Autora: Rachel McCartney
Sinopse:
Selena Evans ou apenas conhecida por Sel tem 23 anos e é uma dançarina, cantora e modelo fotografica. Mudou-se para Londres para tentar a vida, lá conheceu sua melhor amiga com qual divide a casa; Sarah-Nicole Bittencourt, carinhosamente apelidada por Nick. Ambas estavam em Londres na intenção de finalmente conseguirem o estrelato e viram a chance de ouro quando viram que o cantor Michael Jackson secretamente estava à fazer uma série de testes para um projeto até então secreto. O projeto mais tarde se revelara na série de shows This Is It, que aos quatro cantos era divulgado que seria à suas últimas apresentações para assim então o astro do pop se aposentar dos palcos e se dedicar ao cinema.
Michael Jackson já não esperava pelo retorno que teria do público. Se sentia forçado por sua agente, April, a fazer algo que não queria. A ideia de que essas seriam às suas últimas apresentações lhe partia o coração, então como iria se despedir dos palcos, decidiu que isso seriaEle esquecível para seus fãs. Algo antes nunca visto por eles, mas para isso precisava precisava de pique. Já estava com seus 49 anos, então convocou um médico de sua confiança: Conrad Murray. Com as vitaminas necessárias para fazê-lo se sentir novo em folha.
Conrad Murray cuidou muito bem dos filhos de Michael quando estiveram muito doentes, então Michael sabia que podia confiar naquele homem.
Michael não imaginava a conspiração que havia por trás de toda a bondade de Conrad Murray. Seus planos junto com seu chefe, Tommy Motola, antigo inimigo de Michael e motivo de sua demissão da Sony, eram de que This Is It nunca sequer acontecesse.
Com à ajuda de Selena e sua amiga Nicole, Michael irá fazer dessa a melhor turnê de sua vida: sem riscos de perigo contra absolutamente ninguém.
Uma mistura de mistério e drama envolvente sobre a série de shows que ficou pra HIStoria.
Michael Jackson já não esperava pelo retorno que teria do público. Se sentia forçado por sua agente, April, a fazer algo que não queria. A ideia de que essas seriam às suas últimas apresentações lhe partia o coração, então como iria se despedir dos palcos, decidiu que isso seriaEle esquecível para seus fãs. Algo antes nunca visto por eles, mas para isso precisava precisava de pique. Já estava com seus 49 anos, então convocou um médico de sua confiança: Conrad Murray. Com as vitaminas necessárias para fazê-lo se sentir novo em folha.
Conrad Murray cuidou muito bem dos filhos de Michael quando estiveram muito doentes, então Michael sabia que podia confiar naquele homem.
Michael não imaginava a conspiração que havia por trás de toda a bondade de Conrad Murray. Seus planos junto com seu chefe, Tommy Motola, antigo inimigo de Michael e motivo de sua demissão da Sony, eram de que This Is It nunca sequer acontecesse.
Com à ajuda de Selena e sua amiga Nicole, Michael irá fazer dessa a melhor turnê de sua vida: sem riscos de perigo contra absolutamente ninguém.
Uma mistura de mistério e drama envolvente sobre a série de shows que ficou pra HIStoria.
Prefácio
(Por Selena Evans)
2018
Bem... Eu resolvi por fim fazer esse livro para contar aos fãs à minha experiência como dançarina de Michael Jackson em sua então última série de shows (a qual erroneamente eu chamei de turnê durante anos), This Is It.
2009 foi e para sempre será o ano mais mágico da minha vida, o qual eu conheci pessoas especiais e vi coisas inesquecíveis acontecerem. Coisas que hoje aos 31 anos conto aos meus filhos com muito orgulho.
Inclusive, esse livro é especialmente dedicado aos meus amados e pequeninos filhos.
Claire e Michael-John, eu amo vocês de coração. Vocês são meu sopro vital, sem sombra de dúvidas à melhor coisa que já tive em minha vida. Eu amo vocês.
Prince, Paris e Blanket (ou Bigi) também entram na lista. Apesar de não serem meus filhos, vocês demonstraram serem tão especiais quanto seu pai. Eu amo vocês.
E ao Senhor Michael Jackson, o meu eterno amor e gratidão por tudo que fez por mim. Meu respeito e admiração vai além do que simplórias palavras. Muito obrigado mesmo, eu amo você.
E aos fãs, muito obrigado pelo apoio e pelo amor que me mandam através de suas energias. Eu amo vocês.
Boa leitura!
12 de abril de 2009, Domingo. – 14:00h.
O2 Arena, Londres.
– Okay. – Disse Kenny. – Agora você vai me dizer como soube dos ensaios.
Ajeitei-me na cadeira. Aquela entrevista todo iria para um DVD depois de terminarmos a turnê. Nada disso era incentivado por Michael, eu sei disso. AEG e Sony estavam juntos nessa e nós apenas cumpriamos ordens contratuais.
Todos os dançarinos já haviam feito parte desse interrogatório, eu por decisão minha fiquei por último.
– Foi na internet. – Respondi, nervosa. A câmera estava captando tudo. – Minha amiga veio bem empolgada me mostrar que Michael estava em Londres para uma série de testes. Fiquei empolgada junto com ela.
– Ótimo. – Kenny sorriu atrás da câmera. – Sempre conheceu o trabalho do Michael?
– Sim. Desde que eu me entendo por gente. Michael influenciou o meu jeito de dançar e... – Respirei fundo, também sabia que Michael ia assistir aquilo futuramente. – O jeito como eu vejo a dança e a música mudou depois de conhecê-lo.
Kenny desligou a câmera. Dei graças à Deus internamente por isso.
–Muito bom, Selena. Só precisa perder a timidez. – Disse Kenny simpático vindo até a mim. Eu sorri com vergonha... Sabia que tinha ficado ruborizada demais. – Mas isso é o de menos, você foi incrível.
– Obrigado Kenny. – Agradeço. – Posso ir agora?
– Claro. Fique à vontade.
Saí dali a procura de Nicole. Estava de conversa com Julie e Derek, nossos colegas de palco. Michael estava do outro lado conversando com os vocalistas, havia alguns dançarinos conversando também.
Fiquei alguns minutos de pé observando todos conversarem no palco. Eu sempre ficava fascinada com a beleza da O2 Arena. Imaginava quando finalmente a turnê começasse e aquele palco ficasse mais belo, aquelas telas de LED criariam vida e eu faria parte de um grande espetáculo.
Só Michael Jackson e aquele lugar me tiravam de casa num domingo.
Eu estava nervosa quando finalmente cheguei a Londres para começar a minha carreira. Muitos me diziam que eu tinha escolhido o lugar errado, que deveria seguir para Los Angeles ou New York mas eu não dei ouvidos. Londres de certa forma tinha um espaço em meu coração e eu estava certa. Quando passei no teste tive a certeza de que era o destino de estar aqui me apresentando para o Rei do Pop.
– Está muito perdida no mundo da lua, Srta. Evans? – A voz profunda de Phill me fez acordar do transe em que eu me encontrava.
– Digamos que eu estou fascinada com tudo isso ainda. – Respondi com um sorriso largo nos labios. – E vai demorar para que eu me acostume.
– Eu sei. – Disse ele. – Eu conheço Michael à anos e não me acostumo com a ideia de trabalhar para ele. Ele sabe que tem esse poder de deixar às pessoas bobocas diante dele.
Eu ri, adorava Phill. Ele foi um dos primeiros caras com quem criei um laço nesse lugar.
– Estão falando de mim? – Um arrepio percorreu minha espinha. Era Michael, bem vestido como sempre e com um sorriso nos lábios. Ele era sempre assim desde que começamos à ensaiar em Janeiro. A ideia de voltar aos palcos lhe animava também. – Minha orelha esquentou de longe.
Rimos, Michael também riu e tocou o ombro do amigo. Apertou minha mão e eu me senti como se estivesse pelada diante dele. Kenny sempre nos aconselhava à não ficarmos tão acanhados perto de Michael mas era algo inevitável, próprio Michael sabia disso e parecia odiar. Em uma breve conversa ele me dissera que era complicado porque às pessoas não ficavam autênticas diante dele por causa disso.
– Estávamos sim, Mike. – Respondeu Phill. – Falando bem, é claro.
– Não iriamos falar mal de nosso chefe. – Completei e Michael riu.
– Eu sei que não. – Disse ele. O brilho da sua jaqueta preta refletia em nós. – Vocês estão liberados por hoje.
