segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

FanFic: "Double Life" (+18)

 Autora: Tay  Jackson

Sinopse:


Mulheres, festas, dinheiro. Ele tinha tudo, tudo do bom e do melhor. Mas o que não tinha era seu nome vinculado a nenhum tipo de instituição trabalhista. As coisas não batiam, não dá pra ser rico e muito bem sucedido, sem fazer nada. Eu tinha uma opinião sobre isso...sexo em troca de dinheiro era o mais provável, e por mais que eu tentasse fugir dessa vida que levava, eu já estava presa a ele. Michael não saia da minha vida, e eu não saia da sua vida.





Capítulo 1

22:00 da noite, Mansão Jackson

-Não deveríamos entrar aqui de penetra, vão chamar a segurança. _Nem dei atenção aos cochichos medrosos de  Karen, apenas continuei caminhando por entre o jardim com ela ao meu encalço olhando para os lados assustada.

Acontece que essa festa seria nada menos que espetacular e eu não perderia por nada. Assim que li aquele pedaço de papel de propaganda, quando  voou no meu braço naquela rua, eu sabia onde eu iria exatamente nessa noite. Perder a festa do homem mais lindo e mais poderoso da cidade estava fora de questão.
Mas como não tínhamos convite, simplesmente pulamos o muro e agora corríamos pelo jardim a procura da casa principal onde ocorria a festa.

-Estou dizendo Thea, vão pegar a gente. _A reclamação de Karen já  estava me irritando, então parei de caminhar para lhe dar uma bronca.
-Oh Karen olha só! Se está com tanto medo então vá embora. Eu disse que iria entrar nessa festa e irei entrar. Preciso ver de perto esse Michael Jackson que todos falam. Além do mais estamos tão perto pra recuar.
-Eu já vi, ele é lindo. Mas você acha que se nos ver invadindo sua festa vai nos receber de braços abertos? _Sorri com malícia.
-Quem sabe? _Dei de ombros. -Paga pra ver. _Dei uma piscadela e continuamos a caminhar.

Já na entrada da casa caminhamos com cuidado para que ninguém nos visse tão rápido, até porque sermos expulsas dali quando estávamos quase chegando,  estava fora de questão.
Ajeitei o meu vestido e o meu cabelo e caminhamos as duas despreocupadamente para dentro do salão, agindo naturalmente como se tivéssemos realmente sido convidadas.

Era uma casa enorme e muito luxuosa, sem contar com toda aquela gente que se vestida com elegância. Michael Jackson era rico demais, mas nunca disseram o que fazia pra ganhar tanto dinheiro, só se sabia que ganhava e pronto. Não havia nenhum vínculo em empresas famosas com o seu nome, e muito menos havia o seu nome em qualquer lugar que fosse. Qual é, ele é rico, mas ninguém sabe como ganha tanta grana?

-Olha ele lá Thea. _Comentou Karen e eu olhei na direção em que ela apontava.

Sim ele era incrivelmente lindo, tinha um sorriso impecável no rosto e transpirava poder e luxuria em cada centímetro de seu corpo. O que me fazia pensar o que um homem como esse fazia solteiro, pois pelo que soube, ele era um solteiro convicto. Ele vestia um terno prateado, com uma camisa preta por dentro, sapatos platinados, sem contar com aquele cabelo cumprido esvoaçando pelo vento.

Mas pelo que pude ver, solteiro ele até poderia ser, mas sozinho com certeza jamais. Ele sorria o tempo todo para um loira peituda que estava segurando uma taça de coquetel em mãos, acariciava seu rosto com o polegar descendo sem nenhuma cerimônia até os seios enormes de silicone.

-Ai meu Deus ele tem namorada! _Disse Karen em choque.
-Claro que não Karen, ele é solteiro, lemos isso mais cedo. Aquela com certeza é só o seu brinquedinho, que ele adora levar pra cama assim que pode. _Eu o analisava com intensidade e um leve sorriso de canto. Michael era o tipo de homem que fazia com que nós, do sexo oposto, ficassem admirando por horas e horas sem se dar conta disso. -Anda vamos pegar um coquetel para bebermos.

Karen e eu caminhamos para o bar onde estava sendo servidos o mais diversos tipos de bebidas. Álcool com frutas parecia cair bem naquela mundo de bebidas exposta no bar.

-Não sei o que quer encontrar aqui, até agora não entendi. _Karen me questionava enquanto dávamos um gole no nosso drink. -Por a caso quer pegar o milionário? _Riu irônica.
-Quero descobri o que ele faz, empresário sei que não é, ator muito menos, cantor tão pouco e jogador de futebol nem em sonho faz o tipo dele.
-Thea talvez o cara é apenas um autônomo, ou herdeiro de alguém. Só porque os jornais não especificam o que ele faz, não quer dizer que está envolvido em algo sujo. _Minha mente voava com um sorriso malicioso no canto dos lábios. Michael Jackson fazia algo sujo sim, e eu estava quase certa disso.
-Não estou tão convencida disso.

Eu sabia que aquele homem rico, muito bem polido e aparentemente muito bem educado escondia algo, e algo muito bem escondido. Não pode ser rico daquele jeito sem fazer nada, pois era o que todas as informações dadas a mim dizia. Algo de muito estranho acontecia ali.

Olhei para o lado e o vi caminhar sorridente até um corredor do lado direito do salão acompanhado da mesma loira peituda de antes, essa seria minha deixa.

Larguei Karen perto do bar, dizendo que ia ao banheiro o segui o "casal" Eles entraram em uma sala no final do corredor e fechou a porta, mas não por completo.

Colei meu rosto no canto da porta pra poder ver tudo o que acontecia. Talvez uma conversa secreta, uma cumplicidade dos dois me levariam a descobrir o que se passava. Pareciam tão íntimos além da tensão sexual que tinham.

Mas eles começaram a se agarrar, invés de conversar. Michael estava com a loira em seus braços a beijando com tanta vontade que eu fiquei extremamente impressionada. A forma como ele pressionava seus lábios nos dela, o modo que ele acariciava suas pernas suspensas em sua cintura e logo depois enfiando o dedo indicador por dentro de seu decote. Aquele homem era profissional e mesmo que não estivesse fazendo comigo eu não ficava imune ao grande tesão que eu sentia no meio de minhas pernas.

A mulher adentrou suas mãos com aquelas unhas enormes pintadas de vermelho, por dentro de sua calça social e eu estava ficando sem ar com a abertura que fiz em minha boca, eu simplesmente estava interessada em saber mais do que aconteceria.

Até que ele a suspendeu no colo a sentando em uma mesa, com as pernas bem abertas. Ele se encaixou, levando o polegar e indicador começando a masturba-la bem ali diante de meus olhos. Abri minha boca em um "O" sentindo minha vagina pulsar longamente. A loira começou a relaxar inclinando seu corpo para trás e gemendo sentindo o torpor daquele prazer que ele a proporcionava. Mordi meus lábios vendo a cena, gosto de sexo e assisti-lo ao vivo, foi bem interessante.

Mas me deixei levar tanto pela curiosidade  e por está com a calcinha tão encharcada de tesão que comecei a inclinar o meu corpo pra frente sem ao menos notar. E  quando vi estava trombando com a porta fazendo-a abrir em um barulho tão alto que fechei os meus olhos praguejando a mim mesma. Foi quando os dois pararam o que faziam para olhar em direção a porta.




Capítulo 2


-Quem está ai? _Michael alterou a voz olhando em direção da porta, me inclinei ao máximo que pude para trás para que não me notasse. -Ande fale! _Ordenou.

Voltei para trás de fininho dando a volta e saindo correndo dali, mas a porta se abriu e ele acabou me pegando.

-Ei, mocinha! _Chamou com a  voz rouca e eu gelei, mas continuei a andar cada vez mais rápido sem dar bola. Se ele me pegasse cobraria explicações e com certeza me levaria pra cadeia por entrar em sua festa vigiada de penetra. Droga! Como pude estragar tudo?

Não encontrei Karen  pelo salão e eu não podia parar, então caminhei ainda rápido indo em direção a saída com Michael na minha cola. Diabos, ele estava na minha cola! Entrei no jardim e ele continuava a me gritar sem um pingo de paciência. Senti sua mão forte segurar com força em meu braço e eu dar de cara com ele.

Olhar intenso, mas nenhum pouco furioso, apenas curioso e dispostos a ser um pouco maleável, o que me deixou mais tranquila. Mas ainda assim, estávamos frente a frente e eu havia visto masturbar uma mulher, uma posição nenhum pouco confortável para mim.

-Você tem convite? _Me olhou por cima com um tom desconfiado. Era agora que eu seria pega definitivamente.
-É.. é... é claro que tenho. _Gaguejei bastante desconfortável. Mas com um sorriso no rosto livre de qualquer suspeita.
-Me deixe ver! _Ordenou desafiador e eu não sabia o que fazer. Bom, é claro que eu não tinha um convite e nem sabia como iria arrumar um naquela hora, com aquele homem em cima de mim.

Tive vontade de sair correndo sem olhar para trás, e nunca mais me meter na casa de Michael Jackson, mas eu tinha certeza se fizesse isso, mandaria meia duzia de policiais atrás de mim.

-Ahh..ahh.. está por aqui. _Peguei minha bolsa, procurando o nada apenas pra ganhar tempo. -Eu sei que está por aqui em algum lugar, mas eu não estou achando. -Vasculhei mais um pouco. -Ihh acho que deixei cair em algum lugar. -Ele soltou um rápido riso debochado, já sacando  o que estava acontecendo, ele era esperto demais para que eu conseguisse me safar.
-Não tem, não é? _Entortou a boca segurando na cintura. -O que estava fazendo aqui sem convite e ainda bisbilhotando? _Coloquei o meu melhor sorriso no rosto mostrando confiança, a final eu não tinha mais nenhuma saída não é mesmo? Pra que enrolar? O jeito era lhe dizer a verdade e mostrar que não sou uma garota fácil de se lidar.
-Estava procurando o banheiro e acabei vendo o Sr. Poderoso com a boca na botija, ou melhor, com a mão. _Levantei uma de minha sobrancelha completamente destemida.
-Ora eu sou um homem. _Colocou um sorriso torto no canto do rosto bastante seguro de si. -Elas adoram e eu não me faço de rogado.
-Bem convencido não acha Sr Jackson? Então é isso que faz? _Eu estava com um pensamento rondando a minha mente naquele momento e quase certa do que tudo aquilo me confirmava.

Era óbvio! Pensa comigo.  Um homem lindo.. -que preciso confessar que é mesmo-. Rico de um jeito que ninguém sabe como, que anda rodeado de mulheres, das mais jovens a mais velhas. Sexo em troca de grana era bem comum em cidade grande.

-É com sexo que acabou construindo sua carreira? _Soltou uma longa gargalhada inclinando sua cabeça para trás. Continuei com o meu sorriso desafiador, até ele parar de achar tanta graça.
-Não tenho culpa se as mulheres não resistem ao meu charme e vão pra cama comigo sempre que querem. Eu jamais negaria a elas tamanho prazer, mas isso não significa que construo minha carreira em cima disso. _O olhei profundamente procurando um resquício de sinceridade, mas não havia me convencido, nem um pouco.
-Eu duvido muito. Um homem como você, ainda mais com o ego que tem não dispensaria tamanha oportunidade. _Desfez o sorriso rapidamente.
-Por que está tão interessada? _ E então voltou a sorrir já formulando uma resposta. -Por acaso está a fim de entrar nesse negócio? _Ai meu Deus ele havia me interpretado errado e eu fiquei tão furiosa com isso.
-Não, não, claro que não, ai meu Deus! Isso é nojento! Só fiquei curiosa._Levantei as mãos em rendição.
-Curiosa com a minha vida? Ou curiosa com os meus dotes? _Senti mais uma vez minha intimidade pulsar pelo tom de sua voz e o convite tentador que havia nele. Não seria nada mal experimentar do que ele sabia. Oh meu Deus, não acredito que pensei nisso!
-Acho que me entendeu errado Sr Jackson eu só... _Tentei me explicar, mas fui interrompida abruptamente quando ele segurou com firmeza em minha cintura me puxando para perto de seu corpo e tomando os meus lábios com tanta força e dominação que não tive mais controle sobre mim mesmo.

Suas mãos hábeis apertavam-me com força e seus lábios macios e carnudos pressionava com tanta força nos meus que doía, mas doía de um jeito bom e sensual. Meu corpo foi "arrastado" até eu encostar minhas costas em uma árvore, e ali suas mãos passaram a ir até as minhas coxas que subiam até a sua cintura. Eu não podia fazer mais nada, estava totalmente rendida aqueles lábios e aquelas mãos, que caramba, eram os mais poderosos do mundo!

Tentei afasta-lo, mas completamente em vão, pois ele me segurou com mais força e desceu seus lábios para o meu pescoço e depois até o meu colo. Meus gemidos já saiam de minha boca e o desejo daquele homem fazer comigo o que ele fazia com aquela mulher me tomava. Mas ai ele parou o que fazia de repente me deixando confusa e frustrada. Se afastando de mim lentamente  sem tirar os olhos dos meus.

-Da próxima vez... entra com um convite. _Deu uma piscadela jogando algo em minhas mãos que eu peguei ao ar e completamente confusa e desnorteada ele me deixou, caminhando pra dentro da casa.
-Mas o que? _Eu estava completamente sem palavras.

Olhei para as minhas mãos para saber do que se tratava e quando percebi era um convite da próxima festa que aconteceria no próximo final de semana no mesmo horário. Mordi o meu lábio inferior já despontando um sorriso no rosto.


Capítulo 3

-Eu não vou Karen, pare de me atormentar! _Havia falado pela milésima vez a Karen que eu não iria a festa de Michael Jackson, mas mesmo assim insistia, andando atrás de mim pelo apartamento tentando me convencer.
-Ah Thea qual é? Você se arriscou demais indo naquela festa pra descobrir sei lá o que da vida do cara. _Abri a geladeira pegando um copo d'água. - Agora que ele lhe da a chance com um convite, você simplesmente se recusa? _Fechei a geladeira com força bufando pela insistência de minha amiga.
-Karen olha, eu já sei o que aquele homem faz e pelo visto não é coisa boa. Não estou mais a fim pronto.
-E o beijão que ele te deu? Foi tão ruim assim que não quer repetir a dose?

Na verdade não, foi complemente ao contrário, Michael tem uma pegada incomum que é capaz de despertar os maiores desejos possíveis em uma mulher e olha que só foi um beijo ao qual me deixou com as pernas trêmulas. Bom, ele teria que ser bom não é? A final ele construiu sua vida na base disso. Ele teria que ter um pinto de ouro, ou então, nada feito.

-Bom. _Me dei por vencida. -Ele beija bem. _Dei uma pausa segurando na cintura levantando a sobrancelha. - Muito bem diga-se de passagem... Mas eu não estou a fim Karen será que da pra entender? _Choraminguei.
-Não está afim mesmo, de saber do que esse homem é capaz? De comprovar verdadeiramente o que rola e tê-lo nas mãos? _Aquela vadia tinha um poder inacreditável de persuasão.

É claro que queria descobrir mais, é claro que queria flertar com aquele gostoso mais vezes e é claro que queria tê-lo nas mãos. Mas tê-lo nas mãos não do jeito que Karen sugeria, mas sim de outra forma mais sórdida.

