Autoras: TatahJacksonMania e Nai Jackson
E quando tudo parece seguir seu rumo, eis que o destino te coloca no mesmo ponto, na mesma sentença.
Quando tudo parece da certo, acontece o completo oposto. Então você se ver presa ao seu próprio destino.
Tudo e todos ficam contra você, até mesmo quem disse que sempre estaria ao seu lado.
Esse sim é o primeiro a te virar as costas e você não faz ideia o que fazer.
Ou você luta, ou você morre e morrer está fora de questão nessa selva onde você precisa lutar pra sobreviver.
E eu iria lutar até o fim.
Capítulo
1
Como eu pude ser tão
idiota?
Por
Michael
Segunda-feira, o dia amanheceu ensolarado com aquele ar de pegar uma
onda na praia, jogar um futebol de areia, comida gostosa em um quiosque e
voltar pra casa exausto no fim da tarde desejando um bom banho e um sono
gostoso. Mas ao invés disso estava eu vestindo meu terno e gravata para mais um
dia de trabalho no escritório.
É eu precisava me aposentar um pouco, tentar viver de outra forma, um
jeito diferente que não fosse esse. Ficar trancado em uma sala o dia todo faz
mal pra cabeça, além de está me ajudando e muito, pelo menos fico com ela
ocupada e paro de pensar na vida. Ou melhor, no meu passado.
Por anos vivi amargurado, sem amor e na completa solidão. E por que
seria diferente, se quando tentei foi pura frustração?
A verdade é que não pode se confiar em mais ninguém nessa vida de selva,
onde todo mundo quer se dar bem as custas de todo mundo.
Só que nunca imaginei que Mônica seria uma caçadora de recompensas. Acho
que deve ser por isso que me tornei assim. Frio, calculista, egoísta e mal
humorado. Acho que quando se é enganado por quem se ama o ser humano se torna
assim mesmo ou até pior. A gente se fecha, é uma defesa. Um modo de sua
consciência te proteger de si mesmo. O pior foi ter sido traído duas vezes.
Foi exatamente por isso que desfiz de tudo, me mudei para outra cidade e
montei a minha empresa em outro lugar.
(...)
Cheguei em fim na empresa onde eu era o chefe, estava por cima do meu
pedestal bem onde eu sempre quis está. Cumprimentei algumas pessoas por ali e
me dirigi pra minha sala.
Quando em fim sentei na cadeira acolchoada de coro preto escutei as
batidas na porta.
-Entre. _A porta se abriu e pude ver a figura de John Branca o advogado
da empresa e amigo entrar.
-Bom dia Sr. “Não atende os
telefonemas” acordou bem essa manhã?
_Dei uma risadinha.
-Foi mal John estava ocupado. _Subiu a sobrancelha e me encarou com
aquele olhar de como se eu estivesse mentindo.
-Ocupado é? E o que fazia? Se masturbando?
-John! _O repreendi.
-Ué pelo que eu sei você não tem vida social há anos, e só trabalha
quando está aqui, na verdade passa o dia inteiro enfurnado nesse lugar e quando
volta pra casa se fecha naquele mundo acinzentado, preto ou seja lá que cor.
_Me levantei pegando alguns papeis para analise.
-Trabalhando John como sempre. Não é você mesmo que diz que eu devo
esquecer? Pois então...Bom agora chega desse assunto. Conseguiu um novo assessor
pra mim? Ou eu mesmo tenho que fazer isso? _Levantei uma de minha sobrancelha.
-Sim consegui sim. Assessora melhor dizendo, talvez uma mulher te anime
um pouco. _Sorri irônico.
-Mulher é a ultima coisa que irá me animar agora John. Mas tudo bem,
melhor assim. Posso saber quem é a vítima?
-Oh! Vítima mesmo coitada. Mas infelizmente ainda não sei, terei uma
entrevista com ela e contrata-la e assim te enformarei. _Assenti.
-Ótimo.
-Agora vou deixa-lo trabalhar, depois volto com as noticias. _Assenti.
John saiu pela porta e eu respirei pesadamente. Conheci John muito
depois de terminar com Mônica, ele apenas sabia da história não a conhecia.
(...)
A noite estava eu ali em minha mansão solitária fazendo como eu sempre
fazia todos os dias. Pensando.
Flash
Back
-Não faz
isso seu bobo, para, para! _As gargalhadas alteradas misturadas com as palavras
de protesto me mostravam o quanto Mônica sofria com meu ataque de cocegas.
-Não, não
você perdeu agora precisa arcar com as consequências. _Era um jogo idiota sobre
quem sabia mais da vida um do outro.
-Então
minha punição é ataque de cocegas?
-Ou isso
ou lavar as minhas cuecas, é o que quer? _Pensou, pensou.
-Acho que
cocegas é melhor. _Rimos.
-É né
malandra? _E lá vai eu com mais cocegas.
-Não Michael,
não. _E mais gargalhadas.
Fim de
Flash Back
Virei para o outro lado da cama e me permitir entrar em profundo sono.
Capítulo 2
O surpreendente sempre acontece
Por
Mônica Smith
Acordei mais animada na manhã seguinte. A final descolei um ótimo
emprego em uma empresa. Na verdade eu não sabia muita coisa sobre o lugar só
sabia que iria ganhar bem e eu estava precisando.
Depois de anos viver perambulando por ai me fixei e tenho certeza que
dessa vez será diferente.
É frustrante quando você faz planos e tudo é jogado por água a baixo. O
pior por pessoas que tentam te destruir.
Eu sempre me perguntei o porque de tudo ter acontecido da forma como me
aconteceu. Mas acho que foi melhor assim, pois só assim pude conhecer melhor
quem estava ao meu redor, ou quem se dizia tão apaixonado por mim.
Mas só foi
alguém encher sua cabeça de histórias e depois plantar algumas falsas provas
pra ele mostrar quem era. Um desgraçado que nunca confiou em mim, que nunca se
quer se esforçou pra saber a verdade e descobrir porque aqueles milhões faziam
nas minhas coisas. Invés disso me jogou aos leões.
Mas a vida segue e eu preciso esquecer o meu passado, por isso aceitei o
emprego, por isso aceitei mudar de vida e esquecer, por mais difícil que seja.
A final eu tinha um filho pra criar.
Em fim acordei cedo tomei meu café da manhã e estava eu me dirigindo
para um novo destino. Dei um beijo no meu pequeno e sai.
(...)
Quando cheguei tratei logo de
cumprimentar todos ali e me encontrei com John Branca o cara que havia
me contratado, eu estava prestes a me encontrar com o chefe.
John bateu na porta e depois rodou a maçaneta, meus olhos curiosos
adentraram a sala luxuosa e depois pairou no ser sentado em uma poltrona.
Não
pode ser.
-Mônica? _Perguntou incrédulo levantando-se da cadeira.
-Michael? _Fiquei surpresa.
-O que faz aqui? _Bateu uma mão com força em cima da mesa com a voz bem
alterada. –Eu quero você fora daqui!
A reação dele não foi menos que assustadora, ele parecia um bicho feroz
que foi cutucado dentro da sua toca.
-Michael, mas o que é isso? _John ficou sem entender.
-Tira ela daqui John, tira essa desgraçada daqui antes que eu não
responda por mim. _Seus punhos serrados,
seu maxilar travando me mostrava o quanto irado estava.
-Senhorita Smith eu lhe peço desculpas, por favor espere lá fora que já
conversarei com você. _Assenti olhando horrorizada para Michael.
Eu sabia o quanto ele me odiava agora, mas não sabia que depois de anos
ainda estava da mesma forma. Sai da sala e me permitir chorar disfarçadamente
para que ninguém percebesse e depois tomei uma água para tentar me acalmar.
Deus esse pesadelo estava voltando de novo?
(..)
-Mas que atitude é essa Michael pelo amor de Deus! _Logo a frente a
figura de Michael andando para um lado e outro completamente perturbado e
furioso.
-Será que você não ver John? É ela, Mônica. A desgraçada que me roubou e
depois se fez de vítima.
-Ai meu Deus é sério? _Seu amigo de anos John se surpreendeu.
-Pelo visto prestou bastante atenção nas minhas inúmeras histórias do
passado não é mesmo? _Foi irônico.
-Desculpa Michael, mas é que existem inúmeras Mônicas e eu não achei
que...
-Não ela é única, essa desgraçada e a única que trai, que mente, que
ilude e que rouba. Quero ela fora daqui.
-Michael infelizmente não será possível. _Os olhos de Michael se
arregalaram.
-Como não?
-Assinamos o contrato e ele não poderá ser quebrado agora. Sinto muito
mais Mônica fica.
-Droga! _Com o maxilar cerrado e com muita ira Michael transferiu um
soco em sua mesa de vidro.
(..)
-Mônica desculpe o Michael é que ele... _John tentava me tranquilizar,
mas naquela altura era impossível.
-Tudo bem John eu entendo, conheço bem a reação dele, só não fazia ideia
de que ele era o chefe, se soubesse jamais viria aqui.
-Ele está magoado.
-Acontece que eu também estou magoada, mas isso ele não ver. Claro e por
que veria? Eu que sou a vilã dessa história.... Mas como fica? Vou ser
demitida?
-Não, o contrato está em vigor, não podemos fazer nada a respeito. Ele
vai ter que conviver e você também. _Assenti sentindo um frio agonizante no
estomago.
O que seria da minha vida agora?
Por Michael.
Ainda não conseguia acreditar!
Mônica, a mulher que eu amei e que tanto me enganou, agora era minha assessora! E eu não podia fazer simplesmente nada para mudar isso!
Mônica me dava nojo. Minha vontade era de pegá-la e enfiá-la em um lugar de onde nunca mais pudesse sair! Nunca tive pensamentos psicopatas na minha vida, mas sobre ela era impossível não ter.
Eu dei a ela minha alma, meu coração, minha vida toda e mesmo assim ela foi capaz de jogar tudo no lixo! Uma vadia interesseira que só estava comigo por causa do meu dinheiro.
Eu sabia que sempre ia encontrar mulheres assim em meu caminho. Ser rico é a mesma coisa do que ter uma placa na testa escrito "a mercê de vadias interesseiras".
Mas Mônica nunca mostrou ser uma mulher desse tipo, muito pelo contrário, ela era doce, amável, carinhosa e parecia ser muito verdadeira, até que minha empresa começou a sofrer um grande desfalque e por fim, descobri que todo o dinheiro estava sendo transferido para sua conta bancária.
No começo eu realmente não queria acreditar, mas tudo indicava que ela estava tendo um caso com alguém de dentro da empresa e o ajudava a me roubar. Por fim, descobri quem estava a ajudando e coloquei meu assessor na rua, assim como a expulsei de minha vida.
Desde Mônica eu nunca mais me permiti ficar com ninguém de verdade. Não conseguia mais amar uma mulher ou confiar em uma mulher e desde então fico saindo apenas para saciar meu desejo e assim seria, para sempre.
Ou até que eu pudesse fazer de Mônica o que eu bem entendesse. Acho que no final de tudo ela virar minha assessora veio bem a calhar, porque algumas ideias atingiram rapidamente minha mente.
Abri um sorriso e chamei meu advogado em minha sala, para que pudéssemos redigir o contrato de Monica.
Ela não perdia por esperar.
Capítulo 3.
"Ódio define."
"Ódio define."
Por Michael.
Ainda não conseguia acreditar!
Mônica, a mulher que eu amei e que tanto me enganou, agora era minha assessora! E eu não podia fazer simplesmente nada para mudar isso!
Mônica me dava nojo. Minha vontade era de pegá-la e enfiá-la em um lugar de onde nunca mais pudesse sair! Nunca tive pensamentos psicopatas na minha vida, mas sobre ela era impossível não ter.
Eu dei a ela minha alma, meu coração, minha vida toda e mesmo assim ela foi capaz de jogar tudo no lixo! Uma vadia interesseira que só estava comigo por causa do meu dinheiro.
Eu sabia que sempre ia encontrar mulheres assim em meu caminho. Ser rico é a mesma coisa do que ter uma placa na testa escrito "a mercê de vadias interesseiras".
Mas Mônica nunca mostrou ser uma mulher desse tipo, muito pelo contrário, ela era doce, amável, carinhosa e parecia ser muito verdadeira, até que minha empresa começou a sofrer um grande desfalque e por fim, descobri que todo o dinheiro estava sendo transferido para sua conta bancária.
No começo eu realmente não queria acreditar, mas tudo indicava que ela estava tendo um caso com alguém de dentro da empresa e o ajudava a me roubar. Por fim, descobri quem estava a ajudando e coloquei meu assessor na rua, assim como a expulsei de minha vida.
Desde Mônica eu nunca mais me permiti ficar com ninguém de verdade. Não conseguia mais amar uma mulher ou confiar em uma mulher e desde então fico saindo apenas para saciar meu desejo e assim seria, para sempre.
Ou até que eu pudesse fazer de Mônica o que eu bem entendesse. Acho que no final de tudo ela virar minha assessora veio bem a calhar, porque algumas ideias atingiram rapidamente minha mente.
Abri um sorriso e chamei meu advogado em minha sala, para que pudéssemos redigir o contrato de Monica.
Ela não perdia por esperar.
Capítulo 4.
"Forças para continuar."
"Forças para continuar."
Por Mônica.
Confesso que ainda estou surpresa.
Quando recebi a oportunidade de trabalhar em uma empresa e receber bem não me passou pela cabeça que a empresa poderia ser de Michael.
Ele me odiava agora e eu também não nutria um sentimento digno por ele. Michael me magoou muito no passado, quando acreditou em George, seu empresário e não em mim.
Ainda não conseguia acreditar que ele se deixou enganar por um cara tão perverso feito George, que se aproveitou de minha amizade com o ex-assessor de Michael e fez um plano mirabolante para nos incriminar.
Tanto eu quanto Jake jamais seríamos capazes de fazer algo como aquilo. Jake era amigo de Michael e eu era sua namorada, a mulher que mais o amava no mundo, a mulher que ele disse que queria se casar e formar uma família.
Fomos duas vítimas de um mal caráter e Michael não conseguiu enxergar isso, expulsando-nos de sua vida na primeira oportunidade.
E agora ele entrou em minha vida de paraquedas, novamente. E infelizmente eu não podia recusar aquele emprego. Tinha um filho de cinco anos que estava prestes a entrar pra escolinha e eu queria que ele tivesse uma formação digna.
Peter, meu filho que eu apelidei carinhosamente de "Blanket" Peter é a minha luz, minha vida inteira, a melhor coisa que Michael pôde ter feito em minha vida.
Menos de duas semanas depois de ter me separado de Michael, descobri que estava grávida. No começo eu fiquei assustada e perdida. Tinha somente vinte anos e ainda estava no meio do último semestre na faculdade de economia.
Estava completamente sozinha porque meus pais moram do outro lado dos EUA e dividia um apartamento com Lunna, minha eterna amiga que me ajudou muito nessa fase difícil da minha vida. Eu sabia que procurar por
Michael estava fora de cogitação, ele não ia querer me receber e seria capaz de tirar meu filho de mim, ao descobrir que ele era mesmo o pai - porque eu realmente acreditava, e ainda acredito, que ele com certeza ia pedir um teste de DNA para comprovar a paternidade de meu filho.
E eu não queria ser humilhada novamente, muito menos perder meu filho para ele.
Levei a gravidez a diante e quando estava no oitavo mês de gestação, terminei minha faculdade. Desde então eu trabalhei em vários lugares: lanchonetes, lojas de roupas, telefonista e até mesmo como babá de cachorros.
Continuei morando com Lunna e ela sempre me ajudou a criar Blanket, erámos como uma família. Nunca consegui arrumar um trabalho com o meu diploma, porque no último semestre da faculdade eu não consegui levar o estágio adiante por conta da gravidez e as empresas para qual eu mandava currículo falavam que não poderiam aceitar uma pessoa sem experiência.
Mas isso nunca me abalou realmente. Eu era perseverante e mesmo com dificuldades consegui criar meu filho com tudo o que eu podia oferecer e com muito amor, obviamente. E, bem... Agora apareceu esse emprego e o salário era realmente muito bom, não poderia me dá ao luxo de não aceitar por puro orgulho porque Blanket não tinha culpa de nada do que aconteceu entre Michael e eu.
E por ele, eu iria engolir a dor e o orgulho e trabalhar para Michael. Somente pelo meu filho e por mais ninguém.
Capítulo 5
John pode ser o único que acredita em mim
Por Mônica
Eu ainda estava tremula com essa história, rever
Michael com certeza me deixou abalada e quando eu menos imaginei John o cara que me contratou se aproximou de
mim com um copo d’água na mão.
-Beba, vai se sentir melhor. _Olhei para o copo
d’água surpresa com a ajuda.
-Muito obrigada.
-Olha o Michael ele é assim mesmo. Chato,
ignorante, e ainda mais depois de tudo que aconteceu... Então você é a Mônica, Ex dele não é? _Abaixei minha cabeça relembrado
certos momentos em minha cabeça.
-Sim.
-Vem comigo, preciso que conheça sua nova sala e te
darei algumas recomendações. _Me
levantei e o segui.
John era um cara muito legal, mesmo sabendo com
certeza tudo que houve conseguia ser
gentil comigo, não me olhava com condenação, uma coisa que era totalmente
diferente de Michael.
Entramos na minha nova sala e por Deus era
incrível. Ampla, confortável o meu cantinho, eu estava feliz a pesar de tudo.
-Esse será seu local de trabalho de agora em
diante, espero que sinta-se a vontade. E uma dica. Não chegue perto do patrão.
_Fiquei um pouco sem jeito com o que ele disse, mas assim que ele sorriu
permiti sorrir também.
-John só uma pergunta..._John parou para me ouvir,
e eu olhei em volta lembrando de algo.
-O George, George Maldonado. Ele trabalha aqui? _O modo
da resposta foi inevitável.
-Sim. _Meu coração acelerou e eu respirei com
dificuldades. Meu Deus esse pesadelo voltaria de novo? - Mas não fica aqui, ele
fica no andar de baixo nunca vem pra essa área.
-Que assim seja então. –John voltou a mim e parou
em minha frente como se me analisasse ou pensasse em algo.
-George tem haver com tudo não tem? _Abaixei minha
cabeça mais uma vez.
-Sim. _Sussurrei e John ficou pensativo, mas também
não disse nada.
-Espero que sinta a vontade, qualquer coisa é só
chamar.
-Obrigada John. _Ele sorriu e saiu.
Respirei fundo e observei aquele lugar com
satisfação apesar de tudo, pois ali eu ganharia o meu pão para poder alimentar
meu filho. Me sentei na minha cadeira e fiquei fuçando algumas coisa por lá.
Foi quando olhei um portfólio com minhas tarefas do
dia, tratei logo de começar. O dia seria longo.
Capítulo 6
Vou fazer
Mônica pagar pelo o que fez.
Por Michael
Eu ficava andando de um lado para o outro naquela
sala, estava inquieto ao extremo, foi quando John entrou.
-E ai? _Perguntei.
-Mônica está trabalhando, parece ser dedicada.
-Talvez seja porque a grana que me roubou já esteja
acabado, então precisa de mais, ou então está planejando outro roubo... Quero
que fique de olho ouviu bem John? Se eu desconfiar minimamente que seja, dessa
vez ela irá pra cadeia.
-Vou ficar de olho Michael não se preocupe.
-Ah quero que reveja o contrato, vou mudar algumas
coisinhas. Essa mulher vai ver o que é bom.
-O que você está pensando? _Estranhou.
-Nada demais, só quero que faça exatamente tudo o
que eu mandar.
-Michael, Michael veja lá o que vai fazer hein?
-Qual é John está do lado dela agora?
-Não estou do lado de ninguém, apenas atento as
coisas. _Disse e saiu.
John estava estranho e eu não gostava de nada.
Parecia até que estava do lado dela, mas se isso acontecer não perdoarei ele
nunca.
(...)
Mais tarde John apareceu com o contrato e eu meio que comecei a “mudar” algumas coisinhas para
ele redigi-lo pra mim depois.
*Trabalhará em tempo integral para mim até mesmo em feriados.
*Suas tarefas não será apenas no
luxo da empresa, e sim na faxina também. Lavar banheiros, salas e tudo que
estiver sujo (Limpe a bagunça)
*Não terá motorista, vai ter pegar um táxi para se deslocar de um canto
e outro resolvendo problemas da empresa, e tudo dentro do horário sem atrasos.
*Em fim fará tudo que eu mandar.
-Você está maluco Michael? Ela já assinou o
contrato e não havia nada sobre. –pegou as folhas e apontou para o mesmo . –Lavar banheiros.
Isso é absurdo parece criança.
-Ah é John? Essa mulher vai me pagar se depender de
mim lavar banheiros não será nada diante do que estou pensando para a estádia
dela aqui.
-Essa história tem muito mais do que você pensa, eu
sinto isso, você vai acabar se arrependendo. _Avisou e saiu. –Não vou
compactuar com isso.
Nem dei a mínima importância pelo que John falava
chamarei outro advogado para fazer isso por mim. Eu estava ansioso pra ver a
cara de Mônica diante da “surpresinha”.
Capítulo 7
Estou completamente indignada.
Estou completamente indignada.
Por Mônica
- Mas isso é um absurdo! - falei me levantando da cadeira onde estava sentada. - Não vou me submeter a isso, não mesmo!
Estava na sala de meu querido chefe, Michael. Ele e seu advogado haviam acabado de me amostrar as novas clausulas de meu contrato de admissão na empresa.
Sabia que poderia esperar qualquer coisa vindo de Michael, mas ele estava abusando demais de seu poder.
- É isso que terá que fazer se quiser trabalhar pra mim, Mônica. - ele disse, tranquilo.
- Se não sabe, Sr. Jackson, eu ainda tenho uma vida. Não posso ficar ao seu dispor vinte e quatro horas por dia!
E lavar banheiro e arrumar salas? Isso é um absurdo!
- Eu mando, você obedece. Se quiser esse emprego é assim que vai ser! - ele disse.
- Não mesmo. Lavar banheiro e arrumar salas não faz parte de um serviço de assessora, será que não sabe disso ou sua empresa está falindo ao ponto de você ter que colocar sua assessora pessoal pra fazer o serviço dos funcionários terceirizados?
Pude ver o maxilar dele ficar rígido e sua mão se fechar em punho. Prendi o sorriso que queria despontar em minha boca, sabia que tinha cutucado-o.
- Tire essa clausula, Jack. - ele disse, sem nem olhar para o advogado. - Ao contrário do que pensa, minha empresa vai muito bem, obrigado.
- Ótimo. - falei. - Agora quero que mude essa clausula de ter que trabalhar em horário integral e ter que atendê-
lo a qualquer hora que me chamar. Isso é inadmissível!
- Eu já mudei uma clausula, Mônica, não mudarei outra. Uma assessora pessoal tem que está disponível a todo o momento.
- Eu não posso, Sr. Jackson. - falei, convicta. - Como disse antes eu tenho uma vida e...
- Não me interessa! - ele falou em um tom rigido. - Eu não quero saber se tem ou não uma vida, o que me importa agora é saber se você é capaz de permanecer nesse cargo cumprindo todas as minhas exigências. Se você não é, pode dá meia volta e sair daqui.
Engoli em seco. Droga, eu tenho um filho de cinco anos e exige atenção e carinho... Mas também exige cuidados, comida e escola, coisas que somente com aquele emprego eu seria capaz de manter. Respirei fundo e fechei os olhos por apenas dois segundos, pedindo força a Deus para continuar.
- Tudo bem, Sr. Jackson. Você venceu. Onde eu assino? - perguntei.
- Quando Jack reformular a clausula mudada você será chamada novamente. Está dispensada agora.
- Certo, com licença. - falei e saí dali, me sentindo cansada de tudo aquilo antes mesmo de começar.
Capítulo 8
Tristeza... É exatamente isso que estou sentindo agora.
Tristeza... É exatamente isso que estou sentindo agora.
Por Mônica
Fui para minha sala e me joguei em minha cadeira. Pela primeira vez em muito tempo eu senti vontade de chorar novamente por algo que acontecera a muito tempo em minha vida.
Senti as lágrimas molharem meu rosto e não as impedi de sair, eu estava angustiada e triste. Ainda amava muito Michael, infelizmente era um sentimento que eu tinha certeza que jamais sairia de meu peito, e ser tratada daquele jeito por ele estava me matando.
Eu não gostava de ficar me lembrando do passado, mas está perto desse Michael me fazia querer o
Michael antigo de volta... Foi impossível conter minhas memórias:
***
- Hei... Acorda, princesa dorminhoca!
Ainda estava em sono profundo quando senti o toque das mãos de Michael no meu corpo e seus sussurros em meu ouvido.
- Ah não... Eu estou cansada, Mike, ontem a gente foi dormir muito tarde... - reclamei, me cobrindo até a cabeça.
Pude escutar sua risada gostosa, aquele tipo de risada contagiante que nos obriga a rir também. Sorri por debaixo do edredom e então senti seu peso em cima de mim.
- Michael, não! - falei rindo.
Ele tirou a coberta de cima da minha cabeça e então se sentou em cima de mim, na altura da minha cintura. Pude perceber que seu cabelo estava molhado. Ele tinha um sorriso sapeca no rosto, parecia uma criança feliz.
Ele se abaixou, fazendo seu rosto ficar da altura do meu.
- Hm... Eu quero um beijo dessa princesa, será que eu consigo.
Balancei a cabeça, dizendo que não.
- Ora, mas por que?
- Porque eu ainda não escovei os dentes, mocinho!
Ele sorriu e escorregou seu nariz no meu, me fazendo fechar os olhos.
- Eu não ligo pra isso, amor... Eu quero um beijo agora para o meu dia começar feliz. - ele sussurrou e então atacou meus lábios como os seus.
Sua língua quentinha acariciou a minha, lento e romântico, me fazendo suspirar e segurar em seus cabelos molhados para que não se afastasse de mim. Alguns minutos depois nos afastamos para respirar.
- Bom dia, príncipe.
- Bom dia, princesa. - ele sorriu pra mim e se levantou, se deitando ao meu lado. - Como sou um ótimo namorado, já comprei nosso café da manhã e está tudo em cima da mesa. Eu estou morrendo de fome e vim chamar você pra comer comigo.
- Mas é claro que você está com fome, gastamos toda a nossa energia ontem, aqui, nessa cama...
- E antes, no sofá... - ele gargalhou, me fazendo rir junto a ele. - Me daria a honra de ter sua presença a mesa, princesa?
- Claro, meu amor... E depois, quais são os seus planos para o nosso domingo?
- Hm... Deixe-me pensar... - ele se virou e jogou sua perna e seu braço em cima de mim. - Ficar agarrado com você é uma ótima ideia, o que acha?
- Acho que essa é a melhor ideia que você já teve desde que me pediu em namoro. - pisquei pra ele e ri.
- Oh, é mesmo, sua danada? Pois saiba que é assim que vai ser, vou querer ficar agarrado a você para sempre...
- Promete? - perguntei, olhando em seus olhos.
Ele sorriu pra mim, seus olhos brilhavam de amor e admiração - assim como eu tenho certeza que os meus estavam.
- Eu prometo.
E então, selou sua resposta com um beijo.
***
Eu só não imaginava que o ficar "agarrado a mim para sempre" seria de uma forma tão dolorosa como estava sendo agora.
Eu esperava - do fundo do meu coração, com todo o amor que, infelizmente, eu ainda nutria por ele - que isso acabasse logo.
Ou talvez eu não fosse capaz de suportar tanto sofrimento.
Capítulo 9
É hora de ralar.
Por Mônica
Cheguei em casa me sentindo a pior das pessoas,
incrível como Michael conseguiu me humilhar mais uma vez. Mas meu dia se tornou claro assim que
encontrei meu filho a minha espera.
-Oi meu amor! _Abri meus braços para abriga-lo ali,
meu coração já se encontrava mais calmo agora.
-Oi mamãe estava com saudades!
-A mamãe também morreu de saudades Blanket. _Me
virei para Lunna minha amiga que tomava conta do meu bebê. –Ele se comportou
bem?