– Mas nós não tínhamos uma sessão fotográfica do cast hoje para às 16:00h? – Perguntei. Michael olhava diretamente para mim. – Só se fala disso à semana toda.
– Iriamos sim, Selena. – Respondeu Michael. – Carl ligou para Sam, a minha secretária e disse que por causa das chuvas que tiveram ontem uma árvore caiu e bloqueou a única estrada da casa dele. Ele está preso na própria casa. – Concluiu por fim.
– Que pena. – Disse. – O pessoal estava ansioso.
– Até eu estava. – Michael disse. – Carl iria me ensinar manusear uma câmera direito.
– Eu também estava. – Phill disse, Michael olhou para Phill confuso.
– Mas você só iria assistir, Phill. – Eu disse. Phill olhou para mim e sorriu.
– Mas aí é que está a graça da coisa, Selena. – Me respondeu. – Eu iria ver às meninas se trocarem na minha frente.
Michael gargalhou alto. Sua risada gostosa me contagiou. Phill olhava para nós com total confusão.
– Só você mesmo! – Disse Michael, com às mãos sobre à barriga. – Phill você devia ver como você falou.
– Eu falo sério. – Ele disse, sorrindo maliciosamente. – Com todo respeito, Selena.
– Está tudo bem. – Eu disse, Phill sempre dizia isso como se eu fosse uma freira.
Capítulo 2
16:00h
Chovia lá fora. Todos comiam e conversavam tranquilamente, Nick estava ao meu lado saboreando seu chocolate quente como uma criança esfomeada.
Michael teve uma ideia excelente, nos chamou para um grande Happy Hour para matar a fome de todos. Seus seguranças ficaram responsáveis por fechar um Starbucks inteiro apenas para nós.
Michael estava sentado ao lado de Kenny, Daniel o instrutor musical, Phill e a deslumbrante secretária de Michael: Sam. Michael beliscava algumas coisas e ria de tudo que Kenny falava. Conhecendo Kenny à três meses, sabia que eram piadas sujas como às de Phill.
– Sabe o que eu acho? – Disse Nick, tirando-me a atenção de Michael. – Acho que isso aqui é bom demais para ser verdade.
Eu ri. Ela estava certa, eu nunca tive tantos privilégios como estou tendo agora depois de embarcar nessa turnê.
– É. Se for um sonho... Eu espero entrar em coma e não acordar nunca. – Respondi, tomando meu capuccino.
Nick riu bebericando seu chocolate quente.
– Olha só... – Disse ela, num tom de voz mais baixo. – Ele está olhando para você.
– Quem? – Perguntei, curiosa. Tinha um palpite mas resolvi não arriscar.
– Quem?! – Repetiu ela debochada. – Michael Jackson, sua burra. Está cochichando algo para Phill e olhando para você. – O tom malicioso na sua voz era perceptível.
Revirei os olhos, afinal, conhecendo a Nicole eu sabia que ela maliciava de tudo. Achava que todo mundo estava de olho em mim ou nela.
– Nick, não viaja. Okay? – Bebi o que restava do meu capuccino.
– Okay, Srta. Chatísse. Você sempre acha que eu sou uma mentirosa mesmo.
Quando saímos era noite e ainda chovia. Michael não aparentava cansaço - ou estar estressado. Fez questão de cumprimentar a todos antes de ir para a sua mansão em algum lugar de Londres desconhecido por mim. Abraçou à todos e nós seguimos cada um para suas casas.
Tomei um banho e dormi logo, eu estava exausta e sabia que amanhã seria um dia corrido. Carl provavelmente viria para tirarmos às benditas fotos, mais ensaios, mais algumas horas filmando coisas que apareceriam no telão... Tudo isso num só dia - e quem sabe, até à madrugada.
Eu já estava me acostumando com esse ritmo louco que é ser uma das dançarinas de Michael Jackson. Passei madrugadas com ele, Kenny (dessa vez mau-humorado por estar cansado como nós) e todo o Cast. Michael foi o único que eu não vi choramingar por cansaço ou algo do tipo. Sempre sorrindo e sendo simpático, mas como nem tudo é flores à semana seguinte fora um pesadelo.
Metade da estrutura do palco estava caindo e nós corríamos perigo se continuassemos alí. Michael estava extremamente irritado com o parecer do AEG, nem se parecia o cara de meses atrás.
Michael evitava até a Kenny. Vivia com Sam cochichando pelos cantos, até que um dia convocou uma reunião às pressas.
Nick e eu nos preocupamos, Derek, um dos dançarinos nos disse ter ouvido Michael falando em uma pausa nos ensaios na O2 Arena enquanto ajeitavam toda a estrutura e não houvesse perigo para nós.
Dito e feito.
– E aonde nós vamos ensaiar? – Julie perguntou. Estávamos todos sentados no chão de taco daquela sala de dança enorme.
– Na minha casa. Bem... – Michael fez uma pausa. – Minha sala de dança não cabe à todos, mas Kenny irá separa-los em grupos. Cada dia vai um grupo diferente e nós ensaiamos.
– Excelente ideia, Mike.
E ficamos combinados. Julie, Derek, Nick, Louis e eu iriamos à mansão de Michael às terças de manhã. Michael queria que fossemos embora pela noite. Embora isso parecesse cansativo, não era.
Nós saímos da mansão mais renovados do que cansados. Michael ficou um amigo intimo de todos nós e em sua intimidade mostrou ser o homem mais simples desse mundo.
– Eu sinto lhe dizer mas isso está errado. O passo está correto, mas a forma como você o executa está robótico demais. – Dizia ele à Julie que tentava algo mais "balé" em The Way You Make Me Feel. – Não, não, Não. Julie, está do lado errado.
Julie não aparentava estar bem naquele dia. Michael deu uma pausa e conversamos com ela, disse que era problemas com namorado.
Michael pediu que ela fizesse um pequeno esforço e esquecesse dele por enquanto, mas nada adiantou.
Chovia lá fora. Todos comiam e conversavam tranquilamente, Nick estava ao meu lado saboreando seu chocolate quente como uma criança esfomeada.
Michael teve uma ideia excelente, nos chamou para um grande Happy Hour para matar a fome de todos. Seus seguranças ficaram responsáveis por fechar um Starbucks inteiro apenas para nós.
Michael estava sentado ao lado de Kenny, Daniel o instrutor musical, Phill e a deslumbrante secretária de Michael: Sam. Michael beliscava algumas coisas e ria de tudo que Kenny falava. Conhecendo Kenny à três meses, sabia que eram piadas sujas como às de Phill.
– Sabe o que eu acho? – Disse Nick, tirando-me a atenção de Michael. – Acho que isso aqui é bom demais para ser verdade.
Eu ri. Ela estava certa, eu nunca tive tantos privilégios como estou tendo agora depois de embarcar nessa turnê.
– É. Se for um sonho... Eu espero entrar em coma e não acordar nunca. – Respondi, tomando meu capuccino.
Nick riu bebericando seu chocolate quente.
– Olha só... – Disse ela, num tom de voz mais baixo. – Ele está olhando para você.
– Quem? – Perguntei, curiosa. Tinha um palpite mas resolvi não arriscar.
– Quem?! – Repetiu ela debochada. – Michael Jackson, sua burra. Está cochichando algo para Phill e olhando para você. – O tom malicioso na sua voz era perceptível.
Revirei os olhos, afinal, conhecendo a Nicole eu sabia que ela maliciava de tudo. Achava que todo mundo estava de olho em mim ou nela.
– Nick, não viaja. Okay? – Bebi o que restava do meu capuccino.
– Okay, Srta. Chatísse. Você sempre acha que eu sou uma mentirosa mesmo.
Quando saímos era noite e ainda chovia. Michael não aparentava cansaço - ou estar estressado. Fez questão de cumprimentar a todos antes de ir para a sua mansão em algum lugar de Londres desconhecido por mim. Abraçou à todos e nós seguimos cada um para suas casas.
Tomei um banho e dormi logo, eu estava exausta e sabia que amanhã seria um dia corrido. Carl provavelmente viria para tirarmos às benditas fotos, mais ensaios, mais algumas horas filmando coisas que apareceriam no telão... Tudo isso num só dia - e quem sabe, até à madrugada.
Eu já estava me acostumando com esse ritmo louco que é ser uma das dançarinas de Michael Jackson. Passei madrugadas com ele, Kenny (dessa vez mau-humorado por estar cansado como nós) e todo o Cast. Michael foi o único que eu não vi choramingar por cansaço ou algo do tipo. Sempre sorrindo e sendo simpático, mas como nem tudo é flores à semana seguinte fora um pesadelo.
