segunda-feira, 21 de abril de 2014

Fanfic - A Vidente [+18]



Autora: Leh Chaplin Michael'Jackson

Prólogo



Você já parou para pensar que certas coisas acontecem em nossas vidas simplesmente para que algo mude? As vezes más coisas acontecem, mas no futuro entendemos o porquê de tudo. E foi isso que Aurora aprendeu. Sem perceber ela estava dando atenção e importância apenas para uma parte de sua vida, e a outra parte estava deixando de lado, mas certo dia algo aconteceu e ela viu que temos que nos lembrar que existem coisas em nossa vida que são mais importante do que as outras, por exemplo, nossa família. Mas com o passar do tempo você vai aprender e vai ver o que Aurora teve que viver para lembrar do seu tesouro em sua vida.






Capítulo 1




Despertador tocava insistentemente, me viro para o criado-mudo e o desligo. Me levanto e suspiro sorridente, estava tão feliz e disposta aquela manhã parecia acordar nova em folha. Olho para a figura que dormia ao lado, meu marido. Me espreguicei e fui em rumo ao banheiro, tomo um belo banho e saio somente de roupão. Eu não iria trabalhar, até porque eu estava sem emprego no momento, mas haveria de levar meu menino a escola.



Saio do banheiro e vou até o closet, escolho um simples vestido e pego minha lingerie para me vestir no quarto.



Delicadamente deixo o roupão deslizar por meu corpo até o chão, pego a pequena e delicada calcinha e a visto, me viro para a cama e vejo ele já acordado com um sorriso safado nos lábios.



--- Não deveria fazer isso logo de manhã. Falou passando a mão em seus cabelos completamente sexy.



--- Bom dia para você também. Acho que já teve bastante de noite. Falei colocando meu sutiã e indo até ele na cama.



--- Bom dia, meu amor. Falou sorrindo para mim e já me puxando para um beijo.



Estava sentada sobre ele, o beijando e sentia ele se excitar já aquela hora.



--- Oh Michael, agora não! Eu disse sentindo ele descer suas mãos em minha cintura.



--- Vamos amor, só mais um pouquinho. Gemia em meio aos nossos beijos.



--- Tenho que chamar Isaac ainda para ir a aula. Disse segurando sua face e o olhando sorridente.



--- Está bem. Disse dando um último selinho em mim.



Me levantei de cima dele e peguei meu vestido para vestir, ele também logo se levanta apenas de samba canção, completamente lindo. Passou por mim e deu um tapa em meu bumbum, danado! Me vesti, arrumei meus cabelos e passei uma leve maquiagem.



Fui até o quarto de Isaac e ele ainda dormia tranquilamente, igual a seu pai. Fiquei até com certa pena de acordá-lo aquela hora para ir para a escola, mas ele havia de ir.



--- Filho, vamos ir para escola? Perguntei me sentando na cama e acariciando o seu rosto.



--- Agora não mamãe. Falou manhoso virando para o outro lado.



--- Vamos, hoje irei levar você junto com o papai. Falei fazendo cócegas nele.



--- Para, para... por favor. Dizia rindo, me olhou sorrindo e dei um beijo em sua testa.



--- Está bem, agora vá se arrumar. Falei me levantando e vendo ele se sentar na cama ainda sonolento.



Abro as cortinas de seu quarto e vejo ele se levantar e ir em direção ao banheiro tomar seu banho. Desço e vou até a cozinha, o cheiro de café já estava gostoso aquela hora.



--- Bom dia, Maite. Falei entrando na cozinha e vejo minha governanta ali já me servindo o café.



--- Bom dia, senhora Jackson. Falou sorrindo para mim.



--- Maite, é só Aurora, por favor. Falei a corrigindo, não gostava muito que me chamassem de “senhora Jackson” me sentia muito mais velha, e geralmente me chamavam assim em meu trabalho.



--- Bom dia. Michael falou entrando na cozinha me deu um selinho e se sentou ali.



Não demorou muito e meu pequeno descia já fazendo barulho e arrumado já para ir à escola.



--- Bom dia, papai. Falou indo até Michael e o abraçando.



--- Bom dia, filhão. Disse beijando a testa dele.



Se sentou ali junto com nós e tomamos café todos juntos, assim que terminamos Michael já pegou seu paletó e seu óculos de sol para ir até seu trabalho.

--- Vamos? Falei me levantando e já pegando a mochila de Isaac.



--- Já está pronta? Michael perguntou me olhando pegando também minha bolsa.



Assenti, Isaac também já estava pronto então fomos até a garagem. Eu iria dirigir aquela manhã, geralmente era sempre Michael quem dirigia. Levaríamos Isaac e depois eu deixaria Michael em seu trabalho.



--- Por que é a mamãe que está dirigindo hoje? Isaac perguntou sentado no banco de trás curioso.



--- Porque eu não irei trabalhar hoje e preciso do carro para ir a alguns lugares. Falei o olhando pelo espelho retrovisor.



Michael apertou seu cinto e me olhou enquanto eu me arrumava no banco do carro. Isaac curioso olhava pela janela do carro, Michael ligou o rádio e assim eu dei a partida. Michael estava tão feliz quanto eu hoje, a noite havia sido ótima e Isaac parecia ter dormido bem.



--- Mamãe, você está muito linda hoje. Isaac disse sorrindo e me olhava.



--- Sua mãe está sempre linda, meu pequeno. Michael falou quando parei no semáforo e tocou minha coxa.



--- Só vocês dois mesmo. Falei sorridente e vi Michael me olhar safado.



Eles foram cantando James Brown até a escola de Isaac, e eu ia dirigindo com atenção sorrindo com aquela perfeita união dos dois. Queria que as coisas fosse assim para sempre, mesmo quando Isaac crescesse, queria que sempre fosse assim chegado a seu pai.



--- Tchau mamãe. Falou me abraçando e me beijando.



--- Tchau meu anjo. Eu disse ajudando ele a colocar sua mochila nas costas.



Ele deu um beijo em Michael e saiu a correr para dentro da escola, era engraçado ele ali no meio daqueles outros alunos, alguns maiores que ele. De longe acenou para nós, Michael sorriu para ele acenando e jogando beijinhos. Não demorei para dar a partida, senão Michael chegaria atrasado aquela manhã.



Íamos em silêncio, até Michael me olhar sério e sorrir.



--- Está tão bela hoje. Aquelas roupas sociais lhe deixam mais experiente, mas prefiro você assim. Disse tocando minha coxa por cima do vestido.



--- E você meu rei? A cada dia que passa está mais sexy. Falei tocando também sua coxa e eu sentia sua mão subir tocando minha coxa por debaixo do vestido.



--- Te amo minha rainha. Falou beijando meu pescoço, me fazendo se arrepiar.



--- Oh Michael, te amo mais. Eu falei quase em um gemido quando o senti tocar minha intimidade.



Eu não deixaria assim, apertei sua coxa e toquei sem membro o fazendo gemer. Eu sabia que aquilo despertaria ele, então parei de provcá-lo, afinal não seria nada legal ver seu marido chegando no trabalho excitado despertando desejos em outras mulheres.



--- Acho que está na hora de eu ir. Falou quando parei em frente a sua empresa.



--- Nos vemos mais tarde. Disse sorrindo para ele, pois íriamos almoçar juntos. Aproveitaria cada segundo com ele.



Tirou seu cinto de segurança e me olhou sorridente, tirei meu cinto também e ele me puxou para um beijo suave e demorado. Ele estava tocando já meus seios por cima do vestido quando me lembrei que ainda tinha coisas para fazer.



--- Amor, vamos deixar isso para mais tarde. Falei pegando em suas mãos para que ele parasse com o que fazia.



--- Olha o que fez em mim mocinha. Disse apontando para seu pênis.



--- Não tenho culpa! E não deixei ninguém perceber. Não quero outras mulheres o desejando. Falei dando mais um selinho nele.



--- E se cuide você também, esse vestido deixa seus seios um tanto a vista. Falou olhando para meus seios enciumado.



Deu um último beijo em mim e se arrumou para sair, cobrindo sua ereção com seu paletó. E ri de seu jeito ao sair do carro. Esperei ele entrar e dei a partida.



Capítulo 2



Eu tinha 32 anos, era casada e ainda por cima mãe, mas não perdia a oportunidade de escutar um bom rock. As vezes as pessoas dizem que esses ritmos são para adolescentes e jovens, e eu me lembro muito bem de quando tinha meus 15 anos, vovó brigava comigo pelo modo como eu me vestia para sair e as vezes até para ir para escola. Ela dizia que era apenas uma fase que quando eu amadurecesse passaria, eu mudei, agora não vestia aquelas roupas “loucas” como ela dizia, mas eu sempre ouvia meus CD’s e via meus DVD’s quando podia.



Eu iria ao salão, arrumaria meus cabelos, queria ficar bela para Michael. Sabia que ele me amava da simples forma que eu era, mas um agrado nunca faria mal, não é mesmo? Depois eu iria almoçar com ele e faria algumas compras para casa.



Oh droga, será que não tem estacionamento nesse lugar não?!



Eu procurava uma vaga naquele shopping, aquela hora da manhã e aquele lugar já estava cheio. Aff.
Estacionei o carro, peguei minha bolsa, coloquei meus óculos de sol e desci.



Assim que cheguei no salão cumprimentei com um “bom dia” as moças que já estavam ali trabalhando e me sentei no sofá que havia ali esperando para me atenderem. Esperaria a cabeleireira que já estava acostumada comigo.



--- Bom dia Aurora, já essas horas aqui? Aline falou entrando no salão e me viu ali sentada.



--- Estou lhe esperando. Falei sorrindo para ela.



Pediu para que eu esperasse alguns minutos e logo já me chamaria. Eu tinha o dia todo ainda, e já sentia falta de estar essas horas no trabalho, mas não precisaria ter pressa hoje. Queria dar meu melhor a Michael.



Aline logo me chamou, falei o corte que eu queria e ela como já era minha cabeleireira á alguns anos sabia o que eu queria.



--- Como está o maridão? Perguntou enquanto enxaguava meu cabelo.



Era assim que ela chamava Michael.



--- Está bem, acabei de deixá-lo no trabalho. Falei me lembrando de sua cara danada hoje mais cedo.



--- E seu pequeno príncipe? Estou com saudade dele, nunca mais veio cortar o cabelo aqui. Falou agora enxugando meus cabelos.



--- Ele quer deixar seu cabelo crescer igual o do pai, acredita? E Michael está lhe levando ao seu barbeiro, sabe como são aqueles dois. Eu disse enquanto ela terminava de enxugar meu cabelo, para logo já cortá-lo.



Todas sabem que aquele negócio de salão é demorado, acabei saindo de lá quase 11 horas da manhã. Fui em casa pegar a lista das compras e me observei bem no espelho vendo como havia fica o corte.
Espero que ele goste. Pensei passando um batom vermelho em meus lábios realçando-os, do jeito que Michael gostava, deixei meus cabelos soltos e ajeitei o vestido.



Avisei a Maite que chegaria tarde, peguei meu celular sobre a mesa e vi uma mensagem dele dizendo que já estava com saudades.



Peguei a chave do carro sobre a mesa e logo fui em direção até o carro.

Liguei o rádio do carro e fui até o trabalho de Michael escutando Guns N’ Roses, e cantando é claro. Mandei uma mensagem para Michael dizendo que já estava chegando e assim quando parei na frente da empresa ele entrou.



--- Hm… Guns N’ Roses? Falou entrando no carro.



--- Oh Aurora, como pode ser tão linda, amor? Falou me dando um selinho e me fazendo sorrir com seu jeito.



--- Olha quem fala, se não é meu rei sexy. Disse dando a partida.



Ele sorriu lindamente me fazendo sonhar com aquilo. Era meu homem.



Chegamos no restaurante, descemos de mãos dadas e entramos. Logo fomos abordados a uma mesa que eu havia deixado já reservada para nós, um lugar mais tranquilo e romantico como eu diria. Almocei com ele, fazia tempo que não nos encontrávamos assim em restaurantes chiques depois que Isaac havia nascido, e como nosso tempo sempre foi corrido saíamos mais nos feriados e finais de semanas.



--- Vai sair cedo hoje? Perguntei já parando novamente em frente ao seu trabalho, pois ele precisava resolver muitas coisas ainda.



--- Acho que sim. Falarei com John apenas semana que vem, ele está viajando. Falou pegando sua maleta.



--- Está bem. Tchau. Eu disse dando um beijo nele e o vendo sair novamente.



Mais tarde decidi ir ao supermercado e quando percebi as horas tinha que ir buscar Isaac na escola..



Capítulo 3



Tomei meu banho, me arrumei, coloquei uma bela lingerie e passei um creme em meu corpo, sabia que Michael amava sentir meu cheiro. Coloquei meu roupão de seda e desci até a sala. Precisava dizer para irem dormir se não, Michael e Isaac seriam capazes de ficarem a noite inteira brincando.



--- Vamos já para a cama, pequeno. Falei entrando na sala e via Michael jogar com Isaac.



--- Poxa mamãe, já? Perguntou manhoso ainda jogando com o pai.



--- Sim, amanhã você ainda tem aula. Terá sábado para jogar com seu pai. Disse me sentando no sofa e vi Michael dar a pausa no jogo.



Ele me olhou triste e veio até mim, sabia que ele queria me convencer para deixá-lo jogar, mas aquela carinha de anjo não me enganaria hoje.



--- Por favor mamãe, deixa eu jogar mais um pouquinho com o papai. Ele disse se ajoelhando no chão e juntando as mãozinhas.



Michael desligou o vídeo game e se sentou ao meu lado e riu do jeito de Isaac, pequeno encantador de mulheres assim como seu pai.



--- Está vendo, esse menino tem todos suas manias. Falei pegando na mão de Michael enquanto eu via Isaac fazer seus gestos carinhoso.



--- Filho, papai acabou de desligar o vídeo game. Agora iremos jogar só sábado, okay? Vamos subir para pôr o pijama, meu garotão? Michael disse pegando ele e o erguendo no alto fazendo ele soltar sua risada engraçada.



Fiquei ali na sala enquanto Michael subiu com meu pequeno e o fez dormir.



Olhei para o jogo ali e tive uma enorme vontade de jogá-lo. Liguei a TV e iniciei o jogo, era corrida. Com certeza quando Michael voltasse iria rir diante de minhas caras e bocas feitas durante o jogo.



--- Prontinho. Está dormindo como um pequeno anjo. Hummm senhora Aurora Vetra Jackson, jogando vídeo game? Falou se sentando ao meu lado e pegando o outro controle.



Eu pausei o jogo e o olhei, seu olhar me transmitia uma sensação safada e um tanto excitante. Ele mordeu os lábios e reiniciou o jogo, iríamos jogar juntos seria engraçado e ele não iria me passar.



--- Está pronta senhora Jackson? Ele disse me olhando desafiador, danado me pagaria depois mais tarde!



--- Estou senhor lindo gostoso Jackson. Disse no mesmo tom sexy que ele fizera.



E não deixei de acariciar sua coxa e deslizar até seu membro. Eu percebi que ele se arrepiou inteiro e se desconcertou no jogo. Demos a partida seria divertido jogar depois de tantos anos com meu marido. Você vai ver bonitão, não lhe deixarei passar. E se caso passar, não usarei minha mão no controle. Pensei sorrindo safada com isso.



Eu sabia que isso era o que chamamos de “roubar” no jogo, mas seria divertido, afinal jogava com meu marido.



--- Você não ficará muito tempo na liderança senhora Jackson. Disse mordendo os lábios e apertou com força os botões do controle, como coisa que aquilo adiantasse.



--- Calma senhor Jackson, tem uma coisa perigosa que posso fazer com você sem ser no jogo. Eu disse despreocupada e um tanto convencida, eu sabia que ele já imaginava sobre o que eu falava e aquilo mexeria com sua forma e seu pensamento de homem.



Ele mordia os lábios e parecia estar doido para passar a minha frente, parecia me provocar, mas ele teria o que queria aquela noite.



--- Veja agora senhora Jackson o rei liderando. Falou convencido e uma voz sexy me fazendo estremecer por dentro.



--- Então é assim? Vamos ver quem ganha então esse jogo. Disse largando o controle sobre a mesinha da sala e o olhando sedutora, sem pensar duas vezes eu comecei a tocar sua coxa delicadamente e desder até seu membro.



Senhor Jackson, hoje o dia não é seu. Pensei o acariciando.



--- Oh Aurora assim não vale! Disse mais como um gemido quando comecei a abrir seu cinto e já abaixava seu zíper.



Eu não disse nada, apenas continuei a brincar com ele. Coloquei minha mão em sua cueca e toquei seu membro que se enrijecia a cada investida minha. Ele mal conseguia se concentrar no jogo, gemia baixinho e se mexia quando sentia eu tocá-lo.



--- Oh meu amor, assim não dá. Gemeu sem tirar os olhos do jogo, parecia um daqueles nerds com uma namorada cheia de desejos tentando chamar sua atenção.



--- Eu sei que você também quer. Seu… você sabe, me diz. Sussurrei em seu ouvido e desci dando leves beijos em seu pescoço.



Ele fingiu que eu nem estivesse ali. Mas o danado iria me pagar.
Peguei o controle de sua mão, pausei o jogo e coloquei o controle sobre a mesinha ali. Sabia como despertar seus desejos aquela hora. Fui até o vídeo game e me coloquei em uma posição que eu sabia que lhe daria toda a visão de meu bumbum, pois como eu vestia apenas uma camisola curtinha, isso aconteceria. E foi o que fiz. Eu fui até lá e desliguei o vídeo game.



--- Oh céus… Pude escutar aquele gemido baixinho sair de seus lábios quando eu o provoquei.



Ele não resistiria aquilo, eu sabia que não, logo ainda Michael que era o mais quente e sexy homem na cama.

Capítulo 4



Eu me virei para ele e o vi sentado no sofá acariciando seu membro que ainda estava dentro da cueca boxer. Mordia seu lábio inferior e com o olhar sedutor ele me chamava para que pudesse me amar naquela hora.



Fui até ele praticamente desfilando e ele parecia não aguentar aquilo, me apoiei com as duas mãos na sua coxa e sentei de frente para ele sobre seu membro. Segurava suas mãos não o deixando me tocar, beijava ele loucamente explorando sua boca e duelando com sua língua. Eu me levantei lentamente de cima dele e peguei em sua mão, o arrastei até o quarto escada acima.
Tranquei a porta e em seguida o levei até a cama, empurrei ele o qual caiu deitado. Ele não fazia nada apenas observava o que eu fazia.
Segurando seus braços me sentei sobre ele rebolando sobre seu membro rigído que fazia um enorme volume em sua calça.Deixei meu roupão cair ficando apenas com a lingerie em sua frente. Suas mãos iam na minha cintura e ele subia em direção aos meus seios.



O ajudei a se livrar de sua camiseta social que já estava com os botões abertos. Arranhei seu peito e ouvi um gemido rouco sair de seus lábios. Fiquei em pé no chão e voltei minha atenção para seu membro, que parecia querer estourar o zíper de sua calça preta também social. Rapidamente eu desci o zíper, abaixei sua cueca trazendo seu membro pra fora, e logo tirei sua calça por completo o deixando como viera ao mundo.



Ele gemia palavras safadas e maliciosas enquanto tinha pressa em se livrar de minha calcinha, o mesmo com meu sutiã. Em cerca de segundos eu o vi tirar meu sutiã e o jogá-lo em um canto qualquer. Umedeceu seus lábios e em segundos meus mamilos se encontravam em sua boca, as vezes mordia levemente e chupava.
Não aguentaríamos esperar muito tempo para nos amar, então com mais agilidade ainda, Michael tirou minha pequena e última peça que restava em meu corpo. Em um gemido alto ele me penetrou, me levando a loucura.



Gemidos, urros, sussurros e palavras maliciosas saíam de nossas bocas a todos momentos conforme suas investidas eram dadas.



--- Oh God… Michael gemeu apertando com força meu quadril e eu sabia que não demoraria muito para chegar ao seu orgasmo.



Foi então que comecei a subir e descer cada vez mais rápido, ele apertava minha cintura com força e eu sabia que ficaria roxo. Não demorou muito para sentir seus espasmos me preencher, logo em seguida também cheguei ao êxtase.



Ofegante Michael me puxou para ele, ainda dentro de mim ele me beijou e me abraçou. Recuperamos o fôlego e acabamos dormindo abraçados e cansados daquele amor.



Era assim eu o conquistava com apenas meu olhar, o mesmo ele fazia comigo. Seu olhar penetrante, que parecia invadir minha alma e já saber o que eu queria. Desde que nos conhecemos éramos assim, e eu esperava que fôssemos assim para sempre, sempre queria o demonstrar que mesmo com o passar dos anos nunca nos enjoaríamos um do outro, sempre seríamos assim fogosos e com nossas maneiras de demonstramos amor um pelo outro.



No dia seguinte não acordei tão cedo, apenas senti seu beijo suave em minha testa e seu cheiro másculo quando havia entrado no quarto. Aquele era um de seus gestos carinhosos que me faziam se sentir cada vez mais apaixonada por ele conforme o passar dos dias.



Também escutei a voz alegre de meu menino aquela manhã a alegrar a casa. Veio se despedir de mim quando Michael o chamou para ir para a escola.



Eu fiquei e acabei dormindo até mais tarde, estava cansada. Ultimamente tive trabalhando muito, porém agora meu contrato na escola havia acabado e decidiria procurar uma vaga no próximo mês. Queria aproveitar alguns dias com Isaac em casa, por mais que tivesse trabalho apenas de manhã Isaac tinha aula o dia todo e quase não saíamos durante a semana.



Eu me acordei me arrumei e decidi ficar em casa mesmo, afinal Michael havia ido trabalhar com o carro e para mim seria difícil sair sem ele, até que uma de minhas amigas me ligou  e marcamos um encontro em uma cafeteria, é claro que ela passaria para me levar.



Capítulo 5



[By Michael]



Acordo aquela manhã satisfeito e de bem com a vida, afinal tive a melhor noite de todas com a mulher que eu amava.



O sono estava bom, mas infelizmente eu teria que me levantar, o trabalho me esperava. Bocejei e me levantei, tinha uma visão maravilhosa aquela manhã de Aurora dormindo completamente nua e se cobria com o lençol.



A deixei dormindo e fui tomar meu banho aquela manhã para despertar. Cheguei até a cantarolar algo enquanto me banhava. Tomei um banho demorado e gostoso, não demorei a me arrumar, pois ainda teria que levar Isaac à escola. Arrumei minha gravata no espelho e fiquei vendo se meu cabelo estava arrumado, acabo vendo o reflexo de Aurora dormindo tranquilamente. Vou até ela e a observo dormir ali.



--- Eu te amo muito, meu amor. Eu disse dando um beijo em sua testa tomando cuidado para que ela não acordasse.



Abri a porta do quarto e sai em direção as escadas, acabo vendo Isaac descer já arrumado.



--- Papai! Ele disse alto quando me viu a descer os degraus.



Assim que cheguei no último degrau com ele, ele pulou em meus braços e me deu um beijo na bochecha me dando um “bom dia” e eu sorria com seu jeito alegre já pelas manhãs.



--- Você quer cereais? Perguntei vendo Isaac se sentar ali na mesa para tomarmos café aquela manhã.



Ele assentiu e sorriu para mim. Nos servi e comemos. Enquanto eu terminava de tomar meu café da manhã e me arrumar para ir para o trabalho, Isaac foi até o quarto e deu um beijo na mãe. Eu subi e observei seus gestos de carinha para com ela.



--- Filho, está na hora de ir. Falei olhando o relógio em meu punho.



Ele beijou a testa dela e pegou a sua mochila, logo depois pegou em minha mão e fomos para o carro.



Dei a partida e liguei o rádio do carro e ao som de The Beatles levei Isaac a escola. Assim logo fui para meu trabalho, hoje teria muitas coisas a resolver. Precisaria falar com John a respeito de algumas coisas e papeladas da empresa.



--- Bom dia, senhorita Grogan. Falei para minha secretária entrando em meu escritório.



--- Bom dia, senhor Jackson. Ela disse quando eu entrei e sentei em minha cadeira e ela arrumava uma pilha de papéis ali.



--- Algum aviso? Alguém ligou? Perguntei a ela colocando meu notebook sobre a mesa e já o ligava.



--- Senhor John ligou, disse que lhe enviou um e-mail e que gostaria que o senhor lêsse assim que pudesse. Ela falou colocando aqueles papéis em uma pasta e os guardava na gaveta.



Liguei meu notebook já logo fazendo o login em meu e-mail. Tinham algumas mensagens sem importância e a de John. Abri e li com atenção. Não respondi o e-mail, pois eu queria falar com John naquela mesma hora e não ficaria esperando até ele responder o e-mail.



--- Alô, Michael? Eu escutei aquela voz dele que ficava irritante no telefone.



--- Eu mesmo. John não sei se entendi bem o que você quis dizer no e-mail. Falei enquanto senhorita Grogan arrumava alguns arquivos ali.



--- Como assim cara? Escrevi da melhor forma que pude. Disse se defendendo, sabia que o que viria pela frente não era nada bom.



--- Eu entendi, mas queria que me explicasse melhor. Falei calmo, não queria escutar já seus discursos aquela hora da manhã.



Ele ficou quieto por um instante, parecia procurar palavras para me explicar e eu já estava ficando agoniado.



--- Bom, é o seguinte… Michael eu estava por aqui resolvendo esses assuntos da empresa, e tive pensando que se você viesse para cá seria melhor. Facilitaria as coisas, pois como disse para você não tenho como voltar à Orlando tão cedo. É muita papelada e coisas para resolver. Falou devagar e tentanva me explicar da melhor forma possível.



--- Oras cara, era só isso? Eu posso ir para L.A, só precisaria falar com Aurora. Falei olhando para o teto do escritório, seria tão fácil se ele já tivesse me dito.



--- Não cara, você não entendeu! Disse duro, me parecia estar estressado com essas coisas.



--- Então diga logo. Falei já também sem paciência.



Eu fiquei atento enquanto ele me contava, eu apenas o escutava enquanto ele alterava a voz me fazendo entender rudemente o que ele queria. Eu tive receio quando ele me contou, talvez seria uma coisa boa a se fazer, mas talvez não a certa. Eu chegaria em casa e conversaria calmamente com Aurora, dependeria apenas dela.

Capítulo 6



[By Michael]



Me despedi de senhorita Grogan, e fui até o carro logo dando a partida e indo buscar Isaac na escola.



Estava pensativo desde de manhã, sobre o que John havia me falado, tinha medo de Aurora não aceitar, pois a maioria de seus parentes moram aqui. Eu não queria brigar com ela por causa disso, as coisas estavam tão boas que eu as vezes temia em me arriscar a dizer.



Cheguei na escola de Isaac e fui até a sua sala, a professora sempre esperava que os pais fossem buscar na sala.



--- Olá, boa tarde. Vim pegar o Isaac. Eu falei o procurando naquele monte de crianças da mesma idade dele.



--- Isaac Jackson, onde está meu pequeno? A professora sorriu para mim e o chamou para ir embora.



Eu vi ele erguer a cabeça e sorrir para mim na porta. Ele vinha só de meia trazendo a mochila nas costas e o par de tênis na mão. Me abaixei para ajudá-lo a pôr o tênis.



--- Desculpe senhor Jackson, é que tiveram brincando hoje e faz pouco tempo que voltamos para a sala. A professora dizia me olhando enquanto eu amarrava o cadarço do tênis dele.



--- Sem problemas. Até mais. Falei sorrindo e Isaac se despediu dela.



Peguei em sua mãozinha pequena e fomos em direção ao carro, e uma chuva fininha começa.



--- Vamos filhão, corre. Falava sorrindo e segurando em sua mão para que não caísse ou ficasse para trás.



Escutava sua voz dizendo algo que eu quase não entendi direito e sua risada quando enfim entramos no carro. Dei uma toalha para ele se enxugar.



Por causa da chuva chegamos um pouco mais tarde em casa devido ao trânsito que demorou. Isaac foi direto tomar banho para não ficar resfriado e eu procurava por Aurora.



--- Maite, sabe onde está Aurora? Perguntei olhando para o relógio em meu punho.



--- Ela saiu com as amigas hoje de tarde. Disse que não demorava. Ela falou me olhando preocupada.



Eu subi para nosso quarto e também decidi tomar um banho enquanto Aurora não chegava. Não demorei muito no banho, enrolei uma toalha em volta de minha cintura e abri a porta do banheiro. Eu estava tão distraído com meus pensamentos que…



--- Uau, Aurora! Escolheu bem o maridão hein. Escutei risadas e vozes femininas no quarto me fazendo levar um susto.



Eu virei para elas e as vi na cama sentada me olhando dos pés a cabeça. Com os olhos arregalados eu escutava os comentários maliciosos delas.



--- Nossa que volume. Oh my God! A outra falou apontando para meu membro me fazendo corar com aquilo.



Dei um sorriso amarelo e coloquei a mão na frente dele, sem pensar duas vezes eu voltei para o banheiro. Só sairia de lá quando aquelas mulheres saíssem de lá.
Felizmente não demorou muito, pois escutei Aurora pedir licença á suas amigas e me chamou dizendo que eu já podia ir.



--- Por que não me avisou? Perguntei saindo do banheiro e a vi sentada na cama a me olhar.



--- Porque nem sabíamos que você estava no banho. Desculpa. Falou vindo até mim e me abraçou.



A beijei carinhosamente e sorri para ela, me lembrando de que ainda deveríamos conversar.



--- O que foi amor? Foi algo que eu fiz? Está chateado por causa das meninas? Perguntou quando me viu desmanchar meu sorriso quando a olhei.



