Autora: Leh Chaplin Michael'Jackson
Prólogo
Você já parou para pensar que certas coisas acontecem em nossas vidas simplesmente para que algo mude? As vezes más coisas acontecem, mas no futuro entendemos o porquê de tudo. E foi isso que Aurora aprendeu. Sem perceber ela estava dando atenção e importância apenas para uma parte de sua vida, e a outra parte estava deixando de lado, mas certo dia algo aconteceu e ela viu que temos que nos lembrar que existem coisas em nossa vida que são mais importante do que as outras, por exemplo, nossa família. Mas com o passar do tempo você vai aprender e vai ver o que Aurora teve que viver para lembrar do seu tesouro em sua vida.
Capítulo
1
Despertador
tocava insistentemente, me
viro para o criado-mudo e o desligo. Me levanto e suspiro sorridente,
estava tão feliz e disposta aquela manhã parecia acordar nova em
folha. Olho para a figura que dormia ao lado, meu marido. Me
espreguicei e fui em rumo ao banheiro, tomo um belo banho e saio
somente de roupão. Eu não iria trabalhar, até porque eu estava sem
emprego no momento, mas haveria de levar meu menino a escola.
Saio
do banheiro e vou até o closet, escolho um simples vestido e pego
minha lingerie para me vestir no quarto.
Delicadamente
deixo o roupão deslizar por meu corpo até o chão, pego a pequena e
delicada calcinha e a visto, me viro para a cama e vejo ele já
acordado com um sorriso safado nos lábios.
---
Não deveria fazer isso logo de manhã. Falou passando a mão em seus
cabelos completamente sexy.
---
Bom dia para você também. Acho que já teve bastante de noite.
Falei colocando meu sutiã e indo até ele na cama.
---
Bom dia, meu amor. Falou sorrindo para mim e já me puxando para um
beijo.
Estava
sentada sobre ele, o beijando e sentia ele se excitar já aquela
hora.
---
Oh Michael, agora não! Eu disse sentindo ele descer suas mãos em
minha cintura.
---
Vamos amor, só mais um pouquinho. Gemia em meio aos nossos beijos.
---
Tenho que chamar Isaac ainda para ir a aula. Disse segurando sua face
e o olhando sorridente.
---
Está bem. Disse dando um último selinho em mim.
Me
levantei de cima dele e peguei meu vestido para vestir, ele também
logo se levanta apenas de samba canção, completamente lindo. Passou
por mim e deu um tapa em meu bumbum, danado! Me vesti, arrumei meus
cabelos e passei uma leve maquiagem.
Fui
até o quarto de Isaac e ele ainda dormia tranquilamente, igual a seu
pai. Fiquei até com certa pena de acordá-lo aquela hora para ir
para a escola, mas ele havia de ir.
---
Filho, vamos ir para escola? Perguntei me sentando na cama e
acariciando o seu rosto.
---
Agora não mamãe. Falou manhoso virando para o outro lado.
---
Vamos, hoje irei levar você junto com o papai. Falei fazendo cócegas
nele.
---
Para, para... por favor. Dizia rindo, me olhou sorrindo e dei um
beijo em sua testa.
---
Está bem, agora vá se arrumar. Falei me levantando e vendo ele se
sentar na cama ainda sonolento.
Abro
as cortinas de seu quarto e vejo ele se levantar e ir em direção ao
banheiro tomar seu banho. Desço e vou até a cozinha, o cheiro de
café já estava gostoso aquela hora.
---
Bom dia, Maite. Falei entrando na cozinha e vejo minha governanta ali
já me servindo o café.
---
Bom dia, senhora Jackson. Falou sorrindo para mim.
---
Maite, é só Aurora, por favor. Falei a corrigindo, não gostava
muito que me chamassem de “senhora Jackson” me sentia muito mais
velha, e geralmente me chamavam assim em meu trabalho.
---
Bom dia. Michael falou entrando na cozinha me deu um selinho e se
sentou ali.
Não
demorou muito e meu pequeno descia já fazendo barulho e arrumado já
para ir à escola.
---
Bom dia, papai. Falou indo até Michael e o abraçando.
---
Bom dia, filhão. Disse beijando a testa dele.
Se
sentou ali junto com nós e tomamos café todos juntos, assim que
terminamos Michael já pegou seu paletó e seu óculos de sol para ir
até seu trabalho.
---
Vamos? Falei me levantando e já pegando a mochila de Isaac.
---
Já está pronta? Michael perguntou me olhando pegando também minha
bolsa.
Assenti,
Isaac também já estava pronto então fomos até a garagem. Eu iria
dirigir aquela manhã, geralmente era sempre Michael quem dirigia.
Levaríamos Isaac e depois eu deixaria Michael em seu trabalho.
---
Por que é a mamãe que está dirigindo hoje? Isaac perguntou sentado
no banco de trás curioso.
---
Porque eu não irei trabalhar hoje e preciso do carro para ir a
alguns lugares. Falei o olhando pelo espelho retrovisor.
Michael
apertou seu cinto e me olhou enquanto eu me arrumava no banco do
carro. Isaac curioso olhava pela janela do carro, Michael ligou o
rádio e assim eu dei a partida. Michael estava tão feliz quanto eu
hoje, a noite havia sido ótima e Isaac parecia ter dormido bem.
---
Mamãe, você está muito linda hoje. Isaac disse sorrindo e me
olhava.
---
Sua mãe está sempre linda, meu pequeno. Michael falou quando parei
no semáforo e tocou minha coxa.
---
Só vocês dois mesmo. Falei sorridente e vi Michael me olhar safado.
Eles
foram cantando James Brown até a escola de Isaac, e eu ia dirigindo
com atenção sorrindo com aquela perfeita união dos dois. Queria
que as coisas fosse assim para sempre, mesmo quando Isaac crescesse,
queria que sempre fosse assim chegado a seu pai.
---
Tchau mamãe. Falou me abraçando e me beijando.
---
Tchau meu anjo. Eu disse ajudando ele a colocar sua mochila nas
costas.
Ele
deu um beijo em Michael e saiu a correr para dentro da escola, era
engraçado ele ali no meio daqueles outros alunos, alguns maiores que
ele. De longe acenou para nós, Michael sorriu para ele acenando e
jogando beijinhos. Não demorei para dar a partida, senão Michael
chegaria atrasado aquela manhã.
Íamos
em silêncio, até Michael me olhar sério e sorrir.
---
Está tão bela hoje. Aquelas roupas sociais lhe deixam mais
experiente, mas prefiro você assim. Disse tocando minha coxa por
cima do vestido.
---
E você meu rei? A cada dia que passa está mais sexy. Falei tocando
também sua coxa e eu sentia sua mão subir tocando minha coxa por
debaixo do vestido.
---
Te amo minha rainha. Falou beijando meu pescoço, me fazendo se
arrepiar.
---
Oh Michael, te amo mais. Eu falei quase em um gemido quando o senti
tocar minha intimidade.
Eu
não deixaria assim, apertei sua coxa e toquei sem membro o fazendo
gemer. Eu sabia que aquilo despertaria ele, então parei de
provcá-lo, afinal não seria nada legal ver seu marido chegando no
trabalho excitado despertando desejos em outras mulheres.
---
Acho que está na hora de eu ir. Falou quando parei em frente a sua
empresa.
---
Nos vemos mais tarde. Disse sorrindo para ele, pois íriamos almoçar
juntos. Aproveitaria cada segundo com ele.
Tirou
seu cinto de segurança e me olhou sorridente, tirei meu cinto também
e ele me puxou para um beijo suave e demorado. Ele estava tocando já
meus seios por cima do vestido quando me lembrei que ainda tinha
coisas para fazer.
---
Amor, vamos deixar isso para mais tarde. Falei pegando em suas mãos
para que ele parasse com o que fazia.
---
Olha o que fez em mim mocinha. Disse apontando para seu pênis.
---
Não tenho culpa! E não deixei ninguém perceber. Não quero outras
mulheres o desejando. Falei dando mais um selinho nele.
---
E se cuide você também, esse vestido deixa seus seios um tanto a
vista. Falou olhando para meus seios enciumado.
Deu
um último beijo em mim e se arrumou para sair, cobrindo sua ereção
com seu paletó. E ri de seu jeito ao sair do carro. Esperei ele
entrar e dei a partida.
Capítulo
2
Eu
tinha 32 anos,
era casada e ainda por cima mãe, mas não perdia a oportunidade de
escutar um bom rock. As vezes as pessoas dizem que esses ritmos são
para adolescentes e jovens, e eu me lembro muito bem de quando tinha
meus 15 anos, vovó brigava comigo pelo modo como eu me vestia para
sair e as vezes até para ir para escola. Ela dizia que era apenas
uma fase que quando eu amadurecesse passaria, eu mudei, agora não
vestia aquelas roupas “loucas” como ela dizia, mas eu sempre
ouvia meus CD’s e via meus DVD’s quando podia.
Eu
iria ao salão, arrumaria meus cabelos, queria ficar bela para
Michael. Sabia que ele me amava da simples forma que eu era, mas um
agrado nunca faria mal, não é mesmo? Depois eu iria almoçar com
ele e faria algumas compras para casa.
Oh
droga, será que não tem estacionamento nesse lugar não?!
Eu
procurava uma vaga naquele shopping, aquela hora da manhã e aquele
lugar já estava cheio. Aff.
Estacionei
o carro, peguei minha bolsa, coloquei meus óculos de sol e desci.
Assim
que cheguei no salão cumprimentei com um “bom dia” as moças que
já estavam ali trabalhando e me sentei no sofá que havia ali
esperando para me atenderem. Esperaria a cabeleireira que já estava
acostumada comigo.
---
Bom dia Aurora, já essas horas aqui? Aline falou entrando no salão
e me viu ali sentada.
---
Estou lhe esperando. Falei sorrindo para ela.
Pediu
para que eu esperasse alguns minutos e logo já me chamaria. Eu tinha
o dia todo ainda, e já sentia falta de estar essas horas no
trabalho, mas não precisaria ter pressa hoje. Queria dar meu melhor
a Michael.
Aline
logo me chamou, falei o corte que eu queria e ela como já era minha
cabeleireira á alguns anos sabia o que eu queria.
---
Como está o maridão? Perguntou enquanto enxaguava meu cabelo.
Era
assim que ela chamava Michael.
---
Está bem, acabei de deixá-lo no trabalho. Falei me lembrando de sua
cara danada hoje mais cedo.
---
E seu pequeno príncipe? Estou com saudade dele, nunca mais veio
cortar o cabelo aqui. Falou agora enxugando meus cabelos.
---
Ele quer deixar seu cabelo crescer igual o do pai, acredita? E
Michael está lhe levando ao seu barbeiro, sabe como são aqueles
dois. Eu disse enquanto ela terminava de enxugar meu cabelo, para
logo já cortá-lo.
Todas
sabem que aquele negócio de salão é demorado, acabei saindo de lá
quase 11 horas da manhã. Fui em casa pegar a lista das compras e me
observei bem no espelho vendo como havia fica o corte.
Espero
que ele goste. Pensei
passando um batom vermelho em meus lábios realçando-os, do jeito
que Michael gostava, deixei meus cabelos soltos e ajeitei o vestido.
Avisei
a Maite que chegaria tarde, peguei meu celular sobre a mesa e vi uma
mensagem dele dizendo que já estava com saudades.
Peguei
a chave do carro sobre a mesa e logo fui em direção até o carro.
Liguei
o rádio do carro e fui até o trabalho de Michael escutando Guns N’
Roses, e cantando é claro. Mandei uma mensagem para Michael dizendo
que já estava chegando e assim quando parei na frente da empresa ele
entrou.
---
Hm… Guns N’ Roses? Falou entrando no carro.
---
Oh Aurora, como pode ser tão linda, amor? Falou me dando um selinho
e me fazendo sorrir com seu jeito.
---
Olha quem fala, se não é meu rei sexy. Disse dando a partida.
Ele
sorriu lindamente me fazendo sonhar com aquilo. Era meu homem.
Chegamos
no restaurante, descemos de mãos dadas e entramos. Logo fomos
abordados a uma mesa que eu havia deixado já reservada para nós, um
lugar mais tranquilo e romantico como eu diria. Almocei com ele,
fazia tempo que não nos encontrávamos assim em restaurantes chiques
depois que Isaac havia nascido, e como nosso tempo sempre foi corrido
saíamos mais nos feriados e finais de semanas.
---
Vai sair cedo hoje? Perguntei já parando novamente em frente ao seu
trabalho, pois ele precisava resolver muitas coisas ainda.
---
Acho que sim. Falarei com John apenas semana que vem, ele está
viajando. Falou pegando sua maleta.
---
Está bem. Tchau. Eu disse dando um beijo nele e o vendo sair
novamente.
Mais
tarde decidi ir ao supermercado e quando percebi as horas tinha que
ir buscar Isaac na escola..
Capítulo
3
Tomei
meu banho, me
arrumei, coloquei uma bela lingerie e passei um creme em meu corpo,
sabia que Michael amava sentir meu cheiro. Coloquei meu roupão de
seda e desci até a sala. Precisava dizer para irem dormir se não,
Michael e Isaac seriam capazes de ficarem a noite inteira brincando.
---
Vamos já para a cama,
pequeno.
Falei entrando na sala e via Michael jogar com Isaac.
---
Poxa mamãe, já? Perguntou manhoso ainda jogando com o pai.
---
Sim, amanhã você ainda tem aula. Terá sábado para jogar com seu
pai. Disse me sentando no sofa e vi Michael dar a pausa no jogo.
Ele
me olhou triste e veio até mim, sabia que ele queria me convencer
para deixá-lo jogar, mas aquela carinha de anjo não me enganaria
hoje.
---
Por favor mamãe, deixa eu jogar mais um pouquinho com o papai. Ele
disse se ajoelhando no chão e juntando as mãozinhas.
Michael
desligou o vídeo game e se sentou ao meu lado e riu do jeito de
Isaac, pequeno encantador de mulheres assim como seu pai.
---
Está vendo, esse menino tem todos suas manias. Falei pegando na mão
de Michael enquanto eu via Isaac fazer seus gestos carinhoso.
---
Filho, papai acabou de desligar o vídeo game. Agora iremos jogar só
sábado, okay? Vamos subir para pôr o pijama, meu garotão? Michael
disse pegando ele e o erguendo no alto fazendo ele soltar sua risada
engraçada.
Fiquei
ali na sala enquanto Michael subiu com meu pequeno e o fez dormir.
Olhei
para o jogo ali e tive uma enorme vontade de jogá-lo. Liguei a TV e
iniciei o jogo, era corrida. Com certeza quando Michael voltasse iria
rir diante de minhas caras e bocas feitas durante o jogo.
---
Prontinho. Está dormindo como um pequeno anjo. Hummm senhora Aurora
Vetra Jackson, jogando vídeo game? Falou se sentando ao meu lado e
pegando o outro controle.
Eu
pausei o jogo e o olhei, seu olhar me transmitia uma sensação
safada e um tanto excitante. Ele mordeu os lábios e reiniciou o
jogo, iríamos jogar juntos seria engraçado e ele não iria me
passar.
---
Está pronta senhora Jackson? Ele disse me olhando desafiador, danado
me pagaria depois mais tarde!
---
Estou senhor lindo gostoso Jackson. Disse no mesmo tom sexy que ele
fizera.
E
não deixei de acariciar sua coxa e deslizar até seu membro. Eu
percebi que ele se arrepiou inteiro e se desconcertou no jogo. Demos
a partida seria divertido jogar depois de tantos anos com meu marido.
Você
vai ver bonitão, não lhe deixarei passar. E se caso passar, não
usarei minha mão no controle.
Pensei
sorrindo safada com isso.
Eu
sabia que isso era o que chamamos de “roubar” no jogo, mas seria
divertido, afinal jogava com meu marido.
---
Você não ficará muito tempo na liderança senhora Jackson. Disse
mordendo os lábios e apertou com força os botões do controle, como
coisa que aquilo adiantasse.
---
Calma senhor Jackson, tem uma coisa perigosa que posso fazer com você
sem ser no jogo. Eu disse despreocupada e um tanto convencida, eu
sabia que ele já imaginava sobre o que eu falava e aquilo mexeria
com sua forma e seu pensamento de homem.
Ele
mordia os lábios e parecia estar doido para passar a minha frente,
parecia me provocar, mas ele teria o que queria aquela noite.
---
Veja agora senhora Jackson o rei liderando. Falou convencido e uma
voz sexy me fazendo estremecer por dentro.
---
Então é assim? Vamos ver quem ganha então esse jogo. Disse
largando o controle sobre a mesinha da sala e o olhando sedutora, sem
pensar duas vezes eu comecei a tocar sua coxa delicadamente e desder
até seu membro.
Senhor
Jackson, hoje o dia não é seu. Pensei
o acariciando.
---
Oh Aurora assim não vale! Disse mais como um gemido quando comecei a
abrir seu cinto e já abaixava seu zíper.
Eu
não disse nada, apenas continuei a brincar com ele. Coloquei minha
mão em sua cueca e toquei seu membro que se enrijecia a cada
investida minha. Ele mal conseguia se concentrar no jogo, gemia
baixinho e se mexia quando sentia eu tocá-lo.
---
Oh meu amor, assim não dá. Gemeu sem tirar os olhos do jogo,
parecia um daqueles nerds com uma namorada cheia de desejos tentando
chamar sua atenção.
---
Eu sei que você também quer. Seu… você sabe, me diz. Sussurrei
em seu ouvido e desci dando leves beijos em seu pescoço.
Ele
fingiu que eu nem estivesse ali. Mas o danado iria me pagar.
Peguei
o controle de sua mão, pausei o jogo e coloquei o controle sobre a
mesinha ali. Sabia como despertar seus desejos aquela hora. Fui até
o vídeo game e me coloquei em uma posição que eu sabia que lhe
daria toda a visão de meu bumbum, pois como eu vestia apenas uma
camisola curtinha, isso aconteceria. E foi o que fiz. Eu fui até lá
e desliguei o vídeo game.
---
Oh céus… Pude escutar aquele gemido baixinho sair de seus lábios
quando eu o provoquei.
Ele
não resistiria aquilo, eu sabia que não, logo ainda Michael que era
o mais quente e sexy homem na cama.
Capítulo
4
Eu
me virei para ele
e
o vi sentado no sofá acariciando seu membro que ainda estava dentro
da cueca boxer. Mordia seu lábio inferior e com o olhar sedutor ele
me chamava para que pudesse me amar naquela hora.
Fui
até ele praticamente desfilando e ele parecia não aguentar aquilo,
me apoiei com as duas mãos na sua coxa e sentei de frente para ele
sobre seu membro. Segurava suas mãos não o deixando me tocar,
beijava ele loucamente explorando sua boca e duelando com sua língua.
Eu me levantei lentamente de cima dele e peguei em sua mão, o
arrastei até o quarto escada acima.
Tranquei
a porta e em seguida o levei até a cama, empurrei ele o qual caiu
deitado. Ele não fazia nada apenas observava o que eu fazia.
Segurando
seus braços me sentei sobre ele rebolando sobre seu membro rigído
que fazia um enorme volume em sua calça.Deixei meu roupão cair
ficando apenas com a lingerie em sua frente. Suas mãos iam na minha
cintura e ele subia em direção aos meus seios.
O
ajudei a se livrar de sua camiseta social que já estava com os
botões abertos. Arranhei seu peito e ouvi um gemido rouco sair de
seus lábios. Fiquei em pé no chão e voltei minha atenção para
seu membro, que parecia querer estourar o zíper de sua calça preta
também social. Rapidamente eu desci o zíper, abaixei sua cueca
trazendo seu membro pra fora, e logo tirei sua calça por completo o
deixando como viera ao mundo.
Ele
gemia palavras safadas e maliciosas enquanto tinha pressa em se
livrar de minha calcinha, o mesmo com meu sutiã. Em cerca de
segundos eu o vi tirar meu sutiã e o jogá-lo em um canto qualquer.
Umedeceu seus lábios e em segundos meus mamilos se encontravam em
sua boca, as vezes mordia levemente e chupava.
Não
aguentaríamos esperar muito tempo para nos amar, então com mais
agilidade ainda, Michael tirou minha pequena e última peça que
restava em meu corpo. Em um gemido alto ele me penetrou, me levando a
loucura.
Gemidos,
urros, sussurros e palavras maliciosas saíam de nossas bocas a todos
momentos conforme suas investidas eram dadas.
---
Oh God… Michael gemeu apertando com força meu quadril e eu sabia
que não demoraria muito para chegar ao seu orgasmo.
Foi
então que comecei a subir e descer cada vez mais rápido, ele
apertava minha cintura com força e eu sabia que ficaria roxo. Não
demorou muito para sentir seus espasmos me preencher, logo em seguida
também cheguei ao êxtase.
Ofegante
Michael me puxou para ele, ainda dentro de mim ele me beijou e me
abraçou. Recuperamos o fôlego e acabamos dormindo abraçados e
cansados daquele amor.
Era
assim eu o conquistava com apenas meu olhar, o mesmo ele fazia
comigo. Seu olhar penetrante, que parecia invadir minha alma e já
saber o que eu queria. Desde que nos conhecemos éramos assim, e eu
esperava que fôssemos assim para sempre, sempre queria o demonstrar
que mesmo com o passar dos anos nunca nos enjoaríamos um do outro,
sempre seríamos assim fogosos e com nossas maneiras de demonstramos
amor um pelo outro.
No
dia seguinte não acordei tão cedo, apenas senti seu beijo suave em
minha testa e seu cheiro másculo quando havia entrado no quarto.
Aquele era um de seus gestos carinhosos que me faziam se sentir cada
vez mais apaixonada por ele conforme o passar dos dias.
Também
escutei a voz alegre de meu menino aquela manhã a alegrar a casa.
Veio se despedir de mim quando Michael o chamou para ir para a
escola.
Eu
fiquei e acabei dormindo até mais tarde, estava cansada. Ultimamente
tive trabalhando muito, porém agora meu contrato na escola havia
acabado e decidiria procurar uma vaga no próximo mês. Queria
aproveitar alguns dias com Isaac em casa, por mais que tivesse
trabalho apenas de manhã Isaac tinha aula o dia todo e quase não
saíamos durante a semana.
Eu
me acordei me arrumei e decidi ficar em casa mesmo, afinal Michael
havia ido trabalhar com o carro e para mim seria difícil sair sem
ele, até que uma de minhas amigas me ligou e marcamos um
encontro em uma cafeteria, é claro que ela passaria para me levar.
Capítulo
5
[By
Michael]
Acordo
aquela manhã satisfeito
e de bem com a vida, afinal tive a melhor noite de todas com a mulher
que eu amava.
O
sono estava bom, mas infelizmente eu teria que me levantar, o
trabalho me esperava. Bocejei e me levantei, tinha uma visão
maravilhosa aquela manhã de Aurora dormindo completamente nua e se
cobria com o lençol.
A
deixei dormindo e fui tomar meu banho aquela manhã para despertar.
Cheguei até a cantarolar algo enquanto me banhava. Tomei um banho
demorado e gostoso, não demorei a me arrumar, pois ainda teria que
levar Isaac à escola. Arrumei minha gravata no espelho e fiquei
vendo se meu cabelo estava arrumado, acabo vendo o reflexo de Aurora
dormindo tranquilamente. Vou até ela e a observo dormir ali.
---
Eu te amo muito, meu amor. Eu disse dando um beijo em sua testa
tomando cuidado para que ela não acordasse.
Abri
a porta do quarto e sai em direção as escadas, acabo vendo Isaac
descer já arrumado.
---
Papai! Ele disse alto quando me viu a descer os degraus.
Assim
que cheguei no último degrau com ele, ele pulou em meus braços e me
deu um beijo na bochecha me dando um “bom dia” e eu sorria com
seu jeito alegre já pelas manhãs.
---
Você quer cereais? Perguntei vendo Isaac se sentar ali na mesa para
tomarmos café aquela manhã.
Ele
assentiu e sorriu para mim. Nos servi e comemos. Enquanto eu
terminava de tomar meu café da manhã e me arrumar para ir para o
trabalho, Isaac foi até o quarto e deu um beijo na mãe. Eu subi e
observei seus gestos de carinha para com ela.
---
Filho, está na hora de ir. Falei olhando o relógio em meu punho.
Ele
beijou a testa dela e pegou a sua mochila, logo depois pegou em minha
mão e fomos para o carro.
Dei
a partida e liguei o rádio do carro e ao som de The Beatles levei
Isaac a escola. Assim logo fui para meu trabalho, hoje teria muitas
coisas a resolver. Precisaria falar com John a respeito de algumas
coisas e papeladas da empresa.
---
Bom dia, senhorita Grogan. Falei para minha secretária entrando em
meu escritório.
---
Bom dia, senhor Jackson. Ela disse quando eu entrei e sentei em minha
cadeira e ela arrumava uma pilha de papéis ali.
---
Algum aviso? Alguém ligou? Perguntei a ela colocando meu notebook
sobre a mesa e já o ligava.
---
Senhor John ligou, disse que lhe enviou um e-mail e que gostaria que
o senhor lêsse assim que pudesse. Ela falou colocando aqueles papéis
em uma pasta e os guardava na gaveta.
Liguei
meu notebook já logo fazendo o login em meu e-mail. Tinham algumas
mensagens sem importância e a de John. Abri e li com atenção. Não
respondi o e-mail, pois eu queria falar com John naquela mesma hora e
não ficaria esperando até ele responder o e-mail.
---
Alô, Michael? Eu escutei aquela voz dele que ficava irritante no
telefone.
---
Eu mesmo. John não sei se entendi bem o que você quis dizer no
e-mail. Falei enquanto senhorita Grogan arrumava alguns arquivos ali.
---
Como assim cara? Escrevi da melhor forma que pude. Disse se
defendendo, sabia que o que viria pela frente não era nada bom.
---
Eu entendi, mas queria que me explicasse melhor. Falei calmo, não
queria escutar já seus discursos aquela hora da manhã.
Ele
ficou quieto por um instante, parecia procurar palavras para me
explicar e eu já estava ficando agoniado.
---
Bom, é o seguinte… Michael eu estava por aqui resolvendo esses
assuntos da empresa, e tive pensando que se você viesse para cá
seria melhor. Facilitaria as coisas, pois como disse para você não
tenho como voltar à Orlando tão cedo. É muita papelada e coisas
para resolver. Falou devagar e tentanva me explicar da melhor forma
possível.
---
Oras cara, era só isso? Eu posso ir para L.A, só precisaria falar
com Aurora. Falei olhando para o teto do escritório, seria tão
fácil se ele já tivesse me dito.
---
Não cara, você não entendeu! Disse duro, me parecia estar
estressado com essas coisas.
---
Então diga logo. Falei já também sem paciência.
Eu
fiquei atento enquanto ele me contava, eu apenas o escutava enquanto
ele alterava a voz me fazendo entender rudemente o que ele queria. Eu
tive receio quando ele me contou, talvez seria uma coisa boa a se
fazer, mas talvez não a certa. Eu chegaria em casa e conversaria
calmamente com Aurora, dependeria apenas dela.
Capítulo
6
[By
Michael]
Me
despedi de senhorita Grogan, e
fui até o carro logo dando a partida e indo buscar Isaac na escola.
Estava
pensativo desde de manhã, sobre o que John havia me falado, tinha
medo de Aurora não aceitar, pois a maioria de seus parentes moram
aqui. Eu não queria brigar com ela por causa disso, as coisas
estavam tão boas que eu as vezes temia em me arriscar a dizer.
Cheguei
na escola de Isaac e fui até a sua sala, a professora sempre
esperava que os pais fossem buscar na sala.
---
Olá, boa tarde. Vim pegar o Isaac. Eu falei o procurando naquele
monte de crianças da mesma idade dele.
---
Isaac Jackson, onde está meu pequeno? A professora sorriu para mim e
o chamou para ir embora.
Eu
vi ele erguer a cabeça e sorrir para mim na porta. Ele vinha só de
meia trazendo a mochila nas costas e o par de tênis na mão. Me
abaixei para ajudá-lo a pôr o tênis.
---
Desculpe senhor Jackson, é que tiveram brincando hoje e faz pouco
tempo que voltamos para a sala. A professora dizia me olhando
enquanto eu amarrava o cadarço do tênis dele.
---
Sem problemas. Até mais. Falei sorrindo e Isaac se despediu dela.
Peguei
em sua mãozinha pequena e fomos em direção ao carro, e uma chuva
fininha começa.
---
Vamos filhão, corre. Falava sorrindo e segurando em sua mão para
que não caísse ou ficasse para trás.
Escutava
sua voz dizendo algo que eu quase não entendi direito e sua risada
quando enfim entramos no carro. Dei uma toalha para ele se enxugar.
Por
causa da chuva chegamos um pouco mais tarde em casa devido ao
trânsito que demorou. Isaac foi direto tomar banho para não ficar
resfriado e eu procurava por Aurora.
---
Maite, sabe onde está Aurora? Perguntei olhando para o relógio em
meu punho.
---
Ela saiu com as amigas hoje de tarde. Disse que não demorava. Ela
falou me olhando preocupada.
Eu
subi para nosso quarto e também decidi tomar um banho enquanto
Aurora não chegava. Não demorei muito no banho, enrolei uma toalha
em volta de minha cintura e abri a porta do banheiro. Eu estava tão
distraído com meus pensamentos que…
---
Uau, Aurora! Escolheu bem o maridão hein. Escutei risadas e vozes
femininas no quarto me fazendo levar um susto.
Eu
virei para elas e as vi na cama sentada me olhando dos pés a cabeça.
Com os olhos arregalados eu escutava os comentários maliciosos
delas.
---
Nossa que volume. Oh my God! A outra falou apontando para meu membro
me fazendo corar com aquilo.
Dei
um sorriso amarelo e coloquei a mão na frente dele, sem pensar duas
vezes eu voltei para o banheiro. Só sairia de lá quando aquelas
mulheres saíssem de lá.
Felizmente
não demorou muito, pois escutei Aurora pedir licença á suas amigas
e me chamou dizendo que eu já podia ir.
---
Por que não me avisou? Perguntei saindo do banheiro e a vi sentada
na cama a me olhar.
---
Porque nem sabíamos que você estava no banho. Desculpa. Falou vindo
até mim e me abraçou.
A
beijei carinhosamente e sorri para ela, me lembrando de que ainda
deveríamos conversar.
---
O que foi amor? Foi algo que eu fiz? Está chateado por causa das
meninas? Perguntou quando me viu desmanchar meu sorriso quando a
olhei.
