Mini-FanFic: A fuga (+16)

Autora: Ellen Jackson 

Sinopse

Uma garota Autista sofre violência sexual de seu pai até os 23 anos, em meio a tanta tortura ela decidi fugir de casa, uma tarefa planejada a anos que torna-se um objetivo difícil quando Bia se depara com um vilão criminoso, chamado Michael, todos tem medo deste mas um homem tão mal guarda segredos que são seu ponto fraco. Logo Bia descobre uma amizade verdadeira e sincera com uma garota que sofre câncer, Kate também guarda segredos tristes em relação a sua família. O que estes três personagens tem em comum? Do que eles tanto foge?

Personagens 

Kate 

13 anos, loira olhos escuros como de Michael, carrega uma boneca consigo, sem cabelos por conta do câncer. 

Bia

23 anos, pele branca com olhos escuros, veste-se simples roupas escuras e usa uma faixa branca na mão direita, leva cicatrizes no corpo consigo, é autista e incapaz. 

Marta

40 anos, loira com olhos verdes e tristes, abatida pela vida, leva cicatrizes no corpo de pancadas, leva surras do marido diariamente, tem 6 filhos, 3 homens e 3 mulheres. 

João 

48 anos, velho, bêbado, loiro com olhos escuros, guarda segredos que questiona seu comportamento maldoso. Pai da Bia. 

Michael - Personagem principal 

Vilão? Alto, pele branca, olhos escuros, bonito como diz Kate, muito legal, divertido e o melhor pai do mundo. Mal? Apenas um homem que guarda segredos aos olhos de Bia. Um homem perigoso aos olhos do mundo. **************************************

Capítulo 01 - Kate- Sofrimento das surras diárias do marido - 

Uma pesquisa comprova que os maiores 

problemas familiares estão relacionado a drogas, bebidas, sexualidade e traumas infantis que vão desde abusos a surras que provocam cicatrizes para a vida toda. 

Estes citados são os mais comuns, porém existem outros problemas que podem ser causas de uma péssima relação. O que acontece em Janeiro de 2014 é um exemplo. Uma garota autista com 23 anos não pode responder pelas suas próprias atitudes, considerada então incapaz. 

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Janeiro de 2014, 18:30 

-Bia

Meu pai novamente chegou bêbado em casa. Ele estava furioso com tudo e com todos. Sempre que chegava assim batia na minha mãe e nos meus cinco irmãos. Comigo era diferente, ele nunca levantou a mão para bater em mim, muito pelo contrário ele me acariciava, tocava no meu corpo desde os 5 anos. Eu era a mais velha mas desentendida de tudo, inocente? Ingênua? Não, apenas burra. Era assim que me sentia. Nada estava certo, tudo o que eu fazia estava errado, tudo o que eu tocava destruía. Nesta noite ele entrou no meu quarto e mais uma vez tive uma imensa vontade de mata-lo mas não sou alguém suficiente para isto. Eu precisava mesmo era de um amigo mal, que me ensinasse a ver o mundo de maneira diferente, de modo não tão inocente, tinha que aprender a desconfiar de todos. 

Após a rotina de sempre fui até a mesa. Vi minha mãe pálida, ela chorava, estava com uma faca em mãos, olhei para ela é olhei para meu pai. Todos os meus irmãos na mesa estava confusos. Mamãe levantou, pegou a faca e enfiou em sua barriga. 

Gritei com acontecimento, corri pra ajudar, peguei em sua barriga e vi o sangue em minhas mãos, um dos meus irmãos chamou a ambulância, a outra ocorreu procurando um curativo, meu pai sumiu dali em um passo de mágica, eu estava muito desesperada, as lágrimas tomava minha visão. Estava com muito medo da ambulância não chegar a tempo. Vivíamos distante da cidade em um campo. Eu e meus irmãos ficamos ali tentando improvisar um curativo, até que a ambulância chegou. Por eu ser a mais velha acompanhei até o hospital. 

