terça-feira, 24 de junho de 2014

FanFic: "A Proposta" (+18)




Autora: Tay Jackson

E ele ficou completamente obcecado por ela assim que a viu, suas belas curvas e aquele olhar marcante o deixou terrivelmente perturbado. Mas ela era difícil demais, mais do que ele imaginava. Dinheiro, ameaças, nada a convencia. Só lhe dava uma única certeza "Esse homem era o pior homem que eu já conheci" Mas ele mudou, ele realmente descobriu a verdade e provou para ela de todas as formas possíveis. Então uma proposta ressurgiu e essa ela não iria recusar.




Capítulo 1
Michael
-Olha bem para essa sujeira aqui. E você ainda acha que limpou?

-Desculpe Senhor.

-Não quero desculpas, quero serviço feito. Pra que eu te pago mesmo?

-Pra deixar tudo em ordem.

-Pois bem, deixe tudo em ordem.

Eu já estava farto, essas coisas sempre aconteciam comigo. Contratar pessoas que não servem pra nada, nem pra limpar um simples móvel da minha casa.

A mulher tremia com o espanador em mãos sobre o meu olhar acusador.

-Anda saia da minha frente, já chega com isso. _Ela saiu rapidamente e eu bati com força meu punho fechado no móvel.

Eu era um homem de 45 anos podre de rico e estressado, nada me satisfazia, nada me preenchia. Era difícil demais alguém me agradar tão facilmente.

Peguei minha Ferrari prata e fui até meu escritório em um prédio luxuoso da região.

-E ai meu garoto! _Era Stiven entrando em minha sala.

-Oi. _Falei desanimado.

-Xiii vejo que você acordou de mal humor hoje.

-Só hoje? Estou cercado de idiotas Stiven, ninguém faz o que eu mando, estou pra explodir.

-O que você precisa é de relaxar, desligar de tudo isso. Ah e o mais importante, ter uma família.

-Há, você só pode está brincando não é? Me meter com mulher Stiven, e ainda um monte de crianças melequentas correndo pra tudo quanto é lugar sujando minha casa? Nem pensar.

-Cara você é terrível. _Nem me importei com o comentário dele, eu era mesmo.

-Mulher pra mim é só pra satisfazer os meus desejos e pronto. Outro dia, outra mulher, outras sensações. Nada de me apegar, não sou esse tipo de cara e nunca vou ser.

-Cuidado um dia pode ser que você morda sua própria língua.

-Ihh Nem vem me jogar praga ok Stiven? Estou seguro de mim e é isso.

-Se você diz...

Sentei em minha cadeira e cruzei minhas mãos atrás da cabeça todo relaxado.

-Mas você está certo, preciso relaxar. Por isso vou a caça.

-Oh oh oh esse é o Michael que eu conheço.

Eu era esse tipo de cara, largado, despreocupado, arrogante, metido, complicado, mas ao mesmo tempo eu era uma pessoa de bem.





Capítulo 2
Michael
Quando cheguei em casa naquela noite tratei de tomar um longo banho para relaxar meu corpo passando a esponja em toda minha extensão, eu precisava tirar por inteiro o suor e o cansaço do meu corpo, a final de contas eu iria me dar bem essa noite.


Vesti de um terno fino, extremamente elegante, peteei bem meus cabelos, usei um perfume forte para homens e já estava pronto para sair.



Estacionei meu carro em frente a uma boate, depois adentrei o lugar olhando em volta a casa estava lotada e muitas mulheres lindas andavam por ali.

Me sentei em uma mesa a frente do palco onde tinha apresentação de estripes e fiquei ali alguns segundos até que uma moça quase nua me ofereceu um drink. Peguei a bebida e comecei a beber na espera de começar as apresentações.

Cruzei uma de minhas pernas em cima da outra coloquei a mão no queixo e fiquei de olho.
Foi ai que em fim apresentaram uma dançarina que a principio nem prestei atenção no nome estava distraído com algo, eu não estava interessado mesmo. Mas quando ela entrou meu desinteresse foi reduzido ao pó.

Ela era linda, sexy, como uma verdadeira mulher que sabe deixar um homem em alto nível de excitação.

Ela começou a dançar, em um ritmo envolvente de uma música calma que tocava, seus movimentos eram sutis, porém sensuais. E não demorou muito para eu me excitar.

Ela foi com a mesma sutileza tirando sua roupa de cima que fazia parte do figurino de policial que ela trajava. Seus seios fartos dentro daquele sutiã preto com pedras brilhantes era uma tentação. Pensei em quanto eu os queria na palma de minhas mãos, e depois em minha boca.

Tirou a boina de policial da cabeça e os cabelos ondulados cor de mel se soltaram, dando ainda mais um charme a mais. Ela continuava dançando perfeita e linda. A música deu uma batida mais rápida e eis que ela tira sua saia ficando apenas de calcinha minúscula ali bem na minha frente. Nem precisa dizer que quase enfartei? Meu pênis brigava para soltar pra fora. Eu já estava louco para transar com essa mulher.

Foi quando ela andou lentamente até o poli dance, se virou para a plateia e esfregou aquele bumbunzão naquele pau cheia de insinuações. Meu corpo tremeu e eu soltei um pequeno gemido sorrindo após com um dos meus dedos no lábio.

Ela adentrou com os dedos na lateral da calcinha e foi rebolando até o chão como se fosse tira-la, mas não fez isso só aguçou mais o meu desejo.

Então ela veio caminhando até a plateia e eu não tirava meus olhos de cima dela, segurou meu queixo chegando tão perto dos meus lábios. Fiz menção de beija-la quando ela desfiou me deixando irado, mas me controlei.

O chefe de cerimonia finalizou a apresentação dela e ela saiu do palco.

Ah mais eu vou transar com essa mulher ainda hoje.


Capítulo 3
Por Michael
Assim que estabelecimento ficou completamente vazio fui até o bar pedir mais uma bebida. Degustei um copo meio vazio de Whisky e quando olhei a minha frente a gostosa apareceu ao meu lado.

Encostei meu cotovelo no balcão no bar me virando para ela com um sorriso safado nos lábios, ela permanecia olhando para frente sem se importar comigo.

-Te dou 1.000 Dólares pra passar a noite inteira comigo. _Ela que até então não estava dando a mínima para mim, se virou me encarando.

-Desculpa eu não faço programa, apenas danço. _Disse e foi saindo, meu sorriso se desfez e eu me enfureci. Segurei no braço dela antes de se afastar.

-Ah qual é gata? Não se faz de santa agora, é só uma noite. Aposto que não será a primeira.

Toquei em seu rosto acariciando completamente e fui descendo até o decote em seus seios, acariciei sua abertura entre eles observando cada passo meu  quando ela pegou na minha mão e tirou bruscamente.

-Olha aqui cara, eu não sei quem você é e nem quero saber. Mas se me tocar de novo eu...

-Você o que? _A Encarei com fúria. –Vai me bater? Haha só é uma vagabunda que eu estou doido pra transar só isso.

Não vi a hora e nem o momento só sei que meu rosto ardeu e virou para o lado no exato momento que ela me deu um tapa na cara.

-Você não sabe nada sobre mim, então sugiro que fique com a boca bem fechada antes de falar qualquer coisa. _Deu meia volta e me deixou lá com cara de taxo com um ódio tremendo.

-Se está tentando levar Rachel pra cama perdeu seu tempo. Ela é dura na queda. _Disse o bar tender.

Ah então o nome da vadia é Rachel?

-Isso não vai ficar assim, essa vagabunda não perde por esperar. _Tirei dinheiro do paletó e joguei para o bar tender antes de sair do lugar.

Eu sabia o que fazer para levar aquela mulher pra cama e ela não irá recusar.


Capítulo 4
Por Michael
Eu não iria sossegar até conseguir o que eu queria, era aquela mulher que eu queria na cama e eu teria de um jeito ou de outro.

Descobri onde era a sala do dono daquela espelunca e bati duas vezes na porta até ouvi-lo dizer para entrar.

-Pois não Senhor? _Andei até chegar próximo de sua mesa.

-O que eu tenho pra falar é rápido e objetivo.

-Sim.

-Eu exijo me deitar com um de suas dançarinas, mas especificamente com Rachel. _O Homem gordo barbudo começou a rir como se eu falasse uma coisa muito engraçado, ri de leve apenas observando a hora que ele pararia.

-Rachel não se deita com clientes, é um contrato que ela tem com a casa.

-Pois ela vai ter que se deitar comigo.

-Não posso obrigar os meus funcionários Senhor...

-Jackson, Michael Jackson.

-Senhor Jackson, sinto muito. _Me cheguei mais perto da mesa e me apoiei com as duas mãos na madeira olhando bem dentro de seus olhos.

-E o que acha de eu pagar o DOBRO do que a casa ganha em um ano? _Os olhos do cara se arregalaram e brilharam cash.

-Nossa Senhor, tudo pela Rachel? _Ergui os braços em forma de que eu não podia fazer nada se fiquei louco por ela.

-Você tem uma funcionária gostosa cara. É uma pena que não a obrigue a fazer programas, ela lucraria muito bem.

-Rachel é diferente, eu entendo sua situação ela..._O interrompi antes que começasse um discurso que eu não estava a fim de ouvir.

-Então, ela será minha amanhã ou não?

-Pagar o dobro que a casa lucra durante um ano é uma oferta em tanto. Eu vou tentar convence-la. Mas creio que não vá funcionar. _Eu já estava me irritando com aquela sensação de talvez.

-Eu quero que você a obrigue. Ou...

-Ou?

-Se Rachel não estiver a minha espera amanhã e não subir em um de seus quartos comigo. 

Eu irei fazer de tudo para essa espelunca ser fechada o mais rápido que vocês não vão conseguir nem piscar. Suas funcionárias estarão no olho da rua e você. Eu cuidarei para que não arrume mais nenhum tipo de emprego. Você, sua família todos irão perecer. _Consegui assustar o homem.

-Não Senhor por favor, isso não.

-Foi isso que imaginei. _Fui dando meia volta e saindo em direção a porta, mas depois me virei dando o último recado.

-Diga a ela para vestir algo, digamos... Mas sensual que ela conseguir. _Ele assentiu e eu sai com um sorriso lascivo no rosto.


E como sempre eu estava quase conseguindo o que eu queria.

Capítulo 5
Rachel

Eu era dançarina a quase 6 anos na mesma boate, com intuito de ganhar um dinheiro no fim do mês pra sustentar minha família. Eu me submetia a qualquer tipo de dança, desde erótica a sensual, mas nunca, nunca me submeteria a fazer programa com os clientes.

Não sou esse tipo de pessoa e não faria nunca por qualquer quantia em dinheiro. Eu não me vendo.

Quando conheci Harry expliquei minha situação pra ele, e ele entendeu perfeitamente, me deixando trabalhar apenas como sua dançarina. Mas claro que sempre há propostas de programa o tempo todo, mas consegui lidar com todas e me sair muito bem.

Até que um cara apareceu insistindo muito e me oferecendo grana alta para me deitar com ele. Claro que não aceitei e não aceitaria de forma alguma. Eu não me vendo desse jeito. O cara era tão desgraçado que ainda teve coragem de passar as mãos em meus seios, mas ele teve o que merecia.

Foi quando eu fui chamada na sala de Harry já no dia seguinte.

-O que? E você concordou? _Eu estava indignada quando soube do motivo.

-Ele vai pagar o dobro do que lucramos durante um ano.

-Mas nem se fosse ouro em pó Harry, sabe que eu não faço isso. _Ele entristeceu.

-Tudo bem, mas se você não estiver pronta para ele daqui a pouco, ele vai foder com a boate e ficaremos na merda. _Me revoltei ainda mais.

-Mas quem esse cara pensa que é? Essa  casa é cheia de mulheres por que esse tarado não vai se meter com outras?

-Ele quer você. E vai ferrar com tudo se você não for. _Bufei.

Esse era um momento ainda mais delicado da minha vida droga! Eu precisava desse dinheiro mais do que tudo eu... Que desgraçado querer se meter comigo logo agora, em um momento frágil que eu estava passando.

-Anda Rachel é só uma noite, ele nunca mais vai voltar e não precisamos sacrificar nada.

-Eu vou sacrificar minha dignidade Harry. _Gritei.

Tentei me controlar um pouco a minha raiva, eu precisava pensar direito.

-Está bem, eu irei. _Cerrei meus lábios.

-Vai dar tudo certo ok? _Ele tentou me tranquilizar, mas eu estava P** da vida.

Subi até meu camarim e me arrumei conforme a exigência do cliente vip. O Desgraçado tarado e intransigente, mas ele não perdia por esperar. Eu faria desse momento o pior pra ele.


Capítulo 6
Rachel

Sai do meu camarim após me arrumar e quando desci as escadas, aquele cara estava lá a minha espera  com um sorriso lascivo no canto da boca. Ai que ódio! Minha vontade era quebrar a cara dele.

Quando cheguei até a ponta da escada ele estendeu sua mão para mim. Fiquei olhando com desprezo, mas estendi minha mão para ele.

-Está linda do jeito que eu esperava. _Sorri sem vontade alguma.

Subimos até o quarto em silêncio, eu não estava com vontade de me estressar logo agora, mas eu juro que ele estava olhando para a minha bunda enquanto eu andava em sua frente. Esse cara era mesmo um tarado.

Parei ao lado da cama e ele ficou de frente para mim, me encarando por longos segundos sem fazer nada. Coloquei a mão na cintura.

-Vamos logo acabar com isso? _Fui tirando o body.

-Nossa calma gatinha! Pra quem não queria você até que está me saindo bem ansiosa. _Bufei.

Esse cara tinha um dom de me irritar.

-Primeiro quero que dance pra mim. Pra começar.

Tirou o casaco que vestia e se sentou na poltrona com as pernas abertas.
Com a cara amarrada fui até o som que estava ali  e o liguei.

Comecei a dançar, exatamente da forma que eu sempre danço  em minhas apresentações. Completamente tranquila, pois eu já tinha um plano para esse cara.

E ele estava lá me olhando com malicia, pude perceber até um certo volume em suas calças. Continuei dançando, tirando a blusa que eu vestia, rebolei mais um pouco tirando agora o short brilhante.

Fiquei apenas de lingerie e sinta liga. Ele já estava salivando enquanto apresentava meu número.