Metade da estrutura do palco estava caindo e nós corríamos perigo se continuassemos alí. Michael estava extremamente irritado com o parecer do AEG, nem se parecia o cara de meses atrás.
Michael evitava até a Kenny. Vivia com Sam cochichando pelos cantos, até que um dia convocou uma reunião às pressas.
Nick e eu nos preocupamos, Derek, um dos dançarinos nos disse ter ouvido Michael falando em uma pausa nos ensaios na O2 Arena enquanto ajeitavam toda a estrutura e não houvesse perigo para nós.
Dito e feito.
– E aonde nós vamos ensaiar? – Julie perguntou. Estávamos todos sentados no chão de taco daquela sala de dança enorme.
– Na minha casa. Bem... – Michael fez uma pausa. – Minha sala de dança não cabe à todos, mas Kenny irá separa-los em grupos. Cada dia vai um grupo diferente e nós ensaiamos.
– Excelente ideia, Mike.
E ficamos combinados. Julie, Derek, Nick, Louis e eu iriamos à mansão de Michael às terças de manhã. Michael queria que fossemos embora pela noite. Embora isso parecesse cansativo, não era.
Nós saímos da mansão mais renovados do que cansados. Michael ficou um amigo intimo de todos nós e em sua intimidade mostrou ser o homem mais simples desse mundo.
– Eu sinto lhe dizer mas isso está errado. O passo está correto, mas a forma como você o executa está robótico demais. – Dizia ele à Julie que tentava algo mais "balé" em The Way You Make Me Feel. – Não, não, Não. Julie, está do lado errado.
Julie não aparentava estar bem naquele dia. Michael deu uma pausa e conversamos com ela, disse que era problemas com namorado.
Michael pediu que ela fizesse um pequeno esforço e esquecesse dele por enquanto, mas nada adiantou.
– Então vá para casa e respire sozinha um pouco. – Disse ele, todos nós apenas prestavamos atenção em silêncio.
– Eu estou demitida? – Perguntou ela, chorosa. Michael riu.
– Não. Precisamos de você, Julie. – Disse ele, à abraçando. – Nós te amamos, não é pessoal? – Perguntou Michael e todos nós afirmamos positivamente. – É por isso que estamos te mandando para casa. Próxima semana queremos você aqui arrasando.
– Obrigado, Mike.
Um motorista à levou de volta para casa, próxima semana ela voltaria mais recuperada. Eu fiquei em seu lugar aquele resto de semana, era uma das últimas à sair. Sempre saía mais tarde que todos. Ensaiava os meus passos e os de Julie, isso era o mais difícil.
– Muito bom, Selena. Muito bom! – Comemorou Michael ao fim de tudo. Eu pingava suor. – Sente-se.
Eu o fiz, bebi água e respirei um pouco. Michael fez o mesmo, parecia extremamente saudável para um cara de 50 anos.
– Nunca dancei como hoje em toda minha vida. – Comentei, Michael sorriu.
– Se quer realmente seguir isso aqui... – Começou ele, cativante. – Já pode ir se acostumando.
– Já estou, Michael. – Disse, sorridente. Adorava mesmo aquilo. – Eu nasci pra isso, eu adoro tudo isso. É... Mágico.
– Sim, Selena. É mágico. – Sorriu ele, estava radiante.
Mais tarde eu descobrirá que "Mágico" "Magia" e "Amor" eram suas palavras favoritas no mundo.
Naquele dia eu fui para casa flutuando. Nick havia saído com Derek e deixou-me um bilhetinho, se estava rolando algo entre eles eu não sabia... Mas já desejava felicidades. Derek é um cara legal.
Liguei o som e dancei um pouco mais, estava no meu ápice. Fiquei uma hora dançando e aperfeiçoando o que eu estava aprendendo com Michael, depois cansei e fui tomar um banho. Estava faminta sim, mas à exaustão falou mais alto e eu caí no sono assim que me vesti. Naquela noite eu lembro de ter sonhado com uma borboleta marrom, voando aos redores do jardim da casa que passei minha infância toda.
Capítulo 3
O tempo havia esfriado de uma vez. À chuva caía torrencialmente lá fora, Nick limpava a casa cantarolando Man In The Mirror e eu fazia nosso almoço.
Teríamos ensaio na casa de Michael apenas às 15:00h naquele dia, já que ele estava em uma reunião muito importante com a AEG para falar sobre como ele queria seu novo palco. O motorista de Michael iria buscar a cada um de nós para irmos para sua casa.
Comemos como nunca, depois eu fui tirar um cochilo. Adorava fazer isso depois do almoço.
*
– Estão sabendo da novidade? – Perguntou Michael. Todos falaram "não" em uníssono. – Semana que vem será o primeiro ensaio com às roupas do show. Será um teste para ver o quanto confortáveis elas são... Ou não. – Disse ele, parecia ansioso para vestir-se com suas lindas roupas que todos conheciam. – Se estiverem desconfortáveis, fiquem à vontade e digam a Bush. Ele irá deixa-las sob medida para vocês.
Todos ensaiaram naquele dia sob total expectativa. Nick e Derek não paravam de se olhar, foi necessário uma bronca minha.
– Se Michael ver vocês de papinho, quase se agarrando aqui... – Suspirei. – Vão levar bronca dele! Sabem bem o que diz o contrato, nada de romance no trabalho.
– Não mesmo. – Disse ela, certa de sí. – Michael é o CDS.
– CDS? – Indaguei, confusa.
– Chefe dos sonhos. – Disse ela, dando uma piscadela esperta para mim. Eu ri. – No final disso tudo, quero estar casada com Derek e Michael será meu padrinho.
– Nick, você não vale nada!
*
Após o ensaio, Michael distribuiu comida para todos. Eu não quis comer nada, já Nick atacava tudo que os empregados serviam. Parecia que não comia à anos.
Todos conversavam alegremente entre sí, Michael comia bolo e bebia um suco de laranja. Aquela havia sido a primeira vez que eu via ele comendo.
Às horas correram e aos poucosbo grupinho ia se despedindo e foram indo. Eu, por estar no lugar de Julie, teria de ficar com Michael mais tempo.
The Way You Make Me Feel era uma das últimas à serem ensaiadas. Ensaiavamos uma set list totalmente aleatória. Nick adorava essa música, mais a minha favorita mesmo de se dançar era Smooth Criminal.
Meu ensaio com Michael durava certa de meia-hora. A sala de dança de Michael era enorme, caminhar de salto alto alí era uma tarefa complicada.
– Você não comeu nada, tem certeza de que não quer alguma coisa? – Disse Michael, secando o suor em uma toalha vermelha.
– Não, Michael. Estou bem. – Sorri, apoiando-me na barra. Senti uma leve fraqueza nas pernas, o que era comum após dançar muito.
Meus pés estavam tão doloridos que retirar aqueles saltos seria como entrar para o céu. Segurei na barra e abaixei um pouco para retira-los. Senti-me tonta de imediato, como se já não bastasse a maldita fraqueza nas pernas.
Michael, que estava sentado no chão, descalço e relaxado levantou-se num pulo quando desequilíbrei quase caí no chão, graças que a força de Michael impediu algo pior. Meus pés estavam livres do salto alto, mas doíam muito. Gemi de dor e Michael segurou-me pela cintura, ficamos cara a cara.
– Você está bem? – Perguntou ele, preocupado. Seu hálito batia em meu rosto, nunca tinha parado para aprecia-lo. Ele é lindo, dono de uma beleza única e agradável. Cheiroso, um perfume suave e másculo, levemente abaunilhado misturado ao suor.
– Estou. Só foi uma fraqueza nas pernas e uma tontura, só isso. – Respondi, totalmente nervosa. Eu estava olhando em seus olhos, sua respiração vinha de encontro com a minha. Michael segurava-me fortemente, quem o via magro jamais imaginava que era tão forte daquele jeito.
Foi esquisito nos olharmos tanto tempo assim, eu não sabia o que falar e ele continuava me segurando, nossos lábios roçaram levemente e eu quase desfaleci em seus braços. Eu poderia beijar Michael Jackson? Poderia. Mas se fizesse isso e alguém soubesse, eu estaria no olho da rua. Michael poderia fazer isso também, eu tinha de ser profissional.
A situação ficou pior quando ouvimos a porta da sala abrir lentamente, eu fechei os olhos e desejei sumir dali pensando que era algum dançarino que havia esquecido algo aqui.
