Autora: Nai Jackson
“Vale normal” – Para pessoas normais. NÃO ENTRE
A placa em frente à construção
mais antiga da pequena cidade deixa bem evidente que visitas aqui não são nem
um pouco bem vindas. A mansão recanteada em uma rua sombria e sem movimento
está bem preservada, apesar de ninguém saber ao certo qual é o mistério por
trás dessa residência. Nenhuma janela
está quebrada, o extenso jardim ao seu redor aparenta estar bem cuidado e uma
valsa de Mozart costuma atravessar as paredes seculares e ecoar pela vizinhança
durante todo o dia.
O proprietário
gosta de música clássica.
Essa é uma das
poucas coisas que sabemos a seu respeito.
Ninguém sabe de
onde ele veio, mas o Maestro - como todos o apelidaram na cidade – já mora
nessa mansão há bastante tempo. Ninguém conheceu seus pais ou qualquer outro
parente, não fazemos a mínima ideia de como ele herdou essa mansão, e até hoje
nenhuma pessoa jamais foi convidada por ele para uma simples visita de
cortesia. Em todas as vezes que ele foi visto, estava vestido como um daqueles elegantíssimos
príncipes medievais, comprando no antiquário itens para colocar na sua casa ou
na livraria a procura de livros antigos que falam sobre bruxas que foram
queimadas na Inquisição. Ele tem um gosto bastante peculiar. Sua fama de
misterioso arranca arrepios de todas as pessoas por onde quer que passe.
Desde a minha infância, sempre fui instruída
pelos meus pais a nem sequer me aproximar da sua residência. No fundo eles
acreditam que o Maestro seja uma espécie de bruxo ou feiticeiro que usa
crianças em seus rituais macabros. Obviamente isso não faz o mínimo sentido e eu
sempre soube que eles estão enganados. Apesar de um pouco excêntrico, o cara
parece ser uma boa pessoa. Ele é apenas reservado e tem os seus segredos e
mistérios. Para sermos francos, quem é
que não tem?
Esperei 20 anos
da minha vida para finalmente ter a chance de descobrir o que o Maestro tanto
esconde no seu mundo particular. Sou curiosa, admito. Mas não é só por
curiosidade que estou aqui, com as mãos preparadas para empurrar o enorme
portão de ferro que me levará até a entrada da misteriosa mansão. Recebi hoje
de manhã um bilhete misterioso que monopolizou minha atenção pelo resto do dia.
Um pedaço de papel envelhecido marcado com uma rebuscada caligrafia dizia:
“A maior prisão é aquela que impomos a nós mesmos.
Ouse libertar-se. Ou ouse permitir que alguém a liberte.”
Maestro
Na parte de trás
havia uma seta indicando a frase “Espero
por você. Esta noite” escrita em preto com bastante destaque. Não faço a
mínima ideia do possível significado oculto por trás das suas misteriosas
palavras destinadas a mim. O que sei é que após ler esse bilhete finalmente
criei a coragem necessária para procurar uma resposta para as perguntas que há
muito tempo pairam sobre minha cabeça.
Sinto uma conexão
inexplicável com esse homem que pouco conheço. Algo me puxa com força e
insistência para dentro dessa casa. Uma energia que não consigo entender,
apenas sentir. Como se eu devesse
entrar, precisasse me aproximar dele.
Não sei o que irei encontrar lá. Sei apenas que não conseguirei ficar em paz
comigo mesma até descobrir a resposta para essa questão que tanto me perturba.
Eu posso ir
embora nesse exato momento. Nada me obriga a continuar. A noite sombria e pouco
estrelada está etérea e estranha, como um presságio de que algo ruim virá. Mas
preciso descobrir algo sobre o Maestro, essa noite. Não posso e não quero mais
fugir da ligação insensata e inexplicável que tenho com ele.
Pingos de chuva
começam a cair e me apresso em entrar na residência. Nuvens carregadas pairam
pelo horizonte e a Lua cheia se exibe no céu completamente escurecido. Alguns corvos
cantam uma música mórbida em assobio enquanto trilho no caminho de pedras até a
enorme porta de madeira que me levará para dentro. Paro, respiro fundo – pensando se é isso mesmo
que quero fazer - e em seguida levanto a mão para projetar algumas batidas na
porta.
O barulho de um
trovão estridente ecoa na minha mente e estremeço com susto, entrando
subitamente em sobressalto. Puxo o ar devagar, tentando controlar a respiração,
e vejo a enorme porta a minha frente ranger e abrir sozinha. Olho para os dois
lados, calculando que ainda há tempo para fugir, e em um ato insensato expulso
o medo e entro na residência. As portas vão se abrindo gradativamente à medida que
caminho para frente e meu coração se acelera cada vez mais, enquanto meu
subconsciente implora em desespero que eu use minha inteligência e dê logo o
fora dali.