Com uma mão joguei meu cabelo pra traz e coloquei um dos meus dedos na boca rebolando até o chão com as pernas abertas muito provocante e insinuativa.

A música acabou e eu já estava ofegante. O cara veio andando até mim sem tirar os olhos dos meus. Fiquei um pouco sem jeito pelo modo que me olhou, parou em minha frente. E quando eu mal esperei ele agarrou em minha cintura me puxando com força para perto do seu corpo.

Dei um pequeno grito pelo susto enquanto ele continuava me olhando, foi quando ele tomou meus lábios tão rapidamente que mal tive tempo de piscar. Seus lábios fortes pressionando em meus lábios, sua língua entrando com força, suas mãos me apertando sem nenhum receio. Ele era bom.

De súbito ele parou de me beijar e voltou a me encarar, meus cabelos já estavam desalinhados caídos em meu rosto, e meus lábios queimando.

Foi quando ele colocou as duas mãos no decote do sutiã e rasgou o mesmo de uma vez.  Ele estava me surpreendendo de uma forma inquietante, mas eu não vou desistir de faze-lo pagar.

Colocou uma de suas pernas em cima da cama encostando meu corpo nele, envolveu seu braço em minha cintura inclinando meu corpo. Focou os olhos em meu seio esquerdo e com a outra mão livre o apertou subindo e descendo bem de vagar, como se quisesse absolver cada sensação para si. Meu corpo inteiro tremia ali, e eu também estava tendo as minhas sensações, quando ele abocanho meu seio, de uma forma surpreendente. Chupando o bico, mordendo também.

Eu esforçava demais para não demonstrar que aquilo me enlouquecia, eu estava quase fraquejando. Até que ele parou graça a Deus.

-Me chupa! _Ordenou.

Agora sim a minha raiva voltou tirando a sensação maravilhosa que eu sentia a poucos e eu agradeci por isso porque agora eu aprontaria com ele.

Ele levou as mãos a calça abrindo, depois arriou. Pude ver aquele pênis ereto e grande apontando para mim.

Fiz como ele disse me inclinei para chupa-lo. Primeiro a cabecinha bem de leve o excitando um pouco mais. Depois fui colocando a minha boca toda, com os olhos pra cima observando suas reações que estava a mais entorpecido possível. Ele ria, sugava o ar pelos dentes, mordia os lábios. Foi quando fui um pouco mais rápido, o vendo se tremer todo. Até que tive uma ideia.

-Ai!! _Puxou seu pênis de uma vez da minha boca e ficou me olhando confuso. –Você mordeu meu pinto garota? _Sorri de leve.

-Ops desculpa. Não estou acostumada com isso.

-Hum. _Me olhou firme desconfiado com a minha desculpa. –Deixa o boquete pra lá vamos transar.

Foi pra cima de mim de uma vez me jogando na cama começou a beijar minha barriga, mordendo, subindo com os beijos até meus seios, e depois desceu até minha intimidade.

Com as duas mãos tirou minha calcinha e abocanhou minha intimidade. Sua língua ia fundo fazendo meu corpo desfalecer, e os meus olhos piscarem. Ele sabia fazer aquilo e estava me deixando louca.

Então ele parou ficando de joelhos na cama erguendo minhas pernas pra cima bem abertas uma de cada lado do seu corpo. E me penetrou, sinto seu pênis entrar com força, e aos poucos foi se movimentando. Apoiou suas mãos na cama na altura da minha cabeça se inclinando em mim. Foi quando ele começou a se movimentar cada vez mais forte, estocando.

-Você é muito deliciosa garota, exatamente como eu imaginei que seria. Eu não  iria sossegar até está aqui, assim. _Me estocou com mais força.

-Você é um tarado é isso que  você é. Um tarado desgraçado. _Sorri sem vontade.

-Admite que está adorando esse tarado desgraçado? Sou bom de cama garota eu sei disso.

-Há! _Ri com ironia.

De súbito ele pegou meu corpo, deitou na cama e me pôs em cima dele.

-Agora cavalga, faz de mim o seu cavalinho.

Foi o que eu fiz comecei a cavalgar, e eu confesso que estava enlouquecendo sentindo o pênis dele indo fundo e voltando, mas ele não precisava saber então diminuir o ritmo o deixando confuso.

-Continua garota. _Parei de vez.

-Não gosto de sexo assim. _Ele se levantou de uma vez e segurou em meu braço.

-Quem manda aqui sou eu, então você vai fazer o que eu falar.

-Mas é comigo que você está transando, e se não fazer do jeito que eu quero você não irá gozar. _Ficou mordido sem ter o que falar.

-Está bem. E como é que você gosta? _Falou tentando controlar a clara irritação que sentia e eu ria por dentro.

-Hum. _Pensei. –Bem romântico, você em cima de mim indo bem de vagar.

Vi sua face se enfurecer.

-Eu não gosto de transar de vagar. _Fez um carão enorme de raiva, ri por dentro.

-Então vamos ficar aqui olhando um para o outro. _Cruzei meus braços.

-Mulheres...Tá, tá tá. Então deita.

Deitei e ele subiu em cima de mim, me penetrou delicadamente parecia um cavalheiro, só não ri da cara dele, porque eu precisava me divertir um pouco mais.

Ele começou a se movimentar lentamente como um verdadeiro obediente, mas como se era esperado, começou a ir mais rápido.

-ah ah ah ah. _O Repreendi. –Não senhor.

Ele bufou e obedeceu.

-Desse jeito vou gozar só amanhã... Vou acabar perdendo o interesse você vai ver. _Dei de ombros. –Mas não vou dar esse gostinho a você.

Começou tudo de novo até que ele gozou, me levando junto dele. Eu estava maravilhada com o orgasmo que senti, foi relaxante, delicado, do jeito que eu gostava. Ele era bom de cama, apesar de eu querer quebrar seu estilo. Abri meus olhos lentamente e ele estava lá olhando para mim.

Me levantei de vagar ficando de pé enquanto ele deitou folgado na cama com as duas mãos em volta de sua cabeça.

-Ah agora estou satisfeito. Aposto que você também está. _Dei de ombros.

-Já tive sexo melhor que isso, mas fazer o que? _Ele se levantou rapidamente me olhando sério.

-Como é que é?

-Não foi aquela coisa que se diz. “Nossa que sexo maravilhoso” deu pro gasto.

-Se você não tivesse sido tão chata e me deixasse fazer do meu jeito...

-Quem sabe fazer sexo faz de qualquer jeito.

-Está insinuando que não sei fazer sexo? Logo pra mim?

-Por que? Nenhuma mulher teve coragem de dizer isso? _Fiz uma cena e ele ficou confuso e bem bolado. _Desculpa sou bem sincera.


Bufando e cheio de raiva, ele se levantou vestindo  sua roupa bastante intrigado e saiu batendo a porta. Comecei a gargalhar sem parar. É consegui o que eu queria, esse desgraçado não vai mais me encher.



Capítulo 7
Michael
Sai daquela espelunca bufando de ódio, quem aquela puta acha que é pra dizer que sou ruim de cama? Se ela tivesse me deixado fazer do meu jeito invés de frescuras com certeza eu me sairia melhor.

No outro dia meu mau humor era ainda pior que a noite anterior e eu estava pra matar um.

-Nossa que humor hein Mike?

-Não enche Stiven que não estou bem.

-Pensei que iria se divertir ontem, pelo visto...

-Você acredita que uma vadia teve a coragem de dizer que eu era ruim de cama? _Primeiro Stiven arregalou os olhos e depois começou a  rir isso me irritou ainda mais.

-Não acredito que você está rindo da minha cara Stiven.

-Desculpa Mike. _Tentou prender o riso. –Logo você que é o bonzão na cama ser chamado assim? Você que se gaba tanto, mas ela deve saber né, é mulher. _Filmei bem a cara de Stiven

-Você está querendo dizer que eu só tenho banca, mas sou um merda?

-Não, não imagina.

-Acho bom mesmo. _Virei para o outro lado, ficando de  costas pra ele, passando a mão na nuca. –Mas essa vadia não perde por esperar, vou faze-la pagar por isso. Ela que me aguarde.

Stiven ficou preocupado me olhando confuso.

-O que você está pensando em fazer Mike?

-Nada demais, só uma coisa atoa. _Passei uma mão em meu queixo com um sorriso perverso nos lábios.

Eu iria voltar a aquela espelunca de novo e Rachel que me aguardava. Ela iria conhecer definitivamente quem Michael Jackson é de verdade.


Capítulo 8
Rachel
Mais uma noite e eu estava pronta para me apresentar como eu sempre fazia todas as noites. Vestida com a minha fantasia de aeromoça eu estava quase pra entrar. Queria esquecer de uma vez por todas aquele episodio com aquele cara e viver minha vida.

O mestre de cerimonia me anunciou, me pôs em uma espécie de elevador no palco e aos poucos fui entrando. Fiquei imóvel no palco com uma das mãos na altura da cabeça batendo continência. Os aplausos ecoaram por todo canto e um sorriso se fez no canto dos meus lábios. Foi quando olhei para minha frente e pude notar aquele homem sentado com uma das pernas cruzadas e um sorriso sujo nos lábios.

Era só o que me faltava, eu não teria paz mesmo não? Meu sorriso se desfez.

Ele se levantou vindo em minha direção, eu não queria olhar pra ele, queria fingir que nem o notei ali e começar meu show. Só que ele fez uma coisa que eu jamais acharia que ele fosse capaz.

Pegou o microfone do mestre de cerimonia e começou a falar.

-Olá senhores presente aqui nessa noite. _Eu não conseguia acreditar naquilo. –Que noite maravilhosa não é? Ainda mais com uma gostosa dessa prestes a dançar. _Revirei meus olhos.

-É isso mesmo senhores, ela é exatamente como nós vemos aqui todas as noites, exatamente como idealizamos. Gostosa, suculenta, perfeita. _Foi se chegando bem perto de mim e eu permanecia ali imóvel sem falar nada.

-O que você pensa que está fazendo? _Sussurrei em seu ouvido.

-Me divertindo apenas. _Sussurrou de volta.

-Vocês não adorariam experimenta-la senhores, hãm? _Houve um burburinho no local. –Não é uma sacanagem cobrarem tanto só pra vê-la dançar? Queremos leva-la pra cama. Eu consegui, e torço para que vocês consigam também.

-É isso mesmo, pagamos muito só para olha-la. _Um cara gordo barbudo se manifestou.

-Ela vale muita grana senhores. Tenho que pagar durante um ano a casa só por uma única transadinha.

Eu não acreditava que ele estava fazendo isso comigo, não dava pra acreditar como aquele homem era capaz de me humilhar tanto assim.

-O que é Rachel? Vagina de ouro é? _Outro se manifestou e todos riam da minha cara.

-Oh ouro puro senhores. Não imaginam o que essa mulher é capaz de fazer.

-Queremos experimentar. _Gritou outro.

-Eu já estou em chamas. _Outro também gritou.

Tirei minha boina da cabeça e sai dali completamente humilhada, eu não quis dizer uma palavra e nem discutir com aquele canalha só queria sair dali e chorar.

Senti uma mão me puxando com força, era ele.

-Espera.

-O que você quer? Já não basta fazer aquele teatro ridículo lá fora?

-Você também me humilhou ontem a noite dizendo que eu não era bom de cama. _Revirei os olhos.

-Vocês homens são tão idiotas.

-Uma noite, uma única noite e posso provar o quanto sou bom e nunca mais volto a procura-la. _Dei uma risada irônica.

-Nunca. _olhei com fúria pra ele.

-Ok, não quer não é? Então foda-se você e essa espelunca. _Ele saiu em passos rápidos até a saída e eu levei as mãos a cabeça com um ódio mortal e depois bati a uma grande que tinha ali.

-Cara estúpido.


Esbravejei desejando nunca mais ver a cara dele tão cedo na vida.



Capítulo 9
Michael
Cheguei em casa bufando, ao mesmo tempo que eu gostei de ter humilhado aquela vagabunda, me senti um completo idiota. Não entendo porque aquela mulher conseguia me deixar assim.

Mas sai dali prometendo a mim mesmo que nunca mais a veria de novo, nunca mais iria me meter com ela.

Dia seguinte depois do trabalho sai com Stiven para almoçar eu não parava de falar do episodio de ontem.

-O pior que ainda vou ter que continuar pagando por um ano aquela espelunca. _Falei chateado, caminhávamos pela rua.

-Você é louco Michael, tudo isso por uma mulher?

-Não sei o que deu em mim, achei que seria totalmente diferente, mas me enganei.

Na verdade eu achei que eu iria ter uma noite maravilhosa e de quebra aquela vadia cairia de quatro por mim, assim aumentando meu ego e me deixando confiante. Eu era assim, meu ego precisava ser massageado sempre que me dava vontade, caso contrario me deixava furioso.

-Deve ser muito gostosa essa mulher pra deixa-lo desse jeito.

-Não quero falar mais sobre ela Stiven, é uma vadia infeliz, metida, e falsa moralista. Não suporto pessoas assim.

Continuamos caminhando até o restaurante em baixo de sol quente dentro de ternos pesados e sapatos muito bem reluzentes. Como o restaurante ficava a poucos metros da empresa era desnecessário entrar dentro de um carro. Foi quando olhei para frente próximo a um play ground a vadia da Rachel.

-Pera ai. _Parei de andar colocando a mão próximo a barriga de Stiven para ele parar também. –Aquela mulher ali, é ela Stiven.

-Quem a Rachel? _Apertei meus olhos mais um pouco para ter certeza.


-Sim é ela mesmo.

Estava diferente, com calça jeans, e blusa de alça muito bem comportada, muito diferente daquela sensual stripper que eu conheci mais era ela.

Me aproximei dali quando ela me notou.

-Está me perseguindo agora? _Falou ríspida.

-Não seja convencida minha filha, estou indo almoçar minha empresa fica a poucos metros daqui. _Se sentiu aliviada ainda assim me olhando firme.

Então uma garotinha saiu do brinquedo caminhou até ela, mas ela usava uma muleta guia como os cegos usam. Rachel a pegou no colo.

-Mamãe. _A Garotinha falou e eu arregalei meus olhos, Stiven estava afastado somente observando.

-É sua filha?