Capítulo 4
– P-papai? – Uma voz de menina ecoou na sala. Parecia surpresa, abri os olhos e olhei para a porta.
Era uma menina, com longos fios morenos vestida com um pijama de carneirinhos rosa-bebê. Em sua cabeça havia um lacinho da mesma cor do pijama. Ela tinha lindos olhos azuis que brilhavam de longe. Parecia surpresa e desapontada ao nos ver daquele jeito. Senti minha bochecha queimar diante daquela cena.
Michael me soltou, olhou para mim ainda com preocupação e parecia nervoso e constrangido tanto quanto eu.
– Paris, minha filha... – Então era ela! Sempre soube da filha de Michael, só não imaginava que era tão bonita assim. Em 2009 nós não tínhamos fotos dos filhos de Michael circulando pela internet. Nunca soubemos como era os rostos de cada um. – Por que não está deitada?
– Tia Grace disse que você estava aqui, Papai. Eu queria que você me contasse uma historinha. – Disse ela, carente. Parecia uma bonequinha.
Michael olhou para mim envergonhado e pediu para que eu ficasse alí. Levou Paris - Que me encarava curiosa - pela mão e eu fiquei lá a sua espera. Ainda pude ouvir a menina perguntar se nós estávamos namorando.
A dor nos pés estava me infernizando. Chutei os saltos para longe de mim e sentei no chão. Gemi um pouco aliviada por ter feito aquilo e fiquei à espera de Michael.
Aquela cena foi no mínino estranha. Quando a filha de Michael entrou eu vi em seus olhos o arrependimento e a culpa.
Nós quase cometiamos o erro grave de infringir uma cláusula do contrato. De acordo com ele, não podiamos namorar em ambiente de trabalho. Isso não nos proibia de namorar alguém da equipe, Derek e Nick estão saindo, mas nada disso acontece durante os ensaios. Lembrei disso e quase entro em pânico naquela sala pensei em ir embora e não esperar por MJ, mas tudo foi por água abaixo quando o vi entrar na sala.
Ao contrário de mim, ele estava tranquilo. Fiquei mais calma e respirei fundo. Michael se aproximou de mim e me ajudou a levantar e a calçar meus sapatos. Me senti à própria Cinderela o vendo se abaixar humildemente alí e colocar meus sapatos.
– Eu chamei o motorista. – Disse ele. – Ele irá te levar para casa.
– Obrigada. – Agradeci, tímida. Michael ajudou-me à ir até o carro.
Meus pés naquela noite queimavam em dor. Assim que cheguei em casa tomei um banho, jantei, tomei um analgésico e deitei. Nick havia saído de novo com Derek. O negócio estava ficando sério mesmo.
Demorei a dormir, embora eu estivesse morta de cansada o sono ainda não havia chegado. Peguei o celular e havia duas chamadas de Phill. Não retornei, virei para o lado e finalmenre apaguei.
Nas semanas em que se seguram, o ritimo de ensaios ficou mais intenso. Julie voltou ao seu posto como "Garota The Way You Make Me Feel", e nós estávamos mais ansiosos do que nunca para a prova de roupas.
Michael estava deslumbrante e deixou a todos nós boquiabertos. Nossos trajes também não nos deixava para trás, totalmente deslumbrantes.
De inicio estranhamos o peso de cada um dos trajes, mas conforme fomos ensaiando nos acostumamos. Isso era o de menos.
Ao contrario do que pensei, Michael não me evitou depois do incidente em sua sala de dança. Muito pelo contrário. Isso só mostrou o cavalheiro que ele era, e sortuda fosse a mulher na qual encontrasse Michael e se apaixonasse por ele e os dois formasse uma família. Michael definitivamente não era o tipo de cara que se gabava por ter mulheres caindo aos seus pés.
Capitulo 5
Capítulo 7
Mais duas semanas haviam se passado e finalmente voltavamos aos palcos. Às câmeras da equipe de Michael filmavam tudo, em alta qualidade. Nós sabíamos que tudo iria para um documentário após a série de shows acabar. Para mim inicialmente foi difícil, eu não era acostumada com câmeras mas depois passei a ignora-las. Foi o melhor que eu fiz.
– Selena. – A voz suave de Michael me chamou. Estávamos quase indo para casa, se não fosse a troca de roupa. Agora estávamos definitivamente ensaiando com a roupa do show.
– Oi, Mike. – Virei-me. Michael tinha um ar simpático apesar de estar cansado como todos nós.
– Pode me acompanhar? – Perguntou. Afirmei positivamente.
Fomos até o camarim improvisado de Michael. Nada luxuoso tinha lá, a não ser suas roupas do show. Também havia uma mesinha com doces e sucos e algumas cadeiras.
– Senta. – Pediu ele, obedeci. Fiquei totalmente curiosa pra saber o que era que ele queria. Ele sentou de frente para mim. – Nem sei como começar a falar isso, mas okay. – Começou ele, aparentava estar nervoso.
– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei, séria. Olhando fixamente em seus olhos negros. – Eu fiz algo de errado?
– Não. – Ele disse, sorrindo. Fiquei um pouco mais aliviada. – É que... Sabe quando nós quase nos beijamos? – Perguntou. Instantaneamente às bochechas pálidas dele havia tornado-se rosadas. Uma graça.
– Sei sim, Mike. – Suspirei fundo. – Eu sei que foi errado.
– Sim, foi. – Concordou ele. – Eu quase não durmo mais pensando nisso. Então... Eu queria te pedir desculpas.
– Oh, Mike. Está tudo bem. – Sorri, esticando-me um pouco para pegar em suas mãos. Michael sorriu.
– Também tem outra coisa. – Disse ele, segurando minhas mãos. – Nós vamos nos assistir. Tudo o que filmaram de ensaios e entrevistas até agora irá ser transmitido lá em casa hoje a noite. Você vai?
– Claro. Não perco por nada. – Disse eu, sorridente. Michael levantou-se e pediu um abraço.
Ele era assim. Adorava abraçar às pessoas. Me agradeceu pela compreensão e saímos de seu camarim. Michael anunciou à todos sobre a "noite de cinema" que haveria em sua casa à noite. Todos ficaram empolgados.
– Eu vi. – Nick chegou atrás de mim. – Vocês estão armando alguma coisa.
– Não. – Respondi, seca. Nick adorava maliciar. – Ele só veio me pedir desculpas pelo quase-beijo.
– Pediu desculpas? – Exagerada como sempre, colocou a mão no peito fingindo surpresa. – Meu Deus, onde é que se fabrica um homem desses?
Tive que concordar com a doida da Nicole. Michael era um homem raro.
– É. E ele me convidou para assistir o documentário na casa dele, individualmente de vocês.
– Sortuda. – Disse Nick. – Se fosse eu não pensava duas vezes, pegava sem dó.
– Nick! – Ri alto. – Para com isso, alguém pode escutar.
***
A noite veio voando. Quando chegamos em casa, caímos cansadas e suadas cada uma em suas camas. Nick não ficou muito tempo, foi tomar banho e preparar o jantar. O motorista de Michael vinha nos buscar - pois não sabíamos onde ele morava, especificamente - às 21:00h.
Tomei um banho demorado, me vesti e desci. Jantamos e conversamos sobre o documentário. Nick estava ansiosa e eu não posso mentir: também estava.
Resolvi me maquiar naquele dia. Era a primeira vez que saiamos para um evento especial na casa de Michael Jackson, então nada melhor do que ir a caráter. Optei por um look preto básico, eu sempre adorei preto.
***
Quando chegamos já havia muita gente. Ficamos na sala, onde todos estavam. Havia pessoas que eu nem conhecia. Parecia uma pré-estréia de um filme, só faltava o tapete vermelho e a imprensa.
Nick estava deslumbrante no seu vestido azul-claro. Logo se separou de mim e foi atrás de Derek; que lhe cumprimentou com um beijo apaixonado.
Fiquei alguns minutos sentada em una cadeira, até que vi Phill se aproximando. Ele também estava lindo.
– Olá, ruiva. – Disse ele, galanteador como era. – O que a princesa faz tão sozinha aqui?
Eu ri. Ele aparentava estar um pouco bêbado. E olha que estávamos no início da festa. Ainda iríamos ver o documentário.
– Admirando a bela casa de Michael.
– Respondi, séria. – E você, já está todo alegrinho. Né?
Phill riu alto, só confirmando o que eu já havia dito.
– Essa noite eu quero me divertir. – Disse ele, certo de sí. – Será que é pecado ser feliz só uma vez na vida?