--- Não minha rainha. Nós precisamos conversar depois. Falei quebrando aquele clima tenso que ficou entre nós lhe dando um selinho.  



Ela sorriu para mim e me deu um beijo tocando meu peito, até que minha toalha caiu e ela sentiu meu membro tocar sua cintura.



--- É melhor se arrumar. Espero você lá embaixo. Disse sorrindo para mim e me deixando ali pensativo.



Eu me arrumei, coloquei uma roupa simples para ficar em casa, na verdade eu iria colocar um pijama, mas não arriscaria que elas me vissem de roupas inadequadas. Desci até a sala de jantar e vi Aurora sorridente, completamente linda, ali com suas amigas. Eu não ficaria ali, pois só haviam mulheres e como sabemos existem coisas que mulheres não gostam de falar para suas amigas quando tem um homem por perto. Fui até a sala e Isaac jogava vídeo game.



--- Já fez o dever de casa? Perguntei me sentando no sofá o olhando virar o controle do vídeo game sentado no chão.



--- Não ainda, irei fazer mais tarde com a mamãe. Falou continuando a jogar seu jogo.



--- Filho, sua mãe está dístraida com suas amigas vai demorar até que todas vão embora, acho melhor eu lhe ajudar hoje. O que acha? Perguntei dando pausa no jogo, pois só assim ele prestaria atenção.



--- Ah papai… agora não. Falou manhoso me olhando com aqueles olhos castanhos escuros como os meus.



--- Vamos filho… se tivessemos ido lá para cima talvez já teria terminado. Falei tentando convencê-lo.



Ele me olhou pensativo, foi até a TV a desligou e fez o mesmo com o vídeo game, voltou até mim sorriu e pegou em minha mão.



--- Está bem, mas amanhã iremos ver quem ganha no jogo que luta. Falou convencido e me puxava pela mão.



Fomos até seu quarto e eu ajudei ele a fazer seu dever de casa, e fiquei com ele brincando até que as amigas de Aurora fossem embora. Vi que ele estava cansado e já o fiz dormir. Beijei a sua testa e quando ia apagar a luz Aurora abre a porta lentamente. Sorriu para mim e deu um beijo em Isaac. Pegou em minha mão para sairmos do quarto, desliguei a luz e a vi ir na minha frente.



--- Agora já podemos conversar, papai. Falou sexy olhando para mim enquanto eu ia atrás dela até o quarto.



--- Acho melhor você tomar um banho, assim conversaremos melhor. Falei fechando a porta do quarto e lhe dando um selinho nos lábios.



Ela assentiu, pegou suas roupas e foi para o banheiro enquanto eu fiquei ali na cama sentado pensando em como diria tudo à ela assim que voltasse.



Oras Michael, não tem com o que se preocupar ela vai entender. Pensei olhando para o teto desabotoando minha camiseta.



Não demorou para ela sair do banheiro enrolada em seu roupão de seda extremamente sexy. Pegou um dos seus cremes e se sentou na cama.



--- Pode falar agora se quiser enquanto eu passo a loção. Disse me olhando e já o abria e ia espalhando pelo corpo.



Suspirei fundo e procurei as palavras exatas em minha mente.



--- Sabe Aurora, John me ligou hoje e me disse algumas coisas importantes sobre a empresa, e como você sabe estamos enfrentando alguns problemas. Ele me disse que não tem como sair de Los Angeles agora, tem muitas coisas a resolver e falou que seria tudo mais fácil se eu estivesse lá. Pediu que eu fosse para lá… só que na verdade teremos que ir todos nós. Falei observando ela e lembrando de cada palavra irritada de John naquela manhã.



--- Por que eu e Isaac temos que ir junto? Só você já não resolveria? Perguntou se levantando e tirou seu roupão de seda ficando apenas com sua delicada camisola.



--- Amor, é que é o seguinte… John disse que teríamos que nos mudar daqui, sabe? Ir morar em Los Angeles, pois assim facilitaria nosso trabalho. Eu fiquei de ligar para ele para confirmar, mas primeiro preciso de sua opinião. E então, o que acha de nós três ir morar em Los Angeles? Eu disse olhando para ela que me observava sentada na beira da cama.



--- Oh meu amor, se é para o nosso bem e para que eu sempre veja o belo sorriso que surgem em seus lábios… nós iremos. Mas é claro, não esqueça de perguntar ao nosso garoto sobre o que ele acha. Ela disse se deitando e me abraçando.



Eu fiquei sem palavras, jamais tinha sido tão fácil convencer Aurora à fazer algo assim tão difícil, pois ela amava aquele lugar. Havia nascido ali, crescido, estudado e me conhecido. Sua atitude me fez perceber que ela sempre faria aquilo que me deixaria feliz. Abracei ela e beijei sua cabeça e sorrir por saber que nunca jamais tive arrependimento algum de estar com Aurora desde que nos conhecemos.



Capítulo 7



Eu ri com os comentários das meninas quando Michael saiu do banheiro, na verdade eu ri mais foi da cara que ele fez quando nos viu ali, mas não gostei de quando perceberam o volume dele, afinal não é bom ter suas amigas desejando seu marido. Até porque de todas elas o meu era o mais gato, não só porque era o meu marido que eu o achava o mais lindo, mas os delas eram completamente sérios e só pensavam em jogos. Aff!



Me divertir com elas, fazia um bom tempo que eu não fazia isso, pois sempre estava ocupada com o trabalho. Assim que elas foram embora fui até o quarto, não vi Michael então deduzi que ele deveria estar no quarto de Isaac brincando com ele.



Droga acabei esquecendo de ajudá-lo a fazer seus deveres. Me lembrei quando ia abrir a porta.



Michael cobria Isaac e deu um beijo na testa dele, antes de ele sair do quarto também fui até meu pequeno que dormia tranquilamente e depositei um beijo e sua face.



Peguei na mão de Michael e já fui o puxando para fora do quarto, pois desde a hora em que eu o vi só de toalha no quarto estava doida para tê-lo a qualquer momento. Olhava em seus olhos e sabia que ele tinha algo de importante para me falar, mas parece que não conseguia me dizer. Pediu para que eu tomasse banho e logo assim que eu voltasse ele iria me contar. E nesse momento já estava ficando preocupada, Michael nunca foi de temer o que tinha para me falar, sempre que algo o incomodava ele me contava, mas realmente aquela noite ele estava estranho.



Não demorei em tomar meu banho, não queria esperar muito para saber da notícia. Me enrolei em meu roupão e peguei minha loção de amêndoas para espalhar em meu corpo. Quando olhei para Michael o vi encarar o teto do quarto e parecia pensativo. Me sentei na beira da cama e comecei a passar o loção enquanto ele me falava.



Eu tive uma certa dúvida antes de respondê-lo sobre o que eu achava em nos mudarmos para Los Angeles, não que eu não quisesse ir morar lá, o problema era que eu havia nascido e me criado em Orlando e muitos de meus parentes moravam lá, facilitando assim a visita na casa de qualquer um. Mas como disse para ele, se era para que eu sempre visse aquele belo sorriso em seus lábios que fossemos para Los Angeles, bom até porque acredito que Michael teria até melhores condições do que hoje em dia, não que fossemos pobre, mas seria melhor do que é. Lá ele resolveria as coisas mais depressa e a empresa cresceria muito mais. Eu o entendia.



Não disse muita coisa a ele, só disse que aceitaria, mas é claro teríamos que conversar com nosso pequeno a respeito disso. Ele sorriu para mim. Tirei meu roupão e deitei junto á ele e o abracei apertado.



No dia seguinte assim que Michael chegou do trabalho nos sentamos nós três na sala e perguntamos á Isaac o que ele acharia de morar em Los Angeles, sem dúvidas aquele pequeno amou a ideia. Pulou nos braços do Michael e sua risada se ouvia pela casa inteira, melhor do que ver o sorriso de Michael era ver o sorriso de Michael e de Isaac juntos.



Naquela noite nós fomos ao cinema e jantamos em um restaurante belíssimo. Assim que tudo fosse resolvido faríamos uma festa de despedida com alguns amigos, parentes e é claro alguns coleguinhas de Isaac da escola.



--- Eu sabia que ele ficaria feliz. Falei me deitando na cama ao lado de Michael.



Ele apenas sorriu e me puxou para seus braços procurando meus lábios para beijá-los.



--- Agora quem eu vou deixar feliz vai ser você, minha rainha. Falou girando me fazendo deitar e ele ficar sobre mim.



Beijava meus lábios e acariciava minha língua com a sua. Minhas mãos tocavam suas costas fazendo um carinho e o puxando cada vez mais para mim. Desabotuei sua camiseta do pijama e ele ia descendo seus beijos para meu colo. Ele ergueu minha camisola e levantei meus braços para ajudá-lo a tirá-la. Sem demorar ele já se deliciava em meus seios, apertava um com sua enorme mão e o outro chupava loucamente me fazendo gemer.



Tirou minha calcinha e tocou com seu dedo minha entrada, apenas deslizava me deixando louca. Seu membro dentro da calça do pijama tocava minha vagina que estava completamente encharcada, molhando sua calça. Doida para que ele me penetrasse eu tirei a calça dele e vi que estava sem cueca.



Ótimo meu amor, você sempre facilita tudo! Pensei rebolando tocando sua glande.



Ele gemeu alto e me penetrou de uma vez só, me fazendo gemer seu nome e palavrões que estavam presos em minha garganta.



Ele se sentou na cama me colocando sobre ele para facilitar as investidas. As estocadas foram dadas cada vez mais rápido, até que atingimos o prazer.

Capítulo 8



[By Michael]




--- Alô, Michael? John perguntou assim que atendi o telefone.



--- Sim John. Diga. Falei vendo minha secretária entrar em silêncio.



Eu estava tentando comprar uma boa casa e bem localizada em Los Angeles, e é claro que quem estava fazendo toda a negociação era John. Venderia minha casa que eu tinha em Orlando e compraria uma casa lá, com certeza seria maior e mais luxuosa, afinal, só sairia dali se fosse para morar em um lugar melhor. Sempre pensaria em meu filho e em Aurora, sempre queria o melhor conforto para eles.



John falou que faltaria apenas algumas coisinhas e a casa seria minha. Dei pulos de alegria e agora não podia ver a hora de chegar em casa e contar a Aurora. Eles também estavam mais que ansiosos para ir morar lá, Aurora queria arrumar um emprego lá e Isaac estava doido para fazer novas amizades.



Ainda demoraria entre dois ou três meses para nos mudarmos, mas já fazíamos nossos planos.



Fiz as mesmas coisas de sempre, li contratos, assinei folhas, li e-mails, liguei para Aurora e no final do dia esperei Aurora vir me buscar. Isaac estava já com ela e pareciam felizes. Demorei a descobrir o que faríamos, na verdade era uma surpresa para mim, mas não consegui e por curiosidade acabei insistindo para que contassem.



Iríamos visitar um tio de Aurora que tinha uma fazenda, não uma simples fazenda, mas uma fazenda enorme cheia de animais e árvores de tudo quanto é tipo. Andamos a cavalo e corremos naqueles matos.



--- Quem é o garotão do papai? Perguntei erguendo Isaac pelo braços e ele ria que só.



--- Michael, cuidado! Aurora falava com aquele tom de mãe cuidadosa.



Joguei Isaac para cima e aí ela quase teve um ataque, mas como sempre eu o peguei e o abracei escutando sua doce risada.



No final do dia comemos queijos caseiros e algumas tortas que a tia de Aurora tinha feito, é o dia foi cansativo, mas tive minha recompensa. A tia de Aurora não queria que fôssemos embora tão cedo, mas eu ainda iria trabalhar no outro dia.



Nos despedimos e agradecemos por tudo, levei Isaac dormindo nos meus braços até o carro e o coloquei, estava cansado tão quando eu. Me sentei no banco ao lado de Aurora e vi ela dar a partida.



--- O seu dia foi cansativo, não é mesmo? Perguntou acariciando minha face e me olhando mal aguentar a abrir os olhos.



--- Muito... mas foi ótimo. Falei sorrindo para ela e a vi retribuir.



--- Só não durma, viu? Não tenho como levar vocês dois depois para a cama. Disse dando uma risadinha e prestava atenção nas estradas escuras.



Ela tocou minha coxa apenas a acariciando e eu já estava cochilando ali. Só me lembro de chegar em casa e ela ter me chamado, cai na cama igual um bagaço. Apenas senti Aurora deitar completamente cheirosa e me abraçar beijando meu peitoral.



Capítulo 9



Conforme os dias iam se passando eu via Michael chegar em casa cada vez mais feliz, Isaac perguntava todos os dias quando iríamos nos mudar e Michael sempre respondia “espere, a casa já é nossa. Agora precisamos dos móveis”.



Essa semana Michael tinha ido para L.A. Falou que mais alguns dias apenas e iríamos para nossa casa. Eu sabia que ele fazia isso porque nos amava, não deixaria eu e Isaac irmos para a casa sem que ele achasse que tudo estivesse perfeito. Ele havia me ligado várias vezes naquele dia e sempre ouvia um tom de alegria em sua voz.



--- Amor, está na hora de dormir. Falei entrando na sala e vendo Isaac conversar com o pai no telefone.



Ele se despediu do pai dizendo que o amava. Pegou em minha mão e juntos subimos a escada, ele estava dormindo na minha cama e de Michael, e quem pediu para que ele me vigiasse assim de perto? É claro foi o pai lindo dele.



--- Mamãe sabia que você está muito bonita, mesmo que esteja de pijama? Isaac disse deitado na cama me observando arrumar a cortina.



--- Sério? Você acha? Você acha que seu pai gosta assim? Falei dando uma voltinha em frente ao espelho.



--- Claro mamãe. Está uma gata! Papai falou para cuidar de você, e disse que te ama muito. Ele disse sorrindo para mim e quando deitei minha cabeça no travesseiro ele acariciou meu rosto.



--- Eu o amo muito mais. E é claro que eu amo você muito muito muito também. Falei fazendo cócegas nele.



--- Mamãe, eu não vejo a hora de ir para a nossa nova casa. Mas eu irei sentir muitas saudades dessa daqui. Falou meio triste, pois desde que casei com Michael nós morávamos ali. Fiquei grávida de Isaac ali e quando ele voltou da maternidade foi ali que ele ficou.



O abracei e dormimos juntos, eu estava preocupada com Michael, pois estava lá em um hotel sozinho. Estava tendo sonhos ruins e acabei acordando em um sobressalto e quando me dei conta o telefone tocava. Com certa dificuldade eu o atendi, olhei no visor era Michael.



--- Bom dia, meu amor. Como estão? Falou sorridente aquela hora da manhã, que se não me engano eram seis e meia.



--- Bom dia... não dormi bem essa noite, e Isaac está dormindo ainda. E você, meu bem? Falei me olhando no espelho com a cara pálida e cabelos desalinhados.



--- Dormi pouco, mas dormi bem. Tirando as vezes que eu procurava na cama. Falou rindo me fazendo ficar feliz, como eu amava aquela risada gostosa que só ele tinha!



--- Mas me diga, por que não dormiu bem? Perguntou carinhoso, as vezes lembrava de meu pai.



--- Eu tive uns pesadelos com Isaac e você. Mas acho que é porque dormi preocupada com você. Falei me lembrando do sufoco que passei naquele pesadelo.



Ele pediu para que eu não me preocupasse, pois ele estaria de volta de noite. Pediu que assim que Isaac acordasse eu o ligasse para que ele pudesse falar com ele. Era sábado, Isaac chamou alguns de seus amiguinhos da escola e brincaram enquanto eu li e estudei um pouco sobre minha matéria favorita: História. Além de ser minha favorita eu era apaixonada por essa matéria, desde pequena. Mamãe dizia que eu nunca faltava nos dias em que teríamos aula de história, e é por isso que quando fui para a universidade eu escolhi história.



Em L.A seria mais fácil e talvez ganharia até melhor do que aqui em Orlando, e eu não via a hora de ir visitar uma escola e fazer uma entrevista. Não gostava de ficar em casa parada, por mais que Michael sempre ganhou bem e sempre cuidou muito bem de mim e de Isaac, mas acho que uma mulher que quer ter suas coisas e quer se dizer independente dos outros, precisa de um emprego. As vezes Michael dizia “Aurora, fique em casa hoje”, mas eu gostava daquilo que eu fazia, que era ensinar e tornar mais pessoas apaixonadas por história.



Michael chegou seis horas da tarde, o observei chegar. Largou suas coisas e correu para abraçar Isaac que feliz pulou nos braços do pai. Me arrumei rapidamente e desci, quando olhei para a escada Michael estava lá, me olhando sorridente.



Ele tirou seus óculos de sol e quando eu cheguei até ele, Michael me ergueu e me beijou. Quando ele me colocou de volta no chão e acariciei seu rosto e tirei alguns de seus belos cachos que caiam sobre sua face.



--- Amor, vamos fazer a nossa festa de despedida hoje! Amanhã faremos as malas e segunda-feira de manhã estaremos chegando em L.A. Ele disse completamente feliz.



--- Mas Michael, como vamos fazer a despedida hoje? Eu não convidei ninguém ainda. Falei segurando em sua mão enquanto ele me arrastava escada acima.



--- Não se preocupe, liguei para Maite e para todos que iríamos convidar. Por que acha que os amiguinhos de Isaac estão aqui? Eu liguei para ele de manhã e combinei com ele. Falou rindo da minha cara de lerda que eu fazia.



--- Seus danados! Nem me disseram nada. Falei dando um leve tapa em seu braço.



--- Oras, queríamos que fosse surpresa. Disse entrando no quarto me puxou e trancou a porta.



--- Aí seu danado! O que está fazendo? Eu disse fingindo estar brava quando bati minhas costas na parede.



--- Estava com tanta saudades desse corpo. Oh Aurora! Falava beijando meu pescoço e prensando seu corpo contra o meu.



Sem dúvidas não demorou muito para que Michael me amasse ali mesmo. Ele ergueu meu vestido o tirando, tirou suas calças apressadamente e meu sutiã também foi arrancando por suas mãos grandes. Ele me ergueu e eu abracei sua cintura com minhas pernas sentindo seu membro mais que rígido tocar minha vagina. Com a ajuda dele tirei a última peça que restava em meu corpo e o vi se livrar também de sua cueca. Toquei seu membro pulsante e ele me penetrou devagar, porém fundo.



--- Oh amor, vai... assim... assim. Oh God! Gemia beijando meus seios e me penetrando loucamente.



Se eu não estivesse tomada pelo prazer eu teria rido das caras sofridas que Michael fazia. Ele palpava meu bumbum e beijava meus seios, enquanto eu arranhava suas costas gemendo seu nome baixinho.



Não demorou para chegarmos ao êxtase e com as pernas bambas Michael me levar até a cama. Ele deitou me abraçando e assim que recuperamos o fôlego fomos juntos tomar banho. Afinal ainda teria a despedida.



Ele se arrumou mais rápido do que eu e eu fiquei ali terminando meu banho, me sentia tão feliz e triste ao mesmo tempo, mas com certeza depois de ter amado Michael meu dia ficou melhor. Me arrumei e desci, Isaac também já se encontrava arrumado e de cabelo penteado, parecia um mocinho e eu ri. Estava na sala mostrando alguns de seus jogos novos para seus coleguinhas.



--- Olhem quem chegou aí! Uau, Aurora. Jéssica disse sentada em uma mesinha no jardim com algumas outras de minhas amigas.



Nós rimos perante os comentários dela, e me lembrei do dia em que Michael saiu do banheiro só de toalha. Jéssica era aquele tipo de amiga bem-humorada e cheia de coisas a dizer. Me sentei junto a elas e vi Michael passear pelo jardim cumprimentando alguns vizinhos que chegavam com o tempo.



Logo percebo Isaac correr ali com seus coleguinhas, talvez fosse a última vez que brincassem juntos. Eu estava completamente fora da conversa delas, pois só pensava em como as coisas seriam lá.

Capítulo 10



Depois de uma noite de festa e mais um dia arrumando malas e separando coisas para serem embaladas agora estávamos eu, Michael e Isaac. Isaac dormia tranquilamente segurando a minha mão e a de Michael. Eu observava pela janela o tempo passar. Estava ansiosa para chegar, olhei para Michael e ele também dormia.



Droga, vocês dois só sabem dormi! Pensei me irritando, pois queria passar o tempo conversando.



Lembrei de um livro que eu tinha comprado e comecei a lê-lo, esperando que o tempo passasse mais depressa.



Quando me dei conta já anunciavam nossa chegada. Acordei Isaac e Michael já estava acordado me olhando sorridente como nunca. De mãos dadas desembarcamos e Michael chamou um taxi.



--- Mamãe, papai me disse que a nossa casa aqui é bem grande. Isaac falou chamando minha atenção e eu sorri bagunçando seus cabelos cacheados herdados do pai.



Eu o abracei e beijei sua cabeça enquanto Michael dava as informações certas para o taxista. Parecia que quanto mais as ruas e casas se passavam mais longe ficava, e minha ansiedade ia aumentando cada vez mais.



--- É aqui. Michael falou apontando para um enorme portão que por trás escondia grandes árvores e um belo jardim.



Descemos do carro e Michael pagou o taxista, vejo John também sair de um carro preto que estava parado ali na frente e vir me cumprimentar. Michael sorriu para mim eu estava tão nervosa que nem retribui, apenas senti ele pegar em minha mão e nos guiar até a entrada daquela enorme casa.



Eu estava muda, eu não acreditava no que via, era tudo tão maravilhoso ali. O jardim era muitas vezes maior do que o da nossa casa em Orlando, era tudo muito maior. Isaac nem deu bola mais para nós, saiu correndo por aquele jardim a fora a sorrir. Senhor John nos levou até o hall e depois nos apresentou cada cômodo. Me apresentou também alguns poucos empregados que estavam ali.



--- Venha quero lhe mostrar nosso quarto. Michael falou segurando em minha mão e me arrastando por uma escada que havia ali que dava a um enorme corredor.



--- Oh Michael, é muito lindo. Eu disse de boca aberta quando ele abriu a porta e dei de cara com um enorme e luxuoso quarto. E é claro com uma visão um tanto romântico.



O quarto era amplo, tinha cortinas brancas e um porta janelas que daria na sacada, a cama era grande e me parecia maravilhosa para uma bela noite de sono ou de amor, sobre a cabeceira da cama havia um quadro pendurado era uma foto minha e de Michael em nosso casamento. Havia um belo lustre e o ambiente parecia um tanto aconchegante em noites de invernos e fresco para noites de verão. Era perfeito para mim e para Michael.



Eu me virei para Michael e o abracei, e correspondi com carrinho seus beijos. Aquilo não teria parado por ali se Isaac não tivesse chegado e pigarreado. Eu olhei para ele e sorri, meu pequeno correu até nós e pulou em nossos braços dando gargalhadas. Me chamou para ver seu quarto e eu fiquei ainda mais impressionada em como Michael sempre nos deu do bom e do melhor.



Mais tarde saímos e fomos conhecer a cidade e o que teríamos de entretenimento agora para as horas vagas. Michael passou em frente a escola na qual talvez matricularíamos Isaac e me mostrou as pracinhas dali.



Demoraria para me acostumar com as coisas ali, mas não me arrependeria de nada. Ali teria novas oportunidades para trabalhar e lugares para passear com Isaac, não que em Orlando não tivesse, mas ali em Los Angeles era diferente.



Fui dormir tarde, era quase de manhã quando peguei no sono. Michael naquela noite me amou de diversas formas e me mostrou de que ele se renovava a cada dia.



Capítulo 11



Algumas semanas após ter chegado em L.A e agora eu estava a procura de uma escola para Isaac. Estava me acostumando com minha casa luxuosa e grande aos poucos. Michael acabava de sair para o trabalho e eu fiquei arrumando os documentos para matricular Isaac e é claro deixaria meu curriculum em uma escola.



O levaria naquela escola que Michael havia me mostrado, até agora era a mais perto de casa e mais bem vista pelos cidadãos dali.



Segurei na mão de Isaac e meio perdidos nos dirigimos até a escola, logo em seguida pedimos informações ao guarda e ele nos levou até a secretaria da escola.



--- Olá, em que posso ajudar? Uma bela moça perguntou com um sorriso amigável na face.



--- Olá, somos novos aqui na cidade e queria saber se há vagas para matricular meu filho aqui. Falei apertando a mão dela que ela estendeu para mim.



--- Temos sim. Trouxe os documentos? Por favor, vamos até a sala da senhora Margarett fazer a matricula. Falou me guiando em um corredor grande e me fazendo reparar cada detalhe ali. Aquela escola parecia ampla e bem organizada.



Ela bateu em uma porta no fim daquele corredor e alguns minutos depois uma senhora baixinha bem vestida nos cumprimentou também com um sorriso no rosto. Aquela moça que havia nos levado até ali falou para ela o que queríamos e a senhora sorriu mais ainda quando ela disse que eu queria matricular Isaac ali.



Entramos na sala e nos sentamos na frente de sua mesa, a senhora pediu silêncio e saiu, logo depois voltou com alguns papéis na mão. Talvez fosse o contrato e tudo mais que eu deveria saber.



Ela me explicou desde o sistema de ensino deles, regras e o pagamento. Me deixou ciente de tudo e sem duvida alguma, aí após isso começou a fazer a matrícula de Isaac.



--- Qual é o nome desse mocinho? E o nome da senhora também, por favor. Perguntou sorrindo simpática.



--- Isaac Vetra Jackson e Aurora Vetra Jackson. Falei sorrindo e me certificando de que todos os documentos que eu precisava estavam ali.



--- O nome do pai? E a profissão. Perguntou olhando por cima dos óculos para o monitor do computador a sua frente.



--- Michael Joe Jackson, empresário. Falei olhando para Isaac sorrindo, ele não parecia ter gostado muito daquela escola, mas acho que era por não estar acostumado com aquele ambiente.



--- Quantos aninhos nosso pequeno Isaac tem? Ela interrogou agora sorrindo para Isaac que olhou para o chão acanhado.



--- Cinco. Falei passando a mão nos cabelos dele que estavam mais que bagunçados.



Ela pediu uma foto 3x4 dele e mais alguns documentos, pediu também minha assinatura confirmando o contrato e marcou o dia que Isaac começaria a estudar ali, que seria na próxima semana. Comprei seu uniforme que era melhor do que da sua escola em Orlando que parecia roupa de teatro.



Depois que sai da escola de Isaac fui até uma outra escola do ensino médio e levei meu curriculum, a garota da secretária parecia não ter dado muito valor e importância, apenas pegou o envelope e jogou sobre a mesa sorrindo de soslaio para mim.



Levei Isaac para almoçar comigo e fomos comprar alguns materiais novos para ele.



Mais tarde fui buscar Michael no trabalho e ele ficou feliz em saber que consegui matricular Isaac naquela escola.



--- Acho que aquela secretária nem vai avisar sobre meu curriculum. Falei deitada abraçada em Michael que mexia em meus cabelos.



--- Não fique assim, você vai ser chamada. Me dê alguns e deixarei em cada escola que eu passar em frente. Ele disse me fazendo rir.



--- Como foi o trabalho hoje? Perguntei beijando seu peito nu e desenhando algo invisível com meu dedo.



--- Foi bom, agora preciso de uma secretária. Maite não pode aceitar a proposta que eu a fiz. Mas logo logo acharei uma. Disse me fazendo olhá-lo com certos ciúmes.



--- Lembre-se de que ela não pode ser mais bonita do que eu, okay? Disse fazendo ele notar meus ciúmes.



--- Oras minha rainha, onde acharei uma mulher mais perfeita do que você? Sabe que eu sou só seu e você só minha. Ele disse tocando minha face e eu o beijei apaixonada como quando eu tinha meus 17 anos e o vi sair da piscina da escola todo molhado com suas pernas longas expostas e seu peitoral, foi ali que me apaixonei por ele.



--- Acho bom, meu rei. Só meu! Falei beijando toda a sua face e ele sorria.




Me lembrava exatamente de tudo desde que nos conhecemos, ele era alguns anos avançados do meu e eu sempre o via passear nos corredores da escola com aquelas loiras peitudas, enquanto eu apenas o observava de longe perdendo as esperanças, mas destino é destino. Aquelas peitudas até hoje não passaram de garotas que perderam seu tempo dando em cima de Michael.

Capítulo 12
[By Michael]



--- John, chame a primeira. Falei impaciente sentado atrás da minha mesa olhando cada curriculum enviado.



--- Está bem. John falou abrindo a porta de meu escritório e chamando a primeira moça que parecia pouco interessada.



Ela se sentou e sem sorrir me cumprimentou. Perguntei quais seus objetivos para aquele ramo, seus empregos anteriores e quais tipos de experiências ela tinha.



Não a contratei, logo descartei. A achei muito desinteressada e antipática para alguém que deveria ser uma secretária que estaria sempre atendendo os clientes e as chamadas no telefone.



Foi o que aconteceu com todas as outras quatro. Até que a última foi chamada, estava vestida com roupa social e sorria vez ou outra. Me respondia sempre olhando em meus olhos. Era uma bela moça, solteira e de boa aparência, não parecia ter vicio algum.



Lhe dei meu cartão e disse que assim que resolvesse a ligaria, mas com certeza seria ela quem eu chamaria.


Mandaria um e-mail a ela no dia seguinte, pois precisava com urgência de uma secretária ali para me ajudar com aquelas papeladas e coisas foras do lugar em meu escritório, eu já estava deixando John louco com aquilo.




--- Já decidiu qual vai contratar? John perguntou entrando no escritório e se sentando na poltrona ali.



