo para encontrar Louise, nunca fazem. Demoram o suficiente para deixar com que Luke desapareça para sempre com ela. Com certeza quem os chamou foi Nancy em momento de desespero, mas conhecendo Michael como conheço e quem eu me tornei agora por está farta de tudo aquilo, iríamos nós mesmos enfrentar todos que tiver em nosso caminho. Começando por Jane.
Michael arrancou com o carro e eu já estava assídua para dizer umas verdades a ela. Os meus nervos estavam a flor da pele com aquela família amaldiçoada. E ainda por cima tocaram no bem mais precioso para mim, eu não deixaria barato.
Quando chegamos à casa fantasmagórica de Jane nem esperei Michael terminar de desligar o carro, já pulei do veículo e caminhei as pressas para dentro da casa, Michael me seguiu. Ele também estava furioso naquele momento.
Abri a porta de madeira de uma só vez e para a minha sorte Jane estava terminando de descer as escadas.
-O que estão fazendo aqui? _Começou a jogar suas injúrias para cima de nós enquanto eu me aproximava cada vez mais. _Vocês não deveriam estar aqui.
Quando cheguei perto o suficiente, transferi um tapa com força no meio da cara daquele bruxa, que a fez gemer em choque.
-Mas o que é isso, sua vadia?
-Onde o filho da puta do seu filho levou a minha Louise! _Dei mais umas sessões de tapas em sua cara. Ao qual Jane tentou se proteger ao máximo.
-Anda mamãe, abre logo essa boca. _Michael não fez nada para me impedir, estava farto igualmente.
-Eu não sei de nada! _Ri com ironia pela tentativa débil em tentar mentir.
-Ah você sabe sim. E acho muito bom você dizer, antes que te mando pra cadeia por ser cúmplices daquele aspirante a bandido.
-Louise é filha do Luke, ele tem o direito de..._Dei mais um tapa em sua cara, a impedindo de continuar. Jane era um nojo, eu sentia asco daquela mulher infame na minha frente. As mentiras que tinha coragem de dizer, e suas tentativas sujas em tentar nos destruir.
-Mamãe a senhora sabe mais do que eu, que Louise não é filha do Luke. _Michael caminhou tranquilamente próximo da mãe, com um sorriso sacana nos lábios. Ele sempre fazia isso quando sabia o suficiente para envergonhar uma pessoa. -Pois o mané não serve nem pra fazer um filho.
-Do que está falando Michael?
-Não se faça de sonsa. _Bradou irritado. -Consegui os exames de Luke. _Voltou a caminhar pela sala parando até o bar e se servindo de uma bebida. -Consegui oferecer uma propina bem maior do que você o ofereceu para fechar a boca. _Bebericou sua bebida e encarou a mãe que parecia um fantasma de tão branca que ficou. -Luke é estéril, um verme inútil.
-Ele estava mal, Michael. _Jane começou a se justificar chorosa. -Precisava de alguém por perto. Como Vick jamais o perdoaria, achei que colocar em dúvida a paternidade de Louise faria do meu filho um pouco mais saudável. _Balancei a cabeça incrédula.
-E ai você pensou: "Vamos Luke, vamos sequestrar a Louise, tira-la da verdadeira família dela para que você possa ser um pouco saudável" Bobagens mamãe! Ela é uma criança, um bebê que está sob o poder de um doente mental só porque você não aguenta ver seu filho preferido sofrer. Quando você se tornou tão egoísta? _Jane aumentou o seu choro, mas eu sabia que se colocaria de vítima ao máximo.
-Você não faz ideia do que é ver um filho seu naquele estado. Rosto terminantemente pálido, como um zumbi. Repetindo o nome da Vick o tempo todo, se sentindo um nada porque o irmão mais velho sempre conseguiu tudo o que queria. Luke viu você tirando dele tudo que tinha, você acha isso certo? _Eu não conseguia acreditar que aquela desgraçada teve coragem de falar uma coisa dessas.
E como o esperado, Michael ficou furioso com tais palavras e jogou o copo de uísque no chão, que espatifou completamente.
-E tudo que aquele delinquente me tirou mamãe? Hum? O que a senhora fez no caso? Também sequestrou o Roy só para mim? Não, a senhora não fez nada. Nunca nem moveu um dedo pra consolar o seu filho. Óbvio que não, não é?
-Michael eu..._Meu marido caminhou altivo até próximo da mãe, e quando chegou perto o suficiente, disse:
-Você vai dizer agora, onde Luke está com a minha filha! _Acho que Jane finalmente tomou consciência do que fez e decidiu colaborar.
-Ele está em uma colina, perto da praia. Aquela cabana que o Roy sempre o levava para pescar. _Casa ao qual Michael jamais pôde ir.
Michael pegou na minha mão e saiu me puxando para rumarmos para lá. As coisas ficariam tensas de agora em diante e tudo podia acontecer. Só torcia para que minha filha estivesse bem.
(...)
Estava uma neblina incomum naquela época do ano, não dava para enxergar nada à nossa frente. Nem os desembaçadores conseguia esse efeito, mas Michael continuava dirigindo. Subimos um ladeira de chão e alguns minutos a mais finalmente avistamos a pequena casa da colina, onde estava suspensa em cima de um penhasco. Era assustador eu confesso.
-Michael me diz que a Louise está bem, por favor? _Minha aflição estava maior do que eu podia controlar.
-Ela está bem, amor. Luke acha que é sua filha, ele não faria nada. Confia, tudo bem? _As palavras dele me acalmaram, mas só por um instante, só até eu enxergar uma silhueta no topo daquele penhasco, segurando em seus braços um lençol branco, muito parecida com a manta de Louise.
-Michael olha! _Apontei para aquela visão um pouco perturbadora. -É o Luke.
-Ele está..._Michael franziu o cenho, tentando descifrar aquela imagem. -É Louise?
-Sim. _Meu coração estava tão acelerado que achei que sairia pela boca, eu estava fraca com toda aquela situação, aflita e desesperada.
Mas as coisas não melhoraram quando Luke estendeu o que parecia ser o corpo de Louise pronto para joga-lo do penhasco. Estava sendo assustador contemplar aquela cena, eu estava morrendo aos poucos, até o que eu achei improvável aconteceu. Luke jogou o embrulho ao ar e o soltou, fazendo-o cair instantaneamente penhasco a baixo.
-Não!!! _Meu Grito foi extraído das entranhas, fazendo Michael pisar abruptamente no freio ao qual nos arremessou para o para-brisa. Bati minha cabeça tão forte no vidro que apaguei.
Acordei um pouco tonta ouvindo Michael gemer, olhei para ele ao qual havia sangue em sua testa, meu rosto estava coberto por sangue igualmente por conta da batida brusca.
-Michael a Louise! _O lembrei sacudindo-o. - Michael acorda! _Eu chorava em desespero.
Meu marido me olhava um pouco zonzo, tentando se situar, mas finalmente viu em sua expressão um despertar.
-Anda vamos! _Ele abriu a porta com dificuldade por conta da quantidade de lama no caminho, e depois me ajudou a sair do meu lado. Estávamos em uma ribanceira ao qual a roda do carro estava atolado, talvez por isso Michael precisou frear tão bruscamente.
Subimos aquela cerra praticamente correndo, eu desejava matar Luke com as minhas próprias mãos por ele ter feito o que fez. Meu Deus, Louise! O que ele fez? Michael estava furioso, sua reação agressiva era incomum.
Ele abriu de vez aquela porta de madeira com um chute e deu de cara com Luke no meio da sala vazia, onde continua apenas uma lareira ligada.
-Seu filho da puta! _Sem aviso prévio Michael o socou, deixando Luke sem ação. -O que você fez com a minha filha, seu assassino!
-Eu não fiz nada, saia de cima de mim! _Michael continuava tentando enforcar Luke aos seus protestos quando tudo ficou em silêncio e choro de um bebê preencheu aquele espaço. Me senti inacreditavelmente aliviada.
-Ai meu Deus! _Me agachei um pouco, chorando de alivio. -Eu quero a minha filha, eu quero a minha filha! _Berrei.
Michael soltou Luke e ele começou a gargalhar diabolicamente.
-Acharam que eu havia matado? _Continuou rindo.
-Mas você a jogou do penhasco. _Eu disse e ele riu mais.
-Ela só estava muito suja e eu joguei a manta dela. Eu não faria isso com o meu sangue. _Michael o soltou ficando ambos de pé cara-a-cara.
-Tem razão Luke. _Michael assentiu sorrindo, balançando a perna como um desafio. -A final, sobrinho também carrega o sangue do tio.
-Ela é minha filha Michael e você sabe muito bem disso. Vick e eu fizemos amor por diversas vezes. Já deveria saber que é um corno.
-Não tenho tanta certeza como você, aliás eu tenho certeza de uma outra coisa. _Eu estava farta daquela discussão, eu queria pegar Louise e tira-la daqui, queria levar para um lugar seguro e consola-la do choro.
-Eu vou pegar a minha filha. _Dei apenas um passo, até Luke apontar a arma para mim.
-Paradinha ai Vick. _Aquele olhar de Luke foi incomum para mim, ele estava disposto sim atirar em quem desacatasse a sua ordem. Eu mal reconhecia o homem à minha frente, apenas um louco disposto a tudo. Era o mesmo olhar que me bateu tantas vezes e que tentou matar Michael. -Você não vai há lugar algum.
-Acha mesmo que vai sair daqui com Louise Luke? Pode até ir, mas irá ser pego logo, logo. Pois para todos os efeitos eu sou o pai dela, e acho que pode pegar vários anos de prisão por sequestro.
-Você não é o pai dela! _Bradou e depois começou a rir com um verdadeiro doente mental. Acho que foi nessa hora que acreditei de verdade que estava mal. -Vick e eu ficamos juntos, nos amamos. Finalmente a mulher da minha vida estava nos meus braços. _Luke parecia fora de si, imaginando uma cena que não existia, sua expressão tão vaga e inerte. -O seu cheiro doce, suas mãos suaves e seu corpo quente. Ela era minha Michael! Consegui tê-la de volta e agora construiremos a nossa família. Vick e nossa filha, pois você não é o pai da criança.
-E nem você. _Michael riu insistindo em irrita-lo, sem se importar com o estado alterado que o irmão se encontrava. -Você é estéril maninho. _A revelação foi um choque para Luke, ele ficou branco na exata hora. -Não pode fazer filhos. Mamãe não te contou? Ohh pobrezinho!
-Ela sabia? _Desvencilhou o olhar com a vergonha em sua cara.
-Oh sim, mas mesmo assim levou a adiante essa farsa apenas para fazer do filho dela tão frágil mais feliz.... É Luke, mamãe pisou na bola com nós dois.
-Não pode ser, não pode ser! _Luke cerrou os punhos, mas as coisas ainda não estavam certas. A raiva dele o tornava muito mais imprevisível do que antes.
-Caramba, Luke! Você não serve pra nada mesmo, né? Nem pra fazer um filho. _Michael ria descontraído, mas eu continuava apreensiva. Queria que Michael parasse de debochar do irmão nessas condições, poderia ser perigoso considerando a arma que detinha nas mãos.
-Michael..._Sussurrei em um pedido sutil para parar.
-Deve ser por isso que era tão mal na cama, gracinha. _Os olhos de Luke estava em chamas quando ouvi um estouro e Michael cair ao chão com a bala na barriga.
-Ai meu Deus, Michael! _Me joguei no chão segurando sua cabeça.
-Caramba Luke! _Ele ainda estava acordado para o meu alívio, parece que o tiro foi de raspão, mas mesmo assim derramou bastante sangue. -Olha o que você fez?
-Vou fazer muito mais irmão. _Luke caminhou até Michael ainda com a arma apunho apontada para ele. Se Luke disparasse na altura que estava, seria bem certeiro na cabeça, e Michael com certeza não teria a mínima chance.
E eu já estava cansada de tudo aquilo, cansada as ameaças de Luke, cansada de ser culpada de ter me apaixonado, cansado dos joguinhos de Jane e daquela família desgraçada. Eu só queria viver em paz, ser feliz eu, meus filhos e meu marido. Será que era pedir demais? Será que as coisas nunca se resolveriam? Eu estava farta. Luke não iria matar Michael, ele não iria tira-lo de mim e de forma alguma iria nos ferir de novo. Aquilo precisava acabar de um jeito ou de outro, mas precisava acabar.
Luke Puxou o gatilho já na mira para atirar, lembrei da arma que Michael levou, estava em sua cintura. Em pleno desespero e impulso, puxei a arma da cintura de Michael disparando certeiro na barriga de Luke, ao qual seu corpo chacoalhou diante de impacto fazendo-o cair para trás.
-Já chega seu demônio, já chega! _Disparei mais alguns tiros. -Nos deixa em paz!. _Atirei mais.
-Vick já chega! _Michael gritou, mas eu nem dei ouvidos. Eu estava focada demais, desesperada demais para parar.-Vick já chega! _Quando me dei conta do que fiz me ajoelhei ao chão jogando a arma por qualquer canto. Luke estava morto com os olhos abertos diante de mim.
-Vick? _A expressão de Michael era de choque, ele estava tão perturbado quanto eu. Senti suas mãos ensanguentadas me abraçarem.
-Eu não podia deixa-lo matar você, eu não podia. _Balancei a cabeça com a dor me correndo, e o medo de Michael me odiar para sempre por isso. -Michael eu não podia! _Ele me abraçou com força, beijando a minha testa, me escondi em seu peito chorando com tudo, mas ainda sim pude sentir sua proteção, me fazendo ter certeza que me perdoaria.
(....)
A pequena cabana estava repleto de policiais e ambulâncias. Haviam acabado de tirar o corpo de Luke de lá de dentro e Nancy segurava Louise no colo. Não faço ideia de quem havia chamado a polícia para um lugar tão longe, mas quando vi a figura de Jane desesperada cair do carro pude saber. Ela sabendo que iríamos a cabana resolveu chamar ajuda para o filho.
-Foram esses desgraçados que mataram o meu filho, foram eles! _Jane gritava feito uma louca e aquilo me travou, me dando conta do que eu acabei de fazer com o seu filho. Um policial tentou segura-la, mas ela se debatia a todo momento, estava desesperada demais. -Vick, eu vou vê-la no inferno desgraçada! Isso tudo foi sua culpa! Meus dois filhos entraram em guerra por sua causa. Você amaldiçoou todos nós! _Sai o mais rápido possível dali, entrando dentro da ambulância com Michael, tentando segurar o choro.
Eu fui responsável por aquilo. Critiquei tanto Jane por está mexendo com um dos meus filhos que acabei matando o dela para salvar o meu marido. Tudo parecia de ponta à cabeça ali, eu me sentia sem saída.
Michael estava deitado em uma maca no quarto do hospital com o curativo no ferimento, ele parecia bem, mas bastante abalado.
-Você está bem? _Perguntei sabendo a respostas, e isso me causou um nó latente em minha garganta. Michael balançou a cabeça em negativa, com algumas lágrimas saindo do rosto.
-Nunca achei que seria assim que acabasse. Que Luke e eu nunca conseguiríamos ter paz e que sempre teria essa competição entre nós... Sabe? _Deu uma pausa e eu comecei a chorar de novo. -Acho que Roy tinha razão, eu destruo tudo pelo caminho.
-Não Michael, não. _Abracei o meu marido com força. -A culpa não é sua, foi eu, eu o matei. _Deus sabe o quanto aquela confissão me destruía por dentro. -Você não tem culpa do que eu fiz, não tem culpa do que Luke se tornou, não.
-Eu tenho culpa sim, Vick. Eu deveria ter ajudado o meu irmão, deveria ter ficado ao seu lado quando precisou e não alimentar o ódio pelo que fez a você. Ele estava internado em um sanatório e essa era a minha chance de me aproximar, de cuidar dele e o que eu fiz? hum? _A pergunta ficou no ar, mas eu entendi bem.
Eu só queria que Michael parasse de continuar tomando a culpa por um erro que não foi dele. Luke escolheu esse caminho, foi escolha dele. E por mais tentasse ajuda-lo, acho que não serviria de nada. Esse era o destino de Luke, e o nosso também.
Uma semana havia se passado depois do ocorrido e minha situação com a justiça estava até amena do que eu jamais imaginei. Eles concluíram que foi em legítima defesa ao qual de fato foi. Então não fui submetida à uma prisão, mas ainda assim eu respondia pelo que fiz, eu tinha que ficar inteiramente a disposição da justiça, e não podia sair do país, pelo menos por alguns anos.
-Vick foi apenas vítima de Luke, assim como você Michael. _Disse Terry. Ele estava ajudando com o caso sendo o meu advogado, o que era bastante solidário já que sua mulher me odiava agora. -E pela situação do caso, era óbvio que concluíram legítima defesa.
Eu não conseguia me manifestar, as coisas ainda estavam bastante tempestuosas dentro de mim, Michael se desdobrava para que nada de ruim acontecesse a mim, mas a única coisa que eu fazia era me culpar o tempo todo.
-Mamãe? _Lui apareceu na sala segurando o carrinho de Louise. -Posso brincar com Louise no jardim?
-Claro meu filho. Leve-a. _Lui saiu da sala carregando o carrinho consigo. Me dava alívio em saber que todos estavam bem. Lui nem imaginava o que havia acontecido e eu dava graças a Deus por isso.
-Vick só tentou me defender. _Concluiu Michael. -Uma ação que eu faria em seu lugar.
-Sim. _Terry assentiu.
-E minha mãe como está? _Terry suspirou.
-Mal, muito mal. Acho que foi mais um golpe que sofreu. _Senti meu coração afundar no peito e eu definitivamente não podia mais ficar naquela sala, eu simplesmente caminhei em passos lentos até o meu quarto sem dizer uma palavra.