-É sim.

Parecia que tudo fazia sentido agora, parecia que me ficha caia naquele exato momento, os motivos de Rachel e tudo que aconteceu. Sua filha era cega.

-É casada? _Eu tinha que perguntar.

-Não, não sou. _ Permanecia olhando sério para mim. –Agora se me de licença preciso levar minha filha pra casa. _Disse e saiu.

E mais uma vez eu fiquei ali parecendo um idiota.

-Ela tem uma filha cega Stiven, cega! _Esbravejei irritado comigo mesmo.


Capítulo 10
Por Rachel
Sim eu tinha uma filha cega ao qual eu dedicava a minha vida inteira e por ela eu faria qualquer coisa. É por isso que  trabalho na boate a quase 6 anos, desde quando Alice nasceu. 

Eu não tinha o que da pra ela, casa, nem comida, nem o enxoval digno não pude comprar. Depois que o pai dela me deixou fiquei desamparada e perdida, sem pais pra me ajudar. Eu contava com a sorte.

E quando descobri que ela tinha uma doença na visão que a deixou cega pelo simples fato de não poder pagar uma cirurgia a tempo. Isso me da uma culpa muito grande, por minha causa e pela falta de condição minha filha ficou cega. E agora tudo que posso fazer é ficar dançando seminua para pagar um transplante de córnea, é um mínimo que posso fazer por minha filha depois de tudo que aconteceu.

Sei que eu deveria ter um trabalho mais digno, mas trabalho digno requer muito estudo e isso definitivamente eu não tinha e o mais simples não fazia dinheiro rápido ao qual eu precisava. E durante esses 6 anos eu ralei muito pra juntar uma boa quantia para a cirurgia de minha filha.

Nós duas morávamos em uma vila aos arredores de Nova York, havia várias famílias e eu morava em um barraco de um cômodo com ela. A situação era precária, e pouco espaço para uma menininho de 6 anos cega transitar. Mas fora isso tínhamos tudo, amor, carinho. Alice é minha vida.

É por ela que não faço programa, é por ela que aceitei dançar e pronto, sem me prostituir. Mas aquele desgraçado fez questão de sujar minha honra me obrigando a tal coisa.

Eu tive que fazer quando ele ameaçou destruir aquele lugar, eu não poderia me da o luxo de perder aquele emprego, pois além de ganhar o meu dinheiro, era o único lugar que me deixavam fazer as coisas do meu jeito.

Era por isso que senti ódio daquele cara, ele se sentia o superior, talvez era mesmo, mas eu não poderia abaixar a cabeça. Eu não era assim.

-Mamãe com quem você estava falando? _Perguntou minha menina curiosa quando caminhávamos de volta pra casa.

-Ah era só um idiota qualquer. _Ela riu colocando a mão na boca e eu ri também.

Peguei Alice no colo já próximo a minha casa.

-Oi Vanda, como vai? _Cumprimentei uma vizinha, uma senhora de idade.

-Estou bem Rachel e você Alice como está meu anjo?  _Alice tentando olhar em direção ao som da voz de Vanda e seu globo ocular ficava rodando em sua orbita.

-Estou bem Vanda obrigada.

Peguei as chaves do meu pequeno cômodo e antes de abri-lo ouvir um comentário das fofoqueiras que não tinha o que fazer.

-Ah é a Rachel, soube que trabalha seminua para homens em troca de pequeno trocado.

Essas desgraçadas não tinha mais o que fazer e viviam de fofocas, eu realmente não ligava para esse tipo de comentário até porque só eu sabia da minha vida no final das contas, mas não quer dizer que não me feria. Sem ligar entrei pra dentro de casa e fechei a porta.

-Mamãe estou com fome.

-Sente-se na cama Alice, vou preparar algo para comermos ok?

-Aham.

Fui até a cozinha enquanto ela assistia tv, e preparei algo para comermos. Comemos juntas rindo uma para a outra. Depois dei banho nela, ela jogava espuma em mim e eu nela e riamos assim.

Depois deitamos juntas na cama eu não iria pra boate essa noite, eu ficaria com ela era o momento mais feliz da minha vida.


Capítulo 11
Por Michael
Eu sinceramente não conseguia pregar o olho naquela noite com uma porra de consciência pesada. Não entendi porque aquilo acontecia comigo, eu simplesmente pegava uma puta qualquer, fodia e depois não queria nem saber da vida dela. Então por que a cena de Rachel com a filha cega dela me deixou tão abalado?

Eu precisava entender aquilo.

Me levantei mais que depressa vestindo um terno, uma calça social e depois meus sapatos. Eu geralmente me vestia assim o tempo todo.

Eram por volta das 22:00 e com certeza a boate estaria aberta.

Assim que adentrei o local olhei em volta pra ver se Rachel estava por ali e para minha surpresa não estava. Fui direto a sala de Harry o dono da boate eu colheria informações sobre Rachel.

-Se quer uma noite com Rachel sinto muito ela não está hoje. _Foi logo  avisando assim que percebeu que se tratava de mim.

-Não é isso. Só quero fazer algumas perguntas. _Me olhou confuso.

-Sente-se. _Sentei ajeitando meu trono e cruzando uma perna em cima da outra.

-Por que Rachel trabalha aqui? O que aconteceu? _Ele fez uma pequena pausa e logo começou a falar.

-Rachel é uma menina muito boa. Me pediu ajuda para trabalhar aqui assim que descobriu que sua filha tinha  uma doença rara.

-Ela é cega. _Afirmei.

-Sim ela é. E a cirurgia é cara Rachel tem passado esses anos todos juntando a grana pra consegui essa cirurgia pra dar uma condição de vida melhor a filha.

-Mas e o pai da criança, a família dela? _Ele deu um sorriso sem vontade.

-Os pais da Rachel nem vivos são mais. E pai da criança? Rum! Esse ai deu no pé assim que descobriu que ela estava grávida. _Balancei a cabeça.

Os homens são assim mesmo, quando ver uma responsabilidade em frente não querem saber de mais nada.

-É por isso que Rachel não faz programa, ela não é prostitua Sr. Rachel só quer ajudar a filha e mais nada.

Chegou no ponto que eu queria e eu me senti um idiota por ter obrigado a passar a noite comigo só pra realizar um capricho ridículo meu.

-Obrigado pelas informações Harry. _Já me levantei pra sair. –Mas preciso que me faz mais um favor.

-Sim.

-O endereço de Rachel, você poderia me dar eu preciso conversar com ela. _Ele relutou.

-Ihh Não sei não senhor.

-Por favor, não vou perturba-la sério, eu só quero... Quero conversar, oferecer ajuda e só. –Ele pensou, talvez percebeu que eu estava sendo sincero.

-Está bem.

Logo eu estava com o endereço de Rachel em mãos e rumando para casa dela. Era um lugar extremamente precário. Todas as casas eram feitas de barraco de madeira e muito pequeno. Era o extremo da miséria.

Quando achei o barraco dela dei duas batidas na porta e todos me olhavam como se eu fosse um ser de outro mundo. Talvez pelo meu jeito de se vestir e pelo meu carro.

Foi quando Rachel apareceu.

-O que está fazendo aqui? _Falou brava.

-Não vim perturba-la só quero conversar com você. Posso entrar?

-Não!  Minha filha está ai e eu não quero que ela ouça minha conversa com você.

-Então vamos até meu carro. Mas eu preciso conversar com você.

-Você é louco. Como você vem a um lugar como esse vestido assim e com um carro assim? Quer ser assaltado e morto? _Não respondi.

-Vai conversar comigo sim ou não? _Ela me olhou por alguns instantes.

-Vanda você pode dar uma olhada na Alice por um instante enquanto vou até ali? _Pedia para  uma senhora.

-Sim claro. _Ela riu

Rachel caminhou comigo até a dentro do meu carro e lá podemos conversar a vontade.

-Eu sei a sua história, o porque de trabalhar na boate e tudo.

-Ah sabe? _Disse irônica.

-Sim eu sei. É por sua filha e a doença dela. Eu não sabia Rachel não tinha como saber.

-Claro que não, eu estava em uma boate e você nem se deu o trabalho. Não é cara?

-Michael, me chamo Michael Jackson.

-Jackson olha só eu não entendo porque se deu ao trabalho isso já passou.

-Quero ajudar. Por um motivo muito estranho me sinto culpado e quero ajuda-la com que você precisar... Já tem o dinheiro da cirurgia?

-Já, já tenho tudo não se preocupe.

-E é um hospital de qualidade equipado?

-Sim é sim. Você acha que eu passaria a vida inteira juntando dinheiro pra levar minha filha a qualquer lugar? _Ela ainda estava muito irritada comigo.

-Toma meu cartão. _Peguei um cartão no bolso direito do meu paletó.  –Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa. É só me ligar. _Estendi pra ela e ela olhou pra minha mão confusa.

-Por que está fazendo isso?

-Digamos que me sensibilizei com o seu caso. _Ela pegou o cartão relutante.

-Muito obrigada mais eu não vou precisar de você. _Disse rude, é ela ainda estava irritada.

-Tudo bem.

Ela saiu do meu carro e eu fui embora com todos da vila olhando para o meu carro como se fosse algo muito extraordinário, bom pra eles era sim.

Eu sabia que Rachel não iria ceder e fui pra casa com o pensamento de que minha ida ali foi em vão. Ela jamais iria me procurar pra nada, Rachel é uma mulher independente e sempre se virou sozinha. Ela não precisava mesmo de mim.




Capítulo 12

Por Rachel

Se o Michael acha que essa de oferecer ajuda iria me comover eles estava muito enganado. Com certeza essa de arrependido era uma desculpa pra me cobrar mais tarde e na cama.

Homens como Michael Jackson não me engava mais. É tipo de homens sujos que só querem aproveitar da fragilidade das mulheres pra leva-las pra cama depois. Ele fez isso uma vez, como vou acreditar que não faria de novo?

Entrei em casa e joguei o cartão dele por qualquer canto, eu não iria ligar não mesmo.

-Onde você foi mamãe? _Perguntou Alice sentada ao chão brincando com suas bonecas.

-Só ali rapidinho. _Sorri. -Agora minha boneca vai guardar suas coisas pra dormir.

-Ah não mamãe quero brincar.

-Não senhora amanhã você precisa ir pra escola de manhã cedo.

-Ah eu não quero ir pra escola. _Cruzou os bracinhos e fez um bico muito entristecida.

-Mas por que minha filha?

-As outras crianças dizem que sou estranha porque meus olhos ficam se mexendo o tempo todo. _Senti meu coração palpitar.

Era difícil demais por uma mãe saber que sua filha sofre na escola. Alice tinha que conviver com pessoas normais diariamente já que não consegui um colégio especial pra ela. Em sua turma sim haviam pessoas como ela, mas depois que ela atravessava as portas entrava em um mundo de pessoas preconceituosas e ignorantes mesmo com pouca idade.

-Isso vai acabar está bem minha filha. Você vai ver.

Eu estava confiante na cirurgia que ela faria isso com certeza melhoraria a vida dela em 90% ao menos.

-Você promete mamãe?

-Eu prometo, meu amor. _A abracei. –Agora não me enrola e vamos dormir. _Ela começou a rir e eu ri junto.

Ajudei Alice a arrumar suas coisas  e depois de vestir seu pijama a coloquei na cama indo junto com ela. Nosso cômodo era pequeno e só tínhamos uma cama então dormíamos juntas.

(...)

Quando o dia amanheceu dei café da manhã pra Alice e a levei pra escola fazendo mil e uma recomendação a professora sobre ela e depois voltando pra casa.


Logo mais anoite eu iria a boate, mas não a noite toda eu voltaria pra ficar com Alice mais uma vez. Ela ficava feliz todas as vezes que eu dormia em casa, já que ficava com Vanda a vizinha.


Capítulo 13
Por Rachel
A noite na boate foi igual todos as noites, me apresentei umas 5 vezes e depois voltei pra casa por volta das 22:00. Alice ficou tão feliz quando busquei minha pequena na casa de Vanda, ela adorava passar o máximo de tempo possível comigo e eu com certeza, minha filha era tudo pra mim, eu faria qualquer coisa por ela.

-Espera um pouco Alice mamãe já vai se deitar com você está bem? Só vou tomar um banho.

Deixei Alice já pronta para dormir e fui tomar um banho para sair aquele suor depois do trabalho, estava um calor terrível e eu queria me refrescar.

Vesti uma camisola e me preparei para deitar com Alice quando todas as luzes se apagaram deixando o ambiente escuro.

-Ai Não!

-O que foi mamãe?

-Não acredito que não paguei a conta de luz. _Lamentei me lembrando que havia esquecido de pagar a energia.

Fui saindo a procura de uma vela, eu detestava dormir no escuro.

-Anda mamãe  vem! _Pedia impaciente.

-Espera Alice, sabe que a mamãe tem medo do escuro. _Ela riu.

Finalmente achei e vela e em menos de minuto a acendi.

-Pronto, deixa ai acessa a noite toda.

Olhei para a vela e depois caminhei até a cama engatinhando até me deitar ao lado de Alice. Minha filha se alinhou em meus braços e não demorou muito para pegarmos no sono. Meu corpo inteiro estava esperando por esse momento, relaxar em minha cama e descansar por completo, já fazia tempos que eu não descansava assim estava precisando.

No meio da noite notei minha garganta coçar, minha respiração sair com dificuldade. Alice se mexia na cama e eu comecei a desperta com o calor imenso ali dentro daquele quarto. 

Quando olho para minha frente o meu pequeno cômodo estava em chamas.

-Ai meu Deus! _Sobressaltei olhando as chamas e com o ar ardendo o meu rosto.

Meu único pensamento era tirar Alice dali. Pequei minha garotinha no colo que gritava apavorada sem saber o que acontecia e eu não conseguia explicar nada apenas sair dali correndo.

As chamas se espalhavam de uma forma intensa, e logo tomou proporção ao resto do local. A vela que eu havia acendido escorregou e agora minha casa a única casa que eu tinha estava queimando e se eu não saísse dali o mais rápido possível eu e Alice poderíamos morrer queimadas.

Conseguia abrir a porta e em fim estava na rua com a minha filha, e eu  gritando ajuda a quem quisesse ouvir.