--- Sim, são muitas, mas eu já escolhi. Falei sorridente me levantando e indo até a janela.



--- Que cara danada é essa cara? John falou rindo de mim e eu me irritei.



--- Oras John, sabe que sou casado! Pare com isso. Falei irritado e me sentei de frente para meu computador checando pela décima vez o curriculum daquela moça.



O dia foi demorado, mas aquela tarde saí mais cedo. Quando cheguei em casa Isaac brincava sentado na grama no jardim com seus bonecos, abracei ele e entrei em casa cansado. Subi e fui tomar um banho. Me arrumei e desci para a sala e encontrei Aurora sentada lendo um livro. Quando ela me notou ali ela largou o livro e veio correndo até mim e me abraçou.



--- Michael, eu fui contratada! Como eu estou feliz, meu amor! Disse feliz e me beijava o pescoço.



--- Oh amor, que bom. Fico feliz por você. Falei me sentando no sofá com ela ainda abraçada em mim.



--- Começo semana que vem. E como foi o seu trabalho? Perguntou mexendo em meus cabelos.



--- Foi bom, contratei uma secretária hoje. Bom, quer dizer, entrevistei algumas, mas já decidi qual vou escolher. Eu disse quando vi Isaac entrar na sala com seu boneco que parecia ter quebrado.



Isaac veio até mim e me olhou com cara de choro, seu boneco tinha quebrado e eu peguei em minhas mãos, tentei arrumar mas não teve muito sucesso.



--- Amanhã o papai compra outro para você, okay? Eu falei passando a mão em seus cabelos cacheados como os meus.



--- Papai, não precisa comprar outro. É só fazer um curativo nele. Disse me mostrando que o boneco ainda estava novo, apenas tinha quebrado o braço.



Aurora foi até a cozinha e pegou uma fita e passou em volta do braço do boneco. E em instantes Isaac já saiu a correr e a brincar pela casa. Me deixando a sós com Aurora.



Ela olhou para mim safada e me beijou tocando meu peitoral. Parecia estar com saudade, ela me ajudou a se livrar de meu paletó, gravata e da minha camiseta de algodão social. Ela passava suas unhas em meu peito e as mãos em meus mamilos.



Meu pênis tocou seu bumbum, e ela gemeu em meu ouvido. Nós não podíamos nos amar ali, então peguei ela em meus braços e a levei até o quarto. Tranquei a porta e me sentei na poltrona com ela sobre mim. Ela se levantou e se agachou na minha frente, tirou meus calçados e minhas meias. Sentou sobre minhas coxas e abriu meu cinto, logo já descendo o zíper de minha calça. Segurei em seu bumbum e me levantei para ajudá-la a tirar minha calça e minha cueca. Ela tocou meu membro latejante e novamente se agachou em minha frente, beijou minhas coxas e minha barriga. Ela encarou meu pênis e a vi umedecer seus lábios com a língua.



Céus, agora que eu morro de tesão por essa mulher. Pensei ofegando com suas carícias com as pontas dos dedos em minha coxa.



Ela se levantou na minha frente e se despiu, ficando apenas com uma pequena calcinha preta de rendas que eu adoraria arrancar com a boca. Se abaixou e deu um leve beijo em minha glande me fazendo segurar um gemido alto. Passou a ponta de sua língua em toda a extensão de meu membro e antes que eu pudesse raciocinar algo ela beijou e chupou meus testículos, não tive como segurar e acabei gemendo pedindo para que ela me chupasse.



Ela apertou minhas coxas e lambeu meu pênis, em seguida o colocou na boca, passava minha glande em sua bochecha e com sua língua ela acariciava ele. Automaticamente minhas mãos foram em direção ao seus cabelos, os segurando com força e ajudando ela a fazer movimentos em sua boca.



--- Oh Aurora, que boca meu amor! Vai amor, vai minha gostosa, chupa. Gemia tocando os seios dela enquanto ela brincava com meu membro.



--- É assim amor? É assim que gosta que eu brinque com seu instrumento? Falava me masturbando agora e eu já estava a ponto de ter um orgasmo ali.



Ela o chupou mais algumas vezes e eu gozei em sua boca, ela mais que satisfeita saboreou meu gozo e sentou sobre minhas pernas me fazendo a penetrar, me beijou e eu senti o gosto de meu próprio prazer.



Cavalgou sobre mim alguns minutos nos fazendo gemer palavrões roucos e em seguida gozamos juntos. Ela deitou sua cabeça em meu ombro e juntos tentávamos recuperar o fôlego.

Capítulo 13



Estava tão feliz, pois hoje começaria meu trabalho e a escola de Isaac. Me acordei seis horas da manhã, pois começaria a trabalhar muito mais cedo do que antes.



Logo tratei de me levantar e ir tomar meu banho cedo para me despertar. Michael ainda dormia tranquilamente ali, amava acordar e vê-lo somente de cueca e coberto com um lençol quando dormia. Ele era realmente muito lindo, meu amor.



Peguei minha roupa, uma roupa simples, mas elegante ao mesmo tempo. Eu era professora de história e dava aula para o ensino médio. Eu queria dar a eles uma boa impressão, tanto como simpática e modesta como autoritária.



Penteava meus cabelos em frente ao espelho quando vi o reflexo de Michael, ele estava deitado com as mãos embaixo da cabeça e sorria para mim.



--- Como pode estar tão linda assim essas horas da manhã? Ele disse me olhando se arrumar e eu sorri com seu comentário.



--- Aurora, não acha que essas roupas tiraram a atenção de seus alunos? Ele perguntou novamente quebrando o silêncio aquela manhã cedo.



--- Oh meu amor, como quer que eu me vista? Não estou mostrando nada demais. Eu disse me defendendo, realmente Michael exagerava as vezes nas coisas.



--- Mas olhe, essa roupa é um tanto justa e daqui mesmo vejo seus seios. Se fosse para ficar comigo até deixaria usar essa roupa, mas assim não. Ele disse com aquele jeito dele todo mandão e eu fiz o que ele pediu.



Coloquei outra roupa, bem na verdade só troquei a blusa. Não estava frio, mas tinha uma brisa gelada aquela manhã, então até que não foi ruim trocar de roupa.






Me perfumei e dei um selinho em Michael, pois o danado só sairia mais tarde e tinha ainda algumas horas de sono pela frente. Desci para a cozinha e tomei meu café. Dei uma última olhada no espelho para ver se meu cabelo estava comportado, peguei minha bolsa e fui até o carro e me dirigi até a escola.



Eu teria que estar lá sete horas, pois a aula começava meia hora depois. Eu estacionei meu carro e meio nervosa eu peguei minhas coisas e desci. Ia sorridente, cumprimentei o guarda da escola e fui até a sala dos professores. Não tinha muita gente ali, mas os que ali estavam eu cumprimentei e me apresentei.



--- Seja bem-vinda, senhora Jackson! Espero que goste de nossa escola. A diretora da escola falou sorrindo para mim e apertando minha mão.



A maioria dos professores ali estavam sentados em um sofá e assistiam ao jornal que passava aquela hora da manhã. Outros pareciam corrigirem provas e prepararem matérias. E eu apenas fiquei ali sentada de pernas cruzas e olhava da janela alguns alunos chegando com cara de sono, e eu ri.



Eu dava aula desde os primeiros meses de casada com Michael, era acostumada a falar gírias e as vezes sem querer me escapava um palavrão. Eu sabia interagir com adolescentes daquelas idades, as vezes falava coisas que faziam eles rirem e isso me tornava as vezes a professora preferida da turma.



Nunca pelo que eu me lembrava nenhum aluno saia infeliz da minha aula, eu as vezes tinha que chamar a atenção de alguns, mas o jeito que eu os ensinava parecia que prendia a atenção deles na matéria, o que os faziam querer saber mais e mais sobre aquilo. Era o que Michael disse quando assistiu minha primeira aula.



Eu tinha orgulho e prazer de fazer o que fazia, ensinar para eles aquilo que eu sabia e contar as histórias as vezes mais estranhas e talvez até constrangedoras me deixava feliz. As vezes ouvia alguns alunos dizerem que nunca tinham se interessado tanto por história antes de terem aula comigo, não que eu esteja sendo convencida, mas acredito que eu tinha o dom.



O sinal tocou, e os professores ali pareciam chateados com aquela segunda-feira, alguns faziam até uma cara de dor e parecia que estavam sendo obrigados a dar aula.



Eu peguei minha bolsa e olhei no horário que estava pregado em um mural ali cada aula de cada turma. Olhei ali e vi a sala que eu deveria ir, a diretora da escola foi comigo e me deixou na porta da sala meio nervosa.



Eu entrei e arriei minha bolsa na mesa e os cumprimentei com um “bom dia galera”, era assim que eu sabia que deveria começar. Minha inspiração para dar aula vinha de um ex-professor meu, “Lucas” professor de artes. Eu tinha uma certa queda por ele, ele era inteligente e sabia ensinar sua matéria não a tornando uma coisa cansativa, mas sim interessante. Anos depois ele teve que sair da escola e no ano seguinte eu conheci o homem pelo qual estou apaixonada até hoje. Michael.



Os alunos me responderam meio sonolentos e eu ri da cara de cansados que eles faziam. Eu estava decidida que não seria nada legal uma professora chegar dando matéria no quadro e muito menos dever de casa. Então, eu me apresentei a eles falando um pouco sobre minha vida e o que eu gostava de fazer em horas livres. Perguntei a cada um seus gostos musicais e o que faziam para se divertir, a maioria confessava que passava a metade do tempo escutando rock e navegando na internet fazendo amizades em redes sociais. O que eu poderia dizer daquilo? Oras eram jovens e eu também já fui e sabia que o que era novidade sempre nos chamava atenção.



O dia não demorou a passar e com certeza eu conheci muita gente nova naquele dia. Era final da tarde quase sete horas da noite e eu agora que estava saindo para ir para casa.



Havia ligado para Michael e pedi a ele que fosse buscar Isaac, pois eu não conseguiria chegar na hora.



Eu cheguei cansada em casa, mas feliz. Michael estava sentado em uma mesinha no quintal da casa vendo o pôr do sol e Isaac tomava banho de piscina e chamava a atenção de Michael hora ou outra pra mostrar como ele sabia nadar.



Entrei deixando o carro na garagem e fui até ele. Arriei minha bolsa no chão e me sentei no colo de Michael. Estava tão lindo. Estava descalço, cabelos bagunçados e sem camisa alguma.



Beijei seus lábios e estavam com gosto de vinho, aproveitei para acariciar seu peito. Aquele homem me deixava mais louca por ele a cada dia que se passava.



Agora meus dias passaram a ser assim, eu acordava cedo, ia trabalhar, e voltava para casa já de noite e via Michael e Isaac apenas poucas horas por dia.



Quando completou três meses que estávamos ali Michael decidiu pagar uma van para levar Isaac a escola, pois nem todos os dias ele entrava o mesmo horário no escritório e haviam vezes em que ele precisava sair mais tarde. Então Isaac vinha de van com as outras crianças e ficava em casa depois com a babá.



Eu acabei fazendo amizade com uma professora da escola em que eu trabalhava, Emilly. Ela era professora de ciências, ela era divertida e estava sempre rindo e é claro estava já virando minha melhor amiga ali.



Michael gostou da amizade que eu havia feito com ela, só não gostava quando ela queria as vezes me arrastar para a balada. Ela era meio maluca as vezes!



Capítulo 14



Estava corrigindo alguns trabalhos dos alunos quando Michael entrou na sala arrumado e completamente cheiroso.



--- Amor, vamos dar uma volta? É sábado e você está aí corrigindo provas. Vamos sair um pouco, deixe para corrigir amanhã. Ele disse se sentando a minha frente e me olhando com atenção.



--- Eu gostaria muito de ir Michael, mas veja estou cheia de trabalhos para corrigir e estou tão concentrada nisso daqui que acho que quando eu terminar só vou conseguir ir direto para a cama. Eu disse mostrando a pilha de trabalhos que tinha para corrigir, fora o monte de redação que eu teria que ler e corrigir aquele final de semana.



--- Está bem. Vou levar Isaac comigo. Está entediado de só ficar em casa. Voltamos mais tarde. Ele falou com a chave do carro nas mãos e me deu um beijo na testa logo saindo.



Isaac também veio se despedir de mim, implorou para que eu fosse, mas eu realmente não queria atrasar a entrega dos trabalhos.



Eu corrigi e deixei as redações para domingo de tarde, pois sabia que eu iria dormir a manhã toda. Eu havia ido dormir tarde, era quase quatro horas da manhã quando fui dormir aquele sábado.



Michael havia pedido pizza e comeu junto com Isaac, eu só fui comer antes de eu ir para a cama. Morta de cansada eu tomei um banho e me joguei na cama, sem acordar Michael.



O final de semana havia se passado e se resumindo em correção de provas. Emilly me deu uma carona na segunda-feira para o trabalho, ela era realmente doida e muito engraçada.



--- Como foi o final de semana? Aproveitou o maridão? Perguntou enquanto dirigia sorrindo para mim.



--- Que nada, passei foi corrigindo provas. Eu falei olhando as coisas passarem pelos vidros do carro e ficarem para trás.



--- Como assim? Tem um maridão gato daquele e não aproveita? Você não pode ser normal. Ela falou rindo de mim e me fazendo pensar besteiras.



--- Emilly! Apenas tenho compromisso e responsabilidade com meu trabalho. Falei a repreendendo e rimos depois.



Chegamos na escola e não demorou para o sinal bater e cada uma ir para sua sala.



Entreguei os trabalhos dos alunos e falei a eles que planejava levá-los ao museu, a maioria da turma havia tirado notas boas.



Eles gostaram da ideia e eu prometi a cada um deles que assim que eu chegasse em casa pesquisaria sobre isso.



Quando a aula terminou eu decidi ligar para Michael para que ele viesse me buscar. Estava chovendo e Emilly havia ido embora mais cedo aquela noite.



Eu ajeitei minhas coisas e esperei ele na frente da escola enquanto a chuva caía molhava a cidade de Los Angeles. Não demorou muito para que eu visse o carro preto parando na frente da escola e logo entrei. Ele estava lindo, parecia ter acabado de voltar de algum lugar com Isaac. Depositei um selinho em seus lábios e ele deu a partida.



--- Como você está? Ele perguntou prestando atenção no trânsito, pois com aquela chuva quase não dava de enxergar nada.



--- Estou bem, o dia hoje foi maravilhoso. E você? Disse sorrindo para ele e quando olhei para o banco de trás vi Isaac dormindo.



--- Estou bem. Que bom... o que teve de tão especial assim? Perguntou sem me olhar.



--- Entreguei as provas dos alunos e conversamos sobre alguns passeios que planejo com eles para os próximos meses. Quando chegar em casa me lembre de pesquisar alguns museus que posso levá-los. Eles amaram a ideia. Eu disse pegando meu celular e olhando alguns mensagens que Emilly me enviou, ela também estava pesquisando.



--- E onde foi com Isaac? Perguntei vendo que haviam várias chamadas perdidas em meu celular.



--- Fomos jogar boliche, se esqueceu? Eu tinha prometido a ele, pois ele tirou nota boa na prova de matemática. Liguei várias vezes para você, mas não atendeu. Ele falou enquanto eu olhava as mensagens que ele havia mandado e as chamadas perdidas em meu telefone, acabei me sentindo culpada por esquecer que havíamos prometido ir juntos.



--- Oh desculpe. Sempre desligo o celular quando estou na sala e acabei tendo que falar com a diretora depois da aula e esqueci. Acredita, ela quer que eu dê aula de noite. Eu disse sorrindo e Michael apenas me observou sem dizer nada.



Chegamos em casa, ele pegou Isaac em seus braços com cuidado e o levou para seu quarto. Eu liguei meu notebook e comecei a pesquisar o preço das entradas em alguns Museus e as passagens de ônibus.



Michael tomou banho e perguntou se eu queria comer algo, eu não estava com fome e falei a ele que tinha algumas coisas para pesquisar e ele apenas assentiu e foi lá para baixo.



Eu tinha achado alguns pacotes em um site online para levar a turma, salvei aquela página como favorito em meu navegador e mandei um e-mail para Emilly, que com certeza essas horas deveria estar dormindo.



Eu percebi que Michael demorava para voltar e decidi ver o que ele fazia e chamá-lo para dormir.
Fui na cozinha e ele não estava lá, então eu ouvi o barulho da TV ligada e ele deveria estar na sala.
Quando cheguei na sala o vi dormindo sentado, desliguei a TV e o acordei para que ele subisse.



Eu ainda subi primeiro que ele e me deitei, só o senti depois me abraçar por trás e beijar meu pescoço.


Capítulo 15
[By Michael]



Era sexta-feira de manhã, acordei e passei a mão na cama tentando achar Aurora, mas parecia que já tinha se acordado.



--- Aurora? Amor? Falei me sentando na cama e procurando ela pelo quarto com os olhos.



Ela não respondia. Era feriado, ela deveria estar em casa. Me levantei e fui procurá-la no banheiro, também não estava lá. Desci e fui até a sala, as vezes ela acordava cedo para assistir seu programa de TV favorito, o que era muito raro acontecer agora, mas era seu costume.



Eu fui no jardim, nas salas, na cozinha e quase liguei para Emilly, mas era cedo e feriado, seria muito chato da minha parte. Eu subi e fui ao quarto de Isaac, ele ainda dormia, então decidi tomar um banho e me arrumar. Depois ligaria para Aurora.



Tomei um banho rápido, queria apenas me despertar. Eu decidi dar uma olhada em meus e-mails, John havia ficado de me enviar um e-mail com alguns assuntos sobre a empresa.



A minha caixa de e-mail estava vazia, na verdade havia um e-mail ali e os demais eu já havia lido. Era de Aurora. Eu li aquilo com atenção e fiquei um pouco aborrecido.



Em pleno feriado e a única folga que ela teve durante todos esses meses ela ainda saiu.



Amor,



Sei que quando você acordar não vou estar mais, então decidi lhe escrever esse e-mail.
Não se preocupe comigo, estou em um parque com minha turma.
Chegarei tarde.
Me desculpe por não estar em casa hoje, é que eu realmente estava devendo isso para ele.
Nos vemos de noite.



Beijos,
Aurora”



Eu não tinha nada contra ela sair com sua turma, nem ficar um pouco mais tarde na escola, não queria deixá-la triste agora. Não, não! Jamais, ela estava tão feliz por estar dando aula que quando chegava em casa mesmo cansada e me mostrava seu sorriso eu ficava feliz.



Estávamos saindo pouco juntos, muito menos com Isaac, pois quando morávamos em Orlando saíamos quase todos os dias. E ali a metade do tempo era no trabalho, mas eu sabia que ela não havia esquecido da gente, só estava apenas passando a maior parte de seu tempo fazendo aquilo que ela gostava. Eu tinha muito orgulho de Aurora, ela era muito inteligente e para mim não existia mulher mais linda do que ela. Era ela que estava no meu coração desde o dia que eu á vi naquele jogo como líder de torcida.



Isaac era exatamente como ela, era muito parecido comigo, mas seu jeito de tratar as pessoas e de pensar era como ela.



Ele já planejava o que queria estudar e o que queria fazer quando crescesse. Era organizado e estava sempre brincando.



--- Papai? Está aí? Ele perguntou me fazendo se despertar de meus devaneios e eu sorri para ele quando o vi na porta sorridente para mim.



--- Entre meu anjo, como está? Dormiu bem? Perguntei vendo ele vir correndo e pular na cama e corri para abraçá-lo.



--- Estou bem papai, dormi. E você? Onde está mamãe? Ele perguntou enquanto eu bagunçava seus cabelos tão sedosos quanto os da sua mãe.



--- Dormi muito bem. Sua mãe foi em um passeio com a turma, só voltará mais tarde. Podemos sair juntos hoje... o que achas? Falei ainda abraçado a ele e vi seus olhinhos tristes quando disse que sua mãe já havia saído.



--- Onde podemos ir hoje? Ele perguntou mexendo em meus cabelos e eu achei aquilo engraçado.



--- Quem sabe poderíamos ir no cinema ou em algum parque aquático. Falei sorrindo para ele e vi seu sorriso lindo novamente aquela manhã.



--- No parque aquático, papai! Posso chamar um de meus amiguinhos para ir junto com a gente? Perguntou mais que sorridente agora.



Eu assenti e o vi correr para seu quarto se arrumar para irmos enquanto eu fiquei ali para ligar para seu coleguinha e o levar junto conosco.



Eu também me arrumei e passei protetor em Isaac se sua mãe visse ele queimado seria o terror para mim.



O dia passou rápido e perto das quatro horas da tarde voltamos para casa, Aurora chegou muito tarde e estava tão cansada que só tomou banho e logo dormiu.



Ela acordou cedo no sábado e quando eu desci eu a vi sentada na sala lendo algumas redações, não a interrompi, pois sabia que ela estava concentrada ali. E o final de semana acabou passando mais rápido do que já costumava passar e ela não aproveitou um pouquinho com a gente.



Capítulo 16



Hoje seria o fechamento do semestre, então eu havia passado a semana inteira realizando provas com meus alunos e o final de semana as corrigindo. Eram trabalhos e mais trabalhos, provas e mais provas para que todos conseguissem alcançar a devida média.



Eu estava dando aula agora não só para os alunos do ensino médio, mas também os do supletivo todas as noites. Então eu saía de casa sete horas da manhã e chegava apenas depois das dez.



Eu teria reunião de noite com os responsáveis dos alunos e de noite com o fechamento de notas, chegaria em casa mais cansada que o normal.



Era aquele horário do meio dia e eu conversava com Emilly, aquela maluca falava cada coisa...



--- O que você vai fazer nesses três dias de folga, Aurora? Ela perguntou enquanto eu olhava meu novo horário de aulas.



--- Eu não sei... acho que vou passar dormindo pra ser bem sincera. Céus acordando todo dia seis horas e indo dormir meia noite não é bom. Quando não vou dormir lá para as três da manhã com insônia. Disse olhando para ela que por trás dos óculos dava de perceber que olhava para algum garoto bonito.



As reuniões foram como toda reunião é, chatas e enjoativas, tirando a que tive com a minha turma, pois no final acabamos pedindo pizzas e comemos juntos. Cheguei em casa tarde, Michael e Isaac já estavam dormindo completamente lindos.



Tomei meu banho, coloquei minha camisola e me deitei sem acordar Michael. Ele ainda estava de calça social e camiseta social também, parecia ter me esperado. Desliguei o abajur e me deitei.



Acabei pegando um livro e ligando o abajur, pois eu não conseguia dormir. Minha cabeça estava a mil aquela hora ainda. Quando eu consegui pegar no sono eram quase cinco horas e como eu já estava acostumada a acordar as seis eu dormi menos de uma hora e logo tive que levantar.



Michael quando acordou me disse que havia reservado uma mesa para nós em um restaurante e disse que depois poderíamos ir em algum parque.



Como eu estava aqueles três dias de folga não custaria sair com meu marido e meu filho aquele dia.



O restaurante em que fomos era realmente muito chique e assim que chegamos logo fomos abordados a uma bela e bem arrumada mesa no último andar, lá era mais tranquilo e bonito com certeza.



--- Amor, você acredita que a minha turma noturna foi a que tirou notas mais altas? Estou tão orgulhosa deles... a diretora havia me dito que história era o que menos interessava á eles. Você precisa ver minhas turmas. Falei orgulhosa enquanto Michael limpava a boca de Isaac que estava suja com molho do macarrão.



--- Mesmo? Que bom, fico feliz por você. Isaac também teve reunião essa semana, eu quase não pude ir, mas a professora dele disse que era de grande importância. Michael disse aquilo me deixando sem palavras.



Céus! A reunião de Isaac! Droga que mãe eu sou? Pensei arrependida por ter esquecido pela primeira vez algo de meu filho e uma lágrima inundou meus olhos, mas não queria mostrar minha irresponsabilidade ali e nem agora.



Eu nunca havia esquecido nenhuma reunião de Isaac na escola, nunca havia esquecido quando prometíamos a ele que o levaríamos a algum lugar se tirasse notas boas nas provas.



Depois de almoçarmos Michael decidiu irmos caminhar em um parque ali, fazia quase três meses que nós não saíamos assim e aquele dia foi ótimo, mas quando cheguei em casa lembrei de que tinha que preparar minhas aulas, não queria deixar nada acumular.



Eu cheguei em casa e logo fui para meu pequeno escritório onde havia minha bagunça da escola. Peguei meu caderno onde eu anotava cada assunto das aulas de cada turma.



Estava concentrada resumindo um texto de um dos meus livros quando escuto batidas na porta. Demorou até que eu realmente me desse conta de que alguém batia.



--- Entre. Eu disse sem olhar quem era.



--- Amor, podíamos subir e aproveitar um pouquinho. Michael falou chegando por trás de mim e beijando meu pescoço me fazendo se arrepiar, mas eu estava tão concentrada ali que mal entendia o que ele falava.



--- Eu realmente gostaria meu amor, mas tenho que preparar os conteúdos para a próxima semana. Eu disse ainda sem olhá-lo.



--- Tem certeza? Acho que você precisa descansar, vamos subir e daí podemos assistir um filme, e quem sabe né... Ele disse me fazendo entender o que ele queria, mas meus pensamentos realmente estavam longe dali.



--- Chame Isaac, não posso subir agora. Tenho que resumi uns textos aqui e preparar atividades para meus alunos. Eu disse vendo sua silhueta encarar a janela.




--- Está bem, sei que seus alunos são algo importante pra você agora. Vou assistir o filme com Isaac. Ele disse apenas isso e saiu sem falar mais nada. Me deixando presa em meus pensamentos, com o tom de sua voz eu me senti culpada, meu coração dizia algo e minha mente dizia outra coisa totalmente diferente.

Capítulo 17



Na sala dos professores vendo Emilly fazer sem lanche enquanto eu olhava meus e-mails calada.



--- O que foi Aurora? Parece cansada sabia? Ela falou logo dando um gole em seu suco.



--- Eu? Por que achas? Eu perguntei a olhando enquanto ela comia ali na minha frente.



--- Sei lá, ultimamente anda calada, parece estressada. O que fez no último final de semana? Afinal o que fez no mês de férias? Ela perguntou olhando fixamente em meus olhos e eu pensativa procurava a resposta.



--- Eu saí com Michael, preparei as aulas, deixei tudo organizado. Bom, foi ótimo. Fui no shopping com a mãe de um amigo de Isaac. Eu falei fugindo do olhar dela, pelo jeito lá viria “bomba” como dizem.



--- Aurora, eu sei que você está mentindo. Eu sei que passou a metade do tempo estudando, preparando aulas e corrigindo trabalhos. Você raramente tem saído, eu sei disso vejo em seus olhos. Eu só vejo você falar da escola. Quanto tempo faz que não tem um momento a sós com Michael? Ela perguntou olhando em meus olhos e eu fugia do seu olhar.



--- Oras nós saímos, jantamos juntos e... Eu não terminei, pois ela me interrompeu.



--- Você entendeu! Estou lhe perguntando quanto tempo faz que você não transa! Vejo você falar sobre tudo, menos sobre seus momentos com seu marido. Fala sério Aurora, não transa a meses não é? Ela falou aquilo me deixando com vergonha e eu me irritei com ela.



--- Ei que tipo de amiga é você? Se você não sabe não vou sair por aí falando quantas vezes eu transo e nem se eu transei ou deixei de fazer... aff para de cuidar da minha vida! Eu disse fechando meu notebook com força e me levantei arrumando minhas coisas em minha bolsa para sair dali.



--- Eu sei porque você está assim. E me deixe lhe falar algo, muito de tudo é ruim, mas sem nada é pior ainda! Ela falou segurando em meu braço e eu a encarei com raiva.



Eu estava com tanta raiva dela que a deixei com seus sermões para trás e fui logo para minha sala, esperaria meus alunos lá.



A aula não demorou a começar e a raiva que eu fiquei de Emilly cada vez aumentava. Naquela aula passei um simples trabalho e desci e pedi a diretora um remédio para dor de cabeça, senão eu tinha certeza que a minha iria explodir.



Mais tarde na hora de ir embora eu rejeitei a carona de Emilly e peguei o ônibus no outro lado da avenida. Eu não ligaria para Michael 11 horas da noite para vir me buscar, porém me arrependi quando vi o ônibus lotado.



Quando cheguei em casa faltavam poucos minutos para a meia noite, comi uma panqueca, parecia que Michael havia feito. Subi para meu quarto e quando abri a porta vi Michael e Isaac dormindo mais que lindos.



Tomei um banho demorado e quente, tive que acordar Michael para levar Isaac para seu quarto e meio sonolento e tonto ele foi.



Eu passei minha loção e vi Michael deitar e olhar para mim. Tirei meu roupão e o pendurei no cabide. Desliguei o abajur e me deitei ao lado de Michael virada para o porta janelas olhado o brilho da lua que entrava no quarto e o deixava claro.



--- Está tão cheirosa. Michael falou me encochando e beijando meu pescoço.



Eu nada falei apenas senti suas carícias. Ele estava beijando meu pescoço e já levantava minha camisola. Acariciava minha coxa e ia para meu bumbum e eu nada fiz, só sentia minha cabeça doer.



E foi quando eu o senti apertar meus seios e esfregar sua ereção em meu bumbum que eu me liguei ali no que ele queria.



--- Por favor Michael, me deixe dormir. Eu disse afastando suas mãos e abaixando minha camisola.



--- Oh Aurora, não me negue isso de novo. Ele dizia cada vez mais avançando.



Minha única opção foi pegar um travesseiro e pôr no meio da cama para que ele não me tocasse. Eu estava morrendo de sono e não queria aquilo naquela noite.