-Ok. _Levantei as mãos para cima em um grito totalmente rendido. -Ok, está bem? Vamos àquela festa. _Karen comemorou.
-Essa é a Thea que eu conheço. _Sorri por ser tão boba. -Mas pera ai. _Se deu conta de algo e eu fiquei esperando que falasse. -Você tem convite, eu não.
-Ah Karen, é só dizer que você está comigo. Se o Sr Jackson não deixa-la entrar eu também não entro pronto. Não estou mesmo a fim de ir. _Dei de ombros resolvendo a situação.
-Então tá. _Também não se importou.

E final de semana estávamos  nós fazendo compras e vistando salões de beleza tudo para ficarmos maravilhosas para a festa na casa do Sr. Podre de rico. Bom, eu já era ruiva de nascença, mas não seria nada mal da mais um toque avermelhado nas mexas só pra realçar.

Karen também havia pintado os cabelos e fizemos tratamento de pele. Estávamos tão animadas pra aquela festa que precisávamos de estar realmente maravilhosas. E eu fiquei impressionada por deixar Karen me animar tanto por essa em especial. Mas claro, o anfitrião valia a pena.

(...)

E logo mais à noite estávamos prontas para arrasar na festa mais badalada da cidade. Eu com um vestido de manga cumprida esverdeado escuro, mas curto no comprimento e um salto alto de cor bege, cabelos soltos esvoaçando. Karen uma blusinha de alça branca, com um short curto de cetim preto.



-Mas ela é minha amiga e vai entrar comigo! _Como previmos o segurança de Jackson nos barrou pela falta de convite de Karen.
-Sinto muito, apenas a senhorita entra. _Bufei.
-Chame o seu chefe, diga a ele que só entro se minha amiga entrar. _Ele assentiu.
-O que está acontecendo aqui Brandon? _A voz rouca e extremamente sexy ecoava em meus ouvidos, denunciando a chegada de Michael.
-Essas senhoritas querem falar com o Senhor, uma delas tem o convite e a outra não.
-Acontece que Karen é minha amiga e só entro se ela entrar também. _Coloquei a mão na cintura totalmente desafiadora.
-Deixe as damas entrarem sem problemas Brandon. Sabe que as convidadas principais de minha casa são as mulheres. _Ele tinha um poder no tom de voz imponente que fazia qualquer mulher ficar admirada. Sorri torto.

"As convidadas principais são as mulheres" Sugestivo, não?

-Sim eu sei senhor, mas como ela estava sem convite eu achei que...
-Não ouviu o seu patrão? _Entrei na conversa. -Nos deixa entrar! -Ordenei como se fosse a dona do espaço e isso fez Michael sorrir com malícia. Mas foi exatamente por isso que fiz, queria impressiona-lo.

(...)

Entramos todos juntos e Michael não parava de olhar para Karen, e isso me fez rir com ironia por saber o tipo de homem que aquele canalha poderia ser.

-Você é muito bonita, Karen. Não é? _A Elogiou e eu revirei os olhos.

Sim, eu sabia que minha amiga era mesmo bonita, mas o que me irrita é a safadeza daquele homem idiota. Karen sorriu sem jeito e agradeceu.

-Bom meninas estarei por ai, qualquer coisa é só me chamar, aproveite a festa. _Assenti prontamente, e assim que ele saiu revirei os olhos.
-Está vendo? É disso que falo, esse Michael Jackson é um canalha e da pior espécie.
-Ah Thea só porque ele disse que sou bonita? _Ela fez isso só pra me irritar mais  eu sabia muito bem disso.
-Ah por favor, esse homem elogia todo mundo, não é novidade nenhuma para mim. _Quis mostrar despreocupação e naturalidade. -Ele deve está por ai masturbando uma mulher qualquer. -Karen bufou um riso.

Por mais que Karen achava Michael Jackson o cara mais gostoso e interessante do mundo, ela jamais se meteria com ele. Pois depois daquele beijo que me deu, na cabeça dela tínhamos um lance, e lance de amiga ela não ousava se meter. Mesmo eu achando que isso estava totalmente fora de questão.

Avistei Jackson flertando com uma mulher, dessa vez morena e revirei os meus olhos.

-Eu vou ao banheiro, daqui a pouco estou aqui. _Comuniquei a Karen já morrendo de tédio daquela monotonia.

(...)

Inclinei meu corpo sobre a  pia aproximando meu rosto ao espelho espalhando meu brilho labial que eu acabava de usar. Depois arrumei o meu cabelo passando a mão no meu vestindo ajeitando-o. Estava preparando pra sair quando dou de cara com Michael bem ali na minha frente.

-O que faz aqui? É um banheiro feminino. _Levantei minhas mãos mostrando a ele a noção de espaço.
-Sim. _Assentiu despreocupado. -Mas essa é a minha casa. _Desdenhei o seu comentário.
-Claro, você faz o que quer e na hora que quer não é mesmo?
-Sim. _Confirmou com um sorriso patético nos lábios.
-Até mesmo beijar uma garota sem total consentimento dela?
-Pelo que eu vi você consentiu muito bem. Até gemeu em meu ouvido. _Abri minha boca em choque por eu ter mesmo o feito notar isso.
-Você me pegou a força e...
-Não se preocupe Thea, faremos muito mais que isso.
-Como sabe meu nome? Não lembro de ter falado. _Fiquei confusa.
-Perguntei para sua amiga quando você veio ao banheiro. _Dei de ombros.
-De qualquer forma, já estou indo embora, essa festa está um tédio. _Caminhei rapidamente passando por ele, mas Michael me segurou pela cintura me enlaçando em seu corpo. Nossos olhos se fitaram.
-Calma mocinha, onde pensa que vai?
-Embora, já disse.
-Você vai ficar. _Seu tom era firme, autoritário, disposto a fazer-me obedecê-lo. -Não era o que queria? Entrar aqui e saber o que rola? Irei lhe mostrar. _Era um desafio e eu senti meu coração falhar uma batida até Michael balançar meu corpo pra mais próximo do seu e tomar os meus lábios do mesmo jeito que fez na última vez.

Tentei me desvencilhar, mas ele era forte o suficiente pra me prender e pra me deixar completamente envolvida ao mesmo tempo.

Aquela forma de beijar, seus lábios pressionando nos meus que chega doía, o sabor do seu beijo, as mãos dele percorrendo o meu corpo sem pudor. Senti minha calcinha molhar.

E em um movimento totalmente abrupto fui pega pelo colo e colocada sentada em cima da pia de pernas abertas. Era agora caramba! Ele fazia comigo como com aquela mulher e meu corpo entrava em expectativas.
Se afastou minimamente de mim só para abrir o meu vestido com um único puxar e colocar os meus seios para fora, gemia pelo ato.

-Sabe Thea..._Sua boca estava bem próxima ao meu rosto e eu pude sentir o hálito fresco. - Eu nunca transei com uma ruiva, seria maravilhoso fazer pela primeira vez. _Sorri com interesse.

Eu posso até fazer jogo duro e ser fresca quando quero, mas estava na cara que eu queria aquele prazer que aquele homem estava disposto a me dar. E por estar quase certa de que era profissional, aquilo tudo aguçou ainda mais a minha curiosidade.

Meus seios foram chupados e elogiados e minha intimidade vibrava ainda dentro da calcinha. Ele percorreu agora sua boca pelo meu ventre já descendo onde eu tinha mais desejo.

-Molhada Thea... completamente molhada. _Inclinei meu corpo para trás segurando meus cabelos sentindo-o beijar minhas coxas.

Michael jogou meu corpo mais para trás, com uma de suas mãos enormes. E eu percebi que a linguagem que nossos corpos tinha era maravilhosa.

Minha calcinha foi tirada e  eu senti Michael abocanhar a minha intimidade por completo, foi inevitável não soltar um grito de prazer. Sua língua afundava cada vez mais dentro de mim circulando meu clitóris tão rápido e firme que eu me perguntava como ele tinha tanta habilidade assim.

Olhei para o seu rosto e em seus olhos havia tesão e luxuria que fez meu tesão aumentar cada vez mais o vendo me abocanhar com tanta vontade que tinha. Céus aquele homem era maravilhoso!

Sua língua pegou um ritmo mais frenético dentro de mim com a ajuda de seus lábios e eu percebi que o orgasmo já estava bem próximo. Meus gemidos aumentavam e o ritmo do meu quadril junto. Foi quando explodi em um orgasmo delicioso que deixou meu corpo completamente trêmulo.

-Ahh, ohhh, ohhh! _Respirava descompassadamente e ele riu.
-Gostosa Thea, muito gostosa. _Comentou me analisando indecifravelmente.

Até ele segurar a minha mão e me descer da pia, completamente persuasivo. Fiz tudo que ele me guiava a fazer até mesmo me virando de costas assim como me conduziu.

-Empina! _Ordenou.

Fiz prontamente com um sorriso no rosto. Esperei Michael abri o cinto de sua calça descer o zíper e ficar pelado da cintura pra baixo. Ele era completamente grande ereto e eu fiquei louca com aquilo. Rasgou um pacote de camisinha de uma vez e já se vestiu. Ele andava pronto...

Foi quando senti me penetrar de vez por trás e eu senti meu corpo todo tremer pelo tesão. Michael ia fundo pela minha vagina, que tive que praticamente deitar-me sobre a pia. Ele rebolava envolvendo todo o meu corpo a dançar junto com ele naquela transa. Segurei seu pescoço com o braço colando em meu corpo. Começamos a beijar de um jeito bem vulgar enquanto transávamos e pelo reflexo do espelho eu pude contemplar suas feições e eu adorava ver sua face tomada por tesão.

Depois Michael girou meu corpo me colocando de frente para ele, tomou minha boca e um beijo de tirar o fôlego me penetrando mais uma vez. Bastou mais algumas estocadas para que eu sucumbisse a um orgasmo o levando junto comigo.

- Uau Thea! Como você é gostosa, desse jeito eu me vicio. _Comentou com um sorriso torto no canto e eu fiz o mesmo.
-Eu também gostei Sr Jackson, mas não pense que isso se repetirá de novo. Tenho certeza que depois daqui irá procurar outra para esse momento. Estou errada? _Levantei a sobrancelha.
-Hum, não está completamente errada. A final eu tenho os meus compromissos. _E lá vem de novo aquele tom que me fazia ter certeza absoluta de que era um gigolô barato. Bom, não tão barato assim não é mesmo?
Sim ele era um gigolô.
-Então confessa que é um gigolô? _Ele riu despreocupado.
-É o que você diz, eu não falei nada. _Desconversou.
-De qualquer jeito, eu não tenho grana pra lhe pagar o nosso "compromisso" de hoje. _Fiz as aspas com as mãos.
-Não quero o seu dinheiro. _Disse firme. -Quero outras coisas. _Alisou o meu cabelo de um jeito que meu corpo todo arrepiou, fazendo minha intimidade dar um frio tão gostoso. Esses que se sente na barriga quando descemos de montanha russa.
Percebi o grande poder que ele tinha em envolver as mulheres daquela forma. Eu, no caso.
-Pois eu acho que ficará pra próxima. _Comecei a vestir minha roupa demonstrando desinteresse, mas a verdade era que queria fugir. Já pensou se eu vicio? Estava fora de questão. -Ou melhor, não haverá mais próxima.
-Não gostou Thea? _Fez um tom desapontado bem divertido, irônico na verdade. Ele gostava de ser assim o tempo todo.

Eu não queria dizer que gostei e aumentar o ego dele, mas também não queria dizer que não, pois estaria cuspindo no prato que comi. O que fazer?

-Digamos que nem que sim e nem que não. Mas o que importa você saber sobre isso? Minha opinião não conta não é? Devido as mulheres que pega. _Assentiu.
-É, acho que tem razão. Sua opinião não conta mesmo, até porque os seus gemidos e gritos pedindo por mais já falaram por si só. _Abri minha boca em "o".

É Thea... não adianta tentar diminuir o ego dele, ele tinha bastante pra provar a si mesmo o seu valor, era profissional nisso.

-Olha eu vou embora. _Não quis conversa e sai do banheiro assim que estava devidamente vestida.

Foi quando notei que havia vestido a roupa sem  o meu sutiã e o esquecido naquele maldito banheiro, mas não quis voltar pra pegar. Chamei Karen para irmos embora o mais rápido possível dali.


Capítulo 4
-Ai Thea não me puxa tanto assim. _Reclamava Karen pela minha pressa de sair dali o mais rápido possível para evitar de Michael nos seguir.
-Anda logo vamos sair daqui. _Dei a mão na beira da estrada pra fazer um táxi parar.
-O que aconteceu? _Abri a porta do táxi e coloquei Karen para entrar no veículo  a acompanhando em seguida.
-Centro da cidade, 5º avenue. _Disse ao taxista. -Não quero que Jackson nos siga.
-O que você fez? O bisbilhotou de novo? _Seu tom era acusatório.
-Ai claro que não, muito pelo contrário.
-Então o que foi?
-Nós transamos. _Falei bem baixo para o taxista não ouvir.
-MENTIRA! JURA! _Mas Karen fez um estardalhaço com isso.
-Shiiiiiu! _A repreendi imediatamente apontando para o  taxista.
-Você vai ter que me contar tudinho quando chegarmos na sua casa. _Assenti.

( ...)

E foi exatamente assim, quando chegamos na minha casa contei tudo a ela o que havia acontecido. E isso fez Karen ficar histérica e me fazer contar em detalhes tudo que aconteceu. Mas também falei que não queria me envolver, então seria melhor fugir.

-Se foi tão bom assim, porque fugir Thea? Aquele homem é lindo, é incrível e gostou de você.
-É ai que tá Karen. Ele gosta de todo mundo, ele é um gigolô e a profissão dele é justamente essa, seduzir mulheres quando ele bem entende. Não quero ser a mais uma na lista dele. Apesar de que já sou não é?
-Você nem tem certeza se ele é mesmo gigolô Thea. Mas que ideia!
-Bom ele não negou.
-E muito menos afirmou. Ou afirmou? _Dei de ombros.
-Não, mas isso não quer dizer nada.
-E também não quer dizer nada ele ter dinheiro sem ter uma profissão aparentemente definida  e sair com algumas mulheres.
-Mas causa suspeitas... Bom, a questão é. Não quero mais encontra-lo.
-Ele é lindo. _Disse com lamentação. -É  uma pena desperdiça-lo. _Respirei fundo.
-Vamos  mudar de assunto ok? Foi uma transa boa, mas passou.

A verdade era que eu tinha medo de me envolver ao máximo com Michael nessas condições e depois descobrir que ele era mesmo um gigolô algo que eu estava certa quase cem por cento. Quando ele olhou no meu olho achei que eu poderia sim ter tido um lance entre a gente, mas pensar desse jeito seria dar um tiro no escuro. Eu não queria e nem poderia me arriscar tanto assim afetivamente. Fugir antes que fosse tarde seria uma ótima opção.

(...)

Bem mais tarde eu já estava pronta para dormir, Karen já tinha ido pra casa e eu estava largada com minha camisola e meias pronta pra cair na cama. Ouço a campainha tocar. Céus quem poderia ser naquela hora? Caminhei até a porta a destrancando, a abrir despreocupadamente até notar um homem alto, extremamente lindo, cabelos bem lisos e penteados com um sorriso mais perfeito do mundo.

-Hãm!! _Meus olhos arregalaram tanto pelo susto que minha reação era de fechar a porta imediatamente e  foi o que eu fiz.

Fiquei encostada na porta meia aberta tentando achar uma explicação lógica pra Michael Jackson está parado na minha porta em plena quase 1:00 da manhã. Me dei conta de que eu precisava abri-la novamente e falar com ele civilizadamente.