Ela estava deitada na cama. O doutor disse que ela ficaria bem. É ganharia alta amanhã mesmo. Logo liguei para meus irmãos. 

Mesmo os médicos dizendo que minha mãe ficaria bem, eu quis passar a noite no hospital e foi então que conheci Kate.

Um copo caiu ao chão me assustei. Fui até o corredor e avistei uma garotinha linda de mais ou menos 13 anos, ela tinha câncer, percebi ao ver que era careca. Ela sorriu para mim, seu sorriso era lindo, carregava uma boneca nos braços. 

"Olá "

Disse eu. 

"Oi. Você é linda sabia. Principalmente seus cabelos. "

"Obrigada mas o que faz acordada? "

"Tenho insônia e estou procurando meu pai. Ele costuma me visitar esta hora. Viu por aí? Um homem alto de pele branca, muito bonito e divertido "

"Nao"

Ela falava tão bem de seu pai. Por um instante tive inveja, eu nunca diria alguém o que meu pai representava para mim. 

"Ele é muito legal, o melhor pai do mundo inteirinho. "

"Puxa. Deve ser mesmo. E qual o nome dele? "

"Michael"

Capítulo 02 

- Planejamento -

Uma fuga tem que ser bem planejada. Elaborar a hora, documentos e se possível um mapa com os pontos em que deseja passar. Isto facilita o desempenho da fuga. 

Jornal na TV americana

-Eu sou Ester Borges e estou aqui ao vivo em frente a este banco que acaba de ser assaltado mais uma vez por um homem vestido muito bem. Os funcionários disseram que ele não aparenta ser uma pessoa mal ou grossa, apenas alguém perdido que não teve chance na vida. Mas a dúvida que paira no ar, por que ninguém tem coragem de o impedir de tal crime? Já é a sétima vez que este mesmo homem age nesta mesma cidade. Por que uma quantia tão pouca? O que as autoridades vão fazer? 

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-Bia 

Eu e Kate conversamos no quarto sobre futebol e escola. Disse a ela que não tive a chance de viver isto. Com vergonha também revelei ser analfabeta. Ela pegou alguns lápis e um caderno, vi ali vários desenhos feitos por ela, era incrível, lindo. 

"Nossa você desenha muito bem"

"Aprendi com o meu pai"

Disse ela cheia de orgulho. Né entregou o lápis e o caderno e me ensinou algumas letras. Ela chamava de vogais. Estava quase conseguindo terminar as vogais quando alguém bateu na porta. Era 06 da manhã, estava muito cedo e frio ali. 

"Quem é? "

"Não sei" 

Respondeu Kate. 

Fui até a porta e abri, vi ali um homem lindo, alto com cabelos e olhos negros. 

"Pai! "

Gritou Kate abraçando - o. 

"Awn Kate tão bom te ver"

Disse Michael

Saí de fininho sem eles perceberem. Vi minha mãe acordada. 

"Mamãe "

Disse eu. 

"Bia. Ah minha filha. Você tem muito que aprender. Alguém tem que cuidar de você "

"Você pode fazer isso. "

"Não não posso. Nunca pude"

Ela saiu e eu a segui. Chegamos em casa e meus irmãos havia preparado um bom café da manhã. Mas mamãe ainda estava aflita. Não comeu bem. Levantei da mesa e fui ao meu quarto. Abri meu quarto e peguei um mapa que havia desenhado a tempo. Nele estava todo o plano de fuga, planejei isto a tempo, já havia tentado fugir outras vezes mas meu pai sempre me encontrava. Desta vez seria diferente, eu iria fugir com sucesso, pois tudo estava bem planejado. 

"Hora de ser independente "

Disse olhando o mapa exposto na cama.