Ele procurou apertar meu bumbum, mas eu batia em sua mão. Ele tentou tirar o travesseiro e aquilo já estava me irritando, poxa será que ele não entende que amanhã ainda terei que dar aula? Pensei ligando a luz do quarto e me levantando irritada.



--- O que você têm hein, Michael? Perguntei esfregando os olhos e o vendo me olhar bravo.



--- O que VOCÊ têm?! Ele falou se sentando na cama e me olhava completamente furioso.



--- Não vê que estou tentando dormir? Amanhã eu acordo seis horas da manhã se você não sabe, e você fica aí dormindo até oito horas! Eu disse andando pelo quarto com raiva.



--- E se você não vê eu sou apenas um homem com vontades que não são saciadas pela minha mulher! Não vê que estou tentando lhe amar? Até quando vai isso, Aurora? Nunca dá pra você. Ah quer saber? Vou ir dormir na sala e deixa você aqui em paz, quem sabe descansa melhor. Ele falou pegando seu travesseiro e seu edredom me deixando na cama sentada com raiva do tom de voz que ele havia usado para falar comigo, mas não falei mais nada apenas desliguei a luz e me deitei para dormir.



Capítulo 18



[By Michael]



Estava começando a ficar com raiva de Aurora, ela nunca tinha tempo para nada. Nossa vida de família e nossos momentos a dois estavam em último plano para ela, estava a ponto de fazer uma loucura. E infelizmente foi o que eu acabei fazendo.



Como todos os dias eu me levantei, me arrumei e fui para o trabalho. Cumprimentei senhorita Macri e hoje eu faria algo que jamais teria pensado em fazer em minha vida durante todos esses anos com Aurora.



--- Senhorita, você vai sair hoje meio dia para fazer algo muito importante? Perguntei fingindo ler algum e-mail enquanto eu á vi entrar em minha sala com algumas cartas na mão.



--- Não senhor, gostaria de algo? Ela perguntou separando as cartas e as colocando sobre minha mesa.



--- Será que você poderia me acompanhar em um almoço hoje? Eu perguntei direto, não queria enrolar muito.



--- Claro! Estarei ansiosa por isso. Ela falou sorrindo para mim me tirando de meus eixos.



É ultimamente eu andava assim era só uma mulher olhar para mim e eu me excitaria fácil.



As horas pareciam não passar naquele relógio de parede em meu escritório. Quando faltavam 30 minutos para o meio dia fui ao banheiro e vi como estava meu visual aquela manhã. Eu não chegaria direto exatamente ao ponto com ela, mas iria a conquistar para fazer algo aos poucos.



Arrumei meus cabelos e os prendi em um simples rabo de cavalo. Abri alguns botões de minha camisa social, passei um perfume forte e marcante e olhei em minha carteira se tinha algo que todo homem precisa levar onde quer que vá: preservativos. E é claro que eu tinha alguns no carro também... mas não faria aquilo agora, queria apenas que ela se ligasse para meus interesses com ela a jovem as vezes parecia um tanto inocente das coisas.



--- Está pronta? Eu perguntei voltando ao meu escritório e a vi me olhar meio assustada e sentir o cheiro que se exalou ali na sala.



Ela nada disse apenas assentiu. Peguei meu óculos de sol e nos dirigimos até o meu carro logo depois indo para o restaurante onde eu havia combinado a semana inteira para levá-la, mas só havia a convidado agora.



Pedi ao garçom que nos levasse a mesa mais separada e longe de todas e aquela que ele nos levou tinha a melhor vista da bela cidade de Los Angeles agora.



Nos sentamos e vi ela analisar cada centímetro daquele lugar parecia estar surpresa e nunca ter ido em um lugar do tipo. Realmente aquele lugar era deslumbrante eu havia levado Aurora duas semanas atrás ali, mas ela não soube aproveitar as oportunidades.



Eu me sentia culpado por estar me interessando em Macri agora, eu sabia que não era uma coisa certa a se fazer, mas Aurora não tinha mais tempo para mim. Estava sempre com pilhas e pilhas de coisas para fazer. Eu olhei as horas em meu relógio em meu punho e percebi que estava com minha aliança, eu a tirei, não queria que Macri pensasse que eu fosse um baita de um sem vergonha, mas sim um homem que precisava ter uma forma de saciar seu desejo. E para que melhor do que com uma secretária simplesmente linda e solteira?



Estava com tanta raiva de Aurora sempre simplesmente me rejeitar que com um simples olhar de Macri eu já me sentia com prazer.



Pedi o que comeríamos e não demorou a chegar e comermos enquanto conversávamos. Ela não havia se ligado ainda dos meus planos com ela, achava que era um convite de chefe para funcionário para um simples jantar, mas eu teria que falar a ela e sabia que ela não me rejeitaria. Eu sabia que minhas funcionárias sempre me olhavam diferente, principalmente essa minha secretária e eu podia perceber que ela tremia.



Ela me olhava e sorria lindamente e eu não podia acreditar que eu estava começando a me apaixonar por ela e... eu estava esquecendo Aurora! E eu senti que se não tivesse na frente de Macri eu teria chorado.



--- Então... esse convite aqui que fiz a você tem outros propósitos além de nosso trabalho. Falei tocando meu queixo com meus dedos fazendo ela me olhar pensativa.



--- Oh senhor Jackson, poderia me dizer então? Ela disse um tanto sedutora e eu desconfiei de que ela já suspeitava daquilo.



--- Sabe senhorita Macri venho percebendo que tem me espiado as vezes. E me olhado de certa forma que as vezes eu fico desconcertado. Eu disse no mesmo tom de voz dela e rapidamente passei meus olhos pelo seu decote.



--- Está certo de que tenho o espiado, e eu sei que tem segundos propósitos comigo. Vi o senhor colocando preservativos em sua carteira. Ela falou me fazendo corar com o comentário, não sabia que ela era tão boa assim.



--- Hm... então acho que aceitaria me encontrar hoje a noite em um hotel? Eu falei sorrindo meio amarelo.



Ela pediu o endereço e o número do quarto e eu a dei, voltamos ao trabalho e sem deixar ninguém perceber que tínhamos chegado juntos.



Mais tarde eu fui para casa sabia que Aurora só chegaria tarde então eu iria até o hotel e chegaria antes dela.



Vi Isaac jantando na cozinha e eu subi para me arrumar. Depois que me arrumei eu desci e disse que iria em um reunião, é eu menti para meu filho. Beijei sua testa e saí rápido, pois estava meio atrasado já.



Cheguei no belo hotel que eu havia reservado a semana inteira e subi rapidamente para o quarto. Pedi algumas bebidas e morangos, queria causar uma boa impressão nela fazendo ela acreditar de que não se arrependeria de ter aceitado meu convite.



Eu havia pedido para que ela chegassem em torno das oito horas, queria aproveitar ali o momento com ela e ainda teria que chegar em casa antes de Aurora.



Eu estava sentado na sacada observando a noite e tomando uma das bebidas que eu havia pedido, as vezes impaciente eu me levantava e ia até o espelho sempre arrumando minha roupa e olhando meu cabelo.



Eu havia pensado várias vezes em ligar para ela, mas sabia que era apenas minha ansiedade.



Será que todos homens ficam nesse estado? É isso que dá falta de sexo, Michael. Pensei pegando um morango e o comi.



Os minutos se passaram demoradamente parecia que o ponteiro se rastejava, até que eu escutei a campainha tocar.
Me levanto rapidamente e vou até lá ajeitando meus cabelos e minha roupa queria causar a melhor das impressões, mas quando eu abri a porta não era quem eu esperava.

Capítulo 19



[By Michael]



--- Olá deixaram isso na recepção para o senhor. Um homem bem arrumado e com o uniforme do hotel falou quando eu abri a porta e o olhei assustado, não era você quem eu esperava meu camarada.



Ele me entregou um pequeno envelope e saiu sem me dar mais satisfações me deixando cheio de dúvidas e com a cabeça um tanto confusa.



Fechei a porta e fui até o sofá daquele enorme e luxuoso lugar e me sentei colocando meus pés sobre uma mesinha ali. Abri o envelope e li atentamente o que ele dizia.



--- Mas o que? Como assim? Falei sozinho ao ler o que ela havia escrito.



Era da senhorita Macri, disse que não poderia me encontrar e pedia desculpas por não ter me ligado mais cedo. Estava escrito que houve um pequeno imprevisto e ela não pode me avisar antes.



--- Como ela ousou me deixar plantado aqui? Aff. Eu falei novamente sozinho pegando minhas coisas e já me arrumando para sair dali, não acreditava que teria que esperar mais alguns dias para poder tê-la em meus braços.



O desejo e a vontade de ter uma mulher em meus braços estava me deixando louco.



Eu peguei minhas coisas e fui para casa, para minha sorte ainda eram 10 horas da noite e demoraria ainda para Aurora chegar, como sempre ela só pensava em seu trabalho agora.



Passei no quarto de Isaac e o vi dormir parecia ter o sono leve. Dei um beijo em sua testa e deixei um pequeno bilhete dizendo que o amava, se sua mãe não se lembrava mais dele eu lembrava!



Ela estava me perdendo aos poucos e acho que não se tocava disso. Parecia que seu trabalho era algo muito mais importante do que sua família, é ela estava colocando seus alunos em primeiro lugar em sua vida. Eu não á via mais brincar com Isaac em suas folgas, não escutava mais ela dizer que queria ir em algum lugar diferente, não escutava ela mais falar de Emilly e muito menos escutava ela dizer “eu te amo” como sempre fazia. A única coisa que eu tinha que aturá-la era ouvir ela falar de seu trabalho toda hora, do empenho de seus alunos e as coisas boas que faziam, enquanto o que eu fazia para agradá-la era totalmente esquecido.



Eu decidi ir tomar um banho demorado em nossa banheira que nem se quer tive ainda a oportunidade de amar Aurora ali.



Eu fechei meus olhos e imaginei senhorita Macri em minha frente, nua, piscando para mim e fazendo coisas que deixam um homem com tesão.



Quando abri meus olhos eu levei um susto pelo tamanho de minha excitação. Tratei de tomar um banho de água fria para dar um jeito naquilo.



Logo que sai do banheiro eu escutei o telefone residencial tocar. Peguei ele e me deitei na cama, era uma mensagem de Aurora dizendo que chegaria mais tarde que o normal.



Novidade, eu quero é novidade Aurora! Pensei irritado e disquei o número de Emilly.



Para Aurora não estar falando de Emilly, só podia ser porque haviam se desentendido. E então, eu liguei para ela. Demorou a atender, mas atendeu.



--- Aurora? Não venha me dizer que depois desse tempo todo que me ignorou vai me pedir desculpas por telefone?! Ela falou completamente irritada e com um tom alterado e ali tive a confirmação de meus pensamentos anteriores.



--- Não Emilly, aqui é Michael. Aurora não chegou ainda. Eu falei no meio tempo que ela parou de falar para respirar.



--- Ah sim, me desculpe Michael. Falou meio sem graça e normalizou sua voz.



--- Oh não, sem problemas. Vejo que você se desentendeu com Aurora, também estou muito chateado com ela. Eu disse passando os olhos no quarto e observava minha silhueta na parede.



Ela não me contou o principal motivo, mas falou que Aurora havia mudado muito desde que ela havia a conhecido. Me contou que ela estava negando sair com ela e sempre dizia estar cheia de coisas para fazer.



Eu acabei contando para ela sobre Macri, ela nada falou e disse que nem havia chances dela contar para Aurora, pois ela estava a ignorando a dias, não falava com ela e nem a olhava na face.



Aurora as vezes parecia aquelas adolescentes mimadas que quando negamos algo fazem birra e nos ignoram até que nós peçamos desculpa mesmo que ela que esteja errada.



Eu conversei com Emilly por algumas horas e fui dormir e nada de Aurora chegar, quando eu olhei a hora em meu celular e ia ligar para ela onde estava escutei ela subindo as escadas. Quando ela entrou no quarto não deixei ela notar que eu ainda estava acordado. Eu olhava para ela e via um ser completamente exausto do dia que teve.



Estava com seus calçados nas mãos, cabelos bagunçados e a roupa já estava até amassada, parecia um homem com ressaca e me segurei para não brigar com ela aquela hora da madrugada.



Ela jogou seus calçados em um canto qualquer e tirou seu casaco o pendurando no cabide. Eu a vi descer e pensei que fosse para jantar, mas ela demorou mais que o normal e eu acabei pegando no sono.



Eu escutei o celular dela despertar e eu me levantei para desligá-lo, eram seis horas da manhã e eu sabia que Aurora não havia voltado para a cama ainda.



Eu desci até seu escritório e lá estava ela debruçada sobre papéis e livros espalhados sobre a mesa e uma pequena xícara de café. Eu desliguei a luz do pequeno abajur e vi que ela acordou quando percebeu minha presença ali.



--- Eu já vou subir Michael. Ela falou sonolenta ainda debruçada ali.



--- Já vai subir... pra que? Para se arrumar para ir trabalhar? Eu falei indignado e ela esfregou seus olhos.



--- Não! Para dormir. Ela disse olhando para mim com dificuldade.



--- Seis horas da manhã? Não seria hora de você estar se levantando para trabalhar? Eu disse ainda irritado e ela deu um pulo da cadeira.



--- O quê? Seis horas? Já? Meu Deus! Ela falou se levantando dali depressa e já saía em rumo as escadas.



--- Então é assim? Você chega em casa duas horas da manhã, ainda vem corrigir trabalhos e não dorme, não fala comigo nem com Isaac... é assim Aurora? Até quando vai levar as coisas desse jeito hein Aurora? Eu disse subindo as escadas atrás dela e ela bufava com raiva também.



--- Aff Michael, não comece já cedo com esses seus sermões sem sentindo, okay? Eu estou cansada e tenho que me arrumar para ir trabalhar. Então se me der licença! Ela disse entrando no banheiro do nosso quarto rapidamente e fechando a porta com força na minha cara.



O que ela acha que está fazendo? Será que não percebe que está a cada vez mais distante de sua família?



Eu não fiquei no quarto, sabia que quando ela saísse do banheiro novamente iríamos discutir e eu não queria fazer escândalos aquela hora não queria assustar meu filho que dormia tranquilamente sem saber que sua mãe nem se lembrava mais de dá-lo um beijo na testa e dizer que o amava.



Eu me arrumei cedo também e fui para meu trabalho aquela casa me trazia solidão e muita raiva quando eu lembrava que para Aurora estar na sua escola dando aula era melhor que estar comigo e com Isaac.



Capítulo 20



[By Michael]



Naquela manhã eu nem tive coragem de olhar na face delicada de meu filho, saí antes mesmo que ele acordasse.



Quando eu cheguei em meu escritório estava apenas senhorita Macri ali, sentada na minha mesa de uma forma sexy com o telefone no ouvido e parecia falar com John.. Eu passei por ela e me sentei em minha cadeira e ela me deu o telefone.



Era John me avisando de que iria ali mais tarde para levar alguns papéis, eu na verdade quase nem prestei atenção no que ele disse, apenas assentia, só conseguia observar as pernas de Macri que estavam cruzadas de uma maneira sexy e que se eu não estivesse em meu escritório eu teria pegado ela e transado ali mesmo, mas não queria que John me visse com a maior cara de safado mais tarde.



Ela foi fazer algumas coisas na recepção e eu a avisei que quando John fosse embora queria que ela viesse até mim. Queria satisfações sobre o porquê que ela não pode ir.



Não demorei a conversar com John, minha conversa com ele estava realmente fora da minha mente, ele falava comigo e eu não dizia nada apenas afirmava. Vinha toda hora em minha mente as coxas e o bumbum de Macri que eram bem visíveis em sua saia justa.



--- Senhor Jackson? Me chamou? Ela me olhou sedutora entrando em meu escritório me vendo sentado passando os dedos no queixo.



--- Sim, entre e tranque a porta. Preciso de respostas suas. Falei me levantando e fechando as cortinas deixando o local completamente escuro.



Ela fez o que eu mandei e sacou o que eu queria. Se sentou em minha frente com as pernas cruzadas e seus seios pareciam se comunicar com meus olhos e fazer um estrago em meu pênis.



--- Diga. Ela falou abrindo mais um dos botões de sua blusa quando viu que eu olhei seus seios fartos.



--- Quero saber o porquê da senhorita não ter ido ontem no encontro. Eu disse sentindo minha ereção crescer e crescer e... calma aí amiguinho.



--- Realmente me arrependo muito. Meu pai passou mal e eu tive que levá-lo ao hospital. Está internado e só cheguei em casa hoje de manhã. Me desculpe. Ela falou sem olhar para mim e com um tom choroso na voz.



--- Oh me desculpe, está tudo bem. Falei segurando em seu queixo e a olhei em seus olhos que pareciam tristes.



Nos encaramos por alguns minutos e eu comecei a sentir seu hálito perto de meus lábios e não resisti. Beijei sua boca com vontade, uma vontade tão grande e tão entranha que meu pênis estava pulsando só com aqueles beijos.



Coloquei meu notebook para o lado e joguei algumas coisas no chão. Céus eu a quero agora! Pensei quando ajudei ela a se sentar na mesa.



Ergui sua saia e esfreguei minha excitação próximo a sua intimidade e pude sentir que ela estava assim como eu, doida para juntar nossos corpos.



Estávamos tão loucos ali que ela estourou alguns botões de minha camisa e arranhou meu peito. Eu estava segurando em sua cintura quando minhas mãos foram em direção aos seus seios. Eu abri e por sorte o fecho era na frente onde eu abri sem mesmo precisar tirar a blusa dela.



Oh my God! Quase gozei quando vi seus seios na minha cara! Sem pensar eu já os colocava em minha boca e saboreava de cada um.



Ela com dificuldade abriu meu cinto e abriu minha calça, mas quando foi abaixar minha boxer a droga do telefone tocou, eu não queria atender, mas estava me irritando e eu tive que atender.



--- Senhor Jackson, um cliente está sendo encaminhado para o escritório do senhor. A recepcionista falou me fazendo dar um murro na parede e apertar meu membro por cima da cueca de tanta raiva.



Eu desliguei o telefone sem nada dizer. Comecei a me arrumar rapidamente e falei para Macri que acabaríamos aquilo de noite. Eu apertei os seios dela mais uma vez e quando ela terminou de puxar sua saia para baixo o cliente bateu na porta e eu a abri deixando Macri sair com a cara mais lavada de todas e a minha então nem se fale.



Droga, as coisas estão no chão. Pensei quando vi canetas e folhas espalhadas pelo chão.



--- Desculpa senhor, o vento estava forte essa manhã, acabei de chamar minha secretária para me ajudar a arrumar essa bagunça. Eu menti e vi o meu cliente olhar para a janela e é claro ele a viu fechada e vi em seu olhar que desconfiou de algo.

Capítulo 21



Já se faziam quase dois meses que eu havia brigado com Emilly e não me arrependia de nada ainda. Eu sabia que ela tinha ido longe demais com aquilo e ela também. Havia tentado me pedir desculpas várias vezes, mas sempre recusei, não queria uma amiga que ficasse cuidando de minha vida pessoal com meu marido.



Michael estava meio estranho durante esses dias, chegava mais tarde em casa e dizia que sempre tinha reunião.



As vezes eu podia sentir que Michael estava me evitando, ele não olhava mais em meus olhos, não conversava mais comigo e nem mais seus sermões eu estava escutando. Podia ser coisa da minha cabeça, mas ele estava me tratando diferente.



Se não fosse Isaac em minha vida as vezes podia jurar que meu casamento não ia longe, mas eu acho que na verdade do que eu estava precisando era de um final de semana com eles de volta.



Eu raramente agora via Isaac acordado, só tomava café com ele nos domingos e olhe lá. Eu me sentia feliz e triste ao mesmo tempo, parecia que uma culpa vinha sobre mim, mas acho que é por falta de conversar com alguém que me dê conselhos.



Depois de um dia de trabalho finalmente eu voltava para minha casa, tive que enfrentar um ônibus lotado, mas não dei importância para aquilo logo chegaria em casa e descansaria como sempre.



Eram mais de 11 horas da noite e eu chegava já em casa com minhas bolsas nas mãos e subia as escadas de minha casa. Estava tudo apagado, mas quando cheguei perto de nosso quarto pude perceber que a TV ainda estava ligada.



Eu abri a porta lentamente para que não fizesse barulho, as vezes Michael já estava dormindo. Mas foi quando eu abri e pude perceber o que se passava ali.



Eu não posso acreditar! Eu pensei deixando minhas bolsas caírem no chão, minha fisionomia agora era completamente assustada.



Michael estava sentado na cama completamente nu, parecia até estar sobre efeitos de álcool. Michael estava se masturbando, pela primeira vez desde que eu o conhecia aquilo nunca me pareceu tão vergonhoso e assustador. Ele se masturbava como um louco por sexo, e gemia ao assistir aqueles filmes pornôs que eu nem sabia que ele tinha.



Demorou um tempo para ele perceber que eu estava ali escutando ele gemer, mas o que me deixou assustada mais ainda foi ele gemer o nome de outra mulher.



--- Aurora? Ele perguntou parando o que fazia e me olhou ali, parecia não me esperar chegar ali.



Eu nada disse apenas deixei minhas bolsas ali e sai correndo chorando. Eu não podia acreditar naquilo, será que Michael me traía e eu nem sabia disso? Quem seria a tal Macri na qual ele tanto gemia por ela? A única coisa que eu sabia agora era que eu estava assustada e que meu marido se sentia atraído por outra.



Eu me deitei no sofá e me encolhi, eu não consegui dormir apenas passei a noite inteira chorando. Michael não veio atrás de mim e eu nem queria que ele viesse.



No dia seguinte pela manhã quando eu subi para o nosso quarto, na verdade quando eu criei coragem para subir ele já não estava mais lá. Eu me arrumei e com um óculos de sol cobrindo o inchaço de meus olhos eu fui trabalhar, estava perdida e todas as vezes que eu tentava explicar algo de minha matéria eu gaguejava.



Eu não quis que aquele dia se passasse tão rápido, eu não queria voltar para casar e encarar Michael. Eu não queria mais chamá-lo de meu amor sabendo que ele desejava outra mulher. E pela primeira vez em minha vida durante esses anos com Michael me senti a mulher mais triste de todas.



Eu cheguei em casa mais cedo, disse a diretora que estava com dor de cabeça e não conseguia pensar direito. Pedi que me deixasse ir embora mais cedo.



Quando eu cheguei eu vi o carro do senhor John em nosso quintal, era normal aquilo, mas não sabia que aquela hora da tarde ele estaria ali. Parecia estar na sala com Michael e pude perceber que Isaac também já havia chegado da aula. Eu não fui até á sala, sabia que o que Michael conversava com John em particular era apenas para os dois saberem.



--- Mamãe! Isaac falou me despertando de meus pensamentos tristes e eu não tive como não sorrir quando o vi correr até mim com os braços abertos.



Ele pulou em mim e eu o abracei, acabei chorando quando senti seu cheirinho e a maciez de seus cachinhos sem que ele percebesse.



--- Eu te amo tanto meu bebê. Falei ainda abraçada a ele enquanto eu podia sentir ele mexer em meus cabelos enquanto eu derramava minhas lágrimas, as vezes eu encontrava força para viver em Isaac.



Quando vi que Michael e John estavam vindo em nossa direção eu tratei de colocar Isaac no chão e discretamente limpar minhas lágrimas.



--- Boa tarde, Aurora. John disse apertando minha mão e sorrindo para mim.



--- Boa tarde, John. Eu disse sem olhá-lo nos olhos e sorri mesmo sem querer.



John deu um beijo na cabeça de Isaac e depois o vi seguir com Michael para fora da casa. Eu apenas subi para meu quarto e tomei um banho, eu não questionaria nada á Michael sobre a noite passada, apenas queria que aquilo fosse um sonho.



Eu tomei meu banho e me deitei, peguei um livro para ler e ali eu me distrai algumas horas. Estava concentrada ali e minha dor de cabeça passava conforme eu ia esquecendo ela, porém risadas vindas da sacada me chamavam a atenção e eu fui até lá ver o que era.



E vi uma cena que fazia alguns longos meses que eu não via. Michael brincava com Isaac em nosso jardim. Fazia cócegas nele e as vezes o balançava no alto e eu sorri, a primeira vez que me senti mais feliz naquele dia depois do abraço que dei em Isaac.



Suas risadas agora eram músicas para meus ouvidos até que Michael pode perceber minha silhueta na sacada e desmanchou seu sorriso me encarado, aquilo me deixou pensativa e triste. Ele deixou Isaac lá e o vi entrar a passos largos dentro de casa. E eu senti medo com aquilo.



Capítulo 22



[By Michael]



É alguns dias se faziam depois que eu tinha tentado algo com Macri no escritório. Já tinha a levado para jantar várias vezes, mas ela sempre acabava dando uma desculpa e nós não chegávamos onde eu queria chegar.



Meses depois de ter vivido com Aurora me negando amor, e passando mais tempo com seus amados alunos e esquecendo a mim e á Isaac, eu havia tomado uma decisão.



Eu não queria trair Aurora saindo com Macri as escondidas, mas eu sentia que com Aurora as coisas não tinham mais volta, ela realmente não enxergava que estava nos distanciando cada vez mais.



Naquele dia eu tinha convidado Macri para ir comigo até um barzinho próximo ao escritório depois do trabalho, ela aceitou. Eu não podia mais aguentar aquele desejo que estava dentro de mim. Não podia mais segurar a vontade de ter uma mulher em meus braços.



--- Michael, você me parece bem desejoso sabia? Ela disse aquilo tocando minha coxa por debaixo da mesa e eu me estremeci todo.



--- Você também... estou doido para tê-la. Eu disse sentindo que ela cada vez mais subia sua mão e não demoraria para fazer um estrago em mim.



Quando senti que ela tocou meu membro eu estremeci completamente, peguei em sua mão e sem que as pessoas que estavam ali nos vissem eu a arrastei até o banheiro. Lancei ela contra a porta e a tranquei antes mesmo que ela dissesse algo.



Eu a ataquei em beijos mais que deliciosos e explorava sua boca como se fosse engoli-la. Ela estava com suas mãos em meu peito e eu sentia que ela tentava se afastar de mim, mas dessa vez eu não a deixaria escapar.



Prensava meu membro em seu ventre e ela gemia quando o sentia tão duro e latejante por ela.



Eu estava abrindo sua blusa para tocar em seus seios quando ela segurou minhas mãos e me viu como um bobo doido para satisfazer esse meu desejo.



--- Calma chefinho. Ainda não é hora para isso. Ela falou segurando minhas mãos com força e eu não acreditava que ela escaparia de novo.



Quando fui dar um beijo nela ela virou seu rosto e por pouco não bati minha cara na porta. Ela pediu para que fôssemos com calma, e eu não podia mais entender aquilo.



Eu novamente tentei investir nela, mas ela me empurrou contra a parede abriu a porta daquele banheiro e saiu me deixando ali pensativo. Será que tanto tempo sem sexo havia me deixado ruim?



Eu arrumei meu paletó para que ninguém percebesse minha ereção e fui até o balcão pagar as bebidas. E parti dali para casa, eu teria que terminar aquilo sozinho ou eu ficaria maluco!



Quando cheguei em casa a primeira coisa que eu fiz foi ir direto para meu quarto. Fechei a porta, peguei um de meus DVDs, me despi e fiz o que qualquer homem faz quando está com desejos e não tem mulheres para supri-los.



Só me assustei quando vi Aurora ali me assistindo fazer aquilo, eu estava bêbado, mas eu me lembrava completamente da merda que eu havia feito.



Na manhã seguinte eu saí cedo, precisaria falar com John. Macri as vezes passava em frente minha sala, mas não entrava e eu também queria descobrir o porquê dela estar me enrolando tantas vezes.



Eu liguei para John de tarde e pedi que fosse até minha casa, eu estava com algo na cabeça e eu realizaria aquilo.



--- O que você está querendo dizer com isso, Michael? John perguntou sentado a minha frente me olhando seriamente.



--- John eu estou pedindo para que arrume toda a papelada que eu preciso. Estou decidido. Vou dar um fim nisso. Quero me divorciar! Falei com raiva e alto e ele arregalou os olhos quando eu abri aquele jogo para ele. É eu faria aquilo depois de anos pensando que eu nunca viveria aquilo.



--- Como assim cara? Está me dizendo que não quer mais viver com Aurora? A mulher que você mais ama nessa vida. Ele disse ainda não acreditando e seria a mesma reação ou pior um pouco a de Aurora.



--- Eu amo minha mãe, Aurora está cada dia se distanciando de mim. Não quero que meu filho cresça e se traumatize com as brigas dentro de casa que eu estou tendo ultimamente com Aurora. John, por acaso você sabe o que é estar mais de sete meses sem transar? Eu falei cada vez mais irritado, ele era meu advogado e iria fazer aquilo ele querendo ou não.



--- Me disse que está saindo com Macri. Pode sair com ela sem que Aurora descobra. Ele disse sorrindo meio amarelo, sabia que eu iria reclamar com aquilo.