Os vizinhos saíram de suas casas tenho certeza que alguém chamou o corpo de bombeiros. Sentei com a Alice no meio fio ali na calçada da rua e levei minhas mãos a cabeça vendo meu único patrimônio perecer na frente de meus olhos.

Quando lembrei que todo o dinheiro que juntei há anos para cirurgia de Alice estava se queimando junto com a casa.

-Não, Não! _Tentei sair correndo e entrar em casa, mas um dos bombeiros me seguraram me impedindo.

Então era isso, todo o sacrifício de uma vida para da uma condição de vida melhor para minha filha se acabava na frente de meus olhos. Não consegui conter meu choro e desespero, a dor era grande demais. Estava sem casa e sem dinheiro, o pior o dinheiro da minha filha.

(...)

-Ela está bem. _Disse um dos paramédicos examinando Alice ali no meio da rua mesmo.

-Graças a Deus.

-Venha Rachel, leva Alice para dentro da minha casa. _Disse Vanda amigavelmente.

Dei uma última olhada nos bombeiros tentando apagar o fogo da minha casa e caminhei em direção a sua casa. Era difícil de aceitar.

-O Dinheiro da minha filha estava lá Vanda, tudo que eu consegui e batalhei há anos. O que eu faço agora, o que eu faço? _Eu gritava desabafando com Vanda assim que coloquei Alice para dormir.

-Oh menina, eu sinto muito.

-Todas as minhas esperanças e sacrifícios de uma vida se acabou em segundos. Não tenho mais casa não tenho nada. Pra onde eu vou com a minha filha Vanda? _Ela caminhou até mim e segurou em meu rosto.

-Você e sua filha podem ficar aqui em casa, sabe disso. Eu moro sozinha e vocês duas é como se fossem minha família. _Sorri de lado.

-Eu sei Vanda, mas eu sei que as suas condições são tão poucas quanto as minhas, não posso ficar aqui. Eu tenho que arrumar outra saída para mim.

Respirei pausadamente me sentindo a pessoa mais inútil da vida, me sentindo fracassada e impotente. Para mim era o fim.



Capítulo 14
Por Michael
É fui um idiota achando que depois de tudo Rachel ligaria para mim, fui mais idiota ainda esperando. Eu deveria saber que ela nunca faria isso, era orgulhosa demais e eu dei motivos.

Então fiz o que tinha que fazer segui minha vida, continuei trabalhando, me divertindo com os tipos de  mulheres que eu sempre sai. Não queria mais pensar em Rachel.

Eu estava no bar com Stiven como sempre estávamos bebendo pra passar o tempo. Bar, música Whisky, mulheres essa era minha vida, e eu adorava ela. Eu era feliz assim.

-E a puta lá? Ligou pra você? _Já fiz cara feia pra Stiven pelo modo que falou da Rachel.

Tudo bem que  a conheci em uma boate, mas depois de saber os motivos dela esse rotulo eu não tinha mais coragem de dar.

-Ela não é puta Stiven eu já falei.

-Ahh ta tanto faz. Já ligou?

-Não, ainda não. Acho que nem vai me ligar, mas tudo bem não importo muito. _Pequei meu copo de whisky e deu uma bebericada.

-Nossa nem uma put..._Se conteve em pronunciar a palavra. - Quer dizer uma mulher como ela não te querer. Tá bravo em Michael?

-Vamos parar de graça está bem? _Levantei a sobrancelha olhando para ele. –Rachel não e assim, ela é diferente. _Abaixei minha cabeça.

-Ah não, não! _Me olhou surpreso em um deboche colocando seu copo na mesa. –Está caidinho por ela.

-Que caidinho o que Stiven. Uma coisa não tem nada haver com outra. Rachel é diferente só isso.

-Se você diz.

-É eu digo, e vamos parar desse assunto.


Foi quando veio duas mulheres maravilhosas se insinuando para mim e Stiven não perdemos tempo é claro e fomos nos divertir. Eu iria com certeza esquecer Rachel de uma vez por todas.


Capítulo 15
Por Rachel
Acordei cedo em um sobressalto lembrando em tudo que havia acontecido na noite anterior, aquele fogo queimando o meu lar, e todas as coisas que conseguir com tanto esforço. Não entendi porque eu tinha que passar por mais essa na minha vida. Quando eu iria levar a Alice para fazer sua cirurgia e finalmente amenizar seu sofrimento? Parecia que aquilo não acabaria nunca.

Enquanto Alice ainda dormia e Vanda também me levantei, eram quase 6:00 da manhã e eu queria ver com meus próprios olhos o que havia sobrado do meu cômodo.

Era uma cena dolorosa, tudo que eu conquistei estavam em cinza e provavelmente aquele dinheiro que eu detinha. Os brinquedos de Alice, nossas roupas, tudo. Não teve como impedir uma lagrima escorregar dos meus olhos e meu coração se apertar dentro do peito.

Me aproximei dos escombros e meu pé tropeçou em algo, quando parei pra olhar era um papel. Me agachei e peguei de debaixo da minha sandália.

-Michael Jackson. _Li aquele cartão que Michael havia me dado para eu ligar pra ele a poucos dias atrás. Por uma razão muito estranha ele estava ali coberto por sujeiras, mas intacto.

-Toma meu cartão. _Pegou um cartão no bolso direito do seu paletó.  –Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa. É só me ligar. _Estendeu pra mim e eu olhei para sua mão confusa.

-Por que está fazendo isso?

-Digamos que me sensibilizei com o seu caso. _Peguei o cartão relutante, apenas por pegar eu não iria ligar.

-Muito obrigada mais eu não vou precisar de você. _Disse rude.

Me lembrei daquela conversa que tivemos no carro e o quanto fui rude com ele.

Eu estava sem saída agora, eu precisava de fazer algo eu faria qualquer coisa pela Alice, até passar por cima do meu próprio orgulho, pois já fiz isso tantas vezes...
Respirei fundo e olhei ao redor até que avistei um orelhão. Era isso eu ria ligar para o Michael.

Peguei o telefone do gancho colocando meu ouvido, olhei o cartão e disquei os primeiros números, minhas mãos tremiam o tempo todo, o nervosismo era grande. Eu olhava para os lados nervosamente até ouvir chamar.

-Não atende... não atende...não atende. _Eu repetia isso o tempo todo, pois se não atendesse eu iria desistir de vez dessa loucura que eu estava fazendo. –Por favor não atende.

-Alô. _Droga!
Capítulo 16
Por Michael
A noite para mim foi relaxante, tive um sexo incrível com uma mulher que eu mal conhecia. Queria voltar a minha rotina diária e esquecer de vez Rachel. Esquecer a merda que eu fiz e ser eu novamente. O insensível e cafajeste Michael Jackson, eu não estava me reconhecendo depois do episodio com ela. Mas agora sim esse era eu.

Já era quase 6:00 da manhã eu ainda dormia nos braços de July a mulher que comi noite anterior, quando meu celular tocou.

-Droga! Quem será essa hora hein? _Fui me mexendo tirando July de cima no meu peito nu e me levantando.

Escutando gemer e virando para o outro lado para dormir.
Catei minhas roupas ao chão, pois eu estava vestido apenas de uma cueca branca, depois fui  a procura do meu celular.

-Alô! _Disse um pouco sonolento.

-Mi... Mi. _Gaguejava e eu não entendia nada.

-Oi? Quem é? _Falei sem paciência franzindo o cenho.

-É Rachel. _Falou de vez e eu aliviei meu cenho sentindo um frio no estomago.

-Rachel? É você mesmo? _Não conseguia acreditar, pois ela disse que nunca me ligaria.

Era incrível como aquela mulher me deixava logo quando eu ouvia sua voz, eu sinceramente não entendia aquilo. Eu simplesmente amansava.

-Sim sou eu. _Senti sua voz tremula.

-Aconteceu alguma coisa? Você está bem? Alice, ela está bem? _Fiquei preocupado.

-Estamos bem. Eu só preciso conversar com você, é que aconteceu... Bom você poderia vir até aqui, pra conversamos.

Ela acabava de me pedir pra conversar? Eu não sabia ao certo o que eu sentia, mas foi muito bom ouvir.

-Claro, agora?

-Sim agora.

-Está bem chego ai em 20 minutos.

-Obrigada.

Quando desligamos comecei a vestir minhas roupas rapidamente e procurar as chaves do meu carro apressadamente para encontrar com Rachel.

-Ei onde você vai? _Disse July.

-Vou embora.

-Mas já?

-Agora mesmo. _Falei e já sai.

Apertei o botão das travas do meu carro entrando e já dando partida para sair dali. Em menos de 20 minutos cheguei no bairro de Rachel no lugar marcado.

Rachel vinha em minha direção estava aparentemente nervosa, e seus olhos estavam molhados.

-Rachel o que aconteceu? _Perguntei segurando em seus ombros.

-Michael aconteceu uma coisa horrível, minha casa... a minha casa pegou fogo. Está tudo queimado. _Disse de vez chorosa.

-O que? Mas.. Mas como?

-Uma vela... Deixei ligada a noite e deve ter caído ou sei lá. Fez um incêndio horrível.

-Rachel você não sabe que essas coisas são perigosas meu Deus? _Dei bronca nela pelo meu nervosismo e se tivesse acontecido algo pior? –Alice está bem né?

-Sim, ela está, mas... Michael todo meu dinheiro da cirurgia dela estava lá, queimou tudo, tudo que eu consegui em anos. É como se não serviu de nada todo meu esforço.

-Você quer o dinheiro? É por isso que me chamou? _Não estava reclamando eu iria ajuda-la se esse fosse o caso até porque eu mesmo a ofereci um dia. Eu só queria esclarecer o porque dela me chamar.

Ela virou de costas e colocou a mão na testa como se fosse difícil demais falar. Rachel era orgulhosa demais.

-Michael olha eu nem sei porque eu te chamei, está bem. Eu só... _estava angustiada.

-Rachel tudo bem. _Olhei bem nos olhos dela dando um sorriso. –Se for isso que ligou eu darei, sem problemas, sabe que dinheiro não é problema pra mim.

Ela ficou me olhando assustada.

-E como vocês estão agora? Se tudo queimou, onde estão dormindo?

-Na casa de Vanda... Mas eu não posso ficar por muito tempo, o espaço é pequeno e não da pra mim e Alice ficar. Talvez eu fique em um hotel ou na boate.

-Não, não senhora. Vocês podem ir para minha casa. _Falei assim do nada, uma saída que me veio a mente. Isso fez Rachel surpresa.

-Não, não, claro que não Michael, imagina.

-Oras Rachel! Minha casa é uma mansão, tem vários quartos. Você nem vai precisar me ver. 

É um lugar espaçoso pra você e Alice, tem um jardim pra ela brincar.

-Não Michael eu não posso aceitar. Eu ficarei na boate com ela.

-Você acha mesmo que uma boate é um lugar apropriado para uma criança? Você não vai querer fazer isso, sei que não. Minha casa é grande. E eu pagarei a cirurgia pra Alice. _Ela ficou lá me olhando surpresa, mas com medo ao mesmo tempo.

Eu sabia que ela não tinha saída, mas era tão turrona que demorou de responder.

-Quando eu puder eu vou te pagar tudo,  está bem? _Foi o que ela disse.

-Rachel, não quero que me pague nada. Você vai demorar anos pra isso e eu não preciso, vai ser um esforço atoa. Estou te oferecendo a minha casa e a cirurgia pra Alice de graça, acredite. É um modo de me redimir sobre aquele caso. –Ela penso, pensou.

-Michael eu só vou aceitar porque eu prometi a mim mesma que faria qualquer coisa por Alice. É por ela tudo isso. _Assenti. -Não vai ser por muito tempo, só até achar um lugar pra ficar. _Assenti novamente.

-Então diz a Alice que mais tarde eu pego as duas, só preciso preparar meus empregados. _Ela assentiu.

Sai dali aliviado, ela havia aceitado o meu pedido e isso meio que tirou um peso de minha consciência. Eu iria ajudar as duas.

Cheguei em casa dando ordens a todos os empregados os preparando para uma hospede. Depois liguei até  um loja de roupas e calçados para crianças e adultos. Provavelmente Rachel não tinha nada pra vestir.

Depois chamei um decorador pra decorar os quartos de Rachel e Alice com todos os brinquedos que ela imaginar. Pois quando ela voltasse a enxergar eu tenho certeza o quanto ela iria amar aquilo tudo.


Consegui esse feito durante o dia, e depois de tudo pronto sai para busca-las.





Capítulo 17

Por Rachel
Michael me surpreendia de um jeito estranho, ele estava tão carinhoso e interessando em me ajudar que eu desconfiava disso tudo.

Eu não queria julga-lo não ainda, mas pra mim naquele momento não importava suas intenções seja lá o que fosse eu estava disposta e fazer com tanto que Alice estivesse com sua cirurgia marcada prestes a operar de sua visão.

Como já falei inúmeras vezes eu faria qualquer coisa pela minha filha, até mesmo me embolar com Michael na cama, se esse fosse o preço. Mas preferir não pensar nisso agora.

Corri até a casa de Vanda lhe dizendo que iria passar alguns dias na casa de um amigo e que eu a visitava assim que pudesse. Alice não entendia ao certo para onde iriamos, mas eu tratava de tranquiliza-la e dizer a ela que tudo daria certo.

No fim da tarde como combinado, Michael passou até meu bairro e nos pegou em seu carrão chique.


Eu estava um pouco com medo e assustada por isso permaneci calada durante o trajeto até sua casa. E então quando Michael parou em frente aos portões não teve como se calar.

-Uau! _Sussurrei. –Meu Deus Michael essa casa é incrível.

Consegui falar em fim ouvindo sorri um pouco.

-Como é mamãe, como é? _Pedia Alice que eu a descrevesse para ela.

-É enorme filha, e tem uma piscina, umas escadarias.

-Nossa! Queria poder ver. _Disse triste.

-Não se preocupe princesa. _Michael disse. –Logo, logo você vai poder ver, não só a minha casa como também a beleza da vida, os animais, as florestas. Sua mãe. _Ele me olhou. –Eu garanto que logo que você vai está contemplando  absolutamente tudo.

Ele falava carinhosamente eu não deixei de me emocionar com suas palavras a minha filha. Era tão bom quando alguém a tratava assim com carinho lhe passando confiança. Sorri de leve para ele carinhosamente e ele fez o mesmo para mim.