Capítulo 03

- Ajuda -

Sempre que estamos dispostos a fugir de algo temos o dever de despedir daqueles mais próximos. Por um instante pensamos em até desistir para não abandonar nossos familiares, mas nem sempre isto nos atinge, as vezes merecemos receber uma pancada da vida com o termo eu avisei, as vezes só nos damos conta quando nos arrependermos. 

Fugir nem sempre é uma escolha correta, as vezes o que precisamos fazer é aceitar. 

Não fuja do seus sofrimentos, arque com eles, pois um dia fugir vai ser inútil,aprenda a resolver os problemas que a vida lhe dá. 

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-Bia

Antes do plano entrar em ação eu tinha que me despedir de Kate, pois ela foi uma grande amiga pra min. 

Cheguei ao hospital e vi ela pular alegremente em cima da cama. 

"Kate o que está acontecendo? "

" Pula comigo "

Ela me puxou e pulamos juntas. Alguém bateu na porta e então paramos imediatamente. Desta vez quem abriu foi Kate. De novo era Michael. 

-Agora sei por que tamanha felicidade 

Pensei

" Vim me despedir "

Disse Michael e Kate logo despontou o sorriso do rosto. 

" Porque? "

Perguntou ela. 

" Filha um dia você vai entender. Adeus"

Ele a abraçou. 

"Não demora pra voltar"

"Está bem "

Ele saiu. 

Vi Kate triste e fiquei com medo de dizer que também estava indo embora. Era melhor desistir. Ela não merecia ficar sozinha. Mas eu queria tanto fugir.

Quando me deparei Kate estava chorando. 

"Kate não chora eu estou"

"Por quanto tempo Bia? "

Ela interrompeu. 

-Uns cinco minutos 

Pensei

"Vou buscar um copo de água "

Ela balançou a cabeça e eu saí. 

Estava no mesmo lugar em que nos conhecemos. Enchia o copo de água quando avistei meu pai. 

"Está nao"

"Boa? "

Perguntou ele. No mesmo instante larguei o copo ao chao e corri. Ele veio a traz de mim gritando. 

"Volte aqui. Não adianta fugir"

Eu corri subindo algumas escadas, esbarrei em alguns médicos, ouvi meu pai gritar novamente. 

"Peguem ela está descontrolada é autista"

Dois médicos me pegaram, eu lutei e escapei, entrei no elevador e desci. 

"Volta aqui! "

Ouvi meu pai gritar. A porta do elevador se abriu, estava no térreo, corri para o estacionamento, e entrei no primeiro carro que vi. Havia algumas roupas jogadas ali então me embrulhei quando vi o dono do carro entrar. 

Viajamos para um lugar muito distante, o carro não parou por pelo menos 8 horas. Já estava super cansada de ficar na mesma posição. Mas eu não podia vacilar. Estava no carro de um estranho. Ele também podia ser alguém perigoso. 

Finalmente o carro parou. Esperei o motorista sair do carro e de fininho fiz o mesmo. Observei ele bem longe. Abri a porta do carro com todo cuidado para que não fizesse barulho. Estávamos no meio do nada. Em uma floresta escura e fria. 

-Por que alguém viria pra algum lugar deste? 

Me perguntei. 

Estava fugindo do mal mas parece que não deu certo, este homem podia ser perigoso. Bem devagarinho saí do carro. Me escondi atrás de uma árvore. Fui checar e ver se o homem estava no mesmo lugar e ele havia sumido. Logo me assustei. Me virei e deparei com ele. 

"Michael? "

Capítulo 04

 - Sem estacionamento - 

Criminosos procuram se esconder em lugares absurdos para não ser descoberto, túneis ao chão, passagens secretas, lugares absolutamente isolados. 

"Ester novas ao vivo do jornal da rede americana, presente aqui em mais uma cena de mais um crime realizado pelo o que estão chamando-o de homem do terno branco. Este homem teria assaltado está cidade 7 vezes sem deixar vestígios, apenas olhares curiosos. As vítimas confirma que o tal criminoso rouba em pequenas quantias e sempre pede perdão por tal crimes. Seria um doente? "

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-Michael 

" Bia? "

" Olá Michael "

" O que está fazendo? "

"Pegando uma carona "

" Está mentindo "

" A propósito obrigado "

Disse saindo.