Fito as duas
armaduras medievais cobertas de poeira cuidadosamente colocadas uma em frente a
outra e sinto um inevitável frio na espinha. Uma porta maior se abre e
visualizo um grande salão de piso em preto e branco, muito parecido com os
salões de festa dos palácios europeus de séculos passados. Não há sinal do
Maestro. Não há sinal de ninguém. O silêncio é tão absoluto que posso até mesmo
ouvir minha respiração trêmula ficar cada vez mais rápida. Eu estou com medo. A
casa é enorme e pouco iluminada, diferente de todas as outras onde já estive na
vida.
Olho ao redor e
paro de andar, começando a captar o máximo possível de detalhes que meu cérebro
é capaz de processar. Ouço um barulho de passos e prendo a respiração,
semicerrando os olhos para observar uma capa preta que se move sozinha em um
canto do salão escuro. Cerro os punhos, preparando-me para gritar ou tentar
lutar contra o que quer que esteja surgindo na minha frente e um alto trovão
irrompe novamente, revelando uma caveira encapuzada observando-me com seu
sorriso cadavérico e seus olhos inexistentes. Solto um grito aterrorizado e em
um gesto automático me projeto para trás à procura da porta que minutos antes
possibilitou a minha entrada.
A caveira, ainda
imóvel, me encara por alguns segundos e depois de move lentamente, caminhando
em minha direção. Arregalo os olhos, com a garganta seca e adormecida, e ouço
um risinho baixo enquanto uma mão puxa para baixo a máscara branca que eu
poderia jurar ser de verdade.
- Assustei você?
– Maestro pergunta por baixo do capuz escuro, fitando-me com firmeza e
arqueando suas perfeitas sobrancelhas bem desenhadas.
Respiro fundo e
paro de morder o lábio que nem sequer notei que estava preso entre meus dentes.
- Sim, e isso não
teve graça – reclamo, esforçando-me para controlar as mãos ainda trêmulas.
Ele retira
vagarosamente o capuz e abre um meio sorriso, dando dois passos para minimizar
a distância que existe entre nós dois. Suspira e fita meus olhos com seu ar de
mistério, fazendo meus músculos tensos amolecerem. Okay, ele me desestabiliza
até mesmo quando simplesmente me observa. Não consigo explicar a energia que
emana dele e envolve todos os meus sentidos, entorpecendo um após o outro. Nem
sei o que falar quando nossos olhos se cruzam e se fixam involuntariamente,
como se um imã invisível me impedisse de deixar de fitá-lo.
- Fico feliz que
tenha vindo – ele diz com sua voz suave e melodiosa. – Vamos começar esclarecendo
alguns pontos. – Sorri e estende sua mão para mim. – Eu me chamo Michael e não
sou, nunca fui um maestro, apesar de apreciar muito o trabalho destes grandes
mestres.
Mesmo com um
pouco de resistência, toco na sua mão rapidamente e me afasto, ainda tentando
decifrar por qual motivo ele está permitindo que eu atravesse sua intocável
privacidade.
Os lábios de Maestro/Michael
são extremamente bem feitos e o tom da sua pele é de um branco delicado e
único, com uma aparência suave que me faz querer tocá-lo. Ele é alto, magro,
tem mãos com dedos enormes e cabelos ondulados revoltos pouco acima do ombro.
Seu olhar... Tão negro e tão profundo, me perturba, rouba-me completamente o ar
dos pulmões. Ele é lindo. Lindo, atraente e verdadeiramente inquietador.
- Vim por conta
do bilhete – explico com a voz ainda trêmula e embargada. – Preciso saber o que
você quis dizer com ele.
Michael sorri e
joga o capuz em um canto qualquer do salão.
- Eu quis dizer o
que está dito, oras.
Minha testa se
franze e tento manter a firmeza ao fitá-lo.
- Isso não é uma
resposta.
Ele ri mais uma
vez com sua fileira de dentes impecavelmente brancos e me deixa confusa e
desnorteada, sem saber qual é o motivo da graça.
- Eu disse apenas
o que você precisava ouvir – ele contrapõe. – Você se sente presa aos seus
pais, está sempre tentando fazer o que agrada a eles, por mais que isso não te
faça feliz. Estou enganado?
Não, ele está
coberto de razão. Estou sempre me esforçando para me enquadrar no papel de
filha perfeita e responsável, daquelas que sempre faz as vontades do pai e da
mãe, mesmo quando a fiel obediência não me trás satisfação e felicidade. Sou a
certinha da família. A covarde que não tem coragem de assumir o rumo da própria
vida.
- Como você sabe
dessas coisas? – pergunto com curiosidade.
- Você é fácil de
ser lida, Valentine – responde enquanto me analisa com atenção, embora eu não
tenha lhe dito o meu nome.
- O que mais você sabe sobre mim? – questiono
na tentativa de descobrir quais são suas fontes tão certeiras de informação.
- Tudo – ele
murmura simplesmente, parecendo se divertir com a situação. – Hm... Vejamos... Como
aquela marca que você tem acima do seio esquerdo.