---
Não minha rainha. Nós precisamos conversar depois. Falei quebrando
aquele clima tenso que ficou entre nós lhe dando um selinho.
Ela
sorriu para mim e me deu um beijo tocando meu peito, até que minha
toalha caiu e ela sentiu meu membro tocar sua cintura.
---
É melhor se arrumar. Espero você lá embaixo. Disse sorrindo para
mim e me deixando ali pensativo.
Eu
me arrumei, coloquei uma roupa simples para ficar em casa, na verdade
eu iria colocar um pijama, mas não arriscaria que elas me vissem de
roupas inadequadas. Desci até a sala de jantar e vi Aurora
sorridente, completamente linda, ali com suas amigas. Eu não ficaria
ali, pois só haviam mulheres e como sabemos existem coisas que
mulheres não gostam de falar para suas amigas quando tem um homem
por perto. Fui até a sala e Isaac jogava vídeo game.
---
Já fez o dever de casa? Perguntei me sentando no sofá o olhando
virar o controle do vídeo game sentado no chão.
---
Não ainda, irei fazer mais tarde com a mamãe. Falou continuando a
jogar seu jogo.
---
Filho, sua mãe está dístraida com suas amigas vai demorar até que
todas vão embora, acho melhor eu lhe ajudar hoje. O que acha?
Perguntei dando pausa no jogo, pois só assim ele prestaria atenção.
---
Ah papai… agora não. Falou manhoso me olhando com aqueles olhos
castanhos escuros como os meus.
---
Vamos filho… se tivessemos ido lá para cima talvez já teria
terminado. Falei tentando convencê-lo.
Ele
me olhou pensativo, foi até a TV a desligou e fez o mesmo com o
vídeo game, voltou até mim sorriu e pegou em minha mão.
---
Está bem, mas amanhã iremos ver quem ganha no jogo que luta. Falou
convencido e me puxava pela mão.
Fomos
até seu quarto e eu ajudei ele a fazer seu dever de casa, e fiquei
com ele brincando até que as amigas de Aurora fossem embora. Vi que
ele estava cansado e já o fiz dormir. Beijei a sua testa e quando ia
apagar a luz Aurora abre a porta lentamente. Sorriu para mim e deu um
beijo em Isaac. Pegou em minha mão para sairmos do quarto, desliguei
a luz e a vi ir na minha frente.
---
Agora já podemos conversar, papai. Falou sexy olhando para mim
enquanto eu ia atrás dela até o quarto.
---
Acho melhor você tomar um banho, assim conversaremos melhor. Falei
fechando a porta do quarto e lhe dando um selinho nos lábios.
Ela
assentiu, pegou suas roupas e foi para o banheiro enquanto eu fiquei
ali na cama sentado pensando em como diria tudo à ela assim que
voltasse.
Oras
Michael, não tem com o que se preocupar ela vai entender. Pensei
olhando para o teto desabotoando minha camiseta.
Não
demorou para ela sair do banheiro enrolada em seu roupão de seda
extremamente sexy. Pegou um dos seus cremes e se sentou na cama.
---
Pode falar agora se quiser enquanto eu passo a loção. Disse me
olhando e já o abria e ia espalhando pelo corpo.
Suspirei
fundo e procurei as palavras exatas em minha mente.
---
Sabe Aurora, John me ligou hoje e me disse algumas coisas importantes
sobre a empresa, e como você sabe estamos enfrentando alguns
problemas. Ele me disse que não tem como sair de Los Angeles agora,
tem muitas coisas a resolver e falou que seria tudo mais fácil se eu
estivesse lá. Pediu que eu fosse para lá… só que na verdade
teremos que ir todos nós. Falei observando ela e lembrando de cada
palavra irritada de John naquela manhã.
---
Por que eu e Isaac temos que ir junto? Só você já não resolveria?
Perguntou se levantando e tirou seu roupão de seda ficando apenas
com sua delicada camisola.
---
Amor, é que é o seguinte… John disse que teríamos que nos mudar
daqui, sabe? Ir morar em Los Angeles, pois assim facilitaria nosso
trabalho. Eu fiquei de ligar para ele para confirmar, mas primeiro
preciso de sua opinião. E então, o que acha de nós três ir morar
em Los Angeles? Eu disse olhando para ela que me observava sentada na
beira da cama.
---
Oh meu amor, se é para o nosso bem e para que eu sempre veja o belo
sorriso que surgem em seus lábios… nós iremos. Mas é claro, não
esqueça de perguntar ao nosso garoto sobre o que ele acha. Ela disse
se deitando e me abraçando.
Eu
fiquei sem palavras, jamais tinha sido tão fácil convencer Aurora à
fazer algo assim tão difícil, pois ela amava aquele lugar. Havia
nascido ali, crescido, estudado e me conhecido. Sua atitude me fez
perceber que ela sempre faria aquilo que me deixaria feliz. Abracei
ela e beijei sua cabeça e sorrir por saber que nunca jamais tive
arrependimento algum de estar com Aurora desde que nos conhecemos.
Capítulo
7
Eu
ri com os comentários das
meninas quando Michael saiu do banheiro, na verdade eu ri mais foi da
cara que ele fez quando nos viu ali, mas não gostei de quando
perceberam o volume dele, afinal não é bom ter suas amigas
desejando seu marido. Até porque de todas elas o meu era o mais
gato, não só porque era o meu marido que eu o achava o mais lindo,
mas os delas eram completamente sérios e só pensavam em jogos. Aff!
Me
divertir com elas, fazia um bom tempo que eu não fazia isso, pois
sempre estava ocupada com o trabalho. Assim que elas foram embora fui
até o quarto, não vi Michael então deduzi que ele deveria estar no
quarto de Isaac brincando com ele.
Droga
acabei esquecendo de ajudá-lo a fazer seus deveres. Me
lembrei quando ia abrir a porta.
Michael
cobria Isaac e deu um beijo na testa dele, antes de ele sair do
quarto também fui até meu pequeno que dormia tranquilamente e
depositei um beijo e sua face.
Peguei
na mão de Michael e já fui o puxando para fora do quarto, pois
desde a hora em que eu o vi só de toalha no quarto estava doida para
tê-lo a qualquer momento. Olhava em seus olhos e sabia que ele tinha
algo de importante para me falar, mas parece que não conseguia me
dizer. Pediu para que eu tomasse banho e logo assim que eu voltasse
ele iria me contar. E nesse momento já estava ficando preocupada,
Michael nunca foi de temer o que tinha para me falar, sempre que algo
o incomodava ele me contava, mas realmente aquela noite ele estava
estranho.
Não
demorei em tomar meu banho, não queria esperar muito para saber da
notícia. Me enrolei em meu roupão e peguei minha loção de
amêndoas para espalhar em meu corpo. Quando olhei para Michael o vi
encarar o teto do quarto e parecia pensativo. Me sentei na beira da
cama e comecei a passar o loção enquanto ele me falava.
Eu
tive uma certa dúvida antes de respondê-lo sobre o que eu achava em
nos mudarmos para Los Angeles, não que eu não quisesse ir morar lá,
o problema era que eu havia nascido e me criado em Orlando e muitos
de meus parentes moravam lá, facilitando assim a visita na casa de
qualquer um. Mas como disse para ele, se era para que eu sempre visse
aquele belo sorriso em seus lábios que fossemos para Los Angeles,
bom até porque acredito que Michael teria até melhores condições
do que hoje em dia, não que fossemos pobre, mas seria melhor do que
é. Lá ele resolveria as coisas mais depressa e a empresa cresceria
muito mais. Eu o entendia.
Não
disse muita coisa a ele, só disse que aceitaria, mas é claro
teríamos que conversar com nosso pequeno a respeito disso. Ele
sorriu para mim. Tirei meu roupão e deitei junto á ele e o abracei
apertado.
No
dia seguinte assim que Michael chegou do trabalho nos sentamos nós
três na sala e perguntamos á Isaac o que ele acharia de morar em
Los Angeles, sem dúvidas aquele pequeno amou a ideia. Pulou nos
braços do Michael e sua risada se ouvia pela casa inteira, melhor do
que ver o sorriso de Michael era ver o sorriso de Michael e de Isaac
juntos.
Naquela
noite nós fomos ao cinema e jantamos em um restaurante belíssimo.
Assim que tudo fosse resolvido faríamos uma festa de despedida com
alguns amigos, parentes e é claro alguns coleguinhas de Isaac da
escola.
---
Eu sabia que ele ficaria feliz. Falei me deitando na cama ao lado de
Michael.
Ele
apenas sorriu e me puxou para seus braços procurando meus lábios
para beijá-los.
---
Agora quem eu vou deixar feliz vai ser você, minha rainha. Falou
girando me fazendo deitar e ele ficar sobre mim.
Beijava
meus lábios e acariciava minha língua com a sua. Minhas mãos
tocavam suas costas fazendo um carinho e o puxando cada vez mais para
mim. Desabotuei sua camiseta do pijama e ele ia descendo seus beijos
para meu colo. Ele ergueu minha camisola e levantei meus braços para
ajudá-lo a tirá-la. Sem demorar ele já se deliciava em meus seios,
apertava um com sua enorme mão e o outro chupava loucamente me
fazendo gemer.
Tirou
minha calcinha e tocou com seu dedo minha entrada, apenas deslizava
me deixando louca. Seu membro dentro da calça do pijama tocava minha
vagina que estava completamente encharcada, molhando sua calça.
Doida para que ele me penetrasse eu tirei a calça dele e vi que
estava sem cueca.
Ótimo
meu amor, você sempre facilita tudo!
Pensei
rebolando tocando sua glande.
Ele
gemeu alto e me penetrou de uma vez só, me fazendo gemer seu nome e
palavrões que estavam presos em minha garganta.
Ele
se sentou na cama me colocando sobre ele para facilitar as
investidas. As estocadas foram dadas cada vez mais rápido, até que
atingimos o prazer.
Capítulo
8
[By
Michael]
---
Alô, Michael?
John
perguntou assim que atendi o telefone.
---
Sim John. Diga. Falei vendo minha secretária entrar em silêncio.
Eu
estava tentando comprar uma boa casa e bem localizada em Los Angeles,
e é claro que quem estava fazendo toda a negociação era John.
Venderia minha casa que eu tinha em Orlando e compraria uma casa lá,
com certeza seria maior e mais luxuosa, afinal, só sairia dali se
fosse para morar em um lugar melhor. Sempre pensaria em meu filho e
em Aurora, sempre queria o melhor conforto para eles.
John
falou que faltaria apenas algumas coisinhas e a casa seria minha. Dei
pulos de alegria e agora não podia ver a hora de chegar em casa e
contar a Aurora. Eles também estavam mais que ansiosos para ir morar
lá, Aurora queria arrumar um emprego lá e Isaac estava doido para
fazer novas amizades.
Ainda
demoraria entre dois ou três meses para nos mudarmos, mas já
fazíamos nossos planos.
Fiz
as mesmas coisas de sempre, li contratos, assinei folhas, li e-mails,
liguei para Aurora e no final do dia esperei Aurora vir me buscar.
Isaac estava já com ela e pareciam felizes. Demorei a descobrir o
que faríamos, na verdade era uma surpresa para mim, mas não
consegui e por curiosidade acabei insistindo para que contassem.
Iríamos
visitar um tio de Aurora que tinha uma fazenda, não uma simples
fazenda, mas uma fazenda enorme cheia de animais e árvores de tudo
quanto é tipo. Andamos a cavalo e corremos naqueles matos.
---
Quem é o garotão do papai? Perguntei erguendo Isaac pelo braços e
ele ria que só.
---
Michael, cuidado! Aurora falava com aquele tom de mãe cuidadosa.
Joguei
Isaac para cima e aí ela quase teve um ataque, mas como sempre eu o
peguei e o abracei escutando sua doce risada.
No
final do dia comemos queijos caseiros e algumas tortas que a tia de
Aurora tinha feito, é o dia foi cansativo, mas tive minha
recompensa. A tia de Aurora não queria que fôssemos embora tão
cedo, mas eu ainda iria trabalhar no outro dia.
Nos
despedimos e agradecemos por tudo, levei Isaac dormindo nos meus
braços até o carro e o coloquei, estava cansado tão quando eu. Me
sentei no banco ao lado de Aurora e vi ela dar a partida.
---
O seu dia foi cansativo, não é mesmo? Perguntou acariciando minha
face e me olhando mal aguentar a abrir os olhos.
---
Muito... mas foi ótimo. Falei sorrindo para ela e a vi retribuir.
---
Só não durma, viu? Não tenho como levar vocês dois depois para a
cama. Disse dando uma risadinha e prestava atenção nas estradas
escuras.
Ela
tocou minha coxa apenas a acariciando e eu já estava cochilando ali.
Só me lembro de chegar em casa e ela ter me chamado, cai na cama
igual um bagaço. Apenas senti Aurora deitar completamente cheirosa e
me abraçar beijando meu peitoral.
Capítulo
9
Conforme
os dias iam se passando eu
via Michael chegar em casa cada vez mais feliz, Isaac perguntava
todos os dias quando iríamos nos mudar e Michael sempre respondia
“espere, a casa já é nossa. Agora precisamos dos móveis”.
Essa
semana Michael tinha ido para L.A. Falou que mais alguns dias apenas
e iríamos para nossa casa. Eu sabia que ele fazia isso porque nos
amava, não deixaria eu e Isaac irmos para a casa sem que ele achasse
que tudo estivesse perfeito. Ele havia me ligado várias vezes
naquele dia e sempre ouvia um tom de alegria em sua voz.
---
Amor, está na hora de dormir. Falei entrando na sala e vendo Isaac
conversar com o pai no telefone.
Ele
se despediu do pai dizendo que o amava. Pegou em minha mão e juntos
subimos a escada, ele estava dormindo na minha cama e de Michael, e
quem pediu para que ele me vigiasse assim de perto? É claro foi o
pai lindo dele.
---
Mamãe sabia que você está muito bonita, mesmo que esteja de
pijama? Isaac disse deitado na cama me observando arrumar a cortina.
---
Sério? Você acha? Você acha que seu pai gosta assim? Falei dando
uma voltinha em frente ao espelho.
---
Claro mamãe. Está uma gata! Papai falou para cuidar de você, e
disse que te ama muito. Ele disse sorrindo para mim e quando deitei
minha cabeça no travesseiro ele acariciou meu rosto.
---
Eu o amo muito mais. E é claro que eu amo você muito muito muito
também. Falei fazendo cócegas nele.
---
Mamãe, eu não vejo a hora de ir para a nossa nova casa. Mas eu irei
sentir muitas saudades dessa daqui. Falou meio triste, pois desde que
casei com Michael nós morávamos ali. Fiquei grávida de Isaac ali e
quando ele voltou da maternidade foi ali que ele ficou.
O
abracei e dormimos juntos, eu estava preocupada com Michael, pois
estava lá em um hotel sozinho. Estava tendo sonhos ruins e acabei
acordando em um sobressalto e quando me dei conta o telefone tocava.
Com certa dificuldade eu o atendi, olhei no visor era Michael.
---
Bom dia, meu amor. Como estão? Falou sorridente aquela hora da
manhã, que se não me engano eram seis e meia.
---
Bom dia... não dormi bem essa noite, e Isaac está dormindo ainda. E
você, meu bem? Falei me olhando no espelho com a cara pálida e
cabelos desalinhados.
---
Dormi pouco, mas dormi bem. Tirando as vezes que eu procurava na
cama. Falou rindo me fazendo ficar feliz, como eu amava aquela risada
gostosa que só ele tinha!
---
Mas me diga, por que não dormiu bem? Perguntou carinhoso, as vezes
lembrava de meu pai.
---
Eu tive uns pesadelos com Isaac e você. Mas acho que é porque dormi
preocupada com você. Falei me lembrando do sufoco que passei naquele
pesadelo.
Ele
pediu para que eu não me preocupasse, pois ele estaria de volta de
noite. Pediu que assim que Isaac acordasse eu o ligasse para que ele
pudesse falar com ele. Era sábado, Isaac chamou alguns de seus
amiguinhos da escola e brincaram enquanto eu li e estudei um pouco
sobre minha matéria favorita: História. Além de ser minha favorita
eu era apaixonada por essa matéria, desde pequena. Mamãe dizia que
eu nunca faltava nos dias em que teríamos aula de história, e é
por isso que quando fui para a universidade eu escolhi história.
Em
L.A seria mais fácil e talvez ganharia até melhor do que aqui em
Orlando, e eu não via a hora de ir visitar uma escola e fazer uma
entrevista. Não gostava de ficar em casa parada, por mais que
Michael sempre ganhou bem e sempre cuidou muito bem de mim e de
Isaac, mas acho que uma mulher que quer ter suas coisas e quer se
dizer independente dos outros, precisa de um emprego. As vezes
Michael dizia “Aurora, fique em casa hoje”, mas eu gostava
daquilo que eu fazia, que era ensinar e tornar mais pessoas
apaixonadas por história.
Michael
chegou seis horas da tarde, o observei chegar. Largou suas coisas e
correu para abraçar Isaac que feliz pulou nos braços do pai. Me
arrumei rapidamente e desci, quando olhei para a escada Michael
estava lá, me olhando sorridente.
Ele
tirou seus óculos de sol e quando eu cheguei até ele, Michael me
ergueu e me beijou. Quando ele me colocou de volta no chão e
acariciei seu rosto e tirei alguns de seus belos cachos que caiam
sobre sua face.
---
Amor, vamos fazer a nossa festa de despedida hoje! Amanhã faremos as
malas e segunda-feira de manhã estaremos chegando em L.A. Ele disse
completamente feliz.
---
Mas Michael, como vamos fazer a despedida hoje? Eu não convidei
ninguém ainda. Falei segurando em sua mão enquanto ele me arrastava
escada acima.
---
Não se preocupe, liguei para Maite e para todos que iríamos
convidar. Por que acha que os amiguinhos de Isaac estão aqui? Eu
liguei para ele de manhã e combinei com ele. Falou rindo da minha
cara de lerda que eu fazia.
---
Seus danados! Nem me disseram nada. Falei dando um leve tapa em seu
braço.
---
Oras, queríamos que fosse surpresa. Disse entrando no quarto me
puxou e trancou a porta.
---
Aí seu danado! O que está fazendo? Eu disse fingindo estar brava
quando bati minhas costas na parede.
---
Estava com tanta saudades desse corpo. Oh Aurora! Falava beijando meu
pescoço e prensando seu corpo contra o meu.
Sem
dúvidas não demorou muito para que Michael me amasse ali mesmo. Ele
ergueu meu vestido o tirando, tirou suas calças apressadamente e meu
sutiã também foi arrancando por suas mãos grandes. Ele me ergueu e
eu abracei sua cintura com minhas pernas sentindo seu membro mais que
rígido tocar minha vagina. Com a ajuda dele tirei a última peça
que restava em meu corpo e o vi se livrar também de sua cueca.
Toquei seu membro pulsante e ele me penetrou devagar, porém fundo.
---
Oh amor, vai... assim... assim. Oh God! Gemia beijando meus seios e
me penetrando loucamente.
Se
eu não estivesse tomada pelo prazer eu teria rido das caras sofridas
que Michael fazia. Ele palpava meu bumbum e beijava meus seios,
enquanto eu arranhava suas costas gemendo seu nome baixinho.
Não
demorou para chegarmos ao êxtase e com as pernas bambas Michael me
levar até a cama. Ele deitou me abraçando e assim que recuperamos o
fôlego fomos juntos tomar banho. Afinal ainda teria a despedida.
Ele
se arrumou mais rápido do que eu e eu fiquei ali terminando meu
banho, me sentia tão feliz e triste ao mesmo tempo, mas com certeza
depois de ter amado Michael meu dia ficou melhor. Me arrumei e desci,
Isaac também já se encontrava arrumado e de cabelo penteado,
parecia um mocinho e eu ri. Estava na sala mostrando alguns de seus
jogos novos para seus coleguinhas.
---
Olhem quem chegou aí! Uau, Aurora. Jéssica disse sentada em uma
mesinha no jardim com algumas outras de minhas amigas.
Nós
rimos perante os comentários dela, e me lembrei do dia em que
Michael saiu do banheiro só de toalha. Jéssica era aquele tipo de
amiga bem-humorada e cheia de coisas a dizer. Me sentei junto a elas
e vi Michael passear pelo jardim cumprimentando alguns vizinhos que
chegavam com o tempo.
Logo
percebo Isaac correr ali com seus coleguinhas, talvez fosse a última
vez que brincassem juntos. Eu estava completamente fora da conversa
delas, pois só pensava em como as coisas seriam lá.
Capítulo
10
Depois
de uma noite de festa e
mais um dia arrumando malas e separando coisas para serem embaladas
agora estávamos eu, Michael e Isaac. Isaac dormia tranquilamente
segurando a minha mão e a de Michael. Eu observava pela janela o
tempo passar. Estava ansiosa para chegar, olhei para Michael e ele
também dormia.
Droga,
vocês dois só sabem dormi! Pensei
me irritando, pois queria passar o tempo conversando.
Lembrei
de um livro que eu tinha comprado e comecei a lê-lo, esperando que o
tempo passasse mais depressa.
Quando
me dei conta já anunciavam nossa chegada. Acordei Isaac e Michael já
estava acordado me olhando sorridente como nunca. De mãos dadas
desembarcamos e Michael chamou um taxi.
---
Mamãe, papai me disse que a nossa casa aqui é bem grande. Isaac
falou chamando minha atenção e eu sorri bagunçando seus cabelos
cacheados herdados do pai.
Eu
o abracei e beijei sua cabeça enquanto Michael dava as informações
certas para o taxista. Parecia que quanto mais as ruas e casas se
passavam mais longe ficava, e minha ansiedade ia aumentando cada vez
mais.
---
É aqui. Michael falou apontando para um enorme portão que por trás
escondia grandes árvores e um belo jardim.
Descemos
do carro e Michael pagou o taxista, vejo John também sair de um
carro preto que estava parado ali na frente e vir me cumprimentar.
Michael sorriu para mim eu estava tão nervosa que nem retribui,
apenas senti ele pegar em minha mão e nos guiar até a entrada
daquela enorme casa.
Eu
estava muda, eu não acreditava no que via, era tudo tão maravilhoso
ali. O jardim era muitas vezes maior do que o da nossa casa em
Orlando, era tudo muito maior. Isaac nem deu bola mais para nós,
saiu correndo por aquele jardim a fora a sorrir. Senhor John nos
levou até o hall e depois nos apresentou cada cômodo. Me apresentou
também alguns poucos empregados que estavam ali.
---
Venha quero lhe mostrar nosso quarto. Michael falou segurando em
minha mão e me arrastando por uma escada que havia ali que dava a um
enorme corredor.
---
Oh Michael, é muito lindo. Eu disse de boca aberta quando ele abriu
a porta e dei de cara com um enorme e luxuoso quarto. E é claro com
uma visão um tanto romântico.
O
quarto era amplo, tinha cortinas brancas e um porta janelas que daria
na sacada, a cama era grande e me parecia maravilhosa para uma bela
noite de sono ou de amor, sobre a cabeceira da cama havia um quadro
pendurado era uma foto minha e de Michael em nosso casamento. Havia
um belo lustre e o ambiente parecia um tanto aconchegante em noites
de invernos e fresco para noites de verão. Era perfeito para mim e
para Michael.
Eu
me virei para Michael e o abracei, e correspondi com carrinho seus
beijos. Aquilo não teria parado por ali se Isaac não tivesse
chegado e pigarreado. Eu olhei para ele e sorri, meu pequeno correu
até nós e pulou em nossos braços dando gargalhadas. Me chamou para
ver seu quarto e eu fiquei ainda mais impressionada em como Michael
sempre nos deu do bom e do melhor.
Mais
tarde saímos e fomos conhecer a cidade e o que teríamos de
entretenimento agora para as horas vagas. Michael passou em frente a
escola na qual talvez matricularíamos Isaac e me mostrou as
pracinhas dali.
Demoraria
para me acostumar com as coisas ali, mas não me arrependeria de
nada. Ali teria novas oportunidades para trabalhar e lugares para
passear com Isaac, não que em Orlando não tivesse, mas ali em Los
Angeles era diferente.
Capítulo
11
Algumas
semanas após ter
chegado em L.A e agora eu estava a procura de uma escola para Isaac.
Estava me acostumando com minha casa luxuosa e grande aos poucos.
Michael acabava de sair para o trabalho e eu fiquei arrumando os
documentos para matricular Isaac e é claro deixaria meu curriculum
em uma escola.
O
levaria naquela escola que Michael havia me mostrado, até agora era
a mais perto de casa e mais bem vista pelos cidadãos dali.
Segurei
na mão de Isaac e meio perdidos nos dirigimos até a escola, logo em
seguida pedimos informações ao guarda e ele nos levou até a
secretaria da escola.
---
Olá, em que posso ajudar? Uma bela moça perguntou com um sorriso
amigável na face.
---
Olá, somos novos aqui na cidade e queria saber se há vagas para
matricular meu filho aqui. Falei apertando a mão dela que ela
estendeu para mim.
---
Temos sim. Trouxe os documentos? Por favor, vamos até a sala da
senhora Margarett fazer a matricula. Falou me guiando em um corredor
grande e me fazendo reparar cada detalhe ali. Aquela escola parecia
ampla e bem organizada.
Ela
bateu em uma porta no fim daquele corredor e alguns minutos depois
uma senhora baixinha bem vestida nos cumprimentou também com um
sorriso no rosto. Aquela moça que havia nos levado até ali falou
para ela o que queríamos e a senhora sorriu mais ainda quando ela
disse que eu queria matricular Isaac ali.
Entramos
na sala e nos sentamos na frente de sua mesa, a senhora pediu
silêncio e saiu, logo depois voltou com alguns papéis na mão.
Talvez fosse o contrato e tudo mais que eu deveria saber.
Ela
me explicou desde o sistema de ensino deles, regras e o pagamento. Me
deixou ciente de tudo e sem duvida alguma, aí após isso começou a
fazer a matrícula de Isaac.
---
Qual é o nome desse mocinho? E o nome da senhora também, por favor.
Perguntou sorrindo simpática.
---
Isaac Vetra Jackson e Aurora Vetra Jackson. Falei sorrindo e me
certificando de que todos os documentos que eu precisava estavam ali.
---
O nome do pai? E a profissão. Perguntou olhando por cima dos óculos
para o monitor do computador a sua frente.
---
Michael Joe Jackson, empresário. Falei olhando para Isaac sorrindo,
ele não parecia ter gostado muito daquela escola, mas acho que era
por não estar acostumado com aquele ambiente.
---
Quantos aninhos nosso pequeno Isaac tem? Ela interrogou agora
sorrindo para Isaac que olhou para o chão acanhado.
---
Cinco. Falei passando a mão nos cabelos dele que estavam mais que
bagunçados.
Ela
pediu uma foto 3x4 dele e mais alguns documentos, pediu também minha
assinatura confirmando o contrato e marcou o dia que Isaac começaria
a estudar ali, que seria na próxima semana. Comprei seu uniforme que
era melhor do que da sua escola em Orlando que parecia roupa de
teatro.
Depois
que sai da escola de Isaac fui até uma outra escola do ensino médio
e levei meu curriculum, a garota da secretária parecia não ter dado
muito valor e importância, apenas pegou o envelope e jogou sobre a
mesa sorrindo de soslaio para mim.
Levei
Isaac para almoçar comigo e fomos comprar alguns materiais novos
para ele.
Mais
tarde fui buscar Michael no trabalho e ele ficou feliz em saber que
consegui matricular Isaac naquela escola.
---
Acho que aquela secretária nem vai avisar sobre meu curriculum.
Falei deitada abraçada em Michael que mexia em meus cabelos.
---
Não fique assim, você vai ser chamada. Me dê alguns e deixarei em
cada escola que eu passar em frente. Ele disse me fazendo rir.
---
Como foi o trabalho hoje? Perguntei beijando seu peito nu e
desenhando algo invisível com meu dedo.
---
Foi bom, agora preciso de uma secretária. Maite não pode aceitar a
proposta que eu a fiz. Mas logo logo acharei uma. Disse me fazendo
olhá-lo com certos ciúmes.
---
Lembre-se de que ela não pode ser mais bonita do que eu, okay? Disse
fazendo ele notar meus ciúmes.
---
Oras minha rainha, onde acharei uma mulher mais perfeita do que você?
Sabe que eu sou só seu e você só minha. Ele disse tocando minha
face e eu o beijei apaixonada como quando eu tinha meus 17 anos e o
vi sair da piscina da escola todo molhado com suas pernas longas
expostas e seu peitoral, foi ali que me apaixonei por ele.
---
Acho bom, meu rei. Só meu! Falei beijando toda a sua face e ele
sorria.
Me
lembrava exatamente de tudo desde que nos conhecemos, ele era alguns
anos avançados do meu e eu sempre o via passear nos corredores da
escola com aquelas loiras peitudas, enquanto eu apenas o observava de
longe perdendo as esperanças, mas destino é destino. Aquelas
peitudas até hoje não passaram de garotas que perderam seu tempo
dando em cima de Michael.
Capítulo
12
[By
Michael]
---
John, chame a primeira. Falei
impaciente sentado atrás da minha mesa olhando cada curriculum
enviado.
---
Está bem. John falou abrindo a porta de meu escritório e chamando a
primeira moça que parecia pouco interessada.
Ela
se sentou e sem sorrir me cumprimentou. Perguntei quais seus
objetivos para aquele ramo, seus empregos anteriores e quais tipos de
experiências ela tinha.
Não
a contratei, logo descartei. A achei muito desinteressada e
antipática para alguém que deveria ser uma secretária que estaria
sempre atendendo os clientes e as chamadas no telefone.
Foi
o que aconteceu com todas as outras quatro. Até que a última foi
chamada, estava vestida com roupa social e sorria vez ou outra. Me
respondia sempre olhando em meus olhos. Era uma bela moça, solteira
e de boa aparência, não parecia ter vicio algum.
Lhe
dei meu cartão e disse que assim que resolvesse a ligaria, mas com
certeza seria ela quem eu chamaria.
Mandaria
um e-mail a ela no dia seguinte, pois precisava com urgência de uma
secretária ali para me ajudar com aquelas papeladas e coisas foras
do lugar em meu escritório, eu já estava deixando John louco com
aquilo.
---
Já decidiu qual vai contratar? John perguntou entrando no escritório
e se sentando na poltrona ali.
---
Sim, são muitas, mas eu já escolhi. Falei sorridente me levantando
e indo até a janela.
---
Que cara danada é essa cara? John falou rindo de mim e eu me
irritei.