Quando estava longe o suficiente desabei a chorar me agarrando à pilastra do andar de cima. Nem percebi que Michael havia vindo atrás de mim.
-Amor...
Me joguei em seus braços e me pus a chorar. Eu pensava na dor de Jane... sou mãe. E mesmo que foi em defesa ao meu marido, não era isso que eu queria.
Michael me consolou de todas as formas possíveis naquela dia, e não posso dizer que isso me deixou mais tranquila. Ele era um ótimo persuasor e fez-me sentir melhor. Luke era um demônio, estava disposto a matar tudo que ele julgasse atrapalhar a sua vida, estava louco e agora sim a minha vida finalmente teria paz.
(...)
Caía uma chuva fina naquele cemitério onde o corpo de Luke estava sendo suputado. Por mais que eu não quisesse estar ali, eu precisava ir, ao menos está ao lado de Michael. Eu vestia um vestido e um sobretudo preto, Michael de terno preto, também de sobretudo. Jane chorava jogada ao caixão e eu fazia de tudo para me manter imparcial. Pela minha surpresa não teve ataques verbais da parte dela e eu me agarrava a Michael como se dependesse disso.
Quando finalmente o corpo de Luke foi enterrado partimos de volta pra casa. Só foi o tempo de eu ver os meus filhos e voltar à varanda onde havia deixado Michael para contemplar uma cena que definitivamente eu não estava esperando. Michael e Jane estavam abraçados, chorando, compartilhando aquela dor idêntica em que sentiam.
A cena estava nítida para mim que Jane havia se arrependido de tudo que fez, e de ter mais uma vez ido contra o seu filho apenas por ele não ser o filho do homem que ela desejou. Ela só tinha aquele filho agora, ao qual tentou prejudicar e ao qual nunca moveu o dedo para defendê-lo quando era apenas uma criança. Acho que para Jane estava claro quem era o bem e o mal dentre os filhos que deu a luz. Um sorriso emocionada despontou nos meus lábios, junto com lágrimas contentes.
-Me perdoa? _Ela soluçava com o rosto enterrado em seu peito. -Eu sempre achei que você fosse como o seu pai, que Bernard havia o possuído, mas está claro para mim que o caráter de alguém não vem de sangue e sim do modo em que o criamos. _Suas mãos segurava com possessão em seu rosto em uma súplica de perdão. -Eu sei que já perdi perdão tantas vezes, mas...
-Eu a amo mamãe, sempre a amei. _Eles se abraçam com força.
Michael a amava sim, claro que sim. Ele entendia sua dor, entendeu suas ações do começo e entendeu que Jane só quis recuperar um pouco que sobrou do filho. Não sei se um dia ela me perdoaria, talvez nunca, mas o que importa para mim era só vê-los assim, em paz,
Dois anos depois
Louise já era uma linda garotinha de dois anos, seus cabelos castanhos claros esvoaçando pelo jardim enquanto corria era deslumbrantes. O pai continuava orgulhoso, era um grude com a filha que só, Lui nem se fala. Louise realmente era o xodó da casa.
As coisas entre a gente estavam ótimas, finalmente tínhamos paz. Sem medo, sem segredos e sem pendencias. Nunca achei que seria essa calmaria depois de tudo que vivemos, depois de sempre ter algo para atrapalhar a minha felicidade. Mas valeu tudo a pena, me envolver com Michael me causar muita dor, mas acha que a felicidade e o amor que construímos sobrepôs a tudo isso, e no final... vejam só, vencemos. E vencemos de um jeito que parecia que toda aquela massa sombria nunca havia existido.
Jane vendeu a casa e se mudou com Terry para a Espanha, já nós continuamos naquela casa e Michael finalmente tinha sua empresa em suas mãos e ela ia muito bem. Michael se tornou um dos maiores empresários de Los Angeles e percebi que o nosso único empecilho era o Luke e os fantasmas de Roy.
Capítulo 1
Quando me apaixonei por Michael Jackson há alguns anos atrás eu tive a certeza que minha vida mudaria drasticamente, e esse drasticamente definitivamente não foi o sentido bom da palavra. Michael era uma pessoa difícil, complicada e intensa demais.
Muitas coisas acontecerem nesse período de tempo e muita delas mudaram também. Mas elas me proporcionaram o auto conhecimento, o conhecimento das pessoas ao meu redor e principalmente me fizeram crescer. Pessoas que eu achei que fossem uma coisa se tornaram outra completamente diferente, tanto para o mal quanto para o bem. Me vi em vários momentos encurralada, fui torturada pelo homem que achei que tinha um caráter excelente, mas que no final das contas desencadeou um problema mental que o levou para um sanatório de loucos.
Mas eu ainda sou feliz, casada com o homem da minha vida, o amando loucamente assim como antes. Temos um filho, e outra a caminho. Minha barriga de nove meses está enorme, e Michael continuava ali ao meu lado, o mesmo idiota de sempre, o mesmo impossível e o mesmo encantador. Acho que criei uma família que sempre desejei, tirando os problemas que toda família tinha éramos felizes do nosso próprio jeito.
-Como ele está?
Quando Michael disse que voltaria à Los Angeles fiquei um pouco apreensiva, tudo ainda estava muito recente e de certa forma havia causado traumas em nós. Mas conheço Michael, mesmo ele dizendo que não queria de forma alguma se meter mais com Luke, ele se compadeceria, ainda mais depois das inúmeras ligações em que Jane dizia que o irmão estava cada vez pior. Dei total apoio para que o visitasse e tiraria de vez essa mágoa que tanto nos faz mal.
Ele estava de volta agora, me deixando aliviada e aflita ao mesmo tempo.
-Ele está pior. _Michael me abraçou e eu sabia o quanto se sentia mal por tudo isso. -Parece um bicho encurralado naquele quarto branco, preso. Nunca pensei que isso um dia aconteceria.
-Luke mereceu. Se não fosse lá, seria no cemitério agora, ou em uma penitenciária. De qualquer forma está melhor. _Eu queria fazer qualquer coisa para que Michael não sentisse culpa quando não era o culpado. Mas acho que a sensação ali era outra.
Michael é o irmão mais velho, ele se sentia responsável por Luke e querendo ou não se sentia culpado por ter se envolvido comigo. Coisa que jamais deveria. Nos apaixonamos e esse era o preço.
-Papai! _Lui apareceu pela sala se jogando no colo do pai, morrendo de saudade.
-Depois conversamos sobre isso ok? _Balbuciou para mim antes de pegar Lui no colo. -Sentiu saudades garotão?
-Muita. _Michael bagunçou o cabelo do filho. Aquela cena me deixava tranquila me fazendo saber que dentro de casa as coisas eram bem diferentes. -Louise se mexeu de novo, papai. Bem forte dessa vez. _Relatava com os olhos repletos de emoção e admiração.
-Louise está quase nascendo, é por isso. Está doida para conhecer o mundo. Promete que será um ótimo irmão? _Lui assentiu freneticamente. -Ela precisa de cuidados e um irmão que afaste todos os marmanjos de perto dela. _Balancei a cabeça sabendo que aqueles dois homens faria da vida de Louise um tormento quando chegasse na idade de namorar.
-Eu vou cuidar da Louise papai, muito. _Sua convicção era muito comovente.
-Esse é o meu garoto. _Bagunçou o cabelo dele mais uma vez e Lui saiu correndo pela casa.
-Estou vendo o que será de Louise quando atingir os seus 12 anos. Pobres garotos com dois homens como vocês.... Como o pai eu quero dizer.
-12? _Michael franziu o cenho e riu irônico. -Não, Louise não irá me dar trabalho aos 12 anos, nem que pra isso precise tranca-la em uma torre bem distante onde só receberá água e comida. _Dei um tapa no ombro dele.
-Que horror Michael!
-Estou falando sério. Já vejo que essa menina vai me render cabelos brancos logo cedo. _Me aproximei dele o abraçando. Aquilo seria divertido até demais.
-Não quanto o pai dela me dá, então está tudo certo. _Seus lábios se aproximaram do meu.
-E você adora. _Assenti concordando, com uma expressão maliciosa.
Minha boca foi tomada de um jeito forte que só ele sabia me beijar. Sua língua se movia junto com a minha e sua mão acariciava minha barriga enorme.
-Mamãe quer que voltamos à Los Angeles para o nascimento da Louise. Sabe não sabe? _Disse assim de repente. Me soltei dele, me sentindo desconfortável.
Eu não queria voltar pra lá, apesar de querer muito que Louise nascesse em território americano, ela teria uma boa babá que falasse nossa língua além da avó por perto. Mas tudo aquilo me causava lembranças ruins, principalmente aquela casa.
-É só até você se recuperar do resguardo Vick. Eu também não quero voltar pra lá, não quero morar naquela cidade e muito menos ter que relembrar. Mas combinamos isso e será bom para nossa bebê. _Michael me abraçou por trás beijando a minha nuca. -Vai dar tudo certo.
Ele sempre me dava forças, Michael sempre estava lá fazendo o seu papel de super herói sempre que estou apreensiva demais.
-Eu te amo, amo a nossa família e nunca faria nada que nos machucasse. _Olhei para ele ainda medrosa, mas confiando no homem que escolhi para amar.
-Eu sei, eu também amo você. Mas estou sensível, com medo, trauma. Não quero relembrar.
-Não precisa relembrar. Luke não está lá, as coisas não serão como antes. Confia em mim? _Tentei espantar aquele desconforto repentino, não tinha nada a ver ficar paranoica agora, e eu precisava ser forte.
-Eu sei. E se isso fará com que meu parto seja mais tranquilo e Louise possa ser americana eu farei sim. _Ele riu para mim e nos beijamos novamente.
Luke estava sem condições alguma em uma clínica, acho que não causaria problemas em seis meses que temos que ficar com Jane em sua casa para o nascimento da nossa filha.
Capítulo 2
Nossas malas estavam todas prontas e tudo já estava dentro do carro para levarmos para o avião. Eram tantas malas que achei que estávamos de fato voltando à Los Angeles para ficarmos por longos dias, e isso me deu um pouco de medo.
Minha barriga estava enorme e Michael me ajudava a caminhar segurando a minha mão e no colo o Lui. Eu sabia que ele estava apreensivo, sabia que ter que voltar com a sua família, sua mulher e filhos para aquele lugar, causava dolorosas lembras. As coisas estavam maravilhosas na Suíça, fomos felizes como jamais fomos antes. Lui estava na escola e Michael trabalhando pelo computador no escritório, eu fazia o papel de mãe e esposa em tempo integral e estava tudo ótimo assim. Até que por pura consciência pesada, Michael precisou ver o irmão, saber como estava e... de uma certa forma achei ótimo, não queria ver o meu marido o tempo inteiro se perguntando se estava mesmo fazendo a coisa certa ou não.
E agora estávamos aqui diante do grande portão de aço com um designer antigo da enorme mansão Jackson. Ficar aqui durante 6 meses enquanto eu me recuperava do resguardo com a minha sogra não seria tão mal, eu adorava a Jane, mas eu sabia o quanto encheria a cabeça de Michael para que cuidasse do irmão. Ela fazia isso de lá, porque não aqui?
Senhora Margô nos levou para o quarto de hóspedes enquanto os outros empregados nossas malas. A suíte tinha uma cama de casal king size e o berço de Louise ao lado. Já Lui tinha um quarto ao lado repleto de mimos e brinquedos que Jane fez questão de comprar para ele.
-Está mais tranquila? _Disse Michael sentando-se ao meu lado.
De certa forma eu estava sim, as coisas ali para a minha bebê e minha recuperação estava ao nosso favor, Lui já havia dito com euforia o quanto gostava de estar na casa da vovó e o quanto amava o clima ameno. Se eles estavam bem eu também estava.
-Sim. _Senti um beijo cálido no meu olho e eu segurei com firmeza as mãos grandes de Michael. -Só espero que Louise possa nascer logo.
-Ela vai nascer logo, tão forte quanto a mãe. _Aquela frase foi pela força que eu estava demonstrando naquele momento, de ter que voltar depois de tudo que passei. -Doutor Mercure já está ciente que a qualquer momento Louise vem ao mundo e está tudo pronto para isso. _Assenti.
(...)
Louise mal esperou que chegássemos, logo senti uma dor forte enquanto dormia e eu já sabia que minha filha vinha ao mundo. Acordei Michael depressa ao qual me levou rapidamente para o hospital. Entrei em trabalho de parto com o homem da minha vida a todo momento ao meu lado. Logo nossa menininha estava no mundo tão linda quanto um anjo.
Nunca me senti tão exausta dando a luz a Lui quanto eu senti dando a luz a Louise. Ela era uma menina enorme e forte, parecia até que tinha nascido já com seis meses de idade. Foi bastante impactante, mas nos deixou feliz, ela era saudável e desposta. Seus olhos expressivos me lembrava o pai.
-Ela é linda. _Murmurou ele rente ao meu ouvindo, me fazendo acordar.
Olhei ao redor ainda estava em um quarto internada, ansiosa para pegar a minha filha no colo e amamenta-la.
-Se parece com você. _Sussurrei baixinho por conta o soro que eu tomava na veia. -Pude notar enquanto a beijava, ainda suja de placenta.
-Claro que se parece comigo, por isso é tão linda. _Fiz careta para ele, batendo de leve em suas mãos e depois rimos.
-Convencido você. _Encostou seu nariz no meu chacoalhando fazendo gracinha.
(...)
Amamentei Louise pela primeira vez, o amor que sentir por aquele ser tão frágil em minhas mãos foi de aquecer o coração, e eu tenho certeza que com o Michael foi o mesmo. Ele amou a sua princesinha logo de cara, sempre grudado com ela, mostrando-a a Lui quando chegamos em casa. Louise parecia de fato uma joia, pois todos queriam pegar e mima-la.
Terminei de arrumar sua roupinha depois de Michael ter me ajudado a dar banho nela. Estava sozinha no quarto enquanto Michael na varanda conversando com Terry e brincando com Lui. Achei que Jane estivesse com eles, mas percebi que não quando entrou no quarto com um sorriso contido nos lábios e sentou ao meu lado na cama enquanto terminava de vesti-la.
-Ela é linda. _Acho que ouvi aquela frase milhões de vezes desde que nasceu e eu concordava.
-Sim, e fofa também. _Cheirei sua pele de bebê e a coloquei de volta no berço.
Sentei ao seu lado da cama, assim que Louise estava acomodada tentando conversar um pouco com a minha sogra.
-Ela se parece demais com o Michael, mas também demais com o Luke. _Senti uma insinuação em seu tom de voz, fiquei um pouco apreensiva, mas não levei aquilo adiante. -O mesmo sinal que Luke tem nas costas ela também tem.
-Eles são irmãos, tem o mesmo sangue. É bem normal, às vezes acho o Lui parecido com o Luke. _Levantei da cama tentando arrumar algumas poucas bagunças que havia na cômoda, até mesmo para fugir desse assunto.
-Então nunca passou pela sua cabeça que, talvez.... _Respirei fundo, incomodada com essas perguntas.
-Vem cá Jane qual é a sua? _Sim, engrossei a voz.
-Calma Vick. _Levantou as mãos em rendição. -É só uma pergunta normal. Você transou com o Luke, foi para Suíça com o seu marido e de repente estava grávida. Acho muito estranho você não ter dúvidas sobre isso.
E eu tinha dúvidas sobre isso, tinha muitas para ser sincera, quando descobri que estava grávida de Louise tive um medo danado, mas medo esse que logo desapareceu diante do amor em que Michael e eu tínhamos.
-Eu não transei com o Luke, ele me violentou, vária e várias vezes. _Senti meus olhos se encherem de lágrimas por essas lembranças.
-Exatamente por isso que eu falo Vick.
-Também transei com o Michael e no mesmo dia que fomos pra casa. Fizemos amor de reconciliação, Louise pode ser, e é filha dele.
-Mas pode ser do Luke também. _Comprimi os lábios sentindo raiva dela.
-Por favor Jane, pare com isso. Não tente se meter na minha vida com o meu marido, só porque estamos em sua casa. Não traga ainda mais dor a minha vida.
-Eu não falo isso por mal Vick. _Segurou meu rosto afável e seu tom menos venenoso. -Acho que vocês dois merecem saber, até mesmo a Louise.
-O Michael é o pai dela Jane, eu sei que sim. Seu filho tentou me destruir, mas não à esse ponto.
-Você que sabe. Não vou mais me meter nisso. _Ela se retirou do quarto me deixando tão insegura quanto antes de vir para cá.
Jane ainda me culpava por ter ficado com Michael invés de Luke, ainda não superou. E sabendo que o filho mais novo está internado em um sanatório enquanto eu estava feliz com o meu marido que por sinal era filho dela também, acho que não se conformou e agora achou uma brecha pra ficar passando na minha cara.
Capítulo 3
Fiquei mais apreensiva naquele dia do que fiquei antes de saber que voltaria para lá. Eu tinha tanto medo, tanto medo das minhas suspeitas serem verdadeiras, tanto medo de que tudo que construí fosse por água a baixo por conta daquela dúvida. Michael percebeu o meu distanciamento, percebeu que estava pensativa, pois nem vi quando ele voltou do quarto de Lui quando o colocou para dormir, nem quando colocou o pijama e se deitou. Eu permanecia olhando para o espelho em uma tentativa falha de pentear os meus cabelos sem ter mais o que pentear.