E quando nós entramos lá dentro era ainda mais deslumbrante, eu não conseguia acreditar como um homem como Michael pudesse morar nessa casa enorme sozinho. Era incrível e triste ao mesmo tempo.

-Maria  já está tudo pronto? _Perguntou a uma senhora parecia uma governanta.

-Sim está tudo pronto. _Ele assentiu.

-Bom vamos conhecer o quarto de vocês?

-Nós temos quartos? _Perguntou Alice no meu colo.

-Oh sim, e acho que você vai gostar muito. _Michael falou acariciando os cabelos dela.
Alice sorriu.

Subimos os degraus e eu estava um pouco nervosa, era tudo imenso e eu tinha medo de me perder. Chegamos a um corredor bem cumprido onde havia os quartos no andar de cima. Passamos por alguns até Michael dizer que aquele era o meu quarto.

Ele abriu a porta e sinceramente era algo deslumbrante de se ver.
 


 

-É todo pra mim? _Falei faltando um ar.

-Sim o de Alice ao seu lado.

-Mas Michael esse quarto é do tamanho da minha casa. _Coloquei a mão da boca. _Michael eu não.

-Rachel para de ser boba, esse espaço é seu agora aproveita. _Eu ia falar algo, mas Alice me interrompeu.

-E onde está o meu? _Michael deu um riso.

-Está aqui. Vamos?

Michael segurou na mão dela a guiando até o quarto e quando a porta foi aberta.


-Meu Deus Michael, mas você planejou tudo, você decorou tudo mas...

-Na verdade eu pedi para decorarem. _Sorriu.

Era difícil de acreditar que ele havia pensado em tudo e feito com tanto carinho para nós duas.

-Vem princesa, deixa eu te mostrar seu quarto. _Michael guiou Alice pra dentro do quarto e ela apalpava tudo se familiarizando com o lugar. –Aqui tem todos os seus brinquedos e tudo que você precisar.

Alice estava lá com uma boneca em mãos com um sorriso enorme no rosto e eu me permiti sorrir também. Ela estava feliz e eu me sentia da mesma forma.

Deixamos Alice brincar e fomos até o corredor de volta.

-Meu quarto é aquele ali. _Apontou para uns dois quartos do lado oposto de nós a frente ao meu.

Arfei por pensar que Michael repousaria tão perto de mim, mas resolvi me calar.
Aquele com certeza seria o começo de uma vida que sinceramente não estava nos meus planos.



Capítulo 18
Por Michael
Eu não sei, mas a estadia de Rachel ali em minha casa seria incrível. Ver a casa cheia de gente deu uma ótima aparência dentro de casa. Eu sempre gostei de viver sozinho, solitário. Fazer o que eu tinha que fazer sem dar explicações a  ninguém, mas de certo que agora eu via tudo diferente. Eu estava ajudando as duas, e ajudar as vezes faz bem pra alma.

Não sei porque Rachel sempre mudava a minha forma de pensar, aquilo  era estranho e irritante, mas eu estava gostando.

No dia seguinte Rachel ficou ainda mais maravilhada  com o banquete que mandei preparar pra ela e Alice logo de manhã. Era incrível vê-la com aqueles olhos azuis admirada. Não sabia que era tão bom fazer alguém feliz. Eu estava aprendendo isso de alguma forma, acho que era uma ânsia de conseguir agrada-la a todo custo.

Depois deixei as duas em casa e fui trabalhar. Nem precisa dizer o quanto Stiven ficou surpreso quando falei que Rachel estava lá.

-O que? Quer dizer que a pu... _Ponderou as palavras. –A Rachel está na sua casa?

-Sim, vou pagar a cirurgia da filha dela e vai ser um  lugar pra ela ficar por enquanto.

-Cara. _Riu irônico sem acreditar. –O que que essa mulher tem? Deve ser uma delicia pra você mudar tanto assim. _Olhei feio pra ele. –Primeiro você diz que não quer saber de família  e nem de crianças melequentas andando em sua casa agora colocar elas lá.

-Stiven, está se ouvindo cara? Eu estou ajudando a Rachel e  não comendo ela.  _Falei dando ênfase. – Será que você não entende?

-Quem sabe né? Vai que...

-Você não acredita quando falo que ela não é assim. Mas tudo bem, não quero perder meu tempo, tenho mais o que fazer.

Deixei Stiven lá e entrei na minha sala eu precisava fazer uma ligação ao oftalmologista pra acertar tudo pra Alice, as consultas e tudo mais.

No fim da ligação estava tudo marcado e eu iria levar Alice para sua consulta no dia seguinte e da mais uma esperança a Rachel.


Capítulo 19
Por Rachel
Eu, Michael, Alice e o doutor estávamos em uma sala. Doutor Mclain estava examinando a visão de Alice. Em anos eu pude ver um resultado a minha filha. O exame dela que era um sonho pra mim se tornava realidade diante de meus olhos finalmente, graças ao Michael.

A clinica era inacreditável, parecia uma casa de luxo do que um consultório de fato. Dava pra ver que Michael era realmente muito rico e conseguiria arcar com todas as despesas.

-Hum. _O Doutor examinava.

-Algum problema doutor? _Michael perguntou.

-Ela tem Glaucoma Congênita infantil. Uma cirurgia a laser vai melhorar e muito as condições de vida dela.

-Então quer dizer que ela vai poder enxergar? _Michael continuou perguntando e eu fiquei na expectativa.

-Pode ser que sim, mas o que é certo é que vai melhorar a visão dela e muito. _Disse eu já sabia e era pra isso que eu lutava para ter uma condição de vida melhor.

-Ela precisa fazer alguns exames e já podemos marcar a cirurgia. _Um suspiro de alivio veio em mim e eu sorri.

-Está vendo meu amor, você vai ficar boa. _Abracei minha filha e ela sorriu tão feliz.

-Obrigado Doutor Mclain, Alice estará aqui para a cirurgia dela em breve. _Michael cumprimentou o doutor e quando nos despedimos saímos todos juntos.

Já estávamos em casa e eu precisava agradece-lo.

-Michael obrigada por tudo que está fazendo a nós. Está bem? Se não fosse você eu nem sei.

-Não precisa agradecer Rachel, já disse que quero ajudar.

-Mas eu me sinto na obrigação. Muito obrigada. _Ele sorriu.

-Não se preocupe.

(...)

Alice já dormia em seu quarto e eu mal conseguia fechar os meus olhos, pensando em tudo que aconteceu comigo até ali, e a chegada de Michael de paraquedas em minha vida.


 


Capítulo 20
Por Rachel
Eu não conseguia dormir meus pensamentos ocupavam minha cabeça. Michael esta fazendo tanto por nós, mas há que preço? Ele iria reivindicar algo dali em diante? Eu tinha medo de me deparar com uma realidade dolorosa. Ele parecia tão sincero. E se era só um modo de me levar pra cama como da outra vez? Eu não iria me servir de prostituta para ele, não mesmo.

Esses pensamentos não me deixavam em paz nem por um segundo. Michael era um homem poderoso estava na cara isso, e eu temia muito.

Resolvi me levantar da cama e andar pelos jardins da casa. Era tudo muito lindo e luxuoso eu me admirava com a organização do jardim. Uma piscina tão enorme ali.

Eu caminhava cobrindo meus braços pelo vento frio que fazia com os meus pensamentos me rodeando.

Até que a visto Michael na beira da piscina com os pensamentos também longes.

-Michael? _Me cheguei até ele.

-Oi Rachel. _Ele se levantou.

-O que faz aqui?

-As vezes tenho insônia. _Ele deu de ombros.

-É parece que eu também tive.

-Está ansiosa com a cirurgia da Alice?

-Nossa demais sem palavras era tudo que eu queria. _Ele riu. –Queria te agradecer mais uma vez por isso.

-Não precisa agradecer eu fiz isso por você.

O olhar dele era tão sincero desprovido de qualquer questionamento que eu me sentia tão culpada de pensar qualquer coisa que atingisse seu caráter. Mas eu não podia negar que sentia medo.

Senti Michael se aproximar de mim, meu corpo já estava em alerta, seus olhos brilhantes e os meus tão medrosos. Senti uma de suas mãos tocar meu rosto e ele se aproximar ainda mais de mim. Meu corpo se arrepiava com a aproximação. Seu rosto chegava-se tão perto ao meu, seus lábios a qualquer momento se encontraria os meus. E quando percebi isso tratei de me desviar.

-Michael...

-O que foi Rachel? _Dava pra ver a decepção.

-Preciso ir dormir, o sono veio. _Falei e já sai.


Andei por alguns metros e depois olhei para trás ele estava ainda me olhando com um pesar de lamentação e decepção. Eu não sabia ao certo o que pensar, mas eu tinha medo de Michael me usar. Usar da mesma forma que ele me usou uma vez. Certo que eu disse que faria qualquer coisa pela minha filha até me submeter a isso. Mas não sei, agora era diferente e eu tinha medo, muito medo.



Capítulo 21
Por Michael
No final das contas eu sabia que Rachel iria recuar o meu beijo, ela ainda estava muito confusa em relação as minhas intenções. Mas eu posso falar sinceramente por  mim mesmo que não tenho intenções erradas em relação a isso. Pra falar a verdade eu nem sei porque estou fazendo tudo isso, só sei que a vontade de beijar Rachel e fazer tudo diferente era inquietante.

(...)

Era cedo da manhã eu já estava pronto para o trabalho vestido do meu habitual  terno luxuoso. Caminhei para saída e Alice estava sentada no gramado brincando com sua boneca nova. Dei um sorriso e caminhei até ela, me agachando para ficar em sua altura assim que cheguei perto.

-Oi Princesa, está se divertindo?

-Oi tio Michael? _Foi emocionante ouvi-la me chamar assim. _Estou sim essa boneca é tão cheirosa.

-Oh deixa-me ver. _Peguei a boneca e senti o cheiro. –Realmente é muito cheirosa Alice. _Ela riu.

Devolvi sua boneca e olhei as extremidades pra ver se via Rachel por ali.

-E sua mãe, onde está?

-Mamãe está lá dentro conversando com a tia Maria.

-Hum. _Dei de ombros.

-Tio Michael você é o namorado da mamãe? _Me perguntou assim do nada e eu fiquei sem saber o que falar.

-Nã... Não. Não sou não.

-Ah eu queria que fosse. _Falou em tom de lamentação e eu ri.

-Mas um dia vou ser. _Falei rindo sapeca querendo compartilhar com uma menininha os meus sentimentos. –Sua mãe um dia vai ser não só minha namorada como minha mulher. E ai vocês duas vão morar aqui comigo pra sempre.

Mas que diabos era quilo que eu estava falando? Pensar em casar, ter uma família? Realmente eu não me reconhecia.

-E eu vou ser sua filha? _Perguntou animada.

-Sim claro que sim.

-Obaa tio Michael! _Ela tateou para me encontrar e me dar um abraço em seguida.

Abracei ela tão forte, acho que nunca senti uma abraço tão sincero assim na vida. Todos que me rodeavam apenas por um desgraçado interesse. Eu não sabia o que era sinceridade, mas de certo que uma criança como Alice não teria interesse nenhum a não ser o de amor e carinho de fato.

-Mas fica entre nós isso está bem? Nosso segredo, sua mãe ainda não sabe então... _Falei em um tom divertido e ela riu.

-Não vou falar nada  eu juro. _Cruzou os dedos.

-Obrigado. _Sorrimos.

Deixei Alice brincado, entrei no meu carro e fui pra empresa. Eu trabalharia até tarde hoje e de certo o dia seria longo.



Capítulo 22
Por Rachel
Eu tinha acabado de dar banho em Alice e estava secando seus cabelos com uma toalha quando percebo uma ventania entrando pela janela, não queria que minha filha pegasse uma gripe então fui tentar fechar. Mas estava tão dura e pesada que não consegui de forma alguma.

-Essa Janela não fecha daqui a pouco você pega uma gripe Alice. _Tentei mais uma vez e nada.

Eu teria que chamar Michael ele havia acabado de chegar e acho que só ele conseguiria fechar a janela em  fim.

-Espera só o um minuto vou chamar Michael. _Deixei Alice enrolada no roupão e fui até o quarto dele a porta estava aberta.

-Michael? _Fui entrando chamando ele.

Foi quando ele saiu de vez do banheiro completamente nu, parei na mesma hora estática. 

Uma pessoa natural teria desviado o olhar, mas eu fiquei olhando cada parte de seu corpo sem piscar. Meu coração acelerava tanto e minha respiração faltava. Que corpo maravilhoso ele tinha eu não podia negar, da primeira vez por mais furiosa que eu estava mesmo assim eu o admirava e agora mais ainda. Seu corpo magro definido, aquele pênis volumoso e perfeito, senti minha intimidade contrair.

-O que houve Rachel? _Perguntou despreocupadamente.

Foi quando cai na minha e percebi que estava vendo o pelado, desviei meu rosto.

-Michael vista-se por favor. _Pedi.

-Ora Rachel qual é? Você já me viu nu, e eu também já a vi nua. _Falou em um tom divertido como se não fosse pra mim se preocupar.

-Mas era outra ocasião por favor vista-se.

-Está bem, está bem. _Levantou as mãos em defesa e cobriu-se com a toalha.

O que não ajudou muito, pois eu ainda o via praticamente nu, já que seu membro ainda dava volume na toalha. Mas pelo menos me fez respirar.

-É... a... janela... não consigo abri... ops fechar, está um vento forte.

-Ah ok.

Ele saiu do quarto passando  por mim, respirei fundo quando senti seu cheiro. Ele estava me desconcertando.

O acompanhei e ele fechou a janela com facilidade deu um beijo na testa de Alice e saiu.

Coloquei a mão na cabeça tentando me recompor.



Capítulo 23
Por Michael
Quando voltei para meu quarto eu estava com um sorriso mais sínico que pudesse imaginar. Ainda mais percebendo claramente as reações de Rachel quando me viu nu. Ela se fazia de durona, mas não resistia a  mim. Era exatamente onde eu iria agir para tê-la pra mim novamente.

Eu poderia ter mudando em muitas coisas, mas eu sabia exatamente o quanto bonito sou e o quanto causo nas mulheres. E se fosse necessário usar meu jeito sensual eu iria usar.