---
Oras John, sabe que sou casado! Pare com isso. Falei irritado e me
sentei de frente para meu computador checando pela décima vez o
curriculum daquela moça.
O
dia foi demorado, mas aquela tarde saí mais cedo. Quando cheguei em
casa Isaac brincava sentado na grama no jardim com seus bonecos,
abracei ele e entrei em casa cansado. Subi e fui tomar um banho. Me
arrumei e desci para a sala e encontrei Aurora sentada lendo um
livro. Quando ela me notou ali ela largou o livro e veio correndo até
mim e me abraçou.
---
Michael, eu fui contratada! Como eu estou feliz, meu amor! Disse
feliz e me beijava o pescoço.
---
Oh amor, que bom. Fico feliz por você. Falei me sentando no sofá
com ela ainda abraçada em mim.
---
Começo semana que vem. E como foi o seu trabalho? Perguntou mexendo
em meus cabelos.
---
Foi bom, contratei uma secretária hoje. Bom, quer dizer, entrevistei
algumas, mas já decidi qual vou escolher. Eu disse quando vi Isaac
entrar na sala com seu boneco que parecia ter quebrado.
Isaac
veio até mim e me olhou com cara de choro, seu boneco tinha quebrado
e eu peguei em minhas mãos, tentei arrumar mas não teve muito
sucesso.
---
Amanhã o papai compra outro para você, okay? Eu falei passando a
mão em seus cabelos cacheados como os meus.
---
Papai, não precisa comprar outro. É só fazer um curativo nele.
Disse me mostrando que o boneco ainda estava novo, apenas tinha
quebrado o braço.
Aurora
foi até a cozinha e pegou uma fita e passou em volta do braço do
boneco. E em instantes Isaac já saiu a correr e a brincar pela casa.
Me deixando a sós com Aurora.
Ela
olhou para mim safada e me beijou tocando meu peitoral. Parecia estar
com saudade, ela me ajudou a se livrar de meu paletó, gravata e da
minha camiseta de algodão social. Ela passava suas unhas em meu
peito e as mãos em meus mamilos.
Meu
pênis tocou seu bumbum, e ela gemeu em meu ouvido. Nós não
podíamos nos amar ali, então peguei ela em meus braços e a levei
até o quarto. Tranquei a porta e me sentei na poltrona com ela sobre
mim. Ela se levantou e se agachou na minha frente, tirou meus
calçados e minhas meias. Sentou sobre minhas coxas e abriu meu
cinto, logo já descendo o zíper de minha calça. Segurei em seu
bumbum e me levantei para ajudá-la a tirar minha calça e minha
cueca. Ela tocou meu membro latejante e novamente se agachou em minha
frente, beijou minhas coxas e minha barriga. Ela encarou meu pênis e
a vi umedecer seus lábios com a língua.
Céus,
agora que eu morro de tesão por essa mulher. Pensei
ofegando com suas carícias com as pontas dos dedos em minha coxa.
Ela
se levantou na minha frente e se despiu, ficando apenas com uma
pequena calcinha preta de rendas que eu adoraria arrancar com a boca.
Se abaixou e deu um leve beijo em minha glande me fazendo segurar um
gemido alto. Passou a ponta de sua língua em toda a extensão de meu
membro e antes que eu pudesse raciocinar algo ela beijou e chupou
meus testículos, não tive como segurar e acabei gemendo pedindo
para que ela me chupasse.
Ela
apertou minhas coxas e lambeu meu pênis, em seguida o colocou na
boca, passava minha glande em sua bochecha e com sua língua ela
acariciava ele. Automaticamente minhas mãos foram em direção ao
seus cabelos, os segurando com força e ajudando ela a fazer
movimentos em sua boca.
---
Oh Aurora, que boca meu amor! Vai amor, vai minha gostosa, chupa.
Gemia tocando os seios dela enquanto ela brincava com meu membro.
---
É assim amor? É assim que gosta que eu brinque com seu instrumento?
Falava me masturbando agora e eu já estava a ponto de ter um orgasmo
ali.
Ela
o chupou mais algumas vezes e eu gozei em sua boca, ela mais que
satisfeita saboreou meu gozo e sentou sobre minhas pernas me fazendo
a penetrar, me beijou e eu senti o gosto de meu próprio prazer.
Cavalgou
sobre mim alguns minutos nos fazendo gemer palavrões roucos e em
seguida gozamos juntos. Ela deitou sua cabeça em meu ombro e juntos
tentávamos recuperar o fôlego.
Capítulo
13
Estava
tão feliz, pois
hoje começaria meu trabalho e a escola de Isaac. Me acordei seis
horas da manhã, pois começaria a trabalhar muito mais cedo do que
antes.
Logo
tratei de me levantar e ir tomar meu banho cedo para me despertar.
Michael ainda dormia tranquilamente ali, amava acordar e vê-lo
somente de cueca e coberto com um lençol quando dormia. Ele era
realmente muito lindo, meu amor.
Peguei
minha roupa, uma roupa simples, mas elegante ao mesmo tempo. Eu era
professora de história e dava aula para o ensino médio. Eu queria
dar a eles uma boa impressão, tanto como simpática e modesta como
autoritária.
Penteava
meus cabelos em frente ao espelho quando vi o reflexo de Michael, ele
estava deitado com as mãos embaixo da cabeça e sorria para mim.
---
Como pode estar tão linda assim essas horas da manhã? Ele disse me
olhando se arrumar e eu sorri com seu comentário.
---
Aurora, não acha que essas roupas tiraram a atenção de seus
alunos? Ele perguntou novamente quebrando o silêncio aquela manhã
cedo.
---
Oh meu amor, como quer que eu me vista? Não estou mostrando nada
demais. Eu disse me defendendo, realmente Michael exagerava as vezes
nas coisas.
---
Mas olhe, essa roupa é um tanto justa e daqui mesmo vejo seus seios.
Se fosse para ficar comigo até deixaria usar essa roupa, mas assim
não. Ele disse com aquele jeito dele todo mandão e eu fiz o que ele
pediu.
Coloquei
outra roupa, bem na verdade só troquei a blusa. Não estava frio,
mas tinha uma brisa gelada aquela manhã, então até que não foi
ruim trocar de roupa.
Me
perfumei e dei um selinho em Michael, pois o danado só sairia mais
tarde e tinha ainda algumas horas de sono pela frente. Desci para a
cozinha e tomei meu café. Dei uma última olhada no espelho para ver
se meu cabelo estava comportado, peguei minha bolsa e fui até o
carro e me dirigi até a escola.
Eu
teria que estar lá sete horas, pois a aula começava meia hora
depois. Eu estacionei meu carro e meio nervosa eu peguei minhas
coisas e desci. Ia sorridente, cumprimentei o guarda da escola e fui
até a sala dos professores. Não tinha muita gente ali, mas os que
ali estavam eu cumprimentei e me apresentei.
---
Seja bem-vinda, senhora Jackson! Espero que goste de nossa escola. A
diretora da escola falou sorrindo para mim e apertando minha mão.
A
maioria dos professores ali estavam sentados em um sofá e assistiam
ao jornal que passava aquela hora da manhã. Outros pareciam
corrigirem provas e prepararem matérias. E eu apenas fiquei ali
sentada de pernas cruzas e olhava da janela alguns alunos chegando
com cara de sono, e eu ri.
Eu
dava aula desde os primeiros meses de casada com Michael, era
acostumada a falar gírias e as vezes sem querer me escapava um
palavrão. Eu sabia interagir com adolescentes daquelas idades, as
vezes falava coisas que faziam eles rirem e isso me tornava as vezes
a professora preferida da turma.
Nunca
pelo que eu me lembrava nenhum aluno saia infeliz da minha aula, eu
as vezes tinha que chamar a atenção de alguns, mas o jeito que eu
os ensinava parecia que prendia a atenção deles na matéria, o que
os faziam querer saber mais e mais sobre aquilo. Era o que Michael
disse quando assistiu minha primeira aula.
Eu
tinha orgulho e prazer de fazer o que fazia, ensinar para eles aquilo
que eu sabia e contar as histórias as vezes mais estranhas e talvez
até constrangedoras me deixava feliz. As vezes ouvia alguns alunos
dizerem que nunca tinham se interessado tanto por história antes de
terem aula comigo, não que eu esteja sendo convencida, mas acredito
que eu tinha o dom.
O
sinal tocou, e os professores ali pareciam chateados com aquela
segunda-feira, alguns faziam até uma cara de dor e parecia que
estavam sendo obrigados a dar aula.
Eu
peguei minha bolsa e olhei no horário que estava pregado em um mural
ali cada aula de cada turma. Olhei ali e vi a sala que eu deveria ir,
a diretora da escola foi comigo e me deixou na porta da sala meio
nervosa.
Eu
entrei e arriei minha bolsa na mesa e os cumprimentei com um “bom
dia galera”, era assim que eu sabia que deveria começar. Minha
inspiração para dar aula vinha de um ex-professor meu, “Lucas”
professor de artes. Eu tinha uma certa queda por ele, ele era
inteligente e sabia ensinar sua matéria não a tornando uma coisa
cansativa, mas sim interessante. Anos depois ele teve que sair da
escola e no ano seguinte eu conheci o homem pelo qual estou
apaixonada até hoje. Michael.
Os
alunos me responderam meio sonolentos e eu ri da cara de cansados que
eles faziam. Eu estava decidida que não seria nada legal uma
professora chegar dando matéria no quadro e muito menos dever de
casa. Então, eu me apresentei a eles falando um pouco sobre minha
vida e o que eu gostava de fazer em horas livres. Perguntei a cada um
seus gostos musicais e o que faziam para se divertir, a maioria
confessava que passava a metade do tempo escutando rock e navegando
na internet fazendo amizades em redes sociais. O que eu poderia dizer
daquilo? Oras eram jovens e eu também já fui e sabia que o que era
novidade sempre nos chamava atenção.
O
dia não demorou a passar e com certeza eu conheci muita gente nova
naquele dia. Era final da tarde quase sete horas da noite e eu agora
que estava saindo para ir para casa.
Havia
ligado para Michael e pedi a ele que fosse buscar Isaac, pois eu não
conseguiria chegar na hora.
Eu
cheguei cansada em casa, mas feliz. Michael estava sentado em uma
mesinha no quintal da casa vendo o pôr do sol e Isaac tomava banho
de piscina e chamava a atenção de Michael hora ou outra pra mostrar
como ele sabia nadar.
Entrei
deixando o carro na garagem e fui até ele. Arriei minha bolsa no
chão e me sentei no colo de Michael. Estava tão lindo. Estava
descalço, cabelos bagunçados e sem camisa alguma.
Beijei
seus lábios e estavam com gosto de vinho, aproveitei para acariciar
seu peito. Aquele homem me deixava mais louca por ele a cada dia que
se passava.
Agora
meus dias passaram a ser assim, eu acordava cedo, ia trabalhar, e
voltava para casa já de noite e via Michael e Isaac apenas poucas
horas por dia.
Quando
completou três meses que estávamos ali Michael decidiu pagar uma
van para levar Isaac a escola, pois nem todos os dias ele entrava o
mesmo horário no escritório e haviam vezes em que ele precisava
sair mais tarde. Então Isaac vinha de van com as outras crianças e
ficava em casa depois com a babá.
Eu
acabei fazendo amizade com uma professora da escola em que eu
trabalhava, Emilly. Ela era professora de ciências, ela era
divertida e estava sempre rindo e é claro estava já virando minha
melhor amiga ali.
Michael
gostou da amizade que eu havia feito com ela, só não gostava quando
ela queria as vezes me arrastar para a balada. Ela era meio maluca as
vezes!
Capítulo
14
Estava
corrigindo alguns trabalhos dos
alunos quando Michael entrou na sala arrumado e completamente
cheiroso.
---
Amor, vamos dar uma volta? É sábado e você está aí corrigindo
provas. Vamos sair um pouco, deixe para corrigir amanhã. Ele disse
se sentando a minha frente e me olhando com atenção.
---
Eu gostaria muito de ir Michael, mas veja estou cheia de trabalhos
para corrigir e estou tão concentrada nisso daqui que acho que
quando eu terminar só vou conseguir ir direto para a cama. Eu disse
mostrando a pilha de trabalhos que tinha para corrigir, fora o monte
de redação que eu teria que ler e corrigir aquele final de semana.
---
Está bem. Vou levar Isaac comigo. Está entediado de só ficar em
casa. Voltamos mais tarde. Ele falou com a chave do carro nas mãos e
me deu um beijo na testa logo saindo.
Isaac
também veio se despedir de mim, implorou para que eu fosse, mas eu
realmente não queria atrasar a entrega dos trabalhos.
Eu
corrigi e deixei as redações para domingo de tarde, pois sabia que
eu iria dormir a manhã toda. Eu havia ido dormir tarde, era quase
quatro horas da manhã quando fui dormir aquele sábado.
Michael
havia pedido pizza e comeu junto com Isaac, eu só fui comer antes de
eu ir para a cama. Morta de cansada eu tomei um banho e me joguei na
cama, sem acordar Michael.
O
final de semana havia se passado e se resumindo em correção de
provas. Emilly me deu uma carona na segunda-feira para o trabalho,
ela era realmente doida e muito engraçada.
---
Como foi o final de semana? Aproveitou o maridão? Perguntou enquanto
dirigia sorrindo para mim.
---
Que nada, passei foi corrigindo provas. Eu falei olhando as coisas
passarem pelos vidros do carro e ficarem para trás.
---
Como assim? Tem um maridão gato daquele e não aproveita? Você não
pode ser normal. Ela falou rindo de mim e me fazendo pensar
besteiras.
---
Emilly! Apenas tenho compromisso e responsabilidade com meu trabalho.
Falei a repreendendo e rimos depois.
Chegamos
na escola e não demorou para o sinal bater e cada uma ir para sua
sala.
Entreguei
os trabalhos dos alunos e falei a eles que planejava levá-los ao
museu, a maioria da turma havia tirado notas boas.
Eles
gostaram da ideia e eu prometi a cada um deles que assim que eu
chegasse em casa pesquisaria sobre isso.
Quando
a aula terminou eu decidi ligar para Michael para que ele viesse me
buscar. Estava chovendo e Emilly havia ido embora mais cedo aquela
noite.
Eu
ajeitei minhas coisas e esperei ele na frente da escola enquanto a
chuva caía molhava a cidade de Los Angeles. Não demorou muito para
que eu visse o carro preto parando na frente da escola e logo entrei.
Ele estava lindo, parecia ter acabado de voltar de algum lugar com
Isaac. Depositei um selinho em seus lábios e ele deu a partida.
---
Como você está? Ele perguntou prestando atenção no trânsito,
pois com aquela chuva quase não dava de enxergar nada.
---
Estou bem, o dia hoje foi maravilhoso. E você? Disse sorrindo para
ele e quando olhei para o banco de trás vi Isaac dormindo.
---
Estou bem. Que bom... o que teve de tão especial assim? Perguntou
sem me olhar.
---
Entreguei as provas dos alunos e conversamos sobre alguns passeios
que planejo com eles para os próximos meses. Quando chegar em casa
me lembre de pesquisar alguns museus que posso levá-los. Eles amaram
a ideia. Eu disse pegando meu celular e olhando alguns mensagens que
Emilly me enviou, ela também estava pesquisando.
---
E onde foi com Isaac? Perguntei vendo que haviam várias chamadas
perdidas em meu celular.
---
Fomos jogar boliche, se esqueceu? Eu tinha prometido a ele, pois ele
tirou nota boa na prova de matemática. Liguei várias vezes para
você, mas não atendeu. Ele falou enquanto eu olhava as mensagens
que ele havia mandado e as chamadas perdidas em meu telefone, acabei
me sentindo culpada por esquecer que havíamos prometido ir juntos.
---
Oh desculpe. Sempre desligo o celular quando estou na sala e acabei
tendo que falar com a diretora depois da aula e esqueci. Acredita,
ela quer que eu dê aula de noite. Eu disse sorrindo e Michael apenas
me observou sem dizer nada.
Chegamos
em casa, ele pegou Isaac em seus braços com cuidado e o levou para
seu quarto. Eu liguei meu notebook e comecei a pesquisar o preço das
entradas em alguns Museus e as passagens de ônibus.
Michael
tomou banho e perguntou se eu queria comer algo, eu não estava com
fome e falei a ele que tinha algumas coisas para pesquisar e ele
apenas assentiu e foi lá para baixo.
Eu
tinha achado alguns pacotes em um site online para levar a turma,
salvei aquela página como favorito em meu navegador e mandei um
e-mail para Emilly, que com certeza essas horas deveria estar
dormindo.
Eu
percebi que Michael demorava para voltar e decidi ver o que ele fazia
e chamá-lo para dormir.
Fui
na cozinha e ele não estava lá, então eu ouvi o barulho da TV
ligada e ele deveria estar na sala.
Quando
cheguei na sala o vi dormindo sentado, desliguei a TV e o acordei
para que ele subisse.
Capítulo
15
[By
Michael]
Era
sexta-feira de manhã,
acordei e passei a mão na cama tentando achar Aurora, mas parecia
que já tinha se acordado.
---
Aurora? Amor? Falei me sentando na cama e procurando ela pelo quarto
com os olhos.
Ela
não respondia. Era feriado, ela deveria estar em casa. Me levantei e
fui procurá-la no banheiro, também não estava lá. Desci e fui até
a sala, as vezes ela acordava cedo para assistir seu programa de TV
favorito, o que era muito raro acontecer agora, mas era seu costume.
Eu
fui no jardim, nas salas, na cozinha e quase liguei para Emilly, mas
era cedo e feriado, seria muito chato da minha parte. Eu subi e fui
ao quarto de Isaac, ele ainda dormia, então decidi tomar um banho e
me arrumar. Depois ligaria para Aurora.
Tomei
um banho rápido, queria apenas me despertar. Eu decidi dar uma
olhada em meus e-mails, John havia ficado de me enviar um e-mail com
alguns assuntos sobre a empresa.
A
minha caixa de e-mail estava vazia, na verdade havia um e-mail ali e
os demais eu já havia lido. Era de Aurora. Eu li aquilo com atenção
e fiquei um pouco aborrecido.
Em
pleno feriado e a única folga que ela teve durante todos esses meses
ela ainda saiu.
“Amor,
Sei
que quando você acordar não vou estar mais, então decidi lhe
escrever esse e-mail.
Não
se preocupe comigo, estou em um parque com minha turma.
Chegarei
tarde.
Me
desculpe por não estar em casa hoje, é que eu realmente estava
devendo isso para ele.
Nos
vemos de noite.
Beijos,
Aurora”
Eu
não tinha nada contra ela sair com sua turma, nem ficar um pouco
mais tarde na escola, não queria deixá-la triste agora. Não, não!
Jamais, ela estava tão feliz por estar dando aula que quando chegava
em casa mesmo cansada e me mostrava seu sorriso eu ficava feliz.
Estávamos
saindo pouco juntos, muito menos com Isaac, pois quando morávamos em
Orlando saíamos quase todos os dias. E ali a metade do tempo era no
trabalho, mas eu sabia que ela não havia esquecido da gente, só
estava apenas passando a maior parte de seu tempo fazendo aquilo que
ela gostava. Eu tinha muito orgulho de Aurora, ela era muito
inteligente e para mim não existia mulher mais linda do que ela. Era
ela que estava no meu coração desde o dia que eu á vi naquele jogo
como líder de torcida.
Isaac
era exatamente como ela, era muito parecido comigo, mas seu jeito de
tratar as pessoas e de pensar era como ela.
Ele
já planejava o que queria estudar e o que queria fazer quando
crescesse. Era organizado e estava sempre brincando.
---
Papai? Está aí? Ele perguntou me fazendo se despertar de meus
devaneios e eu sorri para ele quando o vi na porta sorridente para
mim.
---
Entre meu anjo, como está? Dormiu bem? Perguntei vendo ele vir
correndo e pular na cama e corri para abraçá-lo.
---
Estou bem papai, dormi. E você? Onde está mamãe? Ele perguntou
enquanto eu bagunçava seus cabelos tão sedosos quanto os da sua
mãe.
---
Dormi muito bem. Sua mãe foi em um passeio com a turma, só voltará
mais tarde. Podemos sair juntos hoje... o que achas? Falei ainda
abraçado a ele e vi seus olhinhos tristes quando disse que sua mãe
já havia saído.
---
Onde podemos ir hoje? Ele perguntou mexendo em meus cabelos e eu
achei aquilo engraçado.
---
Quem sabe poderíamos ir no cinema ou em algum parque aquático.
Falei sorrindo para ele e vi seu sorriso lindo novamente aquela
manhã.
---
No parque aquático, papai! Posso chamar um de meus amiguinhos para
ir junto com a gente? Perguntou mais que sorridente agora.
Eu
assenti e o vi correr para seu quarto se arrumar para irmos enquanto
eu fiquei ali para ligar para seu coleguinha e o levar junto conosco.
Eu
também me arrumei e passei protetor em Isaac se sua mãe visse ele
queimado seria o terror para mim.
O
dia passou rápido e perto das quatro horas da tarde voltamos para
casa, Aurora chegou muito tarde e estava tão cansada que só tomou
banho e logo dormiu.
Ela
acordou cedo no sábado e quando eu desci eu a vi sentada na sala
lendo algumas redações, não a interrompi, pois sabia que ela
estava concentrada ali. E o final de semana acabou passando mais
rápido do que já costumava passar e ela não aproveitou um
pouquinho com a gente.
Capítulo
16
Hoje
seria o fechamento do semestre,
então eu havia passado a semana inteira realizando provas com meus
alunos e o final de semana as corrigindo. Eram trabalhos e mais
trabalhos, provas e mais provas para que todos conseguissem alcançar
a devida média.
Eu
estava dando aula agora não só para os alunos do ensino médio, mas
também os do supletivo todas as noites. Então eu saía de casa sete
horas da manhã e chegava apenas depois das dez.
Eu
teria reunião de noite com os responsáveis dos alunos e de noite
com o fechamento de notas, chegaria em casa mais cansada que o
normal.
Era
aquele horário do meio dia e eu conversava com Emilly, aquela maluca
falava cada coisa...
---
O que você vai fazer nesses três dias de folga, Aurora? Ela
perguntou enquanto eu olhava meu novo horário de aulas.
---
Eu não sei... acho que vou passar dormindo pra ser bem sincera. Céus
acordando todo dia seis horas e indo dormir meia noite não é bom.
Quando não vou dormir lá para as três da manhã com insônia.
Disse olhando para ela que por trás dos óculos dava de perceber que
olhava para algum garoto bonito.
As
reuniões foram como toda reunião é, chatas e enjoativas, tirando a
que tive com a minha turma, pois no final acabamos pedindo pizzas e
comemos juntos. Cheguei em casa tarde, Michael e Isaac já estavam
dormindo completamente lindos.
Tomei
meu banho, coloquei minha camisola e me deitei sem acordar Michael.
Ele ainda estava de calça social e camiseta social também, parecia
ter me esperado. Desliguei o abajur e me deitei.
Acabei
pegando um livro e ligando o abajur, pois eu não conseguia dormir.
Minha cabeça estava a mil aquela hora ainda. Quando eu consegui
pegar no sono eram quase cinco horas e como eu já estava acostumada
a acordar as seis eu dormi menos de uma hora e logo tive que
levantar.
Michael
quando acordou me disse que havia reservado uma mesa para nós em um
restaurante e disse que depois poderíamos ir em algum parque.
Como
eu estava aqueles três dias de folga não custaria sair com meu
marido e meu filho aquele dia.
O
restaurante em que fomos era realmente muito chique e assim que
chegamos logo fomos abordados a uma bela e bem arrumada mesa no
último andar, lá era mais tranquilo e bonito com certeza.
---
Amor, você acredita que a minha turma noturna foi a que tirou notas
mais altas? Estou tão orgulhosa deles... a diretora havia me dito
que história era o que menos interessava á eles. Você precisa ver
minhas turmas. Falei orgulhosa enquanto Michael limpava a boca de
Isaac que estava suja com molho do macarrão.
---
Mesmo? Que bom, fico feliz por você. Isaac também teve reunião
essa semana, eu quase não pude ir, mas a professora dele disse que
era de grande importância. Michael disse aquilo me deixando sem
palavras.
Céus!
A reunião de Isaac! Droga que mãe eu sou? Pensei
arrependida por ter esquecido pela primeira vez algo de meu filho e
uma lágrima inundou meus olhos, mas não queria mostrar minha
irresponsabilidade ali e nem agora.
Eu
nunca havia esquecido nenhuma reunião de Isaac na escola, nunca
havia esquecido quando prometíamos a ele que o levaríamos a algum
lugar se tirasse notas boas nas provas.
Depois
de almoçarmos Michael decidiu irmos caminhar em um parque ali, fazia
quase três meses que nós não saíamos assim e aquele dia foi
ótimo, mas quando cheguei em casa lembrei de que tinha que preparar
minhas aulas, não queria deixar nada acumular.
Eu
cheguei em casa e logo fui para meu pequeno escritório onde havia
minha bagunça da escola. Peguei meu caderno onde eu anotava cada
assunto das aulas de cada turma.
Estava
concentrada resumindo um texto de um dos meus livros quando escuto
batidas na porta. Demorou até que eu realmente me desse conta de que
alguém batia.
---
Entre. Eu disse sem olhar quem era.
---
Amor, podíamos subir e aproveitar um pouquinho. Michael falou
chegando por trás de mim e beijando meu pescoço me fazendo se
arrepiar, mas eu estava tão concentrada ali que mal entendia o que
ele falava.
---
Eu realmente gostaria meu amor, mas tenho que preparar os conteúdos
para a próxima semana. Eu disse ainda sem olhá-lo.
---
Tem certeza? Acho que você precisa descansar, vamos subir e daí
podemos assistir um filme, e quem sabe né... Ele disse me fazendo
entender o que ele queria, mas meus pensamentos realmente estavam
longe dali.
---
Chame Isaac, não posso subir agora. Tenho que resumi uns textos aqui
e preparar atividades para meus alunos. Eu disse vendo sua silhueta
encarar a janela.
---
Está bem, sei que seus alunos são algo importante pra você agora.
Vou assistir o filme com Isaac. Ele disse apenas isso e saiu sem
falar mais nada. Me deixando presa em meus pensamentos, com o tom de
sua voz eu me senti culpada, meu coração dizia algo e minha mente
dizia outra coisa totalmente diferente.
Capítulo
17
Na
sala dos professores vendo
Emilly fazer sem lanche enquanto eu olhava meus e-mails calada.
---
O que foi Aurora? Parece cansada sabia? Ela falou logo dando um gole
em seu suco.
---
Eu? Por que achas? Eu perguntei a olhando enquanto ela comia ali na
minha frente.
---
Sei lá, ultimamente anda calada, parece estressada. O que fez no
último final de semana? Afinal o que fez no mês de férias? Ela
perguntou olhando fixamente em meus olhos e eu pensativa procurava a
resposta.
---
Eu saí com Michael, preparei as aulas, deixei tudo organizado. Bom,
foi ótimo. Fui no shopping com a mãe de um amigo de Isaac. Eu falei
fugindo do olhar dela, pelo jeito lá viria “bomba” como dizem.
---
Aurora, eu sei que você está mentindo. Eu sei que passou a metade
do tempo estudando, preparando aulas e corrigindo trabalhos. Você
raramente tem saído, eu sei disso vejo em seus olhos. Eu só vejo
você falar da escola. Quanto tempo faz que não tem um momento a sós
com Michael? Ela perguntou olhando em meus olhos e eu fugia do seu
olhar.
---
Oras nós saímos, jantamos juntos e... Eu não terminei, pois ela me
interrompeu.
---
Você entendeu! Estou lhe perguntando quanto tempo faz que você não
transa! Vejo você falar sobre tudo, menos sobre seus momentos com
seu marido. Fala sério Aurora, não transa a meses não é? Ela
falou aquilo me deixando com vergonha e eu me irritei com ela.
---
Ei que tipo de amiga é você? Se você não sabe não vou sair por
aí falando quantas vezes eu transo e nem se eu transei ou deixei de
fazer... aff para de cuidar da minha vida! Eu disse fechando meu
notebook com força e me levantei arrumando minhas coisas em minha
bolsa para sair dali.
---
Eu sei porque você está assim. E me deixe lhe falar algo, muito de
tudo é ruim, mas sem nada é pior ainda! Ela falou segurando em meu
braço e eu a encarei com raiva.
Eu
estava com tanta raiva dela que a deixei com seus sermões para trás
e fui logo para minha sala, esperaria meus alunos lá.
A
aula não demorou a começar e a raiva que eu fiquei de Emilly cada
vez aumentava. Naquela aula passei um simples trabalho e desci e pedi
a diretora um remédio para dor de cabeça, senão eu tinha certeza
que a minha iria explodir.
Mais
tarde na hora de ir embora eu rejeitei a carona de Emilly e peguei o
ônibus no outro lado da avenida. Eu não ligaria para Michael 11
horas da noite para vir me buscar, porém me arrependi quando vi o
ônibus lotado.
Quando
cheguei em casa faltavam poucos minutos para a meia noite, comi uma
panqueca, parecia que Michael havia feito. Subi para meu quarto e
quando abri a porta vi Michael e Isaac dormindo mais que lindos.
Tomei
um banho demorado e quente, tive que acordar Michael para levar Isaac
para seu quarto e meio sonolento e tonto ele foi.
Eu
passei minha loção e vi Michael deitar e olhar para mim. Tirei meu
roupão e o pendurei no cabide. Desliguei o abajur e me deitei ao
lado de Michael virada para o porta janelas olhado o brilho da lua
que entrava no quarto e o deixava claro.
---
Está tão cheirosa. Michael falou me encochando e beijando meu
pescoço.
Eu
nada falei apenas senti suas carícias. Ele estava beijando meu
pescoço e já levantava minha camisola. Acariciava minha coxa e ia
para meu bumbum e eu nada fiz, só sentia minha cabeça doer.
E
foi quando eu o senti apertar meus seios e esfregar sua ereção em
meu bumbum que eu me liguei ali no que ele queria.
---
Por favor Michael, me deixe dormir. Eu disse afastando suas mãos e
abaixando minha camisola.
---
Oh Aurora, não me negue isso de novo. Ele dizia cada vez mais
avançando.
Minha
única opção foi pegar um travesseiro e pôr no meio da cama para
que ele não me tocasse. Eu estava morrendo de sono e não queria
aquilo naquela noite.
Ele
procurou apertar meu bumbum, mas eu batia em sua mão. Ele tentou
tirar o travesseiro e aquilo já estava me irritando, poxa
será que ele não entende que amanhã ainda terei que dar aula?