Senti as mãos quentes e protetoras de Michael me envolver deliciosamente. Seus lábios beijarem a minha nuca, me fazendo derreter e despertando desejos pelo meu homem. Mas eu sabia que era cedo demais para fazermos amor, então me desviei. Olhei para ele, Michael estava apenas com uma calça azul do pijama, abdômen definido e branquinho de fora, seu pênis saliente na calça folgada. Eu adorava admira-lo.
-Não podemos. _Sorri de leve, e a expressão frustrada dele foi a melhor.
-Eu sei que não podemos. _Abracei o seu corpo, querendo beija-lo, mas não apenas pelo desejo que sentia, mas também por sentir o seu carinho aplacar as minhas dúvidas. -Mas percebi o quanto está incomodada, queria entender o porquê. Porque eu tenho certeza que não é por causa da casa, não é por causa do Luke, até porque ele não está aqui. Quer conversar a respeito?
Não, eu não queria conversar a respeito, não queria colocar essa dúvida sobre ele, não, de jeito nenhum.
-Não é nada. Só não consigo dormir, apenas isso. É uma cama diferente, travesseiros diferentes, ainda não tem o nosso cheiro, é só isso. _Michael levantou a sobrancelhas como se não acreditasse muito no que eu falei.
-Se fosse só isso, deitaríamos juntos, ficaríamos namorando, você deitaria no meu peito, ficaria cada vez mais tranquila e logo pegaríamos no sono. _É realmente horrível ter um homem que te conhece tão bem, você simplesmente não consegue mentir.
Algumas lágrimas formaram dos meus olhos e acho que eu precisava contar para ele de uma vez por todas, ou eu explodiria. Se Jane percebeu, por que ele não perceberia?
-Louise se parece com o Luke, ela é loirinha. Tem os olhos negros, mas é loirinha. _Deixei o meu choro sair de vez e joguei as palavras em cima dele.
Michael me abraçou com força, e eu senti o alívio perpassar o meu corpo mesmo que fosse minimamente.
-Luke me violentou naquela dia Michael, muitas vezes. Louise pode ser..._Eu não conseguia falar, definitivamente.
-Shiiiii! _Sua boca beijou minha cabeça, ele estava tentando me consolar. -Nós também transamos aquela noite não foi? _Ele me fez olha-lo.
-Eu sei mas....
-Quantas vezes? _Me interrompeu. -Quantas vezes transamos aquela noite Vick? Só me diz.
Ele queria que pensasse outra possibilidade também, mas estava difícil. Tentei reconsiderar.
-Quase a noite toda. _Eu me sentia mal em confessar isso. Luke havia me violentado e mesmo assim eu ainda estava disposta a transar com o meu marido. Mas ele era o homem que eu amava e estava me dando carinho, estávamos voltando a nossa vida, eu estava tão feliz que acabou acontecendo.
-Louise pode ser filha dele, mas também pode ser minha, e esse é um motivo grande para que eu não pensasse o contrário. _Franzi o cenho.
-Então você pensou nessa possibilidade? _Ele assentiu. -Por que não me disse nada?
-Porque achei que não valesse a pena. Louise é minha filha, sendo do Luke ou não. Acha mesmo que vou querê-lo perto de vocês? Então não se preocupe.
Eu estava mesmo pensando onde foi que eu achei um homem tão maravilhoso quanto o Michael. Como fui ter a sorte de estar ao seu lado e me sentir tão forte dessa forma.
-Não quer fazer um DNA e tirar essa história a limpo?
-Não! Não quero. Ela é minha filha, assim como Lui é. _Me joguei nos braços do homem que eu amo e apertei com força, sentindo o seu cheiro, beijando a sua boca com avidez.
-Eu te amo tanto Michael! Tanto, mais tanto...
-Eu também amo você. _Ele limpou as minhas lágrimas.
-Mas Jane já jogou isso na minha cara, amor. Tenho certeza que Jane ainda acha que sou a causadora de todas as coisas que aconteceram ao seu filho, tenho medo dela ficar usando isso contra mim.
-Eu vou conversar com a minha mãe, vou pedir que fique fora desse assunto e nos deixar resolver as coisas da melhor forma, eu prometo. _Achei que só isso não seria o suficiente.
-Vamos embora? Voltar pra casa seria melhor, nós não deveríamos ter voltado. _Michael fez uma cara que sinceramente me incomodou, era como se havia um motivo pelo qual ele não poderia voltar.
-Não posso. _Veio a confirmação. -Conversei com o Terry e parece que as coisas não estão bem na empresa eu devo ficar. _Um frio sombrio e inquietante perpassou todo o meu corpo.
Eu não conseguia acreditar que nós ficaríamos ali de novo e que Michael voltaria à empresa, coisa que prometeu que não faria de novo.
-Michael e toda aquelas coisas que disse? Disse que não queria voltar a empresa, disse que aquele não era o seu lugar. Mas simplesmente você não consegue não é? A empresa sempre está de puxando de volta. _Fiquei um pouco irritada.
-Gracinha não é isso! _Passou a mão na cabeça sem paciência. - Eu não posso deixar que a empresa do meu pai venha a falir, eu não posso. Preciso assumir, pelo menos por enquanto. _Bufei.
-Seu pai, seu pai...._Desdenhei. - Ele nem liga pra você, nunca ligou. _Me repreendeu com o olhar.
-Gracinha olha. _Segurou os meus cabelos, olhando dentro dos meus olhos. -Luke está em um sanatório, não precisamos nos preocupar com ele. Ele nunca chegará perto de você novamente, eu... não... vou.... deixar. _Enfatizou, mas não me convenceu.
-Eu não quero ficar nessa casa. _Fui firme.
-Tudo bem, compraremos uma casa nova. Nos mudaremos para lá e você fica longe da minha família. _O acordo por mais que me deixava chateada era melhor do que ficar ali. Vendo Jane me passar na cara mesmo que indiretamente que sou a causadora dos problemas de sua família, por mais que não era isso que dizia, mas eu sabia que era o que pensava.
-Tudo bem.
-Vai dar tudo certo eu prometo. _Ele me abraçou mais uma vez e por mais louca que fosse aquela situação, me senti segura.
Michael, e o seu poder de me deixar segura, mesmo que o caso me fale que eu devia me preocupar. Só esperava que ele tinha razão e que tudo desse realmente certo.
Capítulo 4
Eu terminava de arrumar as minhas coisas para sairmos de vez daquela casa, e como não achei Michael por lá, fui até o jardim chama-lo para que terminasse de colocar as coisas dentro do carro. Nossa casa nova já havia sido comprada e eu estava ansiosa para me mudar de vez, já que ficar em Los Angeles não era uma escolha e sim se tornou uma obrigação.
A cena que presenciei assim que cheguei até a porta dos fundos onde dava para o jardim me encheu de amor. Lui estava sentado em uma cadeira de varanda ao lado de Michael que colocou Louise deitada em seus pernas e brincava com ela, fazendo barulhos na boca e ela ria como nunca. Michael se mostrava a cada dia um ótimo pai, coisa que eu nunca duvidei que seria, ele sabia lidar com nossos filhos de um jeito calmo e brincalhão. Michael não era só o homem que eu amava, ele era o centro do meu mundo e daqueles meninos também, eu tinha certeza.
Senti uma mão me cutucar por trás me tirando daquele estado de graça, me virei assustada e encontrei a expressão pálida de Jane.
-Podemos conversar? _Assenti.
Jane caminhou em direção ao escritório e eu fui atrás, quando entramos fechou a porta me mostrando que aquela conversa seria a mais desagradável de todas.
-Não precisam ir embora..._Continuou com a mão na porta se debruçando nela com um certo pesar. -... Pelo o que eu disse. _Virou-se para mim caminhando em minha direção.
-Não é pelo o que disse, não podemos ficar aqui. Você sabe tanto quanto nós.
-O que eu disse foi apenas verdades. _É, ela ia começar com aquilo de novo. -Se Louise for filha do Luke, ele merece saber. _Aquela afirmação me deixou com tanta raiva...
Eu estava revoltada com Jane, com raiva por ela está fazendo isso comigo, com nós, sabendo de tudo que o filhinho dela fez.
-Ele não merece nada! _Bradei. -Luke não merece nada Jane, ele é um verme desgraçado. Já esqueceu do que ele fez comigo? Do estado em que me deixou me fazendo passar por vadia diante do meu marido! _Os lágrimas de raiva e angustia saia dos meus olhos.
-Não é isso que estou falando Vick. Luke está naquela clínica, ele já está pagando por tudo que fez, talvez com Louise ele possa melhorar e..._Franzi meu cenho diante daqueles absurdo em que eu estava ouvindo.
-Eu não acredito que estou ouvindo isso.
Jane queria mesmo que eu usasse a minha filha para trazer um pouco de alegria a vida de Luke, para que eu possa está ao lado dele depois de tudo que fez?
-Eu não vou usar a minha filha para ajudar o Luke. _Fui enfática, carregada de dor injúrias. O que Jane pensa que é para vim até mim e pedir uns absurdos desses?
-Acontece que Luke é o meu filho Victória e eu tenho todo o direito de querer o melhor para ele.
-O Michael também é o seu filho! Mas você não se importa não é? Acha que tudo que Michael fez ao seu filho mais novo não chega nem perto de toda a merda que veio a fazer nesses últimos meses. Luke me violentou Jane, tentou matar o seu filho, tentou destruir a minha vida e mesmo assim você se acha no direito de vim até a mim dizer que se Louise for mesmo filha dele, eu devo usa-la para cura-lo?
Aquilo parecia contraditório demais, como uma mãe quer ajudar um filho com todos os pecados do mundo ferindo o outro?
-É o certo a se fazer. _Ri sem humor, caminhando pelo espaço daquele escritório com a mão na cabeça. Parecia que tudo que eu estava ouvindo eram meras loucuras vindo de uma mulher insana.
-Vai a merda Jane! _Gritei.
-O que está acontecendo aqui? _Eu estava tão nevosa que nem me dei conta da porta se abrindo e Michael entrando. -Dá pra ouvir os gritos de lá de fora.
-Conta pra ele Jane. _A olhei desafiadoramente. -Diz ao Michael o seu plano de salvar o seu filhinho. -Michael olhou para Jane sem entender muito, mas dava pra ver que estava ficando nervoso.
-Do que ela está falando mamãe? _Jane ficou séria, sem dizer uma palavra.
-Ela quer que eu use a Louise pra formar a família perfeita com o Luke, e tirá-lo da loucura. _Michael soltou um riso que mais parecia incrédulo do que outra coisa.
-Não acredito que está mesmo fazendo isso mamãe. _Balançou a cabeça colocando a mão na cintura. Ele parecia tranquilo, mas eu sabia pela forma de travar o maxilar que estava furioso.
-Tenho o direito de querer ajudar o meu filho de alguma forma. _Michael ficou sério de repente diante dessa declaração.
-Acontece que eu também sou o seu filho, droga! _Uma cadeira que estava perto dele foi ao chão. -Mas você não se importa com isso não é? Só se importa com o manezão, porque é filho do homem que você ama. Já eu mamãe...
-Não se trata disso Michael, não se trata disso. Eu apenas acho que Luke merece saber. _As desculpas daquela mulher só serviam para piorar as coisas.
-Luke não merece porra nenhuma! _Bradou Michael cuspindo. -O que aquele otário merece é ficar trancafiado naquele quarto de malucos até aprender. _Eu sabia que Michael havia se arrependido da forma que falou, mas sua mãe não lhe deu opção. -Não quero que se meta nos meus assuntos e nem na minha família mamãe. Deixa Vick e meus filhos fora disso. Louise é minha filha e mesmo que não for, Luke não vai ousar chegar perto dela. Nunca, entendeu? _Jane bufou irritada e saiu pela porta, respirei aliviada.
Corri até o meu marido abraçando-o, ele era realmente a minha força a minha proteção e eu não o largaria por nada desse mundo.
-Vamos embora logo amor, por favor. _Supliquei. Michael maneou a cabeça ainda em choque.
(...)
Nossa casa nova era impecável. Ampla, aconchegante e bastante inspiradora. Havia uma piscina no jardim e alguns play grouds para Lui brincar que logo se animou assim que viu. Eu não estava totalmente feliz, mas daria para levar até o dia que pudéssemos voltar para Suíça. Primeiro voltamos para Los Angels por conta do nascimento de Louise, mas agora teríamos que permanecer por causa da empresa. Isso me frustrava, mas se teria que ser assim, assim seria.
Mas por incrível que pareça as coisas estavam indo bem. Michael voltava seu trabalho árduo na empresa do pai e eu continuava sendo a dona de casa de sempre, cuidando dos meus filhos que para mim era a melhor parte. Ver o crescimento de Louise me enchia ainda mais de amor, ela era um anjo, linda, perfeita e adorável. Sorria de tudo e nunca dava trabalho, nunca chorava atoa. Michael é louco com ela, de todas as formas possíveis e eu ficava como uma mãe boba só babando.
Seis meses passaram tão rápido que nem me dei conta. As coisas pareciam está bem, não havia notícias de Luke e nem de Jane, e eu até estava me acostumando a viver ali novamente. Nossas vidas se limitavam a brincadeiras e sorrisos, parecia muito igual aos meses que passamos na Suíça, sendo assim, eu estava menos apreensiva e muito mais relaxada.
Michael estava lavando a louça depois da bagunça que fizemos na sala naquela noite. Fizemos chocolate de panela ao qual todos se lambuzaram, até mesmo Louise. Claro que só experimentou um pouco, mas pela cara que fez, adorou. Acontece que ele havia perdido um jogo ao qual eu entrei na competição, quem perdesse lavaria a louça e bem, ele havia perdido. Depois que Louise e Lui foram dormir me sentei em cima do balcão enquanto via o perdedor arrumar tudo.
-Da próxima, quem vai perder vai ser você. _Reclamou ele esfregando a esponja em um prato. -Acha mesmo que vou deixar barato?
Ele era tão lindo reclamão, se ele soubesse o quanto aquilo me deixava louca, não me provocaria dessa forma.
-Nossa, lavar a louça é tão ruim assim? _Ri da cara dele, Michael estava engraçadíssimo todo bravinho fazendo o serviço sozinho enquanto eu apenas observava.
-Não, mas não vou deixar barato você verá. _Seu sorriso misterioso me fez ver o quanto eu "pagaria" por aquele ato.
-Mas isso não é uma vingança, você já está pagando pelo jogo que perdeu. _Balançou o dedo cheio de espuma ao ar.
-Não, não. Vai ter troco gracinha e da forma mais gostosa. _O olhar que me lançou foi tão sedutor que me arrepiou.
-Uau! Então eu devo ficar ansiosa, e não temer? _Maneou a cabeça, já enxugando a pia terminando o trabalho.
-Pode ter certeza. _Deu uma piscadela.
Michael colocou o pano de prato em cima do fogão e caminhou até mim, se posicionando entre minhas pernas, segurei seus ombros um de cada lado, admirando aquele peito de fora, todo definido.
-Não arrancou pedaço, viu só? _Mordeu o lábio me olhando com desejo agora.
-Mas quero arrancar o pedaço de certo alguém, aos beijos. _Sua voz rouca rente ao meu ouvido já começava a me dar tesão, e uma leve mordida na minha orelha se deu. -Já fizeram seis meses e já faz um tempo que não fazemos amor, por conta de gravidez e do resguardo e...
-Sim. _Ri cobrindo minha cabeça com a mão, me sentindo envergonhada por ter demorado tanto para Michael e eu termos nosso momento íntimo. -Foi o nosso record.
-Nem com o Lui demoramos tanto. _Assenti.
Suas mãos migraram para minhas coxas trazendo meu corpo para mais perto dele, senti seu membro já ereto roçar minha intimidade por cima do meu baby doll.
-Vê o tamanho do meu tesão? _Assenti mordendo os lábios. -Não vai fazer nada quanto a isso?
Minha intimidade pulsava cada vez mais, a medida que ele esfregada sua ereção em mim, e eu me sentia tão molhada e não havia nenhuma razão para não transar com o meu marido. Eu precisava daquele corpo, precisava senti-lo dentro de mim, me possuindo, me pegando do jeito que só ele sabia fazer, do jeito que sabia como eu gostava.
Michael sabia o quanto estava mexendo comigo, sabia o efeito que causava em mim sempre que me encurralava assim, por isso nem ouviu a minha resposta e já tomou minha boca para si. Sua língua macia chupava a minha boca, e eu os seus lábios. A mão dele encontravam os meus seios e eu me entreguei com ânsia ao meu homem. O sabor gostoso da sua boca me motivava, o seu toque me inspirava, e o modo que se esfregava em mim me deixava cada vez mais pronta.
Enfiei minha mão dentro da sua calça colocando seu pau para fora, enquanto beijava meu pescoço observei seu membro teso, grosso, com veias alteradas por todo ele, e a glande rosada. Comecei a masturba-lo ouvindo seus gemidos e seus contorcionamentos, e era bom demais saber que tem o poder de agrada-lo. Parei por um instante apenas para levantar os braços enquanto ele tirava minha blusa. Michael admirou meus seios com luxuria.
-Caramba gracinha... Nem ao menos parece que pariu dois filhos, continua a mesma gostosa pelo qual eu me apaixonei. _Sorri satisfeita.
Terminei de tirar meu short com sua ajuda até ele se posicionar melhor entre minhas pernas e me possuir com delicadeza. Seu membro adentrando gradualmente dentro de mim me enlouquecia, atingindo pontos sensíveis que aumentava o meu tesão. Afastei os meus lábios sugando o ar pelo prazer a medida que se movimentava um pouco e parava. Era isso que fazia, entrava fundo me levando a beira do orgasmo e depois parava ficando estático dentro de mim.