Meus olhos se
arregalam e levo às mãos até a blusa, puxando o tecido para cima e constatando
que minha marca de nascença está bem escondida abaixo do sutiã. Como ele pode
ter visto? Ele só pode ser um feiticeiro de verdade, como todos nessa cidade
acreditam que ele seja.
- Quem lhe disse
sobre a marca? – pergunto, mesmo sabendo que ninguém além de mim e dos meus
pais tem conhecimento daquela mancha escura em forma de coração com a qual
convivo desde o meu nascimento.
Ele caminha para
frente, com as sobrancelhas arqueadas, e para com o rosto a poucos centímetros
do meu. Sinto-me intimidada com sua atitude.
- Sei porque
também tenho uma – responde, abrindo a grossa camisa branca de botões e
levantando a segunda camisa branca bem cortada que está por baixo, expondo seu
peitoral para mim.
Mordo o canto da
boca e respiro fundo, subitamente excitada por vê-lo revelar parte do seu corpo
composto por músculos delicados e bem desenhados. Pisco os olhos duas vezes
seguidas e me esforço para concentrar-me na mancha escura que ele carrega no
exato local onde a minha está presente.
- São
idênticas... – digo com um nó na garganta, sem saber o que pensar diante daquela
improvável descoberta.
Ele volta a
fechar a camisa e assente devagar.
- Você não sabe o
que isso significa?
- Não – respondo,
subitamente com medo do que virá a seguir.
- Significa que
você está presa a mim, Valentine. Que você me pertence e jamais será de outro
homem.
Minha cabeça gira
e tento manter intacto o fio de pensamento. Que espécie de maluquisse é essa?
Desde quando sou propriedade de alguém?
- Então você me
manda um bilhete cheio de significados ocultos, me atrai para essa casa
estranha, me mostra uma marca que nem sei se é de verdade e simplesmente diz
que é meu dono – concluo sem acreditar nem um pouco na afirmação sem nexo que
ele acabou de fazer. – Não acha essa doidera confusa demais? – murmuro, dizendo
para mim mesma que isso tudo parece um daqueles sonhos malucos que a gente tem
quando está com febre.
- Você não
acredita? – ele pergunta tão firme quanto antes. Levanta uma das mãos e passa
seus longos dedos pelo meu queixo, gerando uma corrente elétrica que penetra
meus tecidos e inunda rapidamente todas as minhas células. – Tem certeza de que
não se lembra de mim?
Engulo em seco e
faço o máximo esforço possível para simplesmente respirar. O toque dele, tão
firme e suave ao mesmo tempo, me parece extremamente familiar, embora ele nunca
tenha me tocado antes. Eu o conheço, o conheço extremamente bem. Mas nunca
estive com ele, pelo menos até onde eu consigo recordar.
- Fiz mal em ter
vindo – murmuro com a voz entrecortada, perturbada demais para continuar ali. -
Eu preciso ir embora
Michael sorri e
me encara com firmeza.
- Tarde demais,
baby. Você é minha convidada – diz com uma expressão despreocupada. - Você não sairá daqui até que
saiba de toda verdade.
- Que verdade? –
pergunto cada vez mais afetada e inquieta.
- A mais simples
de todas – ele diz e toca o meu rosto mais uma vez. Nossos lábios se aproximam
tanto que posso sentir sua respiração pesada contra a minha boca. - Eu sou o
seu homem, Valentine. E você é minha. A única que amei. A única que amarei por
todos os dias da minha existência.
Passo os dedos
pelo pulso dele, sem conseguir tirar os olhos dos seus lábios, e me sinto completamente
tentada a beijá-lo - o que seria uma completa insensatez da minha parte.
- Não faz
sentido... – murmuro quase sem voz.
- Faz todo o
sentido, acredite – ele insiste. Fita meus olhos, com o polegar pressionado
contra o meu queixo, e aproxima ainda mais nossos lábios, deixando-os quase
colados um ao outro.
Posso tentar
fugir e evitar que ele me beije, mas não tenho nem forças e nem vontade para
continuar a negar o inevitável. Ele me transmite confiança, uma afetuosidade
tão grande que não consigo entender por qual razão sou merecedora de tudo isso.
Fecho os olhos, sem entender absolutamente nada do que ele dissera, mas
sentindo tudo o que preciso sentir nesse exato momento. Seus lábios macios
roçam os meus lentamente e ele coloca uma das mãos atrás da minha nuca, abrindo
espaço pela minha boca para que sua língua finalmente encontre a minha.
Sinto-me tão leve que poderia flutuar se seu abraço apertado não estivesse
prendendo-me ao chão. Seus dedos se movem pelos meus cabelos e nossas línguas
se movem no mesmo compasso, dançando um ritmo suave e lento, em uma música que
apenas eu e ele somos capazes de ouvir.