Pensei
ligando a luz do quarto e me levantando irritada.
---
O que você têm hein, Michael? Perguntei esfregando os olhos e o
vendo me olhar bravo.
---
O que VOCÊ têm?! Ele falou se sentando na cama e me olhava
completamente furioso.
---
Não vê que estou tentando dormir? Amanhã eu acordo seis horas da
manhã se você não sabe, e você fica aí dormindo até oito horas!
Eu disse andando pelo quarto com raiva.
---
E se você não vê eu sou apenas um homem com vontades que não são
saciadas pela minha mulher! Não vê que estou tentando lhe amar? Até
quando vai isso, Aurora? Nunca dá pra você. Ah quer saber? Vou ir
dormir na sala e deixa você aqui em paz, quem sabe descansa melhor.
Ele falou pegando seu travesseiro e seu edredom me deixando na cama
sentada com raiva do tom de voz que ele havia usado para falar
comigo, mas não falei mais nada apenas desliguei a luz e me deitei
para dormir.
Capítulo
18
[By
Michael]
Estava
começando a ficar com raiva de
Aurora, ela nunca tinha tempo para nada. Nossa vida de família e
nossos momentos a dois estavam em último plano para ela, estava a
ponto de fazer uma loucura. E infelizmente foi o que eu acabei
fazendo.
Como
todos os dias eu me levantei, me arrumei e fui para o trabalho.
Cumprimentei senhorita Macri e hoje eu faria algo que jamais teria
pensado em fazer em minha vida durante todos esses anos com Aurora.
---
Senhorita, você vai sair hoje meio dia para fazer algo muito
importante? Perguntei fingindo ler algum e-mail enquanto eu á vi
entrar em minha sala com algumas cartas na mão.
---
Não senhor, gostaria de algo? Ela perguntou separando as cartas e as
colocando sobre minha mesa.
---
Será que você poderia me acompanhar em um almoço hoje? Eu
perguntei direto, não queria enrolar muito.
---
Claro! Estarei ansiosa por isso. Ela falou sorrindo para mim me
tirando de meus eixos.
É
ultimamente eu andava assim era só uma mulher olhar para mim e eu me
excitaria fácil.
As
horas pareciam não passar naquele relógio de parede em meu
escritório. Quando faltavam 30 minutos para o meio dia fui ao
banheiro e vi como estava meu visual aquela manhã. Eu não chegaria
direto exatamente ao ponto com ela, mas iria a conquistar para fazer
algo aos poucos.
Arrumei
meus cabelos e os prendi em um simples rabo de cavalo. Abri alguns
botões de minha camisa social, passei um perfume forte e marcante e
olhei em minha carteira se tinha algo que todo homem precisa levar
onde quer que vá: preservativos. E é claro que eu tinha alguns no
carro também... mas não faria aquilo agora, queria apenas que ela
se ligasse para meus interesses com ela a jovem as vezes parecia um
tanto inocente das coisas.
---
Está pronta? Eu perguntei voltando ao meu escritório e a vi me
olhar meio assustada e sentir o cheiro que se exalou ali na sala.
Ela
nada disse apenas assentiu. Peguei meu óculos de sol e nos dirigimos
até o meu carro logo depois indo para o restaurante onde eu havia
combinado a semana inteira para levá-la, mas só havia a convidado
agora.
Pedi
ao garçom que nos levasse a mesa mais separada e longe de todas e
aquela que ele nos levou tinha a melhor vista da bela cidade de Los
Angeles agora.
Nos
sentamos e vi ela analisar cada centímetro daquele lugar parecia
estar surpresa e nunca ter ido em um lugar do tipo. Realmente aquele
lugar era deslumbrante eu havia levado Aurora duas semanas atrás
ali, mas ela não soube aproveitar as oportunidades.
Eu
me sentia culpado por estar me interessando em Macri agora, eu sabia
que não era uma coisa certa a se fazer, mas Aurora não tinha mais
tempo para mim. Estava sempre com pilhas e pilhas de coisas para
fazer. Eu olhei as horas em meu relógio em meu punho e percebi que
estava com minha aliança, eu a tirei, não queria que Macri pensasse
que eu fosse um baita de um sem vergonha, mas sim um homem que
precisava ter uma forma de saciar seu desejo. E para que melhor do
que com uma secretária simplesmente linda e solteira?
Estava
com tanta raiva de Aurora sempre simplesmente me rejeitar que com um
simples olhar de Macri eu já me sentia com prazer.
Pedi
o que comeríamos e não demorou a chegar e comermos enquanto
conversávamos. Ela não havia se ligado ainda dos meus planos com
ela, achava que era um convite de chefe para funcionário para um
simples jantar, mas eu teria que falar a ela e sabia que ela não me
rejeitaria. Eu sabia que minhas funcionárias sempre me olhavam
diferente, principalmente essa minha secretária e eu podia perceber
que ela tremia.
Ela
me olhava e sorria lindamente e eu não podia acreditar que eu estava
começando a me apaixonar por ela e... eu estava esquecendo Aurora! E
eu senti que se não tivesse na frente de Macri eu teria chorado.
---
Então... esse convite aqui que fiz a você tem outros propósitos
além de nosso trabalho. Falei tocando meu queixo com meus dedos
fazendo ela me olhar pensativa.
---
Oh senhor Jackson, poderia me dizer então? Ela disse um tanto
sedutora e eu desconfiei de que ela já suspeitava daquilo.
---
Sabe senhorita Macri venho percebendo que tem me espiado as vezes. E
me olhado de certa forma que as vezes eu fico desconcertado. Eu disse
no mesmo tom de voz dela e rapidamente passei meus olhos pelo seu
decote.
---
Está certo de que tenho o espiado, e eu sei que tem segundos
propósitos comigo. Vi o senhor colocando preservativos em sua
carteira. Ela falou me fazendo corar com o comentário, não sabia
que ela era tão boa assim.
---
Hm... então acho que aceitaria me encontrar hoje a noite em um
hotel? Eu falei sorrindo meio amarelo.
Ela
pediu o endereço e o número do quarto e eu a dei, voltamos ao
trabalho e sem deixar ninguém perceber que tínhamos chegado juntos.
Mais
tarde eu fui para casa sabia que Aurora só chegaria tarde então eu
iria até o hotel e chegaria antes dela.
Vi
Isaac jantando na cozinha e eu subi para me arrumar. Depois que me
arrumei eu desci e disse que iria em um reunião, é eu menti para
meu filho. Beijei sua testa e saí rápido, pois estava meio atrasado
já.
Cheguei
no belo hotel que eu havia reservado a semana inteira e subi
rapidamente para o quarto. Pedi algumas bebidas e morangos, queria
causar uma boa impressão nela fazendo ela acreditar de que não se
arrependeria de ter aceitado meu convite.
Eu
havia pedido para que ela chegassem em torno das oito horas, queria
aproveitar ali o momento com ela e ainda teria que chegar em casa
antes de Aurora.
Eu
estava sentado na sacada observando a noite e tomando uma das bebidas
que eu havia pedido, as vezes impaciente eu me levantava e ia até o
espelho sempre arrumando minha roupa e olhando meu cabelo.
Eu
havia pensado várias vezes em ligar para ela, mas sabia que era
apenas minha ansiedade.
Será
que todos homens ficam nesse estado? É isso que dá falta de sexo,
Michael.
Pensei
pegando um morango e o comi.
Os
minutos se passaram demoradamente parecia que o ponteiro se
rastejava, até que eu escutei a campainha tocar.
Me
levanto rapidamente e vou até lá ajeitando meus cabelos e minha
roupa queria causar a melhor das impressões, mas quando eu abri a
porta não era quem eu esperava.
Capítulo
19
[By
Michael]
---
Olá deixaram isso na recepção para o senhor. Um
homem bem arrumado e com o uniforme do hotel falou quando eu abri a
porta e o olhei assustado, não
era você quem eu esperava meu camarada.
Ele
me entregou um pequeno envelope e saiu sem me dar mais satisfações
me deixando cheio de dúvidas e com a cabeça um tanto confusa.
Fechei
a porta e fui até o sofá daquele enorme e luxuoso lugar e me sentei
colocando meus pés sobre uma mesinha ali. Abri o envelope e li
atentamente o que ele dizia.
---
Mas o que? Como assim? Falei sozinho ao ler o que ela havia escrito.
Era
da senhorita Macri, disse que não poderia me encontrar e pedia
desculpas por não ter me ligado mais cedo. Estava escrito que houve
um pequeno imprevisto e ela não pode me avisar antes.
---
Como ela ousou me deixar plantado aqui? Aff. Eu falei novamente
sozinho pegando minhas coisas e já me arrumando para sair dali, não
acreditava que teria que esperar mais alguns dias para poder tê-la
em meus braços.
O
desejo e a vontade de ter uma mulher em meus braços estava me
deixando louco.
Eu
peguei minhas coisas e fui para casa, para minha sorte ainda eram 10
horas da noite e demoraria ainda para Aurora chegar, como sempre ela
só pensava em seu trabalho agora.
Passei
no quarto de Isaac e o vi dormir parecia ter o sono leve. Dei um
beijo em sua testa e deixei um pequeno bilhete dizendo que o amava,
se sua mãe não se lembrava mais dele eu lembrava!
Ela
estava me perdendo aos poucos e acho que não se tocava disso.
Parecia que seu trabalho era algo muito mais importante do que sua
família, é ela estava colocando seus alunos em primeiro lugar em
sua vida. Eu não á via mais brincar com Isaac em suas folgas, não
escutava mais ela dizer que queria ir em algum lugar diferente, não
escutava ela mais falar de Emilly e muito menos escutava ela dizer
“eu te amo” como sempre fazia. A única coisa que eu tinha que
aturá-la era ouvir ela falar de seu trabalho toda hora, do empenho
de seus alunos e as coisas boas que faziam, enquanto o que eu fazia
para agradá-la era totalmente esquecido.
Eu
decidi ir tomar um banho demorado em nossa banheira que nem se quer
tive ainda a oportunidade de amar Aurora ali.
Eu
fechei meus olhos e imaginei senhorita Macri em minha frente, nua,
piscando para mim e fazendo coisas que deixam um homem com tesão.
Quando
abri meus olhos eu levei um susto pelo tamanho de minha excitação.
Tratei de tomar um banho de água fria para dar um jeito naquilo.
Logo
que sai do banheiro eu escutei o telefone residencial tocar. Peguei
ele e me deitei na cama, era uma mensagem de Aurora dizendo que
chegaria mais tarde que o normal.
Novidade,
eu quero é novidade Aurora!
Pensei
irritado e disquei o número de Emilly.
Para
Aurora não estar falando de Emilly, só podia ser porque haviam se
desentendido. E então, eu liguei para ela. Demorou a atender, mas
atendeu.
---
Aurora? Não venha me dizer que depois desse tempo todo que me
ignorou vai me pedir desculpas por telefone?! Ela falou completamente
irritada e com um tom alterado e ali tive a confirmação de meus
pensamentos anteriores.
---
Não Emilly, aqui é Michael. Aurora não chegou ainda. Eu falei no
meio tempo que ela parou de falar para respirar.
---
Ah sim, me desculpe Michael. Falou meio sem graça e normalizou sua
voz.
---
Oh não, sem problemas. Vejo que você se desentendeu com Aurora,
também estou muito chateado com ela. Eu disse passando os olhos no
quarto e observava minha silhueta na parede.
Ela
não me contou o principal motivo, mas falou que Aurora havia mudado
muito desde que ela havia a conhecido. Me contou que ela estava
negando sair com ela e sempre dizia estar cheia de coisas para fazer.
Eu
acabei contando para ela sobre Macri, ela nada falou e disse que nem
havia chances dela contar para Aurora, pois ela estava a ignorando a
dias, não falava com ela e nem a olhava na face.
Aurora
as vezes parecia aquelas adolescentes mimadas que quando negamos algo
fazem birra e nos ignoram até que nós peçamos desculpa mesmo que
ela que esteja errada.
Eu
conversei com Emilly por algumas horas e fui dormir e nada de Aurora
chegar, quando eu olhei a hora em meu celular e ia ligar para ela
onde estava escutei ela subindo as escadas. Quando ela entrou no
quarto não deixei ela notar que eu ainda estava acordado. Eu olhava
para ela e via um ser completamente exausto do dia que teve.
Estava
com seus calçados nas mãos, cabelos bagunçados e a roupa já
estava até amassada, parecia um homem com ressaca e me segurei para
não brigar com ela aquela hora da madrugada.
Ela
jogou seus calçados em um canto qualquer e tirou seu casaco o
pendurando no cabide. Eu a vi descer e pensei que fosse para jantar,
mas ela demorou mais que o normal e eu acabei pegando no sono.
Eu
escutei o celular dela despertar e eu me levantei para desligá-lo,
eram seis horas da manhã e eu sabia que Aurora não havia voltado
para a cama ainda.
Eu
desci até seu escritório e lá estava ela debruçada sobre papéis
e livros espalhados sobre a mesa e uma pequena xícara de café. Eu
desliguei a luz do pequeno abajur e vi que ela acordou quando
percebeu minha presença ali.
---
Eu já vou subir Michael. Ela falou sonolenta ainda debruçada ali.
---
Já vai subir... pra que? Para se arrumar para ir trabalhar? Eu falei
indignado e ela esfregou seus olhos.
---
Não! Para dormir. Ela disse olhando para mim com dificuldade.
---
Seis horas da manhã? Não seria hora de você estar se levantando
para trabalhar? Eu disse ainda irritado e ela deu um pulo da cadeira.
---
O quê? Seis horas? Já? Meu Deus! Ela falou se levantando dali
depressa e já saía em rumo as escadas.
---
Então é assim? Você chega em casa duas horas da manhã, ainda vem
corrigir trabalhos e não dorme, não fala comigo nem com Isaac... é
assim Aurora? Até quando vai levar as coisas desse jeito hein
Aurora? Eu disse subindo as escadas atrás dela e ela bufava com
raiva também.
---
Aff Michael, não comece já cedo com esses seus sermões sem
sentindo, okay? Eu estou cansada e tenho que me arrumar para ir
trabalhar. Então se me der licença! Ela disse entrando no banheiro
do nosso quarto rapidamente e fechando a porta com força na minha
cara.
O
que ela acha que está fazendo? Será que não percebe que está a
cada vez mais distante de sua família?
Eu
não fiquei no quarto, sabia que quando ela saísse do banheiro
novamente iríamos discutir e eu não queria fazer escândalos aquela
hora não queria assustar meu filho que dormia tranquilamente sem
saber que sua mãe nem se lembrava mais de dá-lo um beijo na testa e
dizer que o amava.
Eu
me arrumei cedo também e fui para meu trabalho aquela casa me trazia
solidão e muita raiva quando eu lembrava que para Aurora estar na
sua escola dando aula era melhor que estar comigo e com Isaac.
Capítulo
20
[By
Michael]
Naquela
manhã eu
nem tive coragem de olhar na face delicada de meu filho, saí antes
mesmo que ele acordasse.
Quando
eu cheguei em meu escritório estava apenas senhorita Macri ali,
sentada na minha mesa de uma forma sexy com o telefone no ouvido e
parecia falar com John.. Eu passei por ela e me sentei em minha
cadeira e ela me deu o telefone.
Era
John me avisando de que iria ali mais tarde para levar alguns papéis,
eu na verdade quase nem prestei atenção no que ele disse, apenas
assentia, só conseguia observar as pernas de Macri que estavam
cruzadas de uma maneira sexy e que se eu não estivesse em meu
escritório eu teria pegado ela e transado ali mesmo, mas não queria
que John me visse com a maior cara de safado mais tarde.
Ela
foi fazer algumas coisas na recepção e eu a avisei que quando John
fosse embora queria que ela viesse até mim. Queria satisfações
sobre o porquê que ela não pode ir.
Não
demorei a conversar com John, minha conversa com ele estava realmente
fora da minha mente, ele falava comigo e eu não dizia nada apenas
afirmava. Vinha toda hora em minha mente as coxas e o bumbum de Macri
que eram bem visíveis em sua saia justa.
---
Senhor Jackson? Me chamou? Ela me olhou sedutora entrando em meu
escritório me vendo sentado passando os dedos no queixo.
---
Sim, entre e tranque a porta. Preciso de respostas suas. Falei me
levantando e fechando as cortinas deixando o local completamente
escuro.
Ela
fez o que eu mandei e sacou o que eu queria. Se sentou em minha
frente com as pernas cruzadas e seus seios pareciam se comunicar com
meus olhos e fazer um estrago em meu pênis.
---
Diga. Ela falou abrindo mais um dos botões de sua blusa quando viu
que eu olhei seus seios fartos.
---
Quero saber o porquê da senhorita não ter ido ontem no encontro. Eu
disse sentindo minha ereção crescer e crescer e...
calma aí amiguinho.
---
Realmente me arrependo muito. Meu pai passou mal e eu tive que
levá-lo ao hospital. Está internado e só cheguei em casa hoje de
manhã. Me desculpe. Ela falou sem olhar para mim e com um tom
choroso na voz.
---
Oh me desculpe, está tudo bem. Falei segurando em seu queixo e a
olhei em seus olhos que pareciam tristes.
Nos
encaramos por alguns minutos e eu comecei a sentir seu hálito perto
de meus lábios e não resisti. Beijei sua boca com vontade, uma
vontade tão grande e tão entranha que meu pênis estava pulsando só
com aqueles beijos.
Coloquei
meu notebook para o lado e joguei algumas coisas no chão. Céus
eu a quero agora! Pensei
quando ajudei ela a se sentar na mesa.
Ergui
sua saia e esfreguei minha excitação próximo a sua intimidade e
pude sentir que ela estava assim como eu, doida para juntar nossos
corpos.
Estávamos
tão loucos ali que ela estourou alguns botões de minha camisa e
arranhou meu peito. Eu estava segurando em sua cintura quando minhas
mãos foram em direção aos seus seios. Eu abri e por sorte o fecho
era na frente onde eu abri sem mesmo precisar tirar a blusa dela.
Oh
my God! Quase gozei quando vi seus seios na minha cara! Sem pensar eu
já os colocava em minha boca e saboreava de cada um.
Ela
com dificuldade abriu meu cinto e abriu minha calça, mas quando foi
abaixar minha boxer a droga do telefone tocou, eu não queria
atender, mas estava me irritando e eu tive que atender.
---
Senhor Jackson, um cliente está sendo encaminhado para o escritório
do senhor. A recepcionista falou me fazendo dar um murro na parede e
apertar meu membro por cima da cueca de tanta raiva.
Eu
desliguei o telefone sem nada dizer. Comecei a me arrumar rapidamente
e falei para Macri que acabaríamos aquilo de noite. Eu apertei os
seios dela mais uma vez e quando ela terminou de puxar sua saia para
baixo o cliente bateu na porta e eu a abri deixando Macri sair com a
cara mais lavada de todas e a minha então nem se fale.
Droga,
as coisas estão no chão. Pensei
quando vi canetas e folhas espalhadas pelo chão.
---
Desculpa senhor, o vento estava forte essa manhã, acabei de chamar
minha secretária para me ajudar a arrumar essa bagunça. Eu menti e
vi o meu cliente olhar para a janela e é claro ele a viu fechada e
vi em seu olhar que desconfiou de algo.
Capítulo
21
Já
se faziam quase dois meses
que
eu havia brigado com Emilly e não me arrependia de nada ainda. Eu
sabia que ela tinha ido longe demais com aquilo e ela também. Havia
tentado me pedir desculpas várias vezes, mas sempre recusei, não
queria uma amiga que ficasse cuidando de minha vida pessoal com meu
marido.
Michael
estava meio estranho durante esses dias, chegava mais tarde em casa e
dizia que sempre tinha reunião.
As
vezes eu podia sentir que Michael estava me evitando, ele não olhava
mais em meus olhos, não conversava mais comigo e nem mais seus
sermões eu estava escutando. Podia ser coisa da minha cabeça, mas
ele estava me tratando diferente.
Se
não fosse Isaac em minha vida as vezes podia jurar que meu casamento
não ia longe, mas eu acho que na verdade do que eu estava precisando
era de um final de semana com eles de volta.
Eu
raramente agora via Isaac acordado, só tomava café com ele nos
domingos e olhe lá. Eu me sentia feliz e triste ao mesmo tempo,
parecia que uma culpa vinha sobre mim, mas acho que é por falta de
conversar com alguém que me dê conselhos.
Depois
de um dia de trabalho finalmente eu voltava para minha casa, tive que
enfrentar um ônibus lotado, mas não dei importância para aquilo
logo chegaria em casa e descansaria como sempre.
Eram
mais de 11 horas da noite e eu chegava já em casa com minhas bolsas
nas mãos e subia as escadas de minha casa. Estava tudo apagado, mas
quando cheguei perto de nosso quarto pude perceber que a TV ainda
estava ligada.
Eu
abri a porta lentamente para que não fizesse barulho, as vezes
Michael já estava dormindo. Mas foi quando eu abri e pude perceber o
que se passava ali.
Eu
não posso acreditar!
Eu
pensei deixando minhas bolsas caírem no chão, minha fisionomia
agora era completamente assustada.
Michael
estava sentado na cama completamente nu, parecia até estar sobre
efeitos de álcool. Michael estava se masturbando, pela primeira vez
desde que eu o conhecia aquilo nunca me pareceu tão vergonhoso e
assustador. Ele se masturbava como um louco por sexo, e gemia ao
assistir aqueles filmes pornôs que eu nem sabia que ele tinha.
Demorou
um tempo para ele perceber que eu estava ali escutando ele gemer, mas
o que me deixou assustada mais ainda foi ele gemer o nome de outra
mulher.
---
Aurora? Ele perguntou parando o que fazia e me olhou ali, parecia não
me esperar chegar ali.
Eu
nada disse apenas deixei minhas bolsas ali e sai correndo chorando.
Eu não podia acreditar naquilo, será que Michael me traía e eu nem
sabia disso? Quem seria a tal Macri na qual ele tanto gemia por ela?
A única coisa que eu sabia agora era que eu estava assustada e que
meu marido se sentia atraído por outra.
Eu
me deitei no sofá e me encolhi, eu não consegui dormir apenas
passei a noite inteira chorando. Michael não veio atrás de mim e eu
nem queria que ele viesse.
No
dia seguinte pela manhã quando eu subi para o nosso quarto, na
verdade quando eu criei coragem para subir ele já não estava mais
lá. Eu me arrumei e com um óculos de sol cobrindo o inchaço de
meus olhos eu fui trabalhar, estava perdida e todas as vezes que eu
tentava explicar algo de minha matéria eu gaguejava.
Eu
não quis que aquele dia se passasse tão rápido, eu não queria
voltar para casar e encarar Michael. Eu não queria mais chamá-lo de
meu amor sabendo que ele desejava outra mulher. E pela primeira vez
em minha vida durante esses anos com Michael me senti a mulher mais
triste de todas.
Eu
cheguei em casa mais cedo, disse a diretora que estava com dor de
cabeça e não conseguia pensar direito. Pedi que me deixasse ir
embora mais cedo.
Quando
eu cheguei eu vi o carro do senhor John em nosso quintal, era normal
aquilo, mas não sabia que aquela hora da tarde ele estaria ali.
Parecia estar na sala com Michael e pude perceber que Isaac também
já havia chegado da aula. Eu não fui até á sala, sabia que o que
Michael conversava com John em particular era apenas para os dois
saberem.
---
Mamãe! Isaac falou me despertando de meus pensamentos tristes e eu
não tive como não sorrir quando o vi correr até mim com os braços
abertos.
Ele
pulou em mim e eu o abracei, acabei chorando quando senti seu
cheirinho e a maciez de seus cachinhos sem que ele percebesse.
---
Eu te amo tanto meu bebê. Falei ainda abraçada a ele enquanto eu
podia sentir ele mexer em meus cabelos enquanto eu derramava minhas
lágrimas, as vezes eu encontrava força para viver em Isaac.
Quando
vi que Michael e John estavam vindo em nossa direção eu tratei de
colocar Isaac no chão e discretamente limpar minhas lágrimas.
---
Boa tarde, Aurora. John disse apertando minha mão e sorrindo para
mim.
---
Boa tarde, John. Eu disse sem olhá-lo nos olhos e sorri mesmo sem
querer.
John
deu um beijo na cabeça de Isaac e depois o vi seguir com Michael
para fora da casa. Eu apenas subi para meu quarto e tomei um banho,
eu não questionaria nada á Michael sobre a noite passada, apenas
queria que aquilo fosse um sonho.
Eu
tomei meu banho e me deitei, peguei um livro para ler e ali eu me
distrai algumas horas. Estava concentrada ali e minha dor de cabeça
passava conforme eu ia esquecendo ela, porém risadas vindas da
sacada me chamavam a atenção e eu fui até lá ver o que era.
E
vi uma cena que fazia alguns longos meses que eu não via. Michael
brincava com Isaac em nosso jardim. Fazia cócegas nele e as vezes o
balançava no alto e eu sorri, a primeira vez que me senti mais feliz
naquele dia depois do abraço que dei em Isaac.
Suas
risadas agora eram músicas para meus ouvidos até que Michael pode
perceber minha silhueta na sacada e desmanchou seu sorriso me
encarado, aquilo me deixou pensativa e triste. Ele deixou Isaac lá e
o vi entrar a passos largos dentro de casa. E eu senti medo com
aquilo.
Capítulo
22
[By
Michael]
É
alguns dias se faziam depois
que eu tinha tentado algo com Macri no escritório. Já tinha a
levado para jantar várias vezes, mas ela sempre acabava dando uma
desculpa e nós não chegávamos onde eu queria chegar.
Meses
depois de ter vivido com Aurora me negando amor, e passando mais
tempo com seus amados alunos e esquecendo a mim e á Isaac, eu havia
tomado uma decisão.
Eu
não queria trair Aurora saindo com Macri as escondidas, mas eu
sentia que com Aurora as coisas não tinham mais volta, ela realmente
não enxergava que estava nos distanciando cada vez mais.
Naquele
dia eu tinha convidado Macri para ir comigo até um barzinho próximo
ao escritório depois do trabalho, ela aceitou. Eu não podia mais
aguentar aquele desejo que estava dentro de mim. Não podia mais
segurar a vontade de ter uma mulher em meus braços.
---
Michael, você me parece bem desejoso sabia? Ela disse aquilo tocando
minha coxa por debaixo da mesa e eu me estremeci todo.
---
Você também... estou doido para tê-la. Eu disse sentindo que ela
cada vez mais subia sua mão e não demoraria para fazer um estrago
em mim.
Quando
senti que ela tocou meu membro eu estremeci completamente, peguei em
sua mão e sem que as pessoas que estavam ali nos vissem eu a
arrastei até o banheiro. Lancei ela contra a porta e a tranquei
antes mesmo que ela dissesse algo.
Eu
a ataquei em beijos mais que deliciosos e explorava sua boca como se
fosse engoli-la. Ela estava com suas mãos em meu peito e eu sentia
que ela tentava se afastar de mim, mas dessa vez eu não a deixaria
escapar.
Prensava
meu membro em seu ventre e ela gemia quando o sentia tão duro e
latejante por ela.
Eu
estava abrindo sua blusa para tocar em seus seios quando ela segurou
minhas mãos e me viu como um bobo doido para satisfazer esse meu
desejo.
---
Calma chefinho. Ainda não é hora para isso. Ela falou segurando
minhas mãos com força e eu não acreditava que ela escaparia de
novo.
Quando
fui dar um beijo nela ela virou seu rosto e por pouco não bati minha
cara na porta. Ela pediu para que fôssemos com calma, e eu não
podia mais entender aquilo.
Eu
novamente tentei investir nela, mas ela me empurrou contra a parede
abriu a porta daquele banheiro e saiu me deixando ali pensativo. Será
que tanto tempo sem sexo havia me deixado ruim?
Eu
arrumei meu paletó para que ninguém percebesse minha ereção e fui
até o balcão pagar as bebidas. E parti dali para casa, eu teria que
terminar aquilo sozinho ou eu ficaria maluco!
Quando
cheguei em casa a primeira coisa que eu fiz foi ir direto para meu
quarto. Fechei a porta, peguei um de meus DVDs, me despi e fiz o que
qualquer homem faz quando está com desejos e não tem mulheres para
supri-los.
Só
me assustei quando vi Aurora ali me assistindo fazer aquilo, eu
estava bêbado, mas eu me lembrava completamente da merda que eu
havia feito.
Na
manhã seguinte eu saí cedo, precisaria falar com John. Macri as
vezes passava em frente minha sala, mas não entrava e eu também
queria descobrir o porquê dela estar me enrolando tantas vezes.
Eu
liguei para John de tarde e pedi que fosse até minha casa, eu estava
com algo na cabeça e eu realizaria aquilo.
---
O que você está querendo dizer com isso, Michael? John perguntou
sentado a minha frente me olhando seriamente.
---
John eu estou pedindo para que arrume toda a papelada que eu preciso.
Estou decidido. Vou dar um fim nisso. Quero me divorciar! Falei com
raiva e alto e ele arregalou os olhos quando eu abri aquele jogo para
ele. É eu faria aquilo depois de anos pensando que eu nunca viveria
aquilo.
---
Como assim cara? Está me dizendo que não quer mais viver com
Aurora? A mulher que você mais ama nessa vida. Ele disse ainda não
acreditando e seria a mesma reação ou pior um pouco a de Aurora.
---
Eu amo minha mãe, Aurora está cada dia se distanciando de mim. Não
quero que meu filho cresça e se traumatize com as brigas dentro de
casa que eu estou tendo ultimamente com Aurora. John, por acaso você
sabe o que é estar mais de sete meses sem transar? Eu falei cada vez
mais irritado, ele era meu advogado e iria fazer aquilo ele querendo
ou não.
---
Me disse que está saindo com Macri. Pode sair com ela sem que Aurora
descobra. Ele disse sorrindo meio amarelo, sabia que eu iria reclamar
com aquilo.
---
John, assim como eu não gostaria de ser traído eu não quero
traí-la. Estou apenas pedindo que organize as coisas para mim. Quero
me divorciar. Eu e Aurora não estamos
mais dando. Eu disse lembrando de todas as vezes que tive que sair a
sós com Isaac porque Aurora tinha coisas da escola para fazer.
Enquanto
John abria sua maleta e pensava silenciosamente eu olhava para a
janela e vi Aurora chegando do trabalho, é hoje ela chegou mais
cedo, mas já era tarde demais.