Segurei com força seu ombro quando me estocou um pouco mais forte, aquilo definitivamente estava me enlouquecendo. Sua boca tomou a minha mais uma vez com fome, mordendo os meus lábios, sugando minha língua. Os movimentos dele se tornavam agora frenéticos, e meus gemidos já ecoava pela sala, obrigando Michael a manter nossos beijos para abafa-lo.
-Oh amor! _Gemi sôfrega em seu ouvido em um momento que soltou os meus lábios e isso foi estopim para que continuasse estocando com mais rapidez.
Eu iria gozar, faltava só mais um pouco para que me desfizesse para ele. Michael sabendo disso prendeu-se dentro de mim me fazendo suga-lo completamente paralisados, preso dentro de mim, absorvendo tudo de si. Eu o sugava com tanta força que senti os espasmos do orgasmo destruindo as minhas forças, fazendo meu corpo inteiro sentir os seus efeitos, atingindo completamente os meus nervoso, arrepiando o meu corpo, consumindo a minha alma. Meus olhos piscavam com frenesi involuntariamente e eu me prendia ao máximo para manter aquela sensação que aumentava cada vez mais. Esse efeito também levou Michael ao orgasmo, franzindo o cenho, mordendo os lábios e apertando minha pele com força. Me joguei em seu corpo estabilizando o meu depois daquele sucumbir que meu corpo havia sofrido, sentindo beijar minha testa.
-Oh amor! _Gemeu ele beijando a minha testa. -Eu necessito do seu corpo sabia disso? Hum? _Chupei seu queixo e depois assenti com a cabeça, concordando com tudo que falava.
-Você continua tão gostoso quanto na nossa primeira vez. _Comentei me sentindo mais uma vez excitada.
-Quando eu te provoquei ao máximo e você acabou se entregando a mim?
-Exatamente. _Sorri ainda entorpecida. -Está o mesmo homem delicioso de sempre, mas ainda melhor, porque conhece exatamente como meu corpo funciona. E, meu amor... ficar esses meses sem o seu pau dentro e mim me deu saudade.
-Imagina eu sem sua vagina, que aliás continua apertada como sempre, nem parece que pariu dois filhos. O que você faz, hein baby? _Ri com vontade.
-Acho que a culpa é sua. Seu pau é tão grande que não nota se minha vagina se alargou ou não. _Gargalhamos juntos.
-É melhor pararmos com isso, porque já estou cheio de tesão de novo.
-Engraçado porque eu também estou.
-Então vamos pra cama, e fazer amor a noite inteira vamos? _Levei meus lábios rente ao seu ouvido.
-Só se for ago
ra.
Michael e eu corremos para o quarto e lá... ah lá! Continuamos o nosso amor a resto da noite. Uma deliciosa noite cheia de orgasmos, amor, e cumplicidade.
Capítulo 5
O dia havia amanhecido e com ele uma sensação de paz me invadia por inteiro, o cheiro do meu homem espalhado pelo meu corpo, impregnado no suor da minha pele me fez sorrir extasiada. Nos embolamos nos lençóis a noite inteira, seus beijos ainda estava marcados em mim. Eu ainda podia sentir o seu toque e todas a sensações daquela noite de amor. Mas meu sorriso se desfez quando ele apareceu em pé no quarto todo polido de terno e gravata preparando para ir a empresa. Me cobri com o lençol e o encarei chateada.
-Já vai?
-Sim. _Bufei me jogando na cama de novo.
-É só o que queria, não é? Aplacar sua luxuria nos braços de sua mulher e ir embora. _Ele riu diante da minha cena.
-Para de drama gracinha. Fizemos amor a noite toda e dormimos juntinhos com o meu pau dentro do seu traseiro. Eu não abandonei você. _Olhei para ele com cara de tédio.
-Mas vai lá pra aquela empresa, invés de continuar na cama comigo. _Ele subiu em cima da cama, aproximando sua boca da minha com tanta sensualidade que por um momento achei que reconsideraria.
-Nem você vai poder ficar na cama, gracinha. _Sussurrou em um tom sacana. -Lui tem aula hoje. _Dei um pulo de repente procurando o relógio.
-Que horas são? _Isso foi um grito e Michael voltou a mesma posição de antes colocando o relógio em seu pulso.
-São quase sete da manhã, ele está um pouco atrasado, sabe? _Michael se divertia com a minha dispersão. Coloquei a mão na cabeça.
-E a Louise? _Meu Deus eu havia perdido totalmente a noção de tudo. Era isso que aquele homem causava em mim, eu esquecia do mundo só para ficar em seu corpo mais uma vez.
-Ela ainda dorme, mas daqui a pouco chora querendo mamar. _Tirei o lençol do meu corpo de repente e fiquei de pé.
-Uau, que traseiro bonito! _E lá estava ele, me provocando nos piores momentos.
-Não começa amor, eu estou super atrasada.
Entrei no banheiro depressa para tomar um banho, para conseguir despertar direito e conseguir seguir o dia.
No final das contas eu estava pronta e Michael havia aprontado Lui para mim, e trocado a frauda de Louise, só faltava mesmo eu amamenta-la para sairmos.
Michael seguiu em seu carro para o trabalho, absurdamente lindo e charmoso e eu morrendo de preocupação mais uma vez. Dei um "Boa sorte" para ele coloquei meus amores dentro do meu carro. Louise na cadeirinha sorria como nunca para o irmão.
-Olha mamãe, Louise está sorrindo. _Olhei pelo retrovisor enquanto dirigia, me permitindo abrir um sorriso para aquela cena. -Oi Louise, sou o Lui o seu irmão. _Ele pegou nas perninhas branquinhas daquele bebê lindo e ela sorria ainda mais fazendo barulhoso fofos.
-Ela sabe que você é o irmãozinho dela. Vê como ela sorrir pra você? _Ele assentiu feliz. -Ela sabe que você será o protetor dela, a pessoa que vai ensinar tudo o que sabe.
-Vou ensina-la a jogar vídeo game. _Abri um sorriso, por saber o quanto meu filho era inocente.
-Ensine, ela vai adorar. _Lui piscou para mim e eu pisquei de volta.
(...)
Quando Lui estava devidamente em sua sala de aula me permiti caminhar um pouco com Louise pelo parque. Seu carrinho de neném estava no banco de trás e eu a coloquei empurrando-a até chegarmos à uma pracinha. Haviam várias crianças brincando, e se divertindo. Peguei meu bebê no colo brincando com ela, dando beijinhos de esquimó e fazendo barulhos com a boca. Estava um clima agradável e tranquilo. Olhei para o lado e percebi uma pessoa no meu campo periférico da visão, essa pessoa parecia me encarar, estava determinada a isso e eu comecei a senti uma arrepio perpassara o meu corpo. Eu não queria olha-la e ter uma confirmação que eu não estava querendo, mas eu precisava fazer isso. Eu necessitava entender porque me olhava tanto, mas quando me virei para vê-la novamente havia sumido. Achei estranho, porque parecia que a pessoa estava me encarando, e de repente se escondeu. Tentei espantar essa impressão e me focar no fato de que haviam muitas pessoas ali e que poderia ser apenas impressão minha.
Continuei brincando com Louise. Depois amamentei outra vez, coloquei para dormir e em fim voltamos para casa. Quando chegamos Louise já estava acordada de novo e com fraudas sujas.
-Por favor Nancy. _Chamei a nova babá que Michael havia contratado para Louise. Era uma mulher de meia idade, baixinha, com expressão alegre. -Prepara o banho da Louise, sim? Ela chegou suja e eu preciso limpa-la.
-Sim. _Respondeu prontamente. -A senhora quer que eu dê banho nela?
-Oh, não. Só prepare a banheira, eu mesmo dou banho nela. _Ela assentiu.
Dar banho em Louise significava ficar mais um tempo com ela e o quanto isso me permitia, eu não desperdiçaria nem um momento.
-Ah, senhora Jackson! _Nancy me chamou de volta.
-Sim?
-Um rapaz veio aqui procurando a senhora. _Minha expressão que estava calma se transformou em em puro desespero.
-O que? Quem? _Não havia ninguém que pudesse me procurar. Os únicos que que podiam vim até mim, seria o meu pai, Terry, Michael e... Luke. Mas meu pai e minha mãe se mudaram para França, Terry estava na empresa com Michael. Michael era o meu marido e morava naquela casa, Nancy o conhecia bem e...Só me restava. -Como ele era Nancy? _Fiquei esbaforida, eu havia visto uma pessoa me vigiando no parque, alguém que se escondeu de repente quando olhei. Com certeza era mal intencionado, não da pra ter boas intenções se escondendo. Meu coração estava acelerado, parecia que todo o tormento voltaria novamente.
-E..eu não sei. _Nancy ficou nervosa diante do meu nervosismo, e aquilo a deixou sem reação. -Eu não o vi, foi pelo interfone, só disse que queria falar com a senhora. _Eu precisava descobrir mais coisas, eu tinha ter certeza se era o mesmo o Luke atrás de nós.
-E a voz dele? Era rouca, grossa, fina, era como? _Eu necessitava de informações, mas isso só fazia com que Nancy ficasse ainda mais nervosa e preocupada. -Era o irmão do meu marido? _Respirei fundo. As vozes de homem em sua maioria tinha o mesmo tom da de Luke, era impossível que Nancy me informasse com precisão e ela não conhece o irmão do Michael, é óbvio que se foi ele, não diria. -Desculpe Nancy, eu estou nervosa. Só me diga imediatamente quem veio procurar por mim e por favor olhe pelas câmeras de segurança o rosto dele. E não abre a porta para ninguém, pra nenhum parente do Michael e isso inclui a sua mãe. _Ela assentiu freneticamente, olhos arregalados. Ela não estava entendendo nada e provavelmente imaginando que aquela família era problemática, assim como de fato era. Talvez tentando encontra um motivo pelo qual eu agisse dessa forma.
-Não se preocupe Senhora Jackson, ninguém entra sem a sua permissão. _Me senti um pouco aliviada, mas não o suficiente para me acalmar.
Eu tinha medo de Luke, medo de tudo que ele fez comigo e de ter saído daquele sanatório para cobrar dívidas, só de pensar eu ficava louca.
Dei banho em Louise com os meus pensamentos torturantes, mas tentei não pensar muito nisso. Quando Michael chegar conversaríamos e tudo se encaixaria, pois eu sei que me diria algo pelo qual me tranquilizasse.
Vesti Louise com cuidado e quando estava pronta coloquei-a em meus braços para nina-la. Ela tinha um furo no centro do queixo como pai, seu sorriso bonito encantador. Ela tinha que ser filha dele, se parecem tanto. Eu não sei se algum dia iríamos esclarecer essa dúvida, mas enquanto esse dia não chegue prefiro pensar que Luke não me destruiu totalmente.
Capítulo 6
O jantar inteiro eu não disse uma só palavra, meus pensamentos estavam longe demais para me concentrar em Michael enchendo o saco de Lui para ver quem joga melhor e brincando com Louise que sentava na cadeirinha. Eu sabia que ele tinha percebido o meu distanciamento, pois de vez ou outra me olhava com desconfiança e eu sempre tratava de dar um sorriso sem graça só para disfarçar. Mas eu conhecia meu marido o suficiente para saber que mais tarde iria me perguntar.
Eu estava sem apetite, apenas revirava o prato, pensando em mil possibilidades sobre quem era a pessoa do parque e a pessoa que veio até a minha casa me procurar. Não sei se havia alguma ligação. Na minha cabeça aterrorizada havia sim e o meu medo que fosse Luke era latente.
Eu nem quis ficar até tarde com os rapazes assistindo filme, assim que Louise mamou e dormiu eu fiz questão de fazer o mesmo. Da cama dava pra ouvir o barulho de TV ligada no filme de terror que estavam vendo. Assim que Michael viesse pra cama eu iria reclamar com ele de colocar esse tipo de filme para Lui assistir, depois não quer que o garoto fique com medo e durma conosco por causa dos pesadelos. Acho que por conta disso e da minha preocupação, não consegui pregar o olho, andava de lado para o outro, colocava a mão na cabeça, me olhava no espelho da penteadeira em frente a cama, deitava de novo até a hora que Michael subiu. Ele me encontrou penteando os cabelos mesmo que não tivesse mais o que pentear. Acho que desenvolvi um tipo de tique nervoso.
Fui envolvida por trás, e beijada na nuca, tão gostoso que por um instante achei que meus problemas haviam acabado. As mãos ousadas de Michael subiram pelos meus seios, e sua boca migrando para a orelha, dando uma sensual mordida. Gemi um pouco.
Fiquei de frente para ele agarrando seu pescoço já tomando sua boca para mim em um beijo forte, com direto a chupões e mordidas.
-Onde está Lui? _Perguntei entre um beijo e outro.
-Já está dormindo, dormiu no meio do filme, e eu tive que carrega-lo para cama. _Sorriu.
-Não quero que ele veja esse tipo de filme, amor. _Me desvencilhei do seu braços e caminhei pelo quarto. - Ele vai ficar impressionado.
-Ah gracinha ele adora. Não se preocupe, não é algo que ele se impressionaria. _Balancei a cabeça. -Aliás, quero mesmo te perguntar umas coisas. _Xii sabia que essa hora chegaria. -Você está muito estranha hoje. Não tocou na comida, ficou desconfiada. Está escondendo alguma coisa, ou tem algo que está te incomodando? _Respirei fundo, tentando tirar coragem para lhe dizer. Eu não queria esconder nada dele, até porque fiz isso uma vez e só trouxe problemas, acabei fazendo com que Michael desconfiasse de mim, e definitivamente eu queria o meu marido mais perto de mim do que nunca.
-Está bem. _Me sentei na cama. -O Luke saiu.
-O que? _Foi mais um grito. -Como você sabe? Ele veio até você? O que ele fez Victória, diz? _Michael ficou tão nervoso quanto eu quando Nancy me disse sobre alguém me procurando.
-Não, eu não o vi. Relaxa! É que eu estava no parque com a Louise depois de deixar Lui no colégio e tive uma... uma sensação ruim de alguém me vigiando, como se tivesse na espreita. Quando olhei de soslaio vi um vulto de alguém se afastando e não consegui ver mais nada. _Caminhei para o outro lado do quarto. -Quando cheguei em casa Nancy disse que um homem veio aqui me procurar. É óbvio que pensei no Luke. Tão óbvio que não sei o que fazer.
-Se esse desgraçado vier atrás de você, eu não irei polpa-lo de novo. _Fechei meus olhos sentindo a angustia me dominar.
-Eu não sei amor, estou tão assustada. _Michael caminhou até a mim e me abraçou apertado.
-Pode não ser ele, sei lá. Luke está internado Vick, pelo que eu saiba estava mal, não acho que de repente saiu para vir atrás de nós.
-Acontece que já são seis meses que não temos notícias do caso. Não sabemos nada Michael. Pode ser sim que já saiu da clínica.
-Terry não me disse nada. Aliás eu o proibi de dizer qualquer coisa do meu irmão, então pode ser que se sentiu sem jeito de comentar. Não da pra saber. _Balancei a cabeça concordando.
-Só não sei como sabe onde moramos. Talvez seja a Jane que lhe disse onde nos encontrar. Sei lá sua mãe enlouqueceu com isso. Quer que Luke tem uma vida normal, quer que ele tenha alguma esperança com Louise. Não sei porque está fazendo isso, depois de tudo que viu Luke fazer conosco.
-Mamãe acha que somos culpados que vida de Luke está dessa forma. Acha que eu não mereço ser feliz como sou hoje as custas do meu irmão. Sempre com aquela cara de felicidade e votos de felicitações, mas. _Soltou um riso irônico. -Tá na cara que torce pelo filho do Roy! _Desdenhou a última palavra e eu voltei a abraça-lo sabendo que provavelmente Michael sempre iria carregar esse fardo a vida toda, o que era uma pena.
-Somos sua família, amor. Lui, Louise e eu. Acho que não precisa do resto dos Jacksons e seus problemas.
-Ainda bem que tenho você. _Acarinhou os meus lábios com ternura. -Tentaram destruir tudo que construímos, mas nunca conseguirão.
-Nunca. _Sussurrei. -Nosso amor é algo intenso demais. Eu sou apaixonada demais por você. Não sei se conseguiria seguir sem você ao meu lado, acho que não tinha como.
-E muito menos eu. _Riu. -Acho que ficaria perdido no mundo, sem rumo. Nos pertencemos.
Trouxe seu corpo mais próximo do meu fungando o seu pescoço, dando alguns selinhos e mordiscando sua pele a seguir. Definitivamente Michael era a minha força, meu porto seguro, minha tábua de salvação. Acho que é por causa da sua presença na minha vida que eu não pirei ainda.
Fui erguida me pendurando em seu pescoço beijada na boca com gana e levada para a nossa cama, tudo delicadamente. Mas isso mudou quando senti as mãos possessivas do meu homem alisar meu corpo, das coxas até minha bunda, quando se acomodou sobre mim.
-Faça amor comigo amor. _Sussurrou ele entre meus lábios. -E finge que não há mais nada lá fora, a não ser nós.
Era tudo que eu queria, ama-lo como e não existisse mais nada. Ama-lo como se dependesse disso para sermos felizes. Era esse tipo de relacionamento que Michael e eu construímos durante esses anos, um amor puro, sensível e companheiro.
Sua forma de tirar a minha blusa e apalpar os meus seios era perfeitamente carinhosa. Olhar em seus olhos e saber que o homem ao qual eu sou verdadeiramente louca está sentindo o mesmo sentimento que você não tinha preço. Senti sua primeira investida assim que nos encontrávamos nus, seu membro cada vez mais fundo, seus beijos cada vez mais intensos, boca, queixo, pescoço, tudo que nos dava vontade. Sua grossura atingiu-me em um ponto tão sensível que me contorci a baixo dele, gemendo baixinho somente para que ele ouvisse. Segurei sua nuca guiando seus beijos em meus seios, os movimentos cada vez mais intensos e deliciosos. Girei por seu corpo ficando agora sobre si, comecei a quicar sobre seu membro na tentativa de gozar desesperadamente, mas Michael guiou-me a me debruçar sobre o seu corpo. Ficamos coladinhos, voltamos a nos beijar.