--- John, assim como eu não gostaria de ser traído eu não quero traí-la. Estou apenas pedindo que organize as coisas para mim. Quero me divorciar. Eu e Aurora não estamos mais dando. Eu disse lembrando de todas as vezes que tive que sair a sós com Isaac porque Aurora tinha coisas da escola para fazer.
Enquanto John abria sua maleta e pensava silenciosamente eu olhava para a janela e vi Aurora chegando do trabalho, é hoje ela chegou mais cedo, mas já era tarde demais.
--- Tem pressa com esses papéis? John perguntou me despertando de meus pensamentos.
--- Não, mas ao mesmo tempo sim. Estou me envolvendo com Macri e gostaria de estar livre para fazer isso. Eu falei passando a mão em meus cabelos.
John me disse algumas coisas ali que de início teria que fazer e uma das primeiras coisas seria contar a Aurora. E ao longo do tempo cuidaríamos sobre quem deveria ficar com a guarda de Isaac, eu não tiraria Isaac dos braços da mãe sendo tão pequeno como é, mas ele teria total liberdade para escolher.
Abri a porta de meu escritório e pude ver Aurora abraçada a Isaac, aquilo partiu meu coração e se John não estivesse ali eu teria chorado igual uma criança.
Ela logo tratou de colocá-lo no chão e nós fomos até ela, John a cumprimentou sorrindo e com um aperto de mão, enquanto eu nem a olhei nos olhos.
Eu vi que ela logo subiu e eu fui com John até seu carro com Isaac, ele não demorou a sair de minha casa, precisava resolver algumas coisas, entre elas os papéis para o divorcio.
Assim que John saiu eu olhei para o nosso jardim e vi Isaac brincando, não tive como me segurar e eu fui até ele e o abracei. Ergui ele em meus braços e ele dava risada alta assim como eu também fazia agora. Beijava sua testa e bagunçava seu cabelo e ele ria me deixando feliz por alguns minutos naquela semana.
Eu olhei para a sacada e vi a silhueta de Aurora, o que fez eu desmanchar meu sorriso quando vi que ela sorria com nós ali. Eu ainda teria que falar com ela e não seria fácil para mim.
Deixei Isaac ali e entrei rapidamente em passos largos.
Entrei no quarto e vi Aurora sentada na cama lendo um livro, parecia ter tido um dia cansativo assim como todos os outros. Quem olhava para ela sabia que estava esgotada.
--- Aurora, preciso falar com você. Eu disse me sentando na ponta da cama e a olhando sério.
--- Diga. Ela disse em um suspiro, marcou a página do livro na qual ela lia e o colocou fechado ao seu lado na cama.
--- A meses eu venho analisando nossa relação e acredito que não está das boas. Você normalmente tem esquecido de nossa família. A pequena família que construímos até aqui. Temos brigado muito ultimamente e você sabe que é verdade tudo o que eu tenho lhe dito, apenas não aceita. Eu falei depois de longos segundos a encarando e pensando no melhor jeito de dizê-la aquilo.
--- O que está querendo dizer com isso Michael? Ela perguntou franzindo o cenho e me olhando como se não soubesse o que viria pela frente.
--- Aurora, eu quero nosso divórcio. Eu disse a olhando nos olhos, queria que ela soubesse que o que eu falava não era mentira e sim a mais pura verdade.
Ela me olhou, suspirou e ficou pálida. Seus olhos estavam arregalados e sua boca aberta parecia que ia ter um troço ali em minha frente.

Capítulo 23
Tive um choque quando Michael me falou aquilo, era aquilo verdade? Ele tinha certeza do que ele tinha falado?
--- Co... como assim... Mi... Michael? Está de brincadeira não está? Perguntei gaguejando e já temendo que realmente fosse verdade.
--- Não Aurora, eu estou falando sério. Você está esquecendo de que tem um lar, uma família e pessoas que precisam do seu amor enquanto só sabe viver para seu trabalho. Eu quero nosso divorcio. Já falei com John hoje e ele irá cuidar da papelada necessária. Ele falava aquilo sempre olhando em meus olhos e eu não podia acreditar no que eu ouvia.
--- Michael, nós podemos tentar de novo. Por favor, me dê mais uma chance. Eu falei com algumas lágrimas prontas para caírem, mas eu as segurei até onde pude.
Eu estava perdendo minha família e não estava vendo. Não era só meu marido, era a pessoa que depois de meus pais foi o que mais me ensinou e me amou até aqui. Michael havia me dado Isaac, a melhor coisa que eu tinha em minha vida. E era por ele e por Isaac que eu lutava, mas infelizmente minha luta estava sendo em vão.
--- Aurora quero que fique claro, o que nós temos está acabando aqui. Você sabe que errou, eu tentei por muito tempo, eu esperei novas mudanças em você, mas não aconteceu. Você apenas promete e não cumpre. Não quero passar o resto de minha vida assim, ao lado de uma mulher que só sabe trabalhar e esquece de sua família. Ele falava e falava enquanto em meus pensamentos eu me culpava por tudo que eu havia feito e deixado de fazer nos últimos meses, Michael tinha razão, mas demorou para que eu percebesse isso.
--- Michael, mas por que você diz isso? Está com outra não está? Diga a verdade! Eu sei que eu errei, mas podíamos tentar sair ou... Falava, porém ele não havia me deixado terminar.
--- Aurora, eu não quero brigar com você agora, okay? Darei tempo para que você. Não vou tirar Isaac de você, irei deixar você ficar com a nossa casa e o carro. Darei um jeito de comprar um apartamento e um novo carro. Assim que os papéis forem organizados por John aviso você. Ele continuava falando enquanto eu só escutava e segurava minhas lágrimas, não queria demonstrar minha fraqueza a ele.
Eu o vi se silenciar por alguns minutos e ia em direção a porta, mas eu o chamei.
--- Michael. Falei quase sem forças e com a voz embargada.
--- Sim? Ele olhou para trás me vendo com algumas lágrimas já banhando meu rosto.
--- Não diga nada a Isaac. Por favor. Eu pedi, pois sabia que quando um casal se separava a primeira coisa que afetava era a vida de seus filhos e eu não queria aquilo para Isaac.
--- Ele percebe mais que nós. Nosso filho é inteligente Aurora. Não direi nada, mas não vai demorar para que ele perceba. Ele disse fechando a porta e saindo dali.
Eu corri para o banheiro. Me tranquei lá e me desmanchei em lágrimas. Eu precisava de um abraço amigo agora, precisava de palavras para que me confortassem em meio aquilo e as únicas pessoas que podiam fazer isso eu havia perdido.
Eu fiquei tanto tempo ali que acabei nem me dando conta de que eu havia cochilado só acordei quando alguém bateu na porta.
--- Mamãe? Está aí? Isaac perguntou com sua voz doce e eu me lembrei de que eu ainda tinha ele, por mais que eu tivesse esquecido dele de certa forma, ele ainda estava li.
--- Oh meu amor estou sim. Eu disse tentando não deixar ele perceber que eu havia chorado pelo tom da minha voz.
--- Está tudo bem? Precisa de ajuda? Quer que eu chame o papai? Ele perguntou carinhoso, mas eu teria que mentira não queria que meu filho visse que eu havia chorado a noite inteira.
--- Não querido. Eu estou bem. Já estou saindo. Me espere na cozinha, vamos tomar café juntos hoje. Eu disse percebendo que se ele estaria ali aquela hora era porque já deveria ser de manhã cedo.
Lavei meu rosto e vi que meus olhos novamente estavam mais que inchados. Só abri a porta quando notei a ausência dele ali e eu me arrumei, depois de uma notícia daquela a melhor coisa que eu fazia era me distrair com meu trabalho ou choraria o dia inteiro.
Eu me arrumei, desci e tomei café com Isaac, ele estava sorridente e parecia ter dormido bem. Ele não sabia que seu pai não havia dormido em casa, pois as vezes Michael também saía antes que ele acordasse o que seria mais fácil de eu explicar á ele.
Depositei um beijo em sua testa e o desejei boa aula. Me dirigi até a escola e sem rumo eu andava ali pelas ruas movimentadas de Los Angeles, quando eu entrei na sala dos professores apenas Emilly estava ali, eu não me segurei. Eu corri até ela e chorando me aconcheguei em um abraço amigo e confortante. Deixei todo meu orgulho de lado, agora eu precisava dela e errava por procurá-la apenas nesse momento.
Capítulo 24



Ainda nos braços de Emilly eu chorava feito criança sem doce. Eu não tinha mais forças para guardar aquilo para mim e eu estava precisando dela naquela hora.



Ela me abraçou e acariciou meus cabelos sem ao menos saber o porquê de eu estar naquela situação.



--- Aurora, o que há com você? Precisa me contar. Ela dizia passando a mão em minhas costas e beijava minha testa como uma mãe com um filho nos braços que havia acabado de se machucar.



Depois de muitos minutos ali soluçando e percebendo que minhas lágrimas já não mais existiam ela me ajudou a se sentar ali. Pegou um copo com água e me deu, se sentou em minha frente e enquanto eu tomava aquele copo de água trêmula ela colocava mexas de meus cabelos que caiam em meu rosto. Esperando que eu me acalmasse para lhe contar o que havia me deixado daquela maneira.



--- Agora que você está mais calma, eu preciso que você me conte o que aconteceu, okay? Consegue contar para mim? Ela perguntou passando delicadamente suas mãos em meu rosto.



Assenti e soluçava ainda por causa do tempo que eu havia chorado.



--- Emi... Emilly... você... você tinha razão. Me desculpe. Foi o que eu consegui dizer antes de começar a chorar novamente e abraçá-la de novo.



Ela não disse nada, enxugou minhas lágrimas e pediu para que eu continuasse o que eu falava.



--- Emilly, Michael pediu nosso divorcio. Eu perdi meu marido. É tudo culpa minha! Eu me odeio Emilly. Eu dizia aquilo com a maior dor em meu coração e eu sabia que realmente eu era a culpada daquilo.



--- Oh querida, não fique assim. Se acalme, você precisa se acalmar. Está tremendo. Depois você me conta isso direitinho, okay? Ela dizia aquilo tão carinhosa que senti saudade de minha mãe.



Emilly ficou ali comigo até eu parar de soluçar, pediu a diretora que me deixasse ir embora e disse que eu não tinha como dar aula naquele estado. Ela me levou para casa e cuidou de mim, eu consegui contar a ela o que havia acontecido e por milhares de vezes eu pedi perdão á ela.



Eu estava arrependida de não ter dado ouvidos á ela naquele dia, ela tinha razão eu deveria ter pensado em Michael ao invés de só lembrar do meu trabalho, mas agora era tarde.



--- Mamãe? Está aí? Escutei Isaac bater na porta e como estava com dor de cabeça já estava deitada aquela hora e Emilly foi abrir a porta.



--- Entre pequeno, sua mãe está descansando. Ela disse abrindo a porta e deixando ele entrar.



Ele entrou quietinho e sorridente, ainda estava com o uniforme da escola parecia ter acabado de chegar. Seu sorriso era a minha esperança daquele dia e seus olhos minha paixão desde o dia em que eu o peguei em meus braços.



Eu estava com os olhos inchados de chorar e minha face com certeza não era das melhores e eu não queria que ele percebesse aquilo em mim, mas ele era igual seu pai, sempre notava tudo.



--- Mamãe esteve chorando? Foi algo que fiz? Diga e eu não farei mais. Não gosto quando chora. Ele falou se sentando na beirada da cama e me olhava nos olhos enquanto eu ali deitada naquela cama pensava em como seria difícil contar para ele, não queria ser a culpada por apagar o sorriso na face de meu filho.



--- Não meu amor, mamãe está com dores de cabeça, mas logo irá passar. Me conte, como foi seu dia? Eu perguntei arrumando forças nele mesmo para sorrir para ele naquele momento.



--- Foi ótimo, papai foi me buscar na escola hoje. Ele disse passando a sua mãozinha em meu cabelo acariciando delicadamente.



--- Seu pai está? Perguntei com a esperança de que Michael algum momento tivesse mudado de ideia.



--- Ele saiu, disse que tinha reuniões. Falou que ia chegar tarde, mas eu estou aqui com você. Vou cuidar de você. Ele disse sorridente e beijou minha testa.



Eu sabia que Michael não ia ter reuniões, sabia que ele escondia algo, mas o que eu poderia fazer? Ele não era mais meu. Suas atitudes agora não pertenciam mais para mim.


Capítulo 25



[By Michael]
Não tinha sido fácil para mim dizer aquilo para Aurora, eu tive que sair naquele noite. Eu não queria ficar em casa, pois sabia que acabaríamos brigando e brigar novamente não seria bom.
Eu tinha ido a uma boate, é quem diria que eu Michael Joe Jackson estaria frequentando boates depois de 10 anos de casado.
Eu sabia que Aurora ainda estava em meu coração, por ter feito tudo o que já havia feito por mim, mas sentia que meu desejo as vezes falava mais alto e eu me sentia culpado também as vezes.
Eu tinha ligado para Macri e agora estávamos aos beijos em um belo motel na grande Los Angeles. Céus ela estava me deixando louco, aquelas vezes que ela havia saido sem me deixar respostas agora só me faziam sentir mais desejos por ela e com certeza eu já podia sentir que ela era uma mulher quente na cama.
--- Oh Michael... Ela gemia entre nossos beijos mais que fervorosos, eu procurava com minhas mãos seus seios por cima de sua blusa enquanto ela chupava meu pescoço e eu estava ficando louco com aquilo.
Nós estávamos sentados no sofá daquele motel e cada vez que eu sentia ela tocar meu membro com suas pernas eu me excitava cada vez mais. Estava quase chegando ao êxtase só com suas carícias. E ela fazia aquilo muito bem.
Prensava meu pênis próximo a sua vagina, ainda estávamos com roupas e como loucos tentávamos nos livrar delas depressa. Ela abriu minha camiseta e já chupava meu peitoral e eu cada vez mais mostrava a ela que minha ereção estava cada vez mais esperando por ela. Latejava e eu chegava as vezes a apertar meu pênis para que parasse, mas eu precisava dela naquele momento.
Ela estava agora sentada sobre minhas coxas e lambia meu peitoral loucamente enquanto eu gemia, ela traçava um caminho de meu pescoço ao meu umbigo e sabia que algo mais ali ela faria.
Enfim chegou aonde nós mais queríamos, ela rebolou sobre meu membro ainda na calça e sentiu seu volume crescer ainda mais. Vi ela se agachar na minha frente e estava doido para que ela arrancasse aquela calça e o colocasse em sua boca. Só de pensar parecia que eu tinha orgasmos ali.
Ela desceu o zíper lentamente, sempre olhando em meus olhos, mas foi quando ela ia puxar minha boxer que o maldito telefone nos atrapalhou e acabou tirando nossa atenção do que fazíamos.
--- Vamos Macri, continue. Eu disse rouco e notei ela olhar para meu celular que estava em cima da mesinha da sala.
--- É melhor você atender Michael, pode ser alguém importante. Ela disse me fazendo lembrar de meu filho e eu não acreditava que estava mentindo para ele desde que falei do divorcio para Aurora.
Eu me levantei contrariado e peguei meu celular. E caminhei até a sacada do motel, mas só realmente atendi quando Macri foi ao banheiro, não gostava que ninguém ouvisse minhas conversas no telefone.
--- Alô? Michael? John perguntou ofegante parecia ter corrido.
--- John?! Mas o que... que você tem hein cara? Perguntei irritado, ele sempre me atrapalhava quando eu estava concentrado em algo. Já liguei para o escritório e me disseram que você não está! Ele falou revoltado e eu tinha me esquecido completamente de que havia marcado com ele de resolver algumas coisas sobre o divorcio.
--- Onde você está Michael? Preciso que venha pra cá, não posso demorar aqui. Ele tirando minha paciência cada vez mais e eu estava a ponto de explodir.
--- Estou no supermercado, já estou indo a caminho daí. Menti sustentando o celular no meu ouvido com o ombro e fechando o zíper de minha calça com dificuldade por causa da minha ereção que ainda se fazia presente.
--- Está bem, lhe esperarei. Ele disse logo já desligando e me deixando ali cheio de raiva e sentindo meu pênis doer.
--- Está tudo bem, Michael? Macri perguntou me despertando de meus pensamentos quando me abraçou por trás.
--- Preciso ir. Amanhã nos falamos, desculpe por isso. Eu disse me virando para ela, a abracei e dei um beijo demorado.
Nós nos arrumamos rapidamente e descemos como se fôssemos dois estranhos. Entrei no meu carro e eu sabia que teria que ir ao supermercado, já era estranho eu estar indo ao supermercado ainda e seria mais estranho ainda se eu chegasse em minha casa de mãos vazias, então tive que passar no supermercado primeiro.
Comprei algumas guloseimas que eu sabia que Isaac gostava e fui em rumo a minha casa que daqui a uns dias chamaria de a casa da senhora Jackson.
Vi o carro de John parado na frente da casa e eu abri o portão e assim entramos juntos de carro. Assim que saltei eu o vi vir até mim com um ar de cansado e impaciente.
--- Por que demorou tanto cara? Já são quase 11 horas sabia? Ele falou entrando juntamente comigo até meu escritório.
--- Tinha fila cara, é começo de mês. Sabe como é. Eu disse tirando a culpa de eu ter ficado com Macri.
--- Não minta para mim Michael, sei que estava com algumazinha por aí. Não será fácil quando Aurora descobrir. Ele disse aqui me irritando e me fazendo lembrar que por causa dele tive que deixar Macri. E também me fazendo pensar que Aurora agora não tinha nada a ver com isso.
Entramos em meu escritório e eu me sentei na frente dele colocando a pequena sacola com as guloseimas de Isaac ali, ele amaria aqui quando eu dê-se. Hoje como ele não tinha aula acabou indo para um passeio com a turma de Aurora, e eu só sabia que ele tinha ido ao passeio com ela porque liguei para Emilly.
Emilly havia me contado que Aurora estava ficando dura e cada vez mais chata, e eu não entendia aquilo, mas não deveria me preocupar, a única coisa que nos ligaria agora seria nosso filho.
--- Então John, o que tem de tão importante? Perguntei um tanto sarcástico e John me olhou irritado, pensei até que fosse me dar uns tapas na cara.
--- Uma boa notícia, amanhã se quiser pode estar em seu apartamento, amanhã durante o dia chegarão os últimos móveis e assim pode se mudar para lá. John falou enquanto eu pensava que ainda tinha Isaac para eu enfrentar a contar tudo, o que eu diria ao meu filho?
--- Que bom, John sabe me dizer algo além dos dados curriculares de Macri? Algo pessoal... Perguntei nem dando importância ao que ele tinha falado.
O bom desse apartamento agora seria que eu poderia levar Macri lá e assim faríamos o que desejássemos sem sermos interrompidos.
--- Michael, tem certeza de que quer se envolver com essa mulher? Cara tem tanta boate por aí... vai deixar Aurora só por causa dela? John disse aquilo fazendo minha raiva subir, meu sangue ferver, mas eu me segurei, ele ainda estava do meu lado.
--- John, eu e Aurora já tivemos nossa história, agora acabou o livro e eu preciso “escrever outro”. Disse me levantando e olhando pela janela, parecia que Aurora chegava.
--- Está bem... irei pesquisar amanhã para você. Boa noite. Ele disse somente aquilo, abriu a porta do escritório e saiu com sua maleta.
Percebi ele cumprimentar Aurora e Isaac logo já saindo. Me sentei ali na minha poltrona e respirei fundo, mas os risos de Isaac despertaram em mim o meu lado pai de ser.
Eu vi ele correr até a porta e entrar sorridente, parecia que o dia havia sido bom. Eu não pude me segurar e eu corri até ele, o agarrei em meus braços e o apertei. Fazia algum tempo em que eu não passava os dias com meu filho, geralmente mentia para ele dizendo que eu tinha reuniões ou coisas do tipo e ele com toda sua inocência acreditava.
--- Papai! Que saudades eu estou de você papai! Ele dizia me olhando sorridente e eu o olhava do mesmo jeito.
--- Eu também meu filho. Papai tem uma surpresa para você. Falei colocado ele no chão e pegando em sua mãozinha e o guiei até meu escritório lhe daria os doces.
--- Oba, oba! Ele disse quando eu lhe dei a sacola repleta de guloseimas e tudo o que uma criança de sua idade considerava melhor do que dinheiro.
Ele saltitou feliz e me deu um beijo e saiu correndo até sua mãe para lhe mostrar o que eu havia lhe presenteado.
--- O que é isso meu filho? Aurora perguntou séria e ele feliz abriu a sacola deixando ela ver.
--- São doces mamãe, papai me deu. Ele dizia feliz e me deixava feliz por vê-lo sorrir daquela forma e saber o quão fácil era agradar uma criança.
--- Doces? Isaac você não vai comer essas porcarias agora! Seu pai só sabe lhe dar essas besteiras. Ela gritou com ele o fazendo se assustar. Pegou a sacola das mãos dele e jogou sobre a mesa e aquilo ferveu meu sangue e eu não me segurei.
--- O que você pensa que está fazendo? Eu dei para ele e não quero que tire dele! Disse pegando de volta a sacola e entregando a ele, Isaac estava cabisbaixo e com cara de choro e eu tive vontade de avançar no pescoço dela, pois em poucos segundos arrancou o sorriso dele.
--- O MEU filho não vai comer essas besteiras essa hora da noite, okay?! Sou eu quem está com total responsabilidade sobre ele e eu não quero que você venha e faça o que quer! Ela me olhou com raiva estava vermelha e suas veias do pescoço hora ou outra apareciam.
--- Se você não sabe, eu ainda tenho responsabilidade sobre meu filho também. Sabe muito bem que eu tive reuniões durante esses dias! Eu dizia no mesmo tom que ela e sim estávamos brigando na frente de Isaac.
--- Reuniões? A semana inteira? Ah Michael não me faça rir. Sei muito bem que tem mentido esse tempo todo. Pensa que sou trouxa? Eu sei que você está se envolvendo com mulheres! Ela disse aquilo no tom mais sarcástico de todos e dava umas risadas sem graça que me tiravam do sério.
--- Não fale assim na frente do meu filho, ele não tem culpa de nós estarmos assim. Respeite pelos menos isso. Eu disse ficando atrás de Isaac e segurava em seus ombros e percebi que ele chorava.
--- Aé? E quando vai contar a ele que vai nos deixar? Quando vai dizer para ele o pai canalha que você é? Acha que ele não entende que você tem mentido para ele? Ela disse praticamente cuspindo as palavras em minha face e se aproximou de Isaac quando ele tirou minhas mãos de seus ombros.
--- Saia daqui! Você está brigando com meu pai! Ele disse bravo e correu para a escada e subia rapidamente.
--- Filho, cuidado. Não dê bola para sua mãe. Isaac? Eu chamava correndo atrás dele, mas parecia que nessas horas suas perninhas era mais rápidas que as minhas.
--- Saia daqui. Você brigou com minha mãe. Você não me ama mais. Ele disse fechando a porta de seu quarto com força a qual bateu em minha face, sua voz estava chorosa e eu sabia que ele iria chorar.

Naquele momento eu me senti culpado, onde é que aquilo iria parar?



Capítulo 26
As coisas estavam ficando cada dia pior. Depois daquela minha briga com Michael na frente de Isaac tudo estava ficando diferente, e eu cada vez me prendia em minha mente me julgando e me culpando por ter sido tão idiota.
Aquele dia em que brigamos foi o último dia em que Michael dormiu em nossa casa. No dia seguinte ele estava saindo com suas coisas deixando a mim e ao seu filho. Ele disse que por enquanto Isaac ficaria comigo e eu não tinha nada contra isso, até porque eu o queria comigo.
Eu estava sentindo que estava ficando contra Michael, mesmo que eu não quisesse. Eu ficava com raiva dele pelo dia em que ele levou aquelas coisas para Isaac e acabamos brigando.
Eu não briguei por causa dos doces, e sim para ele ver o grande sacana que ele era por estar mentindo para o filho e depois o comprando com doces. E eu sabia que ele se sentiu culpado por aquilo, assim como eu também.
Isaac estava ficando uma criança distante, não queria mais comer ou brincar. Não queria sair com seus coleguinhas e nem ir a aula e aquilo estava me preocupando. Todos os finais de semana eu saia com ele e com Emilly, mas parecia que algo faltava, não era igual quando saíamos com seu pai.
Brincava com ele e tentava passar a maior parte do tempo que eu podia.
Michael agora raramente ligava e para ser sincera eu nem estava mais escutando falarem nele, somente as vezes perguntava algo para John quando vinha até minha casa para pegar algum documento ou para pedir assinaturas, eu era ainda casada com ele, até que esse bendito papel viesse e a partir dai seria cada um para seu canto. Ele seria apenas o senhor Michael Joe Jackson o pai de Isaac e eu a senhora Aurora Vettra Jackson a mãe de Isaac.
--- Filho, você precisa comer. Se não comer eu não vou levar você para brincar hoje. Eu disse tendo alguma expectativa de que Isaac aceitaria apenas mais uma colher de sua comida, o que ele negou segundos depois.
Eu o vi se levantar da mesa e ir até a sala e se sentar na frente da TV desanimado. Fiquei ali o observando e admirava que mesmo triste do jeito que estava ali ainda me trazia certa esperança, as vezes sentia que ele era um anjo em minha vida, e era.
Ele tinha sido uma pequena parte de seu pai que havia me restado, seus cabelos cacheados e sua pele branca e sensível. Seu sorriso e seus olhos inocentes me faziam pensar que ainda havia uma esperança para aquela minha vida chata e cheia de compromissos agora. Michael tinha se ido e levado minha alma junto.
Estava distraída quando meu celular me fez voltar para minha droga de realidade. Era Emilly. Atendi sem animo e ela como sempre fez de tudo para que eu me sentisse melhor, até que me lembrei de algo.
--- Semana que vem Isaac está de aniversário. Eu disse sorridente e olhei para ele que havia cochilado no chão da sala.
--- Que tal fazermos uma festa para esse pequeno? Poderia convidar alguns amiguinhos dele, ele vai gostar Aurora. Ela dizia sorridente do outro lado da linha e suas risadas eu podia ouvir.
--- Eu não sei. Se visse como ele está hoje... nem comeu direito. Falei olhando para meu filho e só quando dormia parecia que seu ser me transmitia paz agora.
A ideia que ela havia me dado era boa, porém não sabia se aquilo seria bom naquele momento. Estávamos enfrentando tantas coisas, nossas vidas agora estavam tão difíceis que realmente pensava que festas agora não seriam uma boa.
--- Vamos Aurora, vai admitir agora que Michael levou sua alegria junto com ele? O que custa fazer algo para seu filho? Chame ele, semana que vem iremos comprar as coisas no centro e ele poderá fazer a lista de doces e convidados. Não aceito não como resposta. Emilly falou aquilo do outro lado da linha me animando, e quem sabe aquilo também não o animaria também?
Eu aceitei a ideia dela, demoramos algum tempo no telefone fazendo a lista do que precisaríamos e ela disse que ligaria mais tarde quando Isaac acordasse.
Assim que desliguei o telefone eu fui até a sala, peguei Isaac em meus braços e vi que havia emagrecido e empalidecido depois do sumiço de seu pai. Levei ele até seu quarto e o coloquei na cama.
--- Papai? Ele resmungou algo quando eu o cobri e beijei sua testa como Michael costumava fazer, mas logo adormeceu me fazendo encher meus olhos com lágrimas e eu tive que sair dali para não chorar perto dele.
Capítulo 27
--- Não sei se isso vai ser uma boa ideia, Emilly. Eu disse quando Emilly chegou em minha casa, completamente animada e bem arrumada, iríamos ao centro de Los Angeles comprar tudo o que seria preciso para a festa de aniversário de Isaac.
--- Aff Aurora, se anime! Não pode se deixar levar por isso. Onde está Isaac? Ela perguntou deixando sua bolsa sobre a mesa e vinha comigo a passos lentos em direção a escada.
--- Está no quarto, já está arrumado, mas não quer sair. Está triste como sempre tem estado ultimamente. Eu disse lembrando da última vez que vi Isaac sorrir, e foi quando seu pai lhe havia dado os doces naquela noite.
--- Vou subir até lá e falar com ele. Fique aí. Ela falou sorrindo para mim e acariciou meu rosto e logo subiu em direção ao quarto dele.
Acredito que se não fosse Emilly hoje eu não teria mais forças para nada. Ultimamente ela parecia minha mãe, sempre me dava sermões e me dizia que eu devia seguir em frente. Eu já havia perdido as esperanças de acordar novamente com Michael ao meu lado, parecia que ele tinha até esquecido seu filho, e aquilo me entristecia mais ainda.
Estava na sala olhando para a janela e via o jardim lá fora, o lugar onde muitas vezes eu e Michael nos divertimos com Isaac. Todos os finais de tardes lá estavam eles dando risadas altas e brincando e eu pude sentir uma lágrima teimar em cair de meus olhos. Mas por incrível que pareça eu pude ouvir passos rápidos e logo vi Isaac com um pequeno sorriso perto de mim, é Emilly conseguiu animá-lo.
--- Mamãe é verdade que vamos ver meu pai? Ele falou contente e eu queria abraçar Emilly e ao mesmo tempo matá-la, por que ela disse aquilo? Mentiu?
--- É, não é mesmo Aurora!? Ela falou me olhando e sussurrava que sim, iríamos ver ele depois das compras.
--- Er... vamos. Sorri amarelo e vi ele correr até seu quarto e pegar seu tênis e logo calçá-lo.
--- Está vendo como se faz uma criança ficar feliz? Ela disse baixinho para que ele não escutasse.
--- Não deveria ter dito isso á ele. Não é certo depois do que Michael fez. Eu disse vendo ele se olhar no espelho tal como seu pai fazia e arrumar seus cabelos.
--- Esqueça o que Michael lhe fez, mas lembre-se de que ele ainda é pai de Isaac. Lhe dê uma chance. Não precisa ir até o apartamento dele se não quiser, disse a Isaac que o levaríamos para que ele o convidasse. Ela falou pegando sua bolsa e eu coloquei meu óculos de sol.
Isaac pegou em minha mão e estranhei quando vi aquela mochila em suas costas.
--- O que tem aí Isaac? Eu perguntei quando ele olhou para cima e sorriu para mim e o vi olhar para Emilly.
--- São alguns brinquedos para eu brincar com papai. Ele falou ainda olhando para Emilly e eu sabia que algo eles escondiam de mim, mas deixei de lado e logo resolvemos seguir nosso caminho aquela manhã.
Segurando a mão de Isaac e andando meio sem destino com ele e com Emilly nós reparávamos cada pedacinho do grande centro de L.A e sim era muito lindo! Desde que eu cheguei em L.A eu não tinha visto ainda um lugar que não havia me encantado, todos eles era uma mais lindo do que o outro.
Entramos em várias lojas e em cada uma que entrávamos nós comprávamos alguma coisa. Isaac estava aproveitando bem o dia. Ele sorria para nós e apontava para os lugares encantado pelo que via a sua frente.
--- Aurora, eu e Isaac vamos comprar alguma coisa para comermos. Gostaria de vir com a gente? Emilly perguntou me vendo ser hipnotizada por uma vitrine de livros.
--- Não, espero vocês aqui. Eu disse sorrindo e logo os vi saírem de mãos dadas conversando.
Estava concentrada nos livros da vitrine que eu mal percebia quem passava ao meu lado. A única coisa que eu me lembro foi de ver uma mulher sair de uma pequena barraquinha com um pequeno cartão na mão, e o lugar em que ela havia ido me chamou a atenção e minha curiosidade foi além de meu tamanho e eu tive que entrar naquela barraquinha para ver o que tinha ali.
Na verdade só parecia pequena para quem a olhava do lado de fora, mas por dentro era enorme.
Eu olhei para os lados e vi algumas coisas que me chamaram a atenção, coisas como velas, incensos, algumas imagens de escultura e uma pequena mesa que estava ali. Na pequena mesa haviam mais velas e incensos, cartas espalhadas e uma pequena espécie de “bola de cristal”, juntando tudo o que eu tinha visto eu liguei as coisas e notei que estava na barraquinha daquelas pessoas que revelam nosso futuro, é, videntes!
--- Em que poderia ajudar? Uma voz veio de trás da mesa e eu levei um leve susto e percebi que não estava sozinha ali.
Uma senhora de cor negra, olhos escuros e roupa estampada estava sentada ali, e acredito eu que ela seria a vidente.
--- Bom, é... Sorri meio amarelo, pois o que me chamou ali foi minha curiosidade para saber o que era aquilo.
Ela se levantou de onde estava e rapidamente me puxou pela mão, me fazendo se sentar próximo a mesa onde ela estava. Ela olhou em meus olhos e pareceu ter visto algo neles. Olhou minha mão e pareceu que ali ela viu minha vida desde meu nascimento e eu nada disse só fiquei a observando atenta para o que ela fazia.
--- Vamos ver o que o futuro lhe promete. Ela falou pegando algo parecido com um pó e jogou sobre as cartas e logo balançou suas mãos em um ritmo que se repetiu umas cinco ou seis vezes e ficou parada observando aquilo.
--- Hm... me parece que as coisas não estão nada bem com você, não é mesmo? Ela disse aquilo olhando para aquela bola de cristal, parecia até um desenho animado ou um filme, realmente era uma bola de cristal que ela tinha ali.
Eu assenti com a cabeça e me lembrei de tudo o que me ocorreu desde minha chega em L.A, dos meus momentos bons e ruins, parecia que os ruins estavam ganhando.
--- Posso lhe dizer algo? Ela disse aquilo agora olhando para mim e pegou em minha mão logo olhando em meus olhos.
Eu novamente não disse nada, assenti e vi ela ainda me olhar sem transmitir nada através daquele olhar negro.
--- As coisas estão para piorar, ficará pior do que já está. Mas você compreenderá no futuro. Não se precipite diante do que vai acontecer, espere e tenha paciência. No futuro entenderá a razão de tudo. Foi o que ela me disse, me deixando confusa. Eu olhei ao meu redor e quando voltei meus olhos para a mesa, ela não se encontrava mais ali.
Eu tratei de sair dali rapidamente e comecei a procurar com os olhos Emilly e Isaac, até sentir Emilly tocar em mim.
--- Nossa Aurora, está pálida. O que houve? Perguntou colocando a mão em minha testa.