---
Tem pressa com esses papéis? John perguntou me despertando de meus
pensamentos.
---
Não, mas ao mesmo tempo sim. Estou me envolvendo com Macri e
gostaria de estar livre para fazer isso. Eu falei passando a mão em
meus cabelos.
John
me disse algumas coisas ali que de início teria que fazer e uma das
primeiras coisas seria contar a Aurora. E ao longo do tempo
cuidaríamos sobre quem deveria ficar com a guarda de Isaac, eu não
tiraria Isaac dos braços da mãe sendo tão pequeno como é, mas ele
teria total liberdade para escolher.
Abri
a porta de meu escritório e pude ver Aurora abraçada a Isaac,
aquilo partiu meu coração e se John não estivesse ali eu teria
chorado igual uma criança.
Ela
logo tratou de colocá-lo no chão e nós fomos até ela, John a
cumprimentou sorrindo e com um aperto de mão, enquanto eu nem a
olhei nos olhos.
Eu
vi que ela logo subiu e eu fui com John até seu carro com Isaac, ele
não demorou a sair de minha casa, precisava resolver algumas coisas,
entre elas os papéis para o divorcio.
Assim
que John saiu eu olhei para o nosso jardim e vi Isaac brincando,
não tive como me segurar e eu fui até ele e o abracei. Ergui
ele em meus braços e ele dava risada alta assim como eu também
fazia agora. Beijava sua testa e bagunçava seu cabelo e ele ria me
deixando feliz por alguns minutos naquela semana.
Eu
olhei para a sacada e vi a silhueta de Aurora, o que fez eu
desmanchar meu sorriso quando vi que ela sorria com nós ali. Eu
ainda teria que falar com ela e não seria fácil para mim.
Deixei
Isaac ali e entrei rapidamente em passos largos.
Entrei
no quarto e vi Aurora sentada na cama lendo um livro, parecia ter
tido um dia cansativo assim como todos os outros. Quem olhava para
ela sabia que estava esgotada.
---
Aurora, preciso falar com você. Eu disse me sentando na ponta da
cama e a olhando sério.
---
Diga. Ela disse em um suspiro, marcou a página do livro na qual ela
lia e o colocou fechado ao seu lado na cama.
---
A meses eu venho analisando nossa relação e acredito que não está
das boas. Você normalmente tem esquecido de nossa família. A
pequena família que construímos até aqui. Temos brigado muito
ultimamente e você sabe que é verdade tudo o que eu tenho lhe dito,
apenas não aceita. Eu falei depois de longos segundos a encarando e
pensando no melhor jeito de dizê-la aquilo.
---
O que está querendo dizer com isso Michael? Ela perguntou franzindo
o cenho e me olhando como se não soubesse o que viria pela frente.
---
Aurora, eu quero nosso divórcio. Eu disse a olhando nos olhos,
queria que ela soubesse que o que eu falava não era mentira e sim a
mais pura verdade.
Ela
me olhou, suspirou e ficou pálida. Seus olhos estavam arregalados e
sua boca aberta parecia que ia ter um troço ali em minha frente.
Capítulo
23
Tive
um choque quando
Michael me falou aquilo, era aquilo verdade? Ele tinha certeza do que
ele tinha falado?
---
Co... como assim... Mi... Michael? Está de brincadeira não está?
Perguntei gaguejando e já temendo que realmente fosse verdade.
---
Não Aurora, eu estou falando sério. Você está esquecendo de que
tem um lar, uma família e pessoas que precisam do seu amor enquanto
só sabe viver para seu trabalho. Eu quero nosso divorcio. Já falei
com John hoje e ele irá cuidar da papelada necessária. Ele falava
aquilo sempre olhando em meus olhos e eu não podia acreditar no que
eu ouvia.
---
Michael, nós podemos tentar de novo. Por favor, me dê mais uma
chance. Eu falei com algumas lágrimas prontas para caírem, mas eu
as segurei até onde pude.
Eu
estava perdendo minha família e não estava vendo. Não era só meu
marido, era a pessoa que depois de meus pais foi o que mais me
ensinou e me amou até aqui. Michael havia me dado Isaac, a melhor
coisa que eu tinha em minha vida. E era por ele e por Isaac que eu
lutava, mas infelizmente minha luta estava sendo em vão.
---
Aurora quero que fique claro, o que nós temos está acabando aqui.
Você sabe que errou, eu tentei por muito tempo, eu esperei novas
mudanças em você, mas não aconteceu. Você apenas promete e não
cumpre. Não quero passar o resto de minha vida assim, ao lado de uma
mulher que só sabe trabalhar e esquece de sua família. Ele falava e
falava enquanto em meus pensamentos eu me culpava por tudo que eu
havia feito e deixado de fazer nos últimos meses, Michael tinha
razão, mas demorou para que eu percebesse isso.
---
Michael, mas por que você diz isso? Está com outra não está? Diga
a verdade! Eu sei que eu errei, mas podíamos tentar sair ou...
Falava, porém ele não havia me deixado terminar.
---
Aurora, eu não quero brigar com você agora, okay? Darei tempo para
que você. Não vou tirar Isaac de você, irei deixar você ficar com
a nossa casa e o carro. Darei um jeito de comprar um apartamento e um
novo carro. Assim que os papéis forem organizados por John aviso
você. Ele continuava falando enquanto eu só escutava e segurava
minhas lágrimas, não queria demonstrar minha fraqueza a ele.
Eu
o vi se silenciar por alguns minutos e ia em direção a porta, mas
eu o chamei.
---
Michael. Falei quase sem forças e com a voz embargada.
---
Sim? Ele olhou para trás me vendo com algumas lágrimas já banhando
meu rosto.
---
Não diga nada a Isaac. Por favor. Eu pedi, pois sabia que quando um
casal se separava a primeira coisa que afetava era a vida de seus
filhos e eu não queria aquilo para Isaac.
---
Ele percebe mais que nós. Nosso filho é inteligente Aurora. Não
direi nada, mas não vai demorar para que ele perceba. Ele disse
fechando a porta e saindo dali.
Eu
corri para o banheiro. Me tranquei lá e me desmanchei em lágrimas.
Eu precisava de um abraço amigo agora, precisava de palavras para
que me confortassem em meio aquilo e as únicas pessoas que podiam
fazer isso eu havia perdido.
Eu
fiquei tanto tempo ali que acabei nem me dando conta de que eu havia
cochilado só acordei quando alguém bateu na porta.
---
Mamãe? Está aí? Isaac perguntou com sua voz doce e eu me lembrei
de que eu ainda tinha ele, por mais que eu tivesse esquecido dele de
certa forma, ele ainda estava li.
---
Oh meu amor estou sim. Eu disse tentando não deixar ele perceber que
eu havia chorado pelo tom da minha voz.
---
Está tudo bem? Precisa de ajuda? Quer que eu chame o papai? Ele
perguntou carinhoso, mas eu teria que mentira não queria que meu
filho visse que eu havia chorado a noite inteira.
---
Não querido. Eu estou bem. Já estou saindo. Me espere na cozinha,
vamos tomar café juntos hoje. Eu disse percebendo que se ele estaria
ali aquela hora era porque já deveria ser de manhã cedo.
Lavei
meu rosto e vi que meus olhos novamente estavam mais que inchados. Só
abri a porta quando notei a ausência dele ali e eu me arrumei,
depois de uma notícia daquela a melhor coisa que eu fazia era me
distrair com meu trabalho ou choraria o dia inteiro.
Eu
me arrumei, desci e tomei café com Isaac, ele estava sorridente e
parecia ter dormido bem. Ele não sabia que seu pai não havia
dormido em casa, pois as vezes Michael também saía antes que ele
acordasse o que seria mais fácil de eu explicar á ele.
Depositei
um beijo em sua testa e o desejei boa aula. Me dirigi até a escola e
sem rumo eu andava ali pelas ruas movimentadas de Los Angeles, quando
eu entrei na sala dos professores apenas Emilly estava ali, eu não
me segurei. Eu corri até ela e chorando me aconcheguei em um abraço
amigo e confortante. Deixei todo meu orgulho de lado, agora eu
precisava dela e errava por procurá-la apenas nesse momento.
Capítulo
24
Ainda nos braços de Emilly eu chorava feito criança sem doce. Eu não tinha mais forças para guardar aquilo para mim e eu estava precisando dela naquela hora.
Ela me abraçou e acariciou meus cabelos sem ao menos saber o porquê de eu estar naquela situação.
--- Aurora, o que há com você? Precisa me contar. Ela dizia passando a mão em minhas costas e beijava minha testa como uma mãe com um filho nos braços que havia acabado de se machucar.
Depois de muitos minutos ali soluçando e percebendo que minhas lágrimas já não mais existiam ela me ajudou a se sentar ali. Pegou um copo com água e me deu, se sentou em minha frente e enquanto eu tomava aquele copo de água trêmula ela colocava mexas de meus cabelos que caiam em meu rosto. Esperando que eu me acalmasse para lhe contar o que havia me deixado daquela maneira.
--- Agora que você está mais calma, eu preciso que você me conte o que aconteceu, okay? Consegue contar para mim? Ela perguntou passando delicadamente suas mãos em meu rosto.
Assenti e soluçava ainda por causa do tempo que eu havia chorado.
--- Emi... Emilly... você... você tinha razão. Me desculpe. Foi o que eu consegui dizer antes de começar a chorar novamente e abraçá-la de novo.
Ela não disse nada, enxugou minhas lágrimas e pediu para que eu continuasse o que eu falava.
--- Emilly, Michael pediu nosso divorcio. Eu perdi meu marido. É tudo culpa minha! Eu me odeio Emilly. Eu dizia aquilo com a maior dor em meu coração e eu sabia que realmente eu era a culpada daquilo.
--- Oh querida, não fique assim. Se acalme, você precisa se acalmar. Está tremendo. Depois você me conta isso direitinho, okay? Ela dizia aquilo tão carinhosa que senti saudade de minha mãe.
Emilly ficou ali comigo até eu parar de soluçar, pediu a diretora que me deixasse ir embora e disse que eu não tinha como dar aula naquele estado. Ela me levou para casa e cuidou de mim, eu consegui contar a ela o que havia acontecido e por milhares de vezes eu pedi perdão á ela.
Eu estava arrependida de não ter dado ouvidos á ela naquele dia, ela tinha razão eu deveria ter pensado em Michael ao invés de só lembrar do meu trabalho, mas agora era tarde.
--- Mamãe? Está aí? Escutei Isaac bater na porta e como estava com dor de cabeça já estava deitada aquela hora e Emilly foi abrir a porta.
--- Entre pequeno, sua mãe está descansando. Ela disse abrindo a porta e deixando ele entrar.
Ele entrou quietinho e sorridente, ainda estava com o uniforme da escola parecia ter acabado de chegar. Seu sorriso era a minha esperança daquele dia e seus olhos minha paixão desde o dia em que eu o peguei em meus braços.
Eu estava com os olhos inchados de chorar e minha face com certeza não era das melhores e eu não queria que ele percebesse aquilo em mim, mas ele era igual seu pai, sempre notava tudo.
--- Mamãe esteve chorando? Foi algo que fiz? Diga e eu não farei mais. Não gosto quando chora. Ele falou se sentando na beirada da cama e me olhava nos olhos enquanto eu ali deitada naquela cama pensava em como seria difícil contar para ele, não queria ser a culpada por apagar o sorriso na face de meu filho.
--- Não meu amor, mamãe está com dores de cabeça, mas logo irá passar. Me conte, como foi seu dia? Eu perguntei arrumando forças nele mesmo para sorrir para ele naquele momento.
--- Foi ótimo, papai foi me buscar na escola hoje. Ele disse passando a sua mãozinha em meu cabelo acariciando delicadamente.
--- Seu pai está? Perguntei com a esperança de que Michael algum momento tivesse mudado de ideia.
--- Ele saiu, disse que tinha reuniões. Falou que ia chegar tarde, mas eu estou aqui com você. Vou cuidar de você. Ele disse sorridente e beijou minha testa.
Capítulo
25
[By
Michael]
Não
tinha sido fácil para mim dizer
aquilo para Aurora, eu tive que sair naquele noite. Eu não queria
ficar em casa, pois sabia que acabaríamos brigando e brigar
novamente não seria bom.
Eu
tinha ido a uma boate, é quem diria que eu Michael Joe Jackson
estaria frequentando boates depois de 10 anos de casado.
Eu
sabia que Aurora ainda estava em meu coração, por ter feito tudo o
que já havia feito por mim, mas sentia que meu desejo as vezes
falava mais alto e eu me sentia culpado também as vezes.
Eu
tinha ligado para Macri e agora estávamos aos beijos em um belo
motel na grande Los Angeles. Céus
ela estava me deixando louco,
aquelas vezes que ela havia saido sem me deixar respostas agora só
me faziam sentir mais desejos por ela e com certeza eu já podia
sentir que ela era uma mulher quente na cama.
---
Oh Michael... Ela gemia entre nossos beijos mais que fervorosos, eu
procurava com minhas mãos seus seios por cima de sua blusa enquanto
ela chupava meu pescoço e eu estava ficando louco com aquilo.
Nós
estávamos sentados no sofá daquele motel e cada vez que eu sentia
ela tocar meu membro com suas pernas eu me excitava cada vez mais.
Estava quase chegando ao êxtase só com suas carícias. E ela fazia
aquilo muito bem.
Prensava
meu pênis próximo a sua vagina, ainda estávamos com roupas e como
loucos tentávamos nos livrar delas depressa. Ela abriu minha
camiseta e já chupava meu peitoral e eu cada vez mais mostrava a ela
que minha ereção estava cada vez mais esperando por ela. Latejava e
eu chegava as vezes a apertar meu pênis para que parasse, mas eu
precisava dela naquele momento.
Ela
estava agora sentada sobre minhas coxas e lambia meu peitoral
loucamente enquanto eu gemia, ela traçava um caminho de meu pescoço
ao meu umbigo e sabia que algo mais ali ela faria.
Enfim
chegou aonde nós mais queríamos, ela rebolou sobre meu membro ainda
na calça e sentiu seu volume crescer ainda mais. Vi ela se agachar
na minha frente e estava doido para que ela arrancasse aquela calça
e o colocasse em sua boca. Só de pensar parecia que eu tinha
orgasmos ali.
Ela
desceu o zíper lentamente, sempre olhando em meus olhos, mas foi
quando ela ia puxar minha boxer que o maldito telefone nos atrapalhou
e acabou tirando nossa atenção do que fazíamos.
---
Vamos Macri, continue. Eu disse rouco e notei ela olhar para meu
celular que estava em cima da mesinha da sala.
---
É melhor você atender Michael, pode ser alguém importante. Ela
disse me fazendo lembrar de meu filho e eu não acreditava que estava
mentindo para ele desde que falei do divorcio para Aurora.
Eu
me levantei contrariado e peguei meu celular. E caminhei até a
sacada do motel, mas só realmente atendi quando Macri foi ao
banheiro, não gostava que ninguém ouvisse minhas conversas no
telefone.
---
Alô? Michael? John perguntou ofegante parecia ter corrido.
---
John?! Mas o que... que você tem hein cara? Perguntei irritado, ele
sempre me atrapalhava quando eu estava concentrado em algo. Já
liguei para o escritório e me disseram que você não está! Ele
falou revoltado e eu tinha me esquecido completamente de que havia
marcado com ele de resolver algumas
coisas sobre o divorcio.
---
Onde você está Michael? Preciso que venha pra cá, não posso
demorar aqui. Ele tirando minha paciência cada vez mais e eu estava
a ponto de explodir.
---
Estou no supermercado, já estou indo a caminho daí. Menti
sustentando o celular no meu ouvido com o ombro e fechando o zíper
de minha calça com dificuldade por causa da minha ereção que ainda
se fazia presente.
---
Está bem, lhe esperarei. Ele disse logo já desligando e me deixando
ali cheio de raiva e sentindo meu pênis doer.
---
Está tudo bem, Michael? Macri perguntou me despertando de meus
pensamentos quando me abraçou por trás.
---
Preciso ir. Amanhã nos falamos, desculpe por isso. Eu disse me
virando para ela, a abracei e dei um beijo demorado.
Nós
nos arrumamos rapidamente e descemos como se fôssemos dois
estranhos. Entrei no meu carro e eu sabia que teria que ir ao
supermercado, já era estranho eu estar indo ao supermercado ainda e
seria mais estranho ainda se eu chegasse em minha casa de mãos
vazias, então tive que passar no supermercado primeiro.
Comprei
algumas guloseimas que eu sabia que Isaac gostava e fui em rumo a
minha casa que daqui a uns dias chamaria de a casa da senhora
Jackson.
Vi
o carro de John parado na frente da casa e eu abri o portão e assim
entramos juntos de carro. Assim que saltei eu o vi vir até mim com
um ar de cansado e impaciente.
---
Por que demorou tanto cara? Já são quase 11 horas sabia? Ele falou
entrando juntamente comigo até meu escritório.
---
Tinha fila cara, é começo de mês. Sabe como é. Eu disse tirando a
culpa de eu ter ficado com Macri.
---
Não minta para mim Michael, sei que estava com algumazinha por aí.
Não será fácil quando Aurora descobrir. Ele disse aqui me
irritando e me fazendo lembrar que por causa dele tive
que deixar Macri. E também me fazendo pensar que Aurora agora não
tinha nada a ver com isso.
Entramos
em meu escritório e eu me sentei na frente dele colocando a pequena
sacola com as guloseimas de Isaac ali, ele amaria aqui quando eu
dê-se. Hoje como ele não tinha aula acabou indo para um passeio com
a turma de Aurora, e eu só sabia que ele tinha ido ao passeio com
ela porque liguei para Emilly.
Emilly
havia me contado que Aurora estava ficando dura e cada vez mais
chata, e eu não entendia aquilo, mas não deveria me preocupar, a
única coisa que nos ligaria agora seria nosso filho.
---
Então John, o que tem de tão importante? Perguntei um tanto
sarcástico e John me olhou irritado, pensei até que fosse me dar
uns tapas na cara.
---
Uma boa notícia, amanhã
se quiser pode estar em seu apartamento, amanhã durante o dia
chegarão os últimos móveis e assim pode se mudar para lá. John
falou enquanto eu pensava que ainda tinha Isaac para eu enfrentar a
contar tudo, o
que eu diria ao meu filho?
---
Que bom, John sabe me dizer algo além dos dados curriculares de
Macri? Algo pessoal... Perguntei nem dando importância ao que ele
tinha falado.
O
bom desse apartamento agora seria que eu poderia levar Macri lá e
assim faríamos o que desejássemos sem sermos interrompidos.
---
Michael, tem certeza de que quer se envolver com essa mulher? Cara
tem tanta boate por aí... vai deixar Aurora só por causa dela? John
disse aquilo fazendo minha raiva subir, meu sangue ferver, mas eu me
segurei, ele ainda estava do meu lado.
---
John, eu e Aurora já tivemos nossa história, agora acabou o livro e
eu preciso “escrever outro”. Disse me levantando e olhando pela
janela, parecia que Aurora chegava.
---
Está bem... irei pesquisar amanhã para você. Boa noite. Ele disse
somente aquilo, abriu a porta do escritório e saiu com sua maleta.
Percebi
ele cumprimentar Aurora e Isaac logo já saindo. Me sentei ali na
minha poltrona e respirei fundo, mas os risos de Isaac despertaram em
mim o meu lado pai de ser.
Eu
vi ele correr até a porta e entrar sorridente, parecia que o dia
havia sido bom. Eu não pude me segurar e eu corri até ele, o
agarrei em meus braços e o apertei. Fazia algum tempo em que eu não
passava os dias com meu filho, geralmente mentia para ele dizendo que
eu tinha reuniões ou coisas do tipo e ele com toda sua inocência
acreditava.
---
Papai! Que saudades eu estou de você papai! Ele dizia me olhando
sorridente e eu o olhava do mesmo jeito.
---
Eu também meu filho. Papai tem uma surpresa para você. Falei
colocado ele no chão e pegando em sua mãozinha e o guiei até meu
escritório lhe daria os doces.
---
Oba, oba! Ele disse quando eu lhe dei a sacola repleta de guloseimas
e tudo o que uma criança de sua idade considerava melhor do que
dinheiro.
Ele
saltitou feliz e me deu um beijo e saiu correndo até sua mãe para
lhe mostrar o que eu havia lhe presenteado.
---
O que é isso meu filho? Aurora perguntou séria e ele feliz abriu a
sacola deixando ela ver.
---
São doces mamãe, papai me deu. Ele dizia feliz e me deixava feliz
por vê-lo sorrir daquela forma e saber o quão fácil era agradar
uma criança.
---
Doces? Isaac você não vai comer essas porcarias agora! Seu
pai só sabe lhe dar essas besteiras. Ela gritou com ele o fazendo se
assustar. Pegou a sacola das mãos dele e jogou sobre a mesa e aquilo
ferveu meu sangue e eu não me segurei.
---
O que você pensa que está fazendo? Eu dei para ele e não quero que
tire dele! Disse pegando de volta a sacola e entregando a ele, Isaac
estava cabisbaixo e com cara de choro e eu tive vontade de avançar
no pescoço dela, pois em poucos segundos arrancou o sorriso dele.
---
O MEU filho não vai comer essas besteiras essa hora da noite, okay?!
Sou eu quem está com total responsabilidade sobre ele e eu não
quero que você venha e faça o que quer! Ela me olhou com raiva
estava vermelha e suas veias do pescoço hora ou outra apareciam.
---
Se você não sabe, eu ainda tenho responsabilidade sobre meu filho
também. Sabe muito bem que eu tive reuniões durante esses dias! Eu
dizia no mesmo tom que ela e sim estávamos brigando na frente de
Isaac.
---
Reuniões? A semana inteira? Ah Michael não me faça rir. Sei muito
bem que tem mentido esse tempo todo. Pensa que sou trouxa? Eu sei que
você está se envolvendo com mulheres! Ela disse aquilo no tom mais
sarcástico de todos e dava umas risadas sem graça que me tiravam do
sério.
---
Não fale assim na frente do meu filho, ele não tem culpa de nós
estarmos assim. Respeite pelos menos isso. Eu disse ficando atrás de
Isaac e segurava em seus ombros e percebi que ele chorava.
---
Aé? E quando vai contar a ele que vai nos deixar? Quando vai dizer
para ele o pai canalha que você é? Acha que ele não entende que
você tem mentido para ele? Ela disse praticamente cuspindo as
palavras em minha face e se aproximou de Isaac quando ele tirou
minhas mãos de seus ombros.
---
Saia daqui! Você está brigando com meu pai! Ele disse bravo e
correu para a escada e subia rapidamente.
---
Filho, cuidado. Não dê bola para sua mãe. Isaac? Eu chamava
correndo atrás dele, mas parecia que nessas horas suas perninhas era
mais rápidas que as minhas.
---
Saia daqui. Você brigou com minha mãe. Você não me ama mais. Ele
disse fechando a porta de seu quarto com força a qual bateu em minha
face, sua voz estava chorosa e eu sabia que ele iria chorar.
Naquele momento eu me senti culpado, onde é que aquilo iria parar?
Capítulo
26
As
coisas estavam ficando cada dia pior. Depois
daquela minha briga com Michael na frente de Isaac tudo estava
ficando diferente, e eu cada vez me prendia em minha mente me
julgando e me culpando por ter sido tão idiota.
Aquele
dia em que brigamos foi o último dia em que Michael dormiu em nossa
casa. No dia seguinte ele estava saindo com suas coisas deixando a
mim e ao seu filho. Ele disse que por enquanto Isaac ficaria comigo e
eu não tinha nada contra isso, até porque eu o queria comigo.
Eu
estava sentindo que estava ficando contra Michael, mesmo que eu não
quisesse. Eu ficava com raiva dele pelo dia em que ele levou aquelas
coisas para Isaac e acabamos brigando.
Eu
não briguei por causa dos doces, e sim para ele ver o grande sacana
que ele era por estar mentindo para o filho e depois o comprando com
doces. E eu sabia que ele se sentiu culpado por aquilo, assim como
eu também.
Isaac
estava ficando uma criança distante, não queria mais comer ou
brincar. Não queria sair com seus coleguinhas e nem ir a aula e
aquilo estava me preocupando. Todos os finais de semana eu saia com
ele e com Emilly, mas parecia que algo faltava, não era igual quando
saíamos com seu pai.
Brincava
com ele e tentava passar a maior parte do tempo que eu podia.
Michael
agora raramente ligava e para ser sincera eu nem estava mais
escutando falarem nele, somente as vezes perguntava algo para John
quando vinha até minha casa para pegar algum documento ou para pedir
assinaturas, eu era ainda casada com ele, até que esse bendito papel
viesse e a partir dai seria cada um para seu canto. Ele seria apenas
o senhor Michael Joe Jackson o pai de Isaac e eu a senhora Aurora
Vettra Jackson a mãe de Isaac.
---
Filho, você precisa comer. Se não comer eu não vou levar você
para brincar hoje. Eu disse tendo alguma expectativa de que Isaac
aceitaria apenas mais uma colher de sua comida, o que ele negou
segundos depois.
Eu
o vi se levantar da mesa e ir até a sala e se sentar na frente da TV
desanimado. Fiquei ali o observando e admirava que mesmo triste do
jeito que estava ali ainda me trazia certa esperança, as vezes
sentia que ele era um anjo em minha vida, e era.
Ele
tinha sido uma pequena parte de seu pai que havia me restado, seus
cabelos cacheados e sua pele branca e sensível. Seu sorriso e seus
olhos inocentes me faziam pensar que ainda havia uma esperança para
aquela minha vida chata e cheia de compromissos agora. Michael tinha
se ido e levado minha alma junto.
Estava
distraída quando meu celular me fez voltar para minha droga de
realidade. Era Emilly. Atendi sem animo e ela como sempre fez de tudo
para que eu me sentisse melhor, até que me lembrei de algo.
---
Semana que vem Isaac está de aniversário. Eu disse sorridente e
olhei para ele que havia cochilado no chão da sala.
---
Que tal fazermos uma festa para esse pequeno? Poderia convidar alguns
amiguinhos dele, ele vai gostar Aurora. Ela dizia sorridente do outro
lado da linha e suas risadas eu podia ouvir.
---
Eu não sei. Se visse como ele está hoje... nem comeu direito. Falei
olhando para meu filho e só quando dormia parecia que seu ser me
transmitia paz agora.
A
ideia que ela havia me dado era boa, porém não sabia se aquilo
seria bom naquele momento. Estávamos enfrentando tantas coisas,
nossas vidas agora estavam tão difíceis que realmente pensava que
festas agora não seriam uma boa.
---
Vamos Aurora, vai admitir agora que Michael levou sua alegria junto
com ele? O que custa fazer algo para seu filho? Chame ele, semana que
vem iremos comprar as coisas no centro e ele poderá fazer a lista de
doces e convidados. Não aceito não como resposta. Emilly falou
aquilo do outro lado da linha me animando, e quem sabe aquilo também
não o
animaria também?
Eu
aceitei a ideia dela, demoramos algum tempo no telefone fazendo a
lista do que precisaríamos e ela disse que ligaria mais tarde quando
Isaac acordasse.
Assim
que desliguei o telefone eu fui até a sala, peguei Isaac em meus
braços e vi que havia emagrecido e empalidecido depois do sumiço de
seu pai. Levei ele até seu quarto e o coloquei na cama.
---
Papai? Ele resmungou algo quando eu o cobri e beijei sua testa como
Michael costumava fazer, mas logo adormeceu me fazendo encher meus
olhos com lágrimas e eu tive que sair dali para não chorar perto
dele.
Capítulo
27
---
Não sei se isso
vai
ser uma boa ideia, Emilly. Eu
disse quando Emilly chegou em minha casa, completamente animada e bem
arrumada, iríamos ao centro de Los Angeles comprar tudo o que seria
preciso para a festa de aniversário de Isaac.
---
Aff Aurora, se anime! Não pode se deixar levar por isso. Onde está
Isaac? Ela perguntou deixando sua bolsa sobre a mesa e vinha comigo a
passos lentos em direção a escada.
---
Está no quarto, já está arrumado, mas não quer sair. Está triste
como sempre tem estado ultimamente. Eu disse lembrando da última vez
que vi Isaac sorrir, e foi quando seu pai lhe havia dado os doces
naquela noite.
---
Vou subir até lá e falar com ele. Fique aí. Ela falou sorrindo
para mim e acariciou meu rosto e logo subiu em direção ao quarto
dele.
Acredito
que se não fosse Emilly hoje eu não teria mais forças
para nada. Ultimamente ela parecia minha mãe, sempre me dava sermões
e me dizia que eu devia seguir em frente. Eu já havia perdido as
esperanças de acordar novamente com Michael ao meu lado, parecia que
ele tinha até esquecido seu filho, e aquilo me entristecia mais
ainda.
Estava
na sala olhando para a janela e via o jardim lá fora, o lugar onde
muitas vezes eu e Michael nos divertimos com Isaac. Todos os finais
de tardes lá estavam eles dando risadas altas e brincando e eu pude
sentir uma lágrima teimar em cair de meus olhos. Mas por incrível
que pareça eu pude ouvir passos rápidos e logo vi Isaac com um
pequeno sorriso perto de mim, é Emilly conseguiu animá-lo.
---
Mamãe é verdade que vamos ver meu pai? Ele falou contente e eu
queria abraçar Emilly e ao mesmo tempo matá-la, por que ela disse
aquilo? Mentiu?
---
É, não é mesmo Aurora!? Ela falou me olhando e sussurrava que sim,
iríamos ver ele depois das compras.
---
Er... vamos. Sorri amarelo e vi ele correr até seu quarto e pegar
seu tênis e logo calçá-lo.
---
Está vendo como se faz uma criança ficar feliz? Ela disse baixinho
para que ele não escutasse.
---
Não deveria ter dito isso á ele. Não é certo depois do que
Michael fez. Eu disse vendo ele se olhar no espelho tal como seu pai
fazia e arrumar seus cabelos.
---
Esqueça o que Michael lhe fez, mas lembre-se de que ele ainda é pai
de Isaac. Lhe dê uma chance. Não precisa ir até o apartamento dele
se não quiser, disse a Isaac que o levaríamos para que ele o
convidasse. Ela falou pegando sua bolsa e eu coloquei meu óculos de
sol.
Isaac
pegou em minha mão e estranhei quando vi aquela mochila em suas
costas.
---
O que tem aí Isaac? Eu perguntei quando ele olhou para cima e sorriu
para mim e o vi olhar para Emilly.