-Eu amo você. _Aquela declaração me encheu de amor me fazendo gozar em seguida, o levando comigo.
-Eu também amo você. _Respondi sem fôlego.
(...)
-Quem é que faz aniversário na próxima semana mesmo? _Perguntei divertida circulando seu peito com as pontas dos meus dedos, e minha perna em cima do seu corpo. Michael riu.
-Não acredito que você lembrou disso.
-Como não? É o dia que o homem da minha vida nasceu. Não vou lembrar por qual motivo?
-Mas também é o dia em que o homem da sua vida se torna mais velho. _Balançou o meu maxilar de um lado para o outro. -O que significa que estou mais perto de cabelos brancos
-Sério? Nem parece. Quanto mesmo? Ah...46? _Maneou a cabeça em uma expressão de lamento. -Pois parece jovem para mim. Continua ainda mais lindo, ainda mais vigoroso e... gos...to...so. _Tentei um som sensual e ele mordeu o lábio.
-Ah isso é verdade. _Deu de ombros e eu gargalhei.
-Convencido como sempre, isso nem a idade apaga. _Fez biquinho negando. -Mas falando sério, eu quero comemorar. Esses anos você sempre deixava passar, sempre só um café da manhã com Lui trazendo alguma lembrancinha, nós três juntos o dia inteiro em casa, ou uma volta por ai. Quero fazer algo legal. Chamar o pessoal da empresa, algumas amigas que já tinha aqui que faz tempo que não falo. Acho que seria bacana, o que acha? _Aquela expressão de que não era uma boa ideia estava estampada em sua face, e isso me entristeceu.
Michael nunca comemorava seu aniversário, nunca se preocupou com isso. Para ele aniversários só servia para isso mesmo...fazer você ficar mais velho e consequentemente mais próximo da morte. Eu até entendo, levando em conta os longos aniversário solitários que teve a vida inteira. Mas acho que estava na hora de esquecer isso e saber que tem uma vida melhor e estamos todos ao seu lado.
-Não sei. _Se levantou da cama ficando sentado a beira. -Acho desnecessário. _Levou sua mão na nuca, um visível sinal de incômodo.
-Amor, olha, escuta. _Eu tentaria convence-lo. -Nós temos uma vida diferente hoje, temos dois filhos, nos amamos, estamos aqui ao seu lado. Acho que você merece sim uma festa comemorando essa data. Lui ia adorar me ajudar com os preparativos, ele adora fazer as coisas pra você. Por favor vai? _Perpassei minhas mãos em suas costas nuas. -Por mim? _Michael me olhou com mais serenidade e isso me fez saber que estava começando a reconsiderar.
-O que eu não faço por você, hein? _Sorri empolgada, beijando sua boca.
Aquele momento era especial e eu não podia deixar passar. E eu faria de tudo pra que desse tudo certo. Tudo seria feito com amor, e dedicação. Além de eu está ansiosa, pois seria a primeira festa que ele comemorava o seu aniversário, então tinha ser tudo com perfeição, como um verdadeiro marco.
Capítulo 7
No dia seguinte, fiz a minha rotina diária. Michael estava na empresa e Lui não havia ido para escola, estava comigo me ajudando a arrumar Louise para o seu passeio. Lui era tão carinhoso com ela que eu babava. O jeito que arrumava as roupinhas, o jeito que dava carinho a ela. Ele realmente amava Louise, isso estava estampado em seus olhos negros brilhantes.
-Louise golfou mamãe. _Lui correu até o armário de Louise buscando a frauda. Eu não havia visto, pois ela estava com a cabeça deitada no meu ombro, mas ele viu e foi o mais atencioso possível.
Levou a frauda a boca da linda bebê que sorria como se visse algo mais lindo do mundo, a limpou com cuidado e afagou sua cabecinha.
-Posso segura-la mamãe?
-Mas é claro que pode. Louise é sua irmã, e você tem todo o direito de tê-la nos braços. _Sorri com ternura para aquele menino doce.
Me ajeitei na cama, posicionando Louise ao colo de Lui que logo estendeu suas mãozinhas juntas para frente para recebê-la nas mãos.
-Ui! Ela é um pouco pesada. _Ele contorceu a boca, como se estivesse em apuros e eu ri.
-Segura ela com força e com cuidado. Segura também a cabecinha para que ela não tombe-a para trás, porque pode machuca-la. Eu estou te ajudando.
Lui a colocou em seus braços de uma forma confortável para ambos, e eu mais uma vez olhava para os meus dois filhos com ternura.
-Você é tão cheirosa Louise! Tem uma pele tão macia e eu adoro o seu sorriso. Não quero que cresça tão rápido, mas quando crescer eu sei o quanto será linda. _Segurei as lágrimas para não descerem, Lui era realmente fofo e eu o amava tanto por isso.
Quado engravidei de Louise por mais que soubesse o quanto Lui sempre foi evoluído para a sua idade, eu tinha medo que tivesse algum tipo de ciúmes. Sabemos que essas coisas de ciúmes entre irmão sempre foram comum nesse idade, e nós tínhamos um exemplo disso bem vívido na nossa casa. Mas ao ver Lui eu tive certeza que não deveria nunca me preocupar.
Ouvi a porta do quarto bater e logo Nancy entrar o quarto.
-Com licença Senhora Jackson. _Sua expressão estava temorosa, um pouco desconfiada. -Mas aquele moço que veio procura-la ontem, está ai de novo. _Senti o meu corpo todo gelar como se eu estivesse em um dos invernos devastadores da Suíça. Meus olhos arregalaram e o que era amor de poucos instantes, vi se transformar em desespero.
Me levantei depressa da cama com expressão de pavor. Mas eu não quis fazer alerde disso, não na frente de Lui.
-Querido me dê a Louise, irei lá fora um instante. Mas você pode ficar aqui com ela, cuidando dela, sim? _Ele assentiu.
Peguei Louise no colo e a coloquei no carrinho. Deixei Lui olhando a irmã enquanto eu acompanhava Nancy até lá em baixo.
Eu mal conseguia andar, minhas pernas estavam trêmulas, meu coração acelerado. Eu andava lentamente até a entrada de casa. Eu precisava saber se Luke tinha mesmo essa ousadia de aparecer na minha casa depois de tudo, eu precisava encarar a sua face de novo e ovaciona-lo com as minhas injúrias, lhe dizer como foi capaz de aparecer na minha casa à minha procura depois de todo o horror que me fez passar. Eu estava cansada de tudo isso, exausta daquele jogo que não acabava mais, só queria voltar a ser feliz. Será que eu não podia? Será que eu iria sempre pagar por ter me apaixonado?
-Nancy... _A chamei quando estava quase chegando até a porta. -Volte lá para o quarto, fique com Lui e Louise e tranque a porta. Se eu demorar mais de meia hora, chame a polícia e não abra a porta a menos que eu mande está bem? _Nancy arregalou os olhos, provavelmente pensando nas seriedade do que seria um pouco da minha vida. Ela queria perguntar algo, mas decidiu não fazer, apenas assentiu sua cabeça freneticamente e rumou para o quarto.
Me virei novamente em direção a porta, tentando procurar algum tipo de coragem para abri-la. Não sabia se estava cem por cento preparada para encarar Luke de novo, mas eu precisava fazer, tentar acabar logo com aquilo. Segurei a maçaneta trêmula, com um aflição latente dentro de mim. Meus olhos se fecharam e eu a abri de vez, olhando com angustia a figura a minha frente.
-Olá Senhora Jackson. _A imagem da pessoa a minha frente nem de longe se parecia com a de Luke. Era um senhor de idade com um sorriso simpático no rosto. Franzi meu cenho não conseguindo entender mais nada, porém aliviada o suficiente para respirar.
-O..olá. _Tentei abrir um sorriso depois da tensão que vivi.
-Meu nome é James eu sou o novo jardineiro. Se lembra que a senhora me contratou há algumas semanas atrás? _Meu Deus, é claro. Eu havia contratado sim um jardineiro e nem me lembrava mais disso.
-Cla..claro. Eu lembro. _Menti apenas para disfarçar a minha aflição. -Foi o senhor que veio ontem?
-Sim, foi eu sim, mas a senhora não estava. _Assenti calmamente desconstruindo toda aquela ideia fixa de Luke está atrás de mim.
-O jardim fica ali. _Apontei para os fundos da casa. -Preciso que faça exatamente o que o senhor achar melhor. Sabe? Podar, regar e essas coisas.
-Não se preocupe Senhora Jackson, deixarei seu jardim lindo como a senhora. _Sorri com a simpatia do homem, me obrigando a achar que sou a mulher mais paranoica do mundo.
(...)
-Um jardineiro, você acredita? _Me achei uma idiota contando isso para o meu marido que ria da minha cara, como se fosse a melhor piada. Bom, a situação foi realmente patética.
-Queria ter visto a sua cara. _O fuzilei com os olhos me sentando na cama, enquanto ele colocava o pijama.
-Não tem graça Michael. Deus eu fiquei apavorada. Até recomendei Nancy em trancar a porta e cuidar das crianças. _Michael caminhou até mim se ajoelhando entre minhas pernas. Senti suas mãos acarinha o meu rosto.
-Gracinha, Luke não se atreveria a vir aqui. Ele não vai voltar, pare de se preocupar tanto. Luke está em um sanatório de loucos, está estático parecendo um zumbi, sem condições alguma. Terry me disse hoje que a situação do meu irmão só piora. Ele deve saber, não é? Convive com a minha mãe...Não quero que os demônios do passado impeçam você de viver. _Ele tinha razão, eu deveria parar, deveria esquecer e seguia a minha vida, mas...
-E aquela pessoa que me vigiava no parque? Ainda tem ela. _Michael balançou a cabeça se ponto de pé.
-Gracinha aquele parque tem milhões de pessoas passando o tempo todo. Vai ver que estava mesmo olhando para você, mas o fato de ter saído justo quando você a olhou, foi apenas coincidência. _Pensando assim...
-Desculpe. _Abaixei a cabeça me sentindo péssima, uma idiota medrosa que estava querendo colocar barreiras em um pouco de felicidade que estávamos tendo. -É só que... As coisas não foram fáceis, há muito trauma em tudo isso. Quando decidimos ir à Suíça estava tudo ótimo, mas depois que voltamos e Jane com essa ideia fixa de Louise ser filha do Luke. Você não imagina o quanto eu tenho estado aflita com isso. Jane irá fazer de tudo para ver o filho melhor, até mesmo usar Louise pra isso. E eu não posso deixar isso acontecer. _Comecei a me desesperar com a ideia, uma lágrima apontou na minha bochecha e lá estava Michael para me consolar.
-Isso não vai acontecer, entendeu? _Seu olhar penetrado no meu estava determinado a me convencer. -Louise é minha filha, e isso é tão claro Vick.
-Não é tão claro assim Michael... _Me levantei da cama ficando de costa para ele, algumas lágrimas teimosas insistiam em cair.
-É, é sim. _Senti o meu homem me abraçar por trás, fazendo a paz aquecer o meu coração, seus beijos me excitarem e eu ter um pouco de calma. -Ela é minha, ponto final.
Me virei para ele, o encarando com os olhos medrosos, e imaginando o porque tinha tanta certeza assim.
-Como pode ter tanta certeza? Luke me violentou e não foi só uma vez.
-Luke é estéril! _Bradou. - Esse é um motivo grande não é? _Fiquei estática com tamanha revelação.
-O que? _Sibilei alto, e ele riu de lado.
-Sim, Vick. Luke é estéril, mas não sabe.
Senti minha cabeça girar, mas não posso dizer que isso não me tranquilizou, pois eu estaria mentindo. Ter certeza absoluta de que Louise era filha do homem que eu amo, aplacou todo o medo que me invadia.
Capítulo 8
-E como você sabe de tudo isso e ele não? _Michael tinha uma forma incomum em descobrir tudo que precisa e às vezes isso me assustava um pouco.
Ele sentou-se à poltrona cruzando uma perna em cima da outra, seu abdômen de fora estava relaxado, mostrando sua definição perfeita.
-Quando visitei Luke naquele sanatório, assim que mamãe saiu eu voltei. Paguei o médico para que me desse todas as informações sobre o caso dele. _Franzi o cenho.
-Você é irmão dele, por que teria de pagar pra saber uma coisa dessas?
-Pois é. _Ergueu os ombros. -Aparentemente parece que mamãe cuidou para que eu não soubesse de nada. Dr, Raydom, não colaborou em nenhum momento, a menos quando o ofereci o dobro que mamãe pagou. _Aquilo estava estranho até demais, as coisas ali não estavam certas.
Parece até que Jane estava escondendo algo sobre o filho para que nós não soubéssemos e usaria isso contra nós. O que me fez saber que Jane também sabia do problema reprodutor do filho.
-Fiquei sabendo que Luke é estéril e que um dia pode se recuperar totalmente do estado catatônico, pois a loucura dele foi ocasionada por estresse agudo, e com o tratamento adequado ele podia se recuperar rápido como se nada houvesse. _Essas palavras me deixou novamente tensa. A qualquer momento Luke poderia vim atrás de nós, e pelo que Michael deu a entender tudo era um plano.
-Sua mãe quer mesmo tirar a Louise de nós não é? _Aquele possibilidade me entristecia. Uma mulher que se dizia torcer por nós e nos amar, fazer uma coisa dessas era realmente doloroso. Se era doloroso para mim imagina para Michael, seu próprio filho.
Michael assentiu pesadamente, mas incrivelmente tranquilo. Eu não sabia de onde Michael tirava tanta tranquilidade, mas o mundo poderia está desabando e ele mesmo assim seguia a vida. Único momento que o vi desabando foi quando achou que eu estava contra ele, talvez me perder o deixava mal. Agora os outros, acho que eram apenas os outros, ao qual estava acostumado lidar durante toda a vida, como se já esperasse sua traição.
-É o que parece.
-E você fala isso assim? Michael a sua mãe vai fazer de tudo para aquele filho da puta tire Louise de nós e você fala assim?
-Vick, escuta. _Ele se levantou de vez, me encarando com uma expressão dura, como se não aguentasse mais aquela situação. -Eles não vão conseguir, entendeu? _Aquela frase não causava mais nenhum efeito em mim, considerando o fato de que já vi Luke conseguir o que quer, ainda mais com Jane lhe apoiando.
-Você sabe tanto quanto eu, que não devemos subestimar o Luke.
-Mas também não devemos superestimar. O máximo que Luke fará é tentar se aproximar de Louise, enfiar na cabeça dele que ela é sua filha. Tentar me atingir com isso e achar que está causando algum tipo de efeito. Mas não. Eu sei de tudo e ele é o que não sabe de nada. Eles acham que estão no controle, mas não estão. _Senti as lágrimas quentes rolarem pelos meus olhos. Mas de alguma forma Michael poderia estar certo.
Quando passamos na frente do nosso inimigo somos capazes de virar o jogo contra eles quando nos é conveniente, e isso os torna fracos. Eu aprendi isso com o Michael, ele havia me falado muitas coisas sobre manipular as pessoas e se fosse dessa forma, o jogo estaria ao nosso favor. Mas não sei, algo dentro de mim me mandava ter cuidado.
-Ah gracinha relaxa, por favor? _Meus dois ombros foram segurados com firmeza, sua áurea e a convicção que me mandava relaxar por um instante me fez realmente acreditar que estava tudo sob controle. E eu gostei de me sentir assim. -Eu nunca vou deixar nada acontecer com você, ouviu? Nem com você, ou com Lui, ou com Louise. Isso está fora de questão. Vão ter que passar por cima de mim primeiro. _Sorri de leve, sem vontade. Tentando ao menos estabilizar a minha insegurança. -Você precisa de um banho. _Constatou. -Posso ajuda-la nisso. _Levantou uma sobrancelha sugestivamente.
E era tudo que eu precisava, de um banho e do corpo dele junto ao meu. Sua pele macia, seus beijos entorpecedores e seus toques arrebatadores. Acho que era isso que eu precisava em cada momento ruim que eu por ventura passei. Só o amor dele já me bastava.
A água quentinha escorria pelo meu corpo e a minha frente o corpo nu escultural do meu marido. Não conseguia parar de admirá-lo, aquele corpo esquio inteiramente definido, seu pênis ereto apontando para a minha direção me fazia salivar. Aquele rosto delicado, seu olhar terno, mas ainda sim com um aspecto de luxuria admirando o meu corpo igualmente, me excitava.
Meu marido deu dois passos em minha direção aproximando nossos corpos, sentindo a textura escorregadia dos nossos corpos molhados e juntos, me excitou ainda mais.
Minha boca foi tomada imediatamente e explorada centímetro por centímetro por sua língua macia. Minhas mãos apalpavam o seu corpo incrivelmente duro, em um deleite sem igual. Nossos sexos se juntaram de uma forma única, mas sem que ele me penetrasse. Eu queria e precisava fazer uma coisa antes. Então dei uma ultima chupada em seus lábios e desci o meu corpo pelo seu, perpassando minhas mãos a medida em que eu descia, sem deixar de olha-lo.