– Não. – Respondi, levantando-me. – Seja feliz hoje. Mas com moderação. – Dei um tapinha em seu ombro e me retirei.
Michael finalmente apareceu, descendo às escadas da sua casa. Estava deslumbrante ao extremo. Uma salva forte de palmas foi dada, e Michael acenava e sorria timidamente para todos.
A noite apenas estava começando e seria longa.
Capítulo 6
O documentário acabou e toda a equipe foi ovacionada. Michael parecia orgulhoso de sua equipe. Agradeceu a todos nós pelo carinho e disse que nós éramos parte de sua família no momento atual. Confesso que foi um pouco estranho me ver num telão de cinema falando.
Depois de tantos abraços e bajulações dos convidados -que depois eu descobri ser o AEG e Sony em peso alí presente - Michael disponibilizou comida para todos nós.
Nem preciso contar que avançaram como se não tivessem comido a anos. Eu não quis comer nada, mas sim, apreciar a linda vista da mansão de Michael do lado de fora.
Estava frio, o chão estava um pouco úmido mas eu não me importei de ficar alí. Pensei em tudo que fiz para estar onde estava. Eu era pobre nascida em uma cidadezinha do Texas, vivia brigando com a mãe porque sempre quis ser artista e saí de casa sem me despedir para estar exatamente aqui.
Naquela altura do campeonato eu estava feliz demais. Acreditava que tudo era um sonho louco, no qual eu não queria acordar e dar com a dura realidade que era viver no interior correndo atrás dos meus sonhos e recebendo um "Não" como resposta.
– O que faz aqui? – Quase quatro meses trabalhando com o dono daquela voz doce, era impossível não reconhecê-la. – Está tudo bem, Selena?
Um arrepio percorreu às minhas costas semi-nuas devido ao vento frio que se deu. Virei-me e o vi na penumbra da noite, lindíssimo. Aquela noite ele estava mais elegante que nunca, assim como quando ele aparecia na televisão para receber algum prêmio importante.
– Estou bem sim, Michael. – Respondi. Ele se aproximou de mim e sorriu. Ficamos lado a lado.
– Sua amiga estava perguntando por você. Pensou que tinha ido embora. – Disse ele, tranquilo. Às mãos cobertas por luvas pretas estavam relaxadas sob seus bolsos.
– Eu vim tomar um pouco de ar frio. – Respondi. – E meditar sobre tudo.
Michael sorriu. Parecia me entender.
– Quer dar uma volta? – Perguntou, despretensioso.
– Mas e o seus convidados? Há uma festa lá dentro.
– É só em volta da propriedade, não vamos muito longe.
Não tinha como dizer "não" a Michael Jackson. Fui.
Caminhamos e conversamos sobre tudo o que eu estava pensando alí. Contei para Michael como a dança havia mudado a minha vida, e em como vir para Londres tinha sido uma ótima escolha.
– Deve ser bom ser famoso e amado, não é? – Perguntei. Michael respirou fundo e olhou para mim com um sorriso fraco.
– Nem sempre. – Respondeu sincero. – Eu amo meus fãs, sabe? São tudo pra mim. Mas a falta de privacidade é o que mais me chateia.
– É... Seus filhos devem sofrer com isso também. – Comentei. Naquela época quando Michael saia com eles, tinham de usar máscaras. – Inclusive, sua filha é linda.
– Obrigado. Meus filhos sofrem muito por ter que usarem às máscaras que eu compro. Estão crescendo, Prince não quer mais usá-las. Paris segue tudo o que ele determina também.
– Quantos anos eles tem?
– Prince tem doze, Blanket tem oito e Paris fez onze. – Sorriu como um menino falando deles. – São meus tesouros.
– Isso é lindo, Mike. – Disse, encantada. Seus olhos brilhavam ao falar das crianças. Sem dúvidas... Michael era um pai excelente, longe de ser o pai louco que a mídia dizia.
Voltamos para a festa. Tínhamos que voltar, Michael estava relutante mas pedi para que voltassemos. Nick e Phill nos olharam com malícia mas eu resolvi ignorar.
– Onde está o Derek? – Perguntei.
– Foi pegar uma bebida pra gente. – Respondeu com um sorrisinho. Phill apenas me olhava sério. Estranho.
Haviam ligado o som e algumas pessoas dançavam I Just Can't Stop Loving You.
– Me permite essa dança, Selena? – Perguntou Michael. Selena cutucou Phill.
Sorri. Não poderia negar um pedido como aquele.
– Claro que sim.
E fomos. Kenny dançava com sua então belíssima esposa, Margareth. Mais tarde, ela seria como uma mãe para mim e eu a chamaria de Maggie.
Derek e Nick bebiam, até que também se juntaram aos que já estavam dançando ali na sala. Phill fez par com a elegantíssima secretária de Michael.
Eu estava nervosa por dançar com Michael Jackson. Passei meses da minha vida ensaiando com ele, mas ter todos os olhares voltados para mim era algo totalmente novo. Michael e eu estávamos colados, eu podia sentir o seu cheiro másculo apenas em encontar o meu rosto em seu pescoço.
No refrão da música, Michael me girou e puxou-me de volta para sí. Ficamos cara a cara. Meu rosto queimou. Ao contrário do que do incidente que havia acontecido na sala de dança, estávamos mais próximos do que naquele dia. Michael esboçou um sorriso tímido e eu não pude evitar em sorrir também.
Encostamos às nossas testas e eu me dei conta que havíamos parado de dançar. A sala estava lotada de gente... E eu não queria ser vista com Michael daquela maneira. O que pensariam de mim?
Naquele momenro, tudo o que eu mais queria era beijar aqueles lábios. Mas tinha de me contentar e assim o fiz. Me afastei lentamente e o sorriso que havia estampado no rosto de Michael se desfez. O soltei e saí correndo, para bem longe dalí, o deixando para trás. Peguei meu celular e chamei um táxi.
Lembro-me vividamente de ter chorado a espera do táxi. Me sentia estranha, algo que até hoje eu não consigo descrever.
– Selena! – Pude ouvi-lo me chamar, vinha correndo em lindamente em minha direção. Por Deus... Por que ele tinha que ser tão lindo?
O táxi chegou. Tentei entrar, mas fazer isso com Michael seria a coisa mais estúpida e infantil que teria feito em minha vida. Resolvi esperar. Michael veio até a mim ofegante por ter corrido, estava levemente corado.
– Não vá... – Pediu, olhava para o carro a minha espera e para mim. – Eu não fiz aquilo por mal, eu juro... Me perdoe de novo, sim?
Eu sorri. Ele estava me pedindo desculpas de novo, era a coisa mais fofa desse mundo. Dispensei o táxi sem nem pensar duas vezes.
– Você não precisa se desculpar, Michael. – Respondi, tomando a coragem para algo que eu desejava sem nem deixa-lo responder. O puxei pelo braço e ele me encarou, sabia o que eu queria. – Me beija.
Michael deu o sorriso mais largo do mundo, beijando-me em seguida.
Um beijo molhado, lento e cheio de desejo. Sentia cada parte do meu corpo se arrepiar. Os lábios de Michael eram macios e apetitosos, causavam-me um frenesi delicioso; quanto mais o beijava, mais queria o beijar. Michael segurava meu rosto com suas grandes mãos, enquanto eu puxava levemente o seu cabelo.
Não demorou muito para que a escassez de ar nos fizesse parar, lentamente e com selinhos carinhosos. Michael olhava pra mim com um sorriso de orelha a orelha, e eu estava do mesmo jeito.
– Está frio. – Disse ele, abraçando-me pela cintura. – Não quer entrar?
Afirmei positivamente com a cabeça. Não tinha palavras para falar; estava em estase. Nunca nenhum homem tinha me deixado dessa maneira.
Entramos de mãos dadas. Michael roubou-me um selinho escondido de todos, depois falou algo com Kenny e sua esposa. Nick estava um pouco alterada e Derek tentava deixa-la quieta.
Naquela noite eu não dormi direito, pensando no que havia acontecido. Era estranho para mim ter beijado o meu chefe, principalmente quando se o seu chefe é nada mais nada menos que Michael Jackson.
Capítulo 7
Por Michael Jackson
Contei uma rápida historinha para às crianças dormirem, depois saí de dentro do quarto delas e fui para o meu. Não conseguia tirar o que havia acontecido da minha cabeça. O jeito como Selena olhava para mim era tão diferente... Ela tinha algo consigo que deixa você envolvido por ela.