Não parece um
primeiro beijo, embora esse seja o único que já experimentei até hoje. É um
beijo de redescoberta, de reencontro, como se nossos caminhos tivessem se
cruzado há muito, muito tempo. Seu abraço é protetor, como se ele tivesse medo
de que eu simplesmente evaporasse dos seus braços. O coração dele bate rápido,
posso ouvi-lo enquanto nosso beijo se torna mais intenso. E minhas pernas
tremem tanto que nem sei se conseguirei permanecer de pé quando nossos corpos
se afastarem.
Nossos lábios se
separam delicadamente e abrimos os olhos, fitando firmemente um ao outro sem
dizer nenhuma palavra. Meu coração está acelerado, minhas mãos sem nenhuma
firmeza, a respiração desregulada mais escassa que o habitual.
- Eu te amo tanto
– ele sussurra contra a minha boca, acariciando os meus cabelos.
Isso tudo é
surreal e inacreditável. Não parecemos estar no mundo real. Ainda sinto a
pressão dos seus lábios contra os meus, muito embora nosso beijo já tenha sido
interrompido.
- Eu também amo
você – digo, sem saber de onde criei coragem para falar isso, apenas
expressando o que sinto em meu coração. Não tenho dúvidas de que eu e ele nos
amamos, por mais que isso ainda não faça para mim o mínimo sentido.
- Finalmente nos
reencontramos – ele murmura passando a ponta dos dedos pela minha face. –
Espero por isso há muito tempo. Mais tempo do que você possa calcular.
Entrelaço nossos
dedos e fito seus olhos negros tão cheios de carinho. Sinto que ele é tão
meu... Por mais que isso não tenha nenhuma lógica, nenhuma explicação. Posso
ver em seu olhar o quanto ele está contente em me ver, o quanto ele teme que eu
vá embora.
- Você deseja a
mim? – pergunto com uma coragem incomum que surpreende até a mim mesma.
Ele ri, sem se
surpreender com a minha pergunta, e balança a cabeça em afirmação.
- Mais do que
você possa imaginar, garota.
Eu não deveria
dizer o que está passando pela minha cabeça, mas não tenho forças para guardar
isso apenas para mim. É insensato, é apressado, mas é o que eu quero. É o que nós dois queremos.
- Por que não me
mostra o resto da casa? – pergunto com as sobrancelhas arqueadas, tentando
deixá-lo enxergar o real significado da frase que acabo de pronunciar.
- Tem certeza de
que quer mesmo isso? – ele pergunta ao captar sem nenhuma dificuldade o sentido
das minhas palavras.
- Absoluta – digo
segurando suas mãos.
Ele sorri e me dá
mais um beijo nos lábios, demorando-se mais dessa vez. Caminhamos de mãos dadas
e atravessamos o enorme salão pouco iluminado, encontrando uma escadaria que
nos leva a um imenso corredor cheio de portas, esculturas e quadros pintados a
óleo. Michael empurra a última porta do corredor e entra em um cômodo decorado
com elegância, puxando-me para dentro em seguida.
Estou em um
quarto belíssimo e nem posso acreditar que esteja realmente determinada a me
entregar para ele. Acabamos de nos conhecer... Trocamos nossas primeiras
palavras em 20 anos de minha existência.
Ou
não.
- Tenho a nítida
impressão de que já estive aqui antes – murmuro confusa, sentando-me na cama e
olhando ao meu redor.
Michael se senta
ao meu lado e acaricia meu rosto.
- Já esteve
tantas vezes... – diz dando um beijo na minha bochecha, sem conseguir esconder
um pequeno traço de dor na expressão pensativa.
- Não é possível
– respondo passando os dedos pelo seu maxilar.
- Farei você se
lembrar, eu prometo – murmura beijando meu pescoço e me empurrando
delicadamente contra a cama, fazendo meus cabelos negros de espalharem pelo
travesseiro. Meu corpo inteiro se arrepia e entrelaço as mãos no seu pescoço,
puxando-o para mais perto de mim.
Sei que iremos
fazer amor. Nunca desejei isso antes, mas agora é como se eu tivesse esperado a
vida inteira para finalmente estar nos braços dele. Não sei como dizer isso
agora, mas tenho que avisá-lo do detalhe de que nunca tive outro homem, antes
de seguirmos em frente.
- Michael... –
chamo enquanto sua língua se move pelo lóbulo da minha orelha.
- Eu sei, baby –
ele interrompe com calma, levantando a cabeça para encontrar os meus olhos.
Passa os dedos pelas minhas bochechas vermelhas de rubor e analisa-me com
paciência, extraindo todos os detalhes da minha expressão envergonhada. – God... Você é tão linda.
Fico ainda mais
ruborizada ao ouvir o seu elogio. Sento-me na cama e, em um súbito rompante de
determinação, começo a desabotoar vagarosamente os botões da minha blusa,
retirando-a e repousando-a sobre a antiga mesa de cabeceira enquanto ele
permanece com os olhos fixos em mim. Desprendo o fecho o sutiã e revelo os meus
seios para ele, vendo-o morder o lábio inferior e observá-los com uma expressão
satisfeita.