-Ei mamãe eu sempre me comporto bem. _Falou bravo
de um jeito engraçado ri.
-Oh meu filho eu sei que se comporta bem, mas é
coisa de mãe preocupada. _Lunna riu.
-Ele se comportou muitíssimo bem Mônica como
sempre.
-Que bom, merece um. _Abri minha bolsa a procura de
um doce quando achei o chocolate estendi a Blanket. – Um chocolate. _Ele riu.
-Eba mamãe. _Depois saiu correndo para apreciar, eu
adorava dar agrados ao meu filho.
-E ai Mônica como foi lá? _Respirei profundamente.
-Não foi nada fácil. _A tristeza voltou.
-Mas por que não, você não disse que seria um ótimo
emprego? _Me olhou confusa e eu deixei minha bolsa por qualquer canto chamando
Lunna para sentar.
-É a empresa de Michael.
-Não creio. _Se surpreendeu e assim que contei toda
a história Lunna logo disse. _Você tem que sair de lá.
-Não posso Lunna é um bom emprego lá eu darei tudo
que eu preciso dar ao Blanket.
-Mas o Blanket é filho do Michael Mônica, e se ele
descobrir?
-Não não vai. Ele nunca vai saber sobre isso.
_Fiquei ali bem pensativa, eu sabia que seria difícil pra mim essa questão.
(...)
Eu já tinha colocado a roupa de dormir em Blanket e
o posto na cama, eu nunca deixava de fazer essas coisas importantes que toda
mãe faz ao filho.
-Durma bem porque amanhã é o seu primeiro dia de
aula na escolinha que a mamãe te matriculou. _Avisei.
-Eu vou pra escolinha? _Falou feliz.
-Vai sim, está tudo pronto amanhã bem cedo a mamãe
te leva. _Ele riu.
Depois li um livro para o meu filho antes de
dormir, a tão sagrada “hora da leitura” todas as noites eu lia para ele, foi
quando meu menino pegou no sono.
Fui até o banheiro tomar um banho relaxante, meu
dia foi bem estressante e eu imaginava que seria assim, até porque meu passado
estava todo ali no meu caminho de novo. Até que dormir um pouco tranquila.
(...)
Deixei Blanket no colégio na manhã seguinte lhe
avisando que Lunna o buscaria, pois eu teria que ficar até sei lá que horas na
empresa de Michael, dei um beijo nele e quando cheguei em minha sala um bilhete
em aviso já estava posto a mim.
“ Quero que busque uns papeis importantes para mim na 5º Avenue 156. E por favor seja rápida!” –
MJ”
Bufei lendo aquela autoridade irritante dele
comigo. Já tratei logo de fazer o que ele mandou, desci pelo elevador e fui ao
estacionamento a procura de um motorista da empresa que estaria ao meu dispor
para ir e vir quando necessário.
-Ei moço! _Chamei um cara trajado de um uniforme que
eu juguei ser um motorista. –Preciso ir a 5º Avenue 156 pode me levar?
_Perguntei.
-Hum não senhora eu lamento. Os carros são usados
apenas pelo Sr. Jackson e alguns dos assessores.
-Mas eu sou assessora, assessora pessoal dele,
Senhorita Smith, olha. _Mostrei minha credencial.
-Desculpe, mas o Sr Jackson não falou nada sobre
isso, então sendo assim... Lamento mesmo.
Droga! Aquele infeliz fez de proposito eu tinha
certeza. Invés de subir lá e discutir achei por bem fazer o que ele pediu a
qualquer custo, a final eu tinha um emprego pra manter.
Sai andando pelas ruas atrás de um táxi, dava sinal
de parada a todo custo e nenhum parava para mim. Acho que aquele dia foi tirado
para me ferrar.
-Com licença. _Gritava um que passava as pressas.
–Pare por favor? _Gritava o outro e nada.
Até que um passou bem no canto da pista onde tinha
uma poça enorme de lama jogando tudo em cima de mim.
-Hãm! _Suspirei olhando todo meu estado deplorável
de lama por todo meu corpo. _Filho da** _Engoli.
(...)
Quando em fim consegui um táxi cheguei ao local
coberta por lamas e quando me identifiquei na recepção do prédio chique onde estava
os papeis me olharam como se eu fosse uma mendiga e com razão, eu estava
parecendo uma. Até duvidaram que eu fosse assessora de Michael Jackson, mas
nessas horas até eu mesmo duvidava. Tiveram que ligar pra ele e confirmar o
pedido, e como sempre me sentir humilhada.
No trajeto de volta foi ainda pior, começou uma
chuva forte e eu estava sem transporte e sem guarda-chuvas. Guardei aqueles malditos papeis na bolsa para
não molhar e andei a pé nas ruas até conseguir um táxi de volta. Já estava
tarde e eu frustrada.
(...)
Entrei na sala do Jackson de vez e coloquei os
papeis com força na mesa. John estava lá com ele.
-Estão aqui. _Michael arregalou os olhos vendo meu
estado John da mesmo forma.
-Nossa, o que foi que houve? Achei que deixei claro
que queria rapidez.
-Não seja engraçadinho Michael por sua culpa eu
estou assim. O que custava deixar o veiculo em minha disposição? _Ele deixou os
papeis de lado e se levantou olhando firme em meus olhos.
-Veículos são para funcionários de minha inteira
confiança, já não posso falar isso de você. _Bufei e sai fechando a porta.
Capítulo 10
Eu preciso ser forte e ir até o fim
Eu preciso ser forte e ir até o fim
Por Michael
Quando Mônica entrou em minha sala daquele jeito eu não acreditei, bem que a secretária da empresa London disse que parecia uma mendiga, pois estava parecendo mesmo. Quando ela se retirou da sala eu não consegui mais segurar meu riso e gargalhei com vontade.
-Você viu John, viu o estado da Mônica? _Eu ria como se fosse uma piada das boas e John se mantinha sério. Meu amigo está se tornando um patético.
-Vi eu vi sim... Custava colocar um carro a disposição dela? _Meu riso se desfez.
-Qual é a sua John, vai defender a vadia agora é isso?
-Não estou a defendendo, só acho que essa sua vingancinha está passando dos limites. Qual é Michael parece criança birrenta. _Minha ira foi instantânea.
-Essa vagabunda vai pagar por tudo que ela fez comigo John, vou humilha-la até ela descer ao pó. E enquanto ela estiver aqui vai se arrepender de se meter em meu caminho. _Ele balançou a cabeça negativamente e saiu da sala provavelmente iria consola-la.
(...)
A noite estava em casa cansado, estressado tudo ao mesmo tempo e pra piorar uma terrível dor de cabeça, tudo isso depois que Mônica reapareceu em minha vida.
Tomei um comprimido pra dormir e até ele fazer efeito fiquei na janela do meu quarto contemplando aquela lua linda no céu. E como sempre meus pensamentos corriam em minha cabeça.
(A música faz parte da trilha sonora por favor, ler a seguir ouvindo a música a partir do 0:14 segundos)
Mônica
sentada de frente para mim em cima da cama, nossos corpos tremiam, o
suor escorria os beijos eram incessantes. Acabávamos de fazer amor eu
estava tão feliz.
-Eu amo você Mônica. _Disse passando uma de minhas mãos em seu rosto.
-Eu também te amo Michael. _Sorri depositando um beijo em seus lábios.
Pesei meu corpo em cima dela a deitando, eu estava transbordando de amor por ela, queria senti-la mais uma vez, sentir seu carinho, seu amor por mim também e consegui.
Mônica alisava meu corpo enquanto os beijos não paravam nem por um minuto comecei a penetra-la mais uma vez eu precisava do seu amor. Nossos corpos se movimentavam em um único ritmo em uma única sintonia, meus toques em seu corpo eram fortes, urgentes.
Eu olhava para os olhos lindos daquela mulher estava tão apaixonados tão cúmplice a mim, eu adorava a sensação de tê-la comigo de tê-la em meus braços me amando se entregando a mim.
Sua pele arrepiava-se a cada investida minha, seu gemido ecoava-se no ambiente nos movimentos dos meus quadris. Meu nome era chamado, meu coração acelerava.
Franzi o cenho sentindo o tesão e satisfação me consumir, sentindo aquele amor que eu sabia que era único, que era o que eu mais queria na vida, Mônica é a mulher que eu mais queria na vida.
Meus movimentos agora eram rápidos estávamos chegando ao nossa plena satisfação, suas unhas cortavam a minha pele, sua respiração era ofegante, seu corpo tremia... O orgasmo nos atingiu de uma forma satisfatória.
Debrucei no corpo de Mônica os beijos continuavam.
-Seja minha mulher Mônica? Eu a quero pra mim.
-Eu sou sua Michael, não há mais o que fazer. _Sorrimos e voltamos a nos beijar.
Estava uma lua tão linda lá fora, era como se Deus aplaudia aquela união e nos abençoava. Eu estava aos céus.
-Você é a mulher da minha vida Mônica, por favor não me deixe jamais, eu morreria.
-Como eu poderia deixar o meu ser, o ar que eu respiro? É como você é pra mim, como é possível deixar de respirar e continuar viva? Eu também morreria. _Sorri tão entorpecido com aquele amor que chegava a ser um anestésico em meu coração aquele amor me dava paz, tranquilidade.
-Só queria dizer que meu amor por você não tem explicação, não consigo pensar em nada parecido ou algo que possa ser comparado. Só sei que é grande Mônica, e eu estou sentindo isso tão forte aqui dentro essa noite. _Coloquei a mão dela perto do meu peito.
-Ohh meu amor. _Vi lágrimas saindo dos seus olhos. –Sou tão abençoada por ter conhecido você, agradeço a Deus todos os dias por ter colocado você no meu caminho nos amamos de verdade e isso é tão raro. _Sorri ela tinha razão era raro demais.
Nos beijamos em seguida
-Eu amo você Mônica. _Disse passando uma de minhas mãos em seu rosto.
-Eu também te amo Michael. _Sorri depositando um beijo em seus lábios.
Pesei meu corpo em cima dela a deitando, eu estava transbordando de amor por ela, queria senti-la mais uma vez, sentir seu carinho, seu amor por mim também e consegui.
Mônica alisava meu corpo enquanto os beijos não paravam nem por um minuto comecei a penetra-la mais uma vez eu precisava do seu amor. Nossos corpos se movimentavam em um único ritmo em uma única sintonia, meus toques em seu corpo eram fortes, urgentes.
Eu olhava para os olhos lindos daquela mulher estava tão apaixonados tão cúmplice a mim, eu adorava a sensação de tê-la comigo de tê-la em meus braços me amando se entregando a mim.
Sua pele arrepiava-se a cada investida minha, seu gemido ecoava-se no ambiente nos movimentos dos meus quadris. Meu nome era chamado, meu coração acelerava.
Franzi o cenho sentindo o tesão e satisfação me consumir, sentindo aquele amor que eu sabia que era único, que era o que eu mais queria na vida, Mônica é a mulher que eu mais queria na vida.
Meus movimentos agora eram rápidos estávamos chegando ao nossa plena satisfação, suas unhas cortavam a minha pele, sua respiração era ofegante, seu corpo tremia... O orgasmo nos atingiu de uma forma satisfatória.
Debrucei no corpo de Mônica os beijos continuavam.
-Seja minha mulher Mônica? Eu a quero pra mim.
-Eu sou sua Michael, não há mais o que fazer. _Sorrimos e voltamos a nos beijar.
Estava uma lua tão linda lá fora, era como se Deus aplaudia aquela união e nos abençoava. Eu estava aos céus.
-Você é a mulher da minha vida Mônica, por favor não me deixe jamais, eu morreria.
-Como eu poderia deixar o meu ser, o ar que eu respiro? É como você é pra mim, como é possível deixar de respirar e continuar viva? Eu também morreria. _Sorri tão entorpecido com aquele amor que chegava a ser um anestésico em meu coração aquele amor me dava paz, tranquilidade.
-Só queria dizer que meu amor por você não tem explicação, não consigo pensar em nada parecido ou algo que possa ser comparado. Só sei que é grande Mônica, e eu estou sentindo isso tão forte aqui dentro essa noite. _Coloquei a mão dela perto do meu peito.
-Ohh meu amor. _Vi lágrimas saindo dos seus olhos. –Sou tão abençoada por ter conhecido você, agradeço a Deus todos os dias por ter colocado você no meu caminho nos amamos de verdade e isso é tão raro. _Sorri ela tinha razão era raro demais.
Nos beijamos em seguida
***
Quando as lembranças em fim me deixaram o ódio me consumia, a decepção me atingia de um modo que eu me desesperei. Lágrimas saiam dos meus olhos ao reflexo da luz da lua.
Como ela pôde me trair assim? Eu a amava e ela fez isso comigo. A ira fez minha feição mudar eu precisava descarregar, eu precisava fazer algo a respeito foi quando como um louco joguei tudo que eu via pela frente ao chão, quebrando tudo. Eu estava ferido, os dois sentimentos brigavam dentro de mim, o amor e o ódio, a raiva e a vontade de ter tudo de volta. Raiva de mim mesmo por ter confiado naquele amor, raiva por não ter me resguardado, por ter me entregado, por ter confiado tão cegamente nela.
-Sua desgraçada vagabunda, por que fez isso comigo, por que? Porque brincou tão cruelmente com os meus sentimentos? _Parei de quebrar as coisas e deixei o choro vim com tudo agachei ao chão e coloquei a mão no rosto próximo aos meus joelhos.
Eu não poderia mais fazer nada a respeito, eu havia descoberto quem ela era e eu queria que ela pagasse, queria que ela sofresse assim como eu sofro hoje.
-Eu te amava, eu tinha planos e você... _Chorei compulsivamente.
Me joguei ao chão eu estava fraco, me permiti sofrer mais uma vez por ela, mas seria a ultima, a ultima.
Capítulo 11
Orgulho era um ótimo sentimento quando se quer esquecer um amor.
Orgulho era um ótimo sentimento quando se quer esquecer um amor.
Por Mônica
Cheguei em casa sentindo minha roupa molhada se grudar em meu corpo. Peter estava sentado no chão brincando com seus carrinhos e se levantou pra vim me abraçar, mas parou no meio do caminho.
- Mamãe! O que aconteceu com você? - ele perguntou, assustado.
- Isso, mesmo, Mônica! O que foi que houve? - Lunna perguntou saindo da cozinha e me olhando.
- Um carro passou por uma poça d'água e me molhou inteira! Que ódio! - falei entre dentes e me arrependi logo depois ao vê que Peter havia ficado mais assustado. - Oh, meu anjo, me perdoe... Vou tomar banho e logo te dou um abraço e beijo bem gostoso, tá bom?
- Tá bom, mamãe. - ele disse começando a sorrir. Era incrível como até o sorriso dele era idêntico ao de Michael.
Michael.
Só de me lembrar daquele nome eu sentia minha ira subir novamente. Saí da sala e fui em direção ao banheiro, tirei minhas roupas e entrei na água quente e prazerosa, me permitindo soltar um urro de raiva.
Michael era um desgraçado sem coração! Como fora capaz de não deixar um carro a minha disposição? Era pedir demais isso?
Mas não... Ele queria se vingar de mim até nesses minímos detalhes. Se vingar de algo que eu não fiz! Eu estava sentindo tanta raiva dele, tanta, que minha vontade era de voltar aquela empresa e dar em sua cara.
Mas infelizmente eu não podia fazer isso.
Senti a água me relaxar um pouco e me esfreguei minha pele com a esponja, querendo me livrar de toda a sujeira que estava em meu corpo e se fosse possível, me livrar daquele amor que sentia por um homem tão frio e insensível como Michael.
Preferia continuar sendo babá de cachorros e garçonete, a ter que conhecer ainda mais profundamente esse lado sombrio que poderia existir em um homem que, um dia, fora tão carinhoso
comigo.
Sentia um enorme falta de tudo o que Michael já fora pra mim, mas, infelizmente, aquele era um tempo que nunca mais voltaria.
Saí do banho e coloquei uma roupa confortável. Penteei meus cabelos e voltei para sala, me sentando ao lado de Peter e o puxando para o meu colo.
- Oh meu Deus, como estava com saudades do meu pequeno príncipe... - falei olhando para o alto como se estivesse conversando com Deus.
- Mamãe, eu já disse que sou um homem e não um pequeno príncipe. - ele disse emburrado.
- Ah sim, claro que sim, como pude me esquecer? Você é o homem da casa, não é mesmo?
- Sou sim, eu que tomo conta de tudo por aqui, mamãe...
- Por isso que eu amo você, homenzinho responsável!
Falei e comecei a fazer cócegas nele, escutando o som de sua risada que - também - era idêntica ao do pai. Em meio as nossas brincadeiras, escutei a campainha tocar mas logo vi Lunna aparecer e fazer o gesto para que eu continuasse com Peter enquanto ela iria abrir a porta.
Ela sabia que de agora em diante eu teria pouco tempo com meu filho e, assim como eu, ela queria que nós aproveitássemos ao máximo a presença um do outro.
Continuei a brincar com ele, mas logo me dispersei ao vê que Lunna estava parada na porta e impedia alguém de entrar, mas a pessoa parecia insistir muito e logo ela foi colocada de lado e então eu o vi entrando no meu apartamento, mas logo parando em seguida.
Meu coração afundou no peito.
Michael estava ali.
Capítulo 12
Estava chocado e ao mesmo tempo completamente encantado.
Estava chocado e ao mesmo tempo completamente encantado.
Por Michael
Decidi que não deixaria Mônica simplesmente ir embora. Tinha que dá mais alguma coisa para ela fazer e queria que ela fosse até a minha casa para limpar meu escritório que estava uma verdadeira bagunça.
Fiquei o resto da tarde tentando falar com ela pelo celular, mas ela simplesmente não me atendia. Com raiva, saí da empresa encerrando meus compromissos e fui direto a casa dela.
Mônica ouviria poucas e boas por simplesmente ter ignorado meus telefonemas! Dirigi até o seu endereço e estacionei meu carro em frente ao prédio simples que parecia ter somente quatro andares. Passei pelo porteiro - que dormia sentado em sua cadeira - subi três lances de escadas até chegar ao segundo andar, onde ela morava.
Tudo ali era simples demais, mas eu não me incomodava com isso. Não era esnobe ao ponto de desprezar quem não tem dinheiro. Havia prometido a mim mesmo que quando me transformasse nesse tipo de pessoa, eu desistiria de viver.
Cheguei na porta de seu apartamento e apertei a campainha duas vezes, logo a porta foi aberta e então vi uma pessoa que a muito tempo não me atravessava a memória: Lunna, melhor amiga de Mônica na época da faculdade.
- Michael? - ela perguntou me parecendo bastante surpresa.
Fiquei uns segundos em silêncio, mas o som de uma risada infantil me tirou de meu transe.
- Olá, Lunna... Preciso falar com Mônica, poderia me deixar entrar e dizer a ela que estou a sua espera? - perguntei dando um passo a frente, mas ela me impediu de continuar.
- Você não pode entrar aqui, Michael.
Franzi o cenho pra ela e logo a risada infantil se tornou mais alta, me deixando curioso. Havia uma criança dentro da casa de Mônica ou eu estava enganado?
- O que? Mas é claro que eu vou entrar, sou o chefe de Mônica e exijo falar com ela!
- Aqui você não é chefe de ninguém, Michael!
- Bem, se sua amiga não lhe contou todos os termos de nosso contrato, isso realmente não é problema meu, mas eu vou entrar agora!
Dito isso a empurrei delicadamente para o lado e passei por ela, adentrando o apartamento, mas logo parei em seguida, ou melhor, a cena a minha frente me fez parar.
Mônica estava sentada no chão com um lindo garotinho perto de si, os dois riam enquanto brincavam com algumas peças de quebra-cabeça que estava no chão. Era a cena mais linda que eu já havia visto em toda minha vida. Parecia que eu estava chegando em minha casa e encontrando a mulher da minha vida brincando com o meu filho, sem preocupações, sem vinganças e raiva, apenas amor...
Puro e simples amor, era isso que eu estava sentindo ao vê aquela cena tão linda.
O garoto era lindo e me peguei pensando que eu queria muito ser pai de uma criança assim, gostaria que ele fosse meu filho.
Mas, talvez...
Talvez ele fosse, realmente, o meu filho.
Capítulo 13
Uma semente de duvida foi plantada
Uma semente de duvida foi plantada
Por Michael
Mônica ficou ali parada na minha frente como se estivesse paralisada, como se eu tivesse a pegado no flagra fazendo a pior coisa do mundo. Acho que nem quando eu a peguei me traindo não a vi tão nervosa. Então depois me olhou com desprezo.
-Lunna por favor leve ele lá pra dentro? _Sua amiga veio correndo e tirou o menino dali imediatamente.
-É seu filho? _Perguntei somente para confirmar as duvidas que eu tinha.
Se aquele menino fosse filho de Mônica a idade poderia bater com aquela época e... Talvez, ele...
-Não, ele não é meu filho. É filho de Lunna. Todos nós moramos juntos aqui e eu gosto muito do menino. _O resquício de esperança que se formou desvaneceu imediatamente.
Fiquei ali olhando para o chão confuso e eu voltei à realidade, a realidade que eu conhecia muito bem.
-O que faz há essa hora na minha casa? _Disse brava.
-Você não atendia a nenhum dos meus telefonemas, quem você pensa que é, ir embora sem falar comigo? O contrato dizia que você faz tudo que eu mandar a qualquer hora. Então acho melhor voltar o que fazia e limpar o meu escritório. _Ela riu sem nenhuma vontade.
-Você só pode está louco não é? Já está tarde eu não vou a lugar nenhum. Contente-se com amanhã cedo.
Mulherzinha petulante Mônica Smith era realmente uma mulher petulante.
-As 6:00 da manhã quero meu escritório muito bem limpo.
Fui saindo de sua presença, mas algo me puxou e eu parei na porta, olhei para Mônica na exata hora, pensei em como tudo poderia ser diferente. E então sai rapidamente, ouvido o barulho estrondoso da porta se fechar.
Droga!
(...)
Voltei ao escritório, eu estava possesso, confuso. Talvez Mônica mentia pra mim, mas por que? Aquele menino era a minha cara dava pra ver. Os cabelos compridos os olhos grandes bem escuros. Eu vou querer um exame de DNA, ah se vou.
Ouço a porta dar duas batidas e quando mandei entrar pude ver a figura de George ali parado.
-Oi George como vai? _Disse com uma certa simpatia e demos um aperto de mão.
-Vou muito bem. O patrão nunca vai me ver no segundo andar, sempre ocupado no seu trono. _Era um tom de brincadeira e eu ri.
-Que isso George, é que estou passando por um momento nada bem.
-É? E o que houve?
-Mônica Smith lembra? _George puxou da memoria e finalmente balançou a cabeça.
-Sim a vadia que mentiu pra você roubando todo o seu dinheiro?
-Ela mesma. Resolveu aparecer, se infiltrou aqui na empresa. _Pude ver a feição de George mudar e ele ficar estático.
-Ela apareceu é?
-Sim. Mas essa vadia vai me pagar, por tudo que ela fez comigo.
Fiquei falando algumas coisas para George e ele simplesmente sumiu de orbita, parecia que não ouvia nenhuma só palavra do que eu falava, mas eu não me importava e eu iria pressionar Mônica sobre aquele menino.
Capítulo 14
Finalmente encontrei uma pessoa boa no meu caminho
Finalmente encontrei uma pessoa boa no meu caminho
Por Mônica
Quando Michael saiu pude respirar aliviada, coloquei a mão no rosto e suspirei fundo. Meu Deus isso foi por pouco.
Lunna veio ao meu encontro e me abraçou, retribui o abraço chorando um pouco.
-Isso só pode ser um pesadelo.
-Por que disse que era meu filho Mônica?
-Se eu dissesse que é meu, Michael ia ligar a época com a idade de Blanket, isso o fazia pensar que poderia ser o pai e eu não quero isso, agora principalmente. Michael está louco, quer se vingar de mim a qualquer custo, ela se torna imprevisível a cada dia. E se ele descobrir que é pai de Blanket ele vai tira-lo de mim para chegar no ponto alto de sua vingança ridícula.
-Oh minha amiga.
-O homem que eu amei um dia virou um monstro Lunna, um mostro ao qual me assombra desde o dia que eu pisei os pés naquela maldita empresa. _Ela me abraçou mais uma vez e eu chorei.
(...)
No dia seguinte acordei cedo e levei Blanket para a escola, ao qual ele ia sorrindo e com satisfação me deixando feliz em meio aquela tristeza toda.
-Da um beijo na mamãe da? _Me agachei e ele veio até mim e beijou meu rosto. – Own que beijo gostoso do Blanket! _Ele riu e eu dei muitos beijos nele o fazendo rir sem parar.
-Ai mamãe. _Reclamou pelo aperto que eu dava nele.
-Desculpa meu amor, é que a mamãe amo você muito, muito mesmo.
-Eu também te amo.
-Own então vai lá, vai estudar. E lembre-se hein? Só ir embora com a Lunna e mais ninguém.
-Pode deixar. _Bateu continência e eu ri. Depois saiu correndo até a entrada da escola.
-Tchau. _Gritei pela distancia agora.
-Tchau. _Acenou com a mão.
Então cheguei a empresa e tratei logo de fazer o que eu Sr Mandão me ordenou. Tratei logo de limpar aquele escritório. Eu estava me sentindo humilhada, sem chão. Não que limpar um escritório seja algo humilhante, muita gente ganha seu pão fazendo isso, eu mesma já trabalhei muitas vezes nesse ramo. Mas o que me deixava humilhada era a forma que eu fui mandada a fazer aquele trabalho, como um modo de punição, de ódio, isso sim me deixava devastada.
Ouço a porta se abrir e por pensar que fosse o Michael tratei de limpar minhas lágrimas, a última coisa que eu queria era deixar ele me ver chorando, assim ele pensaria que estava mesmo me atingindo.
-Mônica? _Era John. –O que está fazendo?
-Michael pediu para limpar o escritório dele é o que eu estou fazendo.
-Não, não, não. Larga isso. _Deu dois passos em minha direção. –Você não vai fazer mais isso já chega.
-John ele mandou eu tenho que fazer.
-Não, eu vou mandar a moça da limpeza fazer isso, não é sua obrigação.
-Ele pode achar ruim com você e eu não quero que... _Me interrompeu.
-Não se preocupe com isso, eu me entendo com aquele turrão... Vamos a minha sala precisamos conversar.
Assenti me sentindo confusa, o que John queria falar comigo a final? Chegamos em sua sala e ele me indicou a poltrona para que eu sentasse, puxou a cadeira e sentou em minha frente.
-Eu já ouvi a versão dele diversas vezes, agora quero ouvir a sua. Me conta? _Não sei, mas eu confiava em John, ele era tão simpático comigo, tão atencioso e além do mais eu precisava desabafar.
Sei que é loucura, mas parece que quanto mais eu desabafava sobre aquele assunto, melhor meu coração ficava.
-Está bem. _Ele sorriu.
-Eu e o Michael éramos felizes, nos amávamos e fazíamos planos para o nosso futuro. Éramos um casal lindo e apaixonados.
-Michael apaixonado? Difícil de imaginar. _Fez uma brincadeira e rimos com ela.
-Pois é acredite ou não ele era doce. _Rimos -Michael tinha um amigo o Jake, eram como irmãos e nós nos dávamos bem também, mas era tudo amizade... Foi ai que descobrimos que George desfalcava muito dinheiro da empresa, na verdade quem descobriu foi Jake, ele só me contou para que eu alertasse Michael, já que ele não acreditava que foi capaz de deixar um ladrão em seu maior patrimônio. Michael sempre se achou o melhor em tudo nos negócios e nunca permitiria erros.... Mas George descobriu que Jake sabia de tudo e que Michael não acreditava muito nele mais pelo ciúmes que Michael já havia despertado entre nós dois. Mas John eu juro, sempre foi o Michael que eu sempre amei, nunca nem vi Jake se aproximando de mim com outras intenções.
-Eu sei querida, Michael é assim eu o conheço muito bem.