-O que está fazendo aqui? _Perguntei ainda chocada. -Como soube do meu endereço? _Ele riu mordendo o lábio inferior daquele jeito sacana dele.
-Vim trazer isso? _Tirou algo do bolso enfiando o dedo pela alça levantou o meu sutiã balançando em frente ao meu rosto.
-Não precisava devolver, a final você deve ter uma coleção de peças íntimas não é? Meu sutiã deve ser só mais um. _Ele gargalhou.
-Pode ser que tenha razão, mas ai eu percebi que estava fugindo de mim, e passei a segui-la.
-Deixou seus convidados por minha causa? _Ele assentiu.
-Acho que minha curiosidade falou mais alto. _Entrei pra dentro de casa completamente confusa do que estava acontecendo e ele entrou fechando a porta.
-Você está invadindo a minha casa! _Reclamei.
-Você também invadiu a minha, estamos kits. _Ele estava certo e eu respirei fundo pra controlar o incomodo que aquele homem me causava.
-O que você quer?
-Estou curioso.
-Pra que? _Caminhou bem próximo de mim com uma andada que, caramba que andada perfeita e sensual foi aquela?

Tocou em meu rosto com aquelas mãos que pareciam que estavam repleta de energia o tanto que fazia todos os meus pelos se arrepiarem.

-Primeiro foi você quem foi atrás de mim, eu estava cuidando da minha vida quando você apareceu causando problemas. _Desceu seu dedo indicador pelo decote da camisola. -Disse que queria saber mais sobre mim. _Segurou minha cintura mexendo o meus quadris e depois puxou com tanta força para si que eu fiquei tonta. -Eu lhe mostrei. _Segurou uma de minhas mãos nas suas suspendendo como uma dança de casal. -Só que agora eu viciei. _Arregalei os meus olhos me perguntando do que ele estava falando.

Foi quando ele tomou meus lábios com tanta dominação e possessão que eu não tinha mais como fugir, eu estava completamente rendida.

Fui pega pelo colo indo até o meu quarto e meu corpo foi posto no colchão. Suas mãos subiram minha camisola deixando meu ventre de fora, comecei a sentir os lábios de Michael me dominando por completo. Fechei os meus olhos pela sensação que era hipnotizante.

Segurei seus cabelos macios o envolvendo a mim, sentindo o tesão mais intenso do mundo só de ao menos beijar o meu ventre.

-Michael para, por favor. _Quis fazer de difícil só mais uma vez para ver  o que ele faria.
-Agora que comecei vou até o fim. _Sua voz era incrivelmente rouca e então ele se levantou tirando o seu paletó e a camisa, se livrando dos sapatos e as calças em seguida. Ficando completamente nu na minha frente.

Quando terminou, puxou minhas pernas com força para mais perto da beirada da cama arrancando minha calcinha. Agora puxou meu corpo para que eu me levantasse de uma vez pulando em seu colo. Era incrível como eu servia de marionete em suas mãos.

Senti sua ereção encostrar em meu clitóris e eu comecei a me movimentar minimamente pra sentir o contato. Fui colocada sentada em cima da penteadeira e ele me encaixou de vez me fazendo soltar um grito de tesão.

-Você é gostosa demais Thea, estou viciado em tudo isso. Quem mandou se meter comigo garota? _Sussurrava sensualmente em meu ouvido e eu estava louca inclinando minha cabeça para trás respirando o ar entre os dentes.

As estocadas aumentava gradualmente fazendo cada veia do meu corpo sentir o impacto daquele prazer. Michael terminou de tirar minha camisola abocanhando os meus seios um a um e eu o protegi em meus braços enquanto fazia.

-Tão pintadinhos, cheios de sardas. _Gemi alto, sentindo o prazer subir pelo meu corpo.

Sua grossura me preenchia inteira, em um vai e vem de tirar o fôlego, suas mãos me acarinhavam ao ritmo dos movimentos. Ele é muito gostoso, disso eu não podia negar, e eu não podia  parar nessas alturas, eu estava quase lá. E em gemido intenso eu já me desfazia em um orgasmo.

(...)

Nos encontrávamos deitados na cama agora, eu com a cabeça encostada em seu peito e ele beijava meus cabelos e acariciava sempre que podia. Estava um silêncio intenso ali.

-Seus convidados estão te esperando. _Quebrei o silêncio me lembrando que havia deixado tudo pra ir até minha casa.
-Eu não farei falta lá, não se preocupe. _Levantei minha cabeça apenas pra olhar em seus olhos.
-Ainda não sei o que faz aqui.
-Já disse! Estou viciado. _Eu estava tão confusa que nem sabia o que falar.
-Vai ficar na minha cola o tempo todo então?
-Talvez. _Deu de ombros.

Não quis perguntar mais nada eu simplesmente adormeci naquele peito cheiroso dele.

Capítulo 5




Acordei lentamente olhando ao meu redor percebendo que ainda era noite, mas Michael não estava na cama. Ouvi um barulho que vinha da cozinha já sabendo que estava ainda em meu apartamento.
Me levantei da cama procurando um hobby para cobrir o meu corpo nu e já o vestindo.

Quando cheguei na cozinha Michael estava abrindo a geladeira de costas para mim completamente nu. Mordi meu lábio contemplando aquele bumbum avantajado e branquinho de fora, coisa mais linda e sexy que eu havia visto.

-Anda sempre nu pela casa Jackson? _Lhe chamei  atenção e ele se virou para mim. Aquele pênis perfeito que mesmo relaxado ainda assim era grande.
-Claro... andar nu é sempre bom, facilita o meu trabalho.

"Facilita o meu trabalho" Ele mesmo confessava e depois dizia que eu era quem tirava minhas próprias conclusões. Rum!

-Além do mais já temos intimidade o suficiente não é Thea? _Levantou a sobrancelha bastante insinuativo e eu devo admitir que eu amava quando fazia isso. Tão imponente e sincero.
-Você é um cara de pau isso sim. Se temos intimidade é porque você me incitou a isso. _Caminhei pelo espaço.
-Ora, ora, ora. Pelo que eu saiba não a forcei a nada, você fez tudo o que queria fazer. E eu também quis. _É ele não me forçou a nada, eu é que era impulsiva demais, e caramba ele é muito gostoso!
-Está certo. Digamos que... eu quis tudo isso, que quis você na minha casa transando comigo e tudo mais. O que me custaria tudo isso? _Eu queria saber o que ele faria depois de um tempo, depois que nos cansássemos um do outro, ou se eu seria cobrada por tudo isso, a final ele era um gigolô.
-Ainda com essa história de gigolô? _Ele riu balançando a cabeça. -Não irei cobrar nada Thea, pra você é de graça. Me dou por satisfeito pelo prazer de sua companhia. _Agora foi eu que gargalhei.
-Você é estranho, mas eu gosto. Sabe se impor,  ter o que quer, tem uma pose. Creio que foi muito bem treinado pra isso.
-Na verdade eu sei lidar com as pessoas, sei decifra-las cada uma. Saber o que querem e o que não querem. Principalmente com as mulheres, sei suas fraquezas e suas fortalezas.
-Uau! _Ri de novo. -Então você não é um gigolô é um bruxo. _Rimos juntos.

Ele me estendeu um chá que havia feito e sentamos a mesa para beber e conversar. Uma conversa agradável diga-se de passagem e mesmo estando nu na minha frente me fazendo sentir um tesão surreal, conseguimos relaxar.

-Eu sou daqui de Los Angeles mesmo, cresci e me criei sozinha. _Estávamos conversando sobre nossas vidas. -Sempre fui digamos... rebelde demais e sai de casa cedo, comecei a trabalhar e hoje estou terminando minha faculdade pra ser uma publicitária.
-Rebelde? _Riu. -Quem diria...Tão educadinha! Não pula o moro da casa dos outros pra invadir uma festa privada. _Ele começava com suas ironias e eu já começava a rir. - Não bisbilhota um homem tentando transar com uma mulher gostosa em uma sala, não o chama de gigolô sempre que pode e ah... Não deixa esse mesmo homem louco de tesão quase o tempo todo depois que a conheceu.
-Hum..._Mordi os meus lábios. - Eu faço isso mesmo com você? _Ele assentiu.

Depois colocou uma mão em meu rosto para acaricia-lo. Eu adorava quando ele fazia isso comigo. Me dava um senso de proteção.

-Tanto que nem sei mais controlar. _Beijou meus lábios com doçura e eu estava ficando fora de órbita.

Depois levou as mãos em meu hobby abrindo por completo deixando-me nua.

-Deixa-me ver seus peitos, eu os adoro. _Coloquei meus cabelos para trás reclinando meu tronco para trás para ficarem em  evidência. _Uau, são lindos! Pintadinhos e ruivos.

Seu olhar tinha desejo, satisfação, e eu senti tesão por isso. Acho que toda mulher quando se depara com um homem que a deseja, que a quer em seu momento íntimo se sente exatamente assim, ainda mais se tratando do homem que Michael é.

Ele segurou com as duas mãos fechadas em volta do meu pescoço e então se aproximou do meu rosto para um beijo. Aquela cara que ele fez, o desejo estampado ali, sua ereção crescendo gradualmente. Eu já estava me deixando levar mais uma vez.

Nossas bocas se encontraram com mais luxúria, suas mãos abertas subindo e descendo os meus seios, nossas línguas se embolando dentro de si. Fui pega no colo por ele,  montando perfeitamente com as pernas abertas em seu quadril sem deixar de nos beijar.

Com uma mão ele me segurava e com a outra retirava tudo que estava em cima da mesa ao chão. Fui deitada sentindo minhas costas gelar por causa do atrito da madeira. Michael abriu minhas pernas se ajoelhando na cadeira e então eu senti sua língua em minha intimidade, tão fundo que eu mal podia reagir.

-Ahhh, ohhh. _Meus gemidos aumentava enquanto ele brincava com o meu clitóris como se fosse um brinquedo.

O jeito que aquele homem me dava prazer, tão profissional, tão delicado e repleto de vontade ao mesmo tempo.
Olhei em seus olhos e os meus continuavam cheio de luxúria e ao mesmo tempo carinho. Passei a acarinhar os seus cabelos enquanto eu sentia toda sua saliva me deixar cada vez mais excitada.

-Michael...

Minha pele arrepiava de um jeito que eu não conseguia controlar, meu corpo suava e minha respiração faltava. Eu estava quase sucumbindo em um orgasmo quando ele parou o que fazia para me montar em seu colo novamente.

Agora nos encontrávamos em minha cama e ele me possuía como nunca, me fazendo gemer como nunca. E eu não conseguia entender onde é que eu estava, se em minha casa ou no paraíso. Porque era essa sensação, de estar em outro lugar, um lugar que era apenas nosso e ninguém ousaria se meter.

-Ah Thea como você é apertada querida. Do jeito que eu gosto. _Sussurrou ele em meu ouvido e eu não deixei de notar o quanto ele era incrivelmente grande me adentrando com vontade o que fazia o prazer aumentar cada vez mais.

Comecei a quicar em seu colo e ele apertar as minhas nádegas impulsionando mais e mais o meu sexo ao dele até desfazermos em uma intenso orgasmo que gemíamos juntos e ofegante.

-Foi bom, foi bom. _Repetia ele sussurrante com a cabeça enterrada em meu pescoço e eu sorri concordando com ele.



Capítulo 6






Acordei na manhã seguinte cobrindo o meu corpo com o lençol e Michael não estava ao meu lado. Sentei na cama lembrando de tudo que houve na noite passada e um sorriso satisfeito despontou em meu rosto. Respirei fundo pela satisfação na noite passada, realmente Michael Jackson sabia dominar uma mulher, sabia como dar prazer ao máximo.

Olhei para o outro lado da cama onde ele dormiu e encontrei um pequeno bilhete, o capturei imediatamente para ler.

"Nossa Thea! Eu adorei essa noite, você é mesmo muito gostosa. E como eu disse estou viciado. Viciado pelo seu cheiro, pelo seu corpo, pela sua boca... por você inteira. Creio que será a primeira de muitas. Inclusive... estarei em sua casa Sexta às 22:00, farei tudo que for preciso pra estar ai nesse horário. Se eu não tivesse compromisso seria hoje mesmo, mas.. Beijos nessa sua boca linda e até mais."
Foi bonitinho da parte dele deixar um bilhete dizendo que a noite foi maravilhosa - o que eu concordo e muito - mas a magia acabou quando disse que havia um compromisso e só poderia ser na sexta. Compromisso? É claro, se deitar com uma vadia qualquer em troca de dinheiro. Provavelmente ela teria a mesma noite maravilhosa que eu tive, com certeza teria aquela boca incrível em seus lábios, em seus seios ou em qualquer outro lugar que ela gostaria de ter, ou que ele quisesse coloca-la. E eu estava furiosa apenas de pensar sobre isso.

-Sinto muito Sr Jackson, mas não me terá na sexta. _Murmurei olhando para o papel e joguei-o longe.

(...)

-E se o compromisso que ele tem for outro totalmente diferente do que você acha? _Caminhávamos juntas, minha amiga e eu pelos corredores da faculdade. Karen como sempre querendo dizer que eu estava errada.
-Não, eu já saquei esse cara desde o primeiro momento que eu vi. Além do mais ele me confirma com aquele jeito imponente de falar.
-Eu não consigo entender você Thea, não mesmo. Por mais que eu tente... e olha que tento até demais. Ele quer você não é? Disse que está viciado. E se ele estiver mesmo a fim? Acho até que está apaixonado. _Revirei os olhos pela história piegas de minha amiga.
-Ah Karen qual é? Não me vem com isso está bem? _Eu não conseguia acreditar. - Até parece. _Murmurei achando essa suposição a mais maluca. -Karen acorda! Isso aqui não é um conto de fadas é a realidade, e a realidade é que esse homem ganha a vida justamente fazendo a mulher acreditar que ele está caído de amores, mas não está.
-Você pode se surpreender. _Olhei torto pra Karen preferindo não responder e ela riu de lado sabendo que estava me irritando.

Acontece que Michael Jackson era muito bom pra ser verdade. Era um cara lindo, gostoso, bom de cama e também tinha um modo intrigante de se comunicar. Agia mais do que só falava -o que era ótimo em um homem -  Mas mesmo assim ele ainda era um homem e pelo que sei podia ser o pior deles, e eu não me arriscaria tanto. Era melhor mesmo eu me afastar antes que fosse tarde demais.



Capítulo 7

Michael


Thea...A garota estranha que apareceu de repente em um das minhas festas para movimentar ainda mais o meu mundo.

Primeiro eu só queria dar uma lição a ela, mostrar a ela que não se mete com um homem feito, como eu e sair ilesa. Eu sabia o que ela queria, seus olhos assustados  e sua astúcia me diziam. Ainda mais quando me pegou no meu momento mais de descontração. E olha só eu estava certo.

Thea não só apareceu na festa como se rendeu ao meu charme. Elas sempre se rendem, é inevitável.
Mas acontece que eu acabei ficando viciado em tudo isso. Thea era gostosa, apertada do jeito certo e eu simplesmente não consigo resistir a mulheres que me levam ao nível alto do meu orgasmo, eu sempre quero mais e mais. Foi o que aconteceu. Eu estava pronto pra repetir a dose quantas vezes fosse possível e até quantas vezes Thea concordasse, eu estava disposto a isso.