- Gostaria de
prová-los? – pergunto, deitando-me na cama com o tronco completamente desnudo.
Michael se
inclina sobre mim e tira os sapatos e as meias, beijando suavemente os meus
lábios.
- Você quer que
eu os prove? – pergunta com a voz rouca de desejo ao meu ouvido.
- Muito... –
respondo, pegando uma das suas mãos e guiando-a lentamente pela minha pele.
Ele me dá um
demorado beijo nos lábios e encaixa meus seios em suas mãos, descendo os beijos
pelo meu pescoço e circundando a aréola rosada com a língua, sugando um dos
mamilos para dentro da boca enquanto me contorço abaixo dele. Minha intimidade
encharca o tecido da calcinha e ele retira minha calça, levando os dedos para a
parte interna da minha coxa e desenhando círculos próximos à virilha, sem parar
de sugar e chupar os meus seios.
Um gemido alto
escapa da minha garganta e ele desce os lábios pela minha barriga, afastando
meus joelhos e colocando-se entre as minhas pernas. Sei o que ele vai fazer
agora, e é como se eu já tivesse estado nessa cama antes, sentindo essa mesma
expectativa, esperando que seus lábios me toquem na região mais delicada e mais
sensível do meu corpo. Quando sinto suas mãos descerem a calcinha e sua língua
tocar o clitóris com suavidade, levo automaticamente as mãos até seus cabelos e
afasto um pouco mais as pernas, implorando quase em desespero que ele não pare.
Ele me observa e me masturba enquanto chupa cada vez mais rápido, em uma
habilidade que me deixa maluca, que faz a deliciosa sensação naquele ponto se
tornar ainda mais gostosa, ainda mais intensa. Aperto os dedos nos seus cabelos
e fecho os olhos, arqueando o corpo para trás e sentindo que me corpo pode
explodir a qualquer momento.
E ele explode
minutos depois. Explode enquanto Michael acelera os movimentos da língua,
deixando-me completamente tonta e embriagada com o prazer que me invade
rapidamente, fazendo minha intimidade se contrair e estremecer nos seus lábios.
Seguro o lençol e levanto a cabeça, vendo-o se retirar do meio das minhas
pernas e me observar com uma expressão satisfeita, de quem sabe bem o quanto
acabou de me deixar maluca.
- Eu preciso de
você – sussurro quando consigo recuperar a voz, retirando suas duas camisas
brancas e abrindo o seu zíper, empurrando a calça em seguida para baixo.
Seus olhos
faíscam e ele beija o meu pescoço, descendo as mãos cuidadosamente pelas minhas
costas. É como se essa não fosse a nossa primeira vez. Como se já tivéssemos
feito isso muitas vezes antes, de todas as maneiras diferentes que possam
imaginar. A lembrança confusa vem como um fash na minha mente enquanto eu o
beijo, abaixando sua cueca branca e deparando-me com o seu membro enrijecido e
completamente ereto, tocando na sua barriga.
Ajoelho-me na cama para procurar a melhor maneira de explorá-lo e o toco
com suavidade, expondo-o e notando o quanto ele está molhado. Passo minha
língua lentamente pela sua extensão e Michael puxa o ar entre os dentes,
gemendo e infiltrando uma das mãos nos meus fios de cabelo próximos à nuca.
Coloco-o na boca o máximo que consigo, sugando a metade superior e masturbando
a base, fazendo seus gemidos de aprovação tornarem-se cada vez mais altos e
mais pesados.
Seu membro começa
a pulsar e Michael puxa meus lábios na direção da sua boca, envolvendo-me em um
beijo intenso e cheio de desejo, enquanto se prepara para entrar de uma vez por
todas em mim. Afasta minhas pernas e volta a se posicionar entre elas, puxando
meus joelhos até que ambos estivessem apoiados em seu peitoral.
- Quero que se
recorde bem disso, baby – ele diz enquanto esfrega o membro na minha intimidade
molhada, começando a forçá-lo para dentro. Sinto um pequeno incômodo, mas ele
logo desaparece, dando lugar a expectativa de senti-lo por completo. – Seremos
um só novamente, da forma como nunca deveríamos ter deixado de ser. Eu te amo,
Valentine.
As lembranças
tornam-se cada vez mais claras e aproximo nossos lábios, acariciando suas
costas com a ponta das unhas.
- Eu também te
amo – murmuro, sentindo-o começar a se mover com um pouco mais de força.
Seu membro rompe
o hímen e escorrega para dentro de mim, fazendo-me gemer alto e enfiar as unhas
na sua nuca sussurrando o seu nome. Ele me beija enquanto se move, entrando e
saindo da minha intimidade em um ritmo intenso, com cada vez mais força e mais
pressão nos quadris. Não demora muito até que meu corpo inteiro se contorça e
minha intimidade estremeça, apertando e segurando o membro de Michael dentro de
mim. Ele investe contra mim mais algumas vezes e sinto seu sexo se enrijecer e
pulsar por vezes seguidas, despejando jatos quentes e abundantes dentro do meu
corpo trêmulo e entorpecido.