Tomei um banho e liguei para Murray. Estava vindo. Aproveitei e li um novo livro que havia comprado. Toda noite ele vinha a minha casa, era algo essencial e secreto para mim. Eu sempre tive problemas para dormir... Nunca me importei em tratar isso, mas, This Is It aconteceria em breve e eu teria de estar novo em folha. Murray sabia muito bem como fazer isso.
– Injetei algo leve hoje, Mike. – Disse ele fechando sua maleta preta. – Dá ultima vez, você ficou apagado muito tempo... Quase me mata do coração.
Eu ri. Pode parecer estranho para quem ler isto, mas eu era totalmente acostumado. Isso era parte da minha rotina.
– Eu prometo que não vou morrer antes de This Is It acontecer. – Falei, soltando uma gargalhada. Efeito do remédio sobre mim. Comecei a ver tudo em câmera lenta.
– É o que esperamos, Mike. – Disse Murray. Sentou-se na poltrona do meu quarto. Ele sempre ficava uns dez minutos me vigiando para ver se estava tudo bem. Depois ia para um quarto reservado para ele na casa.
Minha visão começou a escurecer e eu logo adormeci. Quando isso acontecia, não era um sono natural que eu dormia... Eu estava fortemente sedado.
Me acordava renovado, mas ainda assim tinha de ficar imóvel na cama até o efeito dos remédios passarem totalmente.
Murray ia embora quando via que não haviam mais perigos, sempre deixando uma vitamina para que eu tomasse antes de tomar o café.
Tomei a vitamina e fui direto para o chuveiro. Vesti-me e desci para o café. Às crianças já estavam na mesa e Grace, à babá, às serviam.
– Bom dia papai. – Disseram meus três anjinhos em uníssono. Beijei cada um deles.
– Bom dia, crianças. Dormiram bem?
– Eu não. – Disse Prince, sério do jeito que era. – Preciso falar com você depois, papai.
– Tudo bem. – Sorri. Tomamos nosso café e cada um subiu para assistir às aulas. Foi uma pena eu não poder ficar com eles e ajuda-los no dever de casa. Tive de ir à mais uma reunião com o AEG. Estávamos preparando para entrar nos últimos ensaios com os dançarinos e migrando para a parte musical. De maio em diante iriamos focar totalmente nas músicas. Nossos dançarinos já estavam prontos.
Entrei no carro, Sam estava mexendo em uma pilha de papéis com a cara fechada.
– Muito ocupada aí? – Perguntei. – Quer ajuda?
– Não, obrigada. – Respondeu ela com um sorrisinho meio triste. – Já estou terminando de organizar isso aqui.
– Está tudo bem, Sam? – Perguntei. Ela parou e olhou para mim com um sorrisinho fraco no rosto.
– Irei ficar. – Respondeu e virou-se para janela.
Sam nunca tinha sido assim em toda sua vida como minha secretária. Resolvi ignorar seu mau-humor, afinal, era manhã e ela podia ter dormido mal.
O dia seria longo, mais uma vez. Nossa pausa seria apenas amanhã e eu já tinha algo especial planejando para por em prática.
Capítulo 8
Por Selena Evans
[Sexta-feira]
Chovia, mais chovia muito. Londres era o lugar mas frio que eu já tinha morado em toda a minha vida. Me acordei com os gritos eufóricos de Nicole. Ela pulava em cima de mim e batia paliminnas feito uma doida.
Mais tarde eu descobrirá que havia sido um telefonema de Michael. Ele não sabia de meu número, mas pediu para que sua secretária o arrumasse. Quando Nicole atendeu ele à driblou muito bem, inventando a desculpa esfarrapada de ligar para saber se eu estava bem porque "tinha passado mal" na festa ontem. Nick perguntou se aquilo era verdade e eu confirmei que sim.
Ela não tinha acreditado muito em nós, mas definitivamente não podia saber que havíamos nos beijado. À tarde fomos - Relutantes, graças ao frio - à o último ensaio com os dançarinos. Isso significava que os próximos ensaios seriam assistidos por nós, enquanto Michael ensaiava com a banda e os back vocals. Por isso Michael escolheu tudo isso num fim de semana, faria mais sentido começar os ensaios com eles no início.
Ensaiamos toda a tracklist - Com excessão de Earth Song e Heal the world - do show com nossos figurinos, com intervalos para nos trocar e descansarmos. Conhecemos Katrinah e sua irmã Amellie, ou Kate e Mellie, como Michael às chamavam. Eram equilibristas e estariam peduradas em lindos lutres no palco que desceriam lentamente até uma cama, na qual Michael estaria. Elas duas estariam na cama com Michael no meio do palco, também no final da performance haveria um belo show pirotécnico. A performance de Dirty Diana seria algo épico. Isso só me encantava mais ainda; ele fazia tudo pensando em vocês fãs.
Terminanos os ensaios às 00:30h. Michael juntou a todos nós e fizemos uma oração, para que tudo o que nós vivemos até aqui fosse algo abençoado por Deus e que desse tudo certo. No final, todos nós nos abraçamos e Michael veio até a mim, ofegante. Nick estava com Julie e eu dei graças; não notou que Michael vinha falar comigo.
– Eu te liguei hoje. – Disse ele, sorrindo. – Mas à sua amiga que antendeu.
Eu sorri largo.
– É, ela me contou. Eu estava dormindo... A noite de ontem foi bem... – Fiz uma pausa misteriosa. – Longa.
Michael gargalhou, estava extremamente sexy.
– Podemos ir à um lugar mais particular? Preciso falar com você.
Concordei e novamente estávamos no pequeno camarim de Michael. Ficamos de pé, Michael fechou a porta. Já notara que ele era um cara reservado e um tanto desconfiado.
– Eu resolvi dar uma folga pra todo mundo amanhã. – Começou, olhando em meus olhos. – Eu não sei se estou sendo precipitado, doido, o que seja... Mas quero que passe o dia comigo. Se quiser, é claro!
Congelei dos pés a cabeça. Aquilo estava mesmo acontecendo?
– É... – Eu estava surtando por dentro. Não tive reação. Não podia dizer não para meu chefe, no qual eu estava levemente atraída e já havia beijado. – Claro. Se não for tomar seu tempo...
Michael acariciou meu rosto e sorriu. Suas mãos pareciam um pedaço do céu de tão macias.
– Será ótimo ter sua companhia. Às crianças, especialmente minha filha Paris, ficaram curiosas em te ver.
– Será um prazer conhecê-las.
– Então nos vemos às 10:00h?
– Às 10:00h.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, fui surpreendida com um selinho longo. Saímos do camarim e Kenny dançava com sua esposa, Margareth.
– Kenny-Kenny! – Bradou Michael sorrindo, aplaudindo ferozmente. – Vejamos aqui um grandíssimo pé de valsa e sua bela acompanhante.
Todos riram. Kenny beijou a loira e ela desceu do palco.
– Olá a todos. – Disse ela, sorrindente. Era muito bonita para sua idade já avançada. – Sou Margareth! Mas, me chamem de Maggie.
– É um prazer, Maggie. – Disse Phill cumprimentando a senhora. – Eu sou Phill, estes são: Julie, Derek, Nicole, Selena, James, Paul e Richard. – Disse ele. Todos acenamos e sorrimos para ela.
Maggie era extremamente simpática e divertida. Veríamos ela todos os dias a partir de então, já que a mesma era a mais nova instrutora vocal dos cantores. Iria ser responsável por aquecer suas vozes e deixa-las no ponto. Disse que quando era mais nova havia sido professora de canto e dança. Foi em uma de suas aulas que ela conheceu Kenny - Que era carinhosamente apelidado de Don Juan por ela.
Saímos da O2 Arena eram 01:30h da madrugada, cansados. E eu só conseguia pensar em amanhã.
Capítulo 9
A noite havia sido a mais mal dormida de todas. No dia seguinte, eu saltei da cama primeiro que Nick e fiz o café. Tomei um banho e comi. Nick sabia que eu sairia e passaria o dia fora, mas não sabia com quem. Primeiramente ela achou tudo suspeito, mas com tanta insistência minha para parar de encher o saco ela desistiu.
*
Eram quase 10:00h da manhã, eu estava pronta esperando pelo motorista de Michael. Me maquiei levemente e vesti uma blusa com mangas longas preta e uma saia xadrez vermelha. Adorava aquela roupa, e seria usada em um dia especial.