-Foi então que George aproveitou toda a situação, sabia que se roubasse de Michael e nos incriminasse ele iria acreditar, foi o que ele fez. _John ficou pensativo.
-Se George roubou tanto dinheiro, por que ele ainda está na empresa?
-Talvez ele queira mais. E tome cuidado John que ele pode incrimina-lo também.
-Não se preocupe com isso, eu já saquei George há muito tempo.
-Então você acredita em mim?
-Plenamente Mônica. George é um homem sórdido só Michael não ver isso, e além do mais estou ciente de alguns desfalques aqui.
-Eu queria que Michael acreditasse em mim, ele está me punindo por uma coisa que eu não fiz.
-Michael vai se arrepender demais de ter feito isso Mônica, a consciência vai pesar é só questão de esperar. E eu vou ajuda-la a limpar seu nome e colocar George na cadeia, pode apostar. Confia em mim? _Ele riu estendendo sua mão para mim.
-Confio. _Nos abraçamos após.
John me fez ter mais esperança para continuar, ele era o único próximo de Michael que poderia me ajudar com tudo aquilo e isso sem duvidas confortou meu coração depois de anos.
Capítulo 15
Descobrindo parte do passado.
Descobrindo parte do passado.
Por Michael
Cheguei na empresa e vi que meu escritório estava devidamente arrumado, o que me deixou com um pouco de raiva.
Desse jeito, eu não teria muito o que reclamar de Mônica, muito menos ter o que mandá-la fazer.
Sentei em minha cadeira e soltei um alto suspiro de tédio, mas logo uma luz se ascendeu em minha mente.
Era isso!
Liguei para Mônica em sua sala e fui curto e grosso, mandando que ela chamasse um antigo amigo meu, Forbes. Ele era detetive, e eu já tinha um plano traçado em minha mente para ele me ajudar.
Uma hora depois, Mônica entrava com Forbes em minha sala.
- Os senhores precisam de mais alguma coisa? - ela perguntou.
- Apenas que você suma daqui, agora. - falei, indicando a cadeira para que Forbes sentasse.
Pude perceber que ele me olhou um pouco assustado. Nunca me vira tratar uma pessoa assim antes, mas tinha certeza que depois que eu lhe contasse os meus motivos, ele iria me entender e me apoiar, diferente do que Branca fazia.
Mônica saiu da sala com o semblante irritado e eu prendi uma risada. Adorava irritá-la.
- Como vai, Forbes? - perguntei, me sentando e olhando pra ele.
- Muito bem, Michael e você? Confesso que fiquei curioso com o seu chamado.
- Eu estou bem, mas preciso de um serviço seu...
- Estou aqui para isso, o que quer que eu faça?
- Preciso que você faça uma pesquisa sobre essa moça que saiu da minha sala. O nome dela é
Mônica e nós namoramos a seis anos atrás, mas eu descobri que ela era uma vadia que estava me traindo com meu melhor amigo e ainda estava me roubando junto com ele. - fiz uma pausa para diminuir a raiva em meu tom de voz e logo continuei. - Sendo que... Bem, ela mora com uma amiga em um apartamento simples em Los Angeles, e junto a elas tem um menino que eu julgo ter cinco anos. Mônica me disse que o garoto era filho de sua amiga, mas eu não acredito muito, porque o garoto se parece muito comigo... O que eu quero de você, é que descubra se o garoto é filho de Mônica.
- Entendo... Isso é fácil, Michael. Você sabe, eu tenho acesso a muitos papéis e posso vê se Mônica deu entrada em algum hospital de Los Angeles para ter um bebê.
- Isso é ótimo, Forbes! E quanto tempo você acha que isso demora?
- Em menos de uma semana eu tenho essa resposta pra você, Michael. Eu consigo o ano, a data e até a hora que ela deu entrada no hospital, posso até conseguir o pré-natal e tudo o mais.
- Perfeito! Se aquele menino for mesmo de Mônica, ele pode ser tanto meu, quanto de Jake... Vou pedir um exame de DNA e se ele for mesmo meu, vou entrar com um processo na justiça, para ter a guarda dele para mim.
- Isso é algum tipo de vingança, Michael? - ele perguntou olhando pra mim.
- Pode apostar que sim, Forbes.
- Mas... A criança não deve pagar pelos erros da mãe, Michael.
- E muito menos merece ter uma mãe como Mônica. Eu amo crianças, Forbes, se aquele menino for mesmo meu filho, vou amá-lo com todas as forças do meu coração, mesmo tendo uma parte daquela mulher dentro de si. - falei.
- Certo, Michael... Não vou me meter nisso, só vou fazer o que você pediu. - ele disse.
- Pago o preço que for.
- Não se preocupe com isso. Você é meu amigo e isso que me pediu é a coisa mais fácil do mundo para se descobrir. - ele falou, se levantando. - Em dois dias eu trago as respostas pra você.
- Obrigado, Forbes. - falei, me levantando e indo até a porta, o acompanhando.
Assim que Forbes saiu, eu me sentei em minha mesa e sorri. Eu sentia que aquele menino era meu filho, sentia que poderia dar o mundo pra ele e de quebra, afastar de si aquela mulher horrível que era Mônica.
Prometi a mim mesmo que faria daquele garoto, o menino mais feliz do mundo.
Capítulo 16
Você... Eu não consigo resistir a você.
Você... Eu não consigo resistir a você.
Por Mônica
Da minha sala, pude vê Forbes passando pelo corredor do andar da presidência. Eu nunca o tinha visto em toda a minha vida, mas ele deve ser bem importante, porque pelo telefone ele me disse que cancelaria todos os seus compromissos para atender ao pedido de Michael.
Quando ele entrou no elevador para ir embora, fiquei curiosa. Sua visita fora mais rápida do que o normal. Sempre que Michael chamava alguém com urgência, ficava horas com a pessoa lá dentro...
Sobre o que será que eles conversaram?
Quem seria esse Forbes e o que ele fazia?
A curiosidade me corroía, mas logo o toque do telefone me interrompeu. Revirei os olhos porque sabia que era Michael.
- Sim? - atendi.
- Preciso de você na minha sala, agora. - ele disse e então desligou.
Coloquei o telefone no gancho e respirei fundo, tentando controlar minha raiva. Ele era um mal educado irritante! Me levantei e passei a mão pela minha saia lápis para desamassá-la e então fui em direção a sala do meu querido chefe.
Bati na porta e depois de escutar um "entre", a abrir e o vi em pé, de costas para mim, mexendo em algo dentro da gaveta atrás de sua mesa. Entrei na sala e fechei a porta atrás de mim, logo me virando e encarando suas costas largas.
Suas lindas costas largas, que eu sempre achei tão sexy e masculina.
- Onde você guardou as pastas de documentos que estava em cima da minha mesa, Mônica?
Ele perguntou ainda de costas, mas eu não prestei atenção. Mesmo por debaixo do terno, eu podia ver seus músculos se contraindo e relaxando por causa dos movimentos de seus braços. Tão lindo...
- Mônica? - ele perguntou e se virou pra mim. - Mônica, está surda?
Sua voz imponente me trouxe de volta a realidade em um segundo.
- Hã? O que? O que disse, Sr. Jackson?
Ele revirou os olhos, impaciente.
- A pasta de documentos a serem revisados, que estava aqui em cima da minha mesa, onde você guardou?
Mordi o lábio, nervosa. Eu não havia arrumado a mesa. Quem arrumou foi a funcionária que John havia chamado assim que saímos do escritório.
- Eu não... Eu não vi pasta nenhuma, Michael. Você não a guardou em outro lugar? - perguntei, nervosa.
Se ele descobrisse que eu não havia arrumado o seu escritório, eu estaria - realmente - fodida.
- Claro que não. Eu não sou louco, Mônica, você me entregou essa pasta ontem e eu a deixei aqui, em cima da mesa, para revisar hoje. Foi você quem arrumou o escritório, onde está a pasta?
Apenas fiquei em silêncio porque eu simplesmente não tinha nada a dizer.
- Não foi você quem arrumou e escritório, não é? - ele perguntou e ao receber meu silêncio como resposta, bateu o punho na mesa. - Por que me desobedeceu, Mônica? - gritou.
Fechei os olhos, ele estava realmente furioso.
- Eu estava arrumando, Michael, juro que estava, mas John, ele veio aqui e me viu arrumando e então...
- E então, como um anjo-da-guarda, te livrou do seu trabalho, foi isso, não é?
- Ele me livrou de algo que eu não sou obrigada a fazer! - falei. - Arrumar seu escritório não faz parte da minha função, ele reconhece isso, ao contrário de você!
Ele riu de lado e se aproximou de mim, seus olhos ainda ferviam de raiva. Ele só parou quando seu rosto faltava centímetros para se encostar ao meu.
- O que eu faço com você, hm? Você sabe que eu odeio quando me desobedecem, não sabe? - ele passou os dedos lentamente pelo meu rosto e eu tive vontade de fechar os olhos para aproveitar o contato.
Meu coração batia tão rápido em meu peito, que eu parecia que pularia dali a qualquer instante.
- Michael... - murmurei, completamente seduzida.
- Você continua tão linda, Mônica... - ele disse com a voz rouca de desejo.
Mordi o lábio com força para interromper um gemido, mas fui incapaz de controlá-lo quando ele me puxou com força pela cintura, fazendo meu corpo se chocar com o dele e então me beijou, possessivamente.
Sua língua passeava pela minha boca sem delicadeza alguma, me obrigando a acompanhar seu ritmo intenso. Jogando meu autocontrole as favas, joguei meus braços em seu pescoço e puxei seu cabelo próximo a nuca, o trazendo mais para mim.
Michael começou a andar para trás, me levando consigo e então nos virou, me fazendo sentir sua mesa encostada acima de minha bunda. Suas mãos desceram pelas minhas costas e encontraram o zíper da minha saia, o puxando para baixo e a fazendo cair aos meus pés. Eu já podia sentir sua ereção crescente em meu ventre, me fazendo ficar molhada ao constatar o poder que eu ainda
detinha sobre aquele homem.
Michael mordeu meu lábio inferior e então, com uma mão agarrada a minha cintura e a outra livre, ele jogou tudo que estava na mesa ao chão, deixando o espaço livre para que eu pudesse me sentar. Ele me impulsionou e eu me sentei na mesa, mantendo as pernas abertas para que ele pudesse se acomodar entre elas.
Eu sentia tanta saudades dele e de nossas noites de amor que tudo o que ele havia me feito sumiu da minha mente, deixando espaço somente para o desejo que eu sentia por aquele homem.
Arranquei seu terno e comecei a abrir os botões de sua camisa, enquanto ele beijava meu pescoço. Arranquei sua camisa e me olhou, um sorriso safado brincando em seus lábios.
- Acho que você esqueceu de alguma coisa... - ele disse e então olhou em direção a sua calça que tinha um volume enorme por causa de sua ereção.
Sorri e desabotoei sua calça, abaixando-a junto com sua cueca box. Peguei seu membro em minhas mãos começando a tocá-lo e Michael subiu suas mãos pelas minhas coxas, logo chegando a minha calcinha. Gemi quando ele tocou meu clitóris por cima do tecido fino e molhado, e logo ele a colocou de lado, deixando minha intimidade exposta pra ele.
Com sua boca na minha, ele tirou minha mão de seu membro e se aproximou, somente passando a glande na minha entrada molhada. Gemi por conta do contato e então ele me penetrou, rápido e forte, empurrando o quadril com imensa destreza para frente e para trás.
Soltei um gemido alto, pouco me importando se alguém poderia está passando por ali e me escutando. Ele sorriu e também gemeu assim que acelerou os movimentos. Minhas unhas arranhavam suas costas e suas mãos estavam presas na minha cintura. Seu membro ia no fundo, me deixando completamente louca por tê-lo dentro de mim novamente.
Agarrei seus quadris com minhas pernas e então Michael foi ainda mais fundo, fazendo minha intimidade apertá-lo dentro de mim, gemi mais uma vez, sentindo meu orgasmo próximo e então gozei junto a ele, me sentindo a mulher mais devassa e satisfeita do mundo.
Capítulo 17
Ele é pior do que eu pensava
Ele é pior do que eu pensava
Por Mônica
Fiquei ali parada completamente aturdida, eu não acreditava no que acabava de acontecer. Eu e Michael fazendo amor depois de tantos anos, depois de tudo que aconteceu? Parecia um sonho, eu ainda o amava e isso estava mais do que claro para mim mesmo. Mesmo depois de tudo eu ainda conseguia ama-lo na mesma intensidade. Não havia palavras entre nós até então, mas depois que já estávamos devidamente vestidos minha ficha caiu.
-Michael... _Sussurrei ali paralisada tentando explicar para mim mesma o que houve.
Ele ficou parado sério com um olhar indecifrável.
-Meu amor a gente... –Ele virou de costas e eu ousei a me aproximar dele, estiquei meu braço para tocar em seu ombro. –Eu sabia que isso aconteceria a gente..._Ele não deixou que eu terminasse e virou-se de uma vez para mim.
-A gente não! _Gritou. Arregalei meus olhos pelo susto. –Não foi você quem arrumou a bagunça não é? Tá ai um motivo para fazer isso. Arrume tudo e some da minha sala.
Sinto minhas pernas amolecer, meu coração palpitar e eu diminuir. Então eu fui usada? E mais uma vez Michael me humilhava sem dor e nem piedade.
-Anda Mônica!
Não consegui segurar o choro que eu guardava e sai correndo dali, rapidamente sem dar chance de Michael me chamar de volta ou falar algo eu estava devastada.
Entrei em minha sala e desabei a chorar, chorar como um bebê quando sente a pior dor do mundo. Era eu naquele momento. Michael estava me fazendo sofrer tanto que não dava mais pra aguentar.
(...)
Pouco tempo depois ouço a porta bater eu não queria atender com medo de ser o Michael, mas também achei que poderia ser o John e eu precisava vê-lo. Então relutante fui atender de vez.
-Olá Mônica!
Minhas pernas se tremeram, meu coração palpitou. Era aquele maldito desgraçado do George.
-O que está fazendo aqui? _Gritei o olhando com desprezo.
-Ora vejo que se lembra de mim.
-E como poderia me esquecer do homem que estragou minha vida? _Ele gargalhou.
-Quem mandou se meter no meu caminho? Você e aquele sonso do Jake.
-Você é louco George.
-Você ainda não viu nada. _Pegou pelo meu braço e me empurrou pra dentro da sala fechando a porta.
-Só digo uma coisa Mônica, quero você fora do meu caminho, se falar algo para o Michael eu juro que te...
-Isso não é problema George ele não acredita em mim, porque você mesmo cuidou para que fosse assim. Mas quando ele descobrir você está ferrado.
-Se ele descobrir você se ferra mais uma vez, escuta o que eu estou dizendo Mônica acabo com você e seu filhinho. _Nessa última frase se eu não tivesse segurando em minha mesa eu juro que caia pra trás.
-Como você sabe sobre meu filho seu desgraçado? _Ele tirou uma espécie de dossiê do paletó.
-Quando Michael me disse que você estava aqui nem acreditei. Então tratei de cuidar para que você estivesse em minhas mãos. Sei de tudo sobre você Mônica e também sei que esse bastardinho é filho do otário do Michael. Vai por mim não queira se meter comigo. -Ele guardou o dossiê e saiu da sala.
Caminhei aturdida pela sala sem saber o que fazer, eu estava em um pesadelo cruel só podia ser. O que fiz de tão grave pra merecer tudo isso? Eu não sabia porque tudo aquilo acontecia comigo. Eu estava perdida.
Abri a porta de minha sala e sai correndo chorando pelos corredores da empresa eu estava devastada eu queria fugir, sair correndo.
Quando virei na esquina do corredor esbarro com alguém era John, ele segurou no meu ombro vendo o meu estado.
-Mônica o que houve pelo amor de Deus?
-John por favor me tira daqui? _Eu já estava aos prantos encostada minha cabeça em seu peito recebendo seu abraço. –Pelo amor de Deus John, me leva daqui, não importa onde só quero que me tira daqui agora por favor.
-Mônica se acalma... Está bem eu vou tira-la daqui, ok? _Balancei a cabeça ainda escondida em seu peito como um bebê a procura de proteção.
(...)
Por Michael
Droga! Não sei o que deu em mim finalmente tive uma chance de acabar com Mônica e fraquejo dessa forma. Transando com ela? Onde é que eu estava com a cabeça para fazer tal coisa? Mas era fato o que eu ainda sentia e me punia por ser um desgraçado fraco, por ter tamanho sentimento por ela.
Mas logo tive uma ideia para humilha-la ainda mais. Ela saiu correndo da sala e eu joguei tudo que havia em minha frente ali no chão. Eu estava enlouquecendo só pode.
Ouço a porta se abrir e John entrar na sala furioso.
-O que você fez com a Mônica seu imbecil? _Partiu pra cima de mim.
-Então a coitadinha já vou se queixar pra você?
-Ela não quis me falar o que houve, só está chorando sem parar me esperando no carro como um bicho ameaçado e provavelmente foi você que fez algo contra ela. _O modo que John a defendia me dava náusea.
-Está caidinho por ela não é John? _Filmei bem aquele ser deplorável de John. –POR ISSO A DEFENDE DESSE JEITO?
-Não diga bobagens. _Desviou o olhar de mim e eu tive certeza.
-Você é um idiota John é isso que você é. Anda sai logo da minha sala AGORA!
John saiu da sala batendo com força a porta. Se esse desgraçado se meter com Mônica eu juro que acabo com ele também.
Capítulo 18
E é nos momentos difíceis que vemos quem são nossos amigos.
E é nos momentos difíceis que vemos quem são nossos amigos.
Por Mônica
John dirigiu seu carro e saímos por ali, não consegui dizer nenhuma palavra só fiquei olhando pela janela do carro a paisagem passando rapidamente pelos meus olhos e pensando em tudo que havia acontecido.
Então John parou seu carro em uma reserva florestal era lindo de ser ver. O gramado verde com as árvores da mesma cor, ao longe dava pra ver os incríveis prédios da cidade era um verdadeiro paraíso.
Sentamos no gramado e eu continuei contemplando a vista.
-Eu adoro esse lugar, é um dos meus favoritos. _Disse John.
-É lindo. _Ele riu sentando-se ao meu lado.
-Não vai me contar o que Michael fez dessa vez? _Abaixei minha cabeça.
-O de sempre, me humilhando, mas não é só pelo Michael...eu nunca deveria ter voltado John. _Falei com a voz embargada pelo choro que estava próximo.
-Você não sabia que era empresa do Michael.
-Eu sei, mas eu não deveria ter continuado. Eu preciso ir embora, preciso tirar meu filho de tudo isso. _John se surpreendeu.
-Pera ai, você tem filho? _Balancei a cabeça positivamente. –E o Michael é o pai dessa criança? _Balancei de novo.
-É... Eu preciso proteger ele. Não quero que ele pague por uma coisa que eu sou responsável entende?
-Mônica, mas se Michael não sabe qual é o problema? _Na verdade eu falava de George e de tudo isso que envolvia a minha vida, mas obvio que ele não entendeu.
-Tenho medo dele descobrir e se isso acontecer Michael vai fazer de tudo pra tirar meu filho de mim. _Michael também era uma ameaça pra mim.
-Será que ele seria capaz disso?
-Tenho certeza.
-Eu não vou deixar está bem? Sinto que devo te proteger e é isso que vou fazer. _Sorri de leve.
-Obrigada John você tem sido um amigão. Não tem obrigação de nada na verdade corre até o risco de Michael o demiti-lo, mas mesmo assim faz.
-Sou justo Mônica e a justiça está do seu lado, vamos fazer de tudo para que ela prevaleça.
Abracei John com todo carinho que eu sentia por ele, eu sem duvidas nenhuma me sentia protegida, ele era meu anjo da guarda agora.
Capítulo 19
Chocado mas feliz. Era esse sentimento que preenchia meu coração.
Chocado mas feliz. Era esse sentimento que preenchia meu coração.
Por Michael
Estava terminando de fazer um relatório no computador, quando ouvi o telefone de minha mesa tocar:
- Oi, Mônica. - falei friamente, já sabendo que era ela.
- Forbes está aqui, senhor Jackson. Ele quer falar com você.
Tirei os olhos da tela do computador.
- Mande-o entrar. - falei e desliguei.
Menos de cinco minutos depois, Forbes entrou na minha sala com sua famosa pasta na mão. Após negar o café que Mônica o ofereceu, ele se sentou.
- E então, Forbes... Achou algo? - perguntei assim que Mônica saiu da sala.
- Claro que sim, Mike... Bem, como eu disse, não foi difícil achar o que me pediu. - ele abriu sua pasta e tirou alguns papéis. - Há cinco anos atrás, Mônica começou a fazer seu pré-natal no Hospital Público de Los Angeles. E deu entrada para dar a luz no dia 07 de outubro de 2008.
Peguei os papéis que ele me ofereceu e li os documentos do hospital. Estava tudo datado, todas as consultas de Mônica e o dia que ela deu a luz. Senti meu coração falhar uma batida.
Mônica descobriu que estava grávida logo depois que se separou de mim e aquele garoto poderia ser meu filho.
Uma ponta de esperança preencheu meu coração.
- Obrigado, Forbes. Não sabe como isso está me ajudando.
- Não precisa agradecer, Michael... Você quer que eu pesquise mais alguma, você sabe, sobre ela...
- Não - o interrompi. - Tirando esse filho, eu sei tudo sobre ela, sei tudo sobre o caráter dela. A única coisa que eu não sei é se esse garoto é o meu filho, mas isso é uma questão de tempo.
- Certo... - ele pareceu querer falar mais alguma coisa, mas desistiu. - Então eu vou indo, Michael, espero que tenha lhe ajudado mesmo.
- Ajudou muito, Forbes, pode ter certeza. - falei.
Apertamos nossas mãos e ele saiu da sala. Sentei em minha cadeira e liguei para Mônica.
- Sim? - ela atendeu.
- Na minha sala, agora. - falei e desliguei.
Bastou alguns segundos e logo a porta da minha sala foi aberta. Mônica entrou e lutei muito para não reparar no
quanto ela estava bonita naquela roupa social.
- Sente-se. - falei.
Ela franziu o cenho e então se sentou.
- Precisa de algo, Sr. Jackson? - perguntou.
Sorri de lado. Hora de acabar com você, Mônica.
- Preciso, Mônica... - falei. - Preciso saber por que você mentiu pra mim.
Ela pareceu surpresa.
- Menti? Menti sobre o que?
- Sobre aquele garoto que vi no seu apartamento, ser o seu filho. - seus olhos se arregalaram. - Por que mentiu falando que era filho de sua amiga? Por um acaso é divertido pra você, de alguma forma, me fazer de idiota?
Ela ficou alguns segundos caladas e eu fiquei ansioso, esperando por sua resposta.
Capítulo 20
Ele descobriu tudo e eu estava completamente perdida.
Ele descobriu tudo e eu estava completamente perdida.
Por Mônica
Meu coração parou de bater por alguns segundos enquanto eu sentia a Terra parar de girar. Michael havia descoberto que Blanket era meu filho e o desespero me consumia por completo.
- Responda, Mônica! - ele bateu com a mão na mesa, chamando minha atenção.
- Eu... Como descobriu isso, Michael? - perguntei em tom baixo.
- Tenho meus contatos, Mônica... - ele disse, com um tom bravo. - Por que mentiu pra mim? Por que escondeu que estava grávida?
- Não é óbvio? - perguntei.
- Não pra mim.
- Você ia tirar meu filho de mim, Michael! Eu não podia deixar que isso acontecesse.
- Mas é claro que eu tiraria a criança de você! Nenhum ser inocente como uma criança merece ficar perto ou ser criada por você, Mônica.
Sua resposta foi como faca atravessando meu coração. De todas as coisas que Michael já havia me dito, aquela foi a pior.
- Não fale sobre o que você não sabe, Michael! Você não tem o direito de falar isso de mim!
- Ah eu tenho sim, pode ter certeza, Mônica! - ele disse. - Mas isso não importa agora, eu quero um exame de DNA e se essa criança for meu filho... Você já deve saber o que vai acontecer, não é mesmo?
- Você não vai tirar meu filho de mim, Michael, não vai! - gritei, batendo na mesa. - Faça o que quiser comigo, me bata, me magoe, me mate se for esse o seu desejo, mas não encoste ou envolva meu filho nisso!
- Acontece, Mônica, que se esse menino for meu filho eu tenho direitos sobre ele. E você sabe muito bem que, se eu entrar com um pedido da guarda dele, você perderá, principalmente se você se negar a deixá-lo fazer o DNA, o juiz vai acreditar que a criança é mesmo minha e eu não terei pena alguma de dizer que você escondeu a gravidez de mim, me proibindo assim de poder participar do crescimento de meu próprio filho.
Olhei pra ele sem reconhecer o homem que estava na minha frente. Ele realmente estava bem longe de ser o cara por quem eu me apaixonei.
- Você teria coragem de separar uma criança de cinco anos de sua própria mãe? - perguntei, sentindo minha garganta se apertar por conta do choro que estava vindo.
- De uma mãe não, mas como você está bem longe de ser uma mãe decente pra qualquer criança, eu estarei fazendo um bem enorme ao meu filho ao separá-lo de você.
Ri, irônica, olhando pra ele.
- E você acha que uma criança gostaria de ter um pai que o separasse da pessoa que o carregou por nove meses, que o amamentou, que o deu amor até hoje, pra ficar com um cara estranho e ridículo como você Michael? - me levantei da cadeira, e me apoiei na mesa. - Pois bem, boa sorte, Michael, porque você pode até separar minha vida de mim, mas nunca vai ter o amor de seu próprio filho justamente por isso. Blanket é pequeno mas tem muita personalidade, ele não é do tipo de criança que vai com qualquer um, então pode ter certeza que ele não vai gostar de alguém que o separe da própria mãe.
Me afastei, vendo seu olhar um pouco medroso, porém não mais medroso do que meu coração. Por mais que eu estivesse demonstrando força, eu estava com o coração partido porque sabia que jamais conseguiria competir com o magnata Michael Jackson em um tribunal pela guarda de Blanket.
Ele iria fazer o que tanto temi durante todo esse tempo. Ele me separaria de meu filho e vi em seu olhar obstinado que ele não faria somente isso. Michael tinha mais alguma coisa em mente e eu sentia que isso ainda me faria sofre muito.
Eu só esperava, do fundo do meu coração, que isso não sobrecaísse em Blanket, meu filho era o único no meio de toda aquela história, que não merecia sofrer por causa dos erros de seu pai.
Saí da sala sem esperar por uma resposta ou ordem de Michael e fui pra minha sala, tirando uma foto de Blanket de dentro da minha bolsa. Ele era minha vida inteira e eu não suportaria ficar longe dele, preferia a morta à isso.
Capítulo 21
Eu precisava desaparecer antes que seja tarde
Eu precisava desaparecer antes que seja tarde
Por Mônica
Cheguei em casa completamente transtornada, eu precisava tirar Blanket dali, eu precisava sumir com ele. Eu jamais deixaria Michael encostar um dedo em meu filho senão juro por Deus que o matava.
Comecei a pegar as coisas de Blanket e minhas do armário as pressas eu não ficaria mais nenhum segundo ali.
-Mônica mais o que é isso? _Lunna perguntou me vendo bagunçar tudo e pondo dentro de uma mala.
-Lunna por favor acorde Blanket e o vista a gente vai embora daqui a gora mesmo.
-Mas o que aconteceu? _Parei um segundo o que fazia só pra lhe responder.
-Michael descobriu sobre o Blanket, ele descobriu tudo e com certeza ele vai tirar meu filho de mim.
-Ai não. _Ela pôs a mão na boca.
-Eu preciso sair daqui Lunna.
-E pra onde você vai minha amiga? _Eu realmente não fazia ideia de onde iria, mas ali eu não ficaria, foi quando lembrei de John ele sim poderia me ajudar.
-John, eu irei falar com ele essa noite onde eu poderia ir, ele vai me ajudar não se preocupe. _Ela assentiu.