Eu estava muda ali, não tinha reações, só queria entender o que aquela vidente quis dizer com aquilo e se fosse pra ficar pior do que já estava eu acho que queria morrer.

Capítulo 28
Naquele dia ainda fomos visitar Michael, bem na verdade Emilly que levou Isaac enquanto eu fiquei no carro com a maior cara de lerda pelas palavras daquela vidente.
E eu estava me perguntando, tinha como ainda piorar algo em minha vida? Como assim eu entenderia no futuro? É bem, só no futuro mesmo eu entenderia.
Eu e Emilly tínhamos passado o dia arrumando as coisas para a festa, enchemos balões, fizemos painéis e deixamos tudo belo e encantador para crianças da idade de Isaac. Ele havia convidado seus colegas de classe, algumas de suas professoras, alguns vizinhos conhecidos e o seu pai. Não haviam parentes, até porque a maioria morava na Florida, então eram somente as pessoas que havíamos conhecido ali ao decorrer dos meses.
Eu estava sentada no jardim sozinha observando Isaac brincar com as crianças, e velhas lembranças vinham em minha mente. O dia em que Michael soube que eu estava grávida, ele só faltou fazer uma festa, pulava de alegria e seu sorriso quase não cabia em sua face. Me lembrei também do dia em que ele nasceu, o mesmo dia de hoje só que á seis anos atrás, foi tão maravilhoso, Michael não largava de mim. Era como um leão perto de mim e de Isaac, o pai e marido mais protetor que eu já podia ter visto. Sempre dizia que estaria conosco em todas as circunstâncias de nossas vidas, vivia dizendo que nos amava, e hoje estávamos assim. Um longe do outro. Sem saber mais o que iria ser dali para frente.

--- Nossa Aurora, que cara hein! Poderia ao menos dar um sorriso hoje na festa de seu filho. Emilly disse chegando próxima a mim e me fazendo despertar daquelas lembranças.
--- Eu tento, mas tem sido difícil para mim. Olha como ele brinca com as crianças, faz tempo que não vejo ele assim. Falei com a voz chorosa, mas segurei o choro, não queria que Michael chegasse e visse minha fraqueza.
--- Vamos ponha um sorriso nesse rosto e vamos até lá receber as pessoas. Emilly disse arrumando meus cabelos e me arrastando até onde haviam alguns poucos convidados que já haviam chegado.
Os convidados iam chegando e estávamos nós duas ali recepcionando todos e agradecendo pelos presentes que entregavam. Vimos John chegar e entregar seu presente, e depois ir falar com Isaac e percebi que Isaac perguntou de seu pai. Não demorou muito para que ele chegasse com a maior cara de pau, é ele estava querendo mesmo jogar em minha cara o que eu tinha perdido.
--- Aff eu não acredito que ele teve a maior cara de pau de trazê-la para a festa. Emilly sussurrou em meu ouvido, parecia ter mais raiva que eu.
--- Emilly, você tem que entender que não somos mais um do outro. Não estou mais com ele, então ele está livre para trazer a companheira que quiser. Eu disse enquanto sentia meu coração ser rasgado ao meio com aquelas minhas próprias palavras, era difícil, mas era a verdade.
--- E você se conforma, não é mesmo? Onde é que ele achou essa serigaita hein? Ela perguntou olhando Macri dos pés a cabeça e fazia cara de nojo.
--- É secretária dele, por quê? Perguntei com tom de deboche e ela me olhou ainda com aquela cara de desdem.
--- Credo, não é porque sou sua amiga não Aurora, mas você dá um banho nessa cabrita aí. Ela falou e acabou me tirando um riso alto, e percebemos que todos olharam para nós e juntas sorrimos amarelo.
Vi Michael ir até Isaac e entregar um presente, beijou sua testa e o pegou em seus braços. Ele ainda era o mesmo com nosso filho, mas não era o mesmo Michael marido que eu conhecia. Ele era só o pai de Isaac agora, nada mais. Eu seria como uma conhecida sua, eu não queria ainda acreditar naquilo, mas seria pior quando eu tivesse que assinar aqueles papéis.
Cantamos parabéns para ele, tiramos fotos e ele cortou o bolo. Estava tão feliz, que eu queria que aquela alegria dele permanecesse no decorrer dos dias para me dar forças, mas eu mal sabia o que estaria vindo pela frente.
No final nós decidimos abrir os presentes, foram poucas roupas, a maioria era brinquedos e ele agradecia a todos, nessa parte ele havia puxado ao seu pai.
De todos os presentes o que mais me chamou a atenção foi uma bola que ele havia ganhado, se não me engano ele havia ganhado de Emilly, e me chamou a atenção e eu queria saber o porquê daquilo. Na verdade deveria ser coisa da minha cabeça, o que realmente me irritava ali era a presença daquela mulher. Mas ela não tinha culpa, e sim eu.
Michael em nenhum momento veio falar comigo, nós trocávamos olhares e as vezes eu me perdia em meus pensamentos, pensando se era alguma esperança que ele me transmitia ali.
Eu estava sentada do lado de Emilly, enquanto ela conversava com algumas professoras que convidamos ali, mas eu não conseguia tirar os olhos da mesa em que Michael estava com aquela secretária dele. E eu sempre disfarçava quando ele olhava para mim, não queria mostrar a ele que a presença deles ali as vezes me irritava.
Eu percebi que ela se levantou por um momento e foi até o banheiro, e ele ficou ali com a maior cara de taxo, observava as crianças correrem e mexia com os dedos. Percebi que quando ele ia se levantar, talvez para procurar a secretária ela voltou. Disse algo para ele e não demorou muito para que eu visse que ela deu um selinho nele e saiu sozinha deixando ele ali.
É queridinho, sua companheira se foi. Pensei rindo mentalmente e eu pagaria para ver aquela cena de novo.
Capítulo 29
Fazia quase um mês do aniversário de Isaac e hoje eu estava em casa, eram férias de verão. Isaac havia ido na casa de seu amiguinho para tomar banho de piscina e eu estava em casa descansando.
Estava quase pegando no sono quando escutei o telefone tocar, não iria atender, mas como insistiu então eu decidi atender. Era Emilly, ela disse que havia feito bolo e queria que eu levasse Isaac até lá. Expliquei a ela que ele estava na casa de um coleguinha brincando, mas ela quase chorou para que eu o levasse.
Eu me levantei meio desanimada e me arrumei. Fui até a casa do amiguinho de Isaac buscá-lo e meu pequeno ainda estava na piscina, parecia um peixinho.
--- Ah mamãe, eu não quero sair! Disse manhoso e eu sabia o que dizer para tirá-lo dali facilmente.
--- Tia Emilly fez bolo para você. Não vai deixar ela triste, vai? Eu disse me agachando perto dele na piscina e o vi me fitar pensativo.
Ele saiu e eu o ajudei a se trocar, e o admirei mais uma vez em como ele poderia ser tão parecido com seu pai nas suas características físicas. Ele já estava arrumado e conversava com seu coleguinha enquanto eu pegava suas coisas com a mãe do menino.
--- Mamãe, Igor pode ir com a gente? Ele perguntou fazendo carinha de anjo e eu sorrir do seu jeito.
--- Se a mãe dele deixar, podemos levá-lo. Eu disse passando a mão em seus cabelos e vi ele sorrir para a mãe do garoto.
Ela concordou em deixar ele ir e prometi que não levaria ele muito tarde para sua casa de volta.
--- Isaac, não esqueça de pegar sua bola. A mãe do menino falou apontando para a bola dele que estava jogada no quintal e ele foi correndo pegá-la.
Nos despedimos dela e juntos fomos em rumo a casa de Emilly. Assim que chegamos lá Isaac desceu correndo com sua bola nas mãos e seu coleguinha Igor foi atrás dele. Vi Emilly abraçá-los e beijar a testa de Isaac.
--- Nossa menino, você cresce a cada dia que passa. Emilly falou bagunçando os cabelos dele e ele sorriu para mim.
--- Está um gato não? Eu perguntei descendo do carro e sorrindo por ter o filho que eu tinha. Aquele menino era minha vida e eu o amava mais que tudo.
Entramos e comemos do bolo, Isaac estava com seu queixo cheio de bolo e nos fazia rir de seus modos.
--- Mamãe, quero mais suco. Ele disse com a boca cheia e ergueu o copo para que eu pudesse servi-lo.
--- Filho, não fale de boca cheia. É feio. Falei servindo o suco para ele e peguei um guardanapo para limpar seu queixo.
--- Aurora, deixe. É assim mesmo. Emilly disse rindo dele que agora lambia seus dedos que estavam com chocolate.
Assim que eles terminaram de comer Isaac pediu para ir brincar na rua com Igor e eu deixei, precisava conversar com Emilly, e não gostava de falar sobre esses assuntos na frente de Isaac.
--- Então, como está? Emilly perguntou me olhando enquanto cortava mais um pedaço de bolo.
--- Estou bem, ou pelo menos estou tentando ficar. Eu disse vendo ela me olhar nos olhos e ela me conhecia o bastante para saber o que eu sentia.
--- Vamos me conte o que está escondendo aí. Não me faça de tola Aurora. Disse brava, e eu me lembrei de que havia passado quase a noite toda chorando por meu erro.
--- Mais um papel e eu e Michael estaremos completamente um fora da vida do outro. Não sei mais o que falar para meu filho, Emilly. Ele não vai poder viver toda vida assim. Uma hora vai ter que saber que eu e seu pai estamos separados e eu tenho medo de que algo aconteça. Falei choramingando e Emilly olhava para mim e eu sabia que ela queria me ajudar, mas não dava.
--- Aurora eu queria poder lhe ajudar, mas sabe que isso é uma coisa entre você e Michael. Quanto a Isaac eu percebo que ele já entende o suficiente, ele sabe. É uma criança, mas entende que seus pais não estão juntos e temo também que isso possa afetá-lo. Ela falou olhando em meus olhos e eu sabia o que podia acontecer com ele, geralmente quando pais se separavam as crianças eram afetadas por isso. E agora o que eu menos queria era que Isaac sofresse por causa de minha culpa.
Quando Emilly ia me falar mais alguma coisa nós escutamos um grito, mas deveria ser das crianças, pois brincavam na frente da casa e não demos importância. Mas foi quando Igor chegou pálido e tremendo que eu me assustei.
--- O que aconteceu menino? Emilly perguntou correndo até ele na porta da casa.
--- Tia Auro... Aurora... Isaac... se machucou. Foi o que ele conseguiu dizer.
Eu me levantei e saí correndo para fora da casa. E foi quando pude ver uma aglomeração de pessoas ali do outro lado da rua. Eu vi um carro parado e sai logo pedindo licença e todos que estavam ali e temi ver o que eu sabia que era.
--- Isaac! Eu gritei alto quando eu o vi esticado no chão no meio daquele monte de gente curiosa.
Eu olhei para a calçada e vi aquela bola que ele havia ganhado no seu aniversário, na hora eu não me lembrei, mas hoje eu entendi o porquê de ter receado quando ele a ganhou.
Eu vi um moço sair do carro e vir até mim. Ele começou a falar comigo, e explicar tudo o que tinha acontecido, mas eu não tinha reação alguma.
Quando eu tive coragem e cheguei perto dele, agachei e vi que seu nariz sangrava. Haviam alguns arranhões em sua face e ele olhava para todos parecendo não entender o que havia ali.
--- Isaac, meu filho, fala comigo. Eu disse tocando sua face que estava ensaguentada e vi ele lentamente olhar para mim.
--- Mamãe. Sussurrou tão baixinho que eu quase nem ouvi.
Ele segurou em minha mão e me olhou por alguns segundos, parecia que ele não estava raciocinado ali naquela hora. Eu vi ele fechar seus olhinhos e soltar minha mão, e ali eu comecei a tremer e a chorar alto.
--- Isaac, por favor. Fala comigo! Isaac... Eu dizia chorando, tocava nele procurando machucados nele até que senti alguém me pegar pelos braços e pedir que eu me acalmasse.
A ambulância chegou e colocou ele naquela maca. Sua roupa estava suja e até meio rasgada, sua face e seus braços machucados e seu nariz estava sangrando. Temi ali a vida de meu filho, se algo muito grave acontecesse com ele eu jamais me perdoaria por aquilo.
Eu vi Emilly falar com alguém no celular e logo depois vi ela vir até mim.
--- Se acalme Aurora, ele vai ficar bem. Ela disse abraçada em mim e ouvia meus soluços.
--- Emilly, eu quero meu filho. Pra onde vão levar meu filho? Eu perguntava para ela em meio as lágrimas que banhavam meu rosto e pela primeira vez durante aqueles meses todos eu queria que Michael estivesse ali para me abraçar.
--- Aurora eu preciso que você se acalme. Venha, não podemos deixar Isaac sozinho. A ambulância precisa levá-lo para o hospital. Ela falou aquilo me arrastando até a ambulância.
Eu ainda não estava acreditando no que havia acontecido com Isaac. E como um devaneio tudo o que tinha acontecido comigo veio a minha mente, a vidente!
--- A VIDENTE! Gritei dentro da ambulância fazendo todos me olharem e Emilly me olhar espantada.
--- Disse algo senhora? Está bem? O motorista perguntou também me olhando assustado e eu estava com os olhos arregalados, acho que agora alguma coisa fazia sentido.
--- Ela está bem, só está espantada. Desculpe. Emilly falou tampando minha boca sorrindo amarelo para o motorista.
É as coisas estavam começando a se encaixar. E eu estava começando a acreditar naquilo...

Capítulo 30
[By Michael]
Depois de um dia de trabalho convidei Macri para sairmos aquela noite, já que as outras ela fugia sempre de mim e nunca terminava com o que eu queria.
John havia ligado para mim e já me informado de que tinha levado mais papéis para Aurora assinar. Faltavam só alguns como a guarda de Isaac. Não queria tirar ele dos braços dela, mas queria meus direitos como pai também.
Achei estranho e ao mesmo tempo agradável da parte de Aurora trazer ele até meu apartamento para me convidar para ir no seu aniversário, e é claro eu fui! E levei Macri, queria fazer Aurora pensar o que ela fez com nossa família, não era perfeita, mas era a nossa família!
Agora aqui estava eu, nesse final de tarde sentado na sacada de um belo hotel, bebendo com Macri e sentindo seus beijos loucos em meu pescoço.
Estávamos ali, um se deliciando no outro e aquilo era maravilhoso. Ultimamente eu andava me sentindo um garoto de 15 anos, pois o que eu fazia era só beijar, nada de sexo, apenas beijos. Aquela fase foi boa, mas acredito que um homem como eu tem uma outra necessidade.
Eu tinha pressa em tirar a roupa dela e logo estar nela, ou eu faria aquilo ou ficaria louco! Chamei ela para entrarmos para a sala. Puxei ela e vi ela cair sobre meu colo e sentir meu membro o quão rijo estava.
Ela desabotoou minha camiseta e logo minha calça enquanto eu beijava seu pescoço e logo já descia para seus seios. Apertava suas coxas e a puxava cada vez para mim, queria me livrar daquela agonia e daquelas roupas que nos impedia de estar um no outro.
Ela estava quase tirando minha calça quando eu senti algo vibrar no sofá, deveria ser alguma mensagem no meu celular, mas eu estava muito ocupado e não iria atender.
Senti de novo e de novo e mais uma vez, até meu celular começar a tocar enquanto nos beijávamos.
--- Michael... seu celular. Macri disse enquanto eu a beijava desesperado.
--- Não irei atender agora. Eu disse manhoso e vi ela pegar o celular e me dar, até porque já tava enchendo o saco aquela música do toque.
Eu atendi e não entendia bem o que era dito, parecia ser Emilly. Ela falava rápido e nervosa, parecia ter corrido muito pois estava ofegante e aquilo estava me deixando preocupado, eu não conseguia entender o que ela queria me dizer. Mas uma coisa foi clara para mim.
--- Michael, estamos no hospital com Isaac! Precisamos de você aqui. Ela disse tão nervosa e tão rápido que me deixou preocupado e antes que eu pudesse perguntar algo ela já havia desligado.
--- O que foi Michael? Macri perguntou tocando minha face, mas eu estava preocupado e com certeza agora meus olhos estariam arregalados e minha boca quase no chão.
--- Macri eu preciso ir. Desculpe, eu tenho que sair agora. Eu disse saindo de baixo dela e ajuntando minhas roupas no chão imediatamente.
--- Agora? Como assim vai sair agora? Deixei minha mãe sozinha em casa para ficar com você, acha que é assim? Ela falou irritada e aquilo me assustou, nunca tinha visto ela daquele jeito.
--- Macri eu não tenho tempo para isso, por favor eu preciso ir. Disse abotoando minha camiseta e logo colocando meus calçados.
--- Então é assim? Você prometeu que hoje seria só nós dois! Ela disse brava e eu me irritei com aquilo.
--- Macri, meu filho está no hospital e ele precisa de mim agora! Você várias vezes saiu no meio de nossos encontros e eu nunca falei nada. E agora eu realmente preciso ir. Tchau! Falei saindo a passos largos daquele quarto de hotel e via ela vir atrás de mim.
--- Michael, por favor! Michael! Eu estava com minha mãe! Ela gritou enquanto me seguia, mas antes disso eu chamei o elevador e sai dali o mais rápido possível.
Eu estava mais do que preocupado com meu filho, precisava saber o que aconteceu com ele.
Em poucos minutos eu já adentrava o hospital, tive que esperar Emilly descer para que eu pudesse ir até lá ver como e onde ele estava. E já estava começando a ficar aflito com aquilo tudo.
--- E então, como é que ele está? Perguntei quando vi Emilly chegar até mim, ela chorava.
--- Michael, a situação de Isaac é meio complicada, ele sofreu um acidente. E devido ao choque com a batida ele está inconsciente, mas tenha calma por favor. Não brigue com Aurora, ela não tem culpa. Ela falou pausadamente me deixando cada vez mais nervoso e aflito, se algo acontecesse com meu filho eu não sabia o que seria capaz de fazer.
--- Como foi o acidente Emilly? Onde foi? Quem estava com ele? Eu perguntei já chorando e tremendo, Deus por favor, meu filho não!
--- Ele estava brincando com seu coleguinha em minha casa, Aurora havia ido lá para comermos bolo, eles estavam brincando no quintal. Isaac deixou a bola ir para a rua e atravessou a rua sem ver. Um carro o pego e o jogou na calçada. Já fizeram exames e disseram que não quebrou nada, mas está inconsciente. Por favor, vá com Aurora até lá, eles precisam de você mais do que tudo agora. Ela falou segurando minha mão e olhando em meus olhos enquanto eu já me desmanchava em lágrimas.
Eu fui até onde Emilly falou que Isaac estaria, eu vi Aurora em uma cadeira sentada chorando e quando me viu ela se levantou e me abraçou.
Ali eu não tive raiva de Aurora, não tive ódio, eu só senti amor quando eu senti ela me abraçar. Ela me abraçou com tanta saudades que me apertava em seus braços, parecia não querer mais me deixar largá-la. Ela chorava e dizia que era culpada do que havia acontecido com Isaac.
--- É tudo culpa minha Michael, eu me odeio. Olha como nosso filho está. Ela falava chorando e tremia, e eu apenas a abraçava e beijava sua testa.
--- Michael, eu quero meu filho. Eu quero meu filho! ISAAC! Ela gritou me fazendo se assustar e eu sabia que se não acalmasse ela não seria nada bom.
--- Aurora, me escute. Fique calma. Você não tem culpa disso. Foi um acidente, não temos culpa. Olhe para mim, por favor, preciso que você se acalme. Eu falei aquilo acariciando a face dela que estava banhada por lágrimas.
--- Michael, eu não quero que nada aconteça com ele. Michael por favor, fica comigo. Ela falou ainda chorando olhando em meus olhos e meu coração se partiu ao pensar que ela era a mais rude e pior mulher de todas.
--- Eu ficarei com você. Eu estou aqui, não estou? Vamos enfrentar isso juntos. Mas por favor, se acalme. Eu disse colocando mechas de seus cabelos atrás das suas orelhas e beijei sua testa.
Mas do que qualquer um eles precisavam de mim agora, e eu estava ali pronto para seguir com ele. Não queria saber mais sobre o tal divorcio e sim sobre o que estava acontecendo agora, que querendo ou não, nós enfrentaríamos juntos.
Capítulo 31
Os raios do sol me acordaram aquela manhã. Eu me mexi e pude sentir que alguém estava ali comigo. Ergui minha cabeça e o vi, lindo como sempre. Ali dormindo abraçado a mim de mal jeito naquele sofá de hospital. Me levantei com cuidado para que ele não acordasse, parecia ter conseguido dormir a pouco tempo, até porque não é nada fácil ficar a noite inteira cuidando de uma mãe chorona.
Passei por Isaac naquela maca e o vi cheio de aparelhos aquilo doía meu coração por saber que foi só um descuido meu.
Fui até o banheiro e lavei meu rosto, eu estava com os olhos inchados e minha face aquela manhã não era das melhores.
Quando voltei ao quarto vi que havia uma bolsa, e com certeza havia sido mandada por Emilly. Tinha algumas roupas minhas e de Isaac, que na verdade agora não precisava, pois estava com aquelas roupas de hospital.
Eu troquei de roupa e como Michael ainda estava dormindo eu aceitei o lanche que a enfermeira levou e fiquei ali observando as pessoas entrarem e saírem do hospital com frequência. Ambulâncias de um lado pro outro e pessoas no pátio andando.
Por mais que meu coração agora estivesse cortado por ver meu filho ali naquela situação a minha mente estava longe, e o que não saia da minha mente eram as palavras daquela mulher. Será que era desse momento que ela falava? Será que seria isso? Acho que agora sim não tinha mais como piorar.
Meu único filho estava ali agora, em coma, paralisado e cheio de aparelhos que hora ou outra apitavam. Eu tive medo de perdê-lo naquela hora quando o vi naquele chão cheio de sangue. A sorte que ali naquele momento agora eu tinha Michael, durante todos esses meses a única coisa que eu pude sentir dele foi raiva, mas quando eu o vi minha raiva havia ido embora. Ele estava ali comigo agora, e eu podia sentir que ele agora estaria sempre segurando minha mão, foi o que ele me demonstrou durante aquela noite no hospital e eu espero que não esteja enganada.
--- Está pensativa... distante. Quer me contar? Michael falou tocando meu ombro com carinho e eu o olhei sorrindo.
--- São bobagens... quer comer algo? Doutor falou que ia vir perto das nove horas. Ainda dá tempo. Eu disse fugindo daquelas palavras que circulavam em minha mente, mas elas não se apagavam.
--- Vai ficar bem? Não quer ir comigo? Ele disse ainda com carinho tocando minhas costas e eu tive vontade de agarrá-lo pelo pescoço e não soltá-lo mais.
Eu assenti e juntos fomos até a cantina do hospital e tomamos café da manhã juntos, a primeira vez em quase um ano.
Ele sempre olhava em meus olhos e sorria, parecia que aquilo me dava forças e acabava também me deixando segura por ter ele ali comigo. E ali eu comecei a ter esperança de que talvez nosso casamento pudesse voltar a ser como era antes.
Foram 10 dias para Isaac acordar de seu coma, foi difícil para nós enfrentar aquilo, mas Michael e Emilly sempre diziam estar comigo e me davam forças no momento que eu precisava. Mostrando para mim que mesmo por ter esquecido deles em algum momento de minha vida, mas agora eles estavam ali.
Naquela madrugada que ele acordou eu não estava no hospital, mas sim Michael. Andava cansada com aquela correria e eu sabia que Michael também, eu insisti várias vezes para que ele deixasse eu ficar, mas pediu que eu fosse para casa descansar.
Esses 10 dias para mim foram completamente de choro e medo, tinha medo de perder meu filho e se eu o perdesse eu jamais me perdoaria disso.
O médico realizou novos exames e disse que precisava falar com nós e aquilo já me deixou preocupada, ele havia dito no começo que ele não tinha quebrado nada, e que estava tudo bem. Apenas estava com alguns arranhões que já estavam se cicatrizando com o tempo.
Cheguei aquela manhã e Isaac ainda dormia lindamente enquanto Michael estava ali lendo um livro. Como eu pude deixar esse homem lindo? Tinha vontade agora de pedir perdão a ele e recomeçar novamente nosso casamento, mas não era o que precisava do meu foco agora, no momento eu precisava saber o que meu filho tinha e eu esperava que não fosse algo grave.
--- Senhor Jackson e senhora Jackson? Com licença por favor. O doutor falou quando adentrou o quarto e logo fechou a porta.
--- Bom dia, doutor. Michael falou o cumprimentando em um aperto de mão e ele o retribuiu com um sorriso.
--- Bom dia, doutor. Eu disse sorrindo embora minhas forças fossem poucas.
Ele nos cumprimentou e olhou para Isaac que dormia ainda ali tranquilamente, parecia um pequeno anjo indefeso que havia caído do céu.
--- Como sabemos essa criança acordou do coma faz poucos dias, fizemos novos exames para ter certeza de que tudo estava bem. E assim fizemos. Mas acredito que ouve um pequeno problema que só apareceu agora, eu preciso que vocês compreendam e tenham paciência, e principalmente muita fé. O doutor falava pausadamente, horas olhando para Michael horas olhando para mim e eu já estava com medo do que ele poderia dizer.
--- Doutor, por favor está me deixando preocupado. O que Isaac tem é algo grave? Michael perguntou meio nervoso olhando para ele nos olhos em busca de alguma resposta, enquanto eu observava a silhueta de meu filho ali naquela cama.
--- Eu gostaria que os senhores me acompanhassem até meu consultório. Quero mostrar os exames junto com a minha equipe. Ele falou abrindo a porta e já dando espaço para passarmos.
Michael olhou para mim e viu que eu estava prestes a cair ali, minhas forças estavam cessando com aquilo tudo e eu já não sabia em mais o que acreditar.
Michael pegou em minha mão com carinho e deu um beijo suave, meu coração tremeu com aquilo, sim ele ainda era o mesmo de antes e eu só queria saber se aquilo que ele me demonstrava era amor ou apenas que estava ali porque tinha que estar. Eu estava confusa.
Chegamos ao consultório e vimos a equipe dele ali analisando os exames, pediu que nós sentássemos, fechou a porta e sentou em nossa frente com as mãos cruzadas sobre a mesa nos olhando nos olhos. Aquela agonia estava me matando. Ele pegou em suas mãos os exames e pôs sobre a mesa para que eu e Michael víssemos, mas na verdade pouco entendíamos o que era aquilo.
--- Pais, seu filho ficou paralítico devido ao acidente. Acredito que isso ocorreu por causa do choque com a batida. Isaac não poderá mais andar, somente com cadeiras de rodas ou no colo. Ele não tem mais a capacidade de sentir suas pernas, perdeu as forças das pernas. Ele disse aquilo mostrando no exame a conclusão que estava escrita ali.
Aquilo foi como um tapa em mim, eu me segurei em Michael, mas senti o ar me faltar. Meu mundo girou e parecia que eu havia caído em um buraco profundo e escuro.