---
São alguns brinquedos para eu brincar com papai. Ele falou ainda
olhando para Emilly e eu sabia que algo eles escondiam de mim, mas
deixei de lado e logo resolvemos seguir nosso caminho aquela manhã.
Segurando
a mão de Isaac e andando meio sem destino com ele e com Emilly nós
reparávamos cada pedacinho do grande centro de L.A e sim era muito
lindo! Desde que eu cheguei em L.A eu não tinha visto ainda um lugar
que não havia me encantado, todos eles era uma mais lindo do que o
outro.
Entramos
em várias lojas e em cada uma que entrávamos nós comprávamos
alguma coisa. Isaac estava aproveitando bem o dia. Ele sorria para
nós e apontava para os lugares encantado pelo que via a sua frente.
---
Aurora, eu e Isaac vamos comprar alguma coisa para comermos. Gostaria
de vir com a gente? Emilly perguntou me vendo ser hipnotizada por uma
vitrine de livros.
---
Não, espero vocês aqui. Eu disse sorrindo e logo os vi saírem de
mãos dadas conversando.
Estava
concentrada nos livros da vitrine que eu mal percebia quem passava ao
meu lado. A única coisa que eu me lembro foi de ver uma mulher sair
de uma pequena barraquinha com um pequeno cartão na mão, e o lugar
em que ela havia ido me chamou a atenção e minha curiosidade foi
além de meu tamanho e eu tive que entrar naquela barraquinha para
ver o que tinha ali.
Na
verdade só parecia pequena para quem a olhava do lado de fora, mas
por dentro era enorme.
Eu
olhei para os lados e vi algumas coisas que me chamaram a atenção,
coisas como velas, incensos, algumas imagens de escultura e uma
pequena mesa que estava ali. Na pequena mesa haviam mais velas e
incensos, cartas espalhadas e uma pequena espécie de “bola de
cristal”, juntando tudo o que eu tinha visto eu liguei as coisas e
notei que estava na barraquinha daquelas pessoas que revelam nosso
futuro, é, videntes!
---
Em que poderia ajudar? Uma voz veio de trás da mesa e eu levei um
leve susto e percebi que não estava sozinha ali.
Uma
senhora de cor negra, olhos escuros e roupa estampada estava sentada
ali, e acredito eu que ela seria a vidente.
---
Bom, é... Sorri meio amarelo, pois o que me chamou ali foi minha
curiosidade para saber o que era aquilo.
Ela
se levantou de onde estava e rapidamente me puxou pela mão, me
fazendo se sentar próximo a mesa onde ela estava. Ela olhou em meus
olhos e pareceu ter visto algo neles. Olhou minha mão e pareceu que
ali ela viu minha vida desde meu nascimento e eu nada disse só
fiquei a observando atenta para o que ela fazia.
---
Vamos ver o que o futuro lhe promete. Ela falou pegando algo parecido
com um pó e jogou sobre as cartas e logo balançou suas mãos em um
ritmo que se repetiu umas cinco ou seis vezes e ficou parada
observando aquilo.
---
Hm... me parece que as coisas não estão nada bem com você, não é
mesmo? Ela disse aquilo olhando para aquela bola de cristal, parecia
até um desenho animado ou um filme, realmente era uma bola de
cristal que ela tinha ali.
Eu
assenti com a cabeça e me lembrei de tudo o que me ocorreu desde
minha chega em L.A, dos meus momentos bons e ruins, parecia que os
ruins estavam ganhando.
---
Posso lhe dizer algo? Ela disse aquilo agora olhando para mim e pegou
em minha mão logo olhando em meus olhos.
Eu
novamente não disse nada, assenti e vi ela ainda me olhar sem
transmitir nada através daquele olhar negro.
---
As coisas estão para piorar, ficará pior do que já está. Mas você
compreenderá no futuro. Não se precipite diante do que vai
acontecer, espere e tenha paciência. No futuro entenderá a razão
de tudo. Foi o que ela me disse, me deixando confusa. Eu olhei ao
meu redor e quando voltei meus olhos para a mesa, ela não se
encontrava mais ali.
Eu
tratei de sair dali rapidamente e comecei a procurar com os olhos
Emilly e Isaac, até sentir Emilly tocar em mim.
---
Nossa Aurora, está pálida. O que houve? Perguntou colocando a mão
em minha testa.
Eu
estava muda ali, não tinha reações, só queria entender o que
aquela vidente quis dizer com aquilo e se fosse pra ficar pior do que
já estava eu acho que queria morrer.
Capítulo
28
Naquele
dia ainda
fomos visitar Michael, bem na verdade Emilly que levou Isaac enquanto
eu fiquei no carro com a maior cara de lerda pelas palavras daquela
vidente.
E
eu estava me perguntando, tinha como ainda piorar algo em minha vida?
Como assim eu entenderia no futuro? É bem, só no futuro mesmo eu
entenderia.
Eu
e Emilly tínhamos passado o dia arrumando as coisas para a festa,
enchemos balões, fizemos painéis e deixamos tudo belo e encantador
para crianças da idade de Isaac. Ele havia convidado seus colegas de
classe, algumas de suas professoras, alguns vizinhos conhecidos e o
seu pai. Não haviam parentes, até porque a maioria morava na
Florida, então eram somente as pessoas que havíamos conhecido ali
ao decorrer dos meses.
Eu
estava sentada no jardim sozinha observando Isaac brincar com as
crianças, e
velhas lembranças vinham em minha mente. O dia em que Michael soube
que eu estava grávida, ele só faltou fazer uma festa, pulava de
alegria e seu sorriso quase não cabia em sua face. Me lembrei também
do dia em que ele nasceu, o mesmo dia de hoje só que á seis anos
atrás, foi tão maravilhoso, Michael não largava de mim. Era como
um leão perto de mim e de Isaac, o pai e marido mais protetor que eu
já podia ter visto. Sempre dizia que estaria conosco em todas as
circunstâncias de nossas vidas, vivia dizendo que nos amava, e hoje
estávamos assim. Um longe do outro. Sem saber mais o que iria ser
dali para frente.
---
Nossa Aurora, que cara hein! Poderia ao menos dar um sorriso hoje na
festa de seu filho. Emilly disse chegando próxima a mim e me fazendo
despertar daquelas lembranças.
---
Eu tento, mas tem sido difícil para mim. Olha
como ele brinca com as crianças, faz tempo que não vejo ele assim.
Falei com a voz chorosa, mas segurei o choro, não queria que Michael
chegasse e visse minha fraqueza.
---
Vamos ponha um sorriso nesse rosto e vamos até lá receber as
pessoas. Emilly disse arrumando meus cabelos e me arrastando até
onde haviam alguns poucos convidados que já haviam chegado.
Os
convidados iam chegando e estávamos nós duas ali recepcionando
todos e agradecendo pelos presentes que entregavam. Vimos John chegar
e entregar seu presente, e depois ir falar com Isaac e percebi que
Isaac perguntou de seu pai. Não demorou muito para que ele chegasse
com a maior cara de pau, é ele estava querendo mesmo jogar em minha
cara o que eu tinha perdido.
---
Aff eu não acredito que ele teve a maior cara de pau de trazê-la
para a festa. Emilly sussurrou em meu ouvido, parecia ter mais raiva
que eu.
---
Emilly, você tem que entender que não somos mais um do outro. Não
estou mais com ele, então ele está livre para trazer a companheira
que quiser. Eu disse enquanto sentia meu coração ser rasgado ao
meio com aquelas minhas próprias palavras, era difícil, mas era a
verdade.
---
E você se conforma, não é mesmo? Onde é que ele achou essa
serigaita hein? Ela perguntou olhando Macri dos pés a cabeça e
fazia cara de nojo.
---
É secretária dele, por quê? Perguntei com tom de deboche e ela me
olhou ainda com aquela cara de desdem.
---
Credo, não é porque sou sua amiga não Aurora, mas você dá um
banho nessa cabrita aí. Ela falou e acabou me tirando um riso alto,
e percebemos que todos olharam para nós e juntas sorrimos amarelo.
Vi
Michael ir até Isaac e
entregar um presente, beijou sua testa e o pegou em seus braços. Ele
ainda era o mesmo com nosso filho, mas não era o mesmo Michael
marido que eu conhecia. Ele era só o pai de Isaac agora, nada mais.
Eu seria como uma conhecida sua, eu não queria ainda acreditar
naquilo, mas seria pior quando eu tivesse que assinar aqueles papéis.
Cantamos
parabéns para ele, tiramos fotos e ele cortou o bolo. Estava tão
feliz, que eu queria que aquela alegria dele permanecesse no decorrer
dos dias para me dar forças, mas eu mal sabia o que estaria vindo
pela frente.
No
final nós decidimos abrir os presentes, foram poucas roupas, a
maioria era brinquedos e ele agradecia a todos, nessa parte ele havia
puxado ao seu pai.
De
todos os presentes o que mais me chamou a atenção foi uma bola que
ele havia ganhado, se não me engano ele havia ganhado de Emilly, e
me chamou a atenção e eu queria saber o porquê daquilo. Na verdade
deveria ser coisa da minha cabeça, o que realmente me irritava ali
era a presença daquela mulher. Mas ela não tinha culpa, e sim eu.
Michael
em nenhum momento veio falar comigo, nós trocávamos olhares e as
vezes eu me perdia em meus pensamentos, pensando se era alguma
esperança que ele me transmitia ali.
Eu
estava sentada do lado de Emilly, enquanto ela conversava com algumas
professoras que convidamos ali, mas eu não conseguia tirar os olhos
da mesa em que Michael estava com aquela secretária dele. E eu
sempre disfarçava quando ele olhava para mim, não queria mostrar a
ele que a presença deles ali as vezes me irritava.
Eu
percebi que ela se levantou por um momento e foi até o banheiro, e
ele ficou ali com a maior cara de taxo, observava as crianças
correrem e mexia com os dedos. Percebi que quando ele ia se levantar,
talvez para procurar a secretária ela voltou. Disse algo para ele e
não demorou muito para que eu visse que ela deu um selinho nele e
saiu sozinha deixando ele ali.
É
queridinho, sua companheira se foi.
Pensei rindo mentalmente e eu pagaria para ver aquela cena de novo.
Capítulo
29
Fazia
quase um mês do aniversário de Isaac e
hoje eu estava em casa, eram férias de verão. Isaac havia ido na
casa de seu amiguinho para tomar banho de piscina e eu estava em casa
descansando.
Estava
quase pegando no sono quando escutei o telefone tocar, não iria
atender, mas como insistiu então eu decidi atender. Era Emilly, ela
disse que havia feito bolo e queria que eu levasse Isaac até lá.
Expliquei a ela que ele estava na casa de um coleguinha brincando,
mas ela quase chorou para que eu o levasse.
Eu
me levantei meio desanimada e me arrumei. Fui até a casa do
amiguinho de Isaac buscá-lo e meu pequeno ainda estava na piscina,
parecia um peixinho.
---
Ah mamãe, eu não quero sair! Disse manhoso e eu sabia o que dizer
para tirá-lo dali facilmente.
---
Tia Emilly fez bolo para você. Não vai deixar ela triste, vai? Eu
disse me agachando perto dele na piscina e o vi me fitar pensativo.
Ele
saiu e eu o ajudei a se trocar, e o admirei mais uma vez em como ele
poderia ser tão parecido com seu pai nas suas características
físicas. Ele já estava arrumado e conversava com seu coleguinha
enquanto eu pegava suas coisas com a mãe do menino.
---
Mamãe, Igor pode ir com a gente? Ele perguntou fazendo carinha de
anjo e eu sorrir do seu jeito.
---
Se a mãe dele deixar, podemos levá-lo. Eu disse passando a mão em
seus cabelos e vi ele sorrir para a mãe do garoto.
Ela
concordou em deixar ele ir e prometi que não levaria ele muito tarde
para sua casa de volta.
---
Isaac, não esqueça de pegar sua bola. A mãe do menino falou
apontando para a bola dele que estava jogada no quintal e ele foi
correndo pegá-la.
Nos
despedimos dela e juntos fomos em rumo a casa de Emilly. Assim que
chegamos lá Isaac desceu correndo com sua bola nas mãos e seu
coleguinha Igor foi atrás dele. Vi Emilly abraçá-los e beijar a
testa de Isaac.
---
Nossa menino, você cresce a cada dia que passa. Emilly falou
bagunçando os cabelos dele e ele sorriu para mim.
---
Está um gato não? Eu perguntei descendo do carro e sorrindo por ter
o filho que eu tinha. Aquele menino era minha vida e eu o amava mais
que tudo.
Entramos
e comemos do bolo, Isaac estava com seu queixo cheio de bolo e nos
fazia rir de seus modos.
---
Mamãe, quero mais suco. Ele disse com a boca cheia e ergueu o copo
para que eu pudesse servi-lo.
---
Filho, não fale de boca cheia. É feio. Falei servindo o suco para
ele e peguei um guardanapo para limpar seu queixo.
---
Aurora, deixe. É assim mesmo. Emilly disse rindo dele que agora
lambia seus dedos que estavam com chocolate.
Assim
que eles terminaram de comer Isaac pediu para ir brincar na rua com
Igor e eu deixei, precisava conversar com Emilly, e não gostava de
falar sobre esses assuntos na frente de Isaac.
---
Então, como está? Emilly perguntou me olhando enquanto cortava mais
um pedaço de bolo.
---
Estou bem, ou pelo menos estou tentando ficar. Eu disse vendo ela me
olhar nos olhos e ela me conhecia o bastante para saber o que eu
sentia.
---
Vamos me conte o que está escondendo aí. Não me faça de tola
Aurora. Disse brava, e eu me lembrei de que havia passado quase a
noite toda chorando por meu erro.
---
Mais um papel e eu e Michael estaremos completamente um fora da vida
do outro. Não sei mais o que falar para meu filho, Emilly. Ele não
vai poder viver toda vida assim. Uma hora vai ter que saber que eu e
seu pai estamos separados e eu tenho medo de que algo aconteça.
Falei choramingando e Emilly olhava para mim e eu sabia que ela
queria me ajudar, mas não dava.
---
Aurora eu queria poder lhe ajudar, mas sabe que isso é uma coisa
entre você e Michael. Quanto a Isaac eu percebo que ele já entende
o suficiente, ele sabe. É uma criança, mas entende que seus pais
não estão juntos e temo também que isso possa afetá-lo. Ela falou
olhando em meus olhos e eu sabia o que podia acontecer com ele,
geralmente quando pais se separavam as crianças eram afetadas por
isso. E agora o que eu menos queria era que Isaac sofresse por causa
de minha culpa.
Quando
Emilly ia me falar mais alguma coisa nós escutamos um grito, mas
deveria ser das crianças, pois brincavam na frente da casa e não
demos importância. Mas foi quando Igor chegou pálido e tremendo que
eu me assustei.
---
O que aconteceu menino? Emilly perguntou correndo até ele na porta
da casa.
---
Tia Auro... Aurora... Isaac... se machucou. Foi o que ele conseguiu
dizer.
Eu
me levantei e saí correndo para fora da casa. E foi quando pude ver
uma aglomeração de pessoas ali do outro lado da rua. Eu vi um
carro parado e sai logo pedindo licença e todos que estavam ali e
temi ver o que eu sabia que era.
---
Isaac! Eu gritei alto quando eu o vi esticado no chão no meio
daquele monte de gente curiosa.
Eu
olhei para a calçada e vi aquela bola que ele havia ganhado no seu
aniversário, na hora eu não me lembrei, mas hoje eu entendi o
porquê de ter receado quando ele a ganhou.
Eu
vi um moço sair do carro e vir até mim. Ele começou a falar
comigo, e explicar tudo o que tinha acontecido, mas eu não tinha
reação alguma.
Quando
eu tive coragem e cheguei perto dele, agachei e vi que seu nariz
sangrava. Haviam alguns arranhões em sua face e ele olhava para
todos parecendo não entender o que havia ali.
---
Isaac, meu filho, fala comigo. Eu disse tocando sua face que estava
ensaguentada e vi ele lentamente olhar para mim.
---
Mamãe. Sussurrou tão baixinho que eu quase nem ouvi.
Ele
segurou em minha mão e me olhou por alguns segundos, parecia que ele
não estava raciocinado ali naquela hora. Eu vi ele fechar seus
olhinhos e soltar minha mão, e ali eu comecei a tremer e a chorar
alto.
---
Isaac, por favor. Fala comigo! Isaac... Eu dizia chorando, tocava
nele procurando machucados nele até que senti alguém me pegar pelos
braços e pedir que eu me acalmasse.
A
ambulância chegou e colocou ele naquela maca. Sua roupa estava suja
e até meio rasgada, sua face e seus braços machucados e seu nariz
estava sangrando. Temi ali a vida de meu filho, se algo muito grave
acontecesse com ele eu jamais me perdoaria por aquilo.
Eu
vi Emilly falar com alguém no celular e logo depois vi ela vir até
mim.
---
Se acalme Aurora, ele vai ficar bem. Ela disse abraçada em mim e
ouvia meus soluços.
---
Emilly, eu quero meu filho. Pra onde vão levar meu filho? Eu
perguntava para ela em meio as lágrimas que banhavam meu rosto e
pela primeira vez durante aqueles meses todos eu queria que Michael
estivesse ali para me abraçar.
---
Aurora eu preciso que você se acalme. Venha, não podemos deixar
Isaac sozinho. A ambulância precisa levá-lo para o hospital. Ela
falou aquilo me arrastando até a ambulância.
Eu
ainda não estava acreditando no que havia acontecido com Isaac. E
como um devaneio tudo o que tinha acontecido comigo veio a minha
mente, a vidente!
---
A VIDENTE! Gritei dentro da ambulância fazendo todos me olharem e
Emilly me olhar espantada.
---
Disse algo senhora? Está bem? O motorista perguntou também me
olhando assustado e eu estava com os olhos arregalados, acho que
agora alguma coisa fazia sentido.
---
Ela está bem, só está espantada. Desculpe. Emilly falou tampando
minha boca sorrindo amarelo para o motorista.
É
as coisas estavam começando a se encaixar. E eu estava começando a
acreditar naquilo...
Capítulo
30
[By
Michael]
Depois
de um dia de trabalho convidei
Macri para sairmos aquela noite, já que as outras ela fugia sempre
de mim e nunca terminava com o que eu queria.
John
havia ligado para mim e já me informado de que tinha levado mais
papéis para Aurora assinar. Faltavam só alguns como a guarda de
Isaac. Não queria tirar ele dos braços dela, mas queria meus
direitos como pai também.
Achei
estranho e ao mesmo tempo agradável da parte de Aurora trazer ele
até meu apartamento para me convidar para ir no seu aniversário, e
é claro eu fui! E levei Macri, queria fazer Aurora pensar o que ela
fez com nossa família, não era perfeita, mas era a nossa família!
Agora
aqui estava eu, nesse final de tarde sentado na sacada de um belo
hotel, bebendo com Macri e sentindo seus beijos loucos em meu
pescoço.
Estávamos
ali, um se deliciando no outro e aquilo era maravilhoso. Ultimamente
eu andava me sentindo um garoto de 15 anos, pois o que eu fazia era
só beijar, nada de sexo, apenas beijos. Aquela fase foi boa, mas
acredito que um homem como eu tem uma outra necessidade.
Eu
tinha pressa em tirar a roupa dela e logo estar nela, ou eu faria
aquilo ou ficaria louco! Chamei ela para entrarmos para a sala. Puxei
ela e vi ela cair sobre meu colo e sentir meu membro o quão rijo
estava.
Ela
desabotoou minha camiseta e logo minha calça enquanto eu beijava seu
pescoço e logo já descia para seus seios. Apertava suas coxas e a
puxava cada vez para mim, queria me livrar daquela agonia e daquelas
roupas que nos impedia de estar um no outro.
Ela
estava quase tirando minha calça quando eu senti algo vibrar no
sofá, deveria ser alguma mensagem no meu celular, mas eu estava
muito ocupado e não iria atender.
Senti
de novo e de novo e mais uma vez, até meu celular começar a tocar
enquanto nos beijávamos.
---
Michael... seu celular. Macri disse enquanto eu a beijava
desesperado.
---
Não irei atender agora. Eu disse manhoso e vi ela pegar o celular e
me dar, até porque já tava enchendo o saco aquela música do toque.
Eu
atendi e não entendia bem o que era dito, parecia ser Emilly. Ela
falava rápido e nervosa, parecia ter corrido muito pois estava
ofegante e aquilo estava me deixando preocupado, eu não conseguia
entender o que ela queria me dizer. Mas uma coisa foi clara para mim.
---
Michael, estamos no hospital com Isaac! Precisamos de você aqui. Ela
disse tão nervosa e tão rápido que me deixou preocupado e antes
que eu pudesse perguntar algo ela já havia desligado.
---
O que foi Michael? Macri perguntou tocando minha face, mas eu estava
preocupado e com certeza agora meus olhos estariam arregalados e
minha boca quase no chão.
---
Macri eu preciso ir. Desculpe, eu tenho que sair agora. Eu disse
saindo de baixo dela e ajuntando minhas roupas no chão
imediatamente.
---
Agora? Como assim vai sair agora? Deixei minha mãe sozinha em casa
para ficar com você, acha que é assim? Ela falou irritada e aquilo
me assustou, nunca tinha visto ela daquele jeito.
---
Macri eu não tenho tempo para isso, por favor eu preciso ir. Disse
abotoando minha camiseta e logo colocando meus calçados.
---
Então é assim? Você prometeu que hoje seria só nós dois! Ela
disse brava e eu me irritei com aquilo.
---
Macri, meu filho está no hospital e ele precisa de mim agora! Você
várias vezes saiu no meio de nossos encontros e eu nunca falei nada.
E agora eu realmente preciso ir. Tchau! Falei saindo a passos largos
daquele quarto de hotel e via ela vir atrás de mim.
---
Michael, por favor! Michael! Eu estava com minha mãe! Ela gritou
enquanto me seguia, mas antes disso eu chamei o elevador e sai dali o
mais rápido possível.
Eu
estava mais do que preocupado com meu filho, precisava saber o que
aconteceu com ele.
Em
poucos minutos eu já adentrava o hospital, tive que esperar Emilly
descer para que eu pudesse ir até lá ver como e onde ele estava. E
já estava começando a ficar aflito com aquilo tudo.
---
E então, como é que ele está? Perguntei quando vi Emilly chegar
até mim, ela chorava.
---
Michael, a situação de Isaac é meio complicada, ele sofreu um
acidente. E devido ao choque com a batida ele está inconsciente, mas
tenha calma por favor. Não brigue com Aurora, ela não tem culpa.
Ela falou pausadamente me deixando cada vez mais nervoso e aflito, se
algo acontecesse com meu filho eu não sabia o que seria capaz de
fazer.
---
Como foi o acidente Emilly? Onde foi? Quem estava com ele? Eu
perguntei já chorando e tremendo, Deus por favor, meu filho não!
---
Ele estava brincando com seu coleguinha em minha casa, Aurora havia
ido lá para comermos bolo, eles estavam brincando no quintal. Isaac
deixou a bola ir para a rua e atravessou a rua sem ver. Um carro o
pego e o jogou na calçada. Já fizeram exames e disseram que não
quebrou nada, mas está inconsciente. Por favor, vá com Aurora até
lá, eles precisam de você mais do que tudo agora. Ela falou
segurando minha mão e olhando em meus olhos enquanto eu já me
desmanchava em lágrimas.
Eu
fui até onde Emilly falou que Isaac estaria, eu vi Aurora em uma
cadeira sentada chorando e quando me viu ela se levantou e me
abraçou.
Ali
eu não tive raiva de Aurora, não tive ódio, eu só senti amor
quando eu senti ela me abraçar. Ela me abraçou com tanta saudades
que me apertava em seus braços, parecia não querer mais me deixar
largá-la. Ela chorava e dizia que era culpada do que havia
acontecido com Isaac.
---
É tudo culpa minha Michael, eu me odeio. Olha como nosso filho está.
Ela falava chorando e tremia, e eu apenas a abraçava e beijava sua
testa.
---
Michael, eu quero meu filho. Eu quero meu filho! ISAAC! Ela gritou me
fazendo se assustar e eu sabia que se não acalmasse ela não seria
nada bom.
---
Aurora, me escute. Fique calma. Você não tem culpa disso. Foi um
acidente, não temos culpa. Olhe para mim, por favor, preciso que
você se acalme. Eu falei aquilo acariciando a face dela que estava
banhada por lágrimas.
---
Michael, eu não quero que nada aconteça com ele. Michael por favor,
fica comigo. Ela falou ainda chorando olhando em meus olhos e meu
coração se partiu ao pensar que ela era a mais rude e pior mulher
de todas.
---
Eu ficarei com você. Eu estou aqui, não estou? Vamos enfrentar isso
juntos. Mas por favor, se acalme. Eu disse colocando mechas de seus
cabelos atrás das suas orelhas e beijei sua testa.
Mas
do que qualquer um eles precisavam de mim agora, e eu estava ali
pronto para seguir com ele. Não queria saber mais sobre o tal
divorcio e sim sobre o que estava acontecendo agora, que querendo ou
não, nós enfrentaríamos juntos.
Capítulo
31
Os
raios do sol me
acordaram aquela manhã. Eu me mexi e pude sentir que alguém estava
ali comigo. Ergui minha cabeça e o vi, lindo como sempre. Ali
dormindo abraçado a mim de mal jeito naquele sofá de hospital. Me
levantei com cuidado para que ele não acordasse, parecia ter
conseguido dormir a pouco tempo, até porque não é nada fácil
ficar a noite inteira cuidando de uma mãe chorona.
Passei
por Isaac naquela maca e o vi cheio de aparelhos aquilo doía meu
coração por saber que foi só um descuido meu.
Fui
até o banheiro e lavei meu rosto, eu estava com os olhos inchados e
minha face aquela manhã não era das melhores.
Quando
voltei ao quarto vi que havia uma bolsa, e com certeza havia sido
mandada por Emilly. Tinha algumas roupas minhas e de Isaac, que na
verdade agora não precisava, pois estava com aquelas roupas de
hospital.
Eu
troquei de roupa e como Michael ainda estava dormindo eu aceitei o
lanche que a enfermeira levou e fiquei ali observando as pessoas
entrarem e saírem do hospital com frequência. Ambulâncias de um
lado pro outro e pessoas no pátio andando.
Por
mais que meu coração agora estivesse cortado por ver meu filho ali
naquela situação a minha mente estava longe, e o que não saia da
minha mente eram as palavras daquela mulher. Será que era desse
momento que ela falava? Será que seria isso? Acho que agora sim não
tinha mais como piorar.
Meu
único filho estava ali agora, em coma, paralisado e cheio de
aparelhos que hora ou outra apitavam. Eu tive medo de perdê-lo
naquela hora quando o vi naquele chão cheio de sangue. A sorte que
ali naquele momento agora eu tinha Michael, durante todos esses meses
a única coisa que eu pude sentir dele foi raiva, mas quando eu o vi
minha raiva havia ido embora. Ele estava ali comigo agora, e eu podia
sentir que ele agora estaria sempre segurando minha mão, foi o que
ele me demonstrou durante aquela noite no hospital e eu espero que
não esteja enganada.
---
Está pensativa... distante. Quer me contar? Michael falou tocando
meu ombro com carinho e eu o olhei sorrindo.
---
São bobagens... quer comer algo? Doutor falou que ia vir perto das
nove horas. Ainda dá tempo. Eu
disse fugindo daquelas palavras que circulavam em minha mente, mas
elas não se apagavam.
---
Vai ficar bem? Não quer ir comigo? Ele disse ainda com carinho
tocando minhas costas e eu tive vontade de agarrá-lo pelo pescoço e
não soltá-lo mais.
Eu
assenti e juntos fomos até a cantina do hospital e tomamos café da
manhã juntos, a primeira vez em quase um ano.
Ele
sempre olhava em meus olhos e sorria, parecia que aquilo me dava
forças e acabava também me deixando segura por ter ele ali comigo.
E ali eu comecei a ter esperança de que talvez nosso casamento
pudesse voltar a ser como era antes.
Foram
10 dias para Isaac acordar de seu coma, foi difícil para nós
enfrentar aquilo, mas Michael e Emilly sempre diziam estar comigo e
me davam forças no momento que eu precisava. Mostrando para mim que
mesmo por ter esquecido deles em algum momento de minha vida, mas
agora eles estavam ali.
Naquela
madrugada que ele acordou eu não estava no hospital, mas sim
Michael. Andava cansada com aquela correria e eu sabia que Michael
também, eu insisti várias vezes para que ele deixasse eu ficar, mas
pediu que eu fosse para casa descansar.
Esses
10 dias para mim foram completamente de choro e medo, tinha medo de
perder meu filho e se eu o perdesse eu jamais me perdoaria disso.
O
médico realizou novos exames e disse que precisava falar com nós e
aquilo já me deixou preocupada, ele havia dito no começo que ele
não tinha quebrado nada, e que estava tudo bem. Apenas estava com
alguns arranhões que já estavam se cicatrizando com o tempo.
Cheguei
aquela manhã e Isaac ainda dormia lindamente enquanto Michael estava
ali lendo um livro. Como
eu pude deixar esse homem lindo? Tinha
vontade agora de pedir perdão a ele e recomeçar novamente nosso
casamento, mas não era o que precisava do meu foco agora, no momento
eu precisava saber o que meu filho tinha e eu esperava que não fosse
algo grave.
---
Senhor Jackson e senhora Jackson? Com licença por favor. O doutor
falou quando adentrou o quarto e logo fechou a porta.
---
Bom dia, doutor. Michael falou o cumprimentando em um aperto de mão
e ele o retribuiu com um sorriso.
---
Bom dia, doutor. Eu disse sorrindo embora minhas forças fossem
poucas.
Ele
nos cumprimentou e olhou para Isaac que dormia ainda ali
tranquilamente, parecia um pequeno anjo indefeso que havia caído do
céu.
---
Como sabemos essa criança acordou do coma faz poucos dias, fizemos
novos exames para ter certeza de que tudo estava bem. E assim
fizemos. Mas acredito que ouve um pequeno problema que só apareceu
agora, eu preciso que vocês compreendam e tenham paciência, e
principalmente muita fé. O doutor falava pausadamente, horas olhando
para Michael horas olhando para mim e eu já estava com medo do que
ele poderia dizer.
---
Doutor, por favor está me deixando preocupado. O que Isaac tem é
algo grave? Michael
perguntou meio nervoso olhando para ele nos olhos em busca de alguma
resposta, enquanto eu observava a silhueta de meu filho ali naquela
cama.
---
Eu gostaria que os senhores me acompanhassem até meu consultório.