Já era tarde da noite e eu fui tomar um copo de água quando encontro Rachel na cozinha. Com um baby doll colado ao corpo transparente de cor branca ela estava muito gostosa.

-Desculpe, já estava de saída. _Ela disse já saindo quando puxei pelo seu braço.

-Espera.

Ficamos nos olhando por um instante, aqueles olhos azuis tão brilhantes e tão intensos me olhando daquela forma. A soltei.

-Desculpa pelo que fiz, eu não deveria está com a porta aberta.

-Tudo bem é sua casa, você tem todo direito. Eu que fui entrando. _Ainda nos olhávamos.

-Não achei que seria problema a final a gente já... _Me interrompei.

-Tudo bem Michael eu já entendi..._Não queria que eu completasse. - Mas aquela ocasião foi diferente você me obrigou. _Alterou um pouco a voz se mostrando irritada ainda. –Não era pra ter acontecido.

-E você me humilhou logo em seguida dizendo que eu não era bom o bastante, mas mais cedo lá no quarto não era o que parecia pra você. _Me referia as reações dela quando me viu nu, deixando bem claro que percebi.

-Você é um patético convencido não é? Da pra ver que não mudou nada. É um egoísta. _Foi saindo bufando e eu a segurei pela cintura trazendo seu corpo bem perto do meu.

Nos olhamos da mesma forma de antes e nossas respirações estavam descompassadas. Seu corpo inclinado para trás apenas colado ao meu pelo modo que eu segurava. Os lábios dela tão convidativos. Eu não resisti.

Tomei a boca dela em um beijo forte em uma sucção deliciosa que logo nossas línguas se encontravam em um movimento brutal eu digamos. Seu corpo tentava se soltar, mas a sua boca não conseguia desgrudar da minha. Minhas mãos apertavam sua cintura, trazendo cada vez mais para mim.

Foi quando em um movimento brusco, a peguei  no colo entre laçando suas pernas na minha cintura ainda beijando, sentei-a no mármore da pia. Trazendo suas pernas para mais perto de meu membro que estava dando reações querendo ter contato com ela desesperadamente.

Parei de  beija-la nos lábios e comecei a beijar em seu pescoço sentindo a gemer me mostrava que estava gostando. Suas mãos esfregavam-se em minhas costas e meus lábios já iam para seu colo aproximando dos seios.

-Para! _Disse ela de uma vez.

-O que foi Rachel? _Me afastei sem entender.

-Eu não quero.

É claro que ela queria, eu podia ver, eu podia sentir. Por que ela não se entregava de vez e me deixava ama-la como eu queria?

-Não é o que parece. _Falei com ar de decepção.

-Então é por isso que está me ajudando não é? Pra me levar pra cama? _Me empurrou descendo do mármore e já saindo.

Claro que não era isso, o meu desejo pela Rachel já era outro a muito tempo, eu a queria para mim, comigo. Como ela podia falar uma coisa dessas?

-Rachel espera! _Tentei chamar, mas era tarde ela já tinha subido.


E eu fiquei ali parado como um idiota bufando. E de novo ela tentava fugir de mim.


Capítulo 24
Por Michael
Quando cheguei em casa no dia seguinte a noite vi uma Rachel extremamente arrumada e cheia de maquiagem só tive um único pensamento.

-Onde você vai? _Perguntei.

-Estou indo pra boate, preciso trabalhar. Maria vai ficar com a Alice pra mim, não precisa se preocupar. _Me avisou e passou por mim.

Mas com um impulso segurei em seu braço a trazendo de volta.

-Você não vai pra boate. _Falei firme e serio olhando para ela.

-É claro que eu vou, é meu trabalho ou você quer que continue te pedindo dinheiro? Coisa que eu não vou fazer.

-Aqui você tem tudo Rachel, casa, comida, roupas. Não sei pra que você ainda quer pisar os pés ali e ter todos aqueles homens babando em você loucos pra te levar pra cama. _Deixei bem claro o meu ciúmes iminente.

-Caras como você? _Levantou a sobrancelha, não disse nada. –Ora Michael eu tenho contas pra pagar, não posso me da o luxo de achar que essa vida de bacana é minha, porque não é. _Respirei fundo soltando seu braço.

-Está bem, ok? _Levantei as mãos em rendição. –Então vamos fazer o seguinte, uma proposta.

-Mais? Será que você não cansa de propostas. _Revirei os olhos pra ela.

-Rachel é serio... Olha vem trabalha comigo na empresa.

-Como é que é? _Se surpreendeu com a minha proposta.

Sei lá só queria sugerir algo que ela  não precise rebolar e ficar seminua.

-Não é nada complicado, você só vai atender alguns telefonemas, imprimir alguns papeis.

-E ai viver as custas do seu dinheiro de novo? _Revirei os olhos mais uma vez, Rachel era uma mulher difícil e impassível demais.

-Para de ser orgulhosa Rachel. É uma forma de você sair daquele lugar, não era o que queria? Aceita trabalhar comigo. Você terá um emprego digno. _Ela me olhou com aquele ar de desconfiança.

-Está bem. _Sorri.

-Então suba troca de roupa que amanhã você começa.

“Troca de roupa, pois senão você vai me matar com esses decotes”

Foi o que ela fez, subiu e trocou de roupa, eu não iria suportar a ideia de ver Rachel mais uma vez naquela boate dançando sensualmente de novo, seria demais pra mim. Eu iria cometer uma loucura indo atrás dela e arrancando do palco e como eu não queria mais brigar e não dar mais motivos para que ela fica chateada comigo resolvi achar outra solução.




Capítulo 25

Por Michael
Repousei minha cabeça no travesseiro e fiquei por longos minutos olhando para o teto sem conseguir se quer pregar os olhos. Queria tanto que fosse tudo diferente comigo e Rachel, queria tanto que ela confiasse em mim e finalmente pudesse se entregar sem culpa. Mas ela é tão insegura, desconfiada e com toda razão.

Rachel sofreu muito na vida, sempre se virou sozinha e teve tantas decepções que até entendo ela ser assim tão fechada. Além disso eu dei motivos para ser ainda mais assim comigo, isso eu não poderia negar.

Ouço duas batidas na porta do meu quarto me tirando dos pensamentos.

-Já vai. _Falei já me levantando calçando meus chinelos e indo atender a porta.

A figura de Rachel com os olhos assustados para mim foi bem intrigante.

-Rachel?

-Queria te pedir desculpas, pelo modo que tenho te tratado. Você está fazendo tanto por mim e Alice e eu consigo ser uma má agradecida. Te jugando o tempo todo e... _Desviou seu olhar.

Eu a escutava com meu coração acelerado, foi tão importante para mim ouvi-la dizer isso.

-Eu entendo os seus motivos Rachel, mas acontece que não vou ser mais o cara que fui quando nos conhecemos. Não quero que pense assim.

-Eu sei Michael, mas é que é tão complicado para mim. _Os olhos dela se enchiam de lágrimas e eu só queria abraça-la proteger em meus braços.

-Ei, calma. Vai ficar tudo bem. Só confia em mim.

Levei dois dedos em seu rosto e o acarinhei bem de leve, podendo sentir sua pele se arrepiar, de fato eu causava reações no corpo dela isso estava mais do que claro. Seus olhos foram se fechando e já estava louco para beija-la. Desci meus dedos até seus lábios, ela abriu os olhos e sem perca de tempo a tomei para mim em beijo intenso, segurando seu corpo inteiramente.

Puxei Rachel para dentro do meu quarto e fechei a porta sem deixarmos de nos beijar. 

Peguei-a  no colo levando para a minha cama. Ela estava consentindo tudo, sem protestos, sem fugir. Sim ela queria tanto quanto eu, ela me queria e eu a queria da mesma forma.

Deitei-a na cama e de pé tirei minha camisa, ouvindo sua respiração descompassada. Fui pra cima dela acariciando suas pernas, beijando sua pele. Eu estava louco par fazer amor com ela.

Levantei a blusa do seu baby doll até a metade de seus seios e acariciei seu tórax beijando seu colo. Não falávamos nada, somente nos olhávamos tão cúmplices e nos beijamos em sintonia.

A ajudei tirar sua blusa e seu short, tão linda, e tão perfeita. Pela primeira vez na vida eu despia uma mulher com outros olhos, não como uma mulher objeto que estava prestes a realizar os meus desejos. Mas como uma mulher que eu queria amar e faze-la realizada em meus braços. Cuida-la, protege-la, senti-la, ama-la.

Tirei minha calça de moletom com sua ajuda, eu já estava sem cueca. E assim quando estávamos completamente nus, me pôs no meio de suas pernas. A penetrando aos poucos, ouvindo-a gemer baixinho. O mínimo contato com ela ele já sentia as melhores reações do mundo. Diferente da Rachel insatisfeita, e mandona da primeira vez. Ela estava diferente, nós dois estávamos diferentes.

Aos poucos entrei de vez em sua entrada e os movimentos começavam a acontecerem. Rachel me olhava de uma forma encantada cravando suas unhas em minhas costas, beijando os meus lábios.

Suas pernas se prendiam em meu corpo me dando mais possibilidade para os movimentos. Senti se apertar em volta de mim e eu estava quase chegando no meu limite. Os ritmos aumentaram, o suor escorria, os gemidos aumentavam e então gozamos em um orgasmo gostoso.

Tentei estabelecer meu folego sorrindo, olhando para ela, mas Rachel me olhava com uma interrogação indecifrável. Beijei seus lábios, mas ela me empurrou me deixando confuso.

-Não. _Disse se levantando.

-Rachel o que foi? _Não disse nada apenas catou suas roupas e foi saindo para o seu quarto.

Eu não conseguia entender, não mesmo. Um momento estávamos nos amando e no outro ela já fugia de mim de novo? O que da nessa mulher assim de uma hora pra outra?

Me enrolei nos lençóis e fui atrás dela.

-Rachel. _Chamei e ela parou em frente a porta do seu quarto. –Dorme comigo está noite? _Pedi em um sussurro, quase implorando.

-Eu sinto muito. _Abriu a porta do quarto e entrou fechando por completo após.

Rachel era a mulher que me fazia sentir os mais diversos sentimentos. Tesão, raiva, frustração, humilhação, paz, compaixão, confusão, depressão, paixão e amor. Acho que é a única mulher que me fazia sentir tantas coisas em curto período de tempo.


Mas chega! Nunca corri atrás de mulher nenhuma, não é porque que eu a queria para mim que iria deixa-la pisar em mim assim. Se Rachel não me quer tenho certeza que outras querem. Entrei no meu quarto bufando de ódio. Agora ela iria ver quem da às cartas aqui.

Capítulo 26
Por Rachel
Assim que fechei a porta do meu quarto desabei a chorar, colocando a mão na cabeça. Eu não conseguia acreditar o quanto fui fraca me entregando ao Michael, me deixando submeter a isso. Eu não sabia quais eram as intenções dele, eu não sabia o que ele pretendia eu tinha medo.

Eu me odiava por não conseguir me controlar quando estávamos tão próximos, era errado aquilo. Mas o medo de me decepcionar era o pior.

Mas eu tenho que admitir foi tão diferente, foi tão melhor dessa vez. E isso aumentava mais a minha angustia, eu não queria me apaixonar por ele, não queria ser usada por ele e depois ser jogada fora.

Joguei em minha cama aos prantos.

O dia amanheceu e eu já sabia que todo ele seria estranho e em um clima ruim. Era meu primeiro dia na empresa de Michael e eu não sabia como reagir ali. Eu sentia tanta confusão em mim mesma. Eu precisava dele, mas não conseguia confiar nele.

O café da manhã foi silencioso, Michael mal olhava para minha cara, ele estava chateado e não conseguia esconder isso. Eu tentava por inumaras vezes falar algo, mas sempre eu me bloqueava.

Entramos no carro dele para começarmos o dia, levaríamos Alice em seu colégio e depois seguiríamos pra empresa. Quando Alice estava no carro só ouvíamos a voz dela brincando e conversando conosco, mas quando ela desceu pra ir pra escola o caminho até a empresa foi angustiantemente silencioso.

(...)

-Qualquer duvida peça a minha assistente que te auxilie está bem? _Disse Michael em fim me mostrando a sala e saindo.

Falou assim formalmente como se eu fosse uma estranha. Me senti tão mal.

O trabalho foi muito bom de inicio, eu nunca fiz algo desse tipo e eu me senti tão bem. As pessoas ali não me tratavam como um objeto desejo, mas sim como algo que fazia parte do corpo da empresa, uma pessoa digna. A sensação foi tão ótima.

-Ora, ora. Então você é a Rachel? _Disse um cara entrando na sala onde eu ficava me olhando maliciosamente, eu acho que já o vi antes.

-Sim. _Falei dando de ombros.

-Hum. _Colocou a mão no queixo e fico me observando de um jeito que incomodava demais.

-Stiven, minha sala. _Disse Michael aparecendo na porta que estava aberta apontando pra sala dele.

Quando ele saiu me senti um pouco aliviada. Balanceia cabeça pra espantar aqueles maus pensamentos e continuei meu trabalho.

(...)
No final da tarde meu trabalho acabava e eu voltava pra casa depois de pegar Alice no colégio. Voltei com uma sensação maravilhosa de ter feito algo bom, Michael me dava uma oportunidade entanto de uma vida melhor e digna. Ele podia até ser um mau caráter, mas sabia fazer a coisa certa.

Entrei pelas portas da casa que hoje vivo com a minha filha e assim que cruzo a sala me deparo com uma cena que sinceramente estragou meu dia completamente.

Michael estava sentado no sofá com uma loira sentada em seu colo. Ele conversava ao pé de seu ouvido e acariciava bem ali nos meus olhos.

-Rachel ora já chegou? _Olhei firme para ele e depois para a loira.

-Oi Tio Michael, como vai? _Alice pulou nos braços dele eu sinceramente queria tirar minha filha dos braços daquele nojento.

-Oi Princesa estou bem. Como foi a aula?

-Foi tudo bem.

-Vem Alice você tem que tomar banho. _Peguei na mão da minha filha e já ia subir quando ele me parou.

-Espera Rachel, quero te apresentar. _Se virou para a loira, eu não conseguia acreditar que ele tivesse coragem. –Essa é a Patrícia, uma amiga. 