"Onde você vai?" 

"Vou continuar o meu caminho "

" Não vai a lugar algum. Não pode fazer isto. "

" Posso sim. Tenho a sua idade "

" Não, não pode, é incapaz "

Eu não podia deixar ela Sozinha, era perigoso, e mas era incapaz. Ao dizer isto vi ela furiosa. 

" Não sou não. "

" Kate me disse tudo. Agora entre no carro. "

" Não eu não vou entrar. Entrar não. Ela não devia. Esta errado. "

Ela falava meio confuso. 

" Você vai entrar por bem ou por mal"

"Você não é mal"

Disse ela. Tirei uma arma do bolso e ela sorriu. 

"Inacreditável "

Ela checou o bolso. 

" Estranha uma garota bonita como você andando armada"

Disse eu. 

"Você não tem coragem "

Confiei em minha mira e atirei próximo ao pé dela. 

" Ai"

Ela reclamou. 

"Entra "

-Bia

Não dava para acreditar que aquele indivíduo era o pai de Kate, uma garota dócil e delicada. 

" Não pode ser o pai de Kate. Ela não é assim"

"Isto por que não tive tempo de ensinar "

Disse ele pegando uma algema. 

" O que é isto? "

" Vou te levar para casa "

" Eu nao quero ir para casa "

Ele me algemou, fiquei presa a porta. 

"Não tem escolhas"

"Eu te odeio"

"Normal" 

Ele ligou o carro e voltamos as estradas. 

Paramos em um restaurante. 

"Vou buscar comida "

Fiquei presa ao carro esperando. Em minutos ele voltou com vários sacos na mão. Voltamos a estrada. 

" Não vai jantar? "

" Preciso estacionar o carro. "

" Havia estacionamento ali"

Ele ficou calado, estava muito estranho aquilo. 

"Isto é sequestro "

Disse 

" Isto é rebeldia"

Paramos novamente em um lugar isolado. 

"Você é muito estranho"

"Vamos jantar "

Disse ele. 

" Não estou a fim"

"Vai querer que eu use seu brinquedinho de novo? "

Peguei uma colherada e enfiei na boca, afinal estava sim com fome. 

Capítulo 05

 - Fugir para não morrer -

Fugir sozinho é o mais correto, pois está acompanhado pode trazer problemas, como preocupação com o parceiro, principalmente quando um acidente acontece. 

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Carta de Diner hate a Kate:

Querida Kate, prometi a sua mãe que te protegeria diante de todos os motivos, este não é o homem certo para você, vejo como alguém mal que vai lhe matar em breve, mas eu estarei aqui fazendo o possível. Não importa onde ele vá, eu vou me vingar. 

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Carta de Kate a Michael

Querido Michael, eu o amo muito e sei dos riscos que estamos correndo. Sei que meu pai dificulta nossos relacionamentos mas farei o possível para que possamos ficar juntos. Meu papai está apenas tentando me proteger porém eu não preciso mais desta proteção, eu preciso do seu amor, mesmo que custe minha vida. 

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Jornal Detroit

Diner Hate revela que filha fugiu de casa e investiga com os agentes os possíveis locais de localidade da jovem, está entre as possibilidades Nova Iorque, São Francisco e Califórnia. Possivelmente a jovem não está sozinha e sim bem acompanhada do noivo Michael. 

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-Bia 

Acordei assustada, estava no banco ao lado do motorista e vi Michael dirigir. 

"Estamos indo para onde? "

"Para sua casa"

Ele respondeu. Logo percebi que as algemas ainda estava presa nos meus braços. 

"O que houve após o jantar? "

"Fui resolver meus problemas"

"Eu não quero voltar para casa. "

"Você não tem escolhas"

Ele parou o carro em frente a um banco. 