Quero mostrar os exames junto com a minha equipe. Ele falou abrindo a
porta e já dando espaço para passarmos.
Michael
olhou para mim e viu que eu estava prestes a cair ali, minhas forças
estavam cessando com aquilo tudo e eu já não sabia em mais o que
acreditar.
Michael
pegou em minha mão com carinho e deu um beijo suave, meu coração
tremeu com aquilo, sim ele ainda era o mesmo de antes e eu só queria
saber se aquilo que ele me demonstrava era amor ou apenas que estava
ali porque tinha que estar. Eu estava confusa.
Chegamos
ao consultório e vimos a equipe dele ali analisando os exames, pediu
que nós sentássemos, fechou a porta e sentou em nossa frente com as
mãos cruzadas sobre a mesa nos olhando nos olhos. Aquela agonia
estava me matando. Ele pegou em suas mãos os exames e pôs sobre a
mesa para que eu e Michael víssemos, mas na verdade pouco
entendíamos o que era aquilo.
---
Pais, seu filho ficou paralítico devido ao acidente. Acredito que
isso ocorreu por causa do choque com a batida. Isaac não poderá
mais andar, somente com cadeiras de rodas ou no colo. Ele não tem
mais a capacidade de sentir suas pernas, perdeu as forças das
pernas. Ele disse aquilo mostrando no exame a conclusão que estava
escrita ali.
Aquilo
foi como um tapa em mim, eu me segurei em Michael, mas senti o ar me
faltar. Meu mundo girou e parecia que eu havia caído em um buraco
profundo e escuro.
Capítulo
32
Ainda
naquela escuridão eu pude sentir alguém me
tocar delicadamente, e senti um cheiro entrar pelas minhas narinas, e
eu o conhecia. Era Michael. Eu abri meus olhos lentamente e aquelas
luzes me faziam fechá-los e abri-los novamente. Sentia minha cabeça
doer.
---
Doutor, acho que ela está acordando. Michael disse tocando minha
testa e eu abri meus olhos agora finalmente e percebi que ainda
estávamos no consultório.
---
Senhora, está bem? O doutor perguntou me olhando e parecia
assustado.
---
Estou bem, só gostaria de ver meu filho agora. Eu disse me arrumando
na cadeira e ajeitando meus cabelos para trás enquanto aqueles
médicos olhavam para mim.
O
médico pediu que subíssemos e tentássemos conversar com Isaac,
distraí-lo, pois eles teriam que dizer a ele. Seria triste para um
menino de seis anos não poder andar e estar pulando de um lado para
o outro, mas infelizmente era o que ele teria que enfrentar.
Ficamos
cientes que agora ele teria que usar botas ortopédicas e andar no
colo até que nós conseguíssemos uma cadeira de rodas para ele.
Com
a ajuda de Michael fui até o quarto e vi que ele sorria aquela
manhã, como seria terrível para mim desmanchar aquele lindo sorriso
que estava estampado em sua delicada face com aquela notícia. Meu
coração doía.
Ele
estava tomando café da manhã com Emilly e com certeza ela já teria
contado muitas estorinhas para ele estar risonho daquele jeito.
---
Mamãe! Papai! Ele gritou de felicidade quando nos viu entrar no
quarto sorrindo, mas no fundo nossos corações estavam despedaçados.
Eu
sorri com a carinha que ele fez e fui até ele e dei um beijo em sua
testa. Michael foi até ele bagunçou seus cabelos e beijou sua testa
e nós rimos com as coisas que ele contou que Emilly havia lhe
falado.
---
Mamãe tia Emilly falou que logo vou poder sair daqui e brincar com
Igor, é verdade? Mamãe podíamos comprar um cachorrinho, igual o de
Igor. Ele falava empolgado e aquilo ia cada vez mais doendo em meu
coração, não queria ter que dizê-lo a verdade.
---
O médico logo vai vir conversar conosco e vamos saber tudinho, meu
anjo. Eu disse sentando ao seu lado na cama e tocando sua face
enquanto ele me mostrava aqueles dentinhos lindos que ele tinha.
Ficamos
ali conversando com ele e nos divertindo com suas caretas e seu jeito
de falar. Mas nossa alegria não durou muito infelizmente. O médico
chegou com sua equipe no quarto e pediu para que ficasse somente eu,
Michael e sua equipe. Ele falaria com Isaac de um modo que ele
pudesse entender o que havia acontecido com ele, porém com mais
jeito.
Eu
acabei abraçando Michael e escondendo o rosto em seu peito, não
queria que Isaac percebesse que eu iria chorar ali na sua frente.
Assim
que o médico conversou com Isaac ele nos deixou a sós novamente.
Eles haviam saído e levado consigo a felicidade de meu filho. Em sua
face angelical agora podiam se encontrar lágrimas que rolavam em
silêncio ali. Enquanto eu escondia minha face dele Michael tomou
forças e foi abraçá-lo. E depois de minutos irritantes de
silêncio, ele finalmente falou.
---
Papai, é verdade que vou precisar usar botinha? Papai, não vou
poder mais ir ao parque com você e nem correr no quintal de casa?
Ele perguntou para Michael calmamente e com seus olhinhos já cheio
de lágrimas e sempre olhava nos olhos do pai.
Eu
percebi que Michael também estava quase chorando ali, mas conseguiu
segurar seu choro.
---
Filho, você vai poder brincar, nós vamos poder ir ao parque quando
você quiser e poderemos brincar quanto tempo você desejar, mas
agora devemos ter mais cuidados. Olhe suas perninhas. Me diga, se eu
fazer cócegas em seu pé você sente? Michael perguntou á ele
fazendo cócegas em seu pé e acariciava suas pernas, mas ele de fato
não sentia e ele negou com a cabeça baixa.
---
Nós vamos fazer um tratamento e logo estará bem, preciso que
compreenda. Essas dificuldades fazem parte da vida. Michael falou
agora tocando em seus cabelos e segurando em seu queixo para que ele
olhasse para seu pai.
Nós
ficamos o dia com ele, brincamos com quebra-cabeças e jogos de
montar e fizemos ele esquecer aquilo por algumas horas.
Oito
horas da noite marcou o relógio quando o doutor apareceu novamente,
teria que engessar as duas perninhas de Isaac e eu quase impedi o
doutor de fazer aquilo quando meu filho me pediu ajuda.
---
Mamãe, mamãe! Pra onde eles estão me levando mamãe? Mamãe por
favor, fica comigo. Ele dizia chorando e pedia para que eu segurasse
em sua mão.
Não
só eu fiz isso, mas Michael também e ele pareceu se sentir mais
seguro. Ele tremia e parecia ter medo do que iam fazer, por mais que
aquilo não doesse.
---
Mamãe por que eles fazem isso comigo? Ele perguntou chorando e notei
que o colocariam no soro depois de terem colocado o gesso.
---
Segure em nossa mão meu amor, vamos ser forte. Somos seus heróis
lembra? Nós estamos aqui, nós te amamos meu amor. Eu disse o
confortando e notei ele sorri, mas durou poucos segundos até que
eles colocassem remédio na veia dele o fazendo chorar.
Meu
coração se partia a cada segundo ali naquele hospital e eu já não
via mais a hora de sair dali.
E
eu teria que sair com meu filho dali sem poder andar e teria que
fazer um tratamento de longos meses.
Se
fosse verdade o que Michael dizia ele estaria para o que acontecesse,
estaria ao nosso lado segurando nossas mãos e dizendo “vocês não
estão sós”.
Capítulo
33
[By
Michael]
Após
um mês naquele
hospital com Isaac finalmente hoje ele teve alta. Estava sendo
difícil para ele se acostumar com aquela nova vida de agora ter que
depender sempre de alguém para ajudá-lo, mas eu fazia aquilo com
amor. Faria tudo que eu pudesse para meu filho, tudo que ele
precisasse eu faria, apenas queria sempre vê-lo com aquele sorriso
amável nos lábios.
Combinamos
de que ele ficaria alguns dias em meu apartamento e outros dias
permaneceria em casa com Aurora. As aulas tinham começado de volta e
ela ia precisar deixar um turno para poder cuidar de Isaac, pois
assim como ela eu também tinha meu trabalho, mas deixaria tudo de
lado para cuidar de meu filho.
Naquele
um mês que passei ao lado de Isaac e Aurora no hospital eu acabei
descobrindo que na verdade ela ainda era a mesma pessoa. Só se
preocupou um pouco demais com seu trabalho. Mas acredito que a vida
estava ensinando a ela que sua família era mais importante do que
tudo em sua vida. E eu acabei me pegando pensando em nossa vida de
casado, como éramos felizes a um ano atrás e hoje estávamos assim,
como dois estranhos.
Durante
aquele tempo todo eu não tinha mais falado com Macri e nem escutado
falarem nela, o que eu achei estranho. Mas no momento eu não dei
muita importância, me preocupava agora com a saúde de Isaac.
Naquele
dia Aurora havia deixado Isaac na escola, ele tinha passado a semana
na casa dela e como era sexta-feira pedi a ela que deixasse ele
passar o final de semana comigo, e ela concordou. E depois do
trabalho eu iria buscá-lo.
---
Michael? Macri falou pegando em meu braço quando eu ia abrir a porta
do carro para entrar.
---
Sim. Olhei para ela e a vi sorrir.
---
O que acha de sairmos hoje? Tenho a noite livre... poderíamos
aproveitar um pouquinho. Ela disse se encostrando em mim e tocando
meu peito.
---
Eu realmente gostaria Macri, mas hoje irei passar a noite com meu
filho. E se me der licença eu preciso ir buscá-lo agora na escola.
Falei me soltando dela e já entrando no carro, mas ela segurou a
porta.
---
Por que você está me tratando assim? Não disse que iríamos ficar
juntos? Só pensa naquele seu filhinho com aquela vadia! Aff. Ela
falou com raiva e o que ela falou de Aurora e de Isaac me ferveu nos
nervos.
---
Hey, mais respeito com eles, okay! Querendo ou não ela é a mãe de
meu filho e não permito que ninguém venha criticá-los perto de
mim. Por favor, me deixe sair. Eu disse fechando a porta do carro e
já o ligando.
---
Não foi você quem disse que não queria mais ficar com ela? E
quando falou que ela não ligava mais pra você? Vai correr pra dona
agora feito um cachorrinho? Ela ria de mim e aquilo me irritou e eu
desci do carro, aquilo não ficaria assim.
---
Macri, não quero fazer nada com você, mas você está me tirando do
sério, Aurora não deve nada para você! Falei pegando ela pelos
braços e a prensando na parede com força, realmente parecia estar
fora de mim.
Ela
me olhou assustada e eu também estava assustado com meus próprios
modos. Queria saber o porquê de estar agindo daquele jeito. Eu a
soltei sem falar uma palavra e entrei no carro novamente e segui meu
caminho.
Eu
estava pensativo, nunca havia feito aquilo. Acho que minha cabeça
estava fora de ordem, com tudo acontecendo rápido como estava agora,
o acidente de Isaac, um mês no hospital e sua volta para casa sem
poder andar. É aquilo estava mesmo mexendo comigo e minhas ações.
Cheguei
na escola de Isaac e fui direto até a sua sala, não estavam e
deduzi que deveriam estar no pátio brincando. Peguei sua mochila
para não ter que voltar ali novamente e fui até o pátio.
Percebi
crianças correrem e sorrirem alto, olhei para o parque procurando
Isaac e o achei sentado em sua cadeira de rodas. Via que ele não
sorria e somente observava as outras crianças brincarem e correrem a
sua volta, enquanto ele estava ali, apenas observando. E aquilo doeu
em meu coração, se fosse do meu alcanço agora eu teria dado saúde
a ele para que pudesse estar junto com as outras crianças agora.
Eu
e Aurora decidimos comprar uma cadeira de rodas para ele, assim seria
mais fácil para ele ir a aula ou sair com a gente. Ele não quis
muito no começo, chorou quando nós compramos, mas infelizmente
teria que ser assim agora.
Eu
pude notar um sorriso em sua face quando ele me viu e se pudesse eu
sabia que ele teria corrido até mim como sempre costumava fazer.
Fui
até ele e o beijei, ele parecia ter esquecido da sua dor agora
quando me viu e eu fiquei feliz por saber que eu ainda podia arrancar
sorrisos de meu filho com minha presença.
---
Papai pensei que não viria mais. Ele falou em meu ouvido quando eu o
abracei.
---
Jamais ia deixar você aqui, lembra que eu havia lhe prometido? Eu
disse me agachando em sua frente e olhei em seus olhinhos que agora
pareciam brilhar.
---
Mamãe não veio com você? Ele perguntou me olhando e tocou minhas
mãos.
Eu
tive um aperto em meu coração quando ele perguntou aquilo, parecia
que ele ainda não entendia que eu e sua mãe estávamos para nos
separar, bom na verdade já estávamos separados, só faltavam os
papéis serem assinados.
---
Eu acabei de vir do trabalho meu pequeno, que tal passarmos a noite
apenas nós dois? Eu perguntei sorrindo para ele o fazendo esquecer
alguns minutos de sua mãe e ele sorriu.
Nos
despedimos da professora e fomos juntos para meu apartamento, seria a
primeira vez que Isaac dormiria ali e passaria alguns dias comigo e
eu sabia que ele já formava uma série de perguntas em sua mente
para me perguntar, e eu teria que saber responder muito bem.
Como
não gostava de vê-lo naquela cadeira de rodas, então eu o coloquei
no sofá da sala e o deixei assistindo TV enquanto fui atender o
telefone que tocava.
---
Alô. Falei sem saber quem era, pois não havia olhado no visor quem
seria aquela hora.
---
Michael?! Aqui é Emilly, como está? Emilly perguntou baixinho
parecia estar perto de alguém que não podia ouvir aquilo.
---
Estou bem e você? Por onde anda? Nunca mais falei com você. Falei
me lembrando daquela maluca e sorri por ter alguém que me contava as
coisas que passavam com Aurora, e as vezes eu ficava me perguntando
se eu devia ainda saber da vida dela.
---
Estou bem, estou no shopping com Aurora, e ela lhe ligar diga que não
está. Ela não queria deixar Isaac esse final de semana com você.
Emilly falou cada vez mais baixinho e eu franzia meu cenho e tentava
entendê-la.
---
Por quê? Ele está bem aqui, acabamos de chegar. Comprei pipoca e
outras guloseimas para ele. Comprei até alguns filmes para
assistirmos essa noite. Eu falei me lembrando dele quando me viu na
escola aquela tarde.
---
Sabe como Aurora é, ela pensa que Isaac possa ser um peso para você.
Ainda mais no final de semana. Fala que não quer que você deixe de
fazer o que deseja por ter que ficar com ele. Ela falou aquilo me
deixando triste eu amava ficar perto de meu filho e jamais seria um
peso para mim ter que cuidar dele, pois eu fazia aquilo com carinho.
---
Emilly, acho que Aurora se sente culpada por não ter ficado com ele
quando deveria, mas não vou julgá-la agora. Todos erramos. Divirta
ela aí, e não a deixe vir buscar Isaac, quero aproveitar o tempo
com meu filho. Eu disse lembrando que ele estava na sala e me
esperava.
---
Pode deixar. Boa noite. Ela se despediu logo já desligando o
telefone.
Voltei
até a sala e vi Isaac assistir desenhos e quando notou que eu estava
ali olhou para mim e sorriu.
---
Quem era? Era minha mãe? Ele perguntou me olhando ainda sorrindo.
---
Não, era a tia Emilly. Sorri para ele e pedia que ele não
perguntasse mais nada a respeito de Aurora.
---
Que horas minha mãe vai vir para cá? Estamos esperando ela, não
estamos? Ele perguntou agora tentando se sentar no sofá e eu corri
para ajudá-lo.
---
Sua mãe está passeando com a tia Emilly, sabe... coisas de meninas.
E nós estamos aqui, vamos fazer coisas que meninos gostam de fazer.
O que acha? Perguntei pegando ele em meus braços no alto e ele
sorriu.
---
Eba! Meninas não entram! Ele falou sorrindo enquanto eu o fazia
cócegas.
Eu
queria o divertir aquela noite, fazer ele lembrar dos momentos que
passávamos em Orlando quando tudo era realmente mais feliz.
Capítulo
34
Estava
sendo tão difícil para
nós quanto para Isaac, alguns finais de semana ele passava com
Michael e durante a semana ficava comigo.
Ele
estava se tornando uma criança triste e tudo piorava quando ficava
ou só comigo ou só com Michael, eu percebia em seus olhos uma
saudade e uma necessidade de ver seu pai com ele todos os dias. Ele
fazia frequentes perguntas para mim sobre Michael e quase todo dia me
perguntava, “mamãe, por que papai não está mais morando com a
gente? Por que ele não dorme mais com você? Ele não lhe ama
mais?”, ele perguntava aquilo e eu ficava sem saber o que lhe
responder, era pequeno e realmente não entendia as vezes.
Eu
também sentia saudade de acordar todos os dias e ver Michael deitado
ao meu lado todo esticado como ele costumava dormir. Sentia saudade
de seus beijos e suas carícias durante a noite. Sentia saudade de
sua voz pela casa, sua risada de menino levado e até de quando ele e
Isaac faziam pegadinhas juntos. E eu ficava mais triste ainda quando
lembrava que a culpada de tudo aquilo era eu, agora Michael estava
com aquela secretária e mal ligava para o que eu fizesse, acho que
não tinha mais chances de reconquistá-lo.
Percebi
o quanto eu errei quando eu o perdi de verdade.
Tudo
agora o que mais me doía na verdade era essa doença de Isaac. Se
seria difícil para eu reconquistar Michael seria mais difícil ainda
para me conformar com essa doença.
---
Está sempre tão pensativa, há algo que precisa me contar? Emilly
perguntou se sentando a minha frente na mesa enquanto eu olhava
alguns papéis ali na sala dos professores.
---
Sabe Emilly, existem algumas coisas aqui dentro de mim que estão me
sufocando. Não sei o que eu poderia fazer para melhorar isso. Eu
disse olhando nos olhos dela enquanto ela dava um gole em seu café.
---
Diga, estou aqui para o que precisar. Quero que conte com minha
ajuda. Ela falou tocando minhas mãos e eu sorri, a minha sorte era
ela ali.
---
Meu coração dói ao ver Isaac naquele estado, sabe... sem poder
brincar como brincava antes. Me dói ver ele naquela cadeira de
rodas. Mas há algo que me dói muito mais. Eu disse olhando nos
olhos dela e sabia que ela entenderia sobre o que eu estava falando.
---
É Michael, não é? Diga a verdade Aurora sei que ainda o ama. Ela
falou tocando meu rosto e eu segurava aquelas lágrimas que enchiam
meus olhos quando lembrava das últimas noites que tive com ele.
---
Emilly, eu o vi semana passada. Ele estava tão lindo, estava tão
cheiroso. Queria abraçá-lo e beijá-lo, queria dizer a ele que
ainda podíamos dar uma chance a nós mesmo. Eu me arrependo tanto.
Por ser idiota eu estraguei minha família, não sei mais o que
responder ao meu filho. Eu queria apenas ter a oportunidade de tê-lo
de volta. Eu disse já chorando enquanto ela olhava para mim
acolhendo minhas lágrimas.
---
Aurora, não acha que o que aquela mulher... a vidente, lembra? Não
acha que o que ela falou está fazendo um pouco mais de sentindo
agora? Não acha que essa doença de Isaac está trazendo Michael
para você novamente? Ele ainda não esqueceu você. Ele lhe ama, é
tão perdido por você quanto você por ele. Vejo isso nos olhos de
vocês. Ele têm me perguntado sobre você ultimamente, e acredito
que quase não esteja mais se envolvendo com aquela secretária. Ela
falou me fazendo sorrir e eu a agradeci por estar ali comigo aquelas
horas.
Mais
tarde eu teria reunião e acabei ligando para Michael, pedi que
ficasse com Isaac para mim e eu iria buscá-lo assim que voltasse da
reunião. Ele sem problemas aceitou.
Me
arrumei e levei Isaac até o apartamento dele, ele queria dormir lá,
mas pedi que ficasse comigo esse final de semana. Michael estava
lindo quando nos atendeu na porta, estava de terno, parecia ter
acabado de chegar do trabalho e eu tive vontade de agarrá-lo, queria
me lembrar das sensações que ele me causava quando nos amávamos
até o amanhecer.
Eu
fui para aquela reunião com Michael em meus pensamentos, e me
lembrava de todas as vezes que recusei amá-lo por ter que ir a
reuniões feito essa e aquele arrependimento não saía de meu
coração. Eu precisava de coragem para dizer a ele o quanto eu errei
e o quanto minha vida tinha sede dele novamente. Ter ele perto de mim
todos os momentos.
Era
fechamento de notas das minhas turmas. Eu tinha assinado um novo
contrato quando as aulas voltaram, não estava mais dando aulas
durante a noite e agora tinha alguns dias de folga durante a semana,
não dava aula todos os dias.
Passava
a metade do tempo com Isaac e Emilly, e também pensando em Michael.
As vezes me sentia aquela jovem apaixonada da high school. Minhas
alunas namoravam mais do que eu agora e eu ria com esses pensamentos.
Quando
a reunião terminou fui direto ao apartamento de Michael, havia
prometido a Isaac que iria pegá-lo e sairíamos no outro dia.
---
Aurora? Entre. Michael falou sorridente e agora não estava mais com
seu terno e sim com uma calça mais velha e uma simples camisa branca
sexy.
---
Oh não, apenas vim buscar Isaac, já é tarde. Desculpe o horário.
Eu falei sorrindo quando ele me convidou para entrar.
---
Não se preocupe, não irei dormir tão cedo hoje. E desculpe se
reparei muito, mas está muito linda hoje. Ele falou me olhando de
baixo a cima e sorriu meio envergonhado e aquilo me fez se arrepiar.
---
Obrigado, e você também não fica muito atrás. Falei sorrindo para
ele, mas desmanchei meu sorriso quando notei quem estava ali.
---
Quem é Michael? Aquela secretária perguntou chegando na porta por
trás dele e tocou as costas dele sorrindo com desdém para mim.
---
É Aurora, veio buscar Isaac. Vou pegar as coisas dele, só um
minutinho. Michael falou sorrindo amarelo e saiu puxando Macri junto
com ele.
Eu
notei que Michael ficou sem graça quando Macri apareceu e parecia
que sua presença ali era indesejada.
Não
demorou muito para Michael voltar até a porta com Isaac nos braços
abraçado em seu pescoço e com sua mochila. E eu sorri por vê-los
tão lindo sorrindo para mim.
---
Obrigado por ficar com ele Michael. Desculpe por atrapalhá-lo. Eu
disse pegando a mochila de Isaac e me arrumando para levá-lo em meus
braços até o carro.
---
Oh não, sem problemas. Nos divertimos muitos. Deixe que eu o levo
para você até o carro. Ele falou sorrindo para mim quando estiquei
meus braços para pegar Isaac.
---
Fico feliz por sempre se darem bem. Como está meu amor? Eu disse
indo em direção ao elevador e logo o chamei.
---
Estou bem mamãe. Ele falou bocejando e notei que não demoraria
muito para pegar no sono.
---
Está com sono. Quando chegou ele já estava quase dormindo no sofá.
Michael sussurrou quando o elevador parou em nossa frente e logo já
abriu as portas para nós entrar.
Eu
sorri para ele e descemos em silencio até o carro, Michael me olhava
como se quisesse me dizer algo, mas parecia não conseguir falar.
Quando chegou no carro Isaac já dormia, ele o colocou no carro e
fechou a porta devagar e sorriu para mim.
Eu
vi ele sorri para mim e sair dali a passos lentos e eu fiquei o
observando, decidi entrar no carro e quando estava quase dando a
partida escutei uma voz conhecida.
---
Aurora? Michael voltou correndo e eu sai do carro rapidamente.
---
Sim. Sorri para ele e ele também sorriu para mim.
---
Vai sair amanhã? Perguntou tocando meu braço e eu quis abraçá-lo
ali.
---
Combinei com Emilly de levar Isaac no parque. Eu disse sorrindo e
notei ele encarar o chão.
---
Quer vir com a gente? Vamos apenas nós três. Eu falei olhando para
ele e vi ele erguer sua cabeça e sorrir.
---
Se não for incomodo. Eu topo. Ele falou sorrindo docemente para mim.
---
Claro que não. Passo aqui amanhã as oito, okay? Boa noite. Eu disse
olhando para ele e me virei para voltar ao carro.
---
Aurora. Ele me chamou novamente e notei que ainda havia algo que ele
queria dizer.
Eu
nada disse apenas o encarei enquanto ele segurava meu braço. Ele
apenas sorriu mas nada disse, parecia que aquilo estava o sufocando,
mas ele não conseguia dizer.
Capítulo
35
[By
Michael]
Eu
não esperava ter
sido convidado por Aurora para sair com ela, foi realmente uma grande
surpresa e acabo confessando que fiquei sem jeito de falar com ela
naquele dia, me senti estranho. Me
senti exatamente igual ao dia quando falei com ela pela primeira vez,
meu coração estava acelerado, meus olhos brilhavam para os dela e
eu tive vontade de abraçá-la e dizer à ela o quanto eu ainda a
queria.
Me
irritei com a atitude de Macri aquele dia, mas realmente já estava
para descartá-la. Não tínhamos transado ainda. Depois que Aurora
havia ido embora naquele dia nós brigamos e ela acabou indo para
casa.
No
dia seguinte acordei cedo e me arrumei, logo fiquei esperando para
qualquer sinal de Aurora quando chegasse. O dia havia sido
maravilhoso, perfeito. Sempre trocava olhares com Aurora e as vezes
nos pegamos um encarando o outro e se Emilly não tivesse ali eu
sabia muito bem que ela teria me beijado.
Estava
dormindo quando Aurora me ligou cedo aquela manhã, com certeza
aquilo para mim foi a melhor coisa que aconteceu, ter ouvido a voz
dela logo pela manhã. Disse que tirariam o gesso das pernas de Isaac
e o deixariam apenas com aquelas botas ortopédicas, seria melhor
pois ele já estava com aquilo á um mês e as botas ortopédicas
facilitariam tudo.
Aurora
pediu se eu podia pegá-lo na escola para ela, precisaria
fazer as compras mais tarde e sem dúvidas não recusei aquilo, por
mais que ela sempre se desculpasse por deixá-lo comigo eu achava
aquilo errado da parte dela. Isaac também era meu filho e não seria
custoso para mim ficar com ele.
Decidi
que eu o pegaria mais cedo na escola e assim iriamos ao cinema
assistir um de seus filmes favoritos, e sabia que homem aranha seria
o que ele escolheria.
E
foi um belo sorriso dele que eu vi quando eu lhe contei que iríamos
ao cinema, ele só faltou pular em meu pescoço. Seus
olhos brilhavam e ele não perdeu uma cena daquele filme.
Estávamos
na praça de alimentação quando meu celular tocou, era John.
---
Michael? Onde diabos está cara? Esqueceu que preciso falar com você
hoje? Ele falou logo assim que atendi o telefone.
---
Calma cara, estou no shopping com Isaac. Eu disse me defendendo dos
seus sermões.
---
Não disse que queria o processo agilizado? Como posso fazer isso se
não está aqui. Preciso
que venha para seu escritório. Ele falou agora mais calmo e me
deixou triste ao lembrar daquilo.
---
Está bem. Foi o que eu disse antes de terminar a ligação.
Realmente
estava me esquecendo daquilo e estava arrependido por ter que fazer
isso. Eu sentia que ainda era possível voltar com Aurora e eu sabia
que eu ainda a amava, só havia ficado chateado com ela por me deixar
aqueles tempos.
---
O que aconteceu papai? Parece que está triste, foi algo que eu fiz?
Me desculpe. Isaac falou tocando minha mão e olhando em meus olhos.
Eu
queria dizer “não meu anjo, não é sua culpa e sim minha”, mas
não seria bom dizer aquilo para ele.
---
Não, apenas fiquei desapontado porque vamos ter que ir ao meu
escritório falar com tio John. Mas prometo para você que logo
depois iremos para casa, okay? Eu disse limpando a boquinha dele e o
fazendo sorrir.
Fomos
até o escritório, eu deixei Isaac sentado ao lado de fora do meu
escritório e entrei com John, não queria que ele ouvisse aquela
conversa com John não faria bem a ele.
---
Aqui estão os papéis como pediu, preciso apenas de sua assinatura e
da de Aurora e logo partiremos para a guarda de seu filho. John falou
abrindo sua pasta e logo colocando alguns papéis ali.
---
John, você é o único amigo que tenho e eu preciso falar disso com
você. Eu disse pegando aqueles papéis em minhas mãos e lendo
algumas coisas ali.
---
Estou aqui para lhe ajudar, sabe disso. Ele falou compreensivo e se
sentou em minha frente.
---
John, eu sinto que ainda amo Aurora, não posso deixá-la assim. Não
quero mais viver sozinho naquele apartamento. Eu quero viver com
Aurora de volta, mas não sei se ela vai me aceitar. Sempre que
precisa que eu fique com Isaac ela me pede desculpas, ela diz que não
queria me atrapalhar deixando ele comigo, mas você mesmo sabe que
para mim é felicidade quando Isaac está comigo. Noto que ela se
sente culpada de isso tudo, mas eu queria mostrar a ela que ainda
temos uma chance. Eu disse olhando para ele e segurando
o pequeno retrato de Aurora que eu sempre mantinha sobre minha mesa
de escritório.
---
Bom, está me dizendo que não quer mais se separar? Ele perguntou
pegando os papéis sobre a mesa e olhava para mim sério.
---
Eu preciso falar com ela, preciso marcar um encontro. Não quero que
nosso casamento se acabe assim. Poderia me dar mais um tempo? Acho
que estou confuso com essas decisões, mas realmente sei o que se
passa em meu coração. Eu disse colocando o retrato de Aurora de
volta sobre a mesa e vi ele sorrir para mim.
John
se despediu de mim e assim que saiu do escritório eu chamei Isaac,
que estava em sua cadeira de rodas perto da porta. Ele veio até mim
sorrindo e ficou ali parado, analisando cada canto do meu escritório
e percebi que ele sorriu quando viu uma foto sua em minha estante.
Eu
pedi licença a ele quando minha recepcionista me chamou para fora do
escritório. Quando voltei fiquei observando ele, e notei que ele
olhava alguma coisa em suas mãos. Não demorou para que ele
percebesse que eu estava atrás dele, ele se virou e sorriu.
---
Está é minha mãe? Ele perguntou me mostrando o retrato com a foto
de Aurora.