Quando tudo estava pronto, peguei Blanket no colo meio sonolento e confuso sobre onde iriamos, tratei de tranquiliza-lo e ele dormiu ao meu colo.
Já na frente da casa imensa de John toquei o interfone, abriram os portões para mim e eu já estava em sua porta.
-Mônica o que houve? _Olhou o meu estado ali com Blanket no colo e uma mala em mãos. Imediatamente John pegou a mala de minhas mãos julgando está pesada.
-John eu preciso sumir, não posso continuar aqui por favor me ajude.
-Entre, coloca Blanket deitado lá em cima e me conte o que houve. _Assenti.
Então foi isso que eu fiz depois de agasalhar Blanket na cama desci para contar tudo para John o que havia acontecido.
-Você realmente tem certeza que Michael tiraria Blanket de você ?
-Daquele homem eu não duvido de mais nada John. O olhar dele pra mim, o jeito como ele disse que tiraria meu filho, era só isso que ele estava esperando. A espera da vingança maior, ele vai acabar comigo e vai usar meu filho pra isso. _Chorei. –Eu estou com tanto medo.
John veio até mim e me abraçou forte me protegendo como ele sempre fazia.
-Eu não vou deixar Michael tirar seu filho de você está bem? Não vou deixar Mônica. _Assenti acreditando nas palavras dele.
Ele me olhou nos olhos por um instante e limpou as minhas lágrimas, John era tão carinhoso, em meio aquele pesadelo todo eu finalmente tinha com quem contar.
-Você é tão linda. _Disse e eu fiquei totalmente sem jeito, pensando como ele poderia dizer aquilo em momento tão difícil pra mim?
Mas eu pude entender John a muito tempo olhava para mim de uma forma diferente seus cuidados excessivos não condiziam com uma simples amizade. E eu me senti mal por despertar tamanho sentimento nele, se só o que eu queria era amizade e mais nada. Até porque quem eu realmente amo desgraçadamente era Michael.
-John... _Murmurei.
Ele segurava em meu rosto, olhando para os meus lábios e senti minhas pernas amolecerem quando seus lábios encostaram-se nos meus. Sua língua começou a adentrar a minha boca e eu não sei porque não conseguir intervir a tempo, invés disso eu correspondi, mesmo sabendo que não era ele quem eu deseja, mesmo sabendo que aquilo era loucura. Acontece que John me fazia bem, me confortava e naquele beijo e senti mais uma vez segurança.
-John acho melhor não _Parei o beijo voltando a mim.
-Olha Mônica eu sei que você jamais sentirá algo assim por mim. Mas já tem um tempo que eu não consigo mais parar de pensar em você, e tudo que está acontecendo me atinge também. Primeiro eu achava que era só pra buscar a a verdade e te limpar de tudo isso, mas com um tempo tudo ficou tão claro pra mim.
-John eu..._Eu tentava falar, mas ele não deixava.
-Eu sei que você ama o Michael de um jeito estranho é ele quem você ama, mas eu.
-É ele quem eu amo sim John, mas eu preciso tirar Michael da minha vida de uma vez por todas, ele se tornou um homem frio, alguém que eu jamais quero ao meu lado. Eu preciso tirar isso de mim.
-Eu posso te ajudar Mônica, eu sei que com o meu amor e dedicação eu sei que esquecerá dele. _Sorri eu sabia que com John eu seria feliz de novo do modo que eu sempre quis ser.
Uma mulher sozinha com um filho pequeno precisa de proteção e John naquele momento era minha proteção. Não pensei mais e deixei com que ele me beijasse mais uma vez. Eu precisava firmar os meus pés com John.
Capítulo 22
O que acontece a Mônica ela mesma é que faz.
O que acontece a Mônica ela mesma é que faz.
Por Michael
Aquele menino era meu filho, só podia ser a reação da Mônica me dava a plena certeza, o medo que ela estava quando eu ameacei tira-lo dela. Sim eu não tinha mais duvidas iria pedir o exame de DNA imediatamente.
No dia seguinte esperei Mônica chegar na empresa para exigi-la que me desse uma amostra do sangue de Blanket, mas as horas passavam e nem sinal dela chegar.
Esperei horas e nada da vagabunda chegar, e eu já estava começando a acreditar que ela nunca mais aparecia e sumiria com meu filho. Ah mais isso não ia ficar assim. Droga!
Bati meu punho fechado a mesa pegando as chaves do meu carro eu iria atrás da vadia.
Toquei a campainha do seu apartamento freneticamente até que Lunna atendeu e eu sem olha-la adentrei o lugar.
-Onde Está Mônica com o meu filho? _Passei o olhar em todo o apartamento sem vê-la ali.
-Ela não está Michael! _Disse firme.
-E onde ela está?
-E você acha mesmo que eu vou dizer pra você? _Me olhou com desdém e eu já estava me irritando.
-Não vai adiantar nada Lunna, Mônica pode fugir, pode fazer o que quiser. Mas eu vou descobrir se aquele menino é ou não o meu filho, nem que se seja na marra.
-Você é louco. _Levantei minhas sobrancelhas.
-Você nem imagina o quanto.
-Mônica está segura agora, acho melhor deixa-la em paz. _Mônica está segura?
Rum é claro como eu não pensei nisso antes. É claro que está na casa de John até porque nem ele foi a empresa. É um desgraçado mesmo.
-Obrigado você foi muito útil. _Sorri irônico pra ela.
-Como assim? Onde você vai? Michael? _Sai sem da ouvidos a ela.
Entrei no meu carro com dois seguranças e partir pra casa de John eu não deixaria Mônica se atrever a levar meu filho para longe.
Cheguei nos portões da casa dele e a governanta estava por ali.
-Lurdes John está? _A senhora chegou até a grade do portão com dificuldades para poder dizer para mim.
-Não ele não está saiu cedo.
-E tem mais alguém dentro de casa?
-Sim, sim. Uma moça muito bonita e um menino. _Sorri.
Bingo!
-Preciso entrar Lurdes abra para mim por favor.
-Só um segundo.
Quando Lurdes abriu, eu e os seguranças entramos bati na porta principal e quando Mônica atendeu vi sua cor mudar de imediato.
-Michael?
-É muito óbvio se esconder na casa de John não é Mônica? Anda traga meu filho pra mim, preciso do sangue dele para o DNA.
-Você não vai levar o meu filho Michael! _Gritou. –Vai ter que me matar primeiro. –Adentrei sem paciência alguma dentro da casa.
-Blanket... Blanket onde você está? _Chamei o menino que logo veio.
-Quem é você? _Olhou para Mônica que chorava, olhou para os seguranças e depois para mim. Me agachei para ficar em sua altura.
-Oi garotão, eu sou seu pai. Tudo vai ficar bem ok? Não se preocupe. _Tentei segurar seu braço, mas ele desviou.
-Você não é meu pai. Mamãe o que é isso? _Dava pra ver que ele estava assustado, mas tinha que ser assim.
-Deixa o menino em paz Michael, pelo amor de Deus, não é assim que as coisas funcionam. Ele tem apenas 5 anos, por favor. _Me levantei com fúria indo pra cima dela. Eu a culpava por me deixar tão desesperado ao ponto de falar para o menino dessa forma que sou seu pai.
-Isso tudo é culpa sua! _Gritei. –Se não tivesse feito o que fez nada disso estaria acontecendo. Você estava prestes a fugir com ele sem ao menos eu ter a chance de fazer um DNA.
-Ele é meu filho seu desgraçado, fica longe dele. _Mônica começou a bater em meu peito na tentativa de me ferir, segurei em suas mãos.
-Para com isso, para. _Blanket gritou apavorado.
Eu sabia que aquilo tudo estava assustando o garoto, mas tinha que ser assim Mônica não me deu outra alternativa.
-Anda Blanket vamos embora.
-Eu não vou com você, eu não te conheço. _Disse gritando.
Ele não veria mesmo comigo e eu tive que tomar outra medida extrema.
-Segurem-na. _Ordenei aos seguranças que segurassem Mônica de imediato aos protestos dela.
Blanket tentou sair correndo, mas corri atrás dele pegando-o no colo pendurado em meu ombro e fui saindo com ele.
-Me solta, me solta. Mamãe! _Ele chorava.
-Larga ele, SEU MONSTRO! Você é um monstro covarde.
Sai finalmente da casa colocando meu filho no carro e dando partida em seguida as pressas cantando pneu no asfalto. Agora sim esse menino estaria seguro comigo.
Capítulo 23
Precisava conquistar a confiança de meu filho e juntamente, seu amor.
Precisava conquistar a confiança de meu filho e juntamente, seu amor.
Por Michael
- Me leva de volta pra minha mãe! - Blanket disse mais uma vez, chorando.
Eu estava dirigindo de volta pra minha casa, e tentando convencer a Blanket de que eu era seu pai e de que ele não precisava mais de Mônica agora; mas ele era bem mais agarrado a ela do que eu poderia imaginar.
- Blanket, tente entender. Eu sou seu pai e vou cuidar de você agora. Sua mãe te separou de mim,
meu bem, por isso nunca te conheci... - falei. - Vamos fazer assim, iremos fazer um exame, dependendo do resultado desse exame, você volta pra sua mãe, está bem?
- Não! Eu quero minha mãe agora... - ele chorou, emburrado. - Eu não gosto de você, eu não quero um pai malvado, não quero!
- Eu não sou malvado, Blan...
- É sim! - ele me interrompeu. - Se não fosse, não me tiraria da minha mamãe...
Engoli em seco sem saber o que responder. Aquele menino era como eu - sempre tinha uma resposta na ponta da lingua. Balancei a cabeça e resolvi parar de respondê-lo. Alguns minutos depois, ele parou de chorar e quando olhei pra parte de trás do carro, ele estava dormindo com a cabeça no encosto do banco. Sorri de lado, ele se parecia tanto com ela.
A boca, as sobrancelhas. Mas ele tinha mais coisas minhas do que dela, o que me fazia acreditar fielmente que ele era meu filho. Mas mesmo assim eu precisava de um exame de DNA para tirar a prova. Continuei a dirigir e logo estacionei em minha casa. Saí do carro e peguei Blanket no colo, só então pensando que eu precisava fazer um quarto pra ele.
Sorri animado com a ideia, talvez ele passasse a gostar um pouco mais de mim quando conversassêmos sobre seu desenho ou personagem favorito. Eu faria tudo do seu gosto, para que ele ficasse feliz. Era engraçado porque... Eu mal havia conhecido aquele garoto e já sentia algo especial por ele, como se algo me ligasse a ele.
Blanket era, realmente, um menino muito especial.
Entrei em casa e coloquei deitado na minha cama, enquanto ia ao meu escritório. Liguei para o laboratório de DNA, perguntando se a equipe que eu havia pedido para ir a minha casa estava a caminho. Ao confirmar que eles já estavam chegando, me despedi da atendente. Me sentei na cama e fiquei olhando um pouco para Blanket. Não queria que ele sofresse, mas era preciso.
Mônica não tinha o direito e ficar perto de uma criança, muito menos de criar uma. Ela era um péssimo exemplo a ser seguido e eu não queria que meu filho virasse um vigarista como ela era.
Nunca! Por isso que Blanket que tinha que ficar afastado dela, para o seu próprio bem.
Passei a mão pelos seus longos cabelos pretos e ele suspirou um pouco, logo voltando a pegar no sono. No mínimo não havia dormido nada por culpa daquela mulher, que tentou fugir com ele.
Continuei a olhá-lo e então a campainha da minha casa soou. Logo Martha, minha governanta, disse que a equipe de DNA havia chegado.
- Boa tarde... - falei, apertando a mão do doutor.
- Boa tarde, Sr. Jackson. Eu sou o Doutor Richard e esses são meus enfermeiros, Mary e Joshua. Iremos recolher o material do Sr. e de... - ele olhou no papel. - Peter, está bem? - ele disse.
- Tudo bem, mas o menino está dormindo.
- Não tem problema, só precisamos um pouco da saliva dos senhores. - ele disse.
Assenti e então a enfermeira se aproximou. Me sentei na cadeira e abri a boca, sentindo ela passar um cotonete dentro dela, recolhendo minha saliva.
- Prontinho. - ela disse, sorrindo pra mim.
Ela colocou o cotonete em um recepiente e então se virou pra mim.
- Onde está o menino?
A acompanhei até o meu quarto, onde Blanket ainda dormia serenamente.
- É um lindo menino... Se parece muito com o senhor. - ela disse, amigavelmente.
Bem... Pelo menos eu não era o único a achar isso.
Com a ajuda do outro enfermeiro, ela recolheu a saliva de Blanket e então colocou guardou o cotonete. Voltamos pra sala.
- Quando sai o resultado do exame? - perguntei.
- Em menos de vinte e quatro horas. O senhor pode ligar amanhã de manhã para o laboratório e saber o resultado por telefone. - disse o doutor.
- Certo... Obrigado por terem vindo.
O doutor e a enfermeira assentiram e então foram embora.
O que me restava fazer era esperar.
***
- O exame deu positivo, Sr. Jackson. - disse a atendente do outro lado da linha.
Meu coração pulou alto no peito.
- O Sr. vai vim buscar o exame? Podemos enviá-lo por email para o senhor...
- Podem me enviar por email, sim? Obrigado.
Desliguei o telefone e sorri abertamente. Eu era pai! Acho que nada havia me tocado tanto desde a minha separação com Mônica.
Me levantei e saí do meu escritório, vendo Martha levar Blanket para a mesa de café. Ele se sentou e sorriu pra ela docemente. Pelo menos de Martha ele havia gostado. Me sentei em minha cadeira e olhei pra ele.
- Bom dia, filho... - falei.
Ele continuou a olhar para a mesa repleta de coisas a sua frente. Acho que ele nunca havia visto uma mesa com tantas coisas para comer.
- Hm... O que você quer comer?
- Nada. - ele deu de ombros, tentando para indiferente.
- Ora, vamos lá, garotão! Você pode comer o que quiser, tudo isso aqui é seu agora. - ele me olhou. - Me diga, o que você costumava comer antes? Martha prepara o que você quiser.
- Minha mãe fazia vitamina de morango pra mim.
- E você quer isso?
Ele apenas assentiu. Olhei pra Martha e ela sorriu, indo para cozinha.
- E vai querer mais o que?
- Minha mãe. - ele disse somente.
O olhar dele, o modo como ele precisava de Mônica me deixava com o coração doendo, como se eu realmente fosse um monstro e tivesse cometendo a pior besteira da minha vida.
- Blanket, a sua mãe...
- Eu sinto saudades da minha mãe... - ele disse com a voz embargada, seus olhos começando a se encher de lágrimas. - Se você é meu pai, por que não traz a mamãe pra morar com a gente? Meus amigos da escola sempre moram com o pai e com a mãe, por que eu só posso ter um de vocês?
Merda, aquilo era tão complicado! Blanket só tinha cinco anos, mas era uma criança muito inteligente e esperta pra sua idade, o que me fez perceber que não daria para mentir muito pra ele.
- Porque eu e sua mãe não namoramos, querido. - falei. - Sua mãe... Ela fez algo muito ruim no passado, ela te escondeu de mim e eu estou muito magoado com ela. Vocês não vão poder se vê mais, ok?
- Nunca mais? - ele perguntou, me olhando assustado.
- Por enquanto não, mas eu prometo que em breve eu deixo vocês se verem.
Mentira. Eu iria adiar esse momento até que nunca chegasse. Não queria Mônica perto de meu filho.
Nunca mais.
Capítulo 24
Acho que estava morrendo gradualmente. Mas talvez a morte realmente esteja mais perto do que eu imaginava.
Acho que estava morrendo gradualmente. Mas talvez a morte realmente esteja mais perto do que eu imaginava.
Por Mônica
Um dia sem meu filho foi como se o mundo tivesse parado. Desde que Blanket fora levado por Michael, eu me senti sem chão, como se estivesse embaixo d'água, sem ouvir nada, com a mente longe do meu corpo.
Branca havia chegado poucas horas depois da partida de Blanket, eu contei tudo pra ele e ele tentou entrar em contato com Michael, mas parecia que ele não queria o atender.
A falta que eu sentia do meu filho era terrível, nunca fiquei longe dele e então, de repente, ele simplesmente não estava mais ao meu lado e eu nem sabia quando iria vê-lo novamente. Parecia que eu ia enlouquecer de tanta dor!
Depois de ficar ao meu lado e tentar conversar comigo, Branca me levou de volta pra casa. Ao chegar lá, Lunna me abraçou forte e então eu finalmente chorei no colo da minha amiga, me perguntando se eu conseguiria suportar toda aquela dor que Michael estava me fazendo sentir.
Ela chorou junto a mim, me dizendo que iria me ajudar a ter meu filho de volta, mesmo sem saber como. Depois de ficar um pouco com ela, eu me tranquei em meu quarto, agarrada ao urso ao qual Blanket dormia. Vi o sol nascer e quado deu oito horas, me levantei pra me arrumar, mesmo sem forças, mesmo sem vontade.
Cheguei a empresa de Michael e ele ainda não tinha chegado. Fui pra minha sala e então, antes mesmo de me sentar em minha cadeira, a porta foi escancarada, me assustando. George entrou e trancou a porta atrás de si, sorrindo pra mim.
- O que está fazendo aqui? - perguntei, olhando pra ele, temerosa.
Ele riu e então se aproximou de mim. Meu corpo estava em alerta e então eu cheguei pra trás até sentir a parede em minhas costas, mesmo assim ele veio andando em minha direção até me deixar sem saída.
Ele me olhou de cima a abaixo e acariciou meu rosto com a ponta dos dedos.
- Sabe, Mônica, Michael pode até ser um idiota, mas devo confessar... Ele tem um ótimo bom gosto para mulheres. - ele disse, seu hálito com cheiro de uísque batendo em meu rosto. - Você é gostosa pra caralho.
- Para com isso, George...
- Calada, sua vadia! - ele disse alto, dando um tapa em meu rosto.
Engoli em seco, sentindo a dor quente se espalhar por todo o meu rosto. Ele realmente havia me batido?
Mas aquilo só podia ser uma brincadeira!
- Você ficou louco? - gritei e então ele me bateu novamente, do outro lado.
Meu pescoço se virou violentamente por conta do golpe, lágrimas invadiram meus olhos. Ele chegou perto de mim e então puxou meus cabelos até que meus olhos encontrassem os seus.
- Eu disse pra ficar calada! - ele disse, ameaçadoramente. - Eu odeio que me desobedeçam,
Mônica, então eu acho melhor você anotar isso em sua agendinha, se não quiser ficar apanhando o tempo todo.
- Você não tem o direito...
- Ah eu tenho sim! Eu tenho muito direito! - ele disse, puxando mais meu cabelo, para que eu ficasse quieta. A dor era cruciante. - Pra começar, vou ter uma conversa amigável com você.
Ele soltou meu cabelo bruscamente. Logo levei minhas mãos a cabeça, me controlando pra não chorar alto.
- Senta.
Olhei pra ele e me sentei na cadeira. Ele se encostou em minha mesa e então pegou o porta-retrato com uma foto de Blanket e tirou um papel do bolso de seu terno, abrindo-o. Ele virou os dois pra mim, uma foto de Blanket e outra de Michael.
- Lógicamente você conhece esses dois... Oh, claro que sim, as pessoas mais importantes de sua vida, não é mesmo? - ele riu, me encarando. - Bem, como você sabe, eu tenho várias pessoas ao redor de Michael que trabalham pra mim, que obedecem minhas ordens, desde que seja pra buscar um papel a matar.
Sua última palavra fez meu coração falhar uma batida.
- Então, se não quiser que seu querido Michael e seu amado filhinho morram, Mônica, você vai ter que fazer algo pra mim... - ele sorriu de lado, completamente maldoso. - Sabe qual é o papel de uma puta, não mesmo?
Engoli em seco, arregalando os olhos. Ah não... Isso não...
- Não é mesmo, Mônica? - ele perguntou, aumentando o tom de voz.
- Sim... - murmurei.
- Ótimo, pois é isso que você vai ter que ser pra mim, Mônica. Quero que seja minha puta, quero que me obedeça, quero que cumpra tudo o que eu mandar. Ou então seus queridinhos morrem, e quanto mais você me irritar, mas a empresa de Michael vai quebrar até falir totalmente. Eu tenho o controle de todas as contas dessa empresa, se você fizer algo que eu não gostar, eu vou tirar grandes quantias de dinheiro, peças, mercadorias, produtos e quebrarei contratos importantes dessa porra aqui até a empresa quebrar. Então, Mônica, querida, ande na linha se não quiser acabar com o império de Michael.
Fiquei alguns segundos em silêncio, tentando processar tudo o que ele havia me dito. George não podia está falando sério.
- Você está brincando, não é? - perguntei.
- Eu não sou homens de brincadeiras, Mônica! - ele colcou a foto de Michael e Blanket em cima da mesa e então se aproximou de mim. - Nunca falei tão sério. Eu sei que seu querido filhinho está com
Michael agora, então, se você começar a me irritar desde já, eu posso desistir de tudo e mandar matar os dois agora mesmo. Só basta um telefonema e puff, os dois morrem.
Meu coração batia desesperadamente rápido em meu peito, parecia que eu realmente iria morrer.
Ele tirou o celular do bolso, começando a discar algo e o colocou na orelha, sorrindo pra mim. Em um gesto de desespero, fui até ele e peguei seu telefone, começando a apertar o botão pra desligar o telefonema.
- Tudo bem, tudo bem, eu faço o que você quiser, George, eu juro, mas não faça nada de mal a Michael e ao meu filho, pelo amor de Deus! - pedi, sentindo as lágrimas caindo de meus olhos.
Ele riu e pegou o telefone de minhas mãos. Se aproximou e tocou em meu rosto.
- Boa menina. - ele limpou minhas lágrimas. - Mandarei um carro te pegar ás oito em sua casa, ok?
Vista sua melhor roupa... Se tiver, é claro.
- Um carro? Me pegar... Pra que? - perguntei, confusa.
- Pra nossa primeira noite, Mônica. - ele riu e então se afastou, indo até a porta da minha e a destrancando. - Ah e passe alguma maquiagem, essa suas olheiras e essas bochechas vermelhas estão horríveis. Até mais tarde.
Ele saiu e bateu a porta atrás de si.
Então era assim que terminava tudo? Eu estava sofrendo por causa de Michael, sofrendo por está longe de meu filho e agora eu era puta de George, para proteger as pessoas mais importantes de minha vida.
Um dia eu li que certas pessoas nasciam para sofrer. Talvez eu era uma dessas pessoas.
Nascer pra sofrer... Algo meio irônico e injusto, mas mesmo assim, se encaixava perfeitamente na minha vida.
E no momento eu só queria que a minha vida acabasse de uma vez.
Capítulo 25
Blanket me faz a cada dia perceber que o lugar dele é ao meu lado.
Blanket me faz a cada dia perceber que o lugar dele é ao meu lado.
Por Michael
Era uma tarde eu estava no escritório resolvendo algumas pendencias, Blanket estava em casa com Martha enquanto eu trabalhava e recomendei a ela que jamais deixaria ninguém entrar em casa enquanto eu não estivesse. Não poderia correr o risco de Mônica tirar meu filho de mim mais uma vez.
Foi quando a porta do meu escritório abriu bruscamente me fazendo sobressaltar e ficar de pé. A figura de John enfurecido partiu pra cima de mim e transferiu um soco com muita força no meu rosto e faltou pouco pra eu cair pra trás, invés disso estava limpando uma enorme quantidade de sangue que havia saído.
-Você ficou maluco? _Disse eu.
-Você é um covarde Michael! Como pôde fazer uma coisa dessas com Mônica?! Tirar o filho dela assim. _Bati meu punho fechado a mesa.
-Acontece que aquele menino também é meu filho! E eu não vou permiti-lo longe de mim. Não vou deixa-lo ser criado por uma bandida.
-Você vai se arrepender muito de tudo que está fazendo com ela, pode acreditar.
-A única coisa que me arrependo John é de ter me apaixonado por ela um dia. Cuidado você pode se arrepender também.
Eu sabia que John estava apaixonado por Mônica, eu me via ali naqueles olhos dele, olhar de apaixonado e totalmente submisso a essa paixão. Era patético ver John o cara que eu contava tudo assim contra mim por uma paixão idiota.
-Eu não vou me arrepender nunca de ama-la Michael. _Cerrei meus lábios pela fúria que eu sentia diante daquela declaração, minha vontade era de acabar com John por ter se metido com ela. Mas eu não podia fazer nada.
-Então faça um bom proveito. _Disse firme levantando a sobrancelhas.
-Você vai devolver o filho da Mônica. _Apontou o dedo para mim. –Ou eu chamo a policia por sequestro. –Ri sem vontade.
-Blanket é meu filho seu imbecil, os testes comprovam isso. Não fico nem um dia preso se eu provar a paternidade de Blanket e ainda de quebra dizer que Mônica é uma ladra e me roubou..._Coloquei dois dedos no queixo como se pensasse em algo. - Sabe eu nunca denunciei ela a policia depois do que houve, isso agora veria a calhar. _Apontei um dedo para ele e cruzei uma mão em baixo do meu braço calmamente. –Eu faria tudo pra ficar com Blanket agora.
-Você não presta. Não vale nada.
-Ora John não tenho tempo para asneiras. Vai atrás da sua bandidinha de quinta e me deixa em paz. Saia da minha sala agora mesmo! Da minha sala não. Da minha empresa, eu quero você fora daqui! Agora!
John ficou me encarando balançando a cabeça e saiu. Esse idiota era um mané mesmo.
(...)
Quando voltei para casa para o almoço, encontrei Blanket já a mesa comendo. Ele ria junto a Martha, mas quando me viu entrando parou imediatamente de sorrir e ficou sério sem olhar para mim.
-Oi meu filho, como você está? _Perguntei bagunçando o topo de sua cabeça e me sentando ao seu lado.
-Estou bem. _Deu de ombros.
-Hum.. Que bom... E o que você acha de depois do almoço brincarmos um pouco? _Ele não respondeu me ignorando completamente. –Sei lá a gente poderia jogar vídeo game, comer besteiras o dia todo algo assim... O que você prefere?
-Eu prefiro falar com a minha mãe. _Disse de vez e eu abaixei minha cabeça um pouco incomodado.
-Blanket você vai ter que se acostumar ficar sem ela. Aqui é sua casa agora e é assim que você vai ficar.
-Eu nunca mais vou ver minha mamãe? _Pude ver medo na voz dele e isso partiu meu coração.
-Nã... não, também não é assim, mas...
-Por favor moço deixa eu falar com a minha mãe? _”Moço” aquela palavra foi um golpe no meu coração.
-Sou seu pai Blanket, não um estranho. Me chama de pai.
-Você é um estranho pra mim.
-Eu sei mais isso vai mudar eu prometo.
-Eu quero falar com a minha mãe, só um pouco. Deixa eu ligar pra ela?
Aquele menino tinha um poder de persuasão que eu realmente não pude negar nada a ele. E lutando contra mim mesmo resolvi deixa-lo falar com Mônica ao menos ao telefone.
-Está bem, venha comigo.
Sorrindo ele se levantou da mesa e eu peguei o telefone na sala, disquei os números de Mônica e dei pra Blanket. Sai dali deixando sozinho, mas só era pra poder ouvir a conversa em outra sala e em outra extensão. Eu não poderia deixar Mônica fazer a cabeça do garoto, eu tinha que intervir quando necessário.
-Mamãe! _Ele deu um grito.
-Oi meu filho, oi meu amor. _Ela chorava. –Como você está hãm?
-Estou bem, a casa do moço é enorme, tem um quarto só pra mim repleto de brinquedos, e tudo que eu quiser... Mas não tem você mamãe. _Ele choramingou. –Sinto sua falta, vem me ver?
Mônica a todo momento controlava o choro.
-Eu não posso meu amor, mas eu prometo que um dia, um dia ficaremos juntos de novo, e esse dia está perto de chegar.
-Então vai demorar? Mamãe quero te ver agora, pede pro moço?