Amiga sei.

Forcei um sorriso para ela.

-E ela Michael quem é? Sua mulher? _Falou debochando e eu tive vontade de arrancar seus cabelos.

-Ah não, é só uma mulher que estou ajudando. _É ele conseguiu me humilhar, me tratar como se eu precisasse de esmolas dele.

-Anda Alice vamos.

Peguei Alice no colo e subimos sai dali o mais rápido possível.

Eu não conseguia acreditar que Michael fez isso comigo mais uma vez. Ele era um cafajeste da pior espécie se antes eu tinha medo de me entregar vendo essa cena só me fez ver o quanto eu estava certa.


Capítulo 27
Por Rachel
Alice me contava coisas da escola e eu não conseguia prestar atenção em nenhuma palavra, eu estava completamente ligada ao que estaria acontecendo na sala agora. E eu me odiava por me importar tanto.

Vesti a roupa de Alice depois de lhe dar banho e ela foi brincar com seus brinquedos. Caminhei até o hall do andar e quando cheguei à escada fiquei observando Michael e a piranha.

Eles riam o tempo todo, estavam sentados tão próximos bebendo um líquido. Beijavam e ele passava as mãos nas pernas dela. Meu ódio crescia veementemente.

A hora do jantar foi a pior parte, Michael ficava lá conversando e rindo com aquela lambisgoia falando de coisas “engraçadas” que aconteceu no encontro dos dois como se fosse tudo normal.

-Ai ele derrubou todas as minhas coisas no chão e quando fui pegar um carro passou me ensopando inteira de lama. _Contava rindo os dois.

-Ah mais logo cuidamos disso e você ficou limpinha de novo. _Fiquei imaginando na mente o que poderia ter sido esse “cuidamos disso” . _Ela riu para mim e eu só forcei um sorriso e assim que ela parou de olhar revirei os olhos.

-Já está na hora de Alice dormir, vou subir. _Falei me levantando.

-Já vai Rachel? _Ele estava serio agora me olhando como se realmente soubesse que aquilo tudo me desagradava.

-Já sim, não quero atrapalhar o casal. _Fui irônica olhando com ódio para ele.

Peguei Alice e a coloquei pra dormir, me esforçando ao máximo não começar a chorar na frente dela. Quando ela dormiu fui para o meu quarto e lá sim eu chorava.

Mas era de ódio, de raiva. Michael era pior pessoa que eu já conheci na vida. E eu me odiava por está ainda ali na casa dele vivendo a suas custas.

(...)

Já era dia eu peguei todas as minhas coisas do armário colocando em uma mala eu iria sair da casa dele definitivamente. Eu não iria me submeter mais a isso. Mas ao mesmo tempo me doía, Alice precisava daquela cirurgia, ela precisava do dinheiro dele. Deus como era difícil  pra mim! Eu não queria magoa-la dando esperanças e depois a frustrando novamente.

-Aonde você vai? _Disse ele segurando meus braços quando me viu descer com as malas. 

Depois eu pegaria Alice em seu quarto.

-Eu e minha filha vamos embora daqui.

-Você não vai embora daqui. _Falou firme.

-Ah é? _Falei debochando. –Espera só pra ver.

Tentei soltar as mãos dele de mim, mas ele me puxou de novo.

-Porra Rachel, porque você tem que ser assim tão cabeça dura? _Ri sem vontade.

-Eu cabeça dura? Você transa comigo um dia e depois traz uma mulherzinha qualquer pra cá pra ficar esfregando na minha cara. O que você está querendo provar Michael hãm?

-Ah então você se importa? _Me perguntou e quando percebeu que eu não iria responder continuou. –Não é o que parece. Está sempre fugindo de mim, sempre se negando.

-E você é tão louco com sexo que não consegue manter esse pinto dentro das calças nem por um segundo? _Gritava.

-Não seja ridícula Rachel é claro que consigo.

-Então está me dizendo que não transaram? _Ficou sem jeito de falar, colocou a mão na cabeça eu entendi tudo.

-Transamos. _Essa palavra me atingiu em cheio no meu peito.

Michael Jackson era um homem sujo definitivamente.
Peguei novamente a mala do chão e dei as costas pra ele já saindo.

-Rachel! _Me segurou de novo.

Depois quando parei ficou andando de um lado e outro com a mão a cabeça.

-Você me deixa louco sabia? Foi você que me rejeitou ontem, você saiu insatisfeita mais uma vez me deixando com cara de idiota. Alias você sempre está fazendo isso.

-Porque eu não suporto você, e esse seu jeito arrogante de ser. Sempre achando que pode dominar  e usar as mulheres. Você não é diferente de todos os homens lá na boate. É um verme igual a eles. _Gritei travando meu maxilar o olhando com ódio.

-Você me deseja Rachel. _Gritou de volta com mais raiva ainda indo pra cima de mim me encostando na parede. –Eu sei que você me quer, eu sei o que causo em você. Mas não admite porque é uma fraca que só quer me ver rastejando nos seus pés como um idiota. Mas idiota eu não sou minha filha. _Ele estava tão próximo a mim gritando daquele jeito eu o olhava assustada, pelas suas palavras.

-Eu odeio você. _Ele balançou a cabeça sorrindo.

-Não. Você me ama e eu vou provar isso pra você.

Sem ao menos que eu pudesse piscar Michael segurou por minha cintura e me tomou em um beijo violento. Eu tentava me soltar dele, mas quanto mais eu fazia mais ele me apertava e me beijava. Estávamos em uma luta travada até que consegui me soltar dele. Olhei em seus olhos e transferi um tapa em sua cara.

-Eu te odeio! _Gritei.

-Você me ama. _Disse já voltando a me pegar, mas dessa vez no colo me levando para o rumo de seu quarto.


Eu gritava e o batia, mas quanto mais eu protestava mais ele não fazia questão de me ouvir


Capítulo 28
Por Rachel
Fui jogada de vez em sua cama sentindo o impacto do colchão em minhas costas. E logo Michael veio pra cima de mim se pondo em minhas pernas.

-Me solta seu tarado, desgraçado. _Eu batia no peito dele com força até ele me dominar segurando meus braços. Eu já não tinha mais forças nenhuma de lutar.

-Você me ama Rachel eu sei que sim. Eu sinto quando nos beijamos, quando fizemos amor. Por que luta tanto contra isso?

-Porque você é um mau caráter como todos os homens. _Falei rangendo os dentes tentando me soltar.

-O mau caráter que você está louca pra se embolar nessa cama. _Ele era irritantemente prepotente e eu estava com raiva cada palavra dele.

-Você é um..._Não consegui completar.

A boca de Michael tapou a minha rapidamente que eu não tive tempo nem de piscar. Eu tentava me soltar de seus braços que fortemente me seguravam , minhas pernas tinha dificuldades de se mexer pela pressão das dele em cima de mim. Eu estava ficando sem folego, sem forças alguma de continua lutando. A língua dele pressionava na minha me beijando, seus lábios chupavam os meus de uma forma perfeita. Como esse desgraçado tinha o poder de me deixar tão envolvida naquele beijo maravilhoso? Eu não tinha mais controle sobre mim e o jeito que teve foi me entregar.

Segurando forte em seu braço me deixei envolver por aquele beijo, nossas cabeças iam em um ritmo pra lá e pra cá envolvente e muito mais calmo agora. Seu cheiro me desconsertava, o seu corpo assim tão perto de mim despertou sensações em mim.

Michael deixou de me apertar um pouco percebendo que eu estava mais leve. E então as suas mãos tão hábeis passavam pelo meu corpo. Aquelas mãos tão grandes encontravam em meus seios acariciando de forma excitante. Me senti contrair. Não havia  mais o que fazer eu já estava rendida. Empurrei Michael o girando na cama ficando por cima dele rapidamente. Ele me olhou um pouco assustado acho que  não esperava essa atitude de mim.

Joguei meus cabelos para o lado segurei com as duas mãos cruzadas na barra da minha blusa e tirei. Michael sorriu e o beijei mais avidamente sentindo suas mãos passearem pelos meus seios e pela minha bunda.

Não demorou muito para estarmos nus sentindo sua potencia entrar e sair de mim rapidamente e eu gemer em seu ouvido.  Movimentávamos no mesmo ritmo necessitando cada vez mais dele em mim, sua essência sua masculinidade. Segurei em seu bumbum para ajudar ainda mais os movimentos e em questão de segundos estávamos atingindo nosso orgasmos.

(..)

-O que deu em você? _Perguntou em fim depois de longos minutos sem dizermos uma palavra um para o outro.

-Você disse pra eu me entregar não foi? _Olhei para ele.

-Eu não estou reclamando eu só..._Segurou em meu queixo e me fez olhar pra ele.  Eu posso jurar que os meus olhos encontraram os dele tão assustados. –Eu amo você.

Olhei para o outro lado sem dizer nada apenas sentido meus olhos queimaram querendo já sair algumas lágrimas. Ele segurou no meu queixo mais uma vez e me fez olha-lo de novo.

-Não é um truque para usar você, ou pra manipular conseguindo o que eu quero. Rachel você precisa acreditar em mim, eu nunca me senti assim na vida. Sempre achei que a vida fosse curtição, mulheres, e o meu dinheiro. Eu era o dono do mundo e agora mal consigo controlar os meus próprios  sentimentos. _O olhar dele era tão sincero Deus!

Fui me levantando tentando me cobri com o lençol eu queria fugir de novo eu não queria acreditar e me decepcionar. Por que eu tinha que ser assim?

-Rachel? _Segurou no meu braço. –Não fuja de novo. Por favor?

-Me da um tempo, é só o que eu te peço. Preciso colocar as ideias no lugar, preciso pensar um pouco. _Ele assentiu deixando bem claro em sua feição que  não era assim que ele queria, mas que resolveu aceitar..

-Está bem. Só quero que não vá embora a cirurgia da Alice está ai e eu quero tê-las por perto.

Seria muito mal agradecimento meu se eu fosse embora e sumisse com minha filha depois dele ter feito tanto por nós.

-Tudo bem.

Me levantei vesti minhas roupas e rumei para porta, antes de sair dei uma olhada para ele.


Capítulo 29
Alice já havia feita os exames necessários para a tão sonhada cirurgia, Rachel estava ansiosa a menina nem se fale. Faltavam poucos dias para entrar na sala de cirurgia e em fim Alice poder enxergar.

As coisas entre Michael e Rachel eram a mesma, ele resolveu deixa-la em paz por enquanto, não queria forçar nada com ela. Por incrível que pareça ele queria ser paciente e esperar as coisas melhorarem e Rachel admitir a si mesma que era Michael que ela gostava. Ele esperaria o tempo que fosse.

(...)

Alice acabava de entrar na sala de cirurgia Rachel esperava ansiosa e nervosa do lado de fora junto com Michael. Ele sempre pedia que ela se acalmasse, mas era difícil demais fazer.

Tudo que ela queria era abraçar Alice e chorar junto com ela ao saber que estava enxergando como todo mundo.

As horas se passavam e a ansiedade só aumentava, mas nada do médico chama-la pra ver sua filha. Até que horas depois veio a noticia.

-A cirurgia foi um sucesso. _Rachel abriu um longo sorriso e abraçou Michael pela emoção que estava ao seu lado. Compartilhando daquele momento.

-Podemos vê-la doutor? _Perguntou Michael.

-Sim, sim. Seus olhos estão com curativos, mas é por causa da claridade, logo logo vamos  remover e saber o quão eficaz foi.

-Eu mal posso esperar.

Rachel e Michael seguiram para o quarto onde Alice descansava, seu rosto coberto por curativos. Rachel se sentia satisfeita finalmente o seu sonho estava sendo realizado, o sonho que ela lutou muito pra acontecer.

E emoção de vê a filha era grande que ela mal conseguia andar até ela.

-Oh meu amor. _Murmurou.

-Mamãe?

-Estou aqui minha linda! _Rachel secou as lagrimas de seus olhos, e abraçou a filha.

-Como está se sentindo?

-Estou bem mamãe, só está doendo um pouco.

-Logo vai melhorar está bem?

-Aham.

As duas riam e faziam planos para quando Alice tirasse os curativos. Elas estavam tão felizes, Michael observava tudo também satisfeito. Pela primeira vez na vida ele havia feito algo de bom para alguém e isso com certeza encheu seu coração de orgulho de si próprio.

(...)

Os dias passaram desde que Alice estava internada no hospital e já havia chegado o momento do grande dia. Ela iria poder ver sua mãe finalmente.

Rachel ladeada a Michael esperavam ansiosos os médicos removerem os curativos com cuidado. O momento mais esperado chegou.

-Pode abrir os olhos Alice. _Disse o médico após tirar os curativos.

Então ela abriu, ela abriu e tudo ao seu redor criava vida, criava cor. A escuridão de antes se tornava dia, em seus olhos.

-Mamãe? _Falou emocionada.

-Oh minha filha. _Rachel chorava.

-Você é tão linda! _Rachel sorriu limpando as lagrimas.

-Você  é muito mais meu amor. _Alice olhou para o lado.

-Você é o tio Michael?

-So..._A voz do Michael falhou e ele pigarreou pra voltar ao normal. –Sou sim meu anjo.

-Você  é tão bonito! _Ela disse e ele agachou em sua frente muito emocionado limpou seus olhos que saiam lagrimas.

-E você é uma princesa. Você vai ver minha linda, tudo vai ficar bem agora, você vai ser muito feliz.


Michael abraçou tão forte Alice que Rachel se comoveu com aquele sentimento que ele estava demostrando. Ele estava tão sensível, tão carinhoso. Ele estava mesmo feliz com tudo aquilo e de fato estava mesmo. Alice mudou a vida de Michael.

 


Capítulo 30
Por Michael
Eu nunca havia sentindo tanta emoção na vida como naquele dia que Alice abriu os olhos e pôde enxergar tudo. Era como se eu ganhasse o melhor dos presentes, um que não se pode comprar e nem contar. Algo grande.

Só Alice pra fazer alguém como eu abrir tanto o coração assim. Ela era como um martelo quebrando meu coração de pedra, sempre foi assim desde o inicio.