Eu não estava nervosa, afinal, não era essa a primeira vez que eu veria Michael na vida. Já trabalhei pra ele a mais de três meses e conhecia-o muito bem.
Então, pânico e nervosismo não me dominavam. Michael já havia demonstrado que era o tipo de cara cavalheiro e respeitador, e isso me deixava muito mais aliviada.
*
– Por que me chamou assim? – Perguntei, despretensiosa. Como ele disse-me ontem; era repentino.
Estávamos sentados em sua biblioteca particular. Era linda e enorme.
– Queria te conhecer melhor. – Respondeu, sorrindo lindamente.
Michael estava solto. Não parecia ser o chefe que eu conhecia, era diferente. Falava de tudo comigo, carreira, planos para o futuro, sua aposentadoria do mundo da música e, uma nova espécie de Neverland.
– Mas vai demorar. – Disse ele. – Irei comprar uma propriedade fora dos Estados Unidos. Dizem que a suíça é bem calma... Tenho amigos meus que moram lá.
– Sim, é. – Respondi. – Não vai sentir falta dos EUA?
– Não. – Foi certo no que disse. – Não quando se passa pelo o que passei.
Um breve silêncio tomou de conta da biblioteca. Eu sabia do que ele se referia, e apesar de não ser uma fã como os outros sabia que ele era inocente. O que fizeram com ele á alguns anos foi desumano.
– Mas eu não à trouxe aqui para falarmos disso. – Disse ele levantando-se, estendendo à mão pra mim. – Às crianças querem te ver.
Segurei sua mão, me sentia nas nuvens como uma adolescente inexperiente. Fomos até à sala conversando tranquilamente. Eu elogiei sua casa e ele sorriu.
– É uma pena que irei ficar aqui temporariamente. – Disse ele. – Não sei se devo compra-la, também. Pelo menos minhas visitas a Londres eu teria onde ficar. Hotéis me deixa entediado.
– Se sente que deve compra-la, o faça. – O aconselhei, Michael pareceu refletir rapidamente sobre isso.
Chegamos à sala. Haviam três lindas crianças olhando curiosamente para nós de mãos dadas. Estavam sentadas no chão, cada uma com um caderno de desenhos.
– Crianças... – Começou Michael, elas se levantaram. – Essa é a moça da qual eu falei ontem.
– Olá, Selena. – Disse o menino maiorzinho, seus cabelos castanhos-claro brilhavam. Ele era sério. Apertou minha mão respeitosamente. – Eu sou Prince.
– Muito prazer, Prince. – Sorri, um pouco tímida. Prince esboçou um sorriso fechado. Era um menino extremamente educado, mas dava uma impressão de que não gostava muito de sorrir.
– Oi, Selena. – Era Paris. Já havia decorado o seu nome graças ao quase-beijo flagrado por ela na sala de dança do Michael. – Sou Paris.
– Um prazer, Paris. – Ela não sorriu, apertou minha mão com um pouco de força e eu quase gemo de dor. Michael percebeu.
– Oiii, Selena. – Era o menorzinho. Indiscutívelmente fofo e semelhante ao seu pai, tinha longos cabelos pretos e olhos castanhos curiosos que brilhavam. Veio saltitante para mim e ao invés de apertar minha mão me surpreendeu com um abraço. – Sou Blanket!
O coloquei no colo, Michael beijou seu rosto e sorriu.
– Não foi isso que ensaiamos, Blankie. – Disse ele rindo.
– Está tudo bem, Mike. – Sorri. – É um prazer em te conhecer, bebê.
Blanket sorriu. Era uma graça. Sem dúvidas já era o meu xodó.
– Você vai ser à nossa mamãe? – Disse ele, passando a mão em meus cabelos inocentemente. Olhei para Michael queimando de vergonha.
– Eu... – Antes que eu pudesse falar, Michael me interrompeu.
Capítulo 10
– Blanket! – Michael disse, o menino encostou a cabeça no meu ombro. – Me perdoe por isso, Selena.
Eu sorri desconcertada.
– Está tudo bem. – Não estava, mas... Eu tive de mentir. – Ele é uma criança.
Paris e Prince nos olhavam. Até que a situação piorou:
– Você não respondeu a pergunta do meu irmãozinho. – Era Paris. Cara fechada e braços cruzados, com certeza Michael não à criara assim. – Vai ser a nossa madrasta? – Perguntou ela, num tom arrogante. Michael olhou para Paris sério.
E verdadeiramente? Eu não sabia o que responder.
– Prince, leve sua irmã para o quarto sim? – Pediu ele, tentando não demonstrar que estava irritado com a atitude arrogante da filha.
– Sim papai. – Prince segurou a mão da irmã. Olhou para mim e sorriu. – Desculpe por isso, Selena.
Eu sorri. Ele era um doce de menino, educado como o pai. Sem dúvidas irá orgulhar muito o pai.
– Está tudo bem, querido.
E se foram. Blanket chupava o dedo no meu colo assistindo a cena.
– Papai está com raiva de mim? – Perguntou ele. Não pude evitar em beijar sua bochecha, sendo retribuída por ele gentilmente. Ele era uma fofura.
– Não, meu amor. – Michael respondeu, calmo. – Selena, me desculpe okay? A Paris anda meio rebelde ultimamente.
– Está tudo bem. – Respondi. – Coisa da idade.
Relutante, Blanket desceu de meu colo e foi levado para o quarto por Michael. Ele era um anjinho. Fiquei à espera de Michael, que ficou um tempo conversando com a filha.
Michael desceu em dez minutos, me pedindo desculpas pelo ocorrido novamente. Depois, fomos assistir à um filme em sua sala de TV particular com uma televisão enorme.
Michael me explicou que não era bem uma sala de TV que ele queria mas sim um cinema. Assistimos à "Encantada" um filme da Disney que ele dissera gostar muito. A historia do filme era basicamente sobre contos de fada na vida real... E eu senti que isso era uma indireta da parte dele.
Estávamos no escuro daquela sala, junto a ele comendo pipoca, que eu inicialmente recusei por estar sem fome. Quando estava na metade do filme e menos pensamos começamos a nos beijar.
Sim, era loucura. Mas era isso que acontecia nos cinemas, certo? Já havíamos nos beijado ontem quando Michael me convidou para passar o dia com ele, que mal teria?
Seus beijos tinham sabor de pipoca era muito gostoso. Eu o beijava como se aquilo fosse a última coisa que eu fosse fazer na vida. O clima começou a esquentar, e eu recuei.
Às mãos de Michael subiam e desciam nas minhas costas, sua boca se separou da minha e foi de encontro com meu queixo; descendo lentamente com beijos quentes e irresistíveis no meu pescoço. Me arrepiei inteira, Michael tinha uma boca deliciosa.
– Mi... – Tentei pronunciar seu nome, estava entorpecida pelo prazer que aqueles beijos estavam me causando. – Michael...
– Hum? – Murmúrou ele, ainda com a boca colada ao meu pescoço. Senti ele chupar minha pele e extremeci, gemi e suspirei fundo. Estava quase tendo um orgasmo só com aquelas carícias.
– Melhor paramos. – Eu disse e Michael se recompôs.
Capítulo 11
Michael olhou pra mim envergonhado quando se tocou do que realmente estava acontecendo alí.
– Me perdoa... – Disse ele. – Eu nunca fui assim.
Sorri. Ainda estava um pouco tonta pelo o que havia acontecido. Quase tive um orgasmo, sentia que estava úmida.
– Está tudo bem. – Eu disse. – Você me deixou molhada.
Michael riu maliciosamente e eu também.
– Desculpa de novo. – Ele disse. – Eu não quero que você pense que eu sou um aproveitador.
Aquele era o nosso primeiro encontro. Naquela época, apesar de ser nova, eu já sabia que não devia me entregar assim no primeiro encontro para um cara.
Eu não era mais virgem, tive minha primeira relação aos dezesseis anos e me arrependo amargamente de ter perdido tão cedo. Tive muitos namorados e sou experiente no que se diz a sexo, mas com Michael era estranho, eu me sentia totalmente perdida como uma adolescente pronta para ter sua primeira relação sexual.
Eu sabia que não deveria ser entregue aos meus instintos carnais então resolvi o parar por isso. Nós não tínhamos um relacionamento ainda, estávamos nos conhecendo e hoje lembrando disso vejo que fiz a coisa certa.
O filme acabou e nós perdemos o final, estávamos ocupados nos beijando. Michael pegava leve com às carícias. Saímos da sala eram 17:30. O tempo havia voado.