Os dois sofriam eu sabia disso, tanto Mônica quanto Blanket. Ela era o mundo dele eu não poderia negar e por mais que eu quisesse afasta-los estava sendo muito difícil e doloroso para ele. Eu acho que foi a primeira vez que deixei uma lágrima rolar dos meus olhos diante do fato de que eu estava fazendo mal para o próprio filho.
Não quis deixar aquela conversa prosseguir entrei na sala onde Blanket estava e pedi pra falar com Mônica.
-Por favor Michael devolve ele pra mim?
-Eu não posso fazer isso, eu também o amo.
-Você nem tem certeza se é seu Michael. _Sorri.
-Tenho sim, já fiz o teste de DNA, deu positivo. Pela primeira vez em anos você não mentiu sobre isso.
-E agora que você sabe? Eu nunca mais vou ver meu filho é isso? _Fiquei sem saber o que fazer, mas eu ainda queria ferir Mônica, eu tinha essa necessidade de machuca-la assim com ela me machucou.
-Exatamente. _Desliguei o telefone na cara dela.
De algum jeito aquilo também me feria, de algum jeito era doloroso pra mim também, eu não escolhi aquela vida. A ideia de vida para mim era completamente diferente dessa. Mas eu não tinha escolhas, ou eu matava ou morria nessa vida de selva em que vivemos.
Capítulo 26
A vida poderia ser ainda pior para mim.
A vida poderia ser ainda pior para mim.
Por Mônica
Quando desliguei o telefone eu só sabia chorar, chorar feito uma criança desprotegida. Era doloroso ver as coisas acontecendo com Blanket sem que ele entendesse nada. Porra ele era só um menininho de 5 anos e mesmo assim sofre como ninguém. Meu Deus por que isso estava acontecendo?
Se contar que eu tinha que ir ao encontro de George, só de imaginar aquele desgraçado se aproveitando de mim me dava náuseas. Corri ao banheiro e vomitei, vomitei até não tiver nada no meu estômago. Como eu iria pra cama de um homem que eu odiava mortalmente?
Fui até uma parte do armário onde havia remédios e tomei um anticoncepcional. A ultima coisa que eu queria agora era engravidar de alguém como George.
Me vesti exatamente como ele havia me dito, usei uma maquiagem e depois peguei um táxi. No local marcado eu estava lá a espera dele.
George cumprimentou a todos naquele hotel agindo naturalmente como se eu fosse mesmo uma prostituta. Eu parecia uma morta viva, uma marionete fazendo tudo que ele mantava.
Já no quarto George fechou a porta e eu fiquei ali parada sem dizer uma palavra, sem demostrar nenhuma reação. Ele ficou caminhando rodeando em volta de mim me analisando. E eu sempre olhando para frente séria, com minha respiração descompassada.
-Está linda Mônica, assim como eu desejava. _Continuei sem dizer nada.
-Ora da um sorriso! Não é tão mal assim ser minha puta. _Tocou meus lábios e forçou um sorriso, permaneci estática.
-Bom então vamos começar não é? _Revirou os olhos. –Eu não tenho o dia todo.
Ele começou a beijar meu pescoço, minha nuca, acariciar meus ombros. Deus como eu estava gritando por dentro! Como eu estava suplicando socorro dentro de mim, que alguém me tirasse daquilo, ou eu acordasse desse pesadelo.
George me deitou na cama, e ai sim ele se aproveitou de mim, eu me sentia uma puta realmente, uma suja como um rato de esgoto. Eu estava sendo reduzida ao pó, ao nada.
Eu não queria mais, eu não conseguia mais eu precisava protestar, eu não queria encarar esse sofrimento.
-Não George por favor não! _Me sobressaltei.
-Mas o que foi? Não estava gostando? _Foi sínico.
-Me deixa em paz seu desgraçado! _Gritei.
Foi quando ele transferiu um soco na minha cara me fazendo gritar, e quando eu achava que estava livre desses tapas ele veio com mais e com mais e com mais. Ele me estapeava, me dava murros e socos sem dó e nem piedade.
-Para, para, para. _Eu me defendia como podia, mas ele não parava.
-Isso é pra você aprender que quem ditas as regras sou eu, sua vagabunda! _Puxou meus cabelos me fazendo olha-lo. –Eu vou come-la e você não vai fazer nada enquanto a isso. Ou você quer mesmo que eu mate aquele mané do Michael e o bocó do seu filho? Hein?
-Me deixa em paz!! _Gritei aos choros.
Aquela tortura psicológica estava me matando, aquela situação estava me matando, eu não aguentava mais. George me bateu mais, e mais e mais, até consegui o que ele queria, ele me estuprou sem nenhuma pena. Me machucando completamente, não só fisicamente, mas emocionalmente.
Eu estava nua, e machucada, com os olhos borrados de tanto chorar.
-Sabe Mônica? As pessoas boas fazem de tudo para ver seus entes queridos bem a todo custo. E as más tomam proveito disso o quanto pode. _Ele gargalhou.
Foi quando ele saiu do quarto já vestido me deixando sozinha ali.
Me joguei no chão chorando com toda a minha força, até minha cabeça doer, até minhas forças acabarem. Corri até o banheiro e vomitei, eu tinha nojo de George, nojo.
(...)
Quando eu estava devidamente vestida sai daquele quarto ,fiquei perambulando naqueles corredores como se fosse um zumbir. Eu olhava para o meu futuro e só via dor, não havia nenhuma luz no fim do túnel, nada.
Michael me odiava e ainda por cima tirou meu filho de mim e não iria me devolver. E agora eu estava nas mãos de George, eu estava em seu poder. Refém de suas ameaças e chantagens. Eu não queria mais aquela vida, eu não queria mais.
Subia até a cobertura daquele hotel, era um prédio de 20 andares, caminhei até o alto chegando até a beirada. Olhei para baixo, havia carros transitando e a altura era o suficiente para eu não sentir a mínima dor quando eu já estivesse no chão. Pois eu morreria instantaneamente.
Eu queria acabar com a minha vida, queria acabar com aquele sofrimento. Blanket viveria bem sem mim, a final ele estava com o pai, eu tenho certeza que ele cuidaria do filho com amor. Teria um futuro digno de um homem de verdade, pelos recursos de Michael. Ele estaria muito melhor do que se estivesse comigo.
Me cheguei mais pra beirada, abri os braços e já estava prestes a me jogar. Fechei meus olhos, eu estava certa daquele ato, eu estava certa de que era o meu fim.
Foi quando lembrei de John, ele era o meu anjo da guarda pra mim , e ele disse que queria provar a minha inocência. Ele disse que acharia provas e realmente ele estava lutando pra isso.
Se eu morresse, eu não teria a chance de esfregar na cara de Michael a minha inocência, não teria a chance de humilha-lo assim como ele me humilhou. De pegar meu filho e sair como vitoriosa nisso tudo. De cabeça erguida.
Acabar com Michael seria uma vitória para mim, eu o odiava por todo esse sofrimento, pois era por culpa única e exclusiva dele tudo que eu estava passando. Ele fez isso comigo, foi ele.
Recuei de imediato dando dois passos pra trás. Me joguei pra trás ao chão e chorei ainda mais por ter chegado ao ponto de querer tirar minha própria vida. Chorei por quase fazer mais uma vez Blanket sofrer, ele esperava por mim, confiava em mim, e eu não poderia fazer isso com ele.
Fiquei deitada ali até adormecer. Foi como uma anestesia para mim aquele sono.
Capítulo 27
Eu precisava de uma força, ou então tudo iria se quebrar.
Eu precisava de uma força, ou então tudo iria se quebrar.
Por Mônica
Saí do hotel e chamei um táxi, gastando o último tostão que havia colocado em minha carteira. Ele se assustou ao me vê e perguntou se eu estava bem. Assenti e ele me levou de volta pra casa.
Soltei um suspiro de alívio ao perceber que Lunna não estava. Provavelmente ela tinha saído com o novo carinha do trabalho.
Fui direto para o meu quarto e então parei em frente a porta ao vê meu rosto refletido no espelho.
Minha boca tinha um grande corte, deixando meu lábio inferior, ao redor dos meus olhos estava tudo preto por causa do rímel e do lápis borrado, mas as minhas bochechas tinham ematomas vermelhos. Hematomas que não tinha como disfarçar nem se eu passar toda a maquiagem do mundo.
Meu pescoço tinha marcas vermelhas começando a ficar roxas e eu realmente não queria vê o resto de meu corpo. Provavelmente estaria ainda pior do que a minha face.
Minha garganta se apertou e senti as lágrimas saindo de meus olhos. Eu não aguentava mais e não sabia que conseguiria suportar todo o resto daquela merda que estava por vir. Por um momento eu tentei me matar, eu quis acabar com a minha própria vida porque eu simplesmente não tinha mais forças para continuar a vivê-la.
Eu estava sendo chantageada, estrupada e espancada. O único homem que eu amo e que eu amei na minha vida me odiava e meu filho estava longe de mim.
Que sentido a porra da minha vida tinha além de me fazer sofrer?
Mordi o lábio com força, sentindo-o protestar por conta do corte e então entrei no meu quarto, tirando aquele vestido e o sapato, e entrando no banheiro. Liguei o chuveiro na água bem quente e então peguei a esponja com sabonete e comecei a esfregar com força em meu corpo vermelho, deixando-o ainda mais marcado. Queria me limpar de George, daquela dor toda, de tudo de ruim que estava acontecendo na minha vida.
Quando senti minha pele começar a arde ao menor movimento, desliguei o chuveiro e sai do box, ficando parada em cima do pano, esperando a água escorrer um pouco pelo meu corpo. Me olhei no espelho vendo agora meu rosto limpo. Bem...
Estava realmente muito ruim. Sem o borrão preto, pude vê ao redor do meu olho direito a grande marca vermelha, formando um conjunto de hematomas no meu rosto.
Ótimo, era realmente tudo o que eu precisava!
Quando percebi que a água tinha parado um pouco de escorrer, sai do banheiro e fui até o meu quarto, me deitando na cama sem nem mesmo ter condição de pôr uma roupa. Minha cabeça doia e meu corpo protestava ao menor movimento.
Mas nada disso, nenhuma daquela dor, superava a enorme tristeza que eu sentia em meu coração.
***
O celular despertou alto ao meu lado, me despertando do sono que só tinha chegado pra mim as quatro e meia da manhã. Suspirei e me levantei, sentindo a dor se espalhar por todo o meu corpo e por toda minha intimidade.
Fui em direção ao banheiro, tomei um banho e me arrumei. Estava sendo forte até passar pelo pequeno quarto de Blanket. Entrei e me sentei em sua cama, tudo aquilo ali tinha o seu cheiro, o seu jeito, e a falta que ele me fazia me machucava.
Ao telefone ele pareceu tão encantado com aquele mundo rico e cheio de possibilidades que
Michael poderia o oferecer, que eu fiquei com medo dele simplesmente se esquecer de mim e começar a vê que não precisava de mim realmente. Tinha medo de que até meu filho parasse de sentir minha falta... Parasse de me amar.
Limpei uma lágrima que saiu de meus olhos e me levantei. Saí do quarto de Blanket e peguei minha bolsa, indo em direção a sala e encontrando Lunna na cozinha.
- Bom dia... - falei, abrindo minha bolsa e deixando meu celular dentro dela, mas logo parei de o fazer ao escutar um copo de vidro caindo da mão de Lunna. - O que houve, Lunna? Está se sentindo bem?
- O que houve com você? - ela me perguntou, assustada e então veio em minha direção e tocou em meu rosto. - Meu Deus, Mônica! Não me diga que... Que Michael ele... Oh Deus! Você precisa da parte desse cara na delegacia, Mônica, ele bateu em você!
- O que? Não! - falei, me afastando.
Ela estava entendo tudo errado e eu sequer poderia contar a verdade para minha melhor amiga.
- Como não? Mônica, ele fez isso... Ele...
- Não foi Michael, Lunna.
- Não? Então... Quem foi?
- Ninguém.
- Ninguém? - ela deu uma risada sem humor. - Uma pessoa não se machuca sozinha desse jeito, Mônica e isso é hematoma de porrada! - ela balançou a cabeça. - O que está acontecendo?
- Nada está acontecendo e ninguém me bateu, Lunna! Por favor... Acredita em mim.
Ela me olhou nos olhos, uma expressão de duvida surgindo em seu rosto.
- Vai ficar escondendo as coisas de mim, Mônica? Eu simplesmente não acredito nisso! Eu exijo saber o que aconteceu!
- Eu não posso contar, Lunna. Eu... Eu sinto muito, amiga, mas peço que, por favor, não faça nenhum alarde nem... Escândalo.
- Se Michael fez isso, Mônica, ele tem que pagar. Já tirou Blanket de você e agora vai ficar te batendo? Ele passou de todos os limites!
- Não ele foi ele, Lunna. Se fosse ele eu mesma ia na delegacia, eu poderia ganhar meu filho de volta se ele encostasse um dedo em mim, mas não foi ele!
- Quer saber, Mônica... Faça como quiser, mas eu só quero te ajudar, amiga, apenas isso...
- Eu sei. - murmurei. Cheguei perto dela e abracei. - Obrigada por tudo que faz por mim, Lunna.
- De nada... Quando você estiver pronta para me contar sobre isso, eu estou aqui, ouviu?
Assenti, olhando pra minha melhor amiga e pedindo um milhão de desculpas. Ela podia ler isso em meus olhos e eu podia vê que ela me desculpava, mesmo não entendendo meus motivos.
- Venha, vamos tomar café... - ela disse, indo até a cozinha.
- Eu não estou com fome e estou atrasada também... - falei, pegando minha chave. - Nos vemos mais tarde, certo?
- Você não pode sair sem comer, Mônica.
- Eu como algo na rua... - abri a porta e me virei pra ela. - Beijos amiga.
Ela suspirou e se deu por vencida.
- Beijos e se cuida.
Assenti e sai de nosso apartamento, totalmente tentada a voltar e chorar no colo de minha amiga, e lhe contar sobre toda a merda que estava acontecendo em minha vida.
Mas infelizmente eu não podia.
Capítulo 28
Eu não queria enxergar... Mas algo muito estranho estava acontecendo.
Eu não queria enxergar... Mas algo muito estranho estava acontecendo.
Por Michael
Cheguei na empresa e fui direto a sala de Mônica, mas pude constatar que ela ainda não havia chegado.
Revirei os olhos, atrasada como sempre! Já havia avisado a ela que não toleraria mais seus atrasos, mas parecia que tudo o que eu falava para ela entrava por um ouvido e saia pelo outro.
Deixei avisado na recepção do primeiro andar que, assim que ela chegasse, era pra ir direto ao minha sala. Me sentei em minha cadeira e coloquei um porta retrato em cima de minha mesa com uma foto de Blanket. Sorri olhando para o meu filho. Ele era meu mundo agora e eu seria capaz de fazer qualquer coisa por ele.
Balancei a cabeça saindo daquele pequeno devaneio e comecei a analisar algumas papeladas quando ouvi uma batida em minha porta. Mandei a pessoa entrar e nem sequer precisei tirar os olhos dos papéis para saber que era Mônica. Seu cheiro a denunciava.
- Me desculpe o atraso, Michael, o trânsito estava...
- Não quero saber de desculpas, Mônica! - falei, olhando pra ela pela primeira vez e então perdendo completamente a minha fala.
Mônica estava... Machucada. Todo o seu rosto estava vermelho, mas seu olho era a pior parte e sua boca estava cortada e inchada. Não era um machucado de tombo ou algo parecido era... Era como se alguém tivesse batido nela.
Como se alguém tivesse batido muito nela.
- Mônica... - murmurei, me levantando da mesa e indo até ela. - O que foi isso?
Tentei tocar em seu rosto, mas ela se afastou, dando dois passos para trás.
- Não é nada, Michael. Você mandou me chamar e eu estou aqui, do que está precisando?
Olhei para o seu corpo e pude notar que ela estava até mesmo com dificuldade para se manter em pé. Havia algo de muito estranho em tudo aquilo e uma vontade imensa de pegá-la no colo e cuidar dela tomou conta de mim e de meu coração.
Mas obviamente eu não faria aquilo.
- No momento eu só preciso saber o que foi que aconteceu com você! Me diga, Mônica, quem... - respirei fundo, contendo a porra da vontade de cuidar dela. - Quem fez isso com você?
- E desde quando você se importa? - ela perguntou com o olhar frio e acusatório, quase como que me culpando por aquilo ter acontecido. - Se alguém me bateu, me estuprou... - ela falou, parando logo em seguida, como se tivesse falado alguma besteira. - Enfim... Você nunca se importou, Michael, na verdade, se um dia alguém fizer isso comigo é capaz de você vê, saber, gostar e ainda rir da minha cara, falando que isso é que eu mereço, porque eu sou uma vadia, não é mesmo? Uma cachorra interesseira, que te roubou e te traiu com o seu melhor amigo e que escondeu um filho seu. Então eu não me espantaria se você achasse que é realmente isso que eu mereço.
Por um momento eu olhei pra ela me sentindo muito mal. Mal de um jeito inexplicável, como se eu realmente estivesse sendo injusto com ela. Era claro que eu não desejava que ela fosse estuprada e espancada, nunca desejaria isso pra ninguém, nem mesmo pra ela.
Eu poderia está cego para vê-la sofrer, mas não a esse ponto.
- Obviamente, Mônica, não é isso que eu desejo a você, mas também não quer dizer que eu me importo. Eu só não quero que minha assistente pessoal atenda meus clientes com a cara toda cheia de hematomas, como se tivesse acabado de sair de um ringue de luta ou algo parecido. Então, quero deixar bem claro uma coisa: seja lá a porra que esteja acontecendo com você, não deixe que isso deixe marcas na sua cara. Meus clientes não precisam vê uma coisa horrível e nojenta como essa. - falei, querendo ser o mais frio e impassível possível.
Mesmo que eu me importasse um pouco... Quer dizer, eu não tinha que me importar! Seja lá o que esteja acontecendo com Mônica, não tem haver comigo e não é da minha conta. Só não quero que ela chegue aqui com a cara quebrada, isso sim é inadmissível!
- Se um dia eu puder reverter essa situação, Sr. Jackson, eu venho com... a cara limpa. - ela disse, procurando as palavras certas.
- Se um dia puder reverter essa situação? - perguntei, sem entender.
Mas que porra ela queria dizer com tudo aquilo?
- Sim. Se um dia eu puder... - ela deu de ombros.
- Então faça com que esse dia chegue logo, Mônica. Se não... Perderá seu emprego.
- Não faz mais diferença pra mim... - ela murmurou, baixo, virando o rosto para que eu não pudesse vê suas lágrimas. Ela respirou fundo e então se virou pra mim. - Como está meu filho?
- Blanket? Nem lembra mais que tem mãe. - falei, sorrindo maldosamente. - Ele está tão encantado por ter tudo o que sempre quis e que você nunca pôde dar, que isso o fez se esquecer completamente de você.
A dor... A dor que vi nos olhos dela foi gratificante pra mim, me fazendo sorrir ainda mais largamente.
- Ele está feliz?
- Como nunca esteve antes.
- É só isso que importa pra mim. - ela disse, colocando o cabelo pra trás da orelha. - Diga a ele, se puder, é claro, que eu o amo muito e que eu nunca vou esquecê-lo. Diga que tudo o que eu faço hoje é por ele, que ele é o centro do meu universo e que eu nunca vou deixar que nada de mal lhe aconteça.
A voz dela saiu arrastada e embargada, ela parecia fazer uma promessa e não soltar palavras ao vento. E agora a dor que vi nsos olhos dela não me deixou tão feliz. Foi algo angustiante, como se ela estivesse presa em algum lugar e gritasse por socorro. Por ajuda.
Desfiz meu sorriso e assenti.
- Certo, se eu me lembrar, eu digo.
- Não esqueça, Michael, por favor... Eu quero que... Quero que ele saiba que ele teve uma mãe que lutou até o fim para vê-lo bem e feliz.
- Por que está dizendo isso, Mônica? Esse seu papo de maluco está me assustando! - falei, querendo que ela se abrisse comigo.
- Não importa, Michael, só quero que diga isso a ele. Você pode?
- Eu vou dizer, ok, eu vou dizer. - falei, olhando pra ela. - Vá pra sua sala, Mônica, você precisa... Não sei, você está perturbada, volte mais tarde, não quero uma louca perto de mim.
Ela assentiu e então, sem dizer uma palavra, saiu deixando apenas seu perfurme doce e natural em minha sala.
Havia, realmente, algo muito estranho acontecendo, e mesmo sem querer que me importar com ela...
Eu iria descobrir o que era.
Capítulo 29
E uma última esperança aparecia na minha vida
E uma última esperança aparecia na minha vida
Por Mônica
Meus dias se limitavam em ir pra empresa, voltar pra casa e se jogar na cama e lá ficar por muito tempo, apenas chorando e sem animo para nada. Minha vida estava uma merda, mas eu teria que me animar, não sei como, mas eu teria que levantar a cabeça. Os hematomas sumiram e George não havia mais me chamado o que me fez agradecer aos céus.
Foi quando meu telefone tocou e eu sem a mínima vontade fui atender. Juguei ser Michael com aquele autoritarismo ridículo dele e sinceramente não estava nem um pouco a fim. Só que mesmo assim atendi.
-Alô! _Disse sem vontade.
-Olá branquela como você está? _Eu não estava acreditando era a voz de...
-Jake!! É você mesmo? _Abri um sorriso na hora.
-É sou eu mesmo.
-Oh meu Deus Jake onde você está? Eu morri de saudades, onde você se meteu?
-Haha! Estou na cidade. Estou de volta branquela. _Em anos nunca sentir tanta felicidade na vida quanto agora. Meu melhor amigo estava ali.
-Eu quero te ver onde você está?
-Na estação de Los Angeles acabei de chegar.
-Estou indo ai agora mesmo.
-Então vem logo que estou ansioso por um abraço seu. _Sorri.
Me vesti rapidamente, peguei minha bolsa e fui ao encontro de Jake, era tudo que eu precisava naquele momento, um amigo ao meu lado. Eu já tinha John, mas Jake estava quase na mesma situação que eu. A de injustiçado.
-Jake?! _Gritei o chamando assim que o vi na estação.
Ele me olhou e eu sair correndo por um abraço. Nos abraçamos forte, tentando amenizar toda aquela saudade.
-Como você está? _Perguntou segurando na minha mão.
-Nada bem, na verdade nem sei como estou viva ainda. _Ele estreitou o cenho.
-Quero que me conte tudinho depois. _Assenti.
Sentamos em uma praça por ali por perto e chegava a hora de conversamos sobre tudo.
-Por que voltou Jake? Quer dizer... Depois de tudo.
-Eu precisava voltar. Preciso enfrenta-lo de frente.
-Você quer dizer o Michael? _Ele assentiu. –Estou trabalhando na empresa dele, acabei caindo de paraquedas ali e o passado veio como uma bamba. _Estreitou o cenho de novo.
-Você está trabalhando para o Michael?
-Sim. E as coisas estão realmente ruins.
-Ele deve está ferrando com você, não está?
-Ele enlouqueceu.... Mas é só uma de tantas outras coisas juntas.
-Desgraçado! Mas eu garanto Mônica logo limparemos nosso nome. E o desgraçado do George vai pagar por tudo.
-Assim eu espero. _Olhei para o nada, respirando fundo.
(...)
-Esse é o Jake. _Já em casa eu apresentava Jake ao John e se cumprimentaram em seguida.
-Então é você o bandido, desgraçado, mentiroso, filho da puta, que eu era obrigado a ouvir todos os dias? _John fez um tom cômico pelo que o Michael vivia falando de Jake.
-Eram esses apelidos doces que eu tinha, era? _John erguei os ombros. –Em próximos dias Michael vai ter uma surpresa que eu aposto que vai faze-lo cair do trono dele. _John colocou a mão no queixo parecia pensar em algo.
-Não quero que se meta com Michael Jake está me entendendo? Quero você longe disso.
-Não se preocupa Mônica eu sei que eu faço.
Jake era teimoso eu temia ele querer bater de frente com Michael, isso só pioraria as coisas, mas Jake estava tão seguro de tudo que eu não ousei duvidar dele. Eu não sei, mas eu tinha esperanças agora.
Logo depois contei tudo para Jake, sobre Blanket, Michael o tirando de mim, as vingancinhas infantis dele. Mas claro nada sobre George me obrigar a ser a amante dele ainda.
Capítulo 30
Estarei disposto a tudo pra ajudar Mônica
Estarei disposto a tudo pra ajudar Mônica
Por John
A chegada de Jake meio que foi importante no meio disso tudo até porque aquela volta repentina dele daria frutos, dava para perceber só de olhar para sua face. Ele estava confiante, provavelmente já estava com a verdade a ponta das mãos e eu queria mostrar a ele que eu estava ao seu lado assim como estava de Mônica.
-Já vai sair? _Eu estava chegando em sua casa para conversamos, mas ela estava arrumada pra sair o que achei bastante estranho já que estava de noite.
-Já sim.
-E Jake?
-Ele está hospedado em um hotel por enquanto. _Assenti.
-Queria poder ficar com você hoje, conversar. Sabe como é? _Levei uma mão no rosto dela acarinhando.
Não era segredo pra ninguém o quanto eu amava Mônica e queria pra mim, mas eu sabia que a vida dela estava complicada demais para um romance. Resolvi deixa-la em paz por enquanto.
-Depois fazemos isso John, estou atrasada sim? _Ela estava estranha e o modo como ela estava vestida...
Mônica nunca vestiu roupas assim curtas demais e nem com tanta maquiagem assim, e com um humor péssimo. Estranhei.
Dei espaço para que ela passasse e ela saiu como um foguete sem olhar para mim. Era como se algo de muito ruim estaria acontecendo.
Não pensei duas vezes e fui atrás dela, não sei eu queria saber o porque de vários dias Mônica está mais estranha que o normal e porque havia manchas em seus braços, fracas, mas existiam. Será que Michael estava a machucando? Se isso acontecer eu acabaria com ele.
Era isso eu a seguiria e desvendaria logo esse mistério.
Escondido em árvores, pude ver perfeitamente Mônica entrando em um táxi, assim que ele saiu com ela tratei de pegar outro.
-Senhor segue aquele outro táxi por favor? _Ele assentiu.
Por quase meia hora seguindo o táxi de Mônica ele parou em um hotel. Aquilo definitivamente estava estranho demais. Ela desceu e eu obviamente desci atrás dela. Fiquei por ali só observando.
Ela entrou e depois cerca de uma hora depois a vi saindo. Ela mal conseguia andar, parecia tonta, trocava as pernas. Parecia que ia...
Corri até Mônica a segurando em meu colo antes que ela desmaiasse ali no chão.
-Mônica! Mônica acorde! _Dei uns tapas em seu rosto, mas ela não reagia.
Havia marcas por todo seu corpo, sua boca estava sangrando. E quem estava com ela eu não conseguia ver.
-Por favor me ajude? _Pedi ajuda aquelas pessoas que estava ali, pois só sabiam olhar e fazer algo que era bom nada.
Em cerca de 10 minutos a ambulância chegou. Acompanhei Mônica ao hospital e conseguir uma única resposta dela antes de entrar para emergência.
-Quem fez isso Mônica?
-George. _Balbuciou sem abrir os olhos.
Desgraçado! Então ele estava batendo em Mônica por todo esse tempo sem que eu percebesse? Eu precisaria fazer algo imediatamente.
Foi quando lembrei de Jake e do motivo pelo qual ele estava na cidade. Óbvio que ele não veio para Los Angeles simplesmente pra ficar cara a cara com Michael e dizer um “Oi Michael estou aqui” Ele já tinha provas que o inocentasse e onde apontava o verdadeiro culpado, George.
Ele não iria mais chantagear Mônica o que provavelmente ele estava fazendo pra obter benefícios. Eu tinha que fazer algo.
Assim que deixei Mônica no hospital tratei de ir atrás de Jake no hotel onde ele estava hospedado. Eu precisava saber o que ele conseguiu.