"Vou sacar dinheiro fique quieta"

Ele saiu me deixando presa. Logo chequei minha bolsa para ver se havia algo que podia me ajudar a se libertar das algemas. Encontrei algo que não esperava ver tão cedo. Um vestido lindo e branco, longo acompanhado de luvas, logo soube que era da mamãe. Não consegui entender absolutamente nada. Michael entrou apressado no carro e me assustei. 

"Sujou se segura"

"O que? "

Perguntei confusa. 

Vi dois carros de polícia aproximar e Michael deu uma arrancada no carro. Ele pegou uma arma em seu bolso e iniciou um tiroteio com os policiais. 

"O que está fazendo? "

Ele não respondeu apenas dirigiu. Passamos depressa por diversos carros, estava com muito medo. 

"Michael"

Eu gritei mas ele não escutava. 

"Pare o carro estou com medo. "

Ele estava completamente surdo. 

Vi ele desviar de várias pessoas, o carro dirigia muito depressa. Avistei uma curva e me seguirei, às rodas do carro fez um grande barulho na pista, ele tornou a acelerar. 

"Michael o que está fazendo? "

"Fugindo"

*

Quando finalmente despistamos os policiais ele desceu do carro e me tirou as algemas. 

"Me solta"

"Fica quieta. Não temos muito tempo. "

Ele me segurou. 

"Você está me sequestrando"

Gritei. 

"Não. Eu vou te levar para casa. Venha "

Ele me puxou. 

"O que vai fazer? "

"Precisamos de um novo carro"

Ele apontou a arma para uma mulher que estava em uma bela Ferrari e pediu para que ela saísse. 

"Desculpas"

Disse ele. 

Eu entrei confusa e ele voltou a dirigir. 

*

Fiquei muito tempo calada, confusa e sem entender. Estava anoitecendo, ele estacionou em um restaurante. Como sempre me obrigou a comer. Quando fomos pagar a conta, não pagarmos, Michael mostrou a arma e saímos. Assim que saímos Michael disse algo que não pude entender. 

"Está nao"

"O que? "

Perguntei. 

"Vamos rapido"

Ele entrou no carro e me ordenou a fazer o mesmo. 

"Abaixa-se"

Ele disse e com medo olhava algumas vezes para janela. 

"O que está havendo.? "

Perguntei. No mesmo instante uma mensagem chegou no celular dele. Estava escrito 'Não adianta fugir'. 

"Aperte o cinto"

Ele ordenou. Acelerou o carro como se estivesse fugindo da polícia. Alguns carros vinham atrás nos seguindo. 

"Quem são eles? "

Perguntei confusa. No mesmo instante uma mensagem chegou. 

"Leia, estou dirigindo "

Ordenou ele. Foi meio irônico mas resolvi ler. 

"A propósito gostei do carro. Ps: E da garota também. "

Ele acelerou ainda mais o carro. 

Ele corria ligeiro e os outros vinham atrás. Um tiroteio começou ali novamente. As balas na arma de Michael acabou. 

"Droga "

Disse ele. Entreguei então a minha. 

Ele pegou e voltou a atirar. Dois carros vinha em nossa direção, ele desviou mas acabamos saindo da pista. 

"Michael! "

Gritei. 

O carro despencou da pista e capotou várias vezes, batemos em uma árvore, mas eu estava bem e ele também. Abrimos o carro e saímos. 

"Foi bom ter trocado de carro. "

"E foi sim"

Disse confusa. 

"Temos que correr"

Ele puxou minha mão e corremos. Corremos pois logo os caras vinham atrás, nmesmo cansada eu continuava a correr. Estavamos no meio da mata, ele era mais rapido e fiz o possivel para acompanhar. Ouvi alguns tiros, ouvi algo me atingir, Michael puxou novamente minha mão para correr ainda mais depressa. Nós continuamos a correr pelas matas, uma dor imensa percorria meu braço esquerdo, mas decidi continuar a correr, continuar a fugir. 