– Foi ótimo ficar com você hoje. – Disse ele, sorrindo feito um menino. – Precisamos fazer isso mais vezes.
– Com certeza. – Respondi. – Seus filhos são lindos, Mike.
– Obrigado. Desculpe-me por Paris...
– Tudo bem. – Respondi. – Ela também é uma fofura.
Tinha sido ótimo ficar o dia todo com ele, mas eu precisava ir. Michael me beijou uma última vez e eu entrei no carro.
Quando cheguei em casa Nicole também não estava. Aproveitei para comer algo que estava congelado, tomar um banho e descansar.
A noite Nick me perguntou se os "ensaios" com Michael havia sido bom - Sim, eu tinha inventado essa desculpa esfarrapada para ela, que não acreditou muito. Disse que sim e fiquei um pouco na internet já que estava sem sono. Fazia um bom tempo que não acessava, já que os ensaios tomaram conta de todo o meu tempo.
Até que li algo que não era muito bom sobre Michael. Uma matéria no TMZ mostrava uma foto de Michael e minha, na noite da "pré-estreia" do documentário que ainda não estava pronto. Estávamos de mãos dadas e Michael acariciava meu rosto. Às letras garrafais diziam:
"MICHAEL JACKSON E NOVO AFFAIR SÃO VISTOS AOS BEIJOS EM SUA MANSÃO EM LONDRES".
Capítulo 12
23:50
"Parece que ser viciado em analgésicos já não bastava para Wacko Jacko. Nesta última quinta-feira, Jacko foi visto com uma ruiva misteriosa aos beijos na frente de sua mansão em Londres. A ruiva misteriosa aparentemente bem mais nova que Michael, estava em uma festa que acontecia dentro da casa de Jacko. Fontes dizem que a moça é dançarina de Michael e também faz programa. Jacko provavelmente já arranjou um novo vício; além de dependente químico agora é viciado em gastar o pouco de seu dinheiro com prostitutas de segunda linha."
Terminei de ler aquilo em lágrimas. Prostituta? Viciado em analgésicos? E quem diabos era a "Fonte" que havia dito que eu trabalhava com Michael?
Aquilo não podia estar acontecendo. Fechei o notebook indignada. Michael não merecia aquilo, mas eu tinha de conta-lo. Não tinha seu número, mas de tanto ir a sua casa acabei decorando o endereço. Nicole já dormia e eu dei graças por isso.
Vesti um sobretudo preto por cima da camisola, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, peguei minha pequena bolsa com dinheiro e o celular e saí. Eu estava louca, tanto que para trocar de roupa não dava tempo. Michael tinha que saber disso hoje mesmo.
Fui ao ponto de taxi mais próximo, dei o que sabia do endereço de Michael e seguimos.
Demoramos meia-hora para chegar lá, já eram 00:20 da noite e eu estava com medo. Pedi para que o taxi esperasse. Conversei com a empregada explicando que eu era Selena e trabalhava para Michael, logo fui autorizada a entrar. Paguei para o taxi ir embora e entrei.
Michael vinha em minha direção, estranhando o fato de eu chegar uma hora daquela em sua casa.
– Selena... – Michael disse quando o abracei. Solucei alto, Michael apenas retribuiu o abraço. – Está tudo bem?
Afirmei negativamente.
– Você e sua amiga brigaram?
– Não. – Olhei para ele, que secou minhas lágrimas. – É algo envolvendo a nós dois. Algo grave.
Continua...
Ameiii ❤❤❤❤❤
ResponderExcluirObrigado anjo! 💖💖
ExcluirA fanfic será postada toda semana às Terças-Feiras, por volta das 22h da noite. Beijackson's! 💖
ResponderExcluirAaahhh eu ameii quero muito ler mais ansiosas para os próximos capítulos 😍😍😍😃😃😃
ResponderExcluirObrigada! Capítulo postado. ❤
ExcluirIrei começar a acompanhar <3
ResponderExcluirSerá uma honra te ter como leitora da minha fic. Bem vinda! ❤❤
ExcluirQue lindoooo. Continua estou amando. Acho que a Selena ainda vai ficar no lugar da Julie . só acho
ResponderExcluirEita, será? 😏
ExcluirMeu deus sempre para na melhor parte ne. Ela está fraca deveria ter comido.
ResponderExcluirPodia continuar 😊😍
Thanks nenê 💗💗
ExcluirTinha de ser a Paris estragando tudo 😕... Claro que continua isso nem se pergunta.
ResponderExcluirEngraçado pq eu todas que li que tinha a Paris era sempre assim. " papai vc esta namorando ela?"
Pode continuar estou amando 😍😍😍😍
capítulo 4 postado, espero que gostem, deixem vosso comentário
ResponderExcluirNossa... Nossa, nossa!
ResponderExcluirA introdução me cativou, os capítulos postados me conquistaram... Sua história é muito interessante. Nao pare, estou viciada! Apenas continue. ❤
Que linda! Mtooo obrigada!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluircontinua bb <3
ResponderExcluirNossa 😱😱😱😍😍😍😍😍Awm meu coração 😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍 por amor de deus continua. Assim me mata
ResponderExcluircapítulo 6 postado, espero que gostem, deixem vosso comentário
ResponderExcluirAh, quando comecei a ler foi como se realmente tivesse acontecido dessa forma. 😔
ResponderExcluirToda vez que toca nesse assunto, sobre a morte de Michael, sinto uma dor no coração! 😓
Nunca senti isso por nenhum artista! Sua história já me fez sentir mais saudade dele, mas gostei, e muito, da história!😍
Essa secretária dele sente algo por ele. Será?
Continua, por favor, está muito boa! 😊s
Que comentário mais lindo, Maria! Mto obrigada. Eu concordo contigo plenamente, pq já vai fazer nove anos q o Mike se foi mas eu ainda não superei isso. Será q a Sam gosta do Mike? Será? Kk só o tempo nos dirá!
ExcluirObrigada por comentar flor! ❤️
Está perto do dia ... a sua morte.😔
ResponderExcluirE aí? Ele morrerá mesmo ou será uma estratégia para "matar" o artista e surgir o cidadão Michael?🤔
Continua...
Novo cap postado! 🖤
ExcluirFanfic: "Conspiracy" (+18), capítulo 7 e 8 postado, espero que gostem, deixem vosso comentário
ResponderExcluirFanfic: "Conspiracy" (+18), capítulo 9 postado, espero que gostem, deixem vosso comentário
ResponderExcluirCaramba que ele está com o fogo todo, como ela consegue resistir, era impossível ele fazer isso e ainda mandar para, logo ele que amo demais <3
ResponderExcluircapítulo 10 postado, espero que gostem, deixem vosso comentário
ResponderExcluirPronto já começou os tabloides a se meter na vida dele, meu deus , nao perdem nenhuma -_-
ResponderExcluircapítulo 11 postado, espero que gostem, deixem vosso comentário aqui
ResponderExcluirEssa media meu deus, está cada vez pior -_-
ResponderExcluircapítulo 12 postado, espero que gostem, deixem vosso comentário
ResponderExcluirMuito bom! Como na vida real, a mídia inferniza a vida de MJ.
ResponderExcluirComecei a ler hoje e estou amando!!! Por favor, continue.
ResponderExcluirBem vinda(o)! Cap novo logo logo. ❤
ExcluirAmeeeei sua fic e as fotos montagem estão ótimas, compartilhe com as amigas o app que vc usa ;)estou ansiosa pelo próximo capítulo, não demore pelo amor de Jackson... Bjosss ;*
ResponderExcluirEu uso o Picsart para fazer às montagens, Jay! Obrigada pelo carinho e seja mtooo bem vinda! Tem cap novo em breve. Beijacksons. ❤❤
ExcluirObrigada sua linda�� amei o app, agora sim vou ser feliz com o Mike!������ Estou curiosa para saber o que vai acontecer no próximo cap. Selena de camisola uiii será que vem hot por aí �� beijacksons pra vc����
ExcluirMagina minha linda! Beijacksons. 💗💗💗
ExcluirNossaaa, que fic maravilhsa!!! 😱
ResponderExcluirAinda vai continuar?!
Vc tá arrasando amig! Não pare 😍
Ameeei 💗
Vou continuar sim amor! Obrigada pelo carinhooo❤️❤️
ExcluirAaaaaahh que agonia, continuaaa pufavô 🙏🙏
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirContinua...
Fic abandonada??? Q triste!
ResponderExcluirpor favor, essa fic é muito boa, volteeeeeeeem!!!!!!!!
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