Capítulo 32
Ainda naquela escuridão eu pude sentir alguém me tocar delicadamente, e senti um cheiro entrar pelas minhas narinas, e eu o conhecia. Era Michael. Eu abri meus olhos lentamente e aquelas luzes me faziam fechá-los e abri-los novamente. Sentia minha cabeça doer.
--- Doutor, acho que ela está acordando. Michael disse tocando minha testa e eu abri meus olhos agora finalmente e percebi que ainda estávamos no consultório.
--- Senhora, está bem? O doutor perguntou me olhando e parecia assustado.
--- Estou bem, só gostaria de ver meu filho agora. Eu disse me arrumando na cadeira e ajeitando meus cabelos para trás enquanto aqueles médicos olhavam para mim.
O médico pediu que subíssemos e tentássemos conversar com Isaac, distraí-lo, pois eles teriam que dizer a ele. Seria triste para um menino de seis anos não poder andar e estar pulando de um lado para o outro, mas infelizmente era o que ele teria que enfrentar.
Ficamos cientes que agora ele teria que usar botas ortopédicas e andar no colo até que nós conseguíssemos uma cadeira de rodas para ele.
Com a ajuda de Michael fui até o quarto e vi que ele sorria aquela manhã, como seria terrível para mim desmanchar aquele lindo sorriso que estava estampado em sua delicada face com aquela notícia. Meu coração doía.
Ele estava tomando café da manhã com Emilly e com certeza ela já teria contado muitas estorinhas para ele estar risonho daquele jeito.
--- Mamãe! Papai! Ele gritou de felicidade quando nos viu entrar no quarto sorrindo, mas no fundo nossos corações estavam despedaçados.
Eu sorri com a carinha que ele fez e fui até ele e dei um beijo em sua testa. Michael foi até ele bagunçou seus cabelos e beijou sua testa e nós rimos com as coisas que ele contou que Emilly havia lhe falado.

--- Mamãe tia Emilly falou que logo vou poder sair daqui e brincar com Igor, é verdade? Mamãe podíamos comprar um cachorrinho, igual o de Igor. Ele falava empolgado e aquilo ia cada vez mais doendo em meu coração, não queria ter que dizê-lo a verdade.
--- O médico logo vai vir conversar conosco e vamos saber tudinho, meu anjo. Eu disse sentando ao seu lado na cama e tocando sua face enquanto ele me mostrava aqueles dentinhos lindos que ele tinha.
Ficamos ali conversando com ele e nos divertindo com suas caretas e seu jeito de falar. Mas nossa alegria não durou muito infelizmente. O médico chegou com sua equipe no quarto e pediu para que ficasse somente eu, Michael e sua equipe. Ele falaria com Isaac de um modo que ele pudesse entender o que havia acontecido com ele, porém com mais jeito.
Eu acabei abraçando Michael e escondendo o rosto em seu peito, não queria que Isaac percebesse que eu iria chorar ali na sua frente.
Assim que o médico conversou com Isaac ele nos deixou a sós novamente. Eles haviam saído e levado consigo a felicidade de meu filho. Em sua face angelical agora podiam se encontrar lágrimas que rolavam em silêncio ali. Enquanto eu escondia minha face dele Michael tomou forças e foi abraçá-lo. E depois de minutos irritantes de silêncio, ele finalmente falou.
--- Papai, é verdade que vou precisar usar botinha? Papai, não vou poder mais ir ao parque com você e nem correr no quintal de casa? Ele perguntou para Michael calmamente e com seus olhinhos já cheio de lágrimas e sempre olhava nos olhos do pai.
Eu percebi que Michael também estava quase chorando ali, mas conseguiu segurar seu choro.
--- Filho, você vai poder brincar, nós vamos poder ir ao parque quando você quiser e poderemos brincar quanto tempo você desejar, mas agora devemos ter mais cuidados. Olhe suas perninhas. Me diga, se eu fazer cócegas em seu pé você sente? Michael perguntou á ele fazendo cócegas em seu pé e acariciava suas pernas, mas ele de fato não sentia e ele negou com a cabeça baixa.
--- Nós vamos fazer um tratamento e logo estará bem, preciso que compreenda. Essas dificuldades fazem parte da vida. Michael falou agora tocando em seus cabelos e segurando em seu queixo para que ele olhasse para seu pai.
Nós ficamos o dia com ele, brincamos com quebra-cabeças e jogos de montar e fizemos ele esquecer aquilo por algumas horas.
Oito horas da noite marcou o relógio quando o doutor apareceu novamente, teria que engessar as duas perninhas de Isaac e eu quase impedi o doutor de fazer aquilo quando meu filho me pediu ajuda.
--- Mamãe, mamãe! Pra onde eles estão me levando mamãe? Mamãe por favor, fica comigo. Ele dizia chorando e pedia para que eu segurasse em sua mão.
Não só eu fiz isso, mas Michael também e ele pareceu se sentir mais seguro. Ele tremia e parecia ter medo do que iam fazer, por mais que aquilo não doesse.
--- Mamãe por que eles fazem isso comigo? Ele perguntou chorando e notei que o colocariam no soro depois de terem colocado o gesso.
--- Segure em nossa mão meu amor, vamos ser forte. Somos seus heróis lembra? Nós estamos aqui, nós te amamos meu amor. Eu disse o confortando e notei ele sorri, mas durou poucos segundos até que eles colocassem remédio na veia dele o fazendo chorar.
Meu coração se partia a cada segundo ali naquele hospital e eu já não via mais a hora de sair dali.
E eu teria que sair com meu filho dali sem poder andar e teria que fazer um tratamento de longos meses.
Se fosse verdade o que Michael dizia ele estaria para o que acontecesse, estaria ao nosso lado segurando nossas mãos e dizendo “vocês não estão sós”.

Capítulo 33



[By Michael]
Após um mês naquele hospital com Isaac finalmente hoje ele teve alta. Estava sendo difícil para ele se acostumar com aquela nova vida de agora ter que depender sempre de alguém para ajudá-lo, mas eu fazia aquilo com amor. Faria tudo que eu pudesse para meu filho, tudo que ele precisasse eu faria, apenas queria sempre vê-lo com aquele sorriso amável nos lábios.
Combinamos de que ele ficaria alguns dias em meu apartamento e outros dias permaneceria em casa com Aurora. As aulas tinham começado de volta e ela ia precisar deixar um turno para poder cuidar de Isaac, pois assim como ela eu também tinha meu trabalho, mas deixaria tudo de lado para cuidar de meu filho.
Naquele um mês que passei ao lado de Isaac e Aurora no hospital eu acabei descobrindo que na verdade ela ainda era a mesma pessoa. Só se preocupou um pouco demais com seu trabalho. Mas acredito que a vida estava ensinando a ela que sua família era mais importante do que tudo em sua vida. E eu acabei me pegando pensando em nossa vida de casado, como éramos felizes a um ano atrás e hoje estávamos assim, como dois estranhos.
Durante aquele tempo todo eu não tinha mais falado com Macri e nem escutado falarem nela, o que eu achei estranho. Mas no momento eu não dei muita importância, me preocupava agora com a saúde de Isaac.
Naquele dia Aurora havia deixado Isaac na escola, ele tinha passado a semana na casa dela e como era sexta-feira pedi a ela que deixasse ele passar o final de semana comigo, e ela concordou. E depois do trabalho eu iria buscá-lo.
--- Michael? Macri falou pegando em meu braço quando eu ia abrir a porta do carro para entrar.
--- Sim. Olhei para ela e a vi sorrir.
--- O que acha de sairmos hoje? Tenho a noite livre... poderíamos aproveitar um pouquinho. Ela disse se encostrando em mim e tocando meu peito.
--- Eu realmente gostaria Macri, mas hoje irei passar a noite com meu filho. E se me der licença eu preciso ir buscá-lo agora na escola. Falei me soltando dela e já entrando no carro, mas ela segurou a porta.
--- Por que você está me tratando assim? Não disse que iríamos ficar juntos? Só pensa naquele seu filhinho com aquela vadia! Aff. Ela falou com raiva e o que ela falou de Aurora e de Isaac me ferveu nos nervos.
--- Hey, mais respeito com eles, okay! Querendo ou não ela é a mãe de meu filho e não permito que ninguém venha criticá-los perto de mim. Por favor, me deixe sair. Eu disse fechando a porta do carro e já o ligando.
--- Não foi você quem disse que não queria mais ficar com ela? E quando falou que ela não ligava mais pra você? Vai correr pra dona agora feito um cachorrinho? Ela ria de mim e aquilo me irritou e eu desci do carro, aquilo não ficaria assim.
--- Macri, não quero fazer nada com você, mas você está me tirando do sério, Aurora não deve nada para você! Falei pegando ela pelos braços e a prensando na parede com força, realmente parecia estar fora de mim.
Ela me olhou assustada e eu também estava assustado com meus próprios modos. Queria saber o porquê de estar agindo daquele jeito. Eu a soltei sem falar uma palavra e entrei no carro novamente e segui meu caminho.
Eu estava pensativo, nunca havia feito aquilo. Acho que minha cabeça estava fora de ordem, com tudo acontecendo rápido como estava agora, o acidente de Isaac, um mês no hospital e sua volta para casa sem poder andar. É aquilo estava mesmo mexendo comigo e minhas ações.
Cheguei na escola de Isaac e fui direto até a sua sala, não estavam e deduzi que deveriam estar no pátio brincando. Peguei sua mochila para não ter que voltar ali novamente e fui até o pátio.
Percebi crianças correrem e sorrirem alto, olhei para o parque procurando Isaac e o achei sentado em sua cadeira de rodas. Via que ele não sorria e somente observava as outras crianças brincarem e correrem a sua volta, enquanto ele estava ali, apenas observando. E aquilo doeu em meu coração, se fosse do meu alcanço agora eu teria dado saúde a ele para que pudesse estar junto com as outras crianças agora.
Eu e Aurora decidimos comprar uma cadeira de rodas para ele, assim seria mais fácil para ele ir a aula ou sair com a gente. Ele não quis muito no começo, chorou quando nós compramos, mas infelizmente teria que ser assim agora.
Eu pude notar um sorriso em sua face quando ele me viu e se pudesse eu sabia que ele teria corrido até mim como sempre costumava fazer.
Fui até ele e o beijei, ele parecia ter esquecido da sua dor agora quando me viu e eu fiquei feliz por saber que eu ainda podia arrancar sorrisos de meu filho com minha presença.
--- Papai pensei que não viria mais. Ele falou em meu ouvido quando eu o abracei.
--- Jamais ia deixar você aqui, lembra que eu havia lhe prometido? Eu disse me agachando em sua frente e olhei em seus olhinhos que agora pareciam brilhar.
--- Mamãe não veio com você? Ele perguntou me olhando e tocou minhas mãos.
Eu tive um aperto em meu coração quando ele perguntou aquilo, parecia que ele ainda não entendia que eu e sua mãe estávamos para nos separar, bom na verdade já estávamos separados, só faltavam os papéis serem assinados.
--- Eu acabei de vir do trabalho meu pequeno, que tal passarmos a noite apenas nós dois? Eu perguntei sorrindo para ele o fazendo esquecer alguns minutos de sua mãe e ele sorriu.
Nos despedimos da professora e fomos juntos para meu apartamento, seria a primeira vez que Isaac dormiria ali e passaria alguns dias comigo e eu sabia que ele já formava uma série de perguntas em sua mente para me perguntar, e eu teria que saber responder muito bem.
Como não gostava de vê-lo naquela cadeira de rodas, então eu o coloquei no sofá da sala e o deixei assistindo TV enquanto fui atender o telefone que tocava.
--- Alô. Falei sem saber quem era, pois não havia olhado no visor quem seria aquela hora.
--- Michael?! Aqui é Emilly, como está? Emilly perguntou baixinho parecia estar perto de alguém que não podia ouvir aquilo.
--- Estou bem e você? Por onde anda? Nunca mais falei com você. Falei me lembrando daquela maluca e sorri por ter alguém que me contava as coisas que passavam com Aurora, e as vezes eu ficava me perguntando se eu devia ainda saber da vida dela.
--- Estou bem, estou no shopping com Aurora, e ela lhe ligar diga que não está. Ela não queria deixar Isaac esse final de semana com você. Emilly falou cada vez mais baixinho e eu franzia meu cenho e tentava entendê-la.
--- Por quê? Ele está bem aqui, acabamos de chegar. Comprei pipoca e outras guloseimas para ele. Comprei até alguns filmes para assistirmos essa noite. Eu falei me lembrando dele quando me viu na escola aquela tarde.
--- Sabe como Aurora é, ela pensa que Isaac possa ser um peso para você. Ainda mais no final de semana. Fala que não quer que você deixe de fazer o que deseja por ter que ficar com ele. Ela falou aquilo me deixando triste eu amava ficar perto de meu filho e jamais seria um peso para mim ter que cuidar dele, pois eu fazia aquilo com carinho.
--- Emilly, acho que Aurora se sente culpada por não ter ficado com ele quando deveria, mas não vou julgá-la agora. Todos erramos. Divirta ela aí, e não a deixe vir buscar Isaac, quero aproveitar o tempo com meu filho. Eu disse lembrando que ele estava na sala e me esperava.
--- Pode deixar. Boa noite. Ela se despediu logo já desligando o telefone.
Voltei até a sala e vi Isaac assistir desenhos e quando notou que eu estava ali olhou para mim e sorriu.
--- Quem era? Era minha mãe? Ele perguntou me olhando ainda sorrindo.

--- Não, era a tia Emilly. Sorri para ele e pedia que ele não perguntasse mais nada a respeito de Aurora.
--- Que horas minha mãe vai vir para cá? Estamos esperando ela, não estamos? Ele perguntou agora tentando se sentar no sofá e eu corri para ajudá-lo.
--- Sua mãe está passeando com a tia Emilly, sabe... coisas de meninas. E nós estamos aqui, vamos fazer coisas que meninos gostam de fazer. O que acha? Perguntei pegando ele em meus braços no alto e ele sorriu.
--- Eba! Meninas não entram! Ele falou sorrindo enquanto eu o fazia cócegas.
Eu queria o divertir aquela noite, fazer ele lembrar dos momentos que passávamos em Orlando quando tudo era realmente mais feliz.
Capítulo 34
Estava sendo tão difícil para nós quanto para Isaac, alguns finais de semana ele passava com Michael e durante a semana ficava comigo.
Ele estava se tornando uma criança triste e tudo piorava quando ficava ou só comigo ou só com Michael, eu percebia em seus olhos uma saudade e uma necessidade de ver seu pai com ele todos os dias. Ele fazia frequentes perguntas para mim sobre Michael e quase todo dia me perguntava, “mamãe, por que papai não está mais morando com a gente? Por que ele não dorme mais com você? Ele não lhe ama mais?”, ele perguntava aquilo e eu ficava sem saber o que lhe responder, era pequeno e realmente não entendia as vezes.
Eu também sentia saudade de acordar todos os dias e ver Michael deitado ao meu lado todo esticado como ele costumava dormir. Sentia saudade de seus beijos e suas carícias durante a noite. Sentia saudade de sua voz pela casa, sua risada de menino levado e até de quando ele e Isaac faziam pegadinhas juntos. E eu ficava mais triste ainda quando lembrava que a culpada de tudo aquilo era eu, agora Michael estava com aquela secretária e mal ligava para o que eu fizesse, acho que não tinha mais chances de reconquistá-lo.
Percebi o quanto eu errei quando eu o perdi de verdade.
Tudo agora o que mais me doía na verdade era essa doença de Isaac. Se seria difícil para eu reconquistar Michael seria mais difícil ainda para me conformar com essa doença.
--- Está sempre tão pensativa, há algo que precisa me contar? Emilly perguntou se sentando a minha frente na mesa enquanto eu olhava alguns papéis ali na sala dos professores.
--- Sabe Emilly, existem algumas coisas aqui dentro de mim que estão me sufocando. Não sei o que eu poderia fazer para melhorar isso. Eu disse olhando nos olhos dela enquanto ela dava um gole em seu café.
--- Diga, estou aqui para o que precisar. Quero que conte com minha ajuda. Ela falou tocando minhas mãos e eu sorri, a minha sorte era ela ali.
--- Meu coração dói ao ver Isaac naquele estado, sabe... sem poder brincar como brincava antes. Me dói ver ele naquela cadeira de rodas. Mas há algo que me dói muito mais. Eu disse olhando nos olhos dela e sabia que ela entenderia sobre o que eu estava falando.
--- É Michael, não é? Diga a verdade Aurora sei que ainda o ama. Ela falou tocando meu rosto e eu segurava aquelas lágrimas que enchiam meus olhos quando lembrava das últimas noites que tive com ele.
--- Emilly, eu o vi semana passada. Ele estava tão lindo, estava tão cheiroso. Queria abraçá-lo e beijá-lo, queria dizer a ele que ainda podíamos dar uma chance a nós mesmo. Eu me arrependo tanto. Por ser idiota eu estraguei minha família, não sei mais o que responder ao meu filho. Eu queria apenas ter a oportunidade de tê-lo de volta. Eu disse já chorando enquanto ela olhava para mim acolhendo minhas lágrimas.
--- Aurora, não acha que o que aquela mulher... a vidente, lembra? Não acha que o que ela falou está fazendo um pouco mais de sentindo agora? Não acha que essa doença de Isaac está trazendo Michael para você novamente? Ele ainda não esqueceu você. Ele lhe ama, é tão perdido por você quanto você por ele. Vejo isso nos olhos de vocês. Ele têm me perguntado sobre você ultimamente, e acredito que quase não esteja mais se envolvendo com aquela secretária. Ela falou me fazendo sorrir e eu a agradeci por estar ali comigo aquelas horas.
Mais tarde eu teria reunião e acabei ligando para Michael, pedi que ficasse com Isaac para mim e eu iria buscá-lo assim que voltasse da reunião. Ele sem problemas aceitou.
Me arrumei e levei Isaac até o apartamento dele, ele queria dormir lá, mas pedi que ficasse comigo esse final de semana. Michael estava lindo quando nos atendeu na porta, estava de terno, parecia ter acabado de chegar do trabalho e eu tive vontade de agarrá-lo, queria me lembrar das sensações que ele me causava quando nos amávamos até o amanhecer.
Eu fui para aquela reunião com Michael em meus pensamentos, e me lembrava de todas as vezes que recusei amá-lo por ter que ir a reuniões feito essa e aquele arrependimento não saía de meu coração. Eu precisava de coragem para dizer a ele o quanto eu errei e o quanto minha vida tinha sede dele novamente. Ter ele perto de mim todos os momentos.
Era fechamento de notas das minhas turmas. Eu tinha assinado um novo contrato quando as aulas voltaram, não estava mais dando aulas durante a noite e agora tinha alguns dias de folga durante a semana, não dava aula todos os dias.
Passava a metade do tempo com Isaac e Emilly, e também pensando em Michael. As vezes me sentia aquela jovem apaixonada da high school. Minhas alunas namoravam mais do que eu agora e eu ria com esses pensamentos.
Quando a reunião terminou fui direto ao apartamento de Michael, havia prometido a Isaac que iria pegá-lo e sairíamos no outro dia.
--- Aurora? Entre. Michael falou sorridente e agora não estava mais com seu terno e sim com uma calça mais velha e uma simples camisa branca sexy.
--- Oh não, apenas vim buscar Isaac, já é tarde. Desculpe o horário. Eu falei sorrindo quando ele me convidou para entrar.
--- Não se preocupe, não irei dormir tão cedo hoje. E desculpe se reparei muito, mas está muito linda hoje. Ele falou me olhando de baixo a cima e sorriu meio envergonhado e aquilo me fez se arrepiar.

--- Obrigado, e você também não fica muito atrás. Falei sorrindo para ele, mas desmanchei meu sorriso quando notei quem estava ali.
--- Quem é Michael? Aquela secretária perguntou chegando na porta por trás dele e tocou as costas dele sorrindo com desdém para mim.
--- É Aurora, veio buscar Isaac. Vou pegar as coisas dele, só um minutinho. Michael falou sorrindo amarelo e saiu puxando Macri junto com ele.
Eu notei que Michael ficou sem graça quando Macri apareceu e parecia que sua presença ali era indesejada.
Não demorou muito para Michael voltar até a porta com Isaac nos braços abraçado em seu pescoço e com sua mochila. E eu sorri por vê-los tão lindo sorrindo para mim.
--- Obrigado por ficar com ele Michael. Desculpe por atrapalhá-lo. Eu disse pegando a mochila de Isaac e me arrumando para levá-lo em meus braços até o carro.
--- Oh não, sem problemas. Nos divertimos muitos. Deixe que eu o levo para você até o carro. Ele falou sorrindo para mim quando estiquei meus braços para pegar Isaac.
--- Fico feliz por sempre se darem bem. Como está meu amor? Eu disse indo em direção ao elevador e logo o chamei.
--- Estou bem mamãe. Ele falou bocejando e notei que não demoraria muito para pegar no sono.
--- Está com sono. Quando chegou ele já estava quase dormindo no sofá. Michael sussurrou quando o elevador parou em nossa frente e logo já abriu as portas para nós entrar.
Eu sorri para ele e descemos em silencio até o carro, Michael me olhava como se quisesse me dizer algo, mas parecia não conseguir falar. Quando chegou no carro Isaac já dormia, ele o colocou no carro e fechou a porta devagar e sorriu para mim.
Eu vi ele sorri para mim e sair dali a passos lentos e eu fiquei o observando, decidi entrar no carro e quando estava quase dando a partida escutei uma voz conhecida.
--- Aurora? Michael voltou correndo e eu sai do carro rapidamente.
--- Sim. Sorri para ele e ele também sorriu para mim.
--- Vai sair amanhã? Perguntou tocando meu braço e eu quis abraçá-lo ali.
--- Combinei com Emilly de levar Isaac no parque. Eu disse sorrindo e notei ele encarar o chão.
--- Quer vir com a gente? Vamos apenas nós três. Eu falei olhando para ele e vi ele erguer sua cabeça e sorrir.
--- Se não for incomodo. Eu topo. Ele falou sorrindo docemente para mim.
--- Claro que não. Passo aqui amanhã as oito, okay? Boa noite. Eu disse olhando para ele e me virei para voltar ao carro.
--- Aurora. Ele me chamou novamente e notei que ainda havia algo que ele queria dizer.
Eu nada disse apenas o encarei enquanto ele segurava meu braço. Ele apenas sorriu mas nada disse, parecia que aquilo estava o sufocando, mas ele não conseguia dizer.
Capítulo 35



[By Michael]
Eu não esperava ter sido convidado por Aurora para sair com ela, foi realmente uma grande surpresa e acabo confessando que fiquei sem jeito de falar com ela naquele dia, me senti estranho. Me senti exatamente igual ao dia quando falei com ela pela primeira vez, meu coração estava acelerado, meus olhos brilhavam para os dela e eu tive vontade de abraçá-la e dizer à ela o quanto eu ainda a queria.
Me irritei com a atitude de Macri aquele dia, mas realmente já estava para descartá-la. Não tínhamos transado ainda. Depois que Aurora havia ido embora naquele dia nós brigamos e ela acabou indo para casa.
No dia seguinte acordei cedo e me arrumei, logo fiquei esperando para qualquer sinal de Aurora quando chegasse. O dia havia sido maravilhoso, perfeito. Sempre trocava olhares com Aurora e as vezes nos pegamos um encarando o outro e se Emilly não tivesse ali eu sabia muito bem que ela teria me beijado.
Estava dormindo quando Aurora me ligou cedo aquela manhã, com certeza aquilo para mim foi a melhor coisa que aconteceu, ter ouvido a voz dela logo pela manhã. Disse que tirariam o gesso das pernas de Isaac e o deixariam apenas com aquelas botas ortopédicas, seria melhor pois ele já estava com aquilo á um mês e as botas ortopédicas facilitariam tudo.
Aurora pediu se eu podia pegá-lo na escola para ela, precisaria fazer as compras mais tarde e sem dúvidas não recusei aquilo, por mais que ela sempre se desculpasse por deixá-lo comigo eu achava aquilo errado da parte dela. Isaac também era meu filho e não seria custoso para mim ficar com ele.
Decidi que eu o pegaria mais cedo na escola e assim iriamos ao cinema assistir um de seus filmes favoritos, e sabia que homem aranha seria o que ele escolheria.
E foi um belo sorriso dele que eu vi quando eu lhe contei que iríamos ao cinema, ele só faltou pular em meu pescoço. Seus olhos brilhavam e ele não perdeu uma cena daquele filme.
Estávamos na praça de alimentação quando meu celular tocou, era John.
--- Michael? Onde diabos está cara? Esqueceu que preciso falar com você hoje? Ele falou logo assim que atendi o telefone.
--- Calma cara, estou no shopping com Isaac. Eu disse me defendendo dos seus sermões.
--- Não disse que queria o processo agilizado? Como posso fazer isso se não está aqui. Preciso que venha para seu escritório. Ele falou agora mais calmo e me deixou triste ao lembrar daquilo.
--- Está bem. Foi o que eu disse antes de terminar a ligação.
Realmente estava me esquecendo daquilo e estava arrependido por ter que fazer isso. Eu sentia que ainda era possível voltar com Aurora e eu sabia que eu ainda a amava, só havia ficado chateado com ela por me deixar aqueles tempos.
--- O que aconteceu papai? Parece que está triste, foi algo que eu fiz? Me desculpe. Isaac falou tocando minha mão e olhando em meus olhos.
Eu queria dizer “não meu anjo, não é sua culpa e sim minha”, mas não seria bom dizer aquilo para ele.
--- Não, apenas fiquei desapontado porque vamos ter que ir ao meu escritório falar com tio John. Mas prometo para você que logo depois iremos para casa, okay? Eu disse limpando a boquinha dele e o fazendo sorrir.
Fomos até o escritório, eu deixei Isaac sentado ao lado de fora do meu escritório e entrei com John, não queria que ele ouvisse aquela conversa com John não faria bem a ele.
--- Aqui estão os papéis como pediu, preciso apenas de sua assinatura e da de Aurora e logo partiremos para a guarda de seu filho. John falou abrindo sua pasta e logo colocando alguns papéis ali.
--- John, você é o único amigo que tenho e eu preciso falar disso com você. Eu disse pegando aqueles papéis em minhas mãos e lendo algumas coisas ali.
--- Estou aqui para lhe ajudar, sabe disso. Ele falou compreensivo e se sentou em minha frente.
--- John, eu sinto que ainda amo Aurora, não posso deixá-la assim. Não quero mais viver sozinho naquele apartamento. Eu quero viver com Aurora de volta, mas não sei se ela vai me aceitar. Sempre que precisa que eu fique com Isaac ela me pede desculpas, ela diz que não queria me atrapalhar deixando ele comigo, mas você mesmo sabe que para mim é felicidade quando Isaac está comigo. Noto que ela se sente culpada de isso tudo, mas eu queria mostrar a ela que ainda temos uma chance. Eu disse olhando para ele e segurando o pequeno retrato de Aurora que eu sempre mantinha sobre minha mesa de escritório.
--- Bom, está me dizendo que não quer mais se separar? Ele perguntou pegando os papéis sobre a mesa e olhava para mim sério.
--- Eu preciso falar com ela, preciso marcar um encontro. Não quero que nosso casamento se acabe assim. Poderia me dar mais um tempo? Acho que estou confuso com essas decisões, mas realmente sei o que se passa em meu coração. Eu disse colocando o retrato de Aurora de volta sobre a mesa e vi ele sorrir para mim.
John se despediu de mim e assim que saiu do escritório eu chamei Isaac, que estava em sua cadeira de rodas perto da porta. Ele veio até mim sorrindo e ficou ali parado, analisando cada canto do meu escritório e percebi que ele sorriu quando viu uma foto sua em minha estante.
Eu pedi licença a ele quando minha recepcionista me chamou para fora do escritório. Quando voltei fiquei observando ele, e notei que ele olhava alguma coisa em suas mãos. Não demorou para que ele percebesse que eu estava atrás dele, ele se virou e sorriu.
--- Está é minha mãe? Ele perguntou me mostrando o retrato com a foto de Aurora.
--- Sim. Sorri para ele que passava seus dedos contornando os traços de Aurora na foto.