Capítulo 06 

- Feridas -

Devido a alguns pontos fracos que a vida nos dá conseguimos perceber quem realmente nos ama e se importa. 

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-Bia

Corriamos pela floresta, estava escura e frio ali. Devido a dor me sentia fraca. Minhas vistas ficaram escuras, tropecei e cai ao chão. 

"Vamos Bia levante estamos chegando. "

Disse Michael. Levantei e continuei a correr. Entramos em um hotel. Ele pagou. Entramos ao quarto me encostei na porta e vi o sangue descer em minha blusa. 

"Ah meu deus. Esta ferida. "

Ele correu para ver. 

"Michael "

Disse mas não consegui completar, de novo minha visão ficou escura. Cai em seus braços. Não

"Terei que fazer um curativo. "

"Está bem. "

Estava deitada na cama. Sentei e vi Michael pegar uma bolsa de primeiros socorros. Ele lavou as mãos e pós luvas brancas. Pegou uma tesoura. Eu estava com uma blusa de frio. 

"Posso? "

Ele perguntou e eu balancei a cabeça. Num instante ele cortou a blusa. 

"Está muito feio? "

Perguntei. 

"Meu deus"

Disse ele com a Voz rouca. 

"Vou morrer? "

"Não. Não é isto. E que. "

Procurou palavras para me dizer. 

"Sinto muito. "

Ele fez o curativo. 

"Não vou te levar para casa. "

Me virei e olhei em seus olhos tristes. 

"Por que deixou Kate? Ela precisa de você, por que fugiu? "

"Eles vão mata-la se descobrir. "

"Quem são eles? "

"É o vô de Kate"

"Por que ele faria isto? "

"Por que minha esposa morreu em meus braços. "

Ele chorou. Limpei suas lágrimas. 

"Me explica. "

"Kate não podia ficar grávida, então quando nossa filha nasceu, ela morreu. Desde então seu pai me persegue. Escondi Kate no hospital e decidi sumir para que não descobrissem. "

"Sinto muito. "

"Você tem que descansar"

Me deitei e ele ficou observando. 

*

-Michael 

Eles descobriram sobre Bia, não podia deixar machuca-la ainda mais. Então fiz o que devia ter feito a muito tempo. Fugi. 

Capítulo 07 

- Reencontro -

O melhor aprendizado que temos na vida é a amizade. Quando se é verdadeira nada pode destruir. Aprendemos a dar valor nisso, aprendemos de alguma forma algo bom que possamos considerar como "Valeu a pena até aqui"

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-Bia

Acordei sozinha na cama. Procurei Michael e não encontrei. Gritei várias vezes e ninguém respondeu. Ele fez o que eu já sabia que poderia acontecer. Simplesmente fugiu. 

Arrumei minhas coisas e sai. Já sabia o que tinha que fazer. Pelo menos minha arma ainda estava ali comigo. Peguei um ônibus e fui me encontrar com Kate. 

"Kate? "

Perguntou a moça loira bonita da recepção. 

"Olha, não vai ser possível. Acabei de ligar para confirmar, infelizmente está paciente não pode receber visitas agora. "

"Como não pode? Eu posso sim"

"Senhora ela está passando por uma cirurgia. Não pode entrar. Sinto muito. Pode aguardar aqui."

"Obrigado"

Respondi com lágrimas aos olhos. 

*

Finalmente a moça da recepção me deu permissão para entrar. 

"Você "

Disse Kate sem entusiasmo. 

"Não deveria estar aqui"

"Sei disso. Mas"

"Você é igual a ele. "

"Sinto muito"

"É melhor ir embora "

Balancei a cabeça e sai. 

Esbarrei em Michael. 

*

"É tudo culpa sua. Como pode? Você fugiu"

"Eu não tinha escolhas sabe disso. "

"O que está fazendo aqui? "

Perguntou Kate. 