Eu estava tranquilo em meu escritório lendo um jornal quando a governanta me avisou que havia uma mulher a minha procura. Em primeiro momento, minha mente reproduziu Thea. Claro pois sim. Eu havia ido embora sem nos despedimos depois de uma noite maravilhosa que tivemos, claro que queria conversar. Ainda mais ela que nunca deixa um assunto pendente.

Mas não era, e sim Suzan. A mesma mulher que Thea flagrou comigo.

-Olá querida! _Dei um beijo sutil em seu testa. -Como vai?
-Solitária _Murmurou. -Você não atendeu aos meus telefonemas, e muito menos esteve em sua casa pra uma segunda vez. _Sorri de lado.

As mulheres sempre voltavam para uma segunda vez o que facilitava o meu trabalho.

-Tive um compromisso inadiável, me desculpe.
-O que poderia ser mais importante que eu? _Franziu o cenho divertida.

"Só uma mulher extremamente gostosa, até mais do que você" _Pensei em um sorriso cínico.

-Desculpe querida, quem sabe a próxima? _Tentei dispensa-la o mais rápido que eu pude, mas foi ai que eu vi que não seria tão fácil assim.
-Michael! _Sibilou repreensiva. -Eu vim aqui pra ficarmos juntos. Quero passar esse dia com você. _Acontece que eu não estava nem um pouco a fim disso.

Eu havia experimentado algo muito melhor e não queria sair frustrado após o momento.

-Desculpa Suzan, mais uma vez. Mas é que... terei compromissos agora e não posso me atrasar. _Menti.
-Hum, entendi. _Subiu as vistas já entendendo que eu dava algum tipo de desculpas  para dispensa-la. -Irei embora, não quero incomoda-lo. _Falou séria e saiu.

Dei graças a Deus que não quis fazer uma cena ridícula e aceitou com rapidez, isso  pouparia minha paciência.
Mas quando olho Suzan lembro-me de Thea insistindo que sou um gigolô, era cômico. Será ciúmes, ou revolta? De qualquer forma era adorável. Eu tinha compromissos o tempo todo ao qual eu jamais citava a ninguém. Ninguém tem nada a ver com a minha vida.



Capítulo 8
Narração




Thea se encontrava em frente ao enorme espelho do seu quarto dando o retoque final em seu visual. Precisava estar linda para balada de hoje a noite.

Ela usava uma blusa branca fina de calça e um short rendado curto preto, saltos agulha e seus cabelos uivos soltos. Ela não ficaria em casa esperando Michael chegar, não estava a fim de mais uma noite tórrida de sexo e depois se perguntar sozinha com seus pensamentos com quantas mulheres ele havia dado aquele prazer descomunal antes dela. Se Michael aparecesse mesmo em seu apartamento no horário marcado, ele daria de cara na porta e ela não se importava nem um pouco com isso.
Seu brilho labial fora espalhado com um leve pressionar de lábios, seus cabelos mais uma vez chacoalhado e lá estava ela pronta pra sair.

O táxi havia deixado Thea e sua amiga em frente a boate mais movimentado do lugar, uma boate confortável que tocava músicas do momento - só as melhores é claro - e servia as melhores bebidas. Sem contar que os frequentadores - os homens, melhor dizendo - eram os mais lindos e Thea já olhava para um assim que encostaram no bar para pedir uma bebida. Não era tão lindo quanto Michael Jackson, mas valia pra tentar esquecê-lo, pelos menos essa noite.

-Eu tenho pena do Michael. _Gritou Karen próximo a Thea por conta do som alto. Elas davam um gole de suas bebidas. -Acho que apareceu em seu apartamento e você nem teve a sensibilidade de avisa-lo. _Thea bufou raivosa por de novo Karen se preocupar com aquele gigolô de uma figa.
-Se  você se importa então vá até lá e se passe por mim. _Foi ríspida arqueando a sobrancelha enquanto Karen desfazia seu riso.
-Ah Thea qual é? O cara está na sua, louco de tesão por você, disposto a colocar aquele corpo delicioso dele ao seu dispor. _Suspirou ao recordar a imagem. -E você fica ai fazendo de rogada?

Sim, Karen estava certa e Thea sabia muito bem, essa era uma oportunidade única em toda sua vida. Nunca que um cara rico, lindo e gostoso que em seu subconsciente ela estava sim a fim,  apareceria em sua vida lhe oferecendo noites de prazeres intensos. Mas e se entrasse de cabeça nessa aventura maluca depositando todo o seu costume de tê-lo sempre com ela, suas vontades sendo supridas dia após dia, pra depois tudo esfarelar de uma hora pra outra. Não, isso definitivamente ela não queria.

-Para de falar do Michael por um minuto Karen, por favor? _Sua irritação era visível e a amiga preferiu se calar. -Prefiro olhar aquele cara ali. _Indicou com a cabeça um homem alto, loiro que bebia um coquetel que não parava de olha-las. -Ele está olhando pra um de nós duas... está a fim? _Thea perguntou pra amiga dando-lhe o privilegio da escolha.
-Não, pode ficar. _Deu de ombros sem interesse. -Prefiro aquele outro. _Indicou para o outro lado um homem, dessa vez moreno e de olhos bem azuis.
-Uau! Boa escolha garota! _As duas riram e começaram suas investidas.

(...)

Do outro lado da cidade um homem elegantemente lindo terminava de se colocar o melhor terno de sua coleção. Um terno cor de grafite que caia bem em seu corpo magro e esbelto, calças formando a combinação e seus cabelos habitualmente soltos. Ele sorria para a imagem no espelho, estava ansioso para se enterrar na mulher maravilhosamente, gostosa que povoava sua mente de agora em diante. Provavelmente ela estaria linda esperando-o chegar.

O carro luxuoso de cor grafite parava em frente ao prédio de Thea e assim que apertou o potão das travas automáticas caminhou imperial até a portaria.

-Por favor, gostaria de subir ao apartamento da Thea. _Disse simpático para o porteiro.
-Desculpe Senhor, mas a Thea não está. _A testa de tamanho normal se formou um pequeno vinco e um sorriso confuso se fez em seus lábios.
-Como assim não está? Ela está me esperando.
-Desculpe senhor, mas a Thea sempre sai às sextas com a amiga.

"Todas às sextas menos essa. Caramba ela estava o esperando!" Pensou com uma irritação dentro de si que não demonstraria nem sobe tortura.

-E o senhor sabe onde vão todas às sextas? _Tentou nivelar seu tom o mais calmo possível.
-Na boate Dimonds fica logo ali.

O portei simpático e pronto para ajudar aquele homem muito bem apessoado que parecia perder a viagem indicou o caminho e Michael partiu para lá o mais rápido possível, jurando a si mesmo que Thea iria explicar direitinho como ousaria faze-lo dar com a cara na porta propositalmente.



Capítulo 9

Michael



Entrei pelas portas daquela boate de quinta e pus-me a correr meus olhos por todos os lugares em busca de Thea. Eu estava tão furioso que nem eu mesmo conseguia me entender.
Encontrei Karen dançando com um carinha e fui direto até ela, pois eu sabia que Thea estava em algum lugar perto.

-Karen! _Gritei por conta do som alto segurando o seu braço fazendo-a sobressaltar com a minha presença. Estava  pouco me importando com quem ela estava. -Onde está Thea? _Karen me olhou com um notório susto.
Claro minha presença ali nem por um momento passou pela sua cabeça por isso do espanto.
-Es..tá.. bem... ali. _Apontou em uma direção bastante trêmula incapaz de mentir para mim. Capturei a direção que seu dedo estava apontado e quase não acreditei na cena que eu vi.

Thea estava aos beijos com um cara qualquer na frente de todo mundo, senti uma raiva intensa golpear o meu estômago e meus lábios se contorcer em fúria. Cerrei meus punhos e caminhei até aquela vadia.

Não me dei ao trabalho de chama-la com delicadeza. Assim que estava devidamente em suas costas puxei seu braço direito com força tirando-a dos braços daquele viado.

-Ai, mas o que..._Tentou reclamar ainda não fazendo ideia de quem ousava a puxa-la daquela forma, mas se conteve me olhando com pavor assim que percebeu quem era. -Michael? -Isso foi quase um grito.
-Surpresa em me ver Thea? _Sorri cínico.
-Ei cara solta ela! _ O idiota branco se levantou tentando me enfrentar, coitado.
-Você vai fazer o que? _Inflei meu peito me pondo em sua frente, a adrenalina estava tão grande que eu daria umas porradas naquele idiota facilmente capaz de arrebenta-lo inteiro.
-Para com isso Michael para. _Thea se pôs entre nós colocando as duas mãos em  meu peito me fazendo parar. -O seu negócio é comigo.
-Pois então vamos sair daqui, preciso mesmo ter uma conversa séria com você. _Falei sério com um olhar desafiador.
-Eu quero que você vá embora, outro dia conversamos.
-Acha mesmo que vou deixa-la aqui com esse idiota depois do bolo que você me deu Thea? Pelo amor de Deus. _Gritei fazendo uma cena ridícula, eu sabia muito bem disso.
-Se eu não estava em casa é por não queria te encontrar, simples. _Me desafiou e só serviu pra minha raiva aumentar exponencialmente, se isso fosse possível.

Peguei Thea pelo braço a arrastando daquele lugar imediatamente. Os seguranças tentaram intervir, mas logo perceberam que se tratava de briga de casal e não quiseram se meter.

-Me solta! _Thea puxou meu braço abruptamente naquele beco do lado de fora da boate, que não me deu chance de recaptura-la. -Quem você pensa que é hein, pra chegar aqui e me tratar desse jeito? _Bradou.
-Sou o cara que ficou plantado na frente do seu apartamento sem ter uma viva alma a minha espera. Você acha mesmo que eu iria deixar por isso mesmo Thea? _Seu rosto formou um riso que ela lutou para que eu não notasse, mas notei. Sim ela adorava a minha reação deplorável. -Deixei bem claro que estaria em sua casa às 22:00 e o que você fez? Veio a essa espelunca agarrar o primeiro idiota que aparecesse em sua frente. _Minha reação era ridícula eu mesmo tinha noção daquilo. Parecíamos um casal e eu era o mais ciumento da relação.
-Desculpe, eu não vi o seu recado. _Deu de ombros e eu sabia que era mentira.
-Mentira! Você sabia muito bem que eu vinha. Por que Thea, hãm? _Ela não respondeu cruzando os braços.
Perdi a paciência e a arrastei pra dentro do carro segurando em seu braço aos seus protestos.
-Ei o que você está fazendo seu idiota? Me solta Michael, para com isso. _Abri a porta do lado do passageiro e joguei Thea lá dentro sem a menor delicadeza travando em seguida pra não ter chance dela fugir de novo.

Rodeei o carro enquanto Thea gritava batendo no vidro para que eu abrisse a porta. Entrei no meu lado já ligando o carro pra sair.

-Michael o que você está fazendo?
-Vamos começar a nossa noite assim como deveria ser. _Falei tranquilamente ignorando o seu descontentamento.
-Eu quero sair Michael! Para, para esse carro. _Thea pisou com força no freio fazendo carro desligar abruptamente. -Por que tudo isso? _Foi quando me dei conta de que estava mesmo fazendo as coisas por impulso, fazendo tudo contra a vontade dela e eu acabei desaprovando minhas próprias ações e não era assim que eu queria.
-Quer mesmo ir embora? Então vá, vá Thea! _Fiquei sem paciência com aquela situação e destravei o carro dando a total liberdade para ela sair. -Vá. _Thea respirou fundo não fazendo nada para minha surpresa.
-Olha isso não está certo. _Tentava se acalmar. - Desculpa por não ter te esperado eu só..._Não quis completar. -Olha Michael isso tudo está confuso para mim. Eu estava só curiosa pra saber mais sobre aquela festa e então minha vida ficou ligada a sua de repente.
-Nos damos bem Thea é só isso. _Falei calmamente. -Você precisa concordar comigo que entre nós tudo funciona bem  na cama. _Sorri de lado.
-Nós temos nada mais que sexo, mas isso não te dar o direito de me arrastar da boate por isso. _Minha raiva voltou.
-Ah Thea você estava aos beijos com aquele cara enquanto eu deveria está dentro de você em um sexo delicioso.
-Então se trata disso, de sexo? É algum maníaco sexual Michael? _Me inquiriu irônica.
-Vem me dizer que não gosta? _Levei minha mão em seus cabelos alisando-os o que fez a pele de Thea se arrepiar, pude notar. O que já me confirmava o que havia sentido. -Que não gosta com o meu pau grosso está dentro de você causando as melhores sensações? Ah Thea qual é? Conheço os meus valores.
-É claro que eu gosto, eu só não posso... _Disse em um tom baixo bastante pensativa.

Reclinei o banco em que eu sentava ao máximo para trás, para quando colocar Thea em meu colo ela caber perfeitamente, evitando-a de se machucar com o volante.

-É claro que você gosta. _Segurei sua nuca com força puxando para um beijo forte repleto de luxúria.

Toda aquela adrenalina estava me excitando demais e eu não me contive. Capturei Thea colocando-a em meu colo assim como eu desejei. Passei minhas mãos por suas pernas com vontade, demonstrando o meu tesão eminente.

Subi a saia curta de Thea pra cima e notei que estava sem calcinha.

-Sem calcinha Thea? E beijando aquele cara? Meu Deus como você é safada! _Sorri balançando a cabeça.
-Gosto de facilitar as coisas. _Levantei Thea minimamente do meu colo e levei meu dedo indicador a sua vagina voltado para baixo, e comecei a toca-la.
-Estava molhada desse jeito pra aquele otário? Ou isso foi por minha causa?
-Claro que é pra você, está me estimulando o que você acha? _Aprofundei meu dedo dentro dela o que a fez gemer.
-Pretendia transar com ele? Pois sim, você está sem calcinha presumo que... _Deixei escapar o meu ciúmes.
-Quem sabe? _Seu tom era provocativo e eu me irritei com isso.
-Não Thea, você vai transar comigo. _Chacoalhei meu dedo em seu clítoris na superfície freneticamente, queria que ela gozasse imediatamente para mim, para provar que ela é minha e só deveria gozar para mim.

Às vezes eu era um cara dominar ainda mais quando uma mulher fazia algo que me irritou. Desconto tudo na cama, provando que somente eu sou capaz de dar prazer aqui..

-Oh Michael! _Meus ombros foram apertados com força, fazendo meu pênis pulsar de tesão pelo ato.

Continuei estimulando com agilidade ouvindo Thea gemer alto já quase sucumbindo ao orgasmo, quando senti meu dedo sendo molhado com seu líquido.

-Está vendo Thea? É somente eu. _Falei extremamente possessivo lambendo o meu dedo, experimentando o gosto dela.
-Você é um idiota. _Falou pousadamente e isso me fez soltar uma gargalhada. -É  muito fácil quando se pega alguém desprevenida. _Tentava se justifica algo que não havia justificativa.
-Não, peguei você completamente excitar por mim. _Corrigi.

Abri o cinto de minha calça sem mais delongas e a baixei a mesma em seguida. Meu pau estava duro apontando pra cima só esperando Thea sentar e me da o melhor prazer.

Levei a mão no bolso da minha calça tirando um pacote de camisinha.

-Você anda assim, prevenido o tempo todo? _Seu tom era repreensivo.
-Levando em conta que eu estava indo para o seu apartamento comer você o que acha? _Ela gargalhou.
-O que te faz achar que iria me comer? _Agora foi minha vez de gargalhar.