Mordo seu lábio
inferior e ele desaba ao meu lado, puxando meus braços até que eu o envolva em
um íntimo abraço. Nossas respirações estão completamente fora do compasse e
estamos suados, relaxados pela enorme sensação de prazer que se apossou de nós
há segundos atrás, e que ainda permanece, se esvaindo lentamente por cada poro
da nossa pele.
- Nossas almas sempre serão uma só – ele diz
para mim, passando o polegar pelo meu queixo.
- Há muito que eu
não consigo entender – murmuro para ele, sabendo que não consigo compreender
essas coisas que ele vem falando desde que coloquei os pés nessa mansão.
Ele me beija
carinhosamente e entrelaça seus dedos nos meus.
- Não se
preocupe. Estamos juntos agora. Essa é a única coisa que importa.
No calor do seu
abraço adormeço, sem procurar mais respostas, sem me lembrar de quais são as
perguntas. Sinto-me protegida e acolhida por ele, o meu homem. O que, de uma
forma completamente inexplicável, sinto que pertence a mim.
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Acordo nua
enrolada em um lençol no dia seguinte e assim que abro os olhos me lembro de
tudo que acontecera na noite anterior. Um sorriso está marcando os meus lábios
e ainda não posso acreditar que eu e Michael tenhamos descoberto uma sintonia
tão forte e tão única um com outro. Passo uma das mãos no espaço da cama ao meu
lado, encontrando apenas o lençol frio onde ele ainda deveria estar dormindo. Segundos
depois salto da cama e começo a recolher as minhas roupas espalhadas pelo
quarto, na esperança de que Michael apareça para dizer um “bom dia” e me mostre
o caminho de volta até a porta da frente. Sei que meus pais devem estar
preocupados, afinal de contas é a primeira vez que durmo fora de casa, e nem
fiz questão de avisá-los.
Entro no banheiro
e, após uma rápida higiene matinal, atravesso o enorme corredor e desço as
escadas a procura de Michael, começando a ficar preocupada com o absoluto
silêncio que domina o ambiente. A casa parece ainda maior do que na noite
anterior e tenho medo de me perder na imensidão de portas, cômodos e corredores
que há dentro dessa residência. Passo pela cozinha – que curiosamente parece
não ter sido utilizada há muito tempo – e saio pela porta dos fundos que dá
acesso a um extenso jardim amplamente arborizado.
O dia está úmido
e nublado, um típico amanhecer de inverno. Sigo uma trilha de pedras e grito o
nome de Michael o mais alto que consigo, mas a única resposta que ouço é o som
de alguns pássaros cantando acima da minha cabeça. O jardim é lindo e eu
adoraria que Michael estivesse ao meu lado agora para falar um pouco sobre
algumas das árvores enormes que parecem ter sido plantadas há muitos anos atrás.
Também gostaria de perguntar para ele de quem ele herdou a mansão mais antiga
da cidade. Ninguém sabe informar sobre quem morou aqui antes dele vir pra cá,
dizem apenas que a casa ficou vazia por bastante tempo.
Já estou quase
voltando para dentro da residência quando vejo próximo a um canteiro de rosas
brancas algo que chama minha atenção. Dou três passos para frente e observo
melhor o que parece uma lápide, daquelas enormes e bastante antiquadas. No
passado as pessoas costumavam ser enterradas no jardim das suas próprias casas,
o que explica esse túmulo sob a grama rasteira, em frente a árvores enormes que
protege o local do sol e da chuva ao longo do tempo.
Caminho um pouco
mais e me ajoelho em frente à lápide de pedra fixa ao chão, tendo certeza de
que se trata de algum familiar de Michael. Pai, avô, tio talvez. Levo as mãos à
cabeça para me proteger da garoa fina que começa a cair e meus olhos se fixam
no nome talhado ali, fazendo-me ler as seguintes informações: Michael Jackson – 1879/1909.
Um arrepio
incontrolável percorre a minha espinha e solto um grito aterrorizado quando enxergo
uma imagem em preto e branco de um homem; o homem com quem estive ontem, o
homem misterioso com o qual passei a última noite. Meu cérebro não acredita no
que os meus olhos estão vendo... Não pode ser, tem que haver algum engano!
“Tem
certeza de que não se lembra de mim?”
Levanto-me
apressadamente e, tomada pelo choque, começo a procurar as respostas que
preciso para montar esse inacreditável quebra-cabeças. As frases de Michael
surgem como flashes em minha mente, encaixando-se nas explicações que começo
automaticamente a dar para mim mesma.
“Significa que você está presa a mim, Valentine. Que você me pertence e jamais
será de outro homem .”