--- Papai, você acha minha mãe linda? Ele perguntou ainda olhando para a foto enquanto eu me sentei em sua frente.

--- Ela é muito linda, maravilhosa. E você, o que acha? Eu disse sorrindo para ele e vi ele colocar o retrato sobre a mesa.
--- Muito linda demais. Papai, se você não está mais morando com minha mãe, por que tem uma foto dela aqui? Dizem que quando um pai e uma mãe não moram juntos é porque não se amam mais. Ele perguntou sem eu esperar e eu já me preparava para responder a sua pergunta.
--- Eu ainda amo sua mãe, pode não parecer para ela, mas eu a amo. Eu falei olhando para ele enquanto seus olhinhos curiosos esperavam pela resposta.
Eu o abracei e senti o seu cheirinho que era tão bom quanto o de sua mãe. E aquilo me trouxe boas lembranças.
Mais tarde eu o levei para minha casa e não demorou para Aurora chegar e levá-lo. E meu dia se tornou melhor quando eu vi o belo sorriso dela. Ela ainda era minha e eu ainda a amava. Eu teria ela de volta. 

 
 Capítulo 36
Estava almoçando com Emilly aquela hora, distraídas. Conversávamos sobre Isaac e é claro sobre Michael, que ultimamente não saía da minha cabeça.
--- Aurora, por que você não mostra pra ele que ainda o ama? Ela perguntou sorrindo enquanto eu apenas olhei para baixo.
--- Eu não sei Emilly, tenho medo de que tudo aconteça novamente. Eu disse dando um gole em meu suco.
--- Medo do que? Você não está mais trabalhando de noite e também não dá aulas agora todos os dias, por que têm medo? Ela falou tocando minha mão me fazendo sorrir.
--- Acho que ele está assim só por causa de Isaac, aquele dia eu o vi com Macri, é pena de mim que ele deve ter. Eu disse aquilo, pois as vezes era o que minha cabeça me dizia.
--- Só um maluco mesmo para dizer que ele não está caidinho por você. Se toca Aurora. Helloooo! Ela falou sacudindo a cabeça e me fez rir com seu jeito louca de ser.
--- Obrigado por estar comigo nesse momento, acho que se não fosse você... só um minuto meu celular tá tocando. Eu disse sem terminar o que ia dizer pra ela. Olhei no visor e era Michael meu coração acelerou em meu peito.
--- Alô? Eu disse fingindo não saber quem era, mas sabia que era ele.
--- Oi Aurora aqui é Michael. Como você está? Ele perguntou docemente e sua voz parecia droga para mim, pois me deixava louca por ele.
--- Estou bem e você? Eu perguntei no mesmo tom e sorri para Emilly que estava sentada á minha frente curiosa para saber quem era.
--- Estou melhor agora... tem algum compromisso hoje? Gostaria de sair comigo? Ele perguntou sedutor do outro lado da linha, não faça isso comigo homem!
--- Quem é que está falando com você, Aurora? Está me matando de curiosidade! Emilly falou quando eu arregalei os olhos e sorri completamente boba para ela.
--- É ele! É ele Emilly! Ele quer sair comigo. Eu falei tampando o alto-falante do telefone e sorria de orelha a orelha para ela.
--- E você? O que disse? Vai, não vai? Ela perguntou ainda me olhando com aquela cara maluca dela e sacudia as mãos, realmente parecíamos duas adolescentes bobas.
Eu fiz cara de desanimada e escutei Michael me chamar no telefone.
--- Anda Aurora! Responda logo, você vai! Nem que eu tenha que amarrar você, mas você vai. Ela falou com cara de mandona, e eu sabia que ela discutiria mais tarde sobre aquilo.
--- Aurora? Está aí? Desculpa se lhe atrapalhei, se não puder só me dizer. Michael falou do outro lado da linha e depois não demorei para responder á ele.
Afirmei que iria e ele me disse que passaria em minha casa para me buscar, meu coração estava a mil e foi assim que ele ficou o resto da tarde.
Emilly me levou para o shopping e lá fizemos compras de roupas e fomos no salão de beleza, naquela noite queria mostrar á Michael o melhor de mim.
Emilly disse que ficaria com Isaac para que eu e Michael tivéssemos aquela noite somente para nós dois.
O vestido que havíamos comprado era simples, mas eu sabia que aquilo mexeria com ele. Era preto, e não chegava a cobrir totalmente minhas coxas, e é claro que tinha um belo decote que dava uma visão de meus seios. Me arrumei com a ajuda de Emilly e no horário eu já estava pronta esperando por Michael.
Falamos para Isaac que eu sairia com Michael e ele ficou alegre, pensei até que fosse chorar. E ele sorriu para nós lindamente quando me viu descer as escadas de nossa enorme e vazia casa.
Não demorou para que Michael chegasse e me fazer se deslumbrar com a sua elegância, uma coisa que ele sempre tinha com ele. Coisa que eu sempre amei em Michael.
--- Boa noite, Aurora. Está muito bela hoje. Ele sorriu e beijou minha mão.
--- Boa noite. Você está muito mais. Eu falei sorrindo para ele e o vi olhar profundo em meus olhos. E era aquele jeito dele de me olhar assim que eu me fez ser doida e me apaixonar loucamente por ele.
--- Podemos ir? Ele perguntou ainda segurando minha mão.
Eu assenti com a cabeça e em silêncio fomos até o carro dele.
O tempo que durou de minha casa até o restaurante eu tive para apreciá-lo em minha mente. Ele estava perfeitamente cheiroso, e eu já estava convencida de que seu cheira já havia me embriagado aquela altura da noite. Seus cabelos estavam presos em um simples rabo de cavalo, e alguns de seus cachos caiam sobre sua face, o deixando com aquela face estilo “Michael” que eu amava. Michael estava perfeitamente vestido dentro de um belo terno preto e uma camiseta social azul claro, bom e não posso deixar de falar de seus sapatos, brilhosos como sempre!
Eu ainda estava nervosa, meu coração pulava em meu peito as vezes sentia minhas mãos tremerem e não podia acreditar que depois de tantos anos casada eu ainda sentiria aquelas reações.
Assim que chegamos no restaurante fomos abordados a um andar luxuoso, tranquilo e romântico. Michael continuava segurando minha mão e pouco falava, apenas olhava em meus olhos e sorria.
Assim que fizemos nosso pedido e o garçom se retirou pude notar que ele começou a se sentir como em nossos velhos encontros.
--- Você está realmente maravilhosa hoje sabia? Ele disse pegando a taça de vinho que estava sobre a mesa e delicadamente deu um gole em sua bebida.
--- Michael, sabe que esses elogios me deixam sem graça. Eu disse sorrindo e também pegando minha taça para dar um gole.
Nós conversamos sobre assuntos sem futuro enquanto jantamos e comemos sobremesa, mas eu sabia que ainda havia algo para ele falar.
--- Sabe Aurora, a meses venho pensando em coisas relacionadas ao futuro de Isaac e também em nossas vidas. Muitas pessoas quando se separam um não quer ver a cara do outro nem pintada de ouro, mas acredito que com nós foi diferente. Não estamos ainda totalmente separados, mas desde o começo disso tudo sempre quis manter a amizade que tenho com você e o respeito é claro. Sabe que eu a admiro muito, e lembre-se de que antes de sermos marido e mulher éramos amigos. Convidei você aqui hoje porque não queria que aquele amor que sempre juramos um para o outro acabasse de qualquer jeito. E confesso que eu também errei. Ele falou tocando minhas mãos com carinho e sempre mantinha seu olhar no meu.
--- Eu errei muito Michael. Fui egoísta durante aquele tempo, havia me esquecido de minha família. E a única coisa que tinha em meus planos era meu trabalho, mas hoje eu aprendi a dar valor às coisas que eu realmente amo. E você não sabe, mas em meu coração há uma tremenda mágoa por ter deixado tudo isso acontecer. Eu falei já com lágrimas nos olhos e eu queria ter força o bastante para não deixá-las caírem em um momento tão especial quanto aquele.
--- Não quero que fique assim. Saiba que a vida sempre tem seus altos e baixos, mas veja, você mudou de ideia. Abriu seus olhos e percebeu que não era a coisa certa á se fazer e é por isso que eu a amo e a admiro muito. Aurora, durante esses meses em que convivi fora eu percebi o quanto eu amo a você e a Isaac, eu aprendi que também devo ter paciência e estar com vocês em todos os momentos. São a família que construí e as pessoas que eu amo e as levo guardadas em meu coração para onde vou. E só queria que você soubesse que eu não quero terminar as coisas assim. Tínhamos nossa vida lá na Florida e poderíamos viver exatamente como vivíamos lá aqui em L.A. Acho que devemos dar outra chance a nós mesmos. Ele disse agora tocando minha face com seu dedo polegar e eu sorrir por ele ter compreendido e naquele momento eu ganhei esperança de que tudo pudesse voltar a ser como era antes.
Ele sorriu para mim e estávamos em um olhar profundo ali e sem que pudéssemos impedir nossa vontade nossos lábios se tocaram e um beijo lento, porém cheio de vontades foi dado.
Nós decidimos beber mais algumas taças de vinho, não o suficiente para ficarmos bêbados, mas apenas para relembrar nossos momentos que tínhamos a dois.
Percebi que era tarde e não queria deixar Isaac me esperando até muito tarde da noite, não podia esquecer que eu ainda era mãe.
Entrei no carro de Michael e ele me olhou sorrindo falou algo que agora não tenho lembranças, mas lembro que seu hálito com o cheiro do vinho e seus lábios doces me chamaram para mais um beijo e aí eu tive certeza de que a noite não acabaria ali.
--- Michael eu o quero. Eu o desejo essa noite. Eu disse tocando seu peito em meio aos nossos beijos enquanto ele intensificava mais e mais aquele beijo.
Capítulo 37



[By Michael]
Quando Aurora disse aquilo eu simplesmente fiquei fora de mim, eu estava doido por ela e eu sabia que nós nos amaríamos aquela noite, podia sentir pelo seu jeito carinhoso e delicado de me demonstrar aquilo.
--- Eu também a desejo muito, meu amor. Eu sussurrei ofegante em seu ouvido acariciando sua face.
Em poucos segundos eu já parava com meu carro na garagem de meu apartamento e aos beijos com Aurora nós nos dirigimos até o elevador. Foi dificultoso chegarmos dentro de meu apartamento, não nós largávamos um minuto se quer.
Eu fechei a porta do apartamento e Aurora me empurrou contra a porta me fazendo bater as costas, não dei bola para aquilo, estava concentrado em seus lábios doces. Eu estava doido por ela e já começava a sentir meu membro aparecer entre nós.
Comecei a beijar seu pescoço loucamente e ela sussurrava palavras em meu ouvido, peguei ela em meus braços e a levei até meu quarto enquanto ainda nós beijávamos, parecíamos dois loucos, era a saudade que cada um tinha do corpo do outro. Delicadamente eu a coloquei em minha cama e sobre seu corpo eu a beijava, sentia as mãos dela iriem em direção aos botões de minha camisa social. Minha gravata e meu paletó eu já havia tirar, pois eu precisava me desfazer daquela agonia que era amar Aurora urgentemente. Não demorou para que pudesse sentir ela tirar minha camisa social e jogá-la no chão e logo estar beijando meu peitoral. Acabei gemendo quando ela de propósito arranhou meu peito e mordi seus lábios.
Ela fez com que eu deitasse na cama e rapidamente se levantou, me deixando na cama deitado louco de tesão por ela. Delicadamente ela abriu o fecho de seu vestido e deixou ele deslizar por seus ombros até cair no chão, revelando para mim uma pequena e delicada calcinha. Voltou para cama engatinhando sobre a cama mordendo os lábios. Rebolou sobre meu membro que latejava dentro de minha calça social enquanto minhas mãos acariciaram suas pernas e pararam em sua cintura.
Não demorou para ela abrir minha calça e se livrar dela junto com minha boxer. E assim também fiz com sua calcinha e acariciei seu clitóris e ela sorriu safada para mim enquanto eu fazia aquilo. Agora fiz ela deitar na cama e abri suas belas pernas, ainda brincando com seu clitóris com meus dedos eu deslizei com minha glande em sua entra, mas não a penetrei o que a fez gemer para mim.
--- Vamos Michael, me mostre que só você é capaz de causar essas reações em mim. Ela gemeu tocando meu pênis e eu sorri por ela ainda ser a mesma.
Não brinquei muito com nossos desejos e logo eu a penetrei, a penetrei com carinho e lentamente de modo que eu pudesse ver suas reações quando eu a amava. Aurora fechou os olhos e mordeu o seu lábio inferior, eu beijava seu pescoço e logo já começava a descer para seus seios enquanto fazia movimentos frenéticos nela.
--- Oh céus! Como eu amo isso, Aurora. Eu disse a invadindo cada vez mais rápido.
Uma de minhas mãos acariciavam suas pernas enquanto a minha outra mão e minha língua massageavam seus seios, e Aurora gemia para mim pedindo mais e mais.
Sua pele estava se arrepiando, seus gemidos estavam cada vez mais altos e eu já deduzia que ela não demoraria para ter seu orgasmo ali. Mais alguns movimentos e eu senti ela gozar sobre o que eu também fiz nela logo em seguida.
Ofegante eu pesei meu corpo sobre o dela e com meus olhos fechados eu sentia ela acariciar minhas costas e meus cabelos, procurei sua boca e a beijei demoradamente.
Ficamos alguns minutos assim, mas meu desejo por ela não tinha acabado ali e eu a queria mais e mais aquela noite.
--- Meu amor, eu a quero mais um vez. Eu preciso de você. Eu disse em seu ouvido tocando novamente seu clitóris e passando meu polegar em sua boca.
Eu me sentei na cama e ela olhou para mim maliciosa, veio de quatro até mim e logo a senti se sentar sobre meu membro me fazendo a penetrar, ambos gememos. Começamos deliciosas cavalgadas, ela gemia arranhando minhas costas enquanto eu a segurava pela cintura e apertava seu bumbum a ajudando com as investidas.
Entre gemidos, beijos desesperados e o suor de nosso corpo a escorrer nós nos entregamos ao êxtase.
Aurora tombou seu corpo para trás e eu pesei o meu corpo sobre o seu. Mas acabei trocando nossas posições. Colocando ela em meus braços e acariciei seus cabelos enquanto nós nos recuperávamos daquele amor.

Capítulo 38
É acabei tendo uma noite de amor com Michael, uma das melhoras que eu já tive com ele. Ele estava carinhoso, falava coisas doces em meu ouvido durante a noite e aquilo só serviu para que eu ficasse cada vez mais e mais apaixonada por ele.
A note havia sido perfeita e eu não me arrependeria de ter feito tudo de novo, mas eu estava ciente de que aquilo não era a volta de nosso casamento, pois eu sabia que daqui umas semanas John traria os últimos papéis para serem assinados.
As vezes eu me conformava por ter perdido Michael, mas havia uma coisa em minha vida que eu não me conformava, que era a deficiência que Isaac possuía agora. Ele continuava aquela criança feliz e sorridente, mas as vezes eu o via ficar observando seus coleguinhas da escola correrem e brincar enquanto ele tinha que ficar naquela cadeira apenas observando. Ele estava fazendo fisioterapia e agora não precisava ficar somente com aquela bota ortopédica, mas mesmo assim não me conformava. Eu me sentia culpada em todos os instantes e eu já estava começando a ficar do dia em que fui até aquela maldita vidente!
Eu havia trabalhado aquela tarde e logo que sai do trabalho peguei Isaac na escola, liguei para Michael e perguntei se seria possível ele ficar com Isaac, precisaria resolver algumas coisas aquela noite. Como sempre ele não negou ficar com Isaac e quando eu o deixei lá percebi que Isaac só faltou pular da cadeira para ir para os braços do pai e quase chorei ali na frente deles.
Logo em seguida eu liguei para Emilly, eu não havia dito a ela para onde nós iríamos apenas a prometi um sorvete na volta e ela foi comigo igual um cachorrinho.
--- Nossa Aurora, você já passou dois semáforos que estavam fechados sabia? Emilly falou olhando para trás, mas eu quase nem escutava o que ela resmungava, pois minha raiva era enorme.
Eu precisava de tirar satisfações com aquela vidente!
--- Aurora! O carro! Ela gritou se segurando no cinto de segurança quando cortei a frente de um carro.
Novamente eu não liguei para o que ela havia dito, eu só sabia que eu queria a saúde de meu filho de volta.
Eu parei o carro em um estacionamento que havia ali no centro de Los Angeles, pedi para que Emilly ficasse no carro e sai pela estrada a fora sozinha naquele começo de noite soltando fumaça pelo nariz.
Foi dificultoso achar aquela bendita barraca daquela vidente, mas eu achei. Vi aquela senhora pegando algumas coisas na rua e correr para dentro da barra, pois parecia que iria chover.
--- Hey você! Eu gritei com ela a assustando e a fazendo me encarar como se não se lembrasse de mim.
--- Sim você! Preciso falar com você! Eu disse entrando rapidamente na barra e a vi ainda me olhar assustada.
--- O que deseja? Ela perguntou antipática e mexia naqueles incensos me fazendo tossir as vezes.
--- Eu quero a saúde de meu filho de volta! Você fez isso com meu filho! Eu não aceito. Eu disse cuspindo as palavras na face dela, ela me observou sentada em sua cadeira atrás de sua mesa cheia de objetos e começou a rir debochadamente da minha cara e eu me indignei.
--- Querida, não é como você está pensando. Isso que aconteceu com você foi obra do seu destino. Eu apenas o revelo, mas não tenho como livrar você de que isso pudesse lhe acontecer. Me diga uma coisa, acredito que seu casamento estava por um fio, não? Não acha que esse mal veio para o bem? Você não percebeu que a doença que seu filho está enfrentando agora aproximou você do seu marido? Ela fez aquele monte de comentários olhando minhas mãos me deixando confusa e fazendo as coisas irem se encaixando.
--- Mas... er... Eu gaguejei sem ter o que dizer ali e ela sorriu.
--- As coisas estão melhorando, não volte atrás! E digo mais, em breve vocês terão uma grande surpresa. Espero ter ajudado! Ela falou sorrindo e fechando minha mão.
Por alguns instantes em que eu pisquei ela sumiu da minha presença e me acordei daquele devaneio quando escutei uma trovoada a qual me fez se arrepiar.
Sai correndo dali em meio aquela chuva com as palavras fervendo em minha mente. Eu queria desvendar todo aquele mistério, mas teria que dar tempo para isso. Até isso acontecer eu ficaria louca.
Naquele dia eu não entendi, mas eu acabei entendendo tudo aquilo alguns meses depois.
Comprei o sorvete para Emilly, mas não a expliquei o motivo daquilo eu mesma não sabia o motivo daquilo, mas daria tempo para que tudo acontecesse como deveria acontecer.
Peguei Isaac na casa de Michael o danado nem disfarçou olhar para minhas pernas e sem que Isaac percebesse ele me puxou para um beijo, mas não fiquei em sua casa precisaria trabalhar cedo no outro dia.
Um mês se fazia da minha visitinha á vidente e por incrível que pareça eu não notava a boa parte da minha história, mas eu seguia meu caminho tentando chegar até lá.
Estava na sala de aula com meus alunos, conversava com eles. Discutíamos sobre a matéria, aquela matéria que todos alunos estão ansiosos para estudar: A Segunda Guerra Mundial. Tirava as dúvidas deles e acrescentava algumas curiosidades que eu havia passado anos estudando, mas naquela manhã estava difícil para mim prestar atenção na aula. Meu estômago estava se revirando aquela hora da manhã e eu estava me segurando para não ter que ir no banheiro.
Houve uma hora que eu não aguentei, acabei pedindo licença aos meus alunos e corri até o banheiro. Quase não deu tempo de chegar lá. Despejei tudo que tinha no meu estômago a janta da noite passada com Michael e meu café da manhã se faziam presentes ali. Credo!
--- Aurora, está bem? Vi você passar correndo. Escutei Emilly entrar no banheiro e bater na porta em que eu estava.
--- Estou... bem... nossa. Só é um mal estar. Vou me lavar e voltar para a sala. Eu disse dando a descarga e abrindo a porta para me lavar na pia.
--- Tem certeza que está bem? Nossa você não vai para a sala assim, veja como está pálida! Ela falou arregalando os olhos quando me viu.
--- Eu estou bem, sabe que vivo assim agora. Eu disse lavando meu rosto enquanto ela fazia seu discurso.
É Emilly me obrigou a descer com ela até a secretária, mas aquilo estava cheio e eu estava começando a ficar com falta de ar e foi em um momento que Emilly se afastou de mim que eu senti minhas pernas amolecerem e meus olhos pesarem.
Capítulo 39
Eu sentia mãos me tocarem e quando fui me mexer meu corpo estava meio dolorido. Tentei me sentar, mas senti alguém me segurar então decidi abrir os olhos lentamente. Havia uma luz um tanto amarela em cima de mim, mas consegui abrir meus olhos.
Escutei a voz de Emilly ao longe conversando com alguém que eu só via a silhueta daqui. Fiquei alguns minutos ali parada encarando o teto, mas eu queria saber aonde eu estava então eu decidi me sentar.
--- Nada disso senhorita! Emilly disse me olhando séria e eu notei que estava em um quarto de hospital.
--- Pode me dizer o que eu estou fazendo aqui? Perguntei olhando para ela enquanto ela sentou do meu lado ali na cama.
--- Desmaiou, pensa que é assim a vida? Doutor logo vai trazer seus exames, mas já desconfiamos do que seja. Ela falou sorrindo um tanto maliciosa para mim e estranhei aquela atitude.
--- O que é que você tanto sorri hein? Não estou com cara de palhaço estou? Perguntei irritada e senti aquela vontade de vomitar novamente.
Ela nada disse mas notou minha cara verde quando aquele vomito chegou em minha boca e eu tive que pular da cama para ir até o banheiro. Eu estava começando a entender, estava ferrada.
Não demorou para o doutor chegar com o exame e já me parabenizar. Sim eu estava grávida de seis semanas, é foi do meu encontro com Michael resultou nisso. Eu logo fui liberada para sair, o médico apenas em deu aquelas instruções de todas grávidas.
--- Michael ficará feliz. Emilly falou sorrindo enquanto dirigia. É aquela doida não me deixou dirigir e eu fiquei imaginando o que é que ela faria mais quando eu estivesse com uma barriga do tamanho do mundo xingando Michael de tudo.
--- E quem disse que irei contar a ele? Eu falei um tanto desapontada, pois me lembrava do dia que descobrir estar grávida pela primeira vez, realmente foi a felicidade dele durante aquele tempo.
--- Aurora, não acha meio injusto? Essa criança é de Michael também, assim como ele ama a Isaac irá amar essa criança. Ela falou sem olhar para mim, prestava atenção no trânsito.
--- Emilly, hoje a noite Michael marcou de ir até minha casa para assinarmos os papéis. Acha que só porque estou grávida dele que ele via querer voltar comigo? Eu falei tocando meu ventre depois de alguns anos e tendo novamente aquela sensação. Momento mágico e maravilhoso que agora era as trevas.
Fomos em silêncio durante aquele caminho. Eu sabia que quando chegasse em casa Michael estaria me esperando com aqueles malditos papéis para assinar, talvez ele quisesse ficar com aquela secretária de meia tigela e me deixar.
Assim que cheguei em casa tomei um banho, estava toda melada desde a hora em que eu estava dando aula. E não demorou muito para que logo Michael chegasse. Chegou com Isaac fazendo barulho pela casa como á um ano atrás. Desci até meu escritório e o recebi lá enquanto a babá de Isaac o levou para tomar banho e jantar.
--- Boa noite, como está? Como já deve saber vim trazer os últimos papéis. Ele disse se sentando em minha frente e me entregando aqueles papéis.
--- Boa noite, estou bem. Apenas algumas complicações durante o dia, mas nada fora do normal. Eu falei disfarçando um sorriso e pedi para que ele não me perguntasse mais nada.
Eu li aqueles papéis com atenção e assinei, sim eu assinei. Foi doloroso para mim, estava jogando anos de casamento fora, estava partindo meu coração e quebrando o laço que eu tinha com Michael aquela hora. Meus olhos encheram de lágrimas naquele momento, mas eu não o deixei perceber. Quando eu olhei nos olhos de Michael parecia que ele escondia algo e eu fiquei com raiva de não poder desvendar agora os mistérios de seus olhos negros, que muitas vezes me fizeram viajar neles.
--- É acho que agora, tudo terminou por aqui. Eu disse disfarçando minha dor e senti o ser que agora estava dentro de mim morrer, foi aquilo que eu senti.
Michael sorriu forçado e se levantou para sair da minha sala, abri a porta e vi ele sair lentamente, mas minha mente pesou. Eu precisava contar a verdade a ele.
--- Michael! Eu chamei seu nome quase como um grito que aliviou minha garganta depois de alguns minutos pensando se seria certo ou não contar a ele.
--- Sim? Ele sorriu para mim, mas eu não pude segurar quando meu bebê se revoltou e me fez correr para o banheiro que havia em meu escritório.
--- Aurora? Aurora, você está bem? Michael perguntou preocupado quando me viu correr para o banheiro e vomitar ali como uma maluca.
--- Nós estamos bem. Eu sorri e ele me olhou confuso mas logo sorriu.
--- Michael eu estou grávida de seis semanas. Eu falei pegando na mão dele que ele me ofereceu para me ajudar e lavei meu rosto na pia.
--- Sabe Aurora, eu tenho uma coisa para lhe dizer. Ele falou tocando minhas costas sorrindo para mim e eu senti vontade de abraçá-lo.
--- Diga... Eu falei me virando para ele.
--- Não quero que nosso casamento acabe aqui. Eu ainda a amo. Vi que você ainda é a mesma mulher, a mesma garota que conheci a anos atrás. Ele disse tocando minha face e eu sorri.
--- Pois saiba que eu também ainda o amo, muito. Veja o estrago que faz em mim seu bobo! Eu falei fazendo ele rir e ele me abraçou e um beijo demorado foi dado, me senti me casando novamente.
Fomos despertados daquele beijo com uma pequena mãozinha que nos cutucava e quando olhos era Isaac. Meu filho! Ele não estava na cadeira de rodas, ele estava em pé ao nosso lado se segurando na porta e eu sorri enquanto lágrimas rolavam em meu rosto. Michael pegou ele em seus braços e assim cada um deu um beijo em cada uma de suas bochechas e ele sorriu.
Michael rasgou os papéis do nosso divórcio e junto nós passamos a noite observando as estrelas. E é claro nos amos até a chegada do sol.
Isaac ficou feliz ao saber do novo herdeiro da família e já escolhia até um nome. Cada dia que ia se passando meu pequeno ia cada vez mais ficando parecido com o pai e inteligente. Para minha alegria as palavras da vidente estavam se realizando em minha vida. Isaac estava voltando a caminhar novamente, os médicos se surpreendiam com sua recuperação, era para ele nunca mais poder andar, mas acredito que aquilo foi um milagre.
Meu bebê nasceu lindo e forte, olhos tão negros quanto os do pai e seu sorriso era o meu. Uma linda menininha que veio nos trazer mais alegria do que nós já estávamos tendo.
--- Aurora, amor olhe! Michael falou me despertando dos meus agradecimentos á Deus olhando para o céu.
Quando olhei para dentro do quarto pude ver Isaac e minha pequenina virem de mãos dadas andando. Tão lindos! Isaac estava aprendendo a andar novamente e aquilo era felicidade para ele. Agora não precisava mais se segurar nas coisas e já podia correr sozinho.
Eu e Michael junto com Emilly e as crianças voltamos a barraca da vidente, porém ela não estava mais lá. Mesmo assim eu deixei um bilhete para ela, agradecendo por ter me ensinando meu caminho.
Bom, se você está perguntando sobre que fim se deu Macri já irei lhe dizer. Michael acabou descobrindo que ela estava noiva e que todas as vezes que fugia nos encontros que eles tinham era por causa de seu noivo que desconfiava, é a danada voltou para o país onde morava e agora ninguém mais sabe nada! Ri disso quando Michael me contou. Não existia mãezinha doente, era apenas um noivo chifrudo.
Hoje, eu Aurora Jackson entendo o real sentindo da minha família em minha vida. Aprendi que tem mal que vem para o bem e que tem bem que vem para o mal. Não deixe coisas acontecerem com você enquanto ainda pode enxergar seu erro. Lembre-se que nossa família pode não ser a melhor e nem a mais bela, mas não devemos nunca abandoná-la seja lá o que for. Eu deixei a minha por causa do trabalho, mas hoje entendo que minha família é mais importante do que todo o dinheiro do mundo que eu poderia ganhar.

Fim

5 comentários:

  1. Ola estou muito ansiosa para continuar lendo estou amando muito sua fic

    Nao pare por favor!!

    Beijo no coração


    Pra sempre MJ

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  2. Linda fic to amandooo

    Ola Mikaela eu sou a Stefany autora da fic Encontro na Disney seu email havia chegado mais sem querer eu apaguei rsrs
    E é claro q eu deixo vc postar minha fic akii
    Alias sou uma grande fã de seu blog ... acho esse blog maravilhoso..
    Bjoos

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    1. Só te peço uma coisa, vc tem como me passar??, tem em word??? Tem as capas???

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    2. Ixii amg eu so tenho a fic no blog msm e tbm estou mechendo na net pelo celular :(

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  3. Ola Mika! Qnt yempo sem ler suas fics ja estava com saudades seu blog é muito bom adorei essa fic amiga.bjks

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