"Estão juntos. É claro. Como sou burra. "

"Não Kate. Não é isto"

"Como não? O que está havendo afinal? "

"Passei aqui para te ver e já estou indo. "

Disse Michael. 

"Não. Você não pode ir. Não pode abandonar ela. "

Disse com raiva. 

"Você fez o mesmo, não pode me julgar"

"Você é o pai dela. "

"Você sabe que tive motivos"

"Chega! "

Gritou Kate. 

"Vão embora e não volta nunca mais. "

Gritou ela ainda mais. 

"Filha eu volto. "

Michael despediu e saiu. 

"Não vou embora "

Disse por fim. 

"Não vai atrás dele? "

"Não. "

"Deveria"

"Por que? "

"Por que você o ama"

"Não. "

"Sim"

Respondeu ela certa. 

"Não vou deixar você sosinha. "

Abracei ela. 

"Obrigado "

Capítulo 08

 - Não adianta fugir -

Traumas são tão pesados nos corações das pessoas que um simples olhar basta para que tudo de desmorone. 

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-Bia

"Vou buscar um copo de água"

Disse para Kate e saí. Andei pelo mesmo corredor onde nos conhecemos, enchi o copo de vidro, bebi, enchi novamente e peguei para levar para Kate. Deixei o copo cai com o susto que levei, vi ele, meu pai. 

"Bia? "

Perguntou ele. Fiquei sem reação de boca aberta. 

"Te encontrei"

Disse ele vindo em minha direção. Saí correndo e ele logo veio atrás, corri, ele ficou gritando. 

"Bia volte aqui. "

Ignorei e continuei correndo. 

"Peguem ela é autista, ajudem"

Ele gritou logo dois médicos também correram. 

"Ei "

Gritavam eles. 

"Entrei no elevador e apertei o botão de subir. A porta demorou a fechar, quase que eles me alcançaram. A porta fechou, abriu novamente e saí procurando a saída de emergência, novamente vi meu pai, entrei num quarto, com muito medo, ele se aproximou. 

"Não adianta fugir"

Capítulo 09

- A fuga -

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-Bia

Ouvi algo sendo quebrado, meu pai caiu ao chão. 

"Michael? "

"Temos que fugir"

No momento não entendi muito bem o que ele quis dizer com isto, mas obedeci. 

"O que está havendo? "

"Estão aqui"

"Por que? "

"Por que sabem de você. "

"Kate? "

"Quanto mais longe dela, melhor"

Disse Michael. 

"Estamos cercados, mas tenho um plano veja. "

Fomos até uma janela, avistei carros pretos para todos os lados. 

"Qual é o plano? "

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-Plano de Michael 

"Está pronta? "

Perguntei a Bia que parecia estar com muito medo. 

"Sim. "

Respondeu esta incerta. 

"Já vou indo"

"Michael? "

Olhei para trás, ela me abraçou e me beijou. 

"Boa sorte. "

Disse ela com os olhos cheios de lágrimas. 

"Boa sorte"

Respondi saindo. Alguns saíram do carro. 

"Estávamos a sua espera. "

"Engraçado, eu tambem"

Peguei o controle que carregava no bolso e apertei um botãozinho, o hidratante explodiu jogando bastan te água neles, foi então reagi, peguei minha irmã e atirei em todos que aproximava, alguns estavam no chão, outros me seguiam, não tinha muito tempo. Meu objetivo era chegar logo ao carro e pegar o elemento surpresa. Assim que cheguei peguei a metralhadora e acertei vários homens. Finalmente o pai de Kate e eu estávamos a sós. Não tive coragem para atirar. Ele carregava uma simples arma na mão. 

"Vamos atire. Você é mal. Não é mesmo? "

Pensei em atirar mas não conseguia. 

"Atira seu fraco. Atira"

Eu queria muito mas estava sem coragem. 