Eu não iria responder aquilo era ridículo demais, até porque nunca foi difícil pra mim conseguir esse feito, só em pequeno toque Thea já se desfazia para mim.
Vesti meu pênis rapidamente.

-Senta ai Thea! _Ordenei, mas ela se fez de rogada e eu estava sem paciência alguma.

Peguei-a pela cintura rapidamente ouvindo a gemer e sentar precisamente em cima do meu pênis indo fundo fazendo ambos gemer pelo prazer.

-Isso, rebola pra mim. _Thea começou a quicar sobre meu pênis me levando a loucura.

Ela era extremamente apertada e gostosa de um jeito que eu não conseguia controlar. Levei minha mão aberta em seus seios os apertando com força ainda por cima de sua blusa. Com a  outra mão em sua bunda eu a incitava ainda mais pra continuar rebolando.

Thea agora parecia se entregar de vez, não que não estava assim antes, mas parece que havia mandado seu ar de patricinha sendo violada pro quinto dos infernos e começou a beijar minha boca do jeito que eu gostava. Nossas línguas brigavam entre si enquanto eu ia fundo dentro dela, completamente enterrado e apertado, gemi alto liberando o meu orgasmo. Poucos segundos depois era a vez de Thea se apertar ainda  mais em mim pulsando com intensidade se desfazendo para mim.

Thea caiu em meu corpo completamente trêmula por conta do orgasmo recuperando nosso fôlego. Depois de alguns minutos quando me senti descansado um pouco mais, fui saindo de dentro dela e Thea sentou-se em seu lugar.

-Onde vamos agora? _Perguntou enquanto eu me livrava da camisinha jogando pela janela.
-Pra sua casa é claro. Acha mesmo que irá ficar somente nessa transa no carro? Quero você a noite toda baby, e de todas as formas. _Um sorriso se fez em seu rosto olhando para mim e eu retribui dando partida no carro voltado para seu prédio.



Capítulo 10

Thea

Eu me encontrava no colo de Michael quicando como se fosse uma bola de basquete enquanto o senti fundo abrindo espaço em todas as minhas extremidades. Michael sem dúvida era o melhor amante que eu já tive, ele sabia encontrar os pontos exatos me fazendo sentir o melhor dos prazeres, sem contar com aqueles lábios me sugando inteira onde quer que ele desejasse, suas mãos me tocando onde quer que ele quisesse.

Ter Michael na cama era uma necessidade que eu não poderia me livrar, mesmo que quisesse, mesmo que tentasse. Eu estava lá o mantendo longe de mim mesmo sabendo que isso era impossível e talvez quando toda essa tensão sexual que estava sentindo com ele duro e inteiro dentro de mim acabasse eu sabia que iria tentar fugir de novo.

Michael era muito diferente de mim, tudo bem que eu era uma safada convicta, mas eu jamais venderia o meu corpo por dinheiro. Eu jamais construiria uma vida regada a luxo em cima de sexo, eu não era uma prostituta.
Eu não sabia exatamente o que sentia por ele, só sabia que eu adorava o prazer que me dava, e muito menos sabia o que ele sentia por mim. Ele agia de uma forma confusa quando me perseguia, quando cismava que queria me ter e sem contar naquela cena ridícula na boate. Michael estava completamente fora de si, fora do homem centrado e seguro de si que eu havia conhecido, estava com...ciúmes! Ele ia de um cara extremamente arrogante e safado, de um homem carinhoso que em algum momento tinha sentimentos e isso sem dúvidas me confundia. Mas eu não queria perguntar, eu não iria jamais ter esse tipo de conversa com ele, nem que se eu dependesse disso.

Em sua última estocada senti um orgasmo invadir completamente todo o meu núcleo e o meu ser, era como ir ao céu e voltar em fração de segundos. Amoleci meu corpo em seu peito recebendo um beijo doce na minha testa suada e quente. Depois colocada delicadamente sobre a cama.

Ele estava carinhoso fora do normal o que me levava a desconfiar veemente. Não era possível que Michael estava se interessando por mim, não era possível que ele estava... Preferi nem completar esse pensamento, seria realmente desastroso. Mas pensar nisso me fazia pensar sobre mim mesma. E eu? O que eu sentiria a final? Por que eu estava sempre fugindo se só o que tínhamos era sexo? Por que tenho tanto medo de ficar perto dele? As respostas se transformavam em pergunta o tempo todo. Acabei adormecendo aninhada em seus braços, sentindo aquele cheiro gostoso de sua pele.

(...)

Acordei de manhã de buço e quando olhei para o lado, lá estava ele meio deitado se apoiando em seus cotovelos e me olhando.

-Michael? _Franzi o cenho. -Ainda está aqui? _Não, eu não estava irritada por ele está lá, eu só achei diferente levando em conta que sempre ia embora depois de se satisfazer.
-Se quiser eu vou embora. _Disse em um tom divertido e prático.
-Não, claro que não, eu só..._Espantei aquele incômodo. - Em fim, bom dia! _Forcei um sorriso mostrando simpatia logo pela manhã.
-Bom dia Thea, dormiu bem? _Comecei a rir daquela conversa toda e ele me acompanhou.
-Olha para nós... cumprindo os padrões sociais.
-Eu adoro cumprir os padrões sociais, ainda mais quando envolve sexo. _Revirei os olhos.
-É só nisso que pensa, sexo? Tudo se resume a isso? _Riu incrédulo.
-Olha quem fala! A mocinha indefesa que foi seduzida e abusada sem seu consentimento. _Bufei me levantando.
-Nossa como você é chato. _Sentei na cama cobrindo meu corpo com lençol. -Pra começo de conversa é você que sempre está lá, o tempo todo. Eu não sou de ferro oras.
-Confessa Thea. Eu sou gostoso, não sou? _Sim, claro que era completamente delicioso e eu não resistia, mas eu não precisava confessar.
-Idiota.
-Sei muito bem suas reações quando estou por perto. _Levou o torso da mão em meu rosto alisando minhas bochechas. Droga ele sempre sabia como mexer comigo! -Você se entrega facilmente. _Aquele egocentrismo dele me irritava, mas eu não quis discutir, no final das contas ele sabia a respostas de tudo mesmo. -Continua de buço, estava linda naquela posição.
-É algum tipo de fetiche?
-Você é meu fetiche. _Balancei a cabeça obedecendo seu comando.

Só o tempo que Michael teve pra retirar o lençol do meu corpo e se posicionar em cima de mim.

-O que está fazendo?
-Ora, vou comer você assim de buço. _A ideia fez despontar um sorriso de canto nos lábios.
Ah qual é? Eu adorava dar pra ele e isso eu não negaria.

Michael começou a beijar minhas costas com tensão, dar leves mordidas em minha pele o que estava começando a me encher de prazer. Gemi um pouco assim que o senti adentrar por trás de mim confortavelmente. Suas investidas me fez fechar os olhos e aproveitar aquela sensação.

Meu corpo balançava a medida que ele aumentava os movimentos me fazendo "arrastar" pela cama. Michael não era delicado quando estava cheio de tesão e eu não queria que fosse mesmo. Ele sabia fazer sem machucar, ele era profissional como eu já disse e parecia conhecer meu corpo como ninguém.
Senti uma de suas mãos tocarem meu clitóris me estimulando com mais exatidão. Eu gemia e gritava seu nome em todo no ato.

Sua outra mão segurava minhas nádegas tomando impulso e passou a rebolar dentro de mim me tocando bem no fundo. Agarrei o travesseiro com as duas mãos esticadas para frente com tanta força que aquele prazer me permitia, foi quando sucumbi em um orgasmo, logo depois Michael saiu de dentro de mim e gozou em cima do meu colchão.

Arrumei minha posição na cama cobrindo o meu corpo e lá estava ele me olhando de uma forma desconhecida por mim, era terno e sereno.

-O que foi? _Perguntei com medo da resposta.
-Estou viciado em você a cada dia mais. _Ele começava a falar e isso começava a me incomodar. -Não consigo fazer mais nada por sua causa, tudo que faço eu penso em você. E Thea, pelo amor de Deus, eu senti um ciúme horrível. Eu nem mesmo me reconheci. O que  está fazendo comigo garota? _Abaixei minha cabeça não querendo ouvir aquelas palavras.

Lá no fundo eu queria sim, estava bom ouvi-las, estava agradável e ai é que estava o meu medo. Eu simplesmente não poderia ouvi-las, não nessas condições.

-Michael acho melhor a gente parar por aqui. _Tentei colocar seriedade ao máximo em minha face. -Não podemos. _Sua cara de decepção fez meu coração disparar de uma forma intensa e invés de falar algo ele somente balançou a cabeça em positivo aceitando numa boa.
-Acho melhor eu ir. _Assenti sabendo que não era isso que eu queria, mas o que eu poderia fazer?

Dizer a ele que também não conseguia mais ficar longe e que estava cogitando os meus sentimentos? Não, eu jamais faria isso. Isso faria com que ele ficasse, e tentasse me convencer e eu não sei se continuaria resistindo.

Fiquei sentada na cama assistindo-o se vestir sem dirigimos uma única palavra e ele abrir  porta e fecha-la quando se foi. Fechei os meus olhos e pus as mãos no meu rosto me punindo por ter deixado aquela situação chegar a esse ponto.



Capítulo 11


Já havia se passado quase três semanas desde que não via mais Michael, ele simplesmente desapareceu do mapa. Nunca mais me procurou, não ligou, eu nem ao menos o via por ai. Acho que fui rude com ele de alguma forma que não entendo como pôde afeta-lo tanto, mas o que eu poderia fazer? Isso estava me matando, definitivamente estava me matando.

Ficar sem sentir o cheiro dele, sentir seus beijos e seu sexo, estava fora do comum para mim e eu percebi que aquela frase que diz que, só damos valor quando perdemos, fazia total sentido agora. Parece que eu havia perdido.

Estava conversando com Karen pelas instalações da faculdade quando ela me deu uma solução, ou pelo menos tentou.

-Talvez ele esteja apenas ocupado, sabe que tem seus "compromissos" _Aquela frase de Karen servia para me animar eu sabia bem, mas o que fez só foi me agitar ainda mais.
-Ah muito obrigada. Agora vou ficar o resto do dia imaginando que "compromissos" são esses. _Fiz aspas com as mãos. - Aliás eu já até estou certa do que possa ser.

Só de imaginar Michael aos braços de outra mulher, ela tendo todo aquele corpo, todos os prazeres que ele me dava sendo todos de outra pessoa.

-Você se importa! _Foi como um clique em Karen e ela me olhou com admiração. -Meu Deus você se importa! _Ela começou a rir e eu queria mata-la agora.
-Para com isso Karen que coisa!
-Está apaixonada Thea. _Afirmou uma coisa que eu mesmo não conseguia afirmar. -Vá atrás dele. _Encarei Karen incrédula, ela estava mesmo me pedindo isso?
-Ficou maluca? Parece até que não me conhece, eu jamais faria isso. _Disse convicta. - Ele deve estar ocupado sim, com coisas muita mais interessantes que eu. _Abaixei minha cabeça.
-Você queria o que Thea? Depois do chute que você deu nele, claro que iria sumir.
-Eu não dei um chute nele, apenas tentei impedir o que provavelmente veria... Decepção e dor. Ah quer saber? Está muito bem assim, eu não saberia lidar com a vida dele, não sabia aceitar. Foi bom afastar enquanto houve tempo. Sigamos as nossas vidas, simples.
-Nunca vi uma garota tão complicada quanto você. _Balançou a cabeça incrédula e eu ri, começamos rir juntas e seguimos o nosso caminho.

(....)

Fui até o banheiro retocar minha maquiagem depois da aula pra poder ir embora um pouco mais apresentável enquanto Karen disse que iria conversar com um carinha que estava paquerando.
Foi quando olhei para o espelho vendo o reflexo de Michael atrás de mim me observando. Paralisei.

-Sempre aparece em banheiros? _Perguntei fria apenas para não demonstrar o tremor que o meu coração dava ao vê-lo novamente. Até que em fim eu o via novamente.
-Sempre é assim vaidosa, retocando a maquiagem? _Revirei os olhos.
-O que faz aqui? _Perguntei voltando a olhar para os espelho usando meu brilho labial nos lábios sem se importar com sua presença, ou pelo menos demonstrar que não me importava. -Aliás como sabe onde eu estudo? Como  sabe sempre onde me encontrar? -Olhei pra ele com irritação.
-Eu tenho os meus contatos baby. Eu sempre encontro o que eu quero.
Aquele egocentrismo...
-Por que sumiu? _Tentei nivelar o meu tom de voz pra não parecer que me importava tanto assim, mas parece que não teve jeito.
-Sentiu minha falta? _Fuzilei com os meus olhos e balancei a cabeça. -Mas respondendo sua pergunta... Tive algumas coisas pra resolver. _Eu sabia. -E além do mais foi você quem mandou eu ir embora.
-Achei que não obedecesse ordens... _Mas que diabos eu estava falando?

Michael pegou pelo meu braço com força me trazendo para perto de seu corpo, pude sentir sua respiração próxima de mim.

-Sim, eu senti sua falta. Não é isso que está se perguntando? Pois então, eu senti. _Uau! Ele era rápido. -Senti cada segundo, cada minuto. Eu não consegui parar de pensar em você. É o que quer saber? _Meu coração disparou tão rápido que achei que sairia da boca.
-Michael por favor, não. _Eu não queria enfrentar essa situação de forma alguma.
-Por que faz isso Thea? Por que assume falsos comportamentos só pra se sentir superior, uma mulher fria sem sentimentos. _Soltei meu braço de si e me afastei.
-Você é um gigolô. _Gritei em pelos pulmões. -Eu não posso, não posso ter essa vida, não posso suportar isso. Será que não consegue entender? Acha mesmo que vou ser cúmplice de um homem que dorme com várias mulheres ao mesmo tempo que dorme comigo? Não Michael isso é loucura! _Senti minhas vistas queimarem.
-Vem comigo? _Foi apenas o que ele disse mudando totalmente de assunto. -Vem. _Estendeu as mãos para mim.
-Pra onde vai me levar?
-Não faça perguntas apenas venha. _Ele puxou meu braço tão forte me arrastando pra saída que não tive como recuar.

Só queria tentar entender o que estava acontecendo, porque mudou de assunto tão depressa,  e pra onde eu iria com ele.



Capítulo 12


Michael me arrastava até um espaço vazio de sua propriedade, tive que segurar o vestido com uma das mãos para não subir por conta do vento forte, enquanto ele puxava a outra sem menor delicadeza.

-Michael onde você está me levando, posso saber?
-Você já vai ver.

Olhei em minha frente e vi um helicóptero pronto para decolar com o piloto ao lado. Eu começava a entender, mas não queria acreditar.

-Não me diga que vamos dar uma volta nessa coisa? _Eu sempre tive medo de altura, nunca jamais tinha voado eu simplesmente detestava.
-Está com medo Thea? _Perguntou ele com um sorriso divertido nos lábios e eu me irritei.
-Não, claro que não. _Dei de ombros. É claro que eu não iria admitir aquilo.
-Olha lá hein Thea? _Revirei os olhos. -Já podemos ir Jared.

Michael dava ordens ao seu piloto enquanto entrávamos no helicóptero. Apertamos os cintos e começamos a decolar. Senti um golpe no meu estômago pelo medo que começava, segurando com força o banco, quando senti uma mão de Michael tocar na minha com leveza, me dando segurança.
Olhei para seus olhos e sorri, recebendo uma retribuição um tanto quanto reconfortante e sinceramente me surpreendi por ter visto tal coisa no rosto dele.