Peguei seu pau entre os dedos apertando com força, notando a expressão de Michael se contorcer de prazer. Comecei a masturba-lo com maestria ouvindo-o gemer, seus quadris remexendo ao meu ritmo. Aquilo me inspirava a ir com mais rapidez, determinada em faze-lo gozar. Mas só toca-lo não estava me satisfazendo eu precisava de mais, por isso inclinei minha boca até sua glande alterada me preparando para chupa-lo.
-Ohh Gracinha!! _Seu gemido rouco e estridente me mostrava o quanto apreciava. Comecei a suga-lo com força levando-o cada vez mais para dentro da boca. Levantei minhas vistas e o vi encostar suas mãos abertas no azulejo úmido pelo vapor. Sua boca estava aberta enquanto gemia alto. Eu adorava dar prazer para aquele homem completamente molhado e apetitoso, meus movimentos aumentava junto com suas reboladas para dentro de mim. Michael transava com a minha boca de uma forma sensual ao qual em pouco segundos senti os jatos do seu gozo invadir a minha garganta.
Ele estava tão ofegante, mas mesmo assim me levantou de suas pernas e tomou minha boca para si.
Continuamos nosso amor na cama, com Michael me penetrando com força me estocando, me possuindo, me comendo. Seu membro grosso me preenchia inteira, me tocando em pontos sensíveis que me dava prazeres maravilhosos. Segurei com força em sua nuca, beijando sua boca enquanto fazíamos amor. Quando Michael e eu nos amávamos era sempre intenso demais, me permitindo me desfazer em seus braços com nossos corpos queimando, repleto de suor.
(....)
Aquela amanhã estava linda, ensolarada e os pássaros alegravam com a sua cantoria. Já era o dia do aniversário de Michael e eu juntamente com os empregados e Lui ajeitávamos os preparativos.
Ficamos o dia inteiro organizando tudo, até a chegada do bufê e de outras equipes da festa. Meu sorriso era o maior de todos, eu estava realmente muito feliz com aquele momento. As coisas pareciam realmente está entrando nos eixos e quando meu amor chegou do trabalho no final do dia o recebi com beijos quentes em nosso quarto.
-Feliz aniversário meu amor. _Disse entre seus lábios.
-Hum. _Recebi um selinho. -Obrigado. _Recebi mais outro. -Parece que as coisas estão maravilhosas lá em baixo não é? _Constatou.
-Fiz um ótimo trabalho, modéstia parte. _Ergui os braços. -Mas você merece, merece cada esforço. _Rocei meu rosto em sua barba por fazer, aquele lindo cavanhaque que havia se formado. -Sua roupa está ali. _Apontei para o Smoking espalhado na cama. -Toma um banho e vista-se. Os convidados já vão chegar. _Apertei sua bunda com força ao qual fez biquinho para mim, me olhando com malícia.
-Que ousada. _Mordi meus lábios e ele foi para o banho.
Terminei de arrumar Lui e depois Louise, quando percebi o salão estava repleto de convidados, bebendo, conversando e comendo. Mas ainda assim continuei preparando os meus amores. Ajeitei a gravata de Michael e dei o último selinho em seus lábios.
-Você está muito gostosa. _Seu olhar desejoso para mim me mostrava o quanto ainda conseguia fazer Michael sentir algum tipo desejo por mim, o que me deixava aliviada.
Ás vezes quando se é casado há algum tempo os homens tendem a perder o interesse pela sua mulher, isso me assustava. Tinha medo de acordar e de repente Michael não ser capaz de sentir mais nada daquilo por mim. Mas a cada dia me mostrava o quanto estava errada.
-Você nem se fale. Mais tarde irei dar um trato em você. Espera para ver. _Ele piscou para mim e depois mordeu meu lábio, pegando minha boca para um beijo calmo, mas sensual.
-Vamos descer aniversariante, os convidados te aguarda.
Michael e eu descemos as escadas de mãos dadas enquanto o pessoal da empresa o ovacionava com aplausos e felicitações. Peguei Louise do colo de Nancy e Lui ficava ao lado do pai, parecendo uma cópia perfeita de terno e gravata. Éramos uma família feliz do nosso próprio jeito.
Mas não gostei nada daquelas secretárias olhando para Michael como se fosse uma bomba de chocolate apetitoso. Eu sempre fui uma mulher ciumenta e isso não diminuía com o passar dos tempos, muito pelo contrário. E vê-las admirando o meu marido me deixava a ponto de explodir.
-Quantos anos mesmo, 30 anos? _A loira azeda perguntava a Michael e eu me controlando ao máximo para não lhe dar uma resposta.
-Ah que isso! _Ele era irritantemente convencido. - 46. _Aquele sorriso de homem safado estava lá estampado em seu rosto e ele não fazia ideia do quanto me irritou. Ele gostava disso, gostava que as mulheres o elogiasse, era um tipo de ego masculino.
-Uau! Você é sortuda Vick, ter um homem tão conservado e lindo com o Michael. _Olhei com desdém para aquela idiota.
-Sorte essa que você nunca terá, não é mesmo? _Ela desfez o sorriso e Michael me olhou com uma expressão de "ferrou". Mais tarde ele iria ouvir.
Foi quando ouvi um estrondo e a porta da entrada ser aberta de uma vez. Quase não acreditei na figura de Jane adentrado o salão. Segurei Louise com força no meu colo e apertei as mãos de Michael, porque a imagem a seguir realmente me deixou sem forças. Luke vinha a seguir com um sorriso estampado em seu rosto, impecável de terno, como se nunca esteve doente na vida.
Capítulo 9
-Não me convida para o aniversário do meu próprio filho Vick? _Jane tinha um olhar bem distinto do que eu havia acostumado notar. Era desafiador, egocêntrico e mesquinho.
-Nancy, leva Lui e Louise lá para cima, por favor? _Nancy assentiu pegando Louise do meu colo e caminhando para cima segurando na mão de Lui que olhava a cena bastante desconfiado e assustado.
-Então esse lindo bebê que é minha filha? _Luke falou tão alto que todos olharam para a nossa direção. Provavelmente chocados com a revelação bombástica.
-Cala a boca seu idiota! _Michael cuspiu as palavra com irritação. -Não vai estragar a minha festa.
-Você também estragou o meu noivado, lembra?
-Foda-se, você não vai estragar a minha.
Aquilo estava longe demais. Os burburinhos dos convidados me deixava bastante apreensiva, e eu tive que fazer alguma coisa.
-Vamos lá para fora. _Comentei de maxilar travado. -Não quero confusão aqui.
Seguimos os quatro para fora, Michael parecia nervoso e eu nem se fale. Encarar Luke depois de tudo era perturbador, só que mais perturbador era não enxergar nenhum resquício de loucura.
-Não acredito, mamãe. _Começou Michael indignado. -Que você trouxe esse desgraçado para cá, no meu aniversário!
-Somos uma família meu amor. _Jane tocou no rosto de Michael ao qual desvencilhou com rapidez. -Devemos sim comemorarmos juntos. _Riu ironicamente achando sua mãe mais louca que nunca. Talvez a doença do filho foi transferida a ela.
-Você só pode está brincando.
-46 anos meu irmão. Como você está ficando velho... _Luke desdenhou enquanto Michael o encarava com aquele costumeiro sorriso de deboche.
-Viu só Luke? 46 anos e ainda sou melhor que você, otário. _Luke tentou enfrentar Michael depois do insulto, mas Jane o segurou. Provavelmente não seria o momento de confronto.
-Vim buscar o que é meu de direito. _Entendi que se tratava de Louise, sabia que se Luke voltasse seria somente para isso.
-Aqui não tem nada que lhe pertence irmãozinho. Tudo que há aqui é meu, tanto a casa quanto Vick e meus filhos.
-Não me refiro a Vick. _Me olhou com asco. -Ela não me interessa mais. Mas sim a minha filha. _Michael gargalhou balançando a cabeça. Era divertido para ele saber a verdade e ver Luke tão confiante em algo que não existe.
-Louise não é sua filha! _Bradei enfiando meu dedo em sua cara. -Você pode até ter tentar destruir a minha vida Luke, mas não à esse ponto. _Michael segurou meu braço me colocando para trás dele.
-Deixa que eu resolvo isso gracinha. _Talvez ele não quisesse que eu abrisse a boca naquele momento. -Há quanto você acha que Louise é sua filha Luke? Um por cento ou um por cento e meio? _Entortou a boca lhe dando algumas opções.
-Do que você está falando?
-Não porque se for um por cento e meio, há uma grande probabilidade de você ficar com ela. Agora se for um por cento, bom. _Deu de ombros. -De qualquer jeito, continua não sendo a sua filha. -Luke tentou enfrentar mais uma vez Michael, mas de novo Jane o impediu. Ele detestava quando Michael usava de seu sarcasmo para coloca-lo para baixo, e eu adorava isso.
-Michael, Luke apenas quer ver a filha, ok? _Michael olhou tão depressa para mãe, com um olhar tão fulminante que até mesmo eu fiquei com medo.
-Que feio Senhora Jackson! _Balançou a cabeça em lamento. -Muto feio mentir sabia? Logo você, a rainha da moralidade, mulher do grande Roy Jackson ao qual você sempre amou. Ele deve está com vergonha agora.
-Do que ele está falando mamãe? _Luke bradou sem paciência.
-Não é nada Luke. _Ela encarava Michael como soubesse que o filho tinha sido mais esperto do que os dois juntos e sabia de toda a verdade. O que foi um grande ponto para nós. Com certeza Jane não quer que o filho saiba, pelo menos não agora.
-Conte pra ele mamãe, ou eu mesmo conto. Agora saia da minha casa imediatamente, senão chamo a polícia por invasão. E quando me perguntarem se a senhora aqui presente é minha mãe... falarei que é sim, mas adora me ferrar só porque não sou filho legítimo do homem que ela amou.
-Isso não é verdade. _Comprimiu os lábios com força.
Jane só queria salvar o ponto que restava de Luke, por isso tomou uma decisão tão drástica. Ficando frente a frente com ela e a olhando nos olhos pude ter a certeza disso claramente. Talvez ela Não quisesse mesmo o mal do filho mais velho, mas usando sim a forma mais duvidosa para salvar o outro.
Devia ser horrível para aquela mulher saber que o filho ao qual ela sempre jugou correto e de bom caráter, se transformar em um insano e capaz de tudo para conseguir o que quer. Com Michael ela já esperava, mas Luke jamais.
-Ah não? Nada disso aqui é verdade, não é mamãe? _Michael apontou para a saída com os olhos vidrados nos dois, ao qual recuaram imediatamente.
Deixei o choro sair como um alívio e abracei Michael com força. Ele tem sido a minha fortaleza e eu adorava isso. Senti seus dedos longos acarinharem o meu rosto e o beijo cálido nos meus lábios. Esse pesadelo estava sendo contornado por ele e eu agradecia aos céus por ter me dado um homem tão vencedor como Michael era.
(...)
Voltamos a festa como se nada tivesse acontecido, comemos e bebemos enquanto Lui ficava brincando com as outras crianças. Percebi que Michael estava conversando com Terry e eu me aproximei dos dois para saber do que se tratava.
-Jane se afastou demais de mim. Quase não fala muito, sempre está no telefone com Luke sussurrando para que eu não ouça. Talvez ela saiba que não concordo com nada disso e que se eu ouvisse o mínimo que seja eu contaria para vocês. _Michael colocou a mão na nuca e balançou a cabeça.
-Não sei o que pretendem, mamãe está perdendo a cabeça por causa dele. Até pra ele está mentindo. Uma tentativa inútil de faze-lo melhorar, mas ouça o que eu digo Terry, isso só vai piorar a situação dele, e ela sabe disso.
-O que devemos fazer Terry? _Perguntei suplicante. -Só quero que Jane e Luke ficam longe de Louise, minha filha não merece ser tão perseguida assim.
-O que resta agora é esperar Vick. Ficar de olho e esperar. _Suspirei. -Sabe Jane não é uma mulher má, ela só quer salvar o filho, a única coisa que restou de Roy. Sou marido dela hoje, mas eu sei o quanto ela amou esse homem. É complicado eu sei, mas ainda assim acho que é uma medida desesperada de uma mãe desesperada.
Fiquei pensando a respeito, talvez se eu estivesse em seu lugar eu faria sim algo drástico para salvar Lui ou Louise. Uma mãe sempre é capaz de fazer qualquer coisa para o filho, mas definitivamente tentar destruir a vida de outro filho para salvar um, eu não seria capaz. Sendo assim Jane não estava sendo justificada por mim.
-Por que está com ela Terry? _Michael perguntou. -Como ficar com uma mulher que não se consegue lidar?
-Por que você está com a Vick, Michael? _A pergunta ficou no ar,mas entendemos muito bem e Michael confirmou com a cabeça.
(...)
Depois da meia noite cantamos parabéns a Michael e cortamos o bolo. Acho que ele não esperava uma festa como essa, com tantas afrontas, mas com muitas alegrias apesar de tudo. Creio que pensava em algo melhor para esse dia, mas eu tenho certeza que apreciou cada detalhe ainda mais porque sua mulher e seus filhos estavam ao seu lado.
Quando todos foram embora ainda tomávamos um vinho na sala. Coloquei minhas pernas em seu colo enquanto acariciava. Ele estava lindo com a camisa meio aberta e a gravata completamente frouxa.
-Eu amo você. _Comentei com a boca bem próxima da sua. -Sabe disso não é? _Ele assentiu com um sorriso de canto.
-Eu sei. E é exatamente por isso que ainda teremos a chance de comemorar meu aniversário da melhor forma. _Levantei uma de minha sobrancelha. Michael tirou um folheto do bolso que nem sei como colocou lá.
O peguei em minhas mãos e vi que se tratava de um Motel.
-Resolvi me da esse presente. _Deu de ombros, bebericando um gole do seu vinho. -Já reservei o quarto e tudo mais. Quero você para mim essa noite inteira. _Sorri com malícia, pensando em várias possibilidades, criando muitas expectativas.
Tomei sua boca em um beijo forte, com direito a sugadas e lambidas. Eu amava aquele homem, sentia desejos intensos por ele e me sentia a mulher mais completa e feliz de todo mundo.
Capítulo 10
Música de fundo
Quando a porta do quarto de hotel foi aberta tive uma visão bastante agradável daquele lugar, estava tudo impecavelmente decorado. A cama com lençóis vermelhos e algumas pétalas de rosas jogadas, champanhe em um balde com gelos em cima da mesinha e luzes na penumbra. Estava um clima de romance que me deixou emocionada. Michael fechou a porta atrás de nós e eu me permiti abrir a boca extasiada. Michael nunca havia feito uma coisa dessas para mim, não que eu me lembre, apenas na nossa lua-de-mel, mas isso era de se esperar. Agora em uma noite como aquela, ainda mais no seu aniversário?
-Isso é incrível. _Senti seus lábios molhados beijarem a pele da minha nuca com suavidade, me fazendo fechar os olhos.
-Quem disse que eu não teria o melhor aniversário de todos? _Levantou a sobrancelha sugestivo, depois caminhou até o balde com as garrafas de champanhe. -Está servida? _Ergueu as duas taças que havia pegado do lado.
-Michael a gente já bebeu demais por hoje, daqui a pouco seremos dois bêbados aqui.
-Pelo que vamos fazer hoje, acho que uma bebida vai cair muito bem. _Ele retorceu o arame para desprender a rolha, chacoalhou e a empurrou com o dedo. Logo se ouviu um estrondo e a rolha pulou fora, derramando espumas pelo chão. Batia as palmas pelo feito.
Me estendeu a taça assim que encheu de uma quantidade generosa.
-E o que vamos fazer hoje? _É óbvio que eu sabia o que faríamos naquela noite, não sou tão ingênua assim. Mas eu queria ouvir de sua boca, queria que pronunciasses as palavras corretas, pois soa tão sexy no tom rouco que sempre fazia questão de nivelar.
Caminhou graciosamente em minha direção, sem tirar os olhos dos meus. Aquele olhar desejoso, queimando em chamas que me fazia sentir despida, estavam lá. Seus lábios vermelhos convidativos me atraíam com veemência ao qual encostou em minha orelha, pude até sentir o seu hálito fresco de champanhe.
-Coisas. _Sussurrou me fazendo arrepiar-se inteira e logo mordeu o lóbulo da minha orelha.
Michael segurou minhas mãos me guiando até a janela daquele quarto, me pedindo para olhar para céu.
-Vê aquela estrela lá ao longe? _Sim eu a via, era enorme e muito brilhante. Eu nunca havia visto tamanha estrela antes. Confirmei com a cabeça. Michael se posicionou atrás de mim, me envolvendo pela cintura. -Pois então... ela é a única que brilha mais, vê? Todas as outras ao redor são apagadas, ou menores. Mas ela se destaca. _Só queria saber onde ele queria chegar. -É como você Vick! Depois de tantas dificuldades ao redor, de tanta provação você ainda continua como aquela estrela. Brilhante e se destacando dos demais. _Senti a emoção daquelas palavras me invadirem. Me virei para Michael e nos olhamos com ternura.
Olhar para aquele homem depois de tudo que vivemos, quem ele foi e quem ele é, assim tão romântico e o jeito que me conhece tão bem, era grandioso. Não sei o que fiz para merecer aquele amor, mas sinto que é tão grande que cada vez mais os problemas diminuem. Me sinto forte, capaz de enfrentar qualquer coisa e me faz saber que posso acabar com qualquer dor que porventura viesse contra nós.
-Eu o amo tanto Michael! _Ele sorriu de lado, deixei um pingo de lágrima escorrer dos meus olhos ao que ele limpou rapidamente, chupando o dedo molhado.