---
Sim. Sorri para ele que passava seus dedos contornando os traços de
Aurora na foto.
---
Papai, você acha minha mãe linda? Ele perguntou ainda olhando para
a foto enquanto eu me sentei em sua frente.
---
Ela é muito linda, maravilhosa. E você, o que acha? Eu disse
sorrindo para ele e vi ele colocar o retrato sobre a mesa.
---
Muito linda demais. Papai, se você não está mais morando com minha
mãe, por que tem uma foto dela aqui? Dizem que quando um pai e uma
mãe não moram juntos é porque não se amam mais. Ele perguntou sem
eu esperar e eu já me preparava para responder a sua pergunta.
---
Eu ainda amo sua mãe, pode não parecer para ela, mas eu a amo. Eu
falei olhando para ele enquanto seus olhinhos curiosos esperavam pela
resposta.
Eu
o abracei e senti o seu cheirinho que era tão bom quanto o de sua
mãe. E aquilo me trouxe boas lembranças.
Mais
tarde eu o levei para minha casa e não demorou para Aurora chegar e
levá-lo. E meu dia se tornou melhor quando eu vi o belo sorriso
dela. Ela ainda era minha e eu ainda a amava. Eu teria ela de volta.
Estava
almoçando com Emilly aquela hora,
distraídas. Conversávamos sobre Isaac e é claro sobre Michael, que
ultimamente não saía da minha cabeça.
---
Aurora, por que você não mostra pra ele que ainda o ama? Ela
perguntou sorrindo enquanto eu apenas olhei para baixo.
---
Eu não sei Emilly, tenho medo de que tudo aconteça novamente. Eu
disse dando um gole em meu suco.
---
Medo do que? Você não está mais trabalhando de noite e também não
dá aulas agora todos os dias, por que têm medo? Ela falou tocando
minha mão me fazendo sorrir.
---
Acho que ele está assim só por causa de Isaac, aquele dia eu o vi
com Macri, é pena de mim que ele deve ter. Eu disse aquilo, pois as
vezes era o que minha cabeça me dizia.
---
Só um maluco mesmo para dizer que ele não está caidinho por você.
Se toca Aurora. Helloooo! Ela falou sacudindo a cabeça e me fez rir
com seu jeito louca de ser.
---
Obrigado por estar comigo nesse momento, acho que se não fosse
você... só um minuto meu celular tá tocando. Eu disse sem terminar
o que ia dizer pra ela. Olhei no visor e era Michael meu coração
acelerou em meu peito.
---
Alô? Eu disse fingindo não saber quem era, mas sabia que era ele.
---
Oi Aurora aqui é Michael. Como você está? Ele perguntou docemente
e sua voz parecia droga para mim, pois me deixava louca por ele.
---
Estou bem e você? Eu perguntei no mesmo tom e sorri para Emilly que
estava sentada á minha frente curiosa para saber quem era.
---
Estou melhor agora... tem algum compromisso hoje? Gostaria de sair
comigo? Ele perguntou sedutor do outro lado da linha, não
faça isso comigo homem!
---
Quem é que está falando com você, Aurora? Está me matando de
curiosidade! Emilly falou quando eu arregalei os olhos e sorri
completamente boba para ela.
---
É ele! É ele Emilly! Ele quer sair comigo. Eu falei tampando o
alto-falante do telefone e sorria de orelha a orelha para ela.
---
E você? O que disse? Vai, não vai? Ela perguntou ainda me olhando
com aquela cara maluca dela e sacudia as mãos, realmente parecíamos
duas adolescentes bobas.
Eu
fiz cara de desanimada e escutei Michael me chamar no telefone.
---
Anda Aurora! Responda logo, você vai! Nem que eu tenha que amarrar
você, mas você vai. Ela falou com cara de mandona, e eu sabia que
ela discutiria mais tarde sobre aquilo.
---
Aurora? Está aí? Desculpa se lhe atrapalhei, se não puder só me
dizer. Michael falou do outro lado da linha e depois não demorei
para responder á ele.
Afirmei
que iria e ele me disse que passaria em minha casa para me buscar,
meu coração estava a mil e foi assim que ele ficou o resto da
tarde.
Emilly
me levou para o shopping e lá fizemos compras de roupas e fomos no
salão de beleza, naquela noite queria mostrar á Michael o melhor de
mim.
Emilly
disse que ficaria com Isaac para que eu e Michael tivéssemos aquela
noite somente para nós dois.
O
vestido que havíamos comprado era simples, mas eu sabia que aquilo
mexeria com ele. Era preto, e não chegava a cobrir totalmente minhas
coxas, e é claro que tinha um belo decote que dava uma visão de
meus seios. Me arrumei com a ajuda de Emilly e no horário eu já
estava pronta esperando por Michael.
Falamos
para Isaac que eu sairia com Michael e ele ficou alegre, pensei até
que fosse chorar. E ele sorriu para nós lindamente quando me viu
descer as escadas de nossa enorme e vazia casa.
Não
demorou para que Michael chegasse e me fazer se deslumbrar com a sua
elegância, uma coisa que ele sempre tinha com ele. Coisa que eu
sempre amei em Michael.
---
Boa noite, Aurora. Está muito bela hoje. Ele sorriu e beijou minha
mão.
---
Boa noite. Você está muito mais. Eu falei sorrindo para ele e o vi
olhar profundo em meus olhos. E era aquele jeito dele de me olhar
assim que eu me fez ser doida e me apaixonar loucamente por ele.
---
Podemos ir? Ele perguntou ainda segurando minha mão.
Eu
assenti com a cabeça e em silêncio fomos até o carro dele.
O
tempo que durou de minha casa até o restaurante eu tive para
apreciá-lo em minha mente. Ele estava perfeitamente cheiroso, e eu
já estava convencida de que seu cheira já havia me embriagado
aquela altura da noite. Seus cabelos estavam presos em um simples
rabo de cavalo, e alguns de seus cachos caiam sobre sua face, o
deixando com aquela face estilo “Michael” que eu amava. Michael
estava perfeitamente vestido dentro de um belo terno preto e uma
camiseta social azul claro, bom e não posso deixar de falar de seus
sapatos, brilhosos como sempre!
Eu
ainda estava nervosa, meu coração pulava em meu peito as vezes
sentia minhas mãos tremerem e não podia acreditar que depois de
tantos anos casada eu ainda sentiria aquelas reações.
Assim
que chegamos no restaurante fomos abordados a um andar luxuoso,
tranquilo e romântico. Michael continuava segurando minha mão e
pouco falava, apenas olhava em meus olhos e sorria.
Assim
que fizemos nosso pedido e o garçom se retirou pude notar que ele
começou a se sentir como em nossos velhos encontros.
---
Você está realmente maravilhosa hoje sabia? Ele disse pegando a
taça de vinho que estava sobre a mesa e delicadamente deu um gole em
sua bebida.
---
Michael, sabe que esses elogios me deixam sem graça. Eu disse
sorrindo e também pegando minha taça para dar um gole.
Nós
conversamos sobre assuntos sem futuro enquanto jantamos e comemos
sobremesa, mas eu sabia que ainda havia algo para ele falar.
---
Sabe Aurora, a meses venho pensando em coisas relacionadas ao futuro
de Isaac e também em nossas vidas. Muitas pessoas quando se separam
um não quer ver a cara do outro nem pintada de ouro, mas acredito
que com nós foi diferente. Não estamos ainda totalmente separados,
mas desde o começo disso tudo sempre quis manter a amizade que tenho
com você e o respeito é claro. Sabe que eu a admiro muito, e
lembre-se de que antes de sermos marido e mulher éramos amigos.
Convidei você aqui hoje porque não queria que aquele amor que
sempre juramos um para o outro acabasse de qualquer jeito. E confesso
que eu também errei. Ele falou tocando minhas mãos com carinho e
sempre mantinha seu olhar no meu.
---
Eu errei muito Michael. Fui egoísta durante aquele tempo, havia me
esquecido de minha família. E a única coisa que tinha em meus
planos era meu trabalho, mas hoje eu aprendi a dar valor às coisas
que eu realmente amo. E você não sabe, mas em meu coração há uma
tremenda mágoa por ter deixado tudo isso acontecer. Eu falei já com
lágrimas nos olhos e eu queria ter força o bastante para não
deixá-las caírem em um momento tão especial quanto aquele.
---
Não quero que fique assim. Saiba que a vida sempre tem seus altos e
baixos, mas veja, você mudou de ideia. Abriu seus olhos e percebeu
que não era a coisa certa á se fazer e é por isso que eu a amo e a
admiro muito. Aurora, durante esses meses em que convivi fora eu
percebi o quanto eu amo a você e a Isaac, eu aprendi que também
devo ter paciência e estar com vocês em todos os momentos. São a
família que construí e as pessoas que eu amo e as levo guardadas em
meu coração para onde vou. E só queria que você soubesse que eu
não quero terminar as coisas assim. Tínhamos nossa vida lá na
Florida e poderíamos viver exatamente como vivíamos lá aqui em
L.A. Acho que devemos dar outra chance a nós mesmos. Ele disse agora
tocando minha face com seu dedo polegar e eu sorrir por ele ter
compreendido e naquele momento eu ganhei esperança de que tudo
pudesse voltar a ser como era antes.
Ele
sorriu para mim e estávamos em um olhar profundo ali e sem que
pudéssemos impedir nossa vontade nossos lábios se tocaram e um
beijo lento, porém cheio de vontades foi dado.
Nós
decidimos beber mais algumas taças de vinho, não o suficiente para
ficarmos bêbados, mas apenas para relembrar nossos momentos que
tínhamos a dois.
Percebi
que era tarde e não queria deixar Isaac me esperando até muito
tarde da noite, não podia esquecer que eu ainda era mãe.
Entrei
no carro de Michael e ele me olhou sorrindo falou algo que agora não
tenho lembranças, mas lembro que seu hálito com o cheiro do vinho e
seus lábios doces me chamaram para mais um beijo e aí eu tive
certeza de que a noite não acabaria ali.
---
Michael eu o quero. Eu o desejo essa noite. Eu disse tocando seu
peito em meio aos nossos beijos enquanto ele intensificava mais e
mais aquele beijo.
Capítulo
37
[By
Michael]
Quando
Aurora disse aquilo eu
simplesmente fiquei fora de mim, eu estava doido por ela e eu sabia
que nós nos amaríamos aquela noite, podia sentir pelo seu jeito
carinhoso e delicado de me demonstrar aquilo.
---
Eu também a desejo muito, meu amor. Eu sussurrei ofegante em seu
ouvido acariciando sua face.
Em
poucos segundos eu já parava com meu carro na garagem de meu
apartamento e aos beijos com Aurora nós nos dirigimos até o
elevador. Foi dificultoso chegarmos dentro de meu apartamento, não
nós largávamos um minuto se quer.
Eu
fechei a porta do apartamento e Aurora me empurrou contra a porta me
fazendo bater as costas, não dei bola para aquilo, estava
concentrado em
seus lábios doces. Eu estava doido por ela e já começava a sentir
meu membro aparecer entre nós.
Comecei
a beijar seu pescoço loucamente e ela sussurrava palavras em meu
ouvido, peguei ela em meus braços e a levei até meu quarto enquanto
ainda nós beijávamos, parecíamos dois loucos, era a saudade que
cada um tinha do corpo do outro. Delicadamente eu a coloquei em minha
cama e sobre seu corpo eu a beijava, sentia as mãos dela iriem em
direção aos botões de minha camisa social. Minha gravata e meu
paletó eu já havia tirar, pois eu precisava me desfazer daquela
agonia que era amar Aurora urgentemente. Não demorou para que
pudesse sentir ela tirar minha camisa social e jogá-la no chão e
logo estar beijando meu peitoral. Acabei gemendo quando ela de
propósito arranhou meu peito e mordi seus lábios.
Ela
fez com que eu deitasse na cama e rapidamente se levantou, me
deixando na cama deitado louco de tesão por ela. Delicadamente
ela abriu o fecho de seu vestido e deixou ele deslizar por seus
ombros até cair no chão, revelando para mim uma pequena e delicada
calcinha. Voltou para cama engatinhando sobre a cama mordendo os
lábios. Rebolou sobre meu membro que latejava dentro de minha calça
social enquanto minhas mãos acariciaram suas pernas e pararam em sua
cintura.
Não
demorou para ela abrir minha calça e se livrar dela junto com minha
boxer. E assim também fiz com sua calcinha e acariciei seu clitóris
e ela sorriu safada para mim enquanto eu fazia aquilo. Agora fiz ela
deitar na cama e abri suas belas pernas, ainda brincando com seu
clitóris com meus dedos eu deslizei com minha glande em sua entra,
mas não a penetrei o que a fez gemer para mim.
---
Vamos Michael, me mostre que só você é capaz de causar essas
reações em mim. Ela gemeu tocando meu pênis e eu sorri por ela
ainda ser a mesma.
Não
brinquei muito com nossos desejos e logo eu a penetrei, a penetrei
com carinho e lentamente de modo que eu pudesse ver suas reações
quando eu a amava. Aurora fechou os olhos e mordeu o seu lábio
inferior, eu beijava seu pescoço e logo já começava a descer para
seus seios enquanto fazia movimentos frenéticos nela.
---
Oh céus! Como eu amo isso, Aurora. Eu disse a invadindo cada vez
mais rápido.
Uma
de minhas mãos acariciavam suas pernas enquanto a minha outra mão e
minha língua massageavam seus seios, e Aurora gemia para mim pedindo
mais e mais.
Sua
pele estava se arrepiando, seus gemidos estavam cada vez mais altos e
eu já deduzia que ela não demoraria para ter seu orgasmo ali. Mais
alguns movimentos e eu senti ela gozar sobre o que eu também fiz
nela logo em seguida.
Ofegante
eu pesei meu corpo sobre o dela e com meus olhos fechados eu sentia
ela acariciar minhas costas e meus cabelos, procurei sua boca e a
beijei demoradamente.
Ficamos
alguns minutos assim, mas meu desejo por ela não tinha acabado ali e
eu a queria mais e mais aquela noite.
---
Meu amor, eu a quero mais um vez. Eu preciso de você. Eu disse em
seu ouvido tocando novamente seu clitóris e passando meu polegar em
sua boca.
Eu
me sentei na cama e ela olhou para mim maliciosa, veio de quatro até
mim e logo a senti se sentar sobre meu membro me fazendo a penetrar,
ambos gememos. Começamos deliciosas cavalgadas, ela gemia arranhando
minhas costas enquanto eu a segurava pela cintura e apertava seu
bumbum a ajudando com as investidas.
Entre
gemidos, beijos desesperados e o suor de nosso corpo a escorrer nós
nos entregamos ao êxtase.
Aurora
tombou seu corpo para trás e eu pesei o meu corpo sobre o seu. Mas
acabei trocando nossas posições. Colocando ela em meus braços e
acariciei seus cabelos enquanto nós nos recuperávamos daquele amor.
Capítulo
38
É
acabei tendo uma noite de amor com Michael,
uma das melhoras que eu já tive com ele. Ele estava carinhoso,
falava coisas doces em meu ouvido durante a noite e aquilo só serviu
para que eu ficasse cada vez mais e mais apaixonada por ele.
A
note havia sido perfeita e eu não me arrependeria de ter feito tudo
de novo, mas eu estava ciente de que aquilo não era a volta de nosso
casamento, pois eu sabia que daqui umas semanas John traria os
últimos papéis para serem assinados.
As
vezes eu me conformava por ter perdido Michael, mas havia uma coisa
em minha vida que eu não me conformava, que era a deficiência que
Isaac possuía agora. Ele continuava aquela criança feliz e
sorridente, mas as vezes eu o via ficar observando seus coleguinhas
da escola correrem e brincar enquanto ele tinha que ficar naquela
cadeira apenas observando. Ele estava fazendo fisioterapia e agora
não precisava ficar somente com aquela bota ortopédica, mas mesmo
assim não me conformava. Eu me sentia culpada em todos os instantes
e eu já estava começando a ficar do dia em que fui até aquela
maldita vidente!
Eu
havia trabalhado aquela tarde e logo que sai do trabalho peguei Isaac
na escola, liguei para Michael e perguntei se seria possível ele
ficar com Isaac, precisaria resolver algumas coisas aquela noite.
Como sempre ele não negou ficar com Isaac e quando eu o deixei lá
percebi que Isaac só faltou pular da cadeira para ir para os braços
do pai e quase chorei ali na frente deles.
Logo
em seguida eu liguei para Emilly, eu não havia dito a ela para onde
nós iríamos apenas a prometi um sorvete na volta e ela foi comigo
igual um cachorrinho.
---
Nossa Aurora, você já passou dois semáforos que estavam fechados
sabia? Emilly falou olhando para trás, mas eu quase nem escutava o
que ela resmungava, pois minha raiva era enorme.
Eu
precisava de tirar satisfações com aquela vidente!
---
Aurora! O carro! Ela gritou se segurando no cinto de segurança
quando cortei a frente de um carro.
Novamente
eu não liguei para o que ela havia dito, eu só sabia que eu queria
a saúde de meu filho de volta.
Eu
parei o carro em um estacionamento que havia ali no centro de Los
Angeles, pedi para que Emilly ficasse no carro e sai pela estrada a
fora sozinha naquele começo de noite soltando fumaça pelo nariz.
Foi
dificultoso achar aquela bendita barraca daquela vidente, mas eu
achei. Vi aquela senhora pegando algumas coisas na rua e correr para
dentro da barra, pois parecia que iria chover.
---
Hey você! Eu gritei com ela a assustando e a fazendo me encarar como
se não se lembrasse de mim.
---
Sim você! Preciso falar com você! Eu disse entrando rapidamente na
barra e a vi ainda me olhar assustada.
---
O que deseja? Ela perguntou antipática e mexia naqueles incensos me
fazendo tossir as vezes.
---
Eu quero a saúde de meu filho de volta! Você fez isso com meu
filho! Eu não aceito. Eu disse cuspindo as palavras na face dela,
ela me observou sentada em sua cadeira atrás de sua mesa cheia de
objetos e começou a rir debochadamente da minha cara e eu me
indignei.
---
Querida, não é como você está pensando. Isso que aconteceu com
você foi obra do seu destino. Eu apenas o revelo, mas não tenho
como livrar você de que isso pudesse lhe acontecer. Me diga uma
coisa, acredito que seu casamento estava por um fio, não? Não acha
que esse mal veio para o bem? Você não percebeu que a doença que
seu filho está enfrentando agora aproximou você do seu marido? Ela
fez aquele monte de comentários olhando minhas mãos me deixando
confusa e fazendo as coisas irem se encaixando.
---
Mas... er... Eu gaguejei sem ter o que dizer ali e ela sorriu.
---
As coisas estão melhorando, não volte atrás! E digo mais, em breve
vocês terão uma grande surpresa. Espero ter ajudado! Ela falou
sorrindo e fechando minha mão.
Por
alguns instantes em que eu pisquei ela sumiu da minha presença e me
acordei daquele devaneio quando escutei uma trovoada a qual me fez se
arrepiar.
Sai
correndo dali em meio aquela chuva com as palavras fervendo em minha
mente. Eu queria desvendar todo aquele mistério, mas teria que dar
tempo para isso. Até isso acontecer eu ficaria louca.
Naquele
dia eu não entendi, mas eu acabei entendendo tudo aquilo alguns
meses depois.
Comprei
o sorvete para Emilly, mas não a expliquei o motivo daquilo eu mesma
não sabia o motivo daquilo, mas daria tempo para que tudo
acontecesse como deveria acontecer.
Peguei
Isaac na casa de Michael o danado nem disfarçou olhar para minhas
pernas e sem que Isaac percebesse ele me puxou para um beijo, mas não
fiquei em sua casa precisaria trabalhar cedo no outro dia.
Um
mês se fazia da minha visitinha á vidente e por incrível que
pareça eu não notava a boa parte da minha história, mas eu seguia
meu caminho tentando chegar até lá.
Estava
na sala de aula com meus alunos, conversava com eles. Discutíamos
sobre a matéria, aquela matéria que todos alunos estão ansiosos
para estudar: A Segunda Guerra Mundial. Tirava as dúvidas deles e
acrescentava algumas curiosidades que eu havia passado anos
estudando, mas naquela manhã estava difícil para mim prestar
atenção na aula. Meu estômago estava se revirando aquela hora da
manhã e eu estava me segurando para não ter que ir no banheiro.
Houve
uma hora que eu não aguentei, acabei pedindo licença aos meus
alunos e corri até o banheiro. Quase não deu tempo de chegar lá.
Despejei tudo que tinha no meu estômago a janta da noite passada com
Michael e meu café da manhã se faziam presentes ali. Credo!
---
Aurora, está bem? Vi você passar correndo. Escutei Emilly entrar no
banheiro e bater na porta em que eu estava.
---
Estou... bem... nossa. Só é um mal estar. Vou me lavar e voltar
para a sala. Eu disse dando a descarga e abrindo a porta para me
lavar na pia.
---
Tem certeza que está bem? Nossa você não vai para a sala assim,
veja como está pálida! Ela falou arregalando os olhos quando me
viu.
---
Eu estou bem, sabe que vivo assim agora. Eu disse lavando meu rosto
enquanto ela fazia seu discurso.
É
Emilly me obrigou a descer com ela até a secretária, mas aquilo
estava cheio e eu estava começando a ficar com falta de ar e foi em
um momento que Emilly se afastou de mim que eu senti minhas pernas
amolecerem e meus olhos pesarem.
Capítulo
39
Eu
sentia mãos me tocarem e
quando fui me mexer meu corpo estava meio dolorido. Tentei me sentar,
mas senti alguém me segurar então decidi abrir os olhos lentamente.
Havia
uma luz um tanto amarela em cima de mim, mas consegui abrir meus
olhos.
Escutei
a voz de Emilly ao longe conversando com alguém que eu só via a
silhueta daqui. Fiquei alguns minutos ali parada encarando o teto,
mas eu queria saber aonde eu estava então eu decidi me sentar.
---
Nada disso senhorita! Emilly disse me olhando séria e eu notei que
estava em um quarto de hospital.
---
Pode me dizer o que eu estou fazendo aqui? Perguntei olhando para ela
enquanto ela sentou do meu lado ali na cama.
---
Desmaiou, pensa que é assim a vida? Doutor logo vai trazer seus
exames, mas já desconfiamos do que seja. Ela falou sorrindo um tanto
maliciosa para mim e estranhei aquela atitude.
---
O que é que você tanto sorri hein? Não estou com cara de palhaço
estou? Perguntei irritada e senti aquela vontade de vomitar
novamente.
Ela
nada disse mas notou minha cara verde quando aquele vomito chegou em
minha boca e eu tive que pular da cama para ir até o banheiro. Eu
estava começando a entender, estava ferrada.
Não
demorou para o doutor chegar com o exame e já me parabenizar. Sim eu
estava grávida de seis semanas, é foi do meu encontro com Michael
resultou nisso. Eu logo fui liberada para sair, o médico apenas em
deu aquelas instruções de todas grávidas.
---
Michael ficará feliz. Emilly falou sorrindo enquanto dirigia. É
aquela doida não me deixou dirigir e eu fiquei imaginando o que é
que ela faria mais quando eu estivesse com uma barriga do tamanho do
mundo xingando Michael de tudo.
---
E quem disse que irei contar a ele? Eu falei um tanto desapontada,
pois me lembrava do dia que descobrir estar grávida pela primeira
vez, realmente foi a felicidade dele durante aquele tempo.
---
Aurora, não acha meio injusto? Essa criança é de Michael também,
assim como ele ama a Isaac irá amar essa criança. Ela falou sem
olhar para mim, prestava atenção no trânsito.
---
Emilly, hoje a noite Michael marcou de ir até minha casa para
assinarmos os papéis. Acha que só porque estou grávida dele que
ele via querer voltar comigo? Eu falei tocando meu ventre depois de
alguns anos e tendo novamente aquela sensação. Momento mágico e
maravilhoso que agora era as trevas.
Fomos
em silêncio durante aquele caminho. Eu sabia que quando chegasse em
casa Michael estaria me esperando com aqueles malditos papéis para
assinar, talvez ele quisesse ficar com aquela secretária de meia
tigela e me deixar.
Assim
que cheguei em casa tomei um banho, estava toda melada desde a hora
em que eu estava dando aula. E não demorou muito para que logo
Michael chegasse. Chegou com Isaac fazendo barulho pela casa como á
um ano atrás. Desci até meu escritório e o recebi lá enquanto a
babá de Isaac o levou para tomar banho e jantar.
---
Boa noite, como está? Como já deve saber vim trazer os últimos
papéis. Ele disse se sentando em minha frente e me entregando
aqueles papéis.
---
Boa noite, estou bem. Apenas algumas complicações durante o dia,
mas nada fora do normal. Eu falei disfarçando um sorriso e pedi para
que ele não me perguntasse mais nada.
Eu
li aqueles papéis com atenção e assinei, sim eu assinei. Foi
doloroso para mim, estava jogando anos de casamento fora, estava
partindo meu coração e quebrando o laço que eu tinha com Michael
aquela hora. Meus olhos encheram de lágrimas naquele momento, mas eu
não o deixei perceber. Quando eu olhei nos olhos de Michael parecia
que ele escondia algo e eu fiquei com raiva de não poder desvendar
agora os mistérios de seus olhos negros, que muitas vezes me fizeram
viajar neles.
---
É acho que agora, tudo terminou por aqui. Eu disse disfarçando
minha dor e senti o ser que agora estava dentro de mim morrer, foi
aquilo que eu senti.
Michael
sorriu forçado e se levantou para sair da minha sala, abri a porta e
vi ele sair lentamente, mas minha mente pesou. Eu precisava contar a
verdade a ele.
---
Michael! Eu chamei seu nome quase como um grito que aliviou minha
garganta depois de alguns minutos pensando se seria certo ou não
contar a ele.
---
Sim?
Ele sorriu para mim, mas eu não pude segurar quando meu bebê se
revoltou e me fez correr para o banheiro que havia em meu escritório.
---
Aurora? Aurora, você está bem? Michael perguntou preocupado quando
me viu correr para o banheiro e vomitar ali como uma maluca.
---
Nós estamos bem. Eu sorri e ele me olhou confuso mas logo sorriu.
---
Michael eu estou grávida de seis semanas. Eu falei pegando na mão
dele que ele me ofereceu para me ajudar e lavei meu rosto na pia.
---
Sabe Aurora, eu tenho uma coisa para lhe dizer. Ele falou tocando
minhas costas sorrindo para mim e eu senti vontade de abraçá-lo.
---
Diga... Eu falei me virando para ele.
---
Não quero que nosso casamento acabe aqui. Eu ainda a amo. Vi que
você ainda é a mesma mulher, a mesma garota que conheci a anos
atrás. Ele disse tocando minha face e eu sorri.
---
Pois saiba que eu também ainda o amo, muito. Veja o estrago que faz
em mim seu bobo! Eu falei fazendo ele rir e ele me abraçou e um
beijo demorado foi dado, me senti me casando novamente.
Fomos
despertados daquele beijo com uma pequena mãozinha que nos cutucava
e quando olhos era Isaac. Meu filho! Ele não estava na cadeira de
rodas, ele estava em pé ao nosso lado se segurando na porta e eu
sorri enquanto lágrimas rolavam em meu rosto. Michael pegou ele em
seus braços e assim cada um deu um beijo em cada uma de suas
bochechas e ele sorriu.
Michael
rasgou os papéis do nosso divórcio e junto nós passamos a noite
observando as estrelas. E é claro nos amos até a chegada do sol.
Isaac
ficou feliz ao saber do novo herdeiro da família e já escolhia até
um nome. Cada dia que ia se passando meu pequeno ia cada vez mais
ficando parecido com o pai e inteligente. Para minha alegria as
palavras da vidente estavam se realizando em minha vida. Isaac estava
voltando a caminhar novamente, os médicos se surpreendiam com sua
recuperação, era para ele nunca mais poder andar, mas acredito que
aquilo foi um milagre.
Meu
bebê nasceu lindo e forte, olhos tão negros quanto os do pai e seu
sorriso era o meu. Uma linda menininha que veio nos trazer mais
alegria do que nós já estávamos tendo.
---
Aurora, amor olhe! Michael falou me despertando dos meus
agradecimentos á Deus olhando para o céu.
Quando
olhei para dentro do quarto pude ver Isaac e minha pequenina virem de
mãos dadas andando. Tão lindos! Isaac estava aprendendo a andar
novamente e aquilo era felicidade para ele. Agora não precisava mais
se segurar nas coisas e já podia correr sozinho.
Eu
e Michael junto com Emilly e as crianças voltamos a barraca da
vidente, porém ela não estava mais lá. Mesmo assim eu deixei um
bilhete para ela, agradecendo por ter me ensinando meu caminho.
Bom,
se você está perguntando sobre que fim se deu Macri já irei lhe
dizer. Michael acabou descobrindo que ela estava noiva e que todas as
vezes que fugia nos encontros que eles tinham era por causa de seu
noivo que desconfiava, é a danada voltou para o país onde morava e
agora ninguém mais sabe nada! Ri disso quando Michael me contou. Não
existia mãezinha doente, era apenas um noivo chifrudo.
Hoje,
eu Aurora Jackson entendo o real sentindo da minha família em minha
vida. Aprendi que tem mal que vem para o bem e que tem bem que vem
para o mal. Não deixe coisas acontecerem com você enquanto ainda
pode enxergar seu erro. Lembre-se que nossa família pode não ser a
melhor e nem a mais bela, mas não devemos nunca abandoná-la seja lá
o que for. Eu deixei a minha por causa do trabalho, mas hoje entendo
que minha família é mais importante do que todo o dinheiro do mundo
que eu poderia ganhar.
Fim
Ola estou muito ansiosa para continuar lendo estou amando muito sua fic
ResponderExcluirNao pare por favor!!
Beijo no coração
Pra sempre MJ
Linda fic to amandooo
ResponderExcluirOla Mikaela eu sou a Stefany autora da fic Encontro na Disney seu email havia chegado mais sem querer eu apaguei rsrs
E é claro q eu deixo vc postar minha fic akii
Alias sou uma grande fã de seu blog ... acho esse blog maravilhoso..
Bjoos
Só te peço uma coisa, vc tem como me passar??, tem em word??? Tem as capas???
ExcluirIxii amg eu so tenho a fic no blog msm e tbm estou mechendo na net pelo celular :(
ExcluirOla Mika! Qnt yempo sem ler suas fics ja estava com saudades seu blog é muito bom adorei essa fic amiga.bjks
ResponderExcluir