Finalmente estávamos no céu e eu sinceramente fiquei maravilhada em ver tudo de cima, a visão era incrível e logo meu medo passou. Michael apontava para mim a vegetação lá em baixo, o mar, a vista. Estava tudo maravilhoso e não paramos de trocar olhares cúmplices e de vez enquanto recebia um beijo em minha testa, um tanto carinhos. E eu só conseguia pensar em uma única coisa. "Onde é que está aquele homem seguro de si, dominador, que faz somente o que quer sem se importar com mais ninguém, prepotente e convencido?" Ele havia sumido, definitivamente. Estava mais sereno, curtindo comigo tudo que havia de curtir naquele voo e eu me perguntava se Michael tinha chance de não ser quem eu imagino que seja. Um predador em busca de mulheres todas as noites sem se importar com sentimentos. Talvez, ou não.

Eu só queria não pensar nisso por hoje e curtir aquele momento que ele me proporcionava que para mim era mais uma vez um momento bom, mas diferente.

O helicóptero começou a pousar e eu capturei rapidamente a janela para que eu visse onde estávamos pousando. Havia uma casa em baixo de nós, não uma casa comum e sim um casarão... espera um momento. Eu quis dizer um casarão porque aquilo era um luxo de construção, dava pra ver que era de gente rico. Enquanto ao tamanho, parecia um chalé no meio de uma ilha.

-Que lugar é esse? _Perguntei curiosa.
-Uma ilha. _Respondeu despreocupado.
-É sua?
-Hum.. Sim. É minha. _Fiquei completamente embasbacada.

Eu sabia que Michael era rico e tudo mais, mas dai ter uma ilha para o seu próprio lazer era imaginar demais. Ou talvez fosse eu que não consigo imagina o que essa gente rica são capazes de possuir.

Assim que pousamos, Michael deu ordens ao piloto para ir embora e voltar só amanhã de manhã. Tive a certeza que ele havia me "sequestrado" e me "forçaria" a passar a noite inteira com ele. Ri  balançando a cabeça por saber que o Michael Jackson que havia conhecido estava ali de novo.




Capítulo 13



-E quem disse que eu vou ficar com você até amanhã de manhã? _Cruzei meus braços e levantei minhas sobrancelhas assim que ele se aproximou de mim.
-Eu sei que vai ficar. _Disse convicto, como se conhecesse bem os meus sentimentos.

Bom, é claro que eu me mostrei uma garota muito fácil para ele que sou capaz de obedece-lo em tudo, mas mesmo assim eu manteria minha pose.

-Michael, olha eu não acho uma boa ideia... Quer dizer ficamos um tempo sem se ver, a nossa conversa no banheiro eu...
-Shiiii! _Cobriu minha boca com uma de suas mãos rapidamente. -Olha só essa ilha. -Abriu os braços rodeando. -Está um clima lindo, perfeito. Não vamos falar sobre nada, sim?

Realmente era um lugar lindo, a casa tinha uma decoração rústica de pisos de madeiras antigas, bem parecido com sua casa em Los Angeles. Os móveis cuidadosamente escolhido e dava um senso de paz para mim. Sem contar com o lado de fora, a natureza fazia presente ali com árvores lindas logo na entrada e uma praia  a frente. Era um sonho e sim eu queria aproveitar e com ele.

Assenti me dando por vencida e recebi um sorriso em resposta. Depois Michael segurou minha mão cruzada em baixo do peito, tomando meus lábios em um beijo um tanto possessivo cobrindo-a completamente. Senti meu corpo todo arrepia-se me entregando aquele beijo.

-Vamos conhecer a casa? _Perguntou a mim depois do beijo longo e eu estava lá, completamente desconfiada de tudo, principalmente de suas reações que eram diferentes para mim. Assenti com um sorriso relaxado.

A casa era maravilhosa eu realmente estava admirada com tudo, além de me fazer sentir bem. Queria mesmo fazer como Michael me disse aproveitar tudo, absolutamente tudo.

-E minhas roupas? Também pensou nisso oh esperto? Ou eu vou ter que ficar com essa o tempo todo?
-Não precisa de roupas, a final você vai passar a maioria do tempo sem elas mesmo. _Me olhou sacana. -Mas se precisar, no closet tem. Providenciei tudo. _Me deu uma piscadela e eu corri até o closet para ver.

Havia um mundo de roupas de todos os tipos no closet, parecia até que eu tinha me mudado para lá e todas as minhas coisas estavam ali. Lembrei que Michael com certeza estaria preparado para isso, a final de contas muitas mulheres deveriam ter vistado esse lugar. Senti meu coração afundar no peito por esse pensamento, mas o espantei rapidamente. A final eu sabia muito bem onde me metia não é?

-Parece que planejou tudo mesmo...
-Claro que sim... aproposito. Tem biquínis ai. Vista um, quero ir à praia com você. _Era incrível como eu fazia tudo que ele mandava.

(...)

Estava usando um biquíni azul que servia exatamente em meu corpo, parecia que Michael conhecia bem o meu tamanho e quando sai pra fora da casa, estava ele com uma regata branca e uma sunga da mesma cor. Lindo!

-Estou aqui. _Abriu os braços para lhe dizer que fiz exatamente como ele pediu.

Michael caminhou em minha direção e depositou um beijo em meus lábios docemente.

-Boa menina. _Piscou me chamando para entrar na praia.

E o dia inteiro foi assim, Michael e eu aproveitamos aquela tarde apenas nós dois, até cozinhar ele cozinhou, para nós, me mostrando um lado totalmente diferente do que eu conhecia. E me parece que as coisas não paravam por ai.

Andamos de Jeti Ski pela praia, fizemos trilha, nadamos. E eu me perguntava que tipo de vida eu estava tendo com ele naquele momento. Eu estava amando, estava apaixonada por aquele homem dominador, misterioso, que tinha vida fora dos padrões para mim. Que poderia se tornar um romântico carinhoso, a um mimado que conseguia tudo que queria. Mas eu também estava sendo mimada, estava lá mostrando a ele a todo custo que não me importava, tentava ao máximo parecer apática sobre a situação, mas no fundo ele sabia, sabia tanto que me provocava ao máximo, com chamegos e carinhos só para me fazer se render, e eu me rendia.

Nos encontrávamos nus na cama, eu montada em seu colo olhando diretamente em seus olhos. Ele era tão lindo, tão másculo e eu sabia exatamente o que sentia quando estávamos perto um do outro. Era um senso de paz, de tranquilidade. Me sentia segura, como se nada mais importasse no mundo.

Levei dois dedos meus em seu rosto fazendo o contorno de suas linhas, seus olhos grandes e negros foram fechados quando os dedos os tocaram, e logo em seguida abertos quando desci em seu nariz fino acarinhando de leve. Sua boca agora foi tocada e eu me lembrava o quanto era maravilhoso quando estava me beijando. Não somente na boca, mas outros lugares que quisesse.

Desci agora em seu queixo tão másculo e forte, formato duro, mas delicado ao mesmo tempo. Sua barba feita, mas ainda sim sentia-se a aspereza. Desci para o seu peito, sua pele macia, peitoral forte que me fazia lembrar de todas as vezes que ele me abraçava, as sensações indescritíveis que eu sentia aninhada em seu corpo.
Parei de toca-lo e nos olhamos nos olhos um do outro, seus olhos negros tão brilhantes, cheios de ternura. Daria tudo pra saber o que pensava sobre aquele momento, daria tudo pra saber o que sentia agora.

Suas mãos em minha bunda me puxaram com força pra mais próximo de seu corpo e minha boca tomada com gana. Gemi minimamente pelo ato e já começava a me entregar a aquele beijo que me levava para o céu. Seu coração acelerado exatamente como o meu estava, sua língua preenchendo a minha boca, me chupando de uma forma intensa. Suas mãos grandes me acarinhando. Eu já estava repleta de tesão, uma vontade imensa de senti-lo dentro de mim.

Me levantei minimamente apenas para colocar seu membro na minha entrada, e Michael foi tão suave ao entrar, com tanto carinho que eu me perguntava que tipo de sexo nós iríamos fazer. A confirmação veio a tona, quando meu pescoço ia sendo beijado com delicadeza, com calma, sem e minima pressa e nem possessão. Deus, estávamos fazendo amor! Michael e eu fazíamos amor naquela ilha e eu não conseguia controlar minhas emoções.

Abracei seu corpo o sentindo ir no fundo de mim, encostei minha cabeça em seu ombro, ora beijando a lateral de seu pescoço, ora mordendo de leve o seu ombro. Os movimentos foram mais rápidos, não com possessão, não com luxúria, mas com carinho. Suas mãos não paravam de percorrer o meu corpo e nossas bocas estavam se beijando agora sem nos cansarmos, sem pararmos. Apertei com força sentindo meu orgasmo próximo, minhas unhas cravavam em sua pele e seus lábios puxavam meus mamilos, até eu sucumbir, me explodindo em um orgasmo gemendo alto, e logo depois Michael se desfazia junto a mim.

Minha testa foi beijada pouco a pouco depois que saiu de dentro de mim e logo eu estava deitada em seu peito assim que me puxou para ele. Alinhando em seu corpo, me fazendo pensar o que havia acontecido ali que foi tão especial para mim.



Capítulo 14

No dia seguinte não havia mais nada além de silêncio entre mim e Michael. Havia uma mesa posta com um delicioso café da manhã, com frutas, sucos naturais, pães, torradas, panquecas. Tudo de mais saboroso que poderia se imaginar.

E isso me fazia pensar que eu nunca tinha tido uma mesa tão farta assim, quer dizer, eu praticamente vivi sozinha a minha vida toda. Fui emancipada aos 15 anos por não me dar bem com os meus pais, eles queriam uma coisa e eu outra. E para não causar-lhes problemas não fizeram objeção alguma em me deixar livre a própria sorte. Então todas as refeições que eu fazia era sozinha, não tinha nada de muito sofisticado ou muita coisa. Eu preparava algo rápido somente para me alimentar.

Mas vendo aquela mesa farta me deu um senso incrível de nostalgia, um senso de lar.
Mas Michael e eu não trocamos a mínima palavra, parecia que ele estava tão surpreso quanto eu do que havia acontecido conosco na noite anterior. E eu não fiz questão mesmo que me falasse nada, eu não queria mesmo explicar nada e nem ouvi-lo dizer nada. Eu só queria ir embora e evitar aqueles olhares para mim desconfortáveis.

Fui para o banheiro e tomei um banho para que pudéssemos voltar, pois o helicóptero voltaria a qualquer momento. E quando estávamos devidamente dentro do voo continuávamos em silêncio, e aquilo estava tão incomodo para mim que eu orava pra chegar o mais rápido possível em casa.

Foi quando percebi que estávamos fazendo um trajeto diferente do que nós havíamos ido e eu me perguntava o que poderia estar acontecendo.

-Michael... Los Angeles é para o outro lado. _Comentei confusa.
-Sim eu sei. _Ele sorriu com cara de quem estava aprontando.
-Pois então?
-Estamos indo para outro lugar Thea, não iremos pra casa agora.
-Como é? _Se tratando de Michael eu poderia esperar qualquer coisa mesmo, mas isso estava completamente fora de questão para mim.

(...)

Havíamos aterrissado no terraço de um prédio muito alto, um prédio que eu nunca havia visto. E por mais que eu fizesse milhões de perguntas ao Michael ele não me respondia nenhuma.
Pegamos o elevador, um elevador espaçoso, com ar condicionado, painéis inteligentes e uma secretária eletrônica que nos indicava cada coisa. Sem contar que tocava uma música ao fundo.

Chegamos no quarto andar e eu seguia Michael por onde quer que ele fosse, sem perguntar muita coisa, apenas olhando em volta.

Era um espaço amplo com muitas pessoas andando de um lado e outro, com roupas de hospitais. Será que era um hospital? Mas que diabos estávamos fazendo ali?

-Olá Anastasya! _Cumprimentou ele  uma senhora de idade que estava na recepção. -Onde estão os meus amores?
-Oh Michael que bom que veio! Estão esperando por você. Perguntaram o dia todo sobre o tio favorito... A última vez que veio ganharam tantos presentes. _Michael riu.
-Gostaram da viagem?
-Oh e como! Amaram tudo principalmente o aquário.

Aquela conversa estava muito estranha para mim, e pelo que entendi, Michael conhecia bem esse lugar, e algumas pessoas o conhecia muito bem, ele até viajou com eles pelo que entendi. Mas que lugar é esse?

-Essa aqui é a Thea, Anastasya, uma amiga. _Uma amiga que transa com você e que por um acaso ontem foi bem diferente do que nos outros dias? Oh claro. Estendi a mão para a senhora.
-Muito prazer senhora.
-Oh que mocinha mais linda. _Disse simpática. -Você deve se orgulhar muito de ter um amigo que adora ajudar as pessoas não é? _Olhei para Michael sem entender nada, fuzilando-o por não ter me contado nada.
-É sim, Senhora, ele realmente é muito bondoso. _E lá estava ele sorrindo da minha cara disfarçadamente e eu me irritando com ele, louca pra lhe dar uns tabefes.

Ah, mas ele ia me explicar o que estava acontecendo!

-Venha, vou leva-los até eles. _A senhora caminhou com dificuldade e a seguimos.
-Olá Michael? _Uma mulher muito bem vestida, com uns papeis as mãos o cumprimentava.
-Olá Clarice e as coisas por aqui, como estão?
- Vão tudo muito bem. As verbas esse mês vieram com tudo, tem muita gente que quer ajudar.
-Isso é realmente ótimo.

A mulher foi para o seu rumo, e depois vieram uma torrente de pessoas o cumprimentando também. Uns usavam formalidades e outros não. Comecei a desconfiar que Michael era dono daquele lugar, só poderia ser.
Anastasya abriu uma porta enorme de empurra a nossa frente e o que eu vi foi uma ala gigantesca com várias camas, com várias crianças deitadas ligadas a soros vendo uma tv. Todas de cabelos raspados.

-Tio Michael!!!! _Eles gritavam em plenos pulmões assim que o notou e eu percebi que todos ali o adoravam.



Capítulo 15



Meus olhos se iluminaram quando vi aquele bando de crianças correndo em direção ao Michael que mesmo presos a tubos de soro, ainda assim conseguiam se alegrar apenas pela sua presença. Era incrível.

-E ai Travol, como vai hoje garotão? _Ele pegou o menor deles no colo após cumprimentar todos.
-Estou melhor tio Michael, só foi mais uma crise. Mas hoje estou mais forte que nunca. _O menininho de cabelos raspados, de cor de pele um tanto pálida, usando uma camisola de hospital lhe mostrava o músculo do braço.
-É assim que gosto de ver cara.

Michael perguntou para as outras crianças como se sentiam e cada um responderam de bom grado, sempre se mostrando ótimos e felizes.

-Olham o que o tio trouxe para vocês olham. _Foi quando a porta enorme, - a mesma que havíamos entrado - se abriu e uma equipe grande de seguranças entraram com caixas enormes de presente.

Fiquei me perguntando onde veio tudo aquilo, se nem mesmo eu havia visto? É, aquele dia seria cheio de surpresas e eu estava apreensiva demais de descobrir o que pode ter a mais nisso tudo.
Michael os ajudou a tirar tudo da caixa e colocar no chão vazio, eles todos pegaram um brinquedo abrindo ansiosos e brincando no carpete. Michael sabia como mima-los.