Ele sabia tanto
sobre mim! Conhecia uma marca de nascença que nunca mostrei a ninguém e tinha
uma exatamente igual a ela. Nossa ligação inexplicável um com o outro... O
beijo que não parecia ser o primeiro... A sintonia que sentimos desde as
primeiras palavras que trocamos... A certeza insensata que eu tive quando
fizemos amor, como se já tivéssemos vivido tudo aquilo antes.
“Eu
sou o seu homem. E você é minha. A única que amei. A única que
amarei por todos os dias da minha existência.”
Cambaleio para
trás, fazendo um esforço incomum para me manter de pé, e estremeço quando sinto
uma mão pesar sobre o meu ombro. Viro-me em sobressalto, completamente confusa
pelo turbilhão de sentimentos que explode no meu peito, e dou três passos para
trás ao enxergar Michael me observando com seus olhos profundos e negros, da
exata forma como esteve na noite anterior.
- Você queria a
verdade – ele diz para mim. – Esta é a verdade, Valentine.
Desde quando eu
poderia imaginar que a verdade era algo tão perturbador dessa maneira? Eu
simplesmente não sei o que fazer agora. Eu deveria sair correndo o mais rápido
que minhas pernas suportassem e ficar o mais afastada possível desse ser que
nem sei como pode estar aqui, materializado na minha frente como um ser humano normal, uma pessoa de carne e osso. Mas
apesar da lápide com seu nome, com todas as evidências de que ele não é como os
outros, algo continua a me puxar até
ele. Eu o amo, essa é a única certeza que tenho nesse momento, apesar de todas
as dúvidas que pairam sobre a minha mente confusa, assustada e anestesiada pelo
choque.
- Você não é
real? – pergunto quase sem voz, recusando-me a imaginar que tudo o que vivemos
na noite anterior pode nem sequer ter existido de verdade.
Ele se aproxima e
me fita nos olhos.
- Claro que sou –
responde com convicção.
- Real como todas
as outras pessoas? – insisto.
Ele dá um sorriso
triste e olha para a lápide com um traço de melancolia.
- Digamos que eu
seja diferente... – ele responde com a voz calma e tranquila. – Estou aqui há
mais tempo do que todos da cidade e jamais envelheci. Sou uma presença que já
deveria ter ido embora há muito tempo.
Engulo em seco e
tento controlar o tremor das minhas mãos.
- Você é um...
fantasma – concluo, me achando ridícula por isso, mas sabendo que minha
teoria tem fortíssimos embasamentos.
- Está com medo
de mim? – ele pergunta ao ouvir a minha frase, sem negar o que acabo de dizer.
- Não – respondo em
um sussurro quando consigo proferir uma resposta para sua pergunta.
Vejo a alívio
atravessar o seu rosto ao ouvir minhas palavras e ele toca minhas mãos, fazendo
todo o meu corpo se arrepiar.
- Eu jamais te
machucaria – ele diz, enquanto a chuva se torna mais forte e começa a encharcar
as nossas roupas, embora não estejamos dando a mínima importância para isso.
Aperto seus dedos
e franzo os lábios para conter o tremor provocado pela chuva fria.
- Já nos
conhecíamos, não é mesmo? – murmuro fitando-o nos olhos.
- Sim – ele
responde com um gesto afirmativo de cabeça. - Eu e você éramos noivos,
Valentine.
Meu coração se
acelera e sei que estou a apenas alguns passos de descobrir algo sobre um
passado tão remoto que nem sou capaz de me lembrar.
- O que
aconteceu?
- Eu perdi você
por conta de uma grave queda à cavalo, aqui nesta casa, há muito tempo atrás –
murmura com a voz carregada de dor, esforçando-se para pronunciar as palavras.
– Depois disso... Depois disso eu me fechei completamente para a vida e me
tornei um homem rude, frio, sem nenhum amor no coração. Revoltei-me com Deus
por ele ter tirado você de mim tão cedo e me tranquei nesse lugar, esperando a
morte também vir buscar por mim. – Ri sem humor algum. - Mas ela não vinha. E o
simples fato de viver se tornava mais tortuoso a cada dia.
Eu estou tão
atenta à suas palavras que esqueço até mesmo de piscar os olhos.
- No fundo eu me
culpava pela sua morte. Se eu tivesse permanecido mais atento... Se tivesse a
impedido de montar naquele dia, nada aquilo teria acontecido. – Aperta os olhos
e seguro suas mãos com suavidade. - Certa noite eu peguei uma arma de caça e
decidi... desistir de tudo – ele continua a dizer. - Um tiro. Apenas um tiro, e
todo o meu sofrimento chegaria ao fim.
Meu coração se
retorce de dor e meus olhos marejam, enquanto tento reconfortá-lo com o meu
olhar.
- Depois do que
fiz... Fiquei condenado a permanecer aqui e tentar consertar os erros que eu
havia cometido. Você teve a chance de passar por diversos planos espirituais e
retornar, dando continuidade ao ciclo da vida. Mas minha alma, ao contrário da
sua, estava na mais completa escuridão, então acabei ficando preso a essa
mansão.