Seus lábios se aproximaram dos meus e nos beijamos com ganância, nossas línguas experimentando uma a outra, minhas mãos apertando sua nuca, nossas cabeças girando de um lado para o outro. A medida que o ritmo do beijo aumentava, mais a urgência e o desejo me possuía. Eu queria muito mais, queria tê-lo para mim, queria senti-lo dentro de mim. Separamos nossos lábios e Michael migrou para o meu pescoço, com as vistas baixas notei uma protuberância entre suas pernas, sorri entorpecida.
Michael interrompeu aquele momento caminhando até o criado mudo ao lado da cama, fiquei sem entender muito, até ele abrir a gaveta e tirar de lá algemas e vendas. Abri minha boca com admiração diante da imaginação que veio em minha cabeça.
-Pronta pra brincar gracinha? _Aquela cara de cafajeste que fez, fez minha vagina pulsar e gritar para ser tocada urgentemente.
(...)
Tudo estava escuro, meus braços levantados ao ar e meus pés esticados presos por algemas. Meu corpo despido e uma sensação gostosa no meio de minhas pernas ao qual eu não sabia ao certo o que poderia ser.
-O que é ? _Ergui minha cabeça para tentar olhar pelas frestas da venda, mas não obtive sucesso.
-Tá gostoso? _Senti meu clitóris ser capturado e puxado, depois massageado com delicadeza. E aquilo era sem dúvida muito gostoso.
Senti um arrepio bom me atingir entre a minha virilha e reverberar pela minha entrada me lubrificando ainda mais. Tive uma necessidade maior de mais um toque.
-Oh está sim! _Agora senti algo gelado e molhado caminhando pelo meu corpo, da virilha até os meus seios lentamente. O que me enchia de expectativas e minha vagina liberando mais lubrificação.
Senti sua boca perpassando pelo local onde acabava de caminhar o que provavelmente seria o gelo e quando pairou nos meus seios, ele abocanhou o direito chupando com força como se beijasse minha boca em um ímpeto magistral. Gemi com força, eu precisava de um toque dele no meu lugar sensível agora mesmo, precisava tirar essas algemas, toca-lo, beija-lo, sentir seu pênis grosso e escorregadio dentro de mim.
-Michael me toque. _Minha voz saiu pelo fio, considerando a intensidade dos meus desejos.
-Calma gracinha, assim não tem graça! Preciso de mais tempo. Aliás quero me divertir muito hoje. Acha que não quero me enterrar nessa sua vagina apertada e gulosa? Claro que quero, mas assim não será divertido. Só lhe peço que não goze antes da hora. _Assenti freneticamente.
Eu sabia que eu teria um dos melhores prazeres naquela noite, sabia que Michael me levaria à um orgasmo inédito para ambos, e mesmo que minha ansiedade por conta do forte tesão que eu sentia eu precisava relaxar e deixar a brincadeira começar.
E agora eu senti mais uma vez um objeto adentrando-me, capturando o meu clitóris, e me sugar completamente. Senti uma sucção tão forte que me levou a beira do orgasmo, mas me contive ao máximo para não estragar tudo, mas não deixei de liberar um gemido alto da minha garganta.
Agora senti a língua quente de Michael me lamber inteira, como se fosse sua comida predileta e eu daria tudo para olhar sua expressão luxuriosa, enquanto fazia. Era crueldade da parte dele me vendar e não me permitir admirar aquele corpo perfeito que com certeza estava nu.
-Hum... que gostosa! _Se eu sou tão gostosa, então por que parou de me chupar?
-Continua amor, continua... _Supliquei.
Mas invés disso ele começou a me soltar, tirou a venda dos meus olhos e meio atordoada com a luz forte no meu rosto pude contemplar seu corpo gostoso nu. O pênis de Michael estava tão duro e com veias alteradas, já no ápice do tesão. Quando me encontrei solta me ajoelhei na cama como ele e me joguei em seus braços beijando lhe a boca, que correspondeu prontamente, puxando meus cabelos com força.
-Fica de quatro, baby. _O tom autoritário dele, me fez querer fazer exatamente como me pediu. -E empina bem.
Apoiei minhas mãos e meus joelhos na cama e empinei minha bunda para ele, como me pediu. Achei que seria preenchida por seu membro imponente, mas estava redondamente errada. Invés disso sua boca me abocanhou mais uma vez por trás, sugando a minha bunda com força, soltei um grito alto.
-Michael. _Passei a movimentar minha bunda ao encontro de sua boca com rapidez. Eu estava perdendo as forças, meu corpo estava trêmulo e reverberava tudo dentro de mim. Os movimentos ritmados aumentavam gradualmente, senti uma bomba me atingir sem aviso prévio e eu gozar com os espasmos do orgasmo explodir completamente meus órgãos sexuais. Gemi com força apertando os meus olhos e caindo na cama.
Michael continuou beijando meu corpo enquanto eu recuperava o meu fôlego. Quando isso aconteceu, olhei para ele que sorria de lado, seu membro continuava ereto me lembrando que eu precisava fazer alguma coisa ali.
Abocanhei seu peito duro chupando sua pele com fome dele, o mordi descendo cada vez mais a minha boca, ouvindo gemer alto de tesão. Parei em sua virilha experimentando meu marido já me preparando para abocanhar o seu pau, mas me impediu.
-Não senhora, faremos isso juntos. _Mesmo depois de ter gozado ainda me sentia excitada, ele estava lindo nu e o fato de saber que ainda não gozou me deixava ainda mais.
Michael se levantou da cama pegando uma espécie de vibrador para casais. Ele se prende na pélvis do homem e veste o pênis e quando estiver dentro de mim, ambos se deleitaria com o seu poder vibratório. Me enchi de expectativas.
Michael me deitou na cama vindo por cima de mim, se encaixou nas minhas pernas ligando o aparelho e me penetrou de uma só fez. Seu gemido gutural era uma evidente prova do prazer que sentia, me fazendo saber a sua capacidade igualmente. Meus nervosos vaginais vibravam de uma forma intensa, eu sentia prazer em lugares que nem achava possível. A expressão contorcida e entorpecida do meu marido era um deleite. Seus olhos semicerrados de desejo, sua boca uma ora aberta enquanto se enfiava em mim, e outra mordendo seus próprios lábios. Um choque gostoso me peguei em um ponto bastante sensível e isso me fez gritar mais uma vez.
-Michael me come! _Michael aumentou ainda mais as estocadas.
-Ai cacete, esse negócio é muito bom! _Pendeu a cabeça para trás se entregando ao poder do vibrador.
O suor escorria por seu peito, mas uma estocada junto com mais uma vibração e eu me desfaria. Dito e feito... Os espasmos do orgasmo me atingiu certeiramente me explodindo mais uma vez naquele noite, levando Michael logo em seguida, me preenchendo com o seu gozo quente.
Quando terminamos aquele clima de prazer, tudo estava uma bagunça e eu completamente descabelada. Michael beijou minha boca com ânsia mais uma vez me fazendo perder o fôlego.
-O aniversário é seu, mas quem ganha o presente sou eu? _Circulei meu dedo em seus cabelos.
-Nesse caso, nós dois ganhamos o presente. _Confirmei com a cabeça.
Enfiei minha língua em sua boca querendo mais dele para mim, suas mãos desceram pelos meus seios me fazendo uma massagem gostosa.
-Não achei que meu marido andava passeando em sexshops. _Ergui uma sobrancelha. -Sempre disse que não precisava usar artifícios para me dar prazer. _Soltou uma gargalhada graciosa.
-E não preciso mesmo. Mas não é ruim querer apimentar mais a nossa relação, não é? _Neguei com a cabeça.
Minha boca foi tomada de novo com a mesma fome das outras vezes, o corpo de Michael começou a vir para cima de mim, senti seu pênis me penetrar de novo, só que calmamente. Os primeiros movimentos calmos eram dados, me fazendo pender a cabeça para trás. Cada transa com aquele homem me levava a loucura, era uma delícia senti-lo grande dentro de mim, me alargando e tomando o seu espaço de direito. Mas o clima foi quebrado com os primeiros toques de celular.
-Ah Não. _Ele riu bravo. -Agora não, poxa. _Michael hesitou a atender e não parou de transar comigo. Eu também não queria que acabasse, estava bom demais e eu queria gozar mais uma vez, mas insistiu de novo e eu comecei a me preocupar.
Normalmente não há muita gente para ligar para Michael uma hora daquela, apenas se o assunto fosse de trabalho, mas era o seu aniversário, então poderia ser alguém lhe dando parabéns. Mas também podia ser Nancy, com alguma notícias de nossos filhos, isso me deixou apreensiva e eu não consegui mais relaxar.
-Pode ser urgente. _Me desvencilhei-me de sua boca. -Atende amor. _Michael não me deu ouvidos aumentando ainda mais os movimentos, mas como eu não estava mais relaxando começou a me machucar e eu consequentemente me travar.
-Não deve ser nada Vick, são apenas pessoas querendo me parabenizar, amanhã eu retorno. Relaxa gracinha! _Ele tentou, mas não conseguiu me convencer.
-Ao menos olha, por favor. _Não me deu ouvidos de novo continuando com o prazer dele. -Michael..._Parou com os ritmos rapidamente saindo de dentro de mim tão brusco que senti um leve ardor.
-Caramba Vick, destrava! _Ele perdeu a paciência como o esperado. -Não deve ser nada. Mas já que me tirou do clima, vou olhar.
Se levantou da cama com rapidez capturando o telefone no bolso da calça jogada pela chão. Sua expressão preocupada apareceu e eu fiquei nervosa.
-O que foi?
-É ligação de casa. _Me levantei depressa.
-Ai Meu Deus Louise! _Foi o que meu desespero me fez falar.
-Alô...o que!...Não é possível Nancy. _Michael estava alterado e eu fiquei inquieta. -Como você não sabe?... onde ela está? _As lágrimas já começaram a sair dos meus olhos.
-Michael o que foi pelo amor de Deus, fale logo!
-Já estou indo pra casa imediatamente. _Ele desligou o telefone.
-O que aconteceu Michael, fale!
-Vick você precisa ser forte. _Meu sangue deve ter sumido do meu corpo diante dessa frase.
-O que aconteceu, cadê a minha filha? _Meu corpo estava tremendo e eu me joguei pra cima dele e o sacudir até falar algo coerente.
-Ela sumiu. _Fiquei tonta, tudo começou a girar e eu perdi a consciência.
Capítulo 11
-Vick, acorda! _Senti tapas de leve no meu rosto, eu estava meio zonza, não sabia ao certo o que aconteceu comigo. -Vick pelo amor de Deus acorde. _Comecei a me situar com o som da voz de Michael. Um clique havia me despertado o motivo que me levou ao desmaio.
-Minha filha! Cadê minha filha? _Me levantei em um sobressalto. Percebi que estava em casa, e vestida.
Nancy chorava do lado, mas não consegui ver Lui, talvez estivesse dormindo e nem se deu conta do que estava havendo. Ou talvez Lui também estivesse sumido.
Michael provavelmente me vestiu e me trouxe de volta às pressas. Eu estava com tanto medo... Com certeza Luke estava com Louise, e se isso tiver acontecido eu nem sei o que faria.
-Foi o Luke, Vick. _Me deu a notícia com um pesar estampado no rosto e eu comecei a chorar de novo. Aquele pesadelo que tanto temia de fato aconteceu.
-Michael...
-Vamos até a casa da minha mãe, ela com certeza sabe onde o filho da puta está com a minha filha.
-E eu farei ela dizer. _Digo entre dentes.
Puxei Michael com força sem me importar que eu havia tido um desmaio a poucos minutos e que eu podia ter uma nova recaída. Michael pegou uma arma de dentro da mesinha e coloco na lateral da calça. Saímos em direção ao seu carro. Havia algumas viaturas de polícia enfeitando o nosso jardim o que me fez ter certeza absoluta de que tudo aquilo era realmente real.
-Vamos procurar em toda cidade Sr. Jackson, traremos sua filha de volta. _Disse o delegado para Michael.
-Desculpa não confiar tanto na polícia assim, senhor delegado. Mas minha Louise estará em minha casa de um jeito ou de outro. Com ou sem os seus esforços. _Concordei com ele, Michael já teve experiências demais com a polícia para confiar que eles farão de tudo para encontrar Louise, nunca fazem. Demoram o suficiente para deixar com que Luke desapareça para sempre com ela. Com certeza quem os chamou foi Nancy em momento de desespero, mas conhecendo Michael como conheço e quem eu me tornei agora por está farta de tudo aquilo, iríamos nós mesmos enfrentar todos que tiver em nosso caminho. Começando por Jane.
Michael arrancou com o carro e eu já estava assídua para dizer umas verdades a ela. Os meus nervos estavam a flor da pele com aquela família amaldiçoada. E ainda por cima tocaram no bem mais precioso para mim, eu não deixaria barato.
Quando chegamos à casa fantasmagórica de Jane nem esperei Michael terminar de desligar o carro, já pulei do veículo e caminhei as pressas para dentro da casa, Michael me seguiu. Ele também estava furioso naquele momento.
Abri a porta de madeira de uma só vez e para a minha sorte Jane estava terminando de descer as escadas.
-O que estão fazendo aqui? _Começou a jogar suas injúrias para cima de nós enquanto eu me aproximava cada vez mais. _Vocês não deveriam estar aqui.
Quando cheguei perto o suficiente, transferi um tapa com força no meio da cara daquele bruxa, que a fez gemer em choque.
-Mas o que é isso, sua vadia?
-Onde o filho da puta do seu filho levou a minha Louise! _Dei mais umas sessões de tapas em sua cara. Ao qual Jane tentou se proteger ao máximo.
-Anda mamãe, abre logo essa boca. _Michael não fez nada para me impedir, estava farto igualmente.
-Eu não sei de nada! _Ri com ironia pela tentativa débil em tentar mentir.
-Ah você sabe sim. E acho muito bom você dizer, antes que te mando pra cadeia por ser cúmplices daquele aspirante a bandido.
-Louise é filha do Luke, ele tem o direito de..._Dei mais um tapa em sua cara, a impedindo de continuar. Jane era um nojo, eu sentia asco daquela mulher infame na minha frente. As mentiras que tinha coragem de dizer, e suas tentativas sujas em tentar nos destruir.
-Mamãe a senhora sabe mais do que eu, que Louise não é filha do Luke. _Michael caminhou tranquilamente próximo da mãe, com um sorriso sacana nos lábios. Ele sempre fazia isso quando sabia o suficiente para envergonhar uma pessoa. -Pois o mané não serve nem pra fazer um filho.
-Do que está falando Michael?
-Não se faça de sonsa. _Bradou irritado. -Consegui os exames de Luke. _Voltou a caminhar pela sala parando até o bar e se servindo de uma bebida. -Consegui oferecer uma propina bem maior do que você o ofereceu para fechar a boca. _Bebericou sua bebida e encarou a mãe que parecia um fantasma de tão branca que ficou. -Luke é estéril, um verme inútil.
-Ele estava mal, Michael. _Jane começou a se justificar chorosa. -Precisava de alguém por perto. Como Vick jamais o perdoaria, achei que colocar em dúvida a paternidade de Louise faria do meu filho um pouco mais saudável. _Balancei a cabeça incrédula.
-E ai você pensou: "Vamos Luke, vamos sequestrar a Louise, tira-la da verdadeira família dela para que você possa ser um pouco saudável" Bobagens mamãe! Ela é uma criança, um bebê que está sob o poder de um doente mental só porque você não aguenta ver seu filho preferido sofrer. Quando você se tornou tão egoísta? _Jane aumentou o seu choro, mas eu sabia que se colocaria de vítima ao máximo.
-Você não faz ideia do que é ver um filho seu naquele estado. Rosto terminantemente pálido, como um zumbi. Repetindo o nome da Vick o tempo todo, se sentindo um nada porque o irmão mais velho sempre conseguiu tudo o que queria. Luke viu você tirando dele tudo que tinha, você acha isso certo? _Eu não conseguia acreditar que aquela desgraçada teve coragem de falar uma coisa dessas.
E como o esperado, Michael ficou furioso com tais palavras e jogou o copo de uísque no chão, que espatifou completamente.
-E tudo que aquele delinquente me tirou mamãe? Hum? O que a senhora fez no caso? Também sequestrou o Roy só para mim? Não, a senhora não fez nada. Nunca nem moveu um dedo pra consolar o seu filho. Óbvio que não, não é?
-Michael eu..._Meu marido caminhou altivo até próximo da mãe, e quando chegou perto o suficiente, disse:
-Você vai dizer agora, onde Luke está com a minha filha! _Acho que Jane finalmente tomou consciência do que fez e decidiu colaborar.
-Ele está em uma colina, perto da praia. Aquela cabana que o Roy sempre o levava para pescar. _Casa ao qual Michael jamais pôde ir.
Michael pegou na minha mão e saiu me puxando para rumarmos para lá. As coisas ficariam tensas de agora em diante e tudo podia acontecer. Só torcia para que minha filha estivesse bem.
(...)
Estava uma neblina incomum naquela época do ano, não dava para enxergar nada à nossa frente. Nem os desembaçadores conseguia esse efeito, mas Michael continuava dirigindo. Subimos um ladeira de chão e alguns minutos a mais finalmente avistamos a pequena casa da colina, onde estava suspensa em cima de um penhasco. Era assustador eu confesso.
-Michael me diz que a Louise está bem, por favor? _Minha aflição estava maior do que eu podia controlar.
-Ela está bem, amor. Luke acha que é sua filha, ele não faria nada. Confia, tudo bem? _As palavras dele me acalmaram, mas só por um instante, só até eu enxergar uma silhueta no topo daquele penhasco, segurando em seus braços um lençol branco, muito parecida com a manta de Louise.