Quando os ânimos se acalmaram, Michael e eu, junto as crianças nos encontrávamos sentados no carpete. Eu estava ali sorrindo feito uma boba, encantada com aqueles pequenos doentes que definitivamente não mereciam passar pelo o que estavam passando.

-Você é muito bonita tia. _Uma menininha de cabelos raspados e um brinquinho de estrelinha  me perguntou.
-Muito obrigada, você também é linda... Olha que brinco mais lindo. _Toquei-o.
-Foi minha mamãe que me deu, ela disse que fica bonito. _Deu de ombros.
-E ficou sim, muito. _Meus olhos estavam cheios de lágrimas. Eu estava tão extasiada, confusa, e aturdida com toda aquela situação. Eu não sabia o que fazer e nem como reagir.
-Eu nunca vi essa moça aqui antes, é sua amiga tio Michael? _Disse o pequeno Travol, seguindo por um "é mesmo" sonoro dos demais.
-É sim, é minha amiga. E veio conhecer vocês.
Ah claro! Eu fui conhecê-los. Pelo menos se eu soubesse que iria conhecê-los.
-Tio Michael é muito bom pra gente. Sabia que ele é dono de tuuuudo isso? _Gesticulou com as mãos mostrando a extensão do prédio.

Olhei para Michael com repreensão, mas ele permanecia com expressão tranquila.

-Não, eu não sabia Travol. _Eu sorria completamente sem jeito, olhando para Michael.
-Mas ele é sim, e sempre nos ajuda, e ajuda outras crianças de outros lugares. Sabia que semana passada viajamos para conhecer outras crianças que o Tio Michael cuida e fomos ver o aquário?

Semana passada! Sim ele havia sumido durante algumas semanas, sempre tinha que ir aos seus "Compromissos" Pera ai, então os compromissos eram esses? Cuidar de crianças doentes com câncer? Eu estava mesmo descobrindo tudo pela boca de uma criança que tinha mais ou menos cinco anos de idade?

-Isso é bom Travol, isso é muito bom. _Assenti rapidamente bastante incomodada com aquelas revelações. Eu me sentia tonta, como se me pegassem de surpresa o que realmente era sim.

Me levantei do carpete bastante tonta e comecei a caminhar em direção a saída.

-Thea o que houve? _Perguntou ele.
-Só preciso de ar. _Falei somente e sai.

Ouvi ele dizer "com licença" as crianças, e vir atrás de mim.

-Thea venha aqui! _Senti meu braço sendo puxado com força assim que alcancei um beco fora daquela ala, e por minha sorte estava vazio.
-Me solta! _Soltei meu braço bruscamente e o olhei com irritação. -Então é isso que você faz?
-Sim, eu tenho uma ONG que cuida de crianças com câncer. São mais ou menos 3 redes ao redor do mundo com mais de 250 instituições. _Abri minha boca com perplexidade, não conhecendo o homem à minha frente.
-Então é isso? É com isso que ganha a vida? Por que não me contou? Por que deixou que eu pensasse que você fosse um gigolô? _Sim eu me sentia uma idiota traída, a pior pessoa do mundo. Ainda mais por estar gritando com ele e pedindo explicações do que estar provavelmente  o parabenizando pelas suas ações dignas.

Acontece que aquilo tudo era novo para mim e eu não sabia como agir. Eu estava lá tentando não sentir algo por ele por achar que fosse um pervertido nojento, querendo tirá-lo da minha vida a qualquer custo, enquanto ele apenas salvava vidas?

-Você já tinha tirado suas próprias conclusões. Além do mais eu não digo a ninguém o que eu faço ou deixo de fazer, é a minha vida. _Ri com ironia.
-Você é muito engraçado não é Jackson? Me deixou pensar que você fosse um promiscuo doentio, um cara nojento quando na verdade você era o oposto. Por que não me falou? A final era minha vagina que você comia quando te convinha. _Senti um nó preso em minha garganta tão forte que nem sabia como controlar.

Eu evitei tanto, tanto ter todo ou qualquer sentimento por aquele homem por simplesmente temer qual seria o meu destino ao seu lado. Colocando na minha cabeça que ele não era homem para mim e ai eu descobro que sou eu que não sou mulher pra ele.

-O que adiantaria Thea? Você estava convicta, queria se afastar de mim o tempo todo, me achando o pior do homens. Não me perguntou, não conversou comigo, adorava jogar. Se sentia a melhor dos mulheres, por ter conseguido sair com um cara como eu. _Ele cuspia as palavras e eu não tinha reação. -Só que eu sou um cara normal, tenho sentimentos, não sou um gigolô que adoro fazer sexo por diversão. Eu me apaixonei por você, achei que você seria uma ótima pessoa para mim desde o início. Porra eu senti ciúmes de você quando estava lá prestes a dar pra aquele idiota na boate. Tentei falar dos meus sentimentos e você simplesmente me ignorou, dizendo que queria que eu fosse embora. E eu idiota voltei, tentei ficar com você mais uma vez, e é por isso que te trouxe pra cá, pra revelar minha vida pra você colocar de vez na minha intimidade, mas pra que? Pra você voltar a me cobrar sobre como diabos eu ganho a porra da minha grana? Isso não deveria importar Thea, não deveria.

Merda, ele estava certo! Ele estava completamente certo. Eu havia me apaixonado também não era? Eu havia escondido coisas a mim mesmo que eu não deveria ter sentido. E aquilo ficava tão forte a cada dia que até a ideia de Michael ser um gigolô estava sendo pequeno demais. Eu o amava porcaria, eu o amava!

-Eu preciso ir. _Murmurei, tentando controlar as lágrimas.
-Vai. _Disse frio, mas eu sabia que estava tentando se controlar ao máximo também. -É só isso que sabe fazer não é? Fugir? _Não respondi, apenas o olhei com o meu coração apertado demais e lágrimas pedindo para sair. -Jared te levará pra casa.

Seus lábios estava estreitos e seus olhos esfumaçando e eu sai.
Quando cheguei em casa me joguei na cama soltado todo o choro acumulado que eu guardei por tanto tempo por causa desse homem. Me sentindo uma estúpida, uma idiota, sem forças para nada.



Capítulo 16


Havia se passado três semanas, absolutamente três semanas infernais sem que eu recebesse uma mísera mensagem de Michael em meu celular. Mas até que era bom, era bom pra mim aprender. Aprender a não perder as chances que apareciam na minha vida, aprender a não subjugar o outro, aprender  que o amor vale muito mais do que uma simples conotação do seu senso de princípios. Ah qual é? Eu dei uma de puritana a todo mundo sendo que eu estava lá me rendendo ao primeiro olhar dele. Por que mesmo, que eu achei que tinha direitos de reivindicar algo?

Eu estava apaixonada por aquele homem, estava louca de todas as formas possíveis e ainda mais agora que descobri quem realmente ele é. Mesmo eu ainda pensando quem ele era, ainda assim eu ficaria com ele se quisesse, mas agora vejo que não ficarei de qualquer jeito.

Continuei minha vida, indo pra faculdade, e depois trancada no meu apartamento. Karen tentava me arrastar pra sair, mas eu não tinha ânimo para nada, absolutamente nada. Eu só queria ver Michael pela última vez se esse fosse realmente o nosso destino. Mas até isso estava difícil, vendo em vista que eu não sabia exatamente por onde ele andava sem contar com sua própria casa e agora sua instituição.

Eu lembrava disso em todos os momentos, ele cuidando das crianças, ele sendo carinhoso com elas, construiu uma forma de vida que o possibilita a fazer como profissão e eu percebi que eu amava isso nele. Comecei a entender quem Michael realmente era, percebi também que ele poderia sim ter se apaixonado por mim. A nossa noite anterior me fazia saber disso, o modo como nos tocávamos... Deus eu não queria pensar nisso! Aquilo estava torturando a minha alma e me fazendo sentir um senso de perda dentro de mim que era perturbador.

Minha vida nunca foi fácil, eu sempre tive que assistir as pessoas saindo dela sem aviso prévio. Até meus pais fizeram isso comigo quem dirá um estranho que eu nem mesmo sabia ao certo sua verdadeira profissão. E sabendo que eu estava gostando dele em minha vida, me acostumando com sua presença sedutora a espreita eu realmente tinha muito medo do que poderia acontecer e vê-lo me deixar pra ficar com outras por dinheiro me deixava louca da vida. Mas agora, agora eu sabia que provavelmente isso não aconteceria se ele tivesse me contado desde o início. Talvez eu tivesse pensado melhor, talvez eu abriria mais o meu coração. Caramba eu não sabia o que pensar, eu só queria vê-lo nem que fosse de longe.

-Ah! Já chega! _Gritei no meu apartamento ali sozinha pegando minha bolsa e me dirigindo a um lugar que eu precisava estar naquele momento.




Capítulo 17



Cheguei nos grandes portões da propriedade de Michael naquela manhã, ele provavelmente estaria lá, ainda era muito cedo. Sim com certeza ele estaria lá.

Comuniquei ao segurança o que eu fazia ali e depois de muitas chatices e perguntas me deixaram entrar. Fiquei um tanto aliviada, pois se me avisaram que comunicariam ao Sr Jackson a minha presença e me deixaram entrar, é porque ele queria que eu entrasse. Ótimo, eu não fui riscada da sua lista ainda.

Me dirigi na entrada da casa com as pernas trêmulas, algo muito desconhecido por mim. Nunca havia me sentido tão nervosa como eu estava naquele momento. Atravessei as portas já conhecidas por mim e não havia nenhum sinal de Michael ao meu redor.

Uma mulher mediana com uniforme aproximou de mim, deduzir ser a governanta.

-Por favor o Sr Jackson está? _Ela me olhou confusa, como se quisesse tentar me reconhecer, mas como não conseguiu.
-Ele está no escritório. _Assenti apressada, já indo de encontro o seu escritório assim que me indicou o caminho.

Antes de bater na porta respirei fundo, tentando conter o intenso nervoso que eu sentia em ficar cara a cara com ele novamente. Meu coração estava tão acelerado que achei que sairia pela boca. Eu iria realmente passar por todo orgulho que tinha e lhe pedir desculpas, mil vezes desculpas se fosse necessário, mas o que eu queria o principal de tudo era me redimir, reconheço que fui uma garota mimada e egoísta, mas foi tudo por defesa própria e nada mais que isso.

A porta se abriu lentamente e eu fiz o mesmo entrando com as pernas tão bambas que achei que não iria conseguir dar nenhum passo.

E lá estava ele, sentado na poltrona, completamente relaxado. De pijamas ainda, cabelos soltos um pouco desalinhado, mas ainda assim muito lindo.

-Desculpa vim sem avisar eu só... _ O som da minha própria voz se dirigindo a ele fez meu coração pular no peito. -Só queria conversar.

Ele nada disse, apenas indicou um lugar vazio de uma poltrona a sua frente. Me sentei imediatamente, pois sabia que se ficasse mais um pouco em pé eu cairia do chão de tanto que minhas pernas tremiam.

-Olha Michael eu... eu não costumo fazer isso, mas..._Eu precisava engoli o meu orgulho naquele momento se realmente quisesse o seu perdão. -Me desc....
-Não precisa pedir desculpas. _Me interrompeu com a voz mais suave do mundo e eu capturei seus olhos pra tentar entender o porquê daquilo.
-Eu preciso sim. _Me impôs. -Eu fui egoísta, mimada, presunçosa. Eu não deveria ter agido dessa forma, são crianças e eu estava lá querendo uma explicação sua, irritada por não ter me dito a verdade. -Ri sem humor. -Como se essa fosse a sua obrigação.
-Eu fiquei com raiva Thea, fiquei chateado com tudo que me disse. _Ele abaixou a cabeça rindo forçado balançando a cabeça. -Mas o que eu poderia cobrar, se eu mesmo deixei as coisas acontecerem?
-Achei que fosse um gigolô Michael. Você tem noção disso? Eu sou mesmo uma idiota.
-Você me magoou. _Sua voz era tranquila até demais e isso me deixava receosa.
-O que eu poderia fazer? Suas festas eram regadas de mulheres e luxo, e ainda o vi masturbando uma vadia em uma sala dessas. _Meu tom estava carregado de irritação.
-Eu sou homem Thea. Adoro sexo, adoro mulheres. _Droga ele tinha razão, ele estava coberto de razão.

E isso me fez lembrar que eu me baseava em uma tese só por ter visto aquela cena, e claro por não encontrar nenhum registro de sua profissão. Pensei que se queria esconder algo, é porque tinha algo para ser escondido e algo muito ruim.

-Eu sei Michael, eu sei. _Eu já sentia minhas lágrimas queimarem o meu olhos por puro remorso. -Eu só queria poder voltar no tempo e consertar as minhas burradas.
-A culpa também foi minha. Eu gostei que pensasse que eu fosse um gigolô no começo. Achei que assim você se entregaria com vontade por achar que sou um profissional. _Riu. -Foi um ego masculino idiota. Mas ai as coisas começaram a ficar sérias e você continuava com esse pensamento fixo. Fugindo de mim sempre que podia.
-Eu tive medo. _Disse pensativa.
-Eu sei que teve, eu também teria.
-Mas continuou omitindo a verdade.
-Eu queria que me enxergasse, queria que conhecesse aos poucos de mim. Fazer uma surpresa, te mostrar que era o oposto do que pensava.
-Por que? _Minha voz saiu falha pelo sofrimento que eu sentia por dentro.
Por que ele continuava a fazer esse tipo de esforço sendo que eu não merecia. Eu tinha plena consciência de que eu não merecia aquele homem, não merecia nada que vinha dele.
-Não é óbvio Thea? _Seus olhos me olhavam com uma ternura que fazia todo o meu ser sentir. -Eu me apaixonei por você.

Senti uma imensa vontade de chorar em ouvir tais palavras, eu não conseguia entender como um homem como ele foi capaz de se apaixonar por alguém como eu. Era logicamente impossível.

Eu fui uma mulher idiota que julguei sem ao menos conhece-lo, fui esnobe tentando assumir um atitude para a própria proteção. Enquanto ele só tentava salvar o mundo. Michael era muito melhor que eu  e eu sabia muito bem disso.