- Somos almas
gêmeas? Daquelas que permanecem juntas em várias vidas? – pergunto para ele
porque isso é o que pude concluir até agora.
- Somos – ele diz
dando um beijo de leve nos meus lábios. – O destino de duas pessoas que se amam
permanecem entrelaçados, não importa o que aconteça. Só o seu amor poderia me
libertar, baby. Só ao seu lado teria a chance de sair das sombras e encontrar
paz necessária para finalmente partir e acabar com a angústia que durou tanto
tempo.
- Agora que você me encontrou... – pergunto com
a voz falha - poderá partir?
Ele assente.
- Sim.
- Eu não quero
que você vá embora – digo beijando-o novamente, sem conseguir conter as
lágrimas, abraçando-o em desespero.
- Não irei – ele
sussurra para me tranquilizar. Repousa as mãos na direção do meu coração e puxa
suavemente meu queixo até que eu o olhe nos olhos. - Eu sempre estarei aqui.
- Não poderemos
mais nos ver? Não poderemos ficar juntos?
- Poderemos –
responde envolvendo-me em um forte abraço. - Mas ainda não é o momento. Eu não
posso mais ficar e você ainda não pode ir.
As lágrimas que
escorrem dos meus olhos misturam-se com as gotas da chuva e me jogo nos braços
de Michael, beijando-o e abraçando-o o mais forte que sou capaz.
- Eu te amo –
murmuro.
- Eu também te
amo – ele responde puxando meus lábios para mais um beijo.
- Cuide no nosso
filho – ouço-o dizer.
- Que filho? –
pergunto com a voz entrecortada.
Sem me dar uma
resposta, ele sorri e desce os olhos para a minha barriga, parecendo saber
exatamente sobre o que acaba de dizer. Dou um passo em sua direção para abraçá-lo
mais uma vez mas, antes que eu possa alcançá-lo, sua imagem se dispersa diante
dos meus olhos e ele desaparece no ar. Uma rosa vermelha surge em minhas mãos e
as lágrimas começam a cair dos meus olhos enquanto meu coração se retorce dentro
do peito por perdê-lo dessa maneira.
Não sei como será
agora. Não sei quando teremos a chance de ficarmos juntos. Não sei sobre qual
filho ele disse na sua última frase. Fico alguns minutos estática, parada na
chuva, e após perceber que o meu Michael não voltará, sigo lentamente pelo
caminho de pedras e saio da mansão pelo enorme portão de ferro que permitiu a
minha entrada na noite passada.
*FIM
adoreiiiii!
ResponderExcluirObrigada por ler flor :)
ExcluirMuito lindoooo adorei <3
ResponderExcluirObg por ler e acompanhar o nosso blog
ExcluirOi Nai... Aqui é a Bia, tudo bom???
ResponderExcluirEu não sabia que tu tinha um blog menina....
Amei a fic, e imagina a minha surpresa em ver seu nominho ali...
rsrsrs
O blog tá lindo, e você escreve perfeitamente bem, como sempre...
Te amo demais maninha ^^
?? Oi Beah este blog não é da Nai mas sim meu "Mikaela Jackson", eu apenas postei algumas fics dela como posto minhas e de outras autoras , mas ela não é a dona, mas obg por gostar do blog
ExcluirSua fic. é espetacular ! girl tu arrasou ! agora. para todas sigam-me no twitter @brigittepatitco e no integram . digo todos de volta!
ResponderExcluirTem de agrader a Nai, a fic é dela não minha... Obg por ler e acompanhar o blog
Excluirchorei ...... :'(
ResponderExcluirObg por ter acompanhado :)
Excluiracho que tem um olho na minha lagrima :'(
ResponderExcluirOMG *-* que lindo,e ao msm tempo tão triste,Nossa,eu ameiiii,lindo de verdade.*-*
ResponderExcluirObg por ter acompanhado :)
Excluirameiii *--* vc nao sabe o quanto eu acho Michael lindo em ghost<3
ResponderExcluire agora essa fic baseada no clip ohh ameii mesmo!
triste mais linso de verdade
Priscila
Obg por ter acompanhado :)
Excluiradorei seria taõ bom se ele pudesse visitar todas nos.
ResponderExcluirObg por ter acompanhado :)
ExcluirGostei apesar de ser triste mais ao mesmo tempo romantico deveria ter continuação. Parte ||
ResponderExcluirbjs
Obg por ter acompanhado :)
Excluiramei a mini-fic emocionante , adorei o blog as fanfic tudo esta muito de parbens , virei fa dessas fnfic lindas bjs
ResponderExcluirObg por ter acompanhado :)
ExcluirNossa que triste, eu chorei demais :'( .... Eu imaginei uma pessoa nessa Fanfic... Que lindo
ResponderExcluirObg por ter acompanhado :)
ExcluirObrigada por terem lido, meninas. Escrevi com muito amor e carinho.
ResponderExcluirBeijos!