-Sim eu tenho provas conclusivas que mostram George tramando tudo, desde os roubos na empresa antiga de Michael até como ele fez pra nos incriminar. _Falou e eu sorri por saber que estava certo sobre tudo.
-E como você achou isso Jake? _Perguntei.
-Detetives, escutas telefônicas tudo. Tudo sobre o meu poder.
-Temos que entregar isso a policia. _Falei.
-Primeiro quero que Michael veja, quero passar na cara dele tudo que ele me fez passar e fez Mônica passar. Depois eu quero que ele mesmo chame a policia para George. Preciso ver isso com os meus próprios olhos.
-Está bem então é isso que faremos.
-Amanhã mesmo.
-Posso ir com você? _Perguntei.
-Claro que pode. _Assenti.
-Como Mônica está John?
-Mal, ele a machucou demais. _Jake transferiu um soco em um móvel.
-Desgraçado! E tudo isso por culpa do Michael.
-Isso está prestes a acabar Jake. Já vai acabar. _Ele assentiu respirando fundo.
Voltei ao hospital e fiquei com Mônica ali a noite toda antes de irmos até a empresa e desmascarar George. Mônica e nem Jake mereciam aquilo. George era o verdadeiro criminoso e ele tinha que pagar.
Capítulo 31
Não estava preparado pra tudo isso. Pra toda essa dor em mim.
Não estava preparado pra tudo isso. Pra toda essa dor em mim.
Por Michael
E como sempre, Mônica estava atrasada mais uma vez. Suspirei com raiva e me sentei, aquilo já estava me tirando do sério, por mais que não gostemos um do outro, ela ainda era minha empregada e precisava cumprir as ordens que eu lhe dava.
Resolvendo esperar por ela, comecei a analisar algumas coisas no computador, mas logo fui surpreendido ao vê a porta da minha sala sendo escancarada de uma só vez. Me levantei em um pulo.
- Mas o que é... - parei de falar, ficando completamente surpreso ao vê quem entrava na minha sala.
- Olá, Michael. - Jake disse, se sentando na cadeira a minha frente.
- Jake? Mas que porra você está fazendo aqui?
Branca entrou logo atrás dele e se sentou ao seu lado. Eu não podia acreditar! O cara primeiro era meu amigo, depois passou pro lado de Mônica e agora estava com Jake? Era o cumulo do absurdo!
A raiva tomava conta de mim novamente.
- Parabéns, John... Vejo que está andando com ótimas companhias. - falei, com raiva. - Quero os dois fora da minha empresa, agora!
- Não antes de você ouvir o que temos pra falar, Michael.
- Eu não quero ouvir nada, John! Quero que saiam daqui agora, não temos nada para conversar!
- Temos sim! - Jake disse, se levantando e batendo com as mãos na mesa. - Se eu fosse você,
Michael, calava a porra dessa boca e escutava o que temos a dizer. Tenho certeza que essa sua pose vai acabar rapidamente com o que tenho para lhe mostrar.
Olhei pra ele com raiva, porém, extremamente curioso. Olhei em meu relógio de pulso.
- Tenho uma reunião em vinte minutos, acha que consegue falar durante esse tempo?
- Claro que sim... - ele disse, pondo uma pasta em cima a minha mesa.
- O que é isso? - perguntei.
- Provas. - Jake disse. - Provas de que Mônica e eu somos completamente inocentes de tudo o que nos incriminaram.
Olhei pra ele, e ri. Era realmente engraçado o modo como ele estava sério, querendo me provar algo
que não existia.
- Ah, é mesmo?
- Sim, Michael. - disse Branca. - Não ria. Acho melhor você vê o que contem dentro dessa pasta.
Balancei a cabeça ainda rindo e abri a pasta, vendo vários papéis dentro dela e um disco.
- Por onde eu devo começar?
- Pelo disco. - Jake disse.- Quero vê sua irônia depois de ouvir tudo o que está aí.
- Certo... - murmurei, pegando o disco e colocando-o no computador.
Logo a imagem de George e Nicholas, seu secretário, apareceram na tela do computador.
"E então, George... O que vai fazer a respeito de Mônica? Tendo-a trabalhando aqui, tão perto de Michael, você não acha que ela seria um risco pra nós?"
"Não mesmo... Michael é um filho da puta idiota, não enxerga que Mônica é inocente nisso tudo... E ela também não me preocupa realmente, ela não tem como provar nada do que sabe. Todas as provas que ela e o idiota do Jake tinham contra mim eu fiz questão de eliminar."
"Eu sei que fez. Está pra nascer um homem tão inteligente como você, George. Estava roubando a empresa, fora descoberto, arquitetou um plano rápido e eficiente para se safar e hoje continua aqui, roubando a empresa do idiota do Michael Jackson. Você é incrível!"
"Eu sei que sou... Transferir metade do dinheiro pra conta de Mônica e a outra metade pra conta de Jake foi mesmo uma tacada de mestre. E o melhor disso tudo é que eu não saí perdendo o dinheiro... Lógicamente ele fora devolvido a empresa, mas eu o recuperei em dobro. Tá pra nascer um cara como eu."
"E Michael não desconfia de nada, isso é o mais incrível."
"Pois é, ele é tão idiota que não percebe que o vilão da história sou eu e não seu ex-amiguinho e sua ex-namoradinha..." George gargalhou "Tá pra nascer um cara como eu e um idiota como Michael. Mas, o que podemos fazer, não é mesmo? Uns nascem para ser enganado, outros nascem para ser esperto."
E então a gravação acabou.
Parecia que meu coração ia sair pela boca de tão rápido que batia. Eu estava desesperado e chocado! Não... Não era possível que aquilo estava acontecendo! Se aquilo era verdade... Se tudo aquilo que eu havia acabado de vê era verdade, Mônica e Jake sempre foram inocentes e eu...
Bem, eu era o verdadeiro vilão de toda aquela história!
Sem nem mesmo respirar, eu abri a pasta e tirei todos os papéis que haviam dentro dela. Eram recibos e transferências de bancos, contas na Suíça e Russa, todas no nome de Rulan Empresarial, uma empresa na qual George disse que iria colocar a parte de suas ações da minha empresa.
Era óbvio que aquela empresa era um laranja, na qual George transferia o dinheiro pra essa conta bancária e alegava que era investimento. Eu estava com tanto ódio e tanta... Dor.
Eu perdi a amizade do meu melhor amigo, o cara que eu considerava meu irmão porque eu não acreditei em sua palavra. Isso era horrível, mas com Mônica eu fui bem pior...
A mulher que eu amei e que sempre me amou. Ela só quis abrir meus olhos sobre quem George realmente era e eu também não acreditei em sua palavra, eu a expulsei da minha vida, a julguei, magoei e decepcionei. E, claro, como se não fosse o bastante, ela voltou e eu fiz coisas tão ruins a ela...
Agora eu entendo o porque de tanta dor em seus olhos, o porque de tanta decepção. Eu era horrível, o pior ser humano que já existiu... Eu separei meu filho de Mônica e até meia hora atrás eu me orgulhava imensamente disso, agora eu só queria voltar no tempo e fazer tudo diferente.
Agora eu sei e entendo o porque do enorme amor que Blanket sente por Mônica... Ela é uma mulher incrível, uma mãe perfeita, mesmo tendo sido profundamente magoada por mim.
- E então, Michael... O que tem a me dizer sobre isso que acabou de ler? - Jake perguntou.
Engoli em seco e fechei os olhos, impedindo que mais lágrimas e de dor arrependimento se formassem neles.
- Eu sinto tanto... - murmurei, com a voz embargada. - Eu ainda não posso acreditar.
- Ah, você ainda não pode acreditar? - Jake perguntou, rindo sem humor. - Você é realmente incrível, Michael.
- Não... Você não entendeu. - abri meus olhos e olhei pra ele. - Eu ainda não posso acreditar que fiz toda essa merda, não posso acreditar que eu não acreditei em vocês. Eu sinto muito, Jake, sinto muito... Mas, antes de pedir perdão a você, eu preciso fazer algo... - falei, me levantando.
- Hei, onde você vai, Michael? - Branca perguntou.
- Matar o George. - falei com raiva, indo em direção a porta.
- Mas ele não está na empresa...
Larguei a maçaneta da porta e me virei, olhando pra John.
- Como não está? Temos uma reunião daqui a pouco, ele tem que está na empresa.
- Ele está com Mônica, Michael. - Jake disse.
Franzi o cenho sem entender o que eles estavam falando.
- Como assim? George com Mônica?
- É... Temos mais uma coisa pra te contar, Michael. Na minha opinião, é a pior de todas as coisas.
- Jake disse.
- E o que é? - perguntei, vendo-os hesitar. - Falem!
- Se acalme, Michael...
- Me acalmar? Eu acabo de saber que cometi a maior injustiça do mundo com o meu melhor amigo e com a mulher que eu amo e você pede para eu me acalmar, John? - perguntei, sentindo a raiva tomar conta de mim. - Quero que me falem agora o que eu ainda não sei no meio dessa porra toda!
- George está ameaçando Mônica. - Jake falou.
John abaixou o rosto e olhou pra suas próprias mãos, mas antes eu consegui vê a dor e o pesar que tomou conta de seus olhos. Jake também tinha os mesmos sentimentos no olhar.
- Ameaçando... Ameaçando com o que?
- George é mesmo um crapula, Michael. Um cara sem escrupulos algum. Mônica é uma mulher bonita e ele quis se aproveitar disso. Se aproveitar dela, na verdade... - John disse, soltando um longo suspiro. - Ele está estuprando e espancando Mônica. Disse que era isso que ela precisava aceitar para que ele não matasse nem a você, nem a Blanket.
"- E desde quando você se importa? Se alguém me bateu, me estuprou... Enfim... Você nunca se importou, Michael, na verdade, se um dia alguém fizer isso comigo é capaz de você vê, saber, gostar e ainda rir da minha cara, falando que isso é que eu mereço, porque eu sou uma vadia, não é mesmo? Uma cachorra interesseira, que te roubou e te traiu com o seu melhor amigo e que escondeu um filho seu. Então eu não me espantaria se você achasse que é realmente isso que eu mereço."
A voz de Mônica entrou pelos meus ouvidos como se ela tivesse ali, ao meu lado, falando tudo aquilo novamente. Pior do que todas as coisas que eu soube naquele dia, era saber que a mulher que maltratei desde quando reapareceu, estava apanhando pra salvar a minha vida e a vida do meu filho.
Meu mundo já havia acabado mais agora era bem pior, agora ele estava ruindo completamente e eu não podia fazer nada. Não sei se eu tinha raiva de George, se eu sentia a dor e o arrependimento tomar conta de mim ou se eu dava um fim naquela vida de merda que a minha, onde por causa da minha idiotisse, a mulher que mais me amou na vida, estava sendo estuprada para me salvar.
A mulher que eu maltratei, que eu humilhei, que eu tirei tudo o que podia tirar. E mesmo assim, ela estava me salvando sem pensar duas vezes.
- É, Michael... Agora você entende que Mônica nunca seria capaz de fazer aquilo que George inventou? - Jake pergunta. - Eu nunca vi, em toda a minha vida, algo como isso. Uma mulher se submeter a tudo isso que ela está se submetendo... Ontem ela foi parar no hospital por causa de George e hoje ela está com ele novamente, mesmo sem nem conseguir andar direito. Simplesmente porque ele disse que se ela não fosse, ele mataria você.
Engoli o intenso nó que se formou em minha garganta e olhei pra eles.
- Ela está com ele agora? - Jake assentiu. - Onde?
- Ela nos disse que ia pra casa dele, pelo menos, foi pra lá que ele a mandou ir.
- E é pra lá que eu vou. Agora.
Capítulo 32
A mulher da minha vida. Eu iria salvá-la.
A mulher da minha vida. Eu iria salvá-la.
Por Michael
Dirigi o mais rápido possível pelas ruas de Los Angeles, ainda com tudo sendo processado em minha mente. Eu estava indo praticamente no piloto automático e acho que levei várias multas por ter ultrapassado os sinais vermelhos.
Meia depois cheguei a casa de George. Ao me vê, seu segurança permitiu minha entrada. Saí do carro correndo e entrei em sua casa, percebendo que não tinha nenhum empregado circulando pela casa. Subi as escadas deduzindo que talvez ele poderia está em seu quarto e constatei que eu estava certo. Podia ouvir sua voz alta ainda no corredor.
- Responde, Mônica! Quero ouvir sua voz! - pude o escutar dizendo e então um barulho forte de tapa preencheu todo o corredor.
A raiva e o ódio tomou conta de mim e sai pelo corredor abrindo todas as portas até chegar ao quarto dele. A cena me fez parar um pouco: Mônica estava nua e toda machucada em cima da cama, ela estava de costas pra mim, mas parecia está inconciente enquanto George estava apenas de cueca, ao lado dela. Ele deu um pulo ao me vê em seu quarto.
- Michael? - ele murmurou, surpreso.
- Seu filho da puta! - gritei indo até ele.
Como estava surpreso por me vê ali, não teve reação alguma quando o peguei pelo pescoço e o taquei com força no sofá. Sua cabeça bateu no encosto, mas eu não dei nem tempo dele respirar, apenas parti pra cima dele, começando a socar sua cara com todo o ódio que eu estava sentindo.
- Eu vou matar você, seu filho da puta, você vai aprender a nunca mais encostar um dedo em Mônica!
Ele tentou se defender, mas eu continuei a socá-lo com força, dando um de esquerda e sentindo seu nariz quebrar sob meus dedos. Ele gemeu e caiu deitado no sofá. O sangue já sujava boa parte do estofado, mas e não estava ligando. Só queria matá-lo por ter feito tanta merda na minha vida, por está batendo e estuprando Mônica.
Continuei a socá-lo com força, até vê seus olhos fechando e ele ficar inconsciente. Suspirei e limpei minha mão em minha calça, ainda olhando pra ele com raiva, então um murmuro baixo chegou aos meus ouvidos.
Me virei rapidamente e fui até Mônica. Meu coração doeu ao vê-la toda encolhida sobre a cama, ela estava tão machucada, muito pior do que naquele dia na empresa. Passei a mão pelos seus cabelos, vendo seus olhos fechados.
- Mônica, meu amor... - murmurei, me aproximando dela e beijando todo o seu rosto machucado até chegar em seus lábios, onde repousei um doce beijo. - Me perdoa... - beijei sua testa com amor. -
Eu vou te tirar daqui, princesa. Prometo que nunca mais deixarei você passar por isso, nunca mais.
Tirei meu terno e coloquei em cima dela para tampar sua nudez e então a peguei em meu colo, devagar, ouvindo-a murmurar por conta da dor que certamente estava sentindo. Eu queria mesmo matar George por aquilo, mas naquele momento Mônica era muito mais importante do que qualquer coisa. A encostei em meu peito e beijei seus cabelos. Ela não estava desmaiada, mas creio que só estava um pouco acordada por conta da dor.
Ao sair da casa de George, acomodei Mônica no banco do carro e disse para o segurança que
George certamente precisaria de ajuda lá dentro. Entrei meu carro e dirigi até o hospital.
Agora eu sabia de toda verdade e a luta pelo perdão da mulher que eu amava estava prestes a começar.
Capítulo 33
Todo ódio que sentia por Mônica se esvaneceu tão de repente.
Todo ódio que sentia por Mônica se esvaneceu tão de repente.
Por Michael
Era como se alguém tivesse me dado uma surra tão grande que me fizesse acordar de um coma profundo de mentiras. Mas que agora não era mais a mentira que eu pensava e sim a mentira que eu nutri por anos e anos.
Era como se todo ódio que eu sustentei por Mônica não serviu de nada, e toda vingança que a fiz sofrer agora me atingiam de uma sobremaneira dolorosa.
Mônica havia acabado de entra na emergência e eu não parava quieto nem por um segundo. Andava de um lado para o outro nervosamente. Senti o celular vibrar em meu bolso e tratei de atender.
-Alô!
-Onde você está? _Era John ao telefone.
-Estou no hospital, Mônica está muito machucada.
-Eu estou indo pra ai agora mesmo. _Ele disse e logo desligou.
Em poucos minutos John e Jake apareceram no corredor do hospital aflitos.
-Tem alguma noticia dela? _Jake perguntou.
-Não eu não tenho. Me pediram pra esperar e até agora nada.
John andou de um lado e pos a mão na cabeça.
-Isso é tudo culpa sua! _Gritou.
-Sim eu não estou dizendo ao contrário. Isso aqui é tudo culpa minha mesmo. _Meus olhos já enchiam de lágrima.
-Se você tivesse escutado a Mônica, tivesse acreditado nela ao invés de agir como criança nada disso estaria acontecendo.
-O que você quer que eu faça John hein? Me bate, me espanca, acaba com a minha raça porque eu tenho certeza que vai doer menos do que essa dor desesperadora que estou sentindo aqui agora. _Bati com força no meu peito.
-Ei, ei, agora não é hora de buscar os culpados ok? _Disse Jake tentando apaziguar.
Respirei fundo tentando me acalmar.
-E George, onde ele está? _Perguntou Jake ainda.
-Antes de sair com Mônica eu dei uma boa surra nele, depois a trouxe pra cá eu sinceramente não pensei em mais nada a não ser cuidar dela. _Jake me olhou com os olhos arregalados.
-Oh meu Deus ele vai fugir Michael, ele vai fugir. _Jake sem pensar saiu correndo em direção a saída.
Eu e John ficamos no mesmo ambiente em um silêncio desconfortável. Eu sabia que ele me odiava agora ainda mais depois de se apaixonar por Mônica. Sinceramente o ódio dele não me comovia nem um pouco, agora eu e John entramos em um rixa ainda maior. Eramos apaixonados pela mesma mulher.
-Quem é responsável por Mônica Smith? _Disse o doutor.
-Eu. _John e eu respondemos no mesmo instante e eu olhei feio pra ele.
-Eu a trouxe pra cá, está ficando louco John?
-Mas você fez mal a ela, não quero nem por um segundo perto de Mônica Michael.
-Você é um idiota John.
-Ei, ei parem com isso! _Ordenou o doutor. –Quem de vocês é Michael Jackson?
-Eu. _Falei.
-Então pode entrar, você deu entrada no hospital.
Só não dei língua pro John que era ser infantil demais naquela situação, mas eu ria por dentro.
Entrei no quarto onde ela estava, tão fraca, completamente machucada. Estava sobre medicamentos para a dor que com certeza estava sentindo. Meu coração doeu tanto, era como se eu morresse.
-Isso é tudo culpa minha meu amor, eu sei que você nunca vai me perdoar, mas eu vou lutar. Vou lutar por você, pela a nossa família que somos eu, você e Blanket. Eu estou tão arrependido por toda merda que eu fiz Mônica. Eu fui tão covarde, tão insensível. Mas foi tudo uma defensa, foi tudo porque eu sempre te amei e eu precisava me defender de toda aquela dor. _Eu sei que ela não estava ouvindo nada do que eu estava falando, mas parecia que para mim aliviava toda aquela dor. Eu precisava desabafar.
Dei um beijo em sua testa e fiquei lá por longas horas debruçado por seu corpo.
Capítulo 34
O perdão parece significar tão pouco depois de tudo
O perdão parece significar tão pouco depois de tudo
Por Mônica
Senti meu corpo imóvel parecia que eu estava paralisada e a dor, essa era cruciante. Fui abrindo os meus olhos lentamente tudo parecia confuso para mim em primeiro instante, mas depois foi ficando claro. A surra que eu levei de George, os estupros constantes desejei ter mesmo morrido. Foi quando comecei a chorar, chorar desesperadamente. Parecia que aquele pesadelo todo não estava nem perto de acabar.
Foi quando John entrou no quarto se aproximou de mim sem dizer nada apenas com um semblante de lamentação.
-Isso já acabou Mônica está bem? George não terá poder nenhum contra você.
-Como você pode ter tanta certeza John?
-Michael sabe de tudo, Jake e eu mostramos as provas que Jake tinha.
-Jake tinha provas? _Perguntei confusa.
-Foi pra isso que ele voltou. _Continuei sem um pingo de entusiasmo, nada importava agora pra mim. Sofri o suficiente.
-Michael Vai demiti-lo, coloca-lo na cadeia. Ele está arrependido. _John dizia apenas para ver a minha reação não era pra ficar do lado de Michael, não mesmo.
-Isso não me importa. _Tentei me levantar, mas o gesso que detinha em meu braço não ajudava muito.
John assentiu e saiu do quarto.
Mais tarde depois de comer uma gororoba do hospital o médico me examinou mais uma vez e já me deu alta, eu precisava mesmo ir pra casa ficar lá por um tempo comigo mesma. Era pra eu está morrendo de medo de George a final quando Michael me levou para o hospital ele aproveitou para fugir, mas sinceramente eu também não me importava mais. A dor e o sofrimento me manteve fria.
Ouço duas batidas na porta e me levantei do sofá com dificuldades para atender, quando abro a surpresa. Michael parado ali com os olhos marejados seu estado era deplorável. Parecia que não dormia há dias e seu terno estava desalinhado do corpo, gravata desfeita e seus cabelos bagunçados.
-O que está fazendo aqui! _Disse firme sem conter a minha raiva.
-Vim te pedir perdão. _Disse entre os dentes contendo o choro. –Por toda a merda que eu fiz, por toda a porcaria que eu fiz você sofrer Mônica. Eu fui um idiota, um mau caráter.
-Não Michael você foi pior que isso. Você foi um monstro! _Falava com toda a raiva que eu sentia dele.
Agora o choro que ele contia saia sem pena.
-Se você pensa que chorar assim vai me fazer sentir pena você esta muito enganado. Porque você não teve pena alguma de mim por todo esse tempo.
-Não é pra você sentir pena, é remoço mesmo.... Por favor me perdoa? Eu vou concertar essa merda que eu fiz, vou trazer Blanket de volta eu vou...
-Sim você vai trazer Blanket agora mesmo pra mim e quero que suma da minha vida.
-Não Mônica isso não. Se não quiser mais nada comigo tudo bem, mas não afasta Blanket de mim de novo por favor? _Respirei fundo não respondendo. –Me perdoa meu amor, por favor, eu faço tudo que você quiser eu...
Michael se ajoelhou nos meus pés, eu sinceramente nunca imaginei ele fazer uma coisa desse tipo em toda minha vida. Mas eu não senti nenhuma pena pra ser sincera, não me comoveu nenhum pouco.
-Eu quero que você e seu pedido de perdão vão a merda Michael Jackson! _Gritei com ódio e ele me olhou assustado, surprendido como se ele nunca pudesse imaginar que eu falaria assim com ele.
-Mônica...
-Anda faz o que você falou. Traga Blanket pra mim agora mesmo! _Ordenei.
Michael se levantou tonto, sem saber como agir, me olhou surpreso e depois assentiu.
É Michael Jackson eu estava no controle agora.
(...)
Por Michael
As palavras de Mônica me feriaram duramente, se antes eu estava desesperado agora mais do que nunca. Ela estava certa tinha razão em me tratar assim eu não poderia fazer mais nada. Eu só tinha que reparar os estragos que fiz.
Voltei pra casa mais que depressa e chamei Blanket.
-Blanket desça aqui! _Gritei.
Ele veio correndo.
-O que aconteceu?
-Arruma suas coisas, você vai voltar pra sua mãe agora mesmo. _Ele sorriu e isso me fez perceber mais do que nunca o monstro que eu realmente fui.
-É sério moço? _Ele ainda me chamava assim.
É eu jamais mereceria o título de pai ainda mais agora percebendo todo mal que eu fiz para o meu próprio filho.
-É sim. _Minha voz falhou pelo choro que eu insistia em conter.
Ele subiu correndo e pegou suas coisas em menos de 20 minutos estávamos na portaria do prédio de Mônica ela recebeu nosso filho com tanta alegria, com tanto amor, os dois se abraçavam, ela chorava matando a saudade.
E eu estava lá de fora, apenas observando com uma dor cruciante em meu peito. Eu estava sozinho, vazio, não tinha mais nada.
Você Me Perdeu
Estou feita, arma fumegante
Nós perdemos isso tudo, o amor se foi
Ela ganhou, agora não é divertido
Nós perdemos isso tudo, o amor se foi
E nós tivemos mágica
E isto é trágico
Você não conseguia manter suas mãos para si mesmo
Sinto que os nossos mundos foram infectados
E de alguma forma você me deixou negligenciada
Descobrimos que as nossas vidas mudaram
Querida, você me perdeu
E nós tentamos, oh, como nós choramos
Nós nos perdemos, o amor morreu
E embora nós tentamos, você não pode negar
Fomos deixados como conchas, perdemos a luta
E nós tivemos mágica
E isto é trágico
Você não conseguia manter suas mãos para si mesmo
Ooh oh
Sinto que o nossos mundos foram infectados
E de alguma forma você me deixou negligenciada
Descobrimos que as nossas vidas mudaram
Querido, você me perdeu
Agora sei que está arrependido, e nós estávamos bem
Mas você escolheu a luxúria quando, você me enganou
E você vai se lamentar, mas é tarde demais
Como posso confiar em você novamente?
Sinto que o nossos mundos foram infectados
E de alguma forma você me deixou negligenciada
Descobrimos que as nossas vidas mudaram
Querido, você me perdeu
Estou feita, arma fumegante
Nós perdemos isso tudo, o amor se foi
Ela ganhou, agora não é divertido
Nós perdemos isso tudo, o amor se foi
E nós tivemos mágica
E isto é trágico
Você não conseguia manter suas mãos para si mesmo
Sinto que os nossos mundos foram infectados
E de alguma forma você me deixou negligenciada
Descobrimos que as nossas vidas mudaram
Querida, você me perdeu
E nós tentamos, oh, como nós choramos
Nós nos perdemos, o amor morreu
E embora nós tentamos, você não pode negar
Fomos deixados como conchas, perdemos a luta
E nós tivemos mágica
E isto é trágico
Você não conseguia manter suas mãos para si mesmo
Ooh oh
Sinto que o nossos mundos foram infectados
E de alguma forma você me deixou negligenciada
Descobrimos que as nossas vidas mudaram
Querido, você me perdeu
Agora sei que está arrependido, e nós estávamos bem
Mas você escolheu a luxúria quando, você me enganou
E você vai se lamentar, mas é tarde demais
Como posso confiar em você novamente?
Sinto que o nossos mundos foram infectados
E de alguma forma você me deixou negligenciada
Descobrimos que as nossas vidas mudaram
Querido, você me perdeu
Capítulo 35
O mundo começava a entrar no eixo pra mim.
O mundo começava a entrar no eixo pra mim.
Por Mônica
Olhei para Blanket que dormia serenamente em seu quarto. Passei as mãos por seus cabelos e beijei sua testa, sorrindo amorosamente enquanto sentia seu cheiro. Finalmente meu filho estava em meus braços, a saudade era tão grande que eu nem me importei com meus hematomas e dores, e passei a tarde toda brincando com ele em seu quarto e logo depois fiz sua comida favorita.
Ficamos assistindo TV até tarde e logo depois ele estava adormecido em meus braços.
Lhe dei mais um beijo e então sai de seu quarto. Passei na sala e dei boa noite a Lunna, dizendo que eu só precisava da minha cama quando ela me perguntou se eu estava sentindo ou precisando de alguma coisa.
Ao chegar ao meu quarto, tomei um banho demorado e então me joguei na cama. Assim que fechei os olhos uma carga de pensamentos e emoções chegaram a mim. A dor e arrependimento nos olhos de Michael foi a primeira coisa que meu cérebro fez o favor de me lembrar.
Sabia que ele estava arrependido, mas naquele momento eu não ligava pra isso, na verdade eu só queria que ele estivesse mesmo sentindo tudo de ruim pela dor que me causou. Ele merecia aquilo.
Apesar de ainda o amar muito, a dor que ele havia me causado ainda era muito grande e eu também não estava disposta a esquecer tudo o que ele havia me feito só porque ele tinha descoberto a verdade.
Apenas queria que ele soubesse como eu me sentir durante todo esse tempo em que ele fez questão de me desprezar e me fazer sofrer.
Capítulo 36
Eu estava perdido e ao mesmo tempo preso em um lugar onde só existia o sofrimento.