-Eu não mereço Michael. _As lágrimas saíram de meus olhos nesse momento, eu não seria mais capaz de segura-las. Ele sorriu balançando a cabeça olhando para o teto, como se buscasse uma forma de me responder.
-E quem disse que merecemos algo da vida? Não merecemos nada mesmo, o que temos que fazer diariamente é lutar por aquilo que queremos dia após dia, esperando um milagre acontecer aqui e ali.
-É assim que pensa? _Franzi o cenho.
-Não é o certo a se pensar? Olha ao redor Thea, as coisas não caiem do céu, se não corremos atrás estamos perdidos. A vida é uma luta diária e cometemos erros ao longo disso tentando acertar.
-Eu tentei acerta. _Abaixei a cabeça. -Achei que se eu fugisse a tempo eu não me apaixonaria, e então sairia ilesa disso tudo, mas olha pra mim? Estou aqui te implorando que me perdoe. Eu também estou apaixonada Michael e isso é uma merda. _Ele riu inclinando a cabeça pra trás.
-É, não é? _Mordeu os lábios ainda sorrindo, me permiti sorrir também com os olhos marejados.
-Desculpa? _Murmurei.
-Eu já desculpei. _Olhei com ternura pra ele agradecendo com o olhar, mas eu queria saber mais.
-Por que uma ONG? Como começou tudo isso? _Ele respirou fundo e eu percebi que a estória poderia ser muito longa.
-Quer a história toda? _Assenti.
-Do início por favor.
-Bom, você merece saber, depois de todo esse mal entendido desnecessário. _Sorri por saber que ele confiava em mim, sim era bem óbvio. -Eu tinha apenas 8 anos de idade quando fui diagnosticado com câncer. _Ele falou tranquilamente, mas eu não estava nada tranquila e abri minha boca imediatamente pelo choque que senti dessa revelação.
-Você teve câncer? _Perguntei só pra ter certeza de que não ouvi nada errado.
-Sim eu tive, quando ainda tinha 8 anos de idade. _Repetiu ele e eu realmente fiquei surpresa. -Eu estava a beira da morte, me lembro que estava fraco demais, não tinha forças nem pra me mexer na cama, tudo em minha doía. Minha mãe chorava muito e meu pai me olhava com um pesar que eu nunca vou me esquecer. O médico havia me dado apenas duas semanas de vida se eu não encontrasse um doador de medula óssea.
-Então era leucemia?
-Sim. _Confirmou e voltou a contar. -Eu vomitava sem parar naquele dia e realmente achei que iria morrer, eu estava pronto pra isso, conhecia bem a gravidade da situação, por mais que meus pais tentavam me esconder eu via em seus olhos.
-Devia ter sido um grande tormento para uma criança com essa idade... _Pensei o quando poderia doer saber que não faria certas coisas na vida.
-Por incrível que pareça, eu estava tranquilo. Só queria acabar de vez com aquela dor. A quimioterapia causava efeitos colaterais terríveis, e eu não suportava mais.
-E o que aconteceu Michael? Como escapou dessa?
-Naquele mesmo dia um cara apareceu no meu quarto, vi quando ele abraçou meus pais com força, eles choravam. Acharam que eu estava dormindo, mas não, eu via tudo o que acontecia. Me lembro muito bem do rosto daquele homem, ele era alto, careca e com barba, um tanto forte. E então de repente minha mãe sorria o agradecendo muito. Não entendi muito o que era, mas fui levado imediatamente para uma sala de cirurgia, achei que estava morrendo, eu só fechei os olhos e esperei acontecer, foi quando apaguei. Pensei mesmo que tinha morrido, mas ai eu acordei e meus pais estavam tão felizes como a muito tempo eu não via, e eles gritavam dizendo que aquele mesmo senhor que estava de manhã havia salvo a minha vida. Ele havia doado a medula que eu precisava, pois era compatível. Então percebi que eu não iria morrer, que eu viveria, e quando as dores haviam acabado e eu não precisei fazer quimioterapia e meus cabelos começaram a crescer. Eu vi que eu tive uma segunda chance. _Sorri emocionada com a chance que ele teve na vida e agradecida a Deus por tal coisa, era realmente incrível.
-Linda sua história, é realmente de superação.
-Foi ai que pensei que no mundo haviam pessoas como eu, lutando pela vida, lutando pra sobreviver. E então quando ainda era muito novo comecei a trabalhar em serviços simples economizando cada grana que eu ganhava pra abrir uma ONG onde eu poderia ajudar pessoas. Enquanto os adolescente trabalhavam pra comprar uma roupa melhor, ou um tênis de marca, eu economizava pra minha ONG. _Senti um orgulho fora do comum daquele homem, eu estava realmente admirada por ele. -Comecei a receber apoio quando eu coloquei o projeto em prática, muitas doações vindo de todo lugar quando anunciei em todos os lugares a minha ideia. Comecei com uma criança do meu bairro e alguns médicos amigos meus, e então com doações e patrocínio a ONG cresceu rapidamente. Hoje temos uma rede em todo país com varias instituições, e o mais importante. Conseguimos ir até doadores compatíveis e conseguíamos salvar essas crianças diariamente. É claro que acontece de perdermos algumas, mas o que me deixa feliz é saber que uma oportunidade eles terão.
-Você é incrível Michael...

Eu não conseguia mais descrever aquele homem a minha frente, ele era completamente diferente de tudo que imaginei. Ele era maravilhoso, não muito mais que isso, Michael era um ser humano de verdade. E eu não conseguia pensar em mais nada que não fosse o amor imenso que estava sentido por ele naquele momento.


Capítulo 18



Me levantei da poltrona onde eu sentava, segurei na mão de Michael o fazendo levantar também. Tínhamos um sorriso tranquilo nos lábios e olhar sereno um para o outro.

-Me desculpa? _Perguntei de novo, torcendo de coração que ele pudesse me perdoar um dia.
-Eu já perdoei. _ Senti seus dedos acarinharem o meu rosto com leveza. -Droga Thea, eu me apaixonei por você! _E eu sorri com emoção, com satisfação.
-Eu também me apaixonei. _Meu sorriso misturado com lágrimas de felicidade fazia meu coração encher de amor.

Nossos lábios se conectaram em um beijo perfeito, repleto de reconciliação, amor, entrega e finalmente, sem medos.

Não há medos quando se tem amor, você simplesmente se entrega, arrisca. E qualquer dificuldade que possa ter, temos coragem para lutar, pois o amor nos torna fortes, com ânsia de vencer e passar por cima de todos os muros que nos separa da felicidade. No amor tudo pode e tudo supera.

Michael se encontrava deitado por cima de mim naquela cama enorme do seu quarto, o senti me penetrar com carinho sem deixar de nos olhar. Com minha mão direita, dei carinho a sua face ajeitando a mexa de seu cabelo. O suor escorria por sua testa, e então decidimos nos beijar com suavidade que gradualmente aumentava o seu ritmo a medida que suas investidas aumentavam da mesma forma.

Desde que Michael e eu fizemos amor pelo a primeira vez naquela ilha há alguns dias atrás eu percebi o verdadeiro sentido do sexo. E eu posso dizer com toda certeza que fazer amor e fazer sexo, são duas coisas completamente diferentes. É uma conexão das almas, do nosso mais profundo íntimo. Se sente paz, amor, você se sente amado, cuidado, uma importância para o seu parceiro que você nunca havia sentido antes. No meu caso eu nunca havia sentido mesmo. Meus pais nunca se preocuparam comigo como deveria ser, talvez eu tenha errado muito, como de fato eu sabia que havia errado, mas eles também erraram. Só que depois de tudo que houve comigo e Michael eu havia finalmente conseguido perdoa-los, de coração. Talvez eu nunca tenha os entendido, mas afinal de contas eram os meus pais e isso nunca iria mudar. Só que agora eu sinto que encontrei o meu caminho, encontrei definitivamente o que eu procurei a vida toda, e era nos braços daquele homem que eu me despertei. Eu o amava e ele também, isso era incrível não era? Para mim era sim, acho que tive sorte.

Senti o orgasmo explodir fazendo meu corpo inteiro sucumbi assim que Michael investiu pela última vez. Fechei os meus olhos sentindo seus lábios por todo o meu rosto e um sorriso despontar nos meus lábios. Eu estava satisfeita.

Capítulo 19



Michael e eu estávamos oficialmente namorando, uma coisa rara para mim e pelo visto para ele também. Michael procurava alguém que pudesse confiar, que amasse as mesmas coisas que ele amava, e ele tinha me encontrado. Cada vez mais eu amava aquelas crianças, amava estar naquela ONG todas as vezes que Michael ia. A felicidade deles me motivava.

E foi em uma dessas que tive a ideia incrível de organizar uma homenagem a Michael juntamente com eles e com ajuda de Karen também.

Assim que lhe contei toda a história ela simplesmente ficou encantada com Michael assim como eu também havia ficado, dizendo que encontrei o homem perfeito e não podia deixa-lo escapar e todas essas coisas que ela sempre falava.

E quando Anastasya havia nos informada que Michael estava a caminho, rapidamente todos nós nos escondemos e apagamos as luzes para que não houvesse a mínima suspeita. Fiz sinal de silêncio para uma das crianças que ria sem parar, nós estávamos nos divertindo com a situação.
Foi quando a porta dupla se abriu revelando a figura de Michael, todos nós saíamos de nossos esconderijos gritando de uni som.

-Surpresa! _As Luzes se acenderam e Michael tinha surpresa em sua expressão realmente.

Todas nós segurávamos cartazes com "Eu te amo Michael" "Muito obrigado Michael" e tantas outras coisas.

-Bom..._Comecei a falar. -Eles decidiram fazer uma pequena homenagem, e como sou muito prestativa os ajudei.
-Mentira tia, foi você que teve a ideia. _Travol gritou e todos riram.
-É.._Dei de ombros virando os olhos como se não fosse comigo. Depois ri para ele erguendo os braços. -Mas todos vocês concordaram então tecnicamente foram de todos nós. _Michael cruzou os braços na altura do peito e me olhou balançando a cabeça com um sorriso de como me dissesse que estava aprontando. -Eles querem falar algumas palavras pra você. _Me virei para Michael. E então eles começaram.
Travol como era o mais falante e o mais corajoso tomou as palavras representado todos eles.
-Tio Michael. _Começou ele, Michael ficou relaxado querendo ouvir com atenção cada palavra e eu vi o quanto estava feliz com isso. -Queria agradecer pelo carinho do senhor, se não fosse a ajuda a mim e meus amigos, nós não estaríamos aqui. Obrigado pelo senhor ter economizado dinheiro quando tinha quinze anos e ter construído esse lugar para nós, para que nós nos curássemos e ficássemos livres dessa doença. _Eu vi nos olhos do Michael, ele estava tão emocionado e comigo não era diferente. Eu não havia dito nada para eles, não escrevi nada, apenas disse que poderiam falar o que havia no seu coração. E Travol estava lá abrindo para Michael. Deixando aquelas palavras simples nos emocionar. - Obrigado pelas milhaaaares de crianças no mundo que o senhor ajudou, e obrigado por ter conseguido o transplante de medula que semana que vem eu já irei operar e ficar curado. Sentirei falta dos meus amigos, mas eu tenho certeza que logo vão se curar também, e todos nós voltaremos para casa. Obrigado tio Michael. _Travol deu um passo para trás se juntando com as outras crianças.
-Obrigado tio Michael! _Todas as crianças gritaram juntas e correram até Michael que as ampararam nos braços beijando cada uma. Uma cena importante e muito memorável para mim. Sequei as minhas lágrimas dos olhos e me joguei ao chão me juntando a eles.

(...)

A festa estava boa, as crianças comiam no refeitório enquanto eu fiquei parada em um canto com os meus pensamentos. Tudo que vivi até ali, todos os momentos felizes e todas as minhas tentativas de fugir, não me dando conta de que minha vida pertencia aquele lugar. Foi quando senti os lábios de Michael depositando um beijo no meu pescoço.

-No que minha gatinha está pensando hein? _Me virei para ele.
-Não sei, é tudo. Quando eu conheci você, o nosso envolvimento, quando eu descobri sobre esse lugar.
-Você fugindo de mim. _Completou e rimos.
-Achei que fosse um cafajeste. Você não sabe o quanto sinto vergonha disso.
-Não tem problema amor, isso faz parte de um passado ao qual daqui a algum tempo iremos rir. Você pensou que eu fosse um gigolô? Isso é hilário. _Ele começou a gargalhar e eu bati em seu peito sem força.
-Para ok? _Lhe dei uma bronca. -Isso quase me custou sua perda. _Ele ergueu os ombros, em um talvez. -Essas crianças tem muito o que agradecer, por sua causa a vida delas podem melhorar.
-Eu as amo, amo demais. Tudo que fiz foi para eles e eu não me arrependo de nada do que fiz. Obrigado por ter feito o que fez, nunca me senti tão importante, em saber que eles me amam assim.
-Sim eles o ama, e eu também te amo. _Michael riu me dando um selinho.
-Sem segredos? _Perguntou ele.
-Sem segredos. _Sorrimos.

Tomamos a boca um do outro naquele salão e os aplausos e gritos das crianças ecoaram por todo aquele lugar. Michael era o amor da minha vida, e quando isso acontece não há porquê resisti. Nós nos pertencíamos.



FIM

29 comentários:

  1. Michael dará muito trabalho pra Thea amores
    e ela vai tentar fugir, mas sempre se rendendo
    Vão achar ela um pouco chata, mas é só por causa
    da impressão que ela teve sobre o Michael

    Bom, até mais
    Beijão

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  2. Continua pelo amor de deus 💋💋👏👏

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  3. Continua, ta muito boa.
    Faz uma fanfic do Blanket??
    Xxx

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  4. Postado girls
    Espero que estejam gostando
    beijão até mais

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  5. GENTE VOU TER UMA PARADA CARDÍACA MEUS OVÁRIOS ESTÃO PIRANDO AQUI KKK

    CONTINUA.

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  6. |Recado da Tay|

    Amores queria pedir uma coisa muito importante
    Aquela velha história de sempre.
    Estou notando que as visualizações do tópico aumenta,
    mas comentários que é bom nada.
    Escritora não vive só de visualizações amores
    A gente gosta de ler os comentários e saber o que vcs estão achando
    os comentários não é só para encher o tópico, até pq se fosse só por isso
    eu me apegaria as visualizações mesmo. Mas necessitamos saber o que vcs estão achando
    ter noção de quem está lendo. Então, por favor. Sem esse de timidez, comentem.
    pq acho que não é justo com a gente ficar no anonimato.
    É só isso obrigada.

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  7. Agora a bosta vai ficar séria o que será que o Michael vai fazer. Continua tá perfeita.

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  8. IMAGINANDO A REAÇÃO DO MICHAEL... CONTINUA!

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  9. Thea está com medo de se apaixonar,
    Mas será que Michael desistiu mesmo?
    Beijão amores até mais

    #Comentem

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  10. Parece que os dois se apaixonaram continua.

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  11. Postado amores
    a partir de agora Thea terá muitas revelações
    A fic está em sua reta final, amanhã posto mais
    acabará sexta da próxima semana
    Beijão e até mais :3

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  12. Hum é exatamente isso
    estão confusas como a Thea, ou dá pra ter uma noção?
    Bom, próximos caps irá esclarecer mais
    até mais beijão

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  13. Estou gostando muito dessa fic
    Continua...

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  14. Postado amores
    É isso ai, mas as coisas irão se resolver
    Até mais
    Beijão
    #Comentem

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  15. Olá amores
    muito obrigada pelos coments de vcs
    Vim com os penúltimo post *-*

    Feh importava pq ela achava que ele era um gigolô e tinha
    medo de se envolver com um cara que aparentemente no ver dela
    saia com mulheres por grana ^^

    Bora lá amores

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  16. Nossa chorei aqui com a história do Michael

    Tô amando continua

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  17. Palavras da tay:

    Bom, meninas chegamos ao final
    de mais uma fic minha
    Como vcs puderam ver
    não foi uma grande coisa, eu escrevi ela de um jeito bem simples
    e sem nenhuma intensidade (pq tava com preguiça) kkkkk
    Mas em fim. Espero que tenham gostado e se não gostaram, me perdoe de verdade kkk
    Em fim, muito obrigada a todas que ficaram até o final, mesmo assim. Obrigada do fundo do coração.
    E até a próxima que venho semana que vem
    É uma fic com muito hot (sei que vcs gostam) e bem detalhada
    É bem diferente de tudo que eu já fiz ( eu acho)
    Em fim, espero vcs lá. Michael tá bem excêntrico na hora do sexo kkkk

    Beijão e até a próxima
    #Seduction

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  18. Kkkkk tô louca pra próxima fic agora vou falar dessa aqui eu amei o final dela essa fic é muito perfeita.

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  19. Muito legal, essa história!
    Parabéns!

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