"Atira, atira"

Disse ele. Algo o atingiu, foi uma bala mas não fui. Ele caiu ao chão e avistei Bia. Estava trêmula e nervosa com o ocorrido, infelizmente vi mais alguém, um homem velho, estava também com uma arma em mãos, mirava para min. 

"Então é você o novo namorado da minha filha. Saiba que sou ciumento, então vamos acabar logo com isso. "

"Não! "

Ele atirou mas Bia entrou na frente. Caiu ao chão com o impacto. O homem saiu correndo e eu tambem, cai ao chão tentando salva-la mas era tarde, estava sangrando muito, ela não respirava mais, estava sem fôlego, ele queria me dizer algo mas minhas lágrimas não me deixava ver seus lábios dizer baixinho. 

"Não. Não. Por favor não. "

Vendo que não teria sucesso em me contar, pegou em minha mão me entregando uma foto. Era minha filha Kate. Finalmente eu a ouvi. 

"Não fuja. Kate. Não fuja"

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- Bia 

O plano de Michael parecia bom, mas prometi não abandonar Kate. 

"Não, não é um bom plano. "

"Bia"

"Kate. "

Sai deixando-o sem respostas. Fui correndo procurar Kate. Finalmente a encontrei. 

"E o copo de água? "

Perguntou Ela. No mesmo instante ouvi um barulho muito alto, algo estava sendo explodido, vi fumaça. 

"Ah meu deus, fogo. Temos que sair daqui"

"Venha Kate. "

Chamei ela segurando sua mão, corremos e avistei meu irmão. 

"Jonas? "

Perguntei. 

"Bia"

Ele correu me abraçando. 

"O que faz aqui? "

Ele ficou calado. 

"O que houve? "

"Depois que você fugiu papai ficou louco e fez besteira"

Ele chorou. 

"Jonas. Jonas. "

Disse Olhando para ele. 

"Jonas"

Gritei. 

"MAMÃE morreu"

No mesmo instante senti uma grande raiva. Saí puxando Kate e meu irmão. 

"Temos que fugir. "

Disse a eles. 

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Jornal na TV americana 

-Ester Borges, para o jornal na TV americana. Estamos aqui ao vivo em frente ao hospital de Santa Lúcia onde misteriosamente pegou fogo, os bombeiros descarta a hipótese de bombas, as imagens das câmeras de seguranças estão sendo analisadas, infelizmente a situação do hospital que atende a maioria dos pacientes com câncer está neste estado precário. 

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-Bia

Corríamos quando avistei Michael nos procurando. 

"O plano deu certo? "

"Não, fogo para todo lado. "

"E agora? "

"Vamos fugir " 

Disse ele. Estávamos chegadno na porta quando alguem me agarrou, era meu pai. 

"Você vai morrer comigo. Não pode fugir. "

Ele me puxava. 

"Tire ela daqui"

Pediu Michael a meu irmao. Ele puxou Kate que gritava para ajudar. 

"Michael"

Chamei. Ele pegou sua arma e tentou atirar mas meu pai estava dificultando sua mira. 

"Atira seu fraco atira. "

Vi que Michael queria atirar mas estava com medo de me machucar. 

"Atira, atira "

Ele atirou e me acertou. Cai ao chão. Atirou de novo e de novo. Desta vez ele acertou meu pai que também caiu ao chão. A dor estava insuportável, doía muito,minha visão estava escura. 

"Bia. Bia"

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-Kate

Meu pai saiu com Bia no colo e já sabia que algo havia acontecido. 

Ele a pos no chao, está um pouco acordada, seguramos firme sua mão, ela queria dizer algo. Estava sem fôlego, com muita dificuldade ela disse. 

"Kate! Michael!  Não fuja. Não fuja"

Ela chorou. 

"Entendi. "

Disse chorando, meu pai também chorou, ficamos ali chorando. Ela foi embora não fugiu, apenas se foi. 

Fim