-Michael olha! _Apontei para aquela visão um pouco perturbadora. -É o Luke.
-Ele está..._Michael franziu o cenho, tentando descifrar aquela imagem. -É Louise?
-Sim. _Meu coração estava tão acelerado que achei que sairia pela boca, eu estava fraca com toda aquela situação, aflita e desesperada.
Mas as coisas não melhoraram quando Luke estendeu o que parecia ser o corpo de Louise pronto para joga-lo do penhasco. Estava sendo assustador contemplar aquela cena, eu estava morrendo aos poucos, até o que eu achei improvável aconteceu. Luke jogou o embrulho ao ar e o soltou, fazendo-o cair instantaneamente penhasco a baixo.
-Não!!! _Meu Grito foi extraído das entranhas, fazendo Michael pisar abruptamente no freio ao qual nos arremessou para o para-brisa. Bati minha cabeça tão forte no vidro que apaguei.
Capítulo 12
Acordei um pouco tonta ouvindo Michael gemer, olhei para ele ao qual havia sangue em sua testa, meu rosto estava coberto por sangue igualmente por conta da batida brusca.
-Michael a Louise! _O lembrei sacudindo-o. - Michael acorda! _Eu chorava em desespero.
Meu marido me olhava um pouco zonzo, tentando se situar, mas finalmente viu em sua expressão um despertar.
-Anda vamos! _Ele abriu a porta com dificuldade por conta da quantidade de lama no caminho, e depois me ajudou a sair do meu lado. Estávamos em uma ribanceira ao qual a roda do carro estava atolado, talvez por isso Michael precisou frear tão bruscamente.
Subimos aquela cerra praticamente correndo, eu desejava matar Luke com as minhas próprias mãos por ele ter feito o que fez. Meu Deus, Louise! O que ele fez? Michael estava furioso, sua reação agressiva era incomum.
Ele abriu de vez aquela porta de madeira com um chute e deu de cara com Luke no meio da sala vazia, onde continua apenas uma lareira ligada.
-Seu filho da puta! _Sem aviso prévio Michael o socou, deixando Luke sem ação. -O que você fez com a minha filha, seu assassino!
-Eu não fiz nada, saia de cima de mim! _Michael continuava tentando enforcar Luke aos seus protestos quando tudo ficou em silêncio e choro de um bebê preencheu aquele espaço. Me senti inacreditavelmente aliviada.
-Ai meu Deus! _Me agachei um pouco, chorando de alivio. -Eu quero a minha filha, eu quero a minha filha! _Berrei.
Michael soltou Luke e ele começou a gargalhar diabolicamente.
-Acharam que eu havia matado? _Continuou rindo.
-Mas você a jogou do penhasco. _Eu disse e ele riu mais.
-Ela só estava muito suja e eu joguei a manta dela. Eu não faria isso com o meu sangue. _Michael o soltou ficando ambos de pé cara-a-cara.
-Tem razão Luke. _Michael assentiu sorrindo, balançando a perna como um desafio. -A final, sobrinho também carrega o sangue do tio.
-Ela é minha filha Michael e você sabe muito bem disso. Vick e eu fizemos amor por diversas vezes. Já deveria saber que é um corno.
-Não tenho tanta certeza como você, aliás eu tenho certeza de uma outra coisa. _Eu estava farta daquela discussão, eu queria pegar Louise e tira-la daqui, queria levar para um lugar seguro e consola-la do choro.
-Eu vou pegar a minha filha. _Dei apenas um passo, até Luke apontar a arma para mim.
-Paradinha ai Vick. _Aquele olhar de Luke foi incomum para mim, ele estava disposto sim atirar em quem desacatasse a sua ordem. Eu mal reconhecia o homem à minha frente, apenas um louco disposto a tudo. Era o mesmo olhar que me bateu tantas vezes e que tentou matar Michael. -Você não vai há lugar algum.
-Acha mesmo que vai sair daqui com Louise Luke? Pode até ir, mas irá ser pego logo, logo. Pois para todos os efeitos eu sou o pai dela, e acho que pode pegar vários anos de prisão por sequestro.
-Você não é o pai dela! _Bradou e depois começou a rir com um verdadeiro doente mental. Acho que foi nessa hora que acreditei de verdade que estava mal. -Vick e eu ficamos juntos, nos amamos. Finalmente a mulher da minha vida estava nos meus braços. _Luke parecia fora de si, imaginando uma cena que não existia, sua expressão tão vaga e inerte. -O seu cheiro doce, suas mãos suaves e seu corpo quente. Ela era minha Michael! Consegui tê-la de volta e agora construiremos a nossa família. Vick e nossa filha, pois você não é o pai da criança.
-E nem você. _Michael riu insistindo em irrita-lo, sem se importar com o estado alterado que o irmão se encontrava. -Você é estéril maninho. _A revelação foi um choque para Luke, ele ficou branco na exata hora. -Não pode fazer filhos. Mamãe não te contou? Ohh pobrezinho!
-Ela sabia? _Desvencilhou o olhar com a vergonha em sua cara.
-Oh sim, mas mesmo assim levou a adiante essa farsa apenas para fazer do filho dela tão frágil mais feliz.... É Luke, mamãe pisou na bola com nós dois.
-Não pode ser, não pode ser! _Luke cerrou os punhos, mas as coisas ainda não estavam certas. A raiva dele o tornava muito mais imprevisível do que antes.
-Caramba, Luke! Você não serve pra nada mesmo, né? Nem pra fazer um filho. _Michael ria descontraído, mas eu continuava apreensiva. Queria que Michael parasse de debochar do irmão nessas condições, poderia ser perigoso considerando a arma que detinha nas mãos.
-Michael..._Sussurrei em um pedido sutil para parar.
-Deve ser por isso que era tão mal na cama, gracinha. _Os olhos de Luke estava em chamas quando ouvi um estouro e Michael cair ao chão com a bala na barriga.
-Ai meu Deus, Michael! _Me joguei no chão segurando sua cabeça.
-Caramba Luke! _Ele ainda estava acordado para o meu alívio, parece que o tiro foi de raspão, mas mesmo assim derramou bastante sangue. -Olha o que você fez?
-Vou fazer muito mais irmão. _Luke caminhou até Michael ainda com a arma apunho apontada para ele. Se Luke disparasse na altura que estava, seria bem certeiro na cabeça, e Michael com certeza não teria a mínima chance.
E eu já estava cansada de tudo aquilo, cansada as ameaças de Luke, cansada de ser culpada de ter me apaixonado, cansado dos joguinhos de Jane e daquela família desgraçada. Eu só queria viver em paz, ser feliz eu, meus filhos e meu marido. Será que era pedir demais? Será que as coisas nunca se resolveriam? Eu estava farta. Luke não iria matar Michael, ele não iria tira-lo de mim e de forma alguma iria nos ferir de novo. Aquilo precisava acabar de um jeito ou de outro, mas precisava acabar.
Luke Puxou o gatilho já na mira para atirar, lembrei da arma que Michael levou, estava em sua cintura. Em pleno desespero e impulso, puxei a arma da cintura de Michael disparando certeiro na barriga de Luke, ao qual seu corpo chacoalhou diante de impacto fazendo-o cair para trás.
-Já chega seu demônio, já chega! _Disparei mais alguns tiros. -Nos deixa em paz!. _Atirei mais.
-Vick já chega! _Michael gritou, mas eu nem dei ouvidos. Eu estava focada demais, desesperada demais para parar.-Vick já chega! _Quando me dei conta do que fiz me ajoelhei ao chão jogando a arma por qualquer canto. Luke estava morto com os olhos abertos diante de mim.
-Vick? _A expressão de Michael era de choque, ele estava tão perturbado quanto eu. Senti suas mãos ensanguentadas me abraçarem.
-Eu não podia deixa-lo matar você, eu não podia. _Balancei a cabeça com a dor me correndo, e o medo de Michael me odiar para sempre por isso. -Michael eu não podia! _Ele me abraçou com força, beijando a minha testa, me escondi em seu peito chorando com tudo, mas ainda sim pude sentir sua proteção, me fazendo ter certeza que me perdoaria.
(....)
A pequena cabana estava repleto de policiais e ambulâncias. Haviam acabado de tirar o corpo de Luke de lá de dentro e Nancy segurava Louise no colo. Não faço ideia de quem havia chamado a polícia para um lugar tão longe, mas quando vi a figura de Jane desesperada cair do carro pude saber. Ela sabendo que iríamos a cabana resolveu chamar ajuda para o filho.
-Foram esses desgraçados que mataram o meu filho, foram eles! _Jane gritava feito uma louca e aquilo me travou, me dando conta do que eu acabei de fazer com o seu filho. Um policial tentou segura-la, mas ela se debatia a todo momento, estava desesperada demais. -Vick, eu vou vê-la no inferno desgraçada! Isso tudo foi sua culpa! Meus dois filhos entraram em guerra por sua causa. Você amaldiçoou todos nós! _Sai o mais rápido possível dali, entrando dentro da ambulância com Michael, tentando segurar o choro.
Eu fui responsável por aquilo. Critiquei tanto Jane por está mexendo com um dos meus filhos que acabei matando o dela para salvar o meu marido. Tudo parecia de ponta à cabeça ali, eu me sentia sem saída.
Michael estava deitado em uma maca no quarto do hospital com o curativo no ferimento, ele parecia bem, mas bastante abalado.
-Você está bem? _Perguntei sabendo a respostas, e isso me causou um nó latente em minha garganta. Michael balançou a cabeça em negativa, com algumas lágrimas saindo do rosto.
-Nunca achei que seria assim que acabasse. Que Luke e eu nunca conseguiríamos ter paz e que sempre teria essa competição entre nós... Sabe? _Deu uma pausa e eu comecei a chorar de novo. -Acho que Roy tinha razão, eu destruo tudo pelo caminho.
-Não Michael, não. _Abracei o meu marido com força. -A culpa não é sua, foi eu, eu o matei. _Deus sabe o quanto aquela confissão me destruía por dentro. -Você não tem culpa do que eu fiz, não tem culpa do que Luke se tornou, não.
-Eu tenho culpa sim, Vick. Eu deveria ter ajudado o meu irmão, deveria ter ficado ao seu lado quando precisou e não alimentar o ódio pelo que fez a você. Ele estava internado em um sanatório e essa era a minha chance de me aproximar, de cuidar dele e o que eu fiz? hum? _A pergunta ficou no ar, mas eu entendi bem.
Eu só queria que Michael parasse de continuar tomando a culpa por um erro que não foi dele. Luke escolheu esse caminho, foi escolha dele. E por mais tentasse ajuda-lo, acho que não serviria de nada. Esse era o destino de Luke, e o nosso também.
Capítulo 13
Uma semana havia se passado depois do ocorrido e minha situação com a justiça estava até amena do que eu jamais imaginei. Eles concluíram que foi em legítima defesa ao qual de fato foi. Então não fui submetida à uma prisão, mas ainda assim eu respondia pelo que fiz, eu tinha que ficar inteiramente a disposição da justiça, e não podia sair do país, pelo menos por alguns anos.
-Vick foi apenas vítima de Luke, assim como você Michael. _Disse Terry. Ele estava ajudando com o caso sendo o meu advogado, o que era bastante solidário já que sua mulher me odiava agora. -E pela situação do caso, era óbvio que concluíram legítima defesa.
Eu não conseguia me manifestar, as coisas ainda estavam bastante tempestuosas dentro de mim, Michael se desdobrava para que nada de ruim acontecesse a mim, mas a única coisa que eu fazia era me culpar o tempo todo.
-Mamãe? _Lui apareceu na sala segurando o carrinho de Louise. -Posso brincar com Louise no jardim?
-Claro meu filho. Leve-a. _Lui saiu da sala carregando o carrinho consigo. Me dava alívio em saber que todos estavam bem. Lui nem imaginava o que havia acontecido e eu dava graças a Deus por isso.
-Vick só tentou me defender. _Concluiu Michael. -Uma ação que eu faria em seu lugar.
-Sim. _Terry assentiu.
-E minha mãe como está? _Terry suspirou.
-Mal, muito mal. Acho que foi mais um golpe que sofreu. _Senti meu coração afundar no peito e eu definitivamente não podia mais ficar naquela sala, eu simplesmente caminhei em passos lentos até o meu quarto sem dizer uma palavra.
Quando estava longe o suficiente desabei a chorar me agarrando à pilastra do andar de cima. Nem percebi que Michael havia vindo atrás de mim.
-Amor...
Me joguei em seus braços e me pus a chorar. Eu pensava na dor de Jane... sou mãe. E mesmo que foi em defesa ao meu marido, não era isso que eu queria.
Michael me consolou de todas as formas possíveis naquela dia, e não posso dizer que isso me deixou mais tranquila. Ele era um ótimo persuasor e fez-me sentir melhor. Luke era um demônio, estava disposto a matar tudo que ele julgasse atrapalhar a sua vida, estava louco e agora sim a minha vida finalmente teria paz.
(...)
Caía uma chuva fina naquele cemitério onde o corpo de Luke estava sendo suputado. Por mais que eu não quisesse estar ali, eu precisava ir, ao menos está ao lado de Michael. Eu vestia um vestido e um sobretudo preto, Michael de terno preto, também de sobretudo. Jane chorava jogada ao caixão e eu fazia de tudo para me manter imparcial. Pela minha surpresa não teve ataques verbais da parte dela e eu me agarrava a Michael como se dependesse disso.
Quando finalmente o corpo de Luke foi enterrado partimos de volta pra casa. Só foi o tempo de eu ver os meus filhos e voltar à varanda onde havia deixado Michael para contemplar uma cena que definitivamente eu não estava esperando. Michael e Jane estavam abraçados, chorando, compartilhando aquela dor idêntica em que sentiam.
A cena estava nítida para mim que Jane havia se arrependido de tudo que fez, e de ter mais uma vez ido contra o seu filho apenas por ele não ser o filho do homem que ela desejou. Ela só tinha aquele filho agora, ao qual tentou prejudicar e ao qual nunca moveu o dedo para defendê-lo quando era apenas uma criança. Acho que para Jane estava claro quem era o bem e o mal dentre os filhos que deu a luz. Um sorriso emocionada despontou nos meus lábios, junto com lágrimas contentes.
-Me perdoa? _Ela soluçava com o rosto enterrado em seu peito. -Eu sempre achei que você fosse como o seu pai, que Bernard havia o possuído, mas está claro para mim que o caráter de alguém não vem de sangue e sim do modo em que o criamos. _Suas mãos segurava com possessão em seu rosto em uma súplica de perdão. -Eu sei que já perdi perdão tantas vezes, mas...
-Eu a amo mamãe, sempre a amei. _Eles se abraçam com força.
Michael a amava sim, claro que sim. Ele entendia sua dor, entendeu suas ações do começo e entendeu que Jane só quis recuperar um pouco que sobrou do filho. Não sei se um dia ela me perdoaria, talvez nunca, mas o que importa para mim era só vê-los assim, em paz,
Epílogo
Dois anos depois
Louise já era uma linda garotinha de dois anos, seus cabelos castanhos claros esvoaçando pelo jardim enquanto corria era deslumbrantes. O pai continuava orgulhoso, era um grude com a filha que só, Lui nem se fala. Louise realmente era o xodó da casa.
As coisas entre a gente estavam ótimas, finalmente tínhamos paz. Sem medo, sem segredos e sem pendencias. Nunca achei que seria essa calmaria depois de tudo que vivemos, depois de sempre ter algo para atrapalhar a minha felicidade. Mas valeu tudo a pena, me envolver com Michael me causar muita dor, mas acha que a felicidade e o amor que construímos sobrepôs a tudo isso, e no final... vejam só, vencemos. E vencemos de um jeito que parecia que toda aquela massa sombria nunca havia existido.
Jane vendeu a casa e se mudou com Terry para a Espanha, já nós continuamos naquela casa e Michael finalmente tinha sua empresa em suas mãos e ela ia muito bem. Michael se tornou um dos maiores empresários de Los Angeles e percebi que o nosso único empecilho era o Luke e os fantasmas de Roy.
#ansiosa *-*
ResponderExcluirBom, gente cheguei hj pra postar
ResponderExcluiriria estrear na quarta, mas como já ta tudo pronto aqui
não achei necessidade demorar mais
Então bom, espero que estejam aqui Wink
Tem 13 caps e eu postarei de dois em dois como sempre
então não vai demorar muito para acabar, não vou demorar mais com a fic
pra não cansar vcs
Então vamos lá
Obrigada por estarem aqui e comentarem
Continua :)
ResponderExcluirPostados girls
ResponderExcluirVai ter uma novidade ai que vai esclarecer o fato
Mas não vou falar nada sobre Louise ser filha do Luke
Vcs verão óbvio. Mas será pq Michael está tão confiante? o.O
Veremos.
Até mais beijão suas lindas
Postado amores *-*
ResponderExcluirDeixem comentários
Até mais
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGay me da o seu face amore, preciso conversar com voce. É urgente.
ResponderExcluirDesculpe .. O corretor... Não era para ser gay... E sim Tay* km bjus
ExcluirDesculpe .. O corretor... Não era para ser gay... E sim Tay* km bjus
ExcluirTay, me passa o seu face amore. Preciso falar urgente com você. ✌
ResponderExcluirEstes capítulos postados eram de segunda...
ResponderExcluir|Recado da Tay|
Meninas hj eu não atualizarei a fic ok?
É que meu windows bugou e o drive do mouse que copia e cola
foi afetado, vou levar hj no técnico e amanhã e sexta eu posto
Mil desculpas
perfeita fic <3 amei u.u.u :-D
ResponderExcluirAmei a fanfic já é a segunda vez q leio ela faça mais!!!!!!
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