Eu estava perdido e ao mesmo tempo preso em um lugar onde só existia o sofrimento.
Por Michael
Voltei pra casa pensando somente em ficar sozinho e me afundar na dor que eu sentia, mas, infelizmente meus planos foram por água abaixo quando encontrei Jake sentado no sofá da minha sala.
- Jake? O que faz aqui? - perguntei, limpando as lágrimas que insistiam sair de meus olhos.
Ele se levantou e suspirou.
- Eu vim saber como você está, Michael.
- Estou péssimo. - falei balançando a cabeça e então olhei pra ele. - E envergonhado. Eu sinto tanto por tudo o que aconteceu, por tudo de ruim que eu fiz a vocês... - minha voz sumiu no fim da frase por conta do intenso nó em minha garganta. - Eu espero que um dia você e Mônica possam me perdoar.
- Eu já perdoei, Michael. - ele disse.
Olhei pra ele surpreso, vendo que ele falou aquilo de forma séria e verdadeira.
- Está brincando?
- Não. Eu não estou brincando, Michael. Porra, você era o meu melhor amigo, cara, era meu irmão e sim, eu fiquei muito... Fodido com tudo o que você fez, e muito magoado também, mas eu senti muito a sua falta durante todos esses anos. Você foi enganado e está arrependido de verdade. Não tem por que ficar remoendo essa dor horrível que nos afastou tanto.
- Nossa, Jake...
Sem saber o que falar eu apenas me aproximei dele e o abracei fortemente. Era um abraço de irmão, estava matando toda a saudade que senti daquele cara que sempre foi tão importante pra mim.
- Muito obrigado, Jake, obrigado por me perdoar, cara!
- De nada, cara. Sou seu irmão, esqueceu? - nos afastamos e ele sorriu. - Por isso que eu lutei pra conseguir provas contra George, para colocá-lo na cadeia, claro, mas também pra acabar com toda essa merda que ele criou pra gente.
- E eu não sei como te agradecer! - falei. - Só espero que Mônica me perdoe um dia...
- Ela vai perdoar, Michael. Apenas... Dê um tempo pra ela. Mônica foi a que mais sofreu com essa história, espere ela se acostumar com a ideia de que você não é mais um monstro.
- Eu fui um monstro, mas estou fazendo de tudo para mudar isso.
- E você vai conseguir, eu tenho certeza.
Assim eu esperava.
***
Jake foi embora uma hora depois. Colocamos o assunto em dia e eu consegui esquecer por um tempo de toda a dor que estava sentindo.
Mas quando ele foi embora eu me afundei novamente. Cada coisa que eu causei a Mônica voltava a minha mente, fazendo questão de me lembrar que eu merecia toda aquela dor.
Olhei em volta para minha casa enorme que ficava extremamente vazia sem a presença de Blanket correndo por cada canto. Eu já o amava tanto e sentia terrivelmente sua falta. Eu estava completamente sozinho, sentia que eu poderia morrer e ninguém sentiria minha falta, mas, na verdade, eu já estava morto por dentro.
Sem Mônica eu não era nada.
Me levantei do sofá e fui até o bar que havia em minha sala. Peguei três garrafas de wiski e fui em direção ao meu quarto, me trancando. Eu só queria beber e beber e me esquecer de tudo aquilo, me esquecer de toda aquela dor.
E quem sabe eu não morreria bêbado e sozinho, pois era exatamente o que eu merecia.
Capítulo 37
Me afundando pela culpa
Me afundando pela culpa
Por Michael
Me sentei uma poltrona do meu quarto e meus pensamentos não me deixavam em paz, me torturando sem pena nem piedade. Eu já estava completamente bêbado, mas nem a anestesia da bebida apagava aquela culpa.
Meus olhos estavam banhados por lágrimas e eu soluçava baixinho diante dos meus pensamentos.
(...)
-Isso tudo é culpa sua! _Gritei. –Se não tivesse feito o que fez nada disso estaria acontecendo. Você estava prestes a fugir com ele sem ao menos eu ter a chance de fazer um DNA.
-Ele é meu filho seu desgraçado, fica longe dele. _Mônica começou a bater em meu peito na tentativa de me ferir, segurei em suas mãos.
-Para com isso, para. _Blanket gritou apavorado.
-Anda Blanket vamos embora.
-Eu não vou com você, eu não te conheço. _Disse gritando.
Ele não veria mesmo comigo e eu tive que tomar outra medida extrema.
-Segurem-na. _Ordenei aos seguranças que segurassem Mônica de imediato aos protestos dela.
Blanket tentou sair correndo, mas corri atrás dele pegando-o no colo pendurado em meu ombro e fui saindo com ele.
-Me solta, me solta. Mamãe! _Ele chorava.
-Larga ele, SEU MONSTRO! Você é um monstro covarde.
Sai finalmente da casa colocando meu filho no carro e dando partida em seguida as presas cantando pneu no asfalto.
(...)
Eu fiz muito mal a Mônica desde quando ela pisou os pés na empresa, mas com certeza esse mal foi o pior de todos. Tentar tirar Blanket dela foi o pior.
O remoço me corria e as imagens daquele dia vinha em torrentes a mente, eu estava tão desesperado.
Sai de casa perambulando pelas ruas, minha roupa suja, gravata desalinhada eu parecia um zumbi bêbado pelas ruas com uma garrava de vodca a mão.
E a cada passo que eu dava, mas pensamentos viam. Começou a chover fortemente, mas eu não ligava eu só queria chorar e tentar limpar o meu coração, mesmo sabendo que seria impossível.
Coloquei a mão a cabeça e chorei mais ao lembrar das humilhações a Mônica, lembrar do quão horrível fui com ela. Fui com a mulher que eu sempre amei, que eu sempre quis comigo.
Os carros passavam e buzinavam para mim sai do meio da rua, mas eu nem ligava. Se um carro me atropelasse eu já estava no lucro.
Pude ver um clarão em minha frente era os faróis de um carro vindo exatamente no meu rumo. Ele buzinou, mas já estava perto demais.
Senti meu corpo girar pelo impacto e eu cai ao chão. Minha perna doía tanto, acho que havia quebrado.
-Michael! Pelo amor de Deus você está bem? _Era Jake, acho que foi ele que tinha me atropelado. _O que faz aqui uma hora dessas nessa chuva?
Ainda consciente ouvindo tudo que ele falava balancei a cabeça em negativo chorando muito.
-Não, não. Eu não vou está bem nunca. _Gritei em um choro. –Não enquanto a minha mulher não me perdoar.
-Você está bêbado cara? _Acho que ele sentiu meu hálito. _Vem vou te levar para o hospital você deve ter quebrado a perna.
Jake com dificuldades me pôs em seu carro e rumamos para o hospital.
Foi ai que eu dormi dentro do carro sem ver mais nada.
Capítulo 38
Perdão é para aqueles que merecem ser perdoados.
Perdão é para aqueles que merecem ser perdoados.
Por Mônica
John estava em casa comigo e com Blanket estávamos tendo um momento maravilhoso, riamos, conversávamos. John sempre foi um cara muito carinhoso comigo e eu amava tê-lo por perto.
Blanket nos deixou a sós e John sentou-se ao meu lado beijando meus lábios, olhei pra ele com o meio sorriso sem jeito.
-A gente podia sei lá, ir embora daqui, construir uma vida. Só eu, você e Blanket. Acho que já está na hora de você refazer a sua vida Mônica. _John disse fazendo meu estomago doer em um frio intenso.
Eu não estava pronta para deixar tudo para trás e viver uma vida com John, mesmo sabendo que seria o certo a se fazer. Mas não sei a minha consciência não acompanhava.
-John ainda é cedo, precisamos rever algumas coisas e... _Eu fala sem jeito com medo de magoa-lo. –Repensar outras.
-Mônica não era tudo que você queria? Uma vida nova, então?
-Eu sei, mas... _Antes que eu completasse a campainha tocou e eu dei graças a Deus.
Caminhei até a porta e atendi, era Jake com um semblante preocupado.
-Michael está no hospital. _Aquela frase me atingiu tão fortemente que eu empalideci e um único pensamento veio amente. George.
Ai meu Deus será que George cumpriu suas ameaças e fez algo com o Michael? A fim ele ainda não tinha sido preso e até então não havia feito nada. E se?
-Jake não me diga que... _Ele viu meu semblante temoroso e logo falou.
-Não é nada grave Mônica. _Me aliviei. –Ele estava bêbado na rua perambulando entrou na minha frente e sem querer atropelei. Mas ele só quebrou a perna, não foi nada grave.
Voltei a minha condição de antes sem se importar de novo.
-E o que você quer que eu faça?
-Mônica você não ver? Michael está mesmo arrependido e está sofrendo, pelo amor de Deus vamos acabar com isso? _Suplicava.
-Eu não estou acreditando no que estou ouvindo. _John entrou no meio da conversa rindo sarcástico.
-O Cara acabou com a vida de Mônica e você acha ainda que ela vai correndo atrás dele Jake?
-John a questão não e essa. Você fala assim por está apaixonado pelo Mônica. Mas ouça... Isso tudo foi culpa do George e não dele. Michael está ferido tanto quanto nós. Eu já o perdoei agora falta você Mônica.
-Sinceramente eu não me importo Jake, não mais. _Eu queria me mostrar a mais fria possível.
-Espero que esteja fazendo a coisa certa então. _Ele assentiu e saiu.
Era um sentimento tão estranho aquele que eu sentia. Eu sabia que não era uma má pessoa, mas não sei eu mudei tanto depois disso tudo.
John ficou feliz pelo meu modo de agir, mas porque pra mim aquilo não era certo? Eu precisava fazer a coisa certa, a final Michael ainda era o pai do meu filho.
(...)
Assim quando John saiu de casa peguei minha bolsa e rumei para o hospital eu queria ficar cara a cara com ele e ouvir o que ele tinha a me dizer. Eu precisava ouvir de sua própria boca.
Minhas pernas pesavam ao caminhar até o quarto dele que eu fui informada, meu coração batia acelerado no peito e a respiração faltava.
Achei seu quarto e ele estava lá inerte olhando para sua frente com a perna engessada suspensa.
Foi quando ele me notou ali e eu o encarei com um semblante frio no rosto.
-Mônica?
-Oi. _Disse firme.
-O que faz aqui? _Estava confuso com os olhos cheios de lágrimas.
-Vim ver o ser deplorável que você é. Não me parece mais o Poderoso Jackson de alguns meses atrás.
-Eu sou um ser deplorável mesmo. _Olhou para sua frente. –Mônica eu sei que eu fiz tudo errado nessa merda toda, mas você tem que entender que eu fui usado. _Voltou a olhar pra mim, seus olhos lacrimejavam muito. Eu precisava ouvi-lo. - George me enganou e eu só queria me defender. Não estou tentando me justificar porque o que eu fiz não tem justificativa, mas eu achava que a mulher da minha vida era uma interesseira. Tentei fazer você pagar por toda a dor que estava sentindo. _Eu permanecia seria e a voz dele embargava-se a cada palavra.
-Eu sei que minhas palavras não valem de nada agora, mas pelo amor de Deus não tira meu filho de mim. _Sua voz se espremeu e foi a primeira vez que eu sentir um nó preso em minha garganta já para um choro. –Eu o amei desde o momento em que o vi. Eu sei que eu mereço ficar longe dele pra sempre, mas você não é má, você não é como eu. Eu sei que não.
Olhei para cima pra conter as lágrimas que insistiam em cair e respirar um pouco de ar.
-Sabe, Blanket falou bem de você pra mim. _Eu me recordava sabendo que não ia conseguir mais segurar o meu choro.
-Sério? _Perguntou surpreso.
-Aham... Disse que você o abraçava todos os dias e dizia o quanto o amava como eu fazia. _Essa frase foi tão difícil de pronunciar que falhei um tom da voz pelo choro que vinha. – Ele disse que você contava histórias pra ele e que ele sentiu de verdade que você era o pai dele.
Eu já chorava Deus sabe o quanto isso toca em mim, meu filho e o pai dele.
-É sério? _Ele também chorava.
-Sabe as crianças são puras, elas sabem amar e perdoar. Meu filho tem me ensinado tanta coisa...
-Eu o amo Mônica, ele é parte de mim agora. Parte de nós, por favor não tira isso de mim. Não mais eu te imploro.... Eu humilhei você, mas todas a vezes que eu te humilhava era porque eu te amava da mesma forma.
-Michael...
-Por favor deixa eu falar?... Quando fizemos amor. _Ele iria tocar naquele assuntou e mais uma vez senti um golpe no estomago. –Quando fizemos amor no escritório eu estava te amando, estava sentindo como se tudo pudesse ser como era antes. Deus como eu queria que tudo fosse como era antes! E quando te humilhei era tentando de punir por me fazer sentir assim, mesmo depois de tudo ainda te amar... Entende Mônica você é mulher da minha vida. Você é minha, o Blanket é meu, somos uma família. Não sei o que você vai fazer daqui pra frente, mas eu só queria dizer que ainda te amo da mesma forma de 6 anos atrás quando planejamos nosso futuro.
Eu também o amava da mesma forma, da mesma intensidade, e com todo carinho do mundo e esperança também. Deus sabe disso. Consegui tirar a magoa do meu coração e poder sentir tudo que eu sempre sentia. Ele era o homem da minha vida, pai do meu filho e ele estava ali. Meus sentimentos eram tão conflitantes dentro de mim.
Capítulo 39
Talvez Mônica nunca me perdoasse... E eu sabia que isso era o certo a se fazer.
Talvez Mônica nunca me perdoasse... E eu sabia que isso era o certo a se fazer.
Por Michael
Mônica ficou um momento em silêncio, como se estivesse refletindo sobre tudo o que eu havia falado. Eu esperava do fundo do meu coração, que ela que ela tomasse uma decisão boa.
- Eu te amo muito, Michael. Eu te amei desde o primeiro dia em que eu te vi e esse sentimento só fez crescer... E me magoar também. Quando tudo aquilo aconteceu e eu descobri que estava grávida, apenas Lunna ficou ao meu lado. Meus pais simplesmente pararam de falar comigo, e eu tive que lutar muito para conseguir terminar minha faculdade, trabalhar e levar a gravidez a diante.
- Por que você não me procurou? - perguntei, olhando pra ela.
- Porque eu sabia que você ia tirar meu filho de mim, como fez quando descobriu sobre ele. Eu estava passando por dificuldades, obviamente, mas eu não queria me afastar do meu filho. Eu vi nele a minha força pra continuar a viver depois de toda aquela decepção. - ela fez uma pausa e então me olhou. - De todas as coisas que você fez a mim, tirar meu filho foi realmente a que mais me machucou, Michael. Depois que Blanket foi morar com você e George começou a fazer tudo aquilo comigo... Eu não vi um motivo pra continuar a viver.
Olhei pra ela surpreso, sentindo meu coração parar de bater por alguns segundos e um intenso nó se formar em minha garganta.
- Você... Pensou em se matar? - perguntei com o tom de voz baixo.
- Pensei... Mas o meu amor por Blanket foi maior e a sede de justiça também. Eu queria te provar que tudo aquilo que você acreditava era uma mentira.
Travei meu maxilar pensando que talvez isso fosse o nó intenso que estava se formando em minha garganta. Mônica havia tentado se matar por minha causa, por tudo o que eu fiz a ela... Nada me doía mais do que aquilo.
- Mas eu te perdoo, Michael. - a voz dela soou em meus ouvidos.
Olhei pra ela rapidamente, vendo sinceridade em seus olhos. Meu coração batia tão rápido que eu pensei que fosse sair do peito, minha mente repetia aquela frase várias vezes e mesmo assim eu não conseguia acreditar.
- Me... Perdoa? - perguntei.
- Perdoo. Não adianta ficar remoendo o passado, eu sei que seu eu continuar remoendo tudo o que me fez eu vou me tornar uma pessoa amarga e fria e não é isso que eu quero pra mim. Eu te perdoo.
- Oh meu Deus, Mônica! - olhei pra ela sorrindo. Se não fosse por minha perna engessada eu já teria ido até ela para abraçá-la com força. - Eu... Eu nem sei o que dizer, meu amor, isso era tudo o que eu mais queria e mesmo sem merecer... Mônica, muito, muito obrigado!
Ela fechou os olhos e suspirou.
- Não, Michael... Não ache que eu vou voltar pra você, isso realmente não vai acontecer.
Meu sorriso se desfez aos poucos ao vê que ela estava mesmo falando sério.
- Mas... Mônica, você me perdoou...
- Sim, eu perdoei, mas isso não quer dizer que vamos voltar, Michael. - ela pegou sua bolsa e ajeitou em seu ombro. - Você pode vê nosso filho sem que quiser e até pegá-lo pra passar uns dias com você, mas entre nós dois não vai acontecer mais nada.
Capítulo 40
Eu o perdoei, mas talvez tudo o que ele me fez nunca vai ser apagado de minha memória.
Eu o perdoei, mas talvez tudo o que ele me fez nunca vai ser apagado de minha memória.
Por Mônica
Michael me olhou como se eu tivesse lhe causando uma dor física e aquilo me machucou também. Porém, eu não ia me abater. Suspirei e murmurei um "tchau" e então saí de seu quarto, respirando fundo.
Ficar na presença dele era como se algo me transformasse. Apesar de não me arrepender minha decisão, não estava em meus planos perdoá-lo assim tão fácil. Porém, senti que era o melhor a se fazer.
Uma semana depois.
Estava terminando de amarrar os sapatos de Blanket quando a campainha soou. Ele nem esperou eu teminar e saiu correndo para abrir a porta.
- Papai! - ele disse, sorrindo alegre ao vê Michael.
Os dois sorriram e eu fiquei observando o quanto eram parecidos. Michael entrou no apartamente de moletas por causa de sua perna recém saída do gesso e então se sentou na poltrona a minha frente.
- Olá, garotão! Já está pronto? - ele perguntou.
- Estou sim, só vou pegar minha mochila no quarto e já venho... - ele disse se pondo a correr para o quarto.
Michael me olhou e sorriu de lado. Aquele sorriso... Ele me trazia tantas lembranças boas.
- Oi Mônica.
- Oi Michael.
- Está tudo bem? - ele perguntou.
- Tudo sim... E você? Sua perna está melhor?
- Mais ou menos... - ele disse, olhando pra perna. - Mais três sessões de fisioterapia e eu estou novo em folha. - ele me olhou. - Queria saber se você, hm... Quer ir passar o dia conosco. Você sabe, Blanket vai dormir lá em casa, mas ao anoitecer eu peço para Angus te trazer pra cá.
Eu sabia que ele me queria por perto, na verdade, eu realmente já esperava essa reação dele.
- Não, Michael, eu não quero e mesmo se quisesse... Eu não posso, irei almoçar com John daqui a uma hora.
Ele olhou pra baixo um pouco sem graça e então olhou de volta pra mim.
- Vocês estão juntos?
- Talvez... - respondi sem querer adentrar ao assunto.
Blanket voltou correndo com a mochila nas costas.
- Já estou pronto, pai.
Michael olhou pra ele e sorriu.
- Ótimo! Então dê um beijo em sua mãe e vamos, sim?
Blanket assentiu e veio até a mim, me abraçando forte e me beijando.
- Tchau mamãe.
- Tchau, meu amor. Se cuida e respeite seu pai, ok? Nada de comer besteiras antes do almoço...
- "E lave as mãos antes das refeições e depois que brincar"... Eu já sei, mãe. - ele disse, revirando os olhos assim como Michael fazia e logo depois sorriu. - Eu já sei de tudo isso.
- É, mas parece que não sabe porque sempre esquece... - falei rindo pra ele me levantando.
Abri a porta e Michael se levantou da poltrona. Blanket me deu mais um beijo e então saiu correndo
pelo corredor. Michael me olhou.
- Tchau Mônica.
- Tchau, Michael.
Ele me olhou mais uma vez e então saiu sem olhar pra trás.
Capítulo 41
As incertezas da vida nos faz sem esperanças alguma
As incertezas da vida nos faz sem esperanças alguma
Por Michael
Eu tinha que colocar na minha cabeça de uma vez por todas que Mônica e eu não seriamos um casal tão cedo, ou nunca seriamos novamente. Mas era doloroso pra mim saber que é com John que ela está agora. Como é a vida não é?
O cara era meu amigo que eu contava todas as coisas para ele acabou com a mulher que eu amo. Mas eu estou querendo cobrar de quem? John estava o tempo todo ao lado dela, confiou e acreditou até o final. E eu? Eu fiz o total oposto. Acho que ela estava melhor sem mim com certeza.
Mas quando eu estava com Blanket todos os meus problemas acabavam em um piscar de olhos. Já havia algumas semanas desde que ele me chamou de pai pela primeira vez e eu me senti o homem mais feliz do mundo. Fiquei dias sorrindo sozinho quando eu lembrava da voz dele me chamando de pai. Era uma emoção imensa com certeza.
(...)
Blanket e eu fomos a praia juntos, pela primeira vez em anos eu estava na praia e com a melhor companhia. Corríamos pela areia brincando de pega, entravamos na água, e eu ria de Blanket quando a onda o jogava de volta para a areia. Mas invés dele ficar com raiva por está rindo, ele ria comigo e me caçoava da mesma forma quando a onda me derrubava também.
Depois sentamos na areia para tomar um sorvete, Blanket se lambuzava todo, e por incrível que pareça eu também. Eu me tornei uma criança ao lado do meu filho definitivamente. De certo que faltava a Mônica ali pra minha felicidade ser maior, mas isso era questão de tempo. Não irei desistir dela jamais.
-Papai? _Me chamou com um ponto de interrogação enorme em sua face.
-Oi Filho.
-Você e a mamãe agora estão bem? É porque vocês se falam sem brigar até sorriam. Você não está mais bravo, está mais feliz.
Blanket tinha razão eu estava muito mais feliz agora.
-É porque tudo se resolveu, algumas coisas que eu achava foram esclarecidas meu filho.
-Mamãe disse que você achava que ela fez algo ruim, mas ela não fez.
-Sim eu achava sim, mas agora tudo se resolveu, está bem?
-Os adultos são tão complicados.
-É são sim. _Ri.
-hum. _Se lamentava. –Queria que você e a mamãe estivessem juntos, todos na minha escola tem seus pais juntos. _Se entristeceu e eu não gostava de vê-lo assim.
-Sua mãe está com o John agora filho, ela está feliz não está? É isso que importa pra mim.
-Não sei se ela está feliz. _Ficou pensativo. –Papai acho que ela não ama o tio John. _Sorri.
-Mas por que você acha isso? _Me interessei pela conversa.
-Não sei, só acho. _Deu de ombros e com certeza me deu alguma esperança me fazendo abriu um sorriso daqueles.
Foi quando meu celular tocou.
-Alô?
-Mike? Pegamos o George. _Jake falou de vez ao telefone.
-Ótimo.
-Ele está sendo levado pra cadeia agora. Encontraram ele saindo do país, mas a Interpol o impediu.
-Desgraçado! Eu vou até a delegacia quero ficar cara a cara com esse desgraçado.
-Está bem.
Quando desliguei o telefone levei Blanket pra casa Maria cuidaria dele até eu voltar. Eu precisava ficar frente a frente com George.
(...)
-Veio me visitar Michael? _Estávamos em uma sala um de frente para o outro sentados em uma mesa de aço.
Minha vontade era de socar George por tudo que ele fez com Mônica.
-Queria olhar pra cara do desgraçado que acabou com a minha vida.
-Haha! Eu não fiz nada. O que aconteceu com você, você mesmo causou. _Bati a mão na mesa com ódio.
-Por sua culpa! Senão fosse você eu Mônica estaríamos juntos agora. Mas agora você vai pagar George. Você sabe não sabe, o que fazem com exploradores de mulheres na cadeia? _Me levantei olhando pra sua cara preparando para sair. –Tenha uma muita má sorte George. E uma má vida também.
Sai daquela cadeia com um alivio imenso no meu peito, George nunca mais iria fazer mal a ninguém.
Capítulo 42
Se for pra ser seu vai voltar, não importa quando e nem como.
Se for pra ser seu vai voltar, não importa quando e nem como.
Por Mônica
A parte mais feliz do meu dia depois de tudo que aconteceu, era receber uma ligação de Blanket quando ele estava na casa do pai. O quanto ele estava empolgado e as coisas maravilhosas que faziam juntos.
Isso me deixava tão feliz, mas ao mesmo tempo triste. Triste por não estava fazendo parte disso como eu sempre sonhei, triste por está perto mais ao mesmo tempo tão longe de Michael. Não era justo.
Me arrumei para sair pra jantar com John ele havia me ligado para sairmos juntos essa noite porque ele tinha uma surpresa. Fiquei pensando o que poderia ser essa surpresa, mas sinceramente eu não estava nem um pouco empolgada.
Eu me sentia culpada por está nutrindo ainda mais sentimentos em John e simplesmente não conseguir corresponde-lo. Isso me machucava.
-Hey Mônica! Estou falando com você. _John falava algo para mim ali sentados na mesa de um restaurante, ele falava qualquer coisa e eu não entendia nenhuma palavra. Meu pensamento estava nas coisas que Blanket me dizia ao telefone e o quanto ele estava feliz com seu pai.
-Desculpa. _Me despertei.
-O que houve meu amor, está tão distante hoje. _Segurou em minhas mãos.
-Não é nada John, estava apenas pensando. Blanket está tão feliz, me ligou hoje dizendo como é o tratamento que Michael da a ele. _John Revirou os olhos.
-Então está pensando no Michael é isso? _Disse um pouco irritado.
-Nã... Não John _Levei um pouco de susto por notar seu tom acusador. –Eu estava pensado no Blanket, como ele está feliz só isso. Por favor não me leve a mal.
-Tudo bem _Ficou mais maleável. –Não quero discutir por causa disso. Até porque eu tenho um pedido pra lhe fazer.
Olhei pra ele confusa enquanto ele tirava algo do bolso.
-Eu acho que você merece ser feliz Mônica, e eu sei que posso te fazer feliz. _Me mostrou uma caixinha pequena aveludada e eu já sabia do que se tratava.
Meu coração falhou uma batida e eu fiquei completamente nervosa.
-Quer casar comigo? _Falou abrindo a caixa e eu não sabia como reagir.
Há algumas horas eu não conseguia lidar com o nosso namoro e agora ele já queria casar? Não eu não queria casar com John, ele era uma ótima pessoa, mas não era ele que eu amava, não era ele que meu coração batia descompassado quando eu estava perto. Só Michael que tinha o poder de fazer esse efeito em mim, mesmo depois de tudo e ainda mais agora era ele que tinha esse poder.
-John eu. _Ri nervosamente. –Eu não sei o que dizer eu...
-Fala sim Mônica, é só isso que eu preciso que fale.
Eu não poderia dizer sim, eu não poderia. Seria mentir pra ele, seria mentir pra mim mesmo. Eu precisava ser forte agora, precisava pensar em mim.
-John esse pedido foi tão repentino, eu sinceramente não esperava. A gente mal está namorando John você já quer... quer casar? Eu acho melhor a gente esperar mais um pouco. _Eu não conseguia falar, mas pelo olhar dele de decepção já me mostrava que ele entendeu.
-Você não quer casar comigo não é?
-John...
-Você ama ele não ama? Ainda tem esperanças. _Abaixei minha cabeça, ele tinha toda razão. –Depois de tudo que ele fez Mônica.
-John a gente não escolhe quem amar. _Acabei confessando sem perceber, e quando me dei conta já tinha falado.
-Está certo. Eu não vou mais te sufocar em mim. Faça o que achar melhor.
A decepção e a raiva em seu tom de voz me deixou tão culpada, mas o que eu poderia fazer? Eu tinha que dizer a verdade a ele, mesmo que isso doesse.
-John por favor, não me leve a mal.
-Não Mônica, a culpa é minha. Mesmo sabendo que você é louca por ele insisti, e agora deu no que deu... _Um silencio se fez até ele quebrar de novo. –Vem vamos embora, vou te levar pra casa.