Alguns dias havia se passado, Alice se adaptava bem a nova vida e estava feliz demais. Também todos em volta a mimando, como não ficar feliz? Até eu cai nessa de mima-la.
Cheguei em casa com um filhote de cachorro, ela havia me dito que queria cuidar de um e eu imediatamente providenciei.

-Aii que fofo tio Mike! _Ela disse empolgada segurando de mau  jeito o filhote de labrador em mãos.

-Ele é fofo mesmo, mas agora temos que lhe dar um nome.

-Hum. _Pensou. –Bolinha, porque ele é gordo e fofo. –Sorri.

-Então está bem, Bolinha.

-Mamãe, olha só que eu ganhei do tio Miike. _Correu em direção Rachel que vinha pelo jardim.

-Ai meu Deus que fofo Alice. _Ela pegou o Bolinha na mão e ficou brincando com ele achei lindo aquilo.

-Michael você sempre fazendo os gostos dela. _Abri os braços.

-Fazer o que né? Ela é um amor me olha com essa carinha eu não resisto. _Rimos.

-Vou brincar com o Bolinha. _Pegou o cachorro e saiu dali.

Eu e Rachel ficamos nos olhando por um instante.

-Está feliz? _Perguntei.

-Sim estou. Tudo que eu queria estou conseguindo graças a você. Se não fosse você eu nem sei Michael.

-Não precisa agradecer Rachel, apenas seja feliz. Só isso que quero.

Ela deu um sorriso de canto parecia entristecida.

-Ei, o que houve? _Segurei em seu  queixo  fazendo me olhar.

-Não sei. Você tem feito tanto e eu tenho sido má agradecida.

-Não, não tem não.

Na verdade esses dias Rachel parou de ser tão impassiva  comigo, ria mais, brincava mais. Eu não entendi o porque disso agora. Mas ela também não explicou e eu deixei como estava.

Corremos até Alice e brincamos os 3 com o Bolinha estávamos parecendo uma família feliz e eu adorava aquilo.


Capítulo 31
Por Rachel
Michael a cada dia que passava se mostrava um novo homem, mas ainda eu não sabia o porque o medo que sentia. Eu queria agradece-lo por tudo que fez por nós, mas todas as palavras que eu falava não eram o suficiente. Era como se eu não demonstrasse a minha gratidão.

Queria tanto que esse medo passasse eu pudesse de uma vez por todas me entregar a ele, mas era difícil demais.

Fui a mais um dia ao escritório trabalhar para ele. Eu me sentia útil fazendo algo que valesse apena ali dentro. Era com certeza muito mais digno.

Mas de certo que trabalhar ali com aquele amigo Stiven no meu pé o tempo todo me deixava nervosa. As insinuações e investidas eram constantes. Eu tentava me mostrar dura e rude, mas definitivamente não adiantava.

Até que eu estava tranquila limpando minha mesa com um peno pela poeira e sinto alguém me pegando por trás. Me sobressaltei e virei de imediato era ele.

-Stiven!

-Oi gatinha? Pensou que escaparia de mim é? _Me apertou pela cintura.

-Stiven por favor para com isso.

-Ah qual é? Vai dar uma de santa agora é isso Rachel? Eu sei que de santa você não tem nada.

-Não se atreva. _Travei meu maxilar.

E ele me pegou de vez com força sobre-humana me beijando o pescoço nojentamente, passando suas mãos imundas em mim.

-Me larga! _Eu tentava soltar mais era em vão.

-Qual é Rachel, vamos. Deixa eu provar tudo que Michael provou. Eu sei que ele tem bom gosto e o motivo pelo qual ele não te larga eu tenho certeza que é porque te come noite e dia. _Senti uma raiva me consumir que consegui me soltar dele transferindo um tapa em sua cara.

-Vadia desgraçada! _Se enfureceu me dando um tapa na cara, que vez meu rosto virar e meus cabelos desaliarem. –Pensa que é quem hein? Vadia como você servem para ser fodidas.

Ele veio de vez pra cima de mim eu não sabia o que fazer nem como agir. Começou a rasgar minhas roupas e eu tentava saiu mais não conseguia.

-Socorro! _gritei.

Foi quando viu Stiven saindo de cima de mim em um puxão.

-Está ficando maluco? _Era Michael dando um soco nele logo em seguida.

-Ah Michael que isso? Divide sua piranha com os amigos. _Vi raiva nos olhos de Michael e ele soca-lo mais uma vez.

-Se encostar um dedo em Rachel de novo eu te mato seu tarado nojento.
Stiven saiu imediatamente da sala e Michael veio até mim.

-Você está bem? _Balancei a cabeça freneticamente ainda tremula. –Não se preocupe não vou deixa-lo tocar em você de novo. –Balanceia cabeça de novo.

Eu realmente me senti protegida com Michael ali, se não fosse ele o pior teria acontecido. Eu estava tão abalada.
Capítulo 32
Por Michael
Eu sinceramente não sei o que deu na cabeça de Stiven pra ousar se meter com Rachel. Minha vontade era de matar aquele tarado desgraçado. Eu já sabia das intenções dele e eu juro se ele tivesse...

A casa estava silenciosa, estava quase tudo apagado, todos já estavam em suas camas dormindo. E como sempre não consegui pegar no sono.

E quando desço encontro Rachel sentada no sofá segurando um copo com as mãos apoiadas e esticadas nas pernas, estava tão pensativa.

-Ei. _Chamei sua atenção que logo olhou para mim.

-Insônia de novo? _Ela riu.

-É, parece que isso não consegue me deixar. _Sentei ao seu lado.

-Nem a mim. _Ri.

Olhei para todo aquele corpo dela, estava com uma camisola fina, bem transparente que marcava bem suas formas, respirei fundo.

Ela continua entristecida e eu juguei ser por causa do Stiven.

-Eu sinto muito Rachel. Eu nunca imaginei que Stiven pudesse ser tão sórdido.

-Tudo bem Michael, não é culpa sua.

-Eu vou demiti-lo não consigo mais confiar nele.

-Não, não faça isso. Não por mim, eu sei que ele é seu amigo então...

-Mas ele tentou te violentar Rachel, não quero esse cara lá de jeito nenhum.

-Eu não me preocupo com Stiven Michael, sinceramente não. _Franzi o cenho bastante confuso.

-Então o que é?

-Sabe o que é Michael, eu... Era pra eu está feliz agora, minha filha está bem, eu sai da boate, minha vida está do jeito que eu quero. Mas por que eu não estou feliz? _Seu olhos marejaram.

-Oh Rachel. _A abracei por um tempo.

-Você tem sido um cara tão legal comigo e eu não sei retribuir.

-Ah não para com isso, você tem retribuído sim. Para de besteiras.

-Eu gosto de você sabia? _Me surpreendi pelo o que ela disse.

Seus olhos tão fixos a mim, tão assustados. Será que...? Enquanto eu fazia essa pergunta mim mesmo Rachel tomou meus lábios de uma  vez. Me surpreendi de inicio, mas depois eu só queria aproveitar aquela sensação de tê-la em meus braços com o seu consentimento e não por que eu forcei, não por que eu impôs nada. Ela queria, queria tanto quanto eu.

A peguei de uma vez sentando-a em meu colo apertando suas pernas de encontro a mim. Suas mãos iam suaves por dentro da minha camisa e eu estava achando que aquilo era um sonho. Não podia ser real e Rachel não estava se entregando a mim. Em contra partida era real sim, Rachel estava nos meus braços e eu a queria como nunca a quis antes.

(...)

Já nus em minha cama eu afundava dentro dela, com carinho, paixão. Meus lábios passavam por toda extensão de seu corpo suave. De joelhos na cama e ela deitada sem nos desconectar eu acariciava seus seios enquanto beijava sua barriga. Tão entregue mim.

A ouvia gemer, pedindo por mim, suas mãos nas minhas guiando onde eu deveria tocar. Seus  movimentos de encontro a mim. Ah Rachel! Eu a amava tanto. Sim era isso que eu sentia.
Aumentei ainda mais os movimentos me sentindo no fundo. Me deitei sobre o corpo dela, eu queria beija-la enquanto nos amávamos, queria encostar meu corpo no seu sentir quente para mim.

Nossas línguas se encontrava urgente, deixando rastro de babas, pelo modo intenso que chupávamos nossas bocas.

-Eu amo você Michael! _Rachel declarou e eu vibrei por dentro. Deus com eu queria ouvir isso.

-Eu também meu amor, eu também. _Disse meio que choramingando pela emoção.

Levei minhas mãos em cima das suas colocando por cima de sua cabeça e entrelacei nossos dedos. E assim nos movimentávamos com delicadeza, paciência e cumplicidade, sem pressa alguma. Na verdade eu não tinha pressa, queria absorver de toda aquela sensação. Queria ama-la.

Pela primeira vez na vida eu não fazia amor apenas por um orgasmo, com Rachel eu aprendi que sexo precisa envolver amor, e era isso que eu estava sentindo agora.


Sentimos nossa libertação juntos, nossos corpos tremiam e eu estava satisfeito, pleno, amando.

Capítulo 33
Por Rachel
Sem duvidas aquele momento foi pleno em minha vida, eu estava onde eu precisava estar, ali nos braços de Michael, era onde eu pertencia. Só agora percebo isso, meus olhos foram abertos a tempo.

Agora eu não fugiria mais, não negaria. Eu estava disposta a aceitar tudo que ele poderia me dar naquele momento.

Michael não parava de acariciar meu rosto deitado de lado com seu cotovelo apoiando sua cabeça. Ele me olhava tão intensamente sorrindo, era como se fosse um casal apaixonados. Pera ai, éramos um casal apaixonados.

-Obrigado por não fugir. _Disse ele e eu o olhei entristecida.

-Me desculpa por demorar tanto pra isso. Eu tive medo, medo de ser tudo uma ilusão. Bom ainda tenho, mas estou mais confiante agora.

-Confia em mim Rachel. Eu amo você e isso é verdade... Depois de tudo que aconteceu conosco, tudo que vivemos, tudo que eu aprendi. Eu fui tão estupido, mas agora tudo está diferente, sou um novo homem. _Sorri ouvindo aquelas palavras vindas de sua boca era tão bom ouvir. –Eu nunca vou brincar com você, se fosse o Michael de temos atrás pode ser, até mesmo eu não confio naquele Michael. Mas o Michael de hoje fará tudo dar certo, tudo ser diferente. Sem acordos para passar a noite com você. _Sorrimos. –Sem joguinhos.

-Você ainda paga aquele acordo para Harry? _Ele riu.

-Sim. _Rimos juntos.

-Ai meu Deus!

-Mas valeu a pena. Tudo valeu a pena, se não fosse aquilo não estávamos aqui hoje juntos... Até que ser um mau caráter me rendeu frutos. _Sorrimos.

-O Mau caráter mais lindo do mundo. _Ele me olhou com aqueles olhos enormes. –Eu sempre achei isso, sempre o desejei.

-E eu também, desde o primeiro dia se é que deu pra notar. _Rimos de novo.

-E você é maravilhoso na cama, e eu sei sim fazer um boquete como ninguém. _Ele mordeu os lábios e sorri lascivamente.

-Eu sabia que era apenas charme seu, para me irritar e conseguiu viu? E enquanto ao boquete, vai ter que me mostrar direitinho depois.

-Pode deixar. _Sorrimos.

Ele tirou uma mexa do meu cabelo do rosto e acarinhou minhas bochechas. Nossos lábios chamavam um ao outro e então beijamos delicadamente entrelaçando nossas línguas e sugando depois.

-Seja minha mulher Rachel? _Disse meigo e meus olhos se encheram de lagrimas.

-Sim. _Falei com o todo o desejo que eu sentia no meu  coração, sem medo e receios.

-Sim? _Perguntou.

-Sim, sim, sim. É tudo que eu quero, tudo.

-Oh meu amor.

Michael veio pra cima de mim e tomou meus lábios em mais um beijo intenso, selando assim aquele sentimento que estava em nós. Sentimentos que existiria para sempre.


Capítulo 34
Por Rachel
Era o momento mais feliz da minha vida inteira eu no altar ladeada a Michael, estávamos tão felizes, era tudo que eu queria em toda minha vida.

Alguns amigos dele que o já conhecia há anos tirava um sarro as vezes ou apenas me perguntava qual era a fórmula que eu achei por ter prendido Michael a mim. A verdade é que era apenas o amor que sentíamos esse era o segredo.

Alice estava tão feliz e eu adorava ver minha filha feliz assim. Podendo enxergar agora e vendo sua mãe se casado com o tio que ela tanto amava.

Foi uma cerimonia simples, porem com muito amor e depois de trocarmos nossas alianças fomos declarados marido e mulher. Finalmente eu era pra sempre a mulher dele só dele e demais ninguém.

(...)

Por Michael

Já havia  5 anos que Rachel e eu nos casamos. Vejam só! Para um homem que nunca se casaria na vida eu estava bem arrumado. E nesse meio tempo vieram os filhos Marlin era o nossos caçula de 1 ano. Mas também tinha a pequena Inês de 4, e Jeremy de 3. Sem contar com o bebê que Rachel esperava a quase 3 meses. E claro tinha Alice agora com 10 anos a minha filha mais velha que eu amava tanto.

Esses foram o presente de Deus em minha vida, minha família era tudo que eu precisava ter. Rachel sem duvidas era a mulher da minha vida e ela me ensinou de uma forma complicada e difícil que eu precisava valorizar as pequenas coisas da vida e não ser egoísta e nem mesquinho. Porque no final quem estará no nosso enterro quando morremos é quem nos ama de verdade. E eu precisava ter um lar, viver em harmonia. E minha casa cheia de crianças "melequentas" como eu tanto temia era o meu maior orgulho, minha melhor satisfação.

Agora posso dizer o quanto sou feliz e será pra sempre.
 


12 comentários:

  1. continua please thank you

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  2. Capítulos novos já postados :) r bos leitura e Obg

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  3. Actualizado já meninas <3 :D Boa Leitura

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  4. Bem gente acabei de finalizar a fic, espero que tenham gostado, Boa Leitura :D

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  5. Gente que lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, desta vez fui eu a ler :) :3

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  6. O Michael no início era bem canalha, deu uma vontade de dar uns tapas nele, mas durante a estória ele foi se humanizando através do amor e aí sim, passou de cafajeste a homem de verdade, aahhh, o que o amor não faz, né? Gostei muito. Bjs.

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