O caminho até em casa foi silencioso, por um lado eu estava triste, mas por outro eu me sentia livre sinceramente. É ruim demais está com alguém por pena, você não se sente completa, você não é feliz. É como se você estivesse presa. E então eu a John tínhamos terminado de vez.
(...)
A campainha do meu apartamento tocou e eu fui atender, deveria ser Michael trazendo Blanket pra casa de novo e eu já estava morrendo de saudades do meu pequeno.
-Mamãe! _Se jogou em meus braços e eu peguei no colo o enchendo de beijinhos.
-Oi meu amor. Como foi tudo? _Michael estava parado na porta só olhando.
-Foi muito bom, eu e papai fomos a praia, brincamos jogamos e tudo mais. Eu me diverti a bessa. _Ele estava empolgadíssimo. E saiu correndo pra dentro.
Michael entrou pra dentro e eu fechei a porta.
-Nossa estou vendo que ele se divertiu mesmo. _Falei para Michael.
-É e eu também. Adoro ficar com ele, com a companhia dele. Estou realmente feliz Mônica, pela primeira vez em anos. _Sorri, pois de certa forma é assim que eu me sentia também.
Eu olhava para o Michael e parecia que aquele Michael de muitos anos atrás o meu Michael que eu namorei que eu fazia planos que me amava estava de volta ali na minha frente, espantando de vez aquele monstro de alguns tempos atrás. Deus como isso me deu esperanças.
Nos olhávamos tão ternamente, era tão bom ver olhar dele dessa forma para mim. Segurei pra não me emocionar.
-Você está linda. _Disse ele.
-Obrigada, você também está.
Oh sim ele estava e muito, Michael dentro daquela calça jeans, e camisa social branca listrada estava realmente lindo. Eu não sei o que era, mas não conseguíamos parar de nos olhar, era tão forte.
-Bom. _Falou ele abaixando a cabeça e sorrindo timidamente. –Vou indo, senão John chega ai e não seria nada bom.
-Não! _Falei alto e ele me olhou rapidamente. –Quer dizer, eu e John a gente... A gente terminou Michael.
Me olhou surpreso com um certo sorriso nos lábios, parecia satisfeito. Eu não sei como nem quando, só sei que ele deu alguns passos pra perto de mim e eu senti suas mãos envolta de meu pescoço me puxando para perto de seus lábios. Quando dei por mim estávamos nos beijando carinhosamente, meu coração estava tão acelerado. Eu tive que abraça-lo tive que senti seu corpo colado ao meu enquanto beijávamos, enquanto nossas línguas se cruzavam e nossos lábios se sugavam.
Era ali o meu verdadeiro lugar, era ali que eu pertencia para sempre. Senti lagrimas rolarem dos meus olhos, uma lagrima de alivio e satisfação.
Capítulo 43
Eu havia o perdoado completamente. Não tinha jeito, eu pertencia a ele e isso seria para sempre.
Eu havia o perdoado completamente. Não tinha jeito, eu pertencia a ele e isso seria para sempre.
Por Mônica
Michael ainda estava com os lábios nos meus, estávamos meio que nos beijando e rindo ao mesmo tempo quando ouvimos os passos de Blanket se aproximar. Ele piscou pra mim e então se afastou, quase no momento exato em que Blanket apareceu na sala.
- Mamãe... Eu estou com sono... - ele disse esfregando os olhos com uma mão e segurando o urso de pelúcia na outra.
- Oh Deus... - fui até ele e o peguei no colo. - Vou colocar você pra dormir agora, está bem?
- Tá... Mas quero que o papai também me conte história. - ele disse, colocando a cabeça em meu ombro.
Michael sorriu e veio até nós, passando a mão pelos seus cabelos.
- E será que vai dá tempo de ouvir a história toda, garotão? Você está cansando, brinco muito antes de vir embora...
- Vai dá sim porque eu sou forte, pai. - ele disse nos fazendo rir.
Fomos direto para o quarto de Blanket e o colocamos na cama, nos sentando ao lado dele. Ele pediu para que Michael lhe contasse a história do Peter Pan e sem nem mesmo a ajuda de um livro de histórias, Michael começou a contar sobre aquela aventura.
Ele tinha mesmo o dom de ser pai, o que eu sempre soube que teria.
Blanket, como previsto, não aguentou chegar nem na metade da história, logo estava em sono profundo. O cobri e dei um beijo em seu rosto, vendo Michael fazer o mesmo do outro lado da cama.
Quando saímos do quarto de Blanket fomos direto pra sala e nos sentamos lado a lado no sofá. Quer dizer, apenas por alguns momentos, logo Michael me puxou para o seu colo e eu fui de bom grado.
Ele me segurava como um bebê, mas obviamente nossas intenções eram bem outras. Ele me beijou com carinho e calor ao mesmo tempo, suas mãos passeavam livremente pela lateral do meu corpo e eu podia sentí-lo crescendo abaixo de mim.
- Eu sinto tanto a sua falta... - ele murmurou passando a ponta dos dedos pelos meu rosto. - A última vez que fizemos amor eu fui um idiota, te tratei de um jeito horrível. Eu nem gosto de lembrar, me sinto tão envergonhado e raivoso ao mesmo tempo...
- Então não lembra, Michael. Apenas vamos esquecer dessa parte de nossas vidas. - peguei seus dedos e beijei a ponta de cada um deles. - O que importa agora é o nosso futuro... - parei um pouco e olhei pra ele, com um sorriso um pouco travesso nos lábios. - Mas, na verdade, o que importa mesmo, agora... É que eu quero fazer amor com você.
- Ah é? - ele perguntou, sorrindo pra mim.
- É sim.
- Mas e Lunna? Ela pode chegar e...
- Não se preocupe - o interrompi - Lunna viajou pra casa dos pais, só volta semana que vem.
Ele sorriu e passou os lábios pelo meu rosto até chegar em minha orelha:
- Sendo assim... Acho que estamos apenas perdendo tempo estando aqui, sentados. - ele disse e então se levantou comigo em seu colo.
Assim que ele me deitou na cama eu me senti como uma adolescente tendo sua tão sonhada primeira vez. Eu estava com uma enorme expectativa e meu coração só faltava atravessar meu peito e sair voando. Michael sorria pra mim, eu via aquele amor todo que ele sempre sentiu por mim, de volta em seus olhos, me deixando confiante quanto ao nosso futuro.
- Eu te amo mais do que tudo nesse mundo, Mônica... E nunca mais vou te perder. - ele sussurrou em meu ouvido.
Eu não sabia o que falar, então apenas peguei seu rosto em minhas mãos e o beijei com carinho, demonstrando que eu acreditava em cada palavra que ele me dissera. Ele beijou meu pescoço e então desabotoei sua camisa rapidamente, logo a tirando de seu corpo e suspirando ao vê-lo tão entregue a mim novamente. Ele sorriu e pegou minhas mãos, as escorregando pelo seu peitoral até chegar ao cós de sua calça, que já denunciava o quão excitado ele estava pra mim. Aquilo me fez ficar mais molhada e eu mal esperava para tê-lo dentro de mim novamente.
Desabotooei sua calça e Michael a tirou juntamente com os sapatos e a meia, quando voltou pra mim, ele me virou na cama, me deixando deitada e bruços para que pudesse abrir o zíper de meu vestido, logo tirando-o de mim. Ao desfazer o fecho de meu sutiã, ele beijou minhas costas até chegar a minha calcinha, colocando-o de lado e passando dois dedos em minha entrada.
- Tão molhada pra mim, Mônica... Você sabe o quanto isso me deixa louco, não é mesmo? - ele sussurrou mordiscando de leve uma de minhas nádegas.
Obviamente eu não conseguiria responder e ele sabia disso, ele sabia detalhadamente os efeitos que detinha sobre mim. Senti seu sorriso em minha pele e então ele penetrou dois dedos em mim lentamente, indo até o fundo e voltando, me fazendo enfiar a cabeça no travesseiro pra abafar o gemido alto que saiu de minha garganta. Ele espalhou alguns beijos em meu bumbum e então senti sua língua pincelar meu clitóris rapidamente, logo repetindo de novo e de novo, me fazendo pedir mais.
Resolvendo atender meu pedido, Michael começou fechando os lábios em meu clitóris, sugando-o sofregamente enquanto começava a aumentar os movimentos de seus dedos dentro de mim. O prazer era tão grande, que eu não conseguia mais raciocínar, apenas querer mais e mais daquilo que ele me dava e ele era extremamente bom no que fazia, me deixando louca de tesão de prazer. Sua língua se movimentava tão rápido, que estava me deixando tonta, sentia meu interior apertando seus dedos e sabendo que eu estava prestes a gozar, ele começou a aumentar o movimento de seus dedos e a pressão de seus lábios em meu clitóris, me fazendo explodir de tesão em sua boca.
Após alguns segundos de prazer, minha cabeça tombou no travesseiro enquanto um sorriso bobo e satisfeito se formava em meus lábios. Senti minha calcinha sair de meu corpo e então Michael se deitou ao meu lado, mordendo os lábios molhados e me olhando.
Me aproximei dele e o beijei, sentindo meu gosto em seus lábios, ele passou a mão pelas minhas costas e a repousou meu bumbum, apertando-o de leve enquanto eu deixei minha mão escorregar pelo seu peitoral até adentrar sua box branca, começando a tocar seu membro completamente ereto pra mim. Saber que eu era a causadora daquilo me fazia ficar instantâneamente molhada e excitada e ele sabia disso.
Ele moveu os quadris no ritmo das minhas mãos e mordeu meu lábio. Sorri pra ele me afastei, me ajoelhando na cama e tirando sua box, vendo seu membro pular pra fora, me deixando completamente louca e excitada. Ele sorriu e então o pegou em suas mãos, começando a se tocar levemente.
- Você prefere ficar por cima ou por baixo, amor? - ele perguntou me olhando.
Olhei pra ele e me sentei em seu colo, bem próximo ao seu membro, me abaixei um pouco meu rosto ficar na altura do dele. Podia sentir os movimentos de sua mão abaixo de mim.
- Normalmente eu gosto de ficar por baixo, mas hoje eu quero ficar por cima. - respondi.
Ele sorriu e então passou o membro pela minha coxa, chegando na virilha e voltando.
- Você quer comandar tudo, é isso?
Mordi o lábio e peguei seu membro em minhas mãos, começando a tocá-lo devagar enquanto me levantava um pouco. O coloquei em minha entrada e Michael gemeu baixinho, me sentindo molhada e quente em sua glande. Ele colocou as mãos em minha cintura e me acariciou ali.
- Não comandar tudo... Você pode me ajudar se quiser. - falei, descendo um pouco pelo seu membro e voltando.
Eu podia sentí-lo pulsar em mim, e Michael impulsionava os quadris para que pudesse ir até o fundo.
- Não seja má, amor...
Seu jeito de implorar estava me deixando excitada, de um jeito que realmente não dava pra enrolar mais. Com rapidez ele me colocou pra baixo, enquanto impulsionou o quadril pra cima, entrando em mim de uma só vez. Um gemido alto escapou de minha garganta, e ele permaneceu lá no fundo de mim por alguns segundos, enquanto tudo dentro de mim pulsava e o abrigava lá dentro. Comecei a me mover em cima dele, sentindo a obrigação de sentir todo o prazer que ele poderia me dá.
Michael sorriu e então me fez subir e descer em seu colo, seu membro indo até o fundo e voltando com rapidez, nos fazendo gemer e ofegar cada vez mais. Tudo dentro de mim começou a se apertar, o que fez com que Michael acelerasse os movimentos como eu fazia, logo chegando ao limite do prazer junto comigo.
Capítulo 44
Voltar para Mônica era como voltar para casa depois de anos rodando pelo mundo.
Voltar para Mônica era como voltar para casa depois de anos rodando pelo mundo.
Por Michael
Mônica soltou um longo suspiro e então se deitou sobre meu peito, me fazendo sorrir pela maneira entregue que ela estava. Beijei sua testa e passei a mão pelas suas costas, sentindo tudo dentro de mim vivo novamente, principalmente depois de termos feito amor.
- Eu amo você... - sussurrei.
Ela levantou um pouco a cabeça e me olhou, um sorriso lindo estava em seus lábios, me fazendo ofegar e perceber que aquilo tudo não era um sonho.
- Eu amo você. - ela respondeu.
Repousei minhas mãos em seu rosto e a olhei com carinho e um pouco de medo, eu precisava saber de uma vez por todas se aquilo seria pra sempre ou se tinha sido apenas uma recaída.
- Você me perdoou, Mônica?
Ela arqueou uma sobrancelha e sorriu de lado.
- Claro que sim, você acha que eu teria feito amor com você, desse jeito, se eu não tivesse lhe perdoado?
- Eu não sei... Eu tenho medo de tudo ser apenas um sonho... - falei, desviando o olhar dela.
Eu realmente tinha medo. Não queria de jeito algum que tudo aquilo passasse de um simples delírio, ou que ela acabasse mudando de ideia no dia seguinte. Senti suas mãos em meu rosto e então olhei pra ela novamente.
- Não é um sonho, Michael, é a realidade. Eu jamais saberia viver sem você, todo esse tempo longe só serviu pra me mostrar que eu só serei feliz de verdade se você estiver ao meu lado. Eu amo você, Mike, toda a decepção e a magoa foram embora no momento em que eu vi o amor em seus olhos novamente.
Suas palavras realmente mexeram comigo e eu senti meus olhos ficarem úmidos de felicidade pela
primeira vez em muito tempo.
- Eu não sei o que dizer, Mônica... Eu estou tão feliz! - falei com a voz embargada. - Eu te amo muito, meu amor, muito mesmo.
Sorrimos e então a beijei com todo o amor que tinha em meu coração.
Capítulo 45
Demos um passo grande para a felicidade
Demos um passo grande para a felicidade
Por Michael
Mônica e eu saímos de mãos dadas do quarto na manhã seguinte, depois de ter passado uma incrível noite juntos, de ter nos reconciliado. Aquela sensação era tão maravilhosa! Ter minha mulher junto a mim era tudo que eu queria.
-Mamãe? Papai? _Blanket apareceu atrás de nós nos chamando. Eu e Mônica viramos lentamente para ele. –Papai você dormiu aqui? _Perguntou confuso.
Mônica e eu nos entreolhamos de certo não dava pra negar, sai do quarto dela de manhã cedo e ainda com trajes um tanto a vontade. E daí? Não queria mesmo negar nada.
-Sim filho, dormi aqui. _Ele olhou para nossas mãos dadas.
-Vocês estão namorando? _Mônica e eu sorrimos.
-Sim!! _Disse empolgado soltando a mão de Mônica e correndo até Blanket pegando-o no colo.
-Eba isso é tudo que eu queria! _Gritou ele.
E nós 3 rimos abraçando um ao outro. Sim era tudo que eu queria também, ter nossa família assim unida. Eu, Mônica e nosso filho. Nós 3 juntos como sempre deveria ter sido. Sem mentiras, sem armações, apenas amor.
(...)
Estávamos na minha sala na empresa. Mônica, Jake e eu. Fazíamos um brinde em comemoração pela empresa está indo bem e ter finalmente colocado George na cadeia.
Enchi meu copo com champanhe e tomei a palavra.
-Queria propor um brinde a nossa empresa, tudo que conquistamos e ainda vamos conquistar... Jake? _Me virei pra Jake. –Você sempre foi meu melhor amigo, como um irmão pra mim, mas por causa da ganancia e discórdia de uns perdemos isso aos poucos. Mas que agora eu quero recuperar tudo.
-Eu também Mike, começaremos do zero. _Assenti.
-E é por isso que quero te fazer um convite... Você é o cara da minha inteira confiança agora, e eu nunca vi alguém com habilidade nos negócios como você. É esperto, tem faro, e corre atrás da verdade. _Rimos por lembrar das provas que ele conseguiu. –Ninguém melhor que você pra ser meu braço direito aqui nessa empresa, então. Eu quero que você seja o vice presidente e tocar os negócios ao meu lado. _Jake ficou atônito e Mônica bateu as mãos.
-Ai meu Deus Michael! Isso é maravilhoso.
-Eu sempre quis te colocar nesse cargo, mas sabe como é que é? Aconteceram varias coisas.
-Não eu, eu vou fazer jus a esse cargo você vai ver.
-Parabéns irmão. _Peguei em um de suas mãos o puxando para um abraço apertado com direito duas batidas nas costas de cada um.
Mônica olhava feliz aquela cena toda.
-E enquanto a você Dona Mônica. _Me virei pra ela.
-Michael se você quiser que eu continue trabalhando aqui tudo bem eu...
-Não, não. _A interrompi. –Deixa eu falar, vai me deixar falar? _Disse em um tom cômico e rimos.
-Ok.
-Não é nada disso, não tem nada haver com trabalho. O que eu quero dizer Mônica é que perdemos 6 anos de nossa vida pra nada. Éramos pra estarmos felizes e com mais 10 filhos por ai. _Ela se chocou e todos rimos. – Mas como nunca é tarde pra começar, eu quero propor uma coisa. _Ela me olhava com tamanha expectativa enquanto eu falava.
Tirei uma caixinha do bolso, colocando a frente dela e depois abri.
-Quer casar comigo?
-Ai meu Deus! _Pôs a mão na boca e arregalou os olhos, estava sem palavras. E Jake vibrava. –Eu quero sim eu quero.
Mônica se jogou nos meus braços e nos beijamos apaixonadamente ao som das palmas de Jake. Agora sim tudo estava perfeito.
Capítulo 46
Ainda havia um nó na garganta
Ainda havia um nó na garganta
Por Mônica
Desde que Michael me pediu em casamento eu não faço mais nada a não ser correr. Arrumação de buffet, vestido, decoração. Eu não parava nunca, mas vamos combinar que eu estava radiante. Eu estava poucos dias de me casar com o homem da minha vida e isso enchia meu coração.
Mas fazia alguns dias que eu não via John, ele estava sempre recluso em casa e eu queria convida-lo para o meu casamento. A final de contas John fazia parte da família.
Toquei a campainha de sua casa e assim que ele abriu a porta entrei.
-John, você sumiu. _Falei.
-Fazendo algumas coisas. _Deu de ombros ainda bem sério.
-Michael quer você de volta a empresa, você fez muito, então... _Ele riu sem vontade.
E eu abaixei a cabeça um pouco sem jeito.
-Bom eu vim trazer uma coisa pra você. _Tirei o convite do meu casamento da bolsa e entreguei a ele.
-Então vai se casar com... Ele?
-Ele é o homem que eu amo John, pai do meu filho. Tudo que aconteceu já foi esclarecido e eu não vejo mais o porque guardar tanto rancor. _Ele abaixou a cabeça.
De certo que aquele sentimento que John ainda sentia pelo Michael não era mais por causa de tudo que aconteceu e sim pelo fato de eu ter aceitado voltar pra ele tão rapidamente. Mas poxa eu o amava e não foi de repente sempre nos amamos e precisávamos ser felizes agora.
-Por favor John, tenta entender. Eu quero muito que vá ao meu casamento e que ainda faça parte da nossa vida. Você me ajudou tanto durante todo esse tempo, foi um grande amigo e é assim que eu o quero pro resto da vida. _Ele pegou o convite da minha mão.
-Está bem Mônica eu vou ver o que posso fazer.
-Obrigada. _Caminhei até ele e lhe deu um beijo em seu rosto.
John continuava sério e eu sai pela porta e em seguida ele fechou.
Eu sabia que era tudo difícil pra ele agora, mas John é um grande homem eu sei que vai encontrar alguém que o faça feliz do jeito que ele merece. Disso eu tenho certeza.
Capítulo 47
O dia mais feliz da minha vida.
O dia mais feliz da minha vida.
Por Mônica - Três meses depois.
Eu ainda não estava acreditando que todo o meu sonho estava se realizando, até pisar no tapete branco que cobria todo o caminho que eu teria que passar até chegar a Michael. Até chegar ao meu futuro marido que estava me esperando, no altar.
Quando cheguei perto dele, dei um beijo em Jake, que carinhosamente me levou até o altar e peguei a mão de Michael. Pude perceber que tudo pelo o que havíamos passado só fez com que nos provasse que nosso amor era realmente único e que nem toda a maldade do mundo faria com que ele se acabasse. Apesar de todo sofrimento, brigas e acusações, no final o nosso amor venceu.
- Eu amo você. - ele sussurrou ao meu ouvido antes de nos virarmos para o padre.
- Eu te amo mais.
Sorrimos.
Um sorriso cúmplice de um casal que partilhava todo o tipo de afeto e carinho que alguém poderia sentir.
***
- Hei, garota! Vamos jogar esse buquê, eu quero esse buquê! - disse Lunna me pegando pela mão e me tirando de perto de Michael.
Ele apenas riu e me soprou um beijo. Sabia o quanto minha melhor amiga era doida, mas assim como eu, confiava cegamente nela.
Fui para cima do palco onde uma banda estava tocando e olhei ao redor, vendo Blanket correr até o pai e Michael pegá-lo no colo, beijando todo o seu rosto enquanto riam. Com essa imagem eu me virei de costas e fiz uma pequena prece a Deus, desejando que quem quer que tivesse que pegar aquele buquê, que pudesse ter a oportunidade de ter a mesma alegria que eu estava tendo naquele momento.
As mulheres começaram a gritar e fazer uma contagem regressiva. Quando chegou no "um", eu sorri e taquei o buquê, ouvindo mais gritaria. Me virei e vi Lunna ri e mostrar a todas e todos que havia pego o buquê, foi impossível conter uma risada ao vê o tamanho da alegria dela.
- Eu disse que eu ia pegar, eu disse! - ela falou, rindo pra mim.
- Pois é, mas e agora, vai se casar com quem? - perguntei, olhando pra ela.
- Eu não sei não, mas sinto que será com ele ali... - ela disse apontando para um homem que falava com Michael. - Estávamos flertando no meio da cerimônia. É pecado?
Olhei direito para tentar descobrir quem era aquele homem e então eu percebi quem era, quando ele abraçou a Michael com força. Era John. Um sorriso enorme se abiu em meu rosto, ao vê que os dois estavam sorrindo e se abraçando, enquanto uma paz enorme tomava conta de mim. Eles haviam feito as pazes, e agora sim tudo estava em seu devido lugar.
- Eu acho que não é pecado. E olhe, John é o cara. Você deveria mesmo investir nele. - falei, olhando pra ela.
- É eu sei que sim. Ele é um gato né?
- Eu sou uma mulher casada, garota... Não posso me comprometer...
Ela apenas me olhou com uma sobrancelha erguida e então rimos alto enquanto nos abraçamos. Ela me desejando felicidade e eu lhe desejando sorte, realmente queria que minha amiga ficasse John e tinha um ótimo pressentimento quanto a isso.
***
Michael e eu havíamos acabado de entrar no carro. Estávamos a caminho do aeroporto, rumo ao Havaí para nossa lua-de-mel. Ele chegou perto de mim e me abraçou pela cintura, enquanto dava um beijo doce em meus lábios.
- Eu estou tão contente que você e John tenham feito as pazes...
- E eu também. Nós precisávamos disso, sabe. Conversamos muito e chegamos a conclusão de que no fundo, um precisa do outro. Ele é um dos meus melhores amigos, Mônica, e eu estava realmente triste com o fato de não falar mais com ele. - ele suspirou e então sorriu. - Mas agora está tudo bem e o melhor, acho que ele não está mais apaixonado por você, quer dizer, ele me disse que estava muito interessado em conhecer Lunna melhor.
- Eu sei disso e ela me disse que também está muito interessada nele. Acho que eles vão fazer um ótimo casal e estou torcendo muito para que tudo dê certo.
Ele sorriu e assentiu.
- Você está feliz? - ele perguntou.
- Muito. De um jeito que eu nunca imaginei que poderia está. E você, está feliz?
- O que você acha? Olha, eu tenho tudo o que um homem deve ter: uma mulher linda e maravilhosa, um filho maravilhoso. Tenho uma família perfeita, uma família que eu amo. É impossível não está feliz.
- Dois filhos... - comentei em um tom baixo.
Michael me olhou franzindo o cenho.
- O que?
- Dois filhos... - falei, sorrindo de lado e levando sua mão até minha barriga. - Nós vamos ser pais de novo, Mike... Eu estou grávida.
Michael suspirou visivelmente emocionado e acariciou minha barriga enquanto olhava para ela e para mim, sem saber onde se focar realmente. Senti minha garganta se apertar em emoção quando uma lágrima saiu de seus olhos.
- Isso é... Isso é sério, Mônica? Nós vamos ser pais, de novo? - ele perguntou com a voz oscilando.
- Sim, Mike. É sério!
- Oh meu Deus, meu amor... Você não imagina o quanto eu estou feliz! - ele riu e então chegou perto de mim e me beijou. - Eu prometo a você, Mônica, que agora vai ser tudo diferente, eu vou ser um pai do começo ao fim, eu... Deus, eu jamais vou decepcionar vocês novamente, jamais!
- Não, Michael, presta atenção... - falei, pegando seu rosto em minhas mãos. - Você é um pai do começo ao fim, você é um pai maravilhoso, o melhor pai que uma criança pode ter. Blanket te ama e esse novo bebê vai te amar do mesmo jeito. Nós amamos você e temos muito orgulho de você.
Ele sorriu e mais algumas lágrimas caíram de seus olhos.
- Eu é que tenho muito orgulho de amar e ter ao meu lado uma mulher como você. Eu te amo demais, Mônica, muito obrigado por me fazer tão feliz.
- Eu te amo mais, Mike, te amo muito mais.
Nós sorrimos e nos beijamos, tendo a certeza de que dali pra frente, tudo seria diferente.
***
Cinco anos depois.
Cinco anos havia passado e eu nunca havia sido tão feliz em toda a minha vida. Michael e eu estávamos a frente de sua empresa agora, ele como presidente e eu como vice. Jake toma conta da nossa filial na Europa e John tomava conta da nossa filial no Estado de Washington.
John e Lunna estavam casados a dois anos e Lily, a filha deles que estava com três anos era a coisa mais fofa do mundo com seus cabelos loiros e olhos azuis.
George havia pego pena perpétua por diversos crimes. A última vez que havia tido notícias dele foi quando tinha sido julgado há dois anos atrás.
Sem George por perto, eu tinha certeza que minha vida continuaria sendo perfeita para sempre. Blanket estava com dez anos e era o irmão mais preocupado e ciumento que poderia existir. Ele tomava conta de Belle, nossa menina de cinco anos, como se fosse o homem da casa, o que nos fazia rir e amá-los cada dia mais.
Michael e eu erámos como sempre fomos. O casal amoroso e fogoso de sempre, que se amaria para sempre, principalmente agora, quando mais um lindo bebê estava a caminho.
Essa era a nossa vida, essa era a nossa história e eu passaria por tudo novamente apenas para ter toda a felicidade que eu tinha hoje. Nossas feridas finalmente haviam sido fechadas, e o que nos restara foi o nosso eterno e puro amor, que nos curou de todo o mal que o destino colocou em nosso caminho.
Fim.
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirActualizada, Boa Leitura :)
ResponderExcluirContinuaa *--*
ResponderExcluirquero mais
ResponderExcluirCapítulos novos :) Boa Leitura
ResponderExcluirD: QUERO MAAIS ...
ResponderExcluirCapítulos novos :) Boa Leitura :D
ResponderExcluirnaõ ja tinham postado ela toda? '-' eu acho que li essa em algum lugar
ResponderExcluirEstamos quase a terminar, falta pouquinho já :)
Excluircontinua
ResponderExcluirCapítulos 31,32,33,34,35,36,37,38,39,40,41,42 e 43 já postados , Boa Leitura :D
ResponderExcluirCapítulos 44,45,46 e 47 já postados, Boa Leitura :) Acabou de ser Finalizada :) Gostaram???
ResponderExcluirAdorei parabéns.
ResponderExcluirColegas vocês estão de parabéns viu. Amei a história. Estou lendo outras tbm aqui nesse blog e estou adorando viu. Mais uma vez meus parabéns. :)
ResponderExcluirque história lindíssima! eu me emocionei muito!!! amei muitão parabéns :-)
